O Poder nas Organizações: Vertentes de Análise

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O Poder nas Organizações: Vertentes de Análise"

Transcrição

1 CienteFico. Ano II, v. I, Salvador, agosto-dezembro 2002 O Poder nas Organizações: Vertentes de Análise Nelson Gomes dos Santos Filho[1] Resumo Este artigo originou-se de pesquisa bibliográfica destinada a compreender os diversos paradigmas de análise a respeito do Poder nas organizações. Dessa pesquisa, verificou-se ser possível enquadrar a visão dos principais autores em quatro vertentes de análise: econômico-política, simbólica, psicológica e radical-crítica. A classificação que ora é apresentada, longe de buscar ser definitiva, permite uma melhor visualização da complexidade do tema e da sua importância no campo dos estudos organizacionais. A questão do poder: vertentes de análise Assim como ocorre com a Liderança, o Poder é também um tema organizacional bastante discutido, observado sob diversas vertentes, haja vista as inúmeras formas pelas quais ele pode manifestar-se numa organização. De uma forma bastante genérica, podemos entendê-lo como capacidade de um indivíduo para obter domínio ou controle sobre outros. Tem sua origem na filosofia política, na busca da compreensão das relações que se desenvolvem nos grupos sociais: há necessidade do controle e limitação da liberdade do indivíduo para que o grupo possa alcançar de forma coesa e harmônica os seus objetivos. Sua análise nas organizações, enquanto grupos humanos que interagem politicamente na busca da satisfação dos seus interesses, é feita de variadas formas pelos autores, ao longo dos anos, tornando-o um tema complexo e multifacetado. Assim, para permitir uma melhor compreensão, pode-se classificar os diversos autores em quatro vertentes básicas: simbólica, psicológica, radical-crítica e econômico-politica. Essa classificação, entretanto,

2 não tem a pretensão de ser plenamente abrangente ou definitiva, estando limitada à pesquisa bibliográfica desenvolvida. O poder na vertente econômico-política Dentro dessa perspectiva econômico-política, são aqui apresentados os pensamentos de Karl Marx, Max Weber e John Galbraith. Para Marx (apud. HARDY,2001), o poder se origina a partir de interesses que surgem nas relações de produção, e que envolvem a propriedade e o controle dos meios de produção. Marx procura explicar os fenômenos históricos a partir de fatores materiais (econômicos e técnicos), o que foi denominado de materialismo histórico. Segundo essa perspectiva, a sociedade é construída em dois níveis: o primeiro, a infra-estrutura, constitui a base econômica e abarca as relações do homem com a natureza e com os outros homens no sentido de produzir a própria existência; o segundo, a superestrutura, constitui a base político-ideológica representada pelo Estado e todos os aparelhos ideológicos (religião, educação, ciência, etc). Desta forma, a infra-estrutura determina a superestrutura, ou seja, a base econômica reforça a influência do pensamento da classe dominante sobre o Estado e os aparelhos ideológicos, o que garante o status quo dos dominantes. Analisando essa dinâmica sob uma ótica mais microscópica, Marx nos diz que as relações basilares de qualquer sociedade humana são as relações de produção, ou seja, a forma como os homens usam recursos, técnicas e se organizam por meio da divisão do trabalho social. A determinadas relações de produção se relacionam os modos de produção, que representam as formas pelas quais as forças produtivas se organizam em determinadas relações de produção. Por exemplo, no modo de produção feudal a base econômica era a posse da terra e a relação de produção ocorria entre o servo e o senhor feudal, o qual cobrava ao primeiro trabalho e taxas pelo uso da terra e dos bens. No modo de produção capitalista, a base econômica é a posse do capital, e por conseguinte dos meios de produção, sendo a relação de produção entre o capitalista e o operário. Estes, como não possuem o capital, são obrigados a vender o que dispõem para garantir sua sobrevivência, no caso a força de trabalho, criatividade e capacidade.

3 Transferindo esses conceitos para o âmbito da organização, o trabalhador contrata com o seu patrão um emprego, pelo qual recebe uma remuneração. Apesar de contratado, o que por premissa pressupõe um acordo voluntário entre as partes, o que ocorre na verdade, conforme Marx, é a submissão do trabalhador à vontade do patrão para que assim possa garantir sua sobrevivência. Surge, então, um conflito de interesses entre esses dois grupos: o trabalhador (proletário) que aspira por uma remuneração mais justa e o patrão (burguês) que deseja um aumento dos seus lucros (mais-valia). Esse conflito, que Marx denominou de luta de classes, é mantido sempre em equilíbrio em favor dos que detêm o capital, pois é essa posse que lhes garante o poder dentro da organização (pela dependência dos trabalhadores) e também fora dela (pelo controle da superestrutura). Weber, apesar de entender o poder como derivado do domínio sobre a propriedade e os meios de produção, supera a perspectiva maniqueísta de Marx considerando as relações de produção e as relações na produção. É dele a definição de poder que mais atende ao senso comum: o poder significa a possibilidade de fazer triunfar no seio de uma relação social a sua própria vontade mesmo contra resistências, qualquer que seja a base em que se baseia tal possibilidade (Weber, apud. Boudon). Retomando a questão das relações na produção, a visão weberiana considera que o trabalhador, ao ser contratado por uma empresa, possui certo grau de criatividade e conhecimento de sua atividade específica, o que lhe permite conduzir os relacionamentos sociais conforme seus interesses, mesmo sob a ordem dominante da estrutura da empresa. Desta forma, os membros da organização possuem um maior ou menor grau de controle sobre as atividades, o que lhes permite o exercício do poder tanto em prol quanto contra os interesses da organização. Nessa ótica, o poder tem fonte na posse da propriedade como também no conhecimento sobre a atividade e sobre a organização. Assim, Weber amplia a perspectiva estabelecida por Marx conferindo ao conceito de poder uma característica relacional-intencional. Relacional porque o poder se estabelece no seio das relações sociais, de forma bilateral, uma via de duas mãos, relação dominação-aceitação, e não de forma unilateral e determinística como quis Marx. Também é intencional porque visa atender a uma intenção, a prevalência de uma vontade sobre a vontade de outrem, mesmo que haja resistências.

4 E tocando nesse aspecto da resistência à dominação, é também de Weber a tipologia da legitimidade, que pode ser entendida como a aceitação, e portanto validação, do exercício do poder pelos agentes a ele submetidos, pois que é dado como certo e adequado. O poder legítimo é aceito como tal pela maioria, o que leva à supressão, ao menos temporária, das resistências sem a necessidade do uso de instrumentos de coerção. A tipologia criada por Weber classifica a legitimidade em três diferentes tipos, conforme a sua base fundamental: legitimidade tradicional: fundamenta-se nas crenças consuetudinárias, na tradição. Predominam as características patriarcais e patrimonialistas, onde o poder é exercido por aqueles que tradicionalmente são escolhidos para tal; legitimidade racional-legal: baseia-se numa estrutura racional-legal, também denominada de burocrática. Racional porque presume o uso adequado dos meios apenas para o alcance dos fins desejados. Legal porque o poder está regulado por normas escritas, o que lhe impõe limites, impedindo a arbitrariedade; legitimidade carismática: baseia-se em características pessoais exibidas por uma pessoa ou grupo, capazes de gerar nos demais a certeza de que o poder será exercido em prol do atingimento de um objetivo coletivo. Mais recentemente, Galbraith (1999) aproveita os pensamentos de Marx e Weber e cria uma nova vertente de pensamento para explicar como o poder é exercido e o que permite acesso ao seu exercício. Ele lança as bases do que denominou de anatomia do poder. Para Galbraith, há três instrumentos ou formas de utilização do poder; há também três outras instituições ou atributos que conferem a alguém o direito de usar esse poder. Quanto aos três instrumentos, ou formas de utilização, ele cita: poder condigno: obtém a sujeição da outra parte pela potencial capacidade de lhe impor uma conseqüência consideravelmente desagradável ou dolorosa pela não sujeição. É o poder gerado pela recompensa negativa advinda do ato não conforme ao esperado; poder compensatório: ao contrário do anterior, obtém a sujeição a partir de uma recompensa positiva ao ato conforme. A recompensa pecuniária nas organizações é a forma mais comum de expressão desse poder;

5 poder condicionado: é exercido quando, através da persuasão, educação ou compromisso voluntário, consegue-se submeter o indivíduo ou grupo à vontade alheia. Paralelamente a estes três instrumentos do poder estão o que ele denomina de fontes do poder, também em número de três. São elas: a personalidade, ou liderança na linguagem comum, que consiste nos atributos pessoais que podem dar acesso a um dos instrumentos do poder; a propriedade ou riqueza, a posse sobre o capital e/ou bens de produção; a organização, entendida aqui como grupo de pessoas unidas para alcançar um propósito definido; Há, segundo Galbraith, uma relação primária entre as fontes e os instrumentos do poder. A personalidade se associa mais ao poder condicionado, a propriedade ao poder compensatório e a organização ao poder condigno. Entretanto, essa associação não é exclusiva, ou seja, na verdade o que ocorre é uma combinação entre as fontes de poder, com predominância de uma delas, gerando determinado instrumento de poder. Por exemplo, analisando o caso de uma empresa fictícia poder-se-ia ter simultaneamente o poder compensatório gerado pelo seu capital, o poder condicionado gerado pela influência de uma cúpula diretiva ou o poder condigno gerado pelo rigor de suas normas internas. Em dado momento um desses instrumentos pode predominar, a depender de como a empresa pretende se conduzir na situação específica, predominância essa que pode perdurar por maior ou menor tempo. QUADRO 1: ANÁLISE DO PODER, SEGUNDO GALBRAITH. INSTRUMENTO DE PODER CONDIGNO BASE CONCEITUAL Imposição de conseqüência desagradável ou dolorosa. RELAÇÃO PRIMÁRIA COM AS FONTES A organização

6 COMPENSATÓRIO Sujeição a partir de uma recompensa positiva. A propriedade ou riqueza CONDICIONADO Persuasão, educação ou compromisso voluntário A personalidade Adaptado de Galbraith, Interessante aqui é a análise que o autor faz sobre a organização como fonte de poder. Ele considera que a organização, para ganhar estrutura, necessita que seus integrantes se submetam ao seu objetivo, que em tese é um objetivo comum. Fica claro que essa submissão se dará em maior ou menor grau a depender do nível em que esse objetivo seja efetivamente comum aos integrantes. O importante a destacar é que o grau de coesão interna é que determina o poder da organização para alcançar os seus objetivos e de submeter, para a conquista destes, outros grupos externos a ela. Galbraith denominou isso de simetria bimodal: só obtém submissão externa aos seus propósitos quando conquista submissão interna (Galbraith, 1999). Além desse aspecto, o autor salientou dois outros que afetam o potencial da organização enquanto fonte de poder: o acesso eficaz e simultâneo aos três instrumentos do poder (condigno, compensatório e condicionado) e a quantidade e diversidade de metas às quais se busca submissão. O poder na vertente simbólica Bourdieu (2000), a partir da análise dos sistemas simbólicos, estabelece o conceito de poder simbólico. Para o autor, os sistemas simbólicos (arte, religião, língua, etc.) são instrumentos de conhecimento e de construção do mundo dos objetos, como formas simbólicas, atribuindo-lhe um significado comum. São, portanto, estruturas estruturantes. Por outro lado, para que possuam essa capacidade estruturante, os sistemas simbólicos necessitam também de uma estrutura, ou seja, também são estruturados. O exemplo típico é o da língua, que para se tornar uma linguagem prática e utilizável deve possuir uma estrutura lógica que permita a absorção e a transmissão das idéias entre emissor e receptor. Os sistemas simbólicos são, portanto, estruturas estruturantes e estruturadas.

7 Desta forma, os sistemas simbólicos detêm o poder de estabelecer uma ordem gnosiológica, de moldarem uma interpretação comum e homogênea aos fenômenos, o que Durkheim (apud. Bourdieu, 2000) denomina de conformismo lógico: uma concepção homogênea do tempo, do espaço, do número, da causa, que torna possível a concordância entre inteligências. E esse poder, ao ser capturado por um determinado grupo social para manter a sua dominação sobre outro, assume uma função política, o que caracteriza o poder simbólico. Conforme explica Bourdieu: É enquanto instrumentos estruturados e estruturantes de comunicação e de conhecimento que os sistemas simbólicos cumprem a sua função política de instrumentos de imposição ou de legitimação da dominação, que contribuem para assegurar a dominação de uma classe sobre a outra (violência simbólica) dando reforço da sua própria força às relações de força que as fundamentam e contribuindo assim, segundo a expressão de Weber, para a domesticação dos dominados. As diferentes classes e frações de classes estão envolvidas numa luta propriamente simbólica para imporem a definição do mundo social mais conforme aos seus interesses... O pensamento de Bourdieu coaduna e absorve o conceito de Gramsci sobre ideologia, entendida como o significado mais alto de uma concepção de mundo que se manifesta implicitamente na arte, no direito, na atividade econômica, em todas as manifestações de vida individuais e coletivas. Conforme o pensamento gramsciano, a ideologia tem uma função positiva, diferente do que postulava Marx, de atuar como aglomerante na estrutura social, o que no limite poderá conferir hegemonia a determinado grupo, que se tornará dominante. Isso é o que fundamenta o seu conceito de guerra de posição, baseada na conquista do aparelhos de hegemonia civil. Conforme o próprio autor argumenta (apud Coutinho, 1999):

8 Um grupo social pode e mesmo deve se tornar dirigente (hegemônico) já antes de conquistar o poder governamental (é essa uma das condições principais para a própria conquista do poder); depois, quando exerce o poder, e mesmo que o conserve firmemente nas mãos, torna-se dominante, mas deve continuar a ser também dirigente... A ótica de Bourdieu abre espaço para um ponto interessante de análise: o sistema simbólico como instrumento de legitimidade. Pfeffer (apud Clegg), investigando nessa linha, identificou o uso do poder com esse sentido ao estudar os resultados do poder, distinguindo-os em conseqüências substantivas (comportamentais) e sentimentais (atitudinais). As primeiras resultam de considerações acerca da dependência de recursos, enquanto que as segundas referem-se ao sentimento que os indivíduos guardam acerca do resultado. Segundo o autor, esse sentimento é afetado principalmente por aspectos simbólicos do poder, tais como uso da linguagem política, símbolos e rituais. Desta forma, ele considera que o poder simbólico atua mais no nível da legitimação que na produção de resultados substantivos. O poder na vertente psicológica Pagès (1987), de forma inovadora, explica o poder exercido pelas organizações através das relações inconscientes que ocorrem entre estas e o indivíduo. Pagès percebe a organização como um conjunto dinâmico de respostas a contradições. Em outras palavras, a capacidade de uma organização levar pessoas a produzirem reside no fato de ser ela um ente capaz de oferecer respostas a contradições que se iniciam no sistema sócio-político e acabam por se interiorizar no inconsciente do indivíduo. Esse deslocamento das contradições, do exterior para o interior, ocorre em dois momentos: num primeiro momento, as contradições advindas do sistema social, próprias do modo de produção capitalista, que conforme Marx resultaria num conflito de classes, são absorvidas pela organização e transformadas em contradições internas a ela, e que se materializam nos conflitos existentes na sua própria política de atuação coexistência de coerção e vantagens. Em um segundo momento, as contradições da organização são

9 absorvidas pelo indivíduo, sendo introjetadas no seu inconsciente através do processo de identificação deste com a organização. A relação coerção-vantagens se transforma na relação angústia-prazer, o que faz dos indivíduos escravos da organização porque esta oferece uma solução para seus conflitos. Segundo o mesmo autor, esse processo de transformação das contradições se apóia em três processos fundamentais: mediação: ocorre quando a organização consegue conciliar as restrições que impõe aos indivíduos com as vantagens que lhes oferece, mantendo os conflitos sob controle. O conflito sócio-político entre classes é transformado em conflito interno da política organizacional, para o qual já existe uma solução a oferta de vantagens. introjeção: por estar submetido a estímulos contraditórios, dos quais não compreende a origem e aos quais não pode reagir, o indivíduo absorve as contradições ao nível do inconsciente, passando então a viver uma contradição psicológica, uma relação amor-ódio consigo próprio e com a empresa. consolidação ideológica: o indivíduo encontra na ideologia produzida pela empresa um amparo para o seu conflito psicológico, permanecendo preso a ele, o que impede a ocorrência do conflito externo. Desta forma, a mediação surge como a principal característica do que Pagès denominou de organizações hipermodernas, ou seja, aquelas que apresentam um desenvolvimento fantástico de seus processos de mediação, sua extensão a novas zonas (instâncias), sua interconexão cada vez mais ramificada e sua constituição em sistemas cada vez mais coerentes. É a organização que consegue se antecipar aos conflitos, antes que estes se transformem em conflitos coletivos. Essa mediação pode ocorrer sob diferentes formas: no nível econômico, sob a forma de recompensas salariais, possibilidades de carreira, aceitação de diferenças étnicas ou de gênero; no nível político, por meio das técnicas de administração a distância; no nível ideológico, através da produção de uma ideologia dominante; no nível psicológico, através do surgimento da relação prazerangústia. Assim, Pagès aponta como características da organização hipermoderna:

10 desenvolvimento de mediações econômicas; desenvolvimento de um sistema decisório de autonomia controlada a distância; desenvolvimento da organização como lugar de produção ideológica, que legitima as práticas da empresa; desenvolvimento da dominação psicológica da organização sobre seus trabalhadores. O poder na vertente radical crítica Os estudos de Michel Foucault (1979) acerca do poder divergem do que escrevem outros autores, estabelecendo uma vertente inusitada, com óticas nem sempre aceitas sem controvérsia. Foucault considera que o poder não é um objeto natural, não pode ser tratado como mercadoria, como algo que se possui, perde ou compartilha. Não existe para ele uma natureza do poder, uma essência definida por certas características. Ao contrário, Foucault considera o poder como uma prática social, constituída historicamente, está associado a práticas, técnicas e procedimentos, portanto, só surge quando exercitado: o poder é relacional. Questões como quem tem poder? ou ainda onde reside o poder? são suprimidas em prol da análise de como se desenvolve o poder?, qual a sua processualística? Isso leva o autor a desvincular o estudo do poder do entendimento da estrutura do Estado, visto como detentor máximo do poder. Para Foucault, o poder não está concentrado em apenas um ponto da estrutura social, mas, sim, diluído entre os pontos dessa estrutura, da qual nada escapa, e manifestando-se nos momentos em que se faz necessário. Existe, portanto, uma associação implícita entre poder e conflito. Focault também vai de encontro à concepção negativa do poder, visto como algo que reprime, coage, exclui. Pelo contrário, o autor advoga uma concepção positiva do poder, como algo que tem como objeto o corpo humano, não para cerceá-lo mas para aprimorá-lo. O poder não se explica pela sua função repressiva: seu objetivo não é tornar os homens improdutivos e sim controlá-los para que possam alcançar o máximo desenvolvimento de suas potencialidades, para que se lhes aumente a utilidade econômica, evitando os inconvenientes da insurreição.

11 Machado (1979) alerta para o fato de que é necessário cuidado na generalização das análise de Foucault, pois seus estudos sobre o poder se dão a partir de pesquisas sobre a história da penalidade e as relações de poder sobre indivíduos presos, o que resultava em tecnologias específicas de controle. Essas tecnologias não eram exclusivas das prisões, mas se aplicavam também a outras organizações como a escola ou o exército. Em outras palavras, está se falando do poder disciplinar, métodos que permitem o controle minucioso das operações do corpo, que asseguram a sujeição constante de suas forças e lhes impõem uma relação de docilidade-utilidade. Como características básicas desse tipo de poder, temos: é um tipo de organização do espaço e do tempo, pois insere os corpos dos indivíduos em espaços pré-determinados, submentendo-os a um controle de tempo que permita maior produtividade e eficácia; vigilância como principal instrumento de controle; não uma vigilância fragmentada ou descontínua, mas uma vigilância ostensiva, percebida claramente pelos indivíduos e que alcance todos os limites do espaço; disciplina implica um registro contínuo de conhecimento, ou seja, conhecimento e poder são indissociáveis. Este último ponto representa um marco no trabalho de Foucault. Ele vai de encontro à idéia de que o conhecimento é neutro e isento de tendenciosidade. Conforme ele mesmo referencia: O exercício do poder em si mesmo cria e faz emergir novos objetos do conhecimento e acumula novos corpos de informação(...) o exercício do poder perpetuamente cria conhecimento e, por outro lado, o conhecimento constantemente induz efeitos do poder (...) não é possível para o poder ser exercido sem conhecimento, é impossível ao conhecimento deixar de gerar poder (Foucault, apud Davel). Esse pensamento vai reforçar a sua tese de que o poder não é negativo, mas positivo porque produz verdade e conhecimento, bem como também é consistente com o poder diluído na estrutura social que o autor apregoa, já que quem tem conhecimento tem poder.

12 Esta forma de análise se torna bastante interessante quando nos voltamos para o estudo das organizações contemporâneas e do surgimento da figura do trabalhador do conhecimento. Conclusão Este estudo destina-se a subsidiar uma reflexão sobre a amplitude do tema Poder e sua influência para o desempenho das organizações. Apesar do tecnicismo que muitas vezes tem norteado a ação dos gerentes organizacionais, o campo da Administração despertou para o fato de que o verdadeiro diferencial das organizações contemporâneas está nas PESSOAS e que, portanto, a compreensão do fator humano e das inter-relações sociais geradas na dinâmica organizacional é fundamentalmente necessária. Questões como a arquitetura das redes de poder, a utilização do poder pelos líderes ou o desvio de poder exteriorizado através do assédio moral ou sexual têm sido discutidas por pesquisadores e consultores em busca de respostas para os problemas organizacionais. Desta forma, mais que um exercício teórico, o estudo deste tema é fundamental para que os gerentes possam alcançar o seu principal mister: atingir objetivos através (e com) das pessoas!! Referências Bibliográficas: BERGAMINI, C. W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas, BOUDON, Raymond (dir.). Tratado de sociologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, COUTINHO, Carlos Nelson. Gramsci: UM estudo sobre o seu pensamento político. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, DAVEL, Eduardo; VERGARA, Sylvia C. (orgs). Gestão com pessoas e subjetividade. São Paulo : Atlas, FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, FREITAS, Maria Ester de. Cultura organizacional: formação, tipologias e impactos. São Paulo: Makron, McGraw-Hill, GALBRAITH, J. K. Anatomia do poder. 4. ed. São Paulo: Pioneira, 1999.

13 HARDY C.; CLEGG, S. Alguns ousam chamá-lo de poder. In: CLEGG, Stewart et alli. Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 2001 MACHADO, Roberto. Por uma genealogia do poder. In: FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, MOTTA, Paulo Roberto. Transformação organizacional: a teoria e a prática de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, PAGÈS, Max et al. O poder das organizações. São Paulo: Atlas, SCHEIN, Edgar. Organizational culture and leadership. San Francisco: Jossey-Bass, 1988.

VERTENTES DO PODER E AMBIENTES ORGANIZACIONAIS

VERTENTES DO PODER E AMBIENTES ORGANIZACIONAIS VERTENTES DO PODER E AMBIENTES ORGANIZACIONAIS Elisa Uliana Davila* Ingrid de Souza* Mariane Oliveira Lima * Nilcéia da Silva * Cristiano das Neves Bodart # RESUMO O presente artigo possui um duplo e correlato

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB,

ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB, ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB, 2009. p. 24-29. CAPITALISMO Sistema econômico e social

Leia mais

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia A Teoria de Ação Social de Max Weber 1 Ação Social 2 Forma de dominação Legítimas 3 Desencantamento

Leia mais

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

Max Weber. Sociologia Compreensiva

Max Weber. Sociologia Compreensiva Max Weber Sociologia Compreensiva Índice Max Weber: Vida e obra Uma teia de sentidos 1. O conceito de ação social 1.1 Ação tradicional 1.2 Ação afetiva 1.3 Ação racional com relação a valores 1.4 Ação

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Aula 8: Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas: A Sociologia de Max Weber (I).

Aula 8: Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas: A Sociologia de Max Weber (I). Aula 8: Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas: A Sociologia de Max Weber (I). CCJ0001 - Fundamentos das Ciências Sociais Profa. Ivana Schnitman

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL 3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL Os fundamentos propostos para a nova organização social, a desconcentração e a cooperação, devem inspirar mecanismos e instrumentos que conduzam

Leia mais

Sistemas de Informação I

Sistemas de Informação I + Sistemas de Informação I Dimensões de análise dos SI Ricardo de Sousa Britto rbritto@ufpi.edu.br + Introdução n Os sistemas de informação são combinações das formas de trabalho, informações, pessoas

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN

ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 ANÁLISE DA ATUAÇÃO DO LÍDER NO SETOR DE SERVIÇO SOCIAL DA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO CONCHECITA CIARLINI MOSSORÓ/RN Paula Gurgel Dantas 1, Andréa Kaliany

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação

Leia mais

1. As Áreas Funcionais e Ambiente Organizacional

1. As Áreas Funcionais e Ambiente Organizacional 1. As Áreas Funcionais e Ambiente Organizacional Conteúdo 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora Atlas Administração - Teoria, Processo e Prática

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E S C O L A D E A R T E S, C I Ê N C I A S E H U M A N I D A D E

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E S C O L A D E A R T E S, C I Ê N C I A S E H U M A N I D A D E UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO E S C O L A D E A R T E S, C I Ê N C I A S E H U M A N I D A D E Trabalho proposto pela disciplina de Orientado por Professor Dr. Fernando Coelho Mário Januário Filho 5365372

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

Exercícios Classe Social x Estratificação Social

Exercícios Classe Social x Estratificação Social Exercícios Classe Social x Estratificação Social 1. Para Karl Marx o conceito de Classes Sociais se desenvolve com a formação da sociedade capitalista. Dessa forma, é correto afirmar que : a) As classes

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil Apresentação Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil 2 No Brasil, no final da década de 1990, as questões colocadas pela globalização, tais como o desemprego, a falta de qualificação de

Leia mais

Weber e o estudo da sociedade

Weber e o estudo da sociedade Max Weber o homem Maximilian Karl Emil Weber; Nasceu em Erfurt, 1864; Iniciou seus estudos na cidade de Heidelberg Alemanha; Intelectual alemão, jurista, economista e sociólogo; Casado com Marianne Weber,

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

TEORIA DOS SISTEMAS EM ADMINISTRAÇÃO

TEORIA DOS SISTEMAS EM ADMINISTRAÇÃO TEORIA DOS SISTEMAS EM ADMINISTRAÇÃO. ORIGENS DA TEORIA DOS SISTEMAS EM ADMINISTRAÇÃO A Teoria dos Sistemas foi introduzida na Administração, a partir da década de 1960, tornando-se parte integrante da

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

CAPÍTULO 10. Enfoque Comportamental na Administração

CAPÍTULO 10. Enfoque Comportamental na Administração CAPÍTULO 10 Enfoque Comportamental na Administração MAXIMIANO /TGA Fig. 9.1 A produção robotizada, que ilustra o sistema técnico das organizações, contrasta com o sistema social, formado pelas pessoas

Leia mais

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL Prof. José Junior O surgimento do Serviço Social O serviço social surgiu da divisão social e técnica do trabalho, afirmando-se

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica PRAXIS A palavra práxis é comumente utilizada como sinônimo ou equivalente ao termo prático. Todavia, se recorrermos à acepção marxista de práxis, observaremos que práxis e prática são conceitos diferentes.

Leia mais

A Sociologia Compreensiva. De Max Weber

A Sociologia Compreensiva. De Max Weber A Sociologia Compreensiva De Max Weber Problematização O comportamento social é espontâneo, individual e descolado do passado? Max Weber Maximillian Carl Emil Weber Nasceu em 1864 na cidade de Erfurt (Alemanha),

Leia mais

Exercícios de Revisão - 1

Exercícios de Revisão - 1 Exercícios de Revisão - 1 1. Sobre a relação entre a revolução industrial e o surgimento da sociologia como ciência, assinale o que for incorreto. a) A consolidação do modelo econômico baseado na indústria

Leia mais

Núcleo de educação a distância - NEAD/UNIFRAN UNIVERSIDADE DE FRANCA

Núcleo de educação a distância - NEAD/UNIFRAN UNIVERSIDADE DE FRANCA Educação conceito permeado por valores e finalidades Educação e Sociedade:algumas visões no século XX Universidade de Franca Pedagogia EAD Sociologia Geral e da Educação Profa. Lucimary Bernabé Pedrosa

Leia mais

A crítica à razão especulativa

A crítica à razão especulativa O PENSAMENTO DE MARX A crítica à razão especulativa Crítica a todas as formas de idealismo Filósofo, economista, homem de ação, foi o criador do socialismo científico e o inspirador da ideologia comunista,

Leia mais

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista As bases do pensamento de Marx Filosofia alemã Socialismo utópico francês Economia política clássica inglesa 1 A interpretação dialética Analisa a história

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é:

Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: Atividade extra Fascículo 3 Sociologia Unidade 5 Questão 1 Um forte elemento utilizado para evitar as tendências desagregadoras das sociedades modernas é: a. Isolamento virtual b. Isolamento físico c.

Leia mais

Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre

Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre Lista de exercícios Sociologia- 1 ano- 1 trimestre 01-O homo sapiens moderno espécie que pertencemos se constitui por meio do grupo, ou seja, sociedade. Qual das características abaixo é essencial para

Leia mais

O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO DE MAX WEBER RESUMO. do homem em sociedade. Origem de tal Capitalismo que faz do homem um ser virtual e alienador

O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO DE MAX WEBER RESUMO. do homem em sociedade. Origem de tal Capitalismo que faz do homem um ser virtual e alienador O PENSAMENTO SOCIOLÓGICO DE MAX WEBER Tamires Albernaz Souto 1 Flávio Augusto Silva 2 Hewerton Luiz Pereira Santiago 3 RESUMO Max Weber mostra suas ideias fundamentais sobre o Capitalismo e a racionalização

Leia mais

CULTURA ORGANIZACIONAL. Prof. Gilberto Shinyashiki FEA-RP USP

CULTURA ORGANIZACIONAL. Prof. Gilberto Shinyashiki FEA-RP USP CULTURA ORGANIZACIONAL Prof. Gilberto Shinyashiki FEA-RP USP Cultura é uma característica única de qualquer organização Apesar de difícil definição, compreende-la pode ajudar a: Predizer como a organização

Leia mais

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique

Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Uma reflexão sobre Desenvolvimento Económico Sustentado em Moçambique Carlos Nuno Castel-Branco carlos.castel-branco@iese.ac.mz Associação dos Estudantes da Universidade Pedagógica Maputo, 21 de Outubro

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 1 CAPÍTULO I Introdução ao Marketing Introdução ao Estudo do Marketing Capítulo I 1) INTRODUÇÃO AO MARKETING Sumário Conceito e Importância do marketing A evolução do conceito de marketing Ética e Responsabilidade

Leia mais

A TEORIA DO PODER SIMBÓLICO NA COMPREENSÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS CONTEMPORÂNEA

A TEORIA DO PODER SIMBÓLICO NA COMPREENSÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS CONTEMPORÂNEA CONGRESSO INTERNACIONAL INTERDISCIPLINAR EM SOCIAIS E HUMANIDADES Niterói RJ: ANINTER-SH/ PPGSD-UFF, 03 a 06 de Setembro de 2012, ISSN 2316-266X A TEORIA DO PODER SIMBÓLICO NA COMPREENSÃO DAS RELAÇÕES

Leia mais

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Marx, Durkheim e Weber Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Problemas sociais no século XIX Problemas sociais injustiças do capitalismo; O capitalismo nasceu da decadência

Leia mais

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS Letícia Luana Claudino da Silva Discente de Psicologia da Universidade Federal de Campina Grande. Bolsista do Programa de Saúde. PET/Redes

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

A origem latina da palavra trabalho (tripalium, antigo instrumento de tortura) confirma o valor negativo atribuído às atividades laborais.

A origem latina da palavra trabalho (tripalium, antigo instrumento de tortura) confirma o valor negativo atribuído às atividades laborais. 1 Origem do termo O trabalho é o conjunto de atividades por meio das quais o ser humano cria as condições para sua sobrevivência. Por esta característica, sempre foi indispensável na vida dos indivíduos.

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG 1. Introdução 2. Maslow e a Hierarquia das necessidades 3. Teoria dos dois Fatores de Herzberg 1. Introdução Sabemos que considerar as atitudes e valores dos

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

SOCIOLOGIA. Profª Rosana Grespan E-mail: ro.grespan@hotmail.com Facebook: Rosana Pimentel de Castro Grespan

SOCIOLOGIA. Profª Rosana Grespan E-mail: ro.grespan@hotmail.com Facebook: Rosana Pimentel de Castro Grespan SOCIOLOGIA Profª Rosana Grespan E-mail: ro.grespan@hotmail.com Facebook: Rosana Pimentel de Castro Grespan TRABALHO Origem do termo O trabalho é o conjunto de atividades por meio das quais o ser humano

Leia mais

10. Abordagem Neoclássica

10. Abordagem Neoclássica 10. Abordagem Neoclássica Conteúdo 1. Abordagem Neoclássica 2. Características da Abordagem Neoclássica 3. Administração como Técnica Social 4. Aspectos Administrativos Comuns às Organizações 5. Eficiência

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

Os cinco subsistemas de Gestão de Pessoas

Os cinco subsistemas de Gestão de Pessoas Faculdade de Tecnologia Senac Goiás Os cinco subsistemas de Gestão de Pessoas Trabalho de Gestão de Pessoas Alunos: Nilce Faleiro Machado Goiânia,4 de dezembro de 2015 1 Sumário Capa...1 Sumário...2 Introdução...3

Leia mais

Construção de redes sociais e humanas: um novo desafio. Sonia Aparecida Cabestré Regina Celia Baptista Belluzzo

Construção de redes sociais e humanas: um novo desafio. Sonia Aparecida Cabestré Regina Celia Baptista Belluzzo Construção de redes sociais e humanas: um novo desafio. Sonia Aparecida Cabestré Regina Celia Baptista Belluzzo Um pouco de história... Características Sociedade Agrícola Agricultura, Caça TERRA Sociedade

Leia mais

Introdução a Sociologia. 1º ano do EM Professor: Fabiano Rodrigues

Introdução a Sociologia. 1º ano do EM Professor: Fabiano Rodrigues Introdução a Sociologia 1º ano do EM Professor: Fabiano Rodrigues O que é a Sociedade? O que é a Sociologia? O que podemos aprender com a Sociologia? O que estudamos em Sociologia? Estudamos a nós mesmos.

Leia mais

Émile Durkheim e o pensamento positivista (1858-1917)

Émile Durkheim e o pensamento positivista (1858-1917) Émile Durkheim e o pensamento positivista (1858-1917) O que é fato social: Durkheim definiu o objeto de estudo, o método e as aplicações da Sociologia como ciência. Objeto de estudo da Sociologia definido

Leia mais

Empreendedorismo de Negócios com Informática

Empreendedorismo de Negócios com Informática Empreendedorismo de Negócios com Informática Aula 5 Cultura Organizacional para Inovação Empreendedorismo de Negócios com Informática - Cultura Organizacional para Inovação 1 Conteúdo Intraempreendedorismo

Leia mais

Projeto de Sistemas I

Projeto de Sistemas I Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Projeto de Sistemas I Professora: Kelly de Paula Cunha E-mail:kellypcsoares@ifsp.edu.br Requisitos: base para todo projeto, definindo o

Leia mais

Apresentação 24/12/2014. Professor Wilker Bueno

Apresentação 24/12/2014. Professor Wilker Bueno Apresentação 1 Wilker Bueno Técnico em Magistério Colégio Estadual José Cipriano Varjão/GO Graduado em Administração de Empresas Universidade do Norte do Paraná Londrina/PR Especialista em RH e suas Atribuições

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais

PESSOAS ORGANIZACIONAL

PESSOAS ORGANIZACIONAL #7 #8 CULTURA GESTÃO DE PESSOAS ORGANIZACIONAL ÍNDICE 1. Apresentação 2. Definição de cultura 3. A cultura organizacional 4. Níveis da cultura organizacional 5. Elementos da cultura organizacional 6. Dicas

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

Avaliação Psicossocial: conceitos

Avaliação Psicossocial: conceitos Avaliação Psicossocial: conceitos Vera Lucia Zaher Pesquisadora do LIM 01 da FMUSP Programa de pós-graduação de Bioética do Centro Universitário São Camilo Diretora da Associação Paulista de Medicina do

Leia mais

em partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir seus objetivos necessita

em partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir seus objetivos necessita II. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A assessoria pedagógica não consiste em transmitir certezas, mas em partilhar sentido. [Gutierrez e Prieto, 1994] A EAD pode envolver estudos presenciais, mas para atingir

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA, SOCIEDADE

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA, SOCIEDADE PROJETO DE PESQUISA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE: A RACIONALIDADE TECNOLÓGICA NA REGULAÇÃO DOS SISTEMAS DE ENSINO Responsável: CARLOS ANTONIO GIOVINAZZO JUNIOR Esta proposta insere-se no projeto de pesquisa

Leia mais

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS Agenda da Conferência O que são redes? O que são redes interorganizacionais? Breve histórico das redes interorganizacionais Tipos

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA

PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA O que é o Projeto de Intervenção Pedagógica? O significado de projeto encontrado comumente nos dicionários da Língua Portuguesa está associado a plano de realizar,

Leia mais

Introdução Ao Marketing

Introdução Ao Marketing Introdução Ao Marketing O que é Marketing? Isso não é Marketing Muitas pessoas pensam em marketing apenas como vendas e propaganda e isso não causa nenhuma surpresa; Entretanto, vendas e propaganda constituem

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS ALCIDES DE SOUZA JUNIOR, JÉSSICA AMARAL DOS SANTOS, LUIS EDUARDO SILVA OLIVEIRA, PRISCILA SPERIGONE DA SILVA, TAÍS SANTOS DOS ANJOS ACADÊMICOS DO PRIMEIRO ANO DE

Leia mais

Ciências Sociais. Objetivos. Max Weber, Alemanha 1864-1920. Visão de mundo e pressupostos metodológicos Max Weber. Prof.

Ciências Sociais. Objetivos. Max Weber, Alemanha 1864-1920. Visão de mundo e pressupostos metodológicos Max Weber. Prof. Ciências Sociais Prof. Paulo Barrera Visão de mundo e pressupostos metodológicos Max Weber Objetivos a) Discutir conceitos básicos da sociologia weberiana, tais como ação social, racionalização, tipos

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

Midiatização: submissão de outras instituições à lógica da mídia.

Midiatização: submissão de outras instituições à lógica da mídia. Midiatização: submissão de outras instituições à lógica da mídia. Questão-chave: como a mídia altera o funcionamento interno de outras entidades sociais quanto às suas relações mútuas. Lógica da mídia:

Leia mais

AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO ÉMILE DURKHEIM

AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO ÉMILE DURKHEIM AS REGRAS DO MÉTODO SOCIOLÓGICO DE ÉMILE DURKHEIM Prof. Railton Souza OBJETO Na obra As Regras do Método Sociológico, publicada em 1895 Émile Durkheim estabelece um objeto de investigação para a sociologia

Leia mais

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING CENÁRIO E TENDÊNCIAS DOS NEGÓCIOS 8 h As mudanças do mundo econômico e as tendências da sociedade contemporânea.

Leia mais

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS SOCIOLOGIA DO DIREITO

PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS SOCIOLOGIA DO DIREITO PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS SOCIOLOGIA DO DIREITO P á g i n a 1 Questão 1. Émile Durkheim demonstrou por meio de seus estudos a relação entre as manifestações de solidariedade existentes na sociedade

Leia mais

Émile Durkheim 1858-1917

Émile Durkheim 1858-1917 Émile Durkheim 1858-1917 Epistemologia Antes de criar propriamente o seu método sociológico, Durkheim tinha que defrontar-se com duas questões: 1. Como ele concebia a relação entre indivíduo e sociedade

Leia mais

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas By Marcos Garcia Como as redes sociais podem colaborar no planejamento e desenvolvimento de carreira (individual e corporativo) e na empregabilidade dos profissionais, analisando o conceito de Carreira

Leia mais

O que é Estudo de Caso?

O que é Estudo de Caso? O que é Estudo de Caso? Segundo Araújo et al. (2008) o estudo de caso trata-se de uma abordagem metodológica de investigação especialmente adequada quando procuramos compreender, explorar ou descrever

Leia mais

7 CONCLUSÕES A presente dissertação teve como objetivo identificar e compreender o processo de concepção, implantação e a dinâmica de funcionamento do trabalho em grupos na produção, utilizando, para isso,

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

FACULDADE ARQUIDIOCESANA DE CURVELO

FACULDADE ARQUIDIOCESANA DE CURVELO BEATRIZ APARECIDADE MOURA JOYCE SOARES RIBAS JUCIELE OTTONE MALAQUIAS MARTINS LUANA PÉRSIA DINIZ MÍRIAN DUARTE MACHADO GONZAGA DA SILVA O PAPEL DO GESTOR E A AUTO-ESTIMA DOS FUNCIONÁRIOS UMA ANÁLISE DA

Leia mais

SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E VIDA MORAL. Monise F. Gomes; Pâmela de Almeida; Patrícia de Abreu.

SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E VIDA MORAL. Monise F. Gomes; Pâmela de Almeida; Patrícia de Abreu. SOCIEDADE, EDUCAÇÃO E VIDA MORAL Monise F. Gomes; Pâmela de Almeida; Patrícia de Abreu. O homem faz a sociedade ou a sociedade faz o homem? A culpa é da sociedade que o transformou Quem sabe faz a hora,

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

Unidade III Produção, trabalho e as instituições I. Aula 5.2 Conteúdo:

Unidade III Produção, trabalho e as instituições I. Aula 5.2 Conteúdo: Unidade III Produção, trabalho e as instituições I. Aula 5.2 Conteúdo: A família patriarcal no Brasil e seus desdobramentos. 2 Habilidade: Reconhecer que a ideologia patriarcal influenciou a configuração

Leia mais

1 A sociedade dos indivíduos

1 A sociedade dos indivíduos Unidade 1 A sociedade dos indivíduos Nós, seres humanos, nascemos e vivemos em sociedade porque necessitamos uns dos outros. Thinkstock/Getty Images Akg-images/Latin Stock Akg-images/Latin Stock Album/akg

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

Sociologia Organizacional. Contextualização. Aula 4. Organização da Aula. Profa. Me. Anna Klamas

Sociologia Organizacional. Contextualização. Aula 4. Organização da Aula. Profa. Me. Anna Klamas Sociologia Organizacional Aula 4 Contextualização Profa. Me. Anna Klamas Organização da Aula A Sociologia de Max Weber e o tema da racionalidade A disciplina de sociologia deve contribuir com a percepção

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores.

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. 2. Como acontecia a aprendizagem nas escolas no período medieval? Quem era apto

Leia mais

Aplicações da FPA em Insourcing e Fábrica de Software

Aplicações da FPA em Insourcing e Fábrica de Software Aplicações da FPA em Insourcing e Fábrica de Software Copyright 2002 por FATTO CONSULTORIA E SISTEMA LTDA. Esta publicação não poderá ser reproduzida ou transmitida por qualquer modo ou meio, no todo ou

Leia mais