GUIA TÉCNICO. Eficiência e qualidade na produção leiteira

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1 Manejo DPAde Efluentes Cuidar bem do meio ambiente garante o futuro das novas gerações Ano 1 Número 2 Março/Abril 2014 GUIA TÉCNICO Eficiência e qualidade na produção leiteira Nesta Edição Respeito às futuras gerações Efluentes: riscos e vantagens Opções para manejo dos efluentes A solução com duas lagoas Caso de sucesso

2 Guia Técnico DPA Respeito às futuras gerações Hoje em dia, em qualquer atividade econômica, não é mais possível pensar apenas nos ganhos financeiros que ela vai trazer. Claro que esse fator é importante e dele depende a evolução do empresário e a possibilidade de continuar investindo na atividade. No entanto, junto com o lucro, é indispensável pensar em aspectos sociais e ambientais. Assim, um empreendimento de qualquer natureza e tamanho precisa oferecer produtos ou serviços socialmente corretos, estabelecer relacionamento ético com clientes e funcionários e ter uma permanente preocupação com a preservação do meio ambiente e com a melhoria da qualidade de vida da sociedade. As atividades agropecuárias, como as demais, têm que adotar padrões que garantam a conservação dos recursos naturais. Ao cuidar do meio ambiente, todos nós estaremos contribuindo para que as próximas gerações possam, também, desfrutar do que a natureza oferece. RESÍDUOS DE ANIMAIS, DEVIDAMENTE TRATADOS, CONTRIBUEM PARA A AUMENTAR A FERTILIDADE DO SOLO Efluentes: riscos e vantagens Efluente é o termo que caracteriza os resíduos provenientes de diversas atividades. Na pecuária leiteira, refere-se, principalmente, ao esterco animal (efluente sólido) ou à mistura desse esterco com urina e água (efluente líquido). São considerados um dos maiores poluidores dos recursos hídricos e por isso é de suma importância controlar sua destinação. Se isso não for feito eles podem contaminar solos, rios, lençóis freáticos e facilitar o aparecimento de moscas e maus cheiros. Por outro lado, devidamente manejados, os efluentes tornam-se uma rica fonte de nutrientes para o solo. Segundo Jorge de Lucas Junior, professor do Departamento de Engenharia Rural da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp de Jaboticabal (SP), uma vaca que produz 22 kg de leite/dia gera 70 kg diários de dejetos. Quanto maior a quantidade de dejetos, maior o risco de impacto ambiental. Porém, maior, também, o potencial para o bom aproveitamento desse material. 2

3 Manejo de Efluentes Riscos dos efluentes Se os efluentes sólidos ou líquidos gerados na propriedade leiteira caírem em riachos, lagoas ou outras reservas hídricas, vão poluir a água por causa da matéria orgânica que contêm. Nutrientes contidos nos efluentes (principalmente nitrogênio, fósforo e potássio) provocam um acúmulo de algas e de matéria orgânica decomposta. Os resíduos também roubam o oxigênio da água e provocam a morte dos peixes. Observa-se também acúmulo de nitrato em águas superficiais ou subterrâneas e acúmulo de metais pesados. Se os efluentes se acumularam no solo, a contaminação de lençóis freáticos poderá ocorrer em razão da sobrecarga da capacidade de filtração do solo, o que impedirá a retenção dos compostos do esterco. Com isso, os resíduos atingirão as águas que correm abaixo da superfície. Benefícios dos efluentes A adubação orgânica ajuda a reduzir gastos com fertilizantes químicos derivados do petróleo. Efluentes sólidos ou líquidos tratados corretamente, além de ajudarem a preservar o meio ambiente, podem ser aproveitados na fertilização dos solos. Oferecem a possibilidade de reciclar os nutrientes da alimentação animal preservando e melhorando as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, principalmente pelos macronutrientes que contêm: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e enxofre. Segundo o engenheiro agrônomo José Elias Mellek, mestre em Ciência do Solo, a aplicação de dejeto líquido bovino por dois anos melhorou a qualidade estrutural do solo através da alteração de atributos físicos como densidade do solo, macroporosidade e diâmetro médio ponderado úmido de agregados. Ele também aponta para a melhoria dos atributos hidrológicos do solo, aumento da condutividade hidráulica e da taxa de infiltração de água, o que possivelmente tenha consequências positivas em termos de diminuição do potencial de escoamento superficial e transporte de elementos com nitrogênio e fósforo para corpos de água no longo prazo. 3

4 Guia Técnico DPA Opções para manejo dos efluentes Não existe uma fórmula única para o tratamento de dejetos. Cada propriedade deve possuir um tipo de tratamento, de manejo e Recomendações da Embrapa Gado de Leite para aproveitamento dos dejetos Planejar e dimensionar o sistema de tratamento e manejo de dejetos mais adequado ao sistema de produção de leite de acordo com a legislação ambiental em vigor. de disposição dos efluentes adequado à realidade do sistema de produção adotado. As possibilidades variam de acordo com cada região, com o nível de tecnificação do produtor e, principalmente, com as suas condições de espaço e de investimento. Consultar especialista para escolha da forma mais adequada de manejo dos dejetos, e permitir sua reciclagem e aproveitamento como fertilizante orgânico ou na fertirrigação, considerando o menor risco ao ambiente. Procurar manejar o esterco de modo a minimizar odores, controlar moscas e garantir a segurança de pessoas e animais. Avaliar a capacidade de suporte do sistema para absorção dos dejetos produzidos e o destino de materiais e produtos (desinfetantes, resíduos de limpeza e outros) que não devem ser misturados à matéria orgânica. Considerar os limites admissíveis de capacidade de suporte do solo com relação à absorção de nutrientes e à degradabilidade da matéria orgânica. Em qualquer sistema de manejo de efluentes, existem cinco fases principais: Coleta Armazenamento Processamento ou tratamento Transporte Utilização Do ponto de vista da consistência, didaticamente, os efluentes podem ser classificados de três maneiras: Sólidos Possuem 16% ou mais de sólidos totais. Líquido Com 12% ou menos de sólidos totais. Semissólidos Com 12% a 16% de sólidos totais. Esterco Sólido Quando o sistema é a pasto, não é necessário fazer nada com o esterco nas áreas de pastejo. No solo, ele passa por um processo completo de decomposição pelos microrganismos naturais do ambiente. Dificilmente ocorre a contaminação do ambiente por causa da pequena concentração de animais numa determinada área, tanto no regime extensivo quanto no pastejo rotacionado. Já o esterco retido nos currais e estábulos deve ser raspado, manual ou mecanicamente, distribuído e incorporado ao solo destinado à produção de forragem para os animais. Para 4

5 Manejo de Efluentes facilitar a raspagem, deve-se evitar ao máximo o excesso de água. O esterco sólido retirado diariamente pode ter o seguinte destino: Armazenado fora do curral, para evitar a proliferação de moscas, de preferência em locais cobertos para escoamento do excesso de umidade. Pode-se fazer montes em forma de cone. Com isso, a parte superior seca, mas o interior permanece úmido. Não convém secar totalmente porque se isso acontece haverá perda de nutrientes, principalmente nitrogênio. Ele será usado como adubo em épocas estratégicas. Levado para esterqueira ou para compostagem. Distribuído diretamente nas áreas de cultura. Em épocas estratégicas, o esterco também pode ser distribuído diretamente nas áreas de cultivo, sem tratamento prévio. A incorporação ao solo se faz por meio de aração ou gradagem, para que a microbiota do solo se encarregue de oxidar e mineralizar a matéria orgânica. Essa operação precisa ser feita entre 30 e 60 dias antes de qualquer plantio. A dosagem recomendada para aplicação em área total varia de acordo com a disponibilidade, facilidade de aplicação, fertilidade do solo e o tipo de cultura, porém dosagens de 20 a 40 t/ha são tecnicamente recomendadas. Mesmo adotando-se o manejo de esterco sólido, é preciso lavar periodicamente os pisos das instalações com jatos de água sob pressão (maior pressão e menor volume de água). O chorume ou água residuária resultante desse processo deve ser depositado no mesmo local em que ficam armazenados os efluentes gerados na sala de ordenha e na sala de espera e utilizados, posteriormente, na forma de fertirrigação. Esterco Líquido É a mistura de esterco, urina, restos de alimentação, derrame de bebedouros e água utilizada na lavagem das instalações (sala de espera e sala de ordenha). É um material altamente poluente porém, gera uma importante fonte de adubo orgânico. Ao sair das instalações, o esterco líquido deve seguir para uma área de armazenamento impermeabilizada. A capacidade de armazenamento depende do sistema de tratamento adotado, do tamanho do rebanho, do número de ordenhas, da diluição dos dejetos, do tipo de solo (arenoso, argiloso) e culturas a serem irrigadas, entre outros aspectos. Produtores de pequeno porte podem construir um tanque, de preferência circular, e armazenar os efluentes por no máximo cinco dias, quando, então, devem esgotar o tanque distribuindo o efluente em áreas de cultura ou no próprio pasto. Produtores maiores podem providenciar a construção de lagoas de retenção (veja A solução com duas lagoas na página XX). O local de armazenamento deve ter o tamanho adequado para evitar transbordamento e sua impermeabilização pode ser feita com cimento ou com lona apropriada de PVC. A distância entre a sala de ordenha e o tanque ou lagoa deve obedecer as normas definidas pela legislação. O esterco deve chegar até o local de armazenamento por meio de tubos de PVC ou em canaletas. É conveniente construir caixas de passagem ao longo do percurso para facilitar a retirada de materiais sólidos que possam entupir a tubulação. Sempre que a topografia permitir deve-se aproveitar os benefícios da gravidade para condução do efluente das instalações para o tanque de efluente e deste para a fertirrigação dos solos. Isso traz redução significativa dos custos de energia, mão de obra, materiais e equipamentos. 5

6 Guia Técnico 6 DPA Duas outras formas de usar os efluentes A compostagem é uma alternativa interessante se for possível dispor de esterco sólido produzido na propriedade. Ela gera um composto orgânico, ou húmus, que pode até ser vendido para uso em jardins, viveiros e floriculturas gerando uma renda adicional para o produtor. O composto orgânico é o resultado da mistura de dois tipos básicos de matéria prima: uma rica em carbono (como, por exemplo, material palhoso, bagaço de cana, palha de arroz etc.) e outra rica em nitrogênio (estercos de animais), na proporção, em peso, de 70% e 30%, respectivamente. A adição de 2% a 3% de fosfato natural e de calcário dolomítico ajudam a reduzir as perdas de nitrogênio e aumentar o nível de fósforo do composto. Condições adequadas de aeração para fornecimento de oxigênio, de temperatura (de 45 o C a 65 o C), de umidade (de 50% a 60%), tamanho das partículas (de 1 a 5 cm), respeito ao tempo de maturação e matéria prima com a correta relação carbono/nitrogênio são fatores essenciais para maximizar a eficiência do tratamento e a eliminação dos microrganismos patogênicos. A solução com duas lagoas Um sistema muito utilizado na Nova Zelândia para manejo de efluentes é o de duas lagoas em série, ou seja, uma ao lado da outra. Um produtor da DPA (veja reportagem a seguir) adotou o sistema em sua propriedade, com o apoio da DPA e com a assistência da QConz America Latina. O engenheiro agrônomo José Martinez, da QConz, foi Compostagem Biodigestor o responsável técnico pela implantação do sistema. Ele comenta: Existem várias formas de tratar os efluentes. Um, muito comum, é direcioná-los para uma lagoa, que, quando precisa ser esvaziada, exige bombas potentes, já que será necessário distribuir uma mistura relativamente densa formada por sólidos e água. No sistema com duas lagoas, os efluentes são direcionados para a primeira O biodigestor é um equipamento que permite, em ambiente fechado com condições anaeróbias, a reutilização de material orgânico dejetos do gado na geração de biogás e biofertilizante, além de trazer benefícios para a preservação ambiental. No local fechado, o material é fermentado, o que produz gás metano, também conhecido como biogás. Sua aplicação resulta na geração de energia elétrica que pode ser aplicada em diversas situações na propriedade. O biofertilizante é um adubo orgânico adequado para uso em qualquer tipo de cultura com significativa economia de adubo químico. No Brasil, algumas regiões, mais do que outras, utilizam biodigestores. Porém, além do custo relativamente alto de implantação, o domínio da tecnologia e a necessidade de pessoas motivadas e qualificadas para operar e manejar adequadamente o sistema dificultam sua adoção em maior escala no meio rural. delas (lagoa de decantação) que, ao encher e por um sistema hidráulico simples, passa para a segunda lagoa apenas a parte líquida dos efluentes. Com isso, a bomba para fazer a fertirrigação com esse líquido não precisa ser tão potente. Um sistema de tubulação conduz o efluente líquido até os aspersores que distribuem esse adubo orgânico em áreas de cultivo ou no pasto.

7 Manejo de Efluentes Características da implantação do sistema: O primeiro passo é escolher o local das lagoas e fazer seus dimensionamentos. A distância em relação à sala de ordenha deve obedecer a legislação, enquanto a capacidade de armazenamento das lagoas depende do volume de efluentes gerados. Para calcular o tamanho da primeira lagoa, deve-se quantificar o consumo diário da água utilizada para a limpeza da sala de ordenha e sala de espera. Vamos supor que seja de litros/dia. Como a lagoa precisa de 30 dias para encher, deve ter capacidade para litros, ou seja, 30 m 3. A capacidade da segunda lagoa pode ficar entre 15 e 30 m 3, dependendo da concentração de sólidos retidos na primeira. O planejamento deve considerar os objetivos da propriedade em médio prazo: aumento do número de vacas em lactação e aumento do número de ordenhas diárias precisam ser levados em conta. Os efluentes devem correr por tubos enterrados. A cada 20 ou 30 metros convém fazer caixas de passagem. Caso ocorra algum entupimento, é mais fácil localizar onde ocorreu. Importante: a água da chuva que cai nos telhados da sala de ordenha e na sala de espera não pode se misturar ao efluente. Ou seja, tem que ser desviada. A lagoa que recebe os efluentes ficará cheia em aproximadamente 30 dias. Aí, com a utilização de um sifão, a segunda lagoa começará a receber o líquido da primeira. Depois de mais 30 dias, aproximadamente, poderá ser esvaziada para a fertirrigação. O material mais barato para a impermeabilização é a lona, com uma manta gel por baixo. As paredes das lagoas devem ser inclinadas para conferir melhor sustentação e evitar erosão. Se ficarem na vertical há riscos de desmoronamentos. Em períodos variáveis, normalmente a partir de dois anos, será necessário limpar a primeira lagoa para retirar o lodo decantado com o tempo. No sistema com duas lagoas, a primeira lagoa de decantação recebe os efluentes. Um cano em forma de cotovelo (ao fundo) conduz a parte líquida para a segunda lagoa. Os efluentes correm por tubos enterrados. Caixas de passagem (foto menor) a cada 20 ou 30 metros facilitam a limpeza e o conserto de eventuais entupimentos. Apoio da DPA O programa Boas Práticas na Fazenda DPA (BPF), lançado em 2005, é uma iniciativa da DPA que contribui para a melhoria da qualidade e da segurança do leite brasileiro e permite ao produtor uma gestão mais efetiva da sua propriedade. Ele tem um foco na sustentabilidade, ou seja, na manutenção em longo prazo do produtor na atividade. Dentro desse aspecto, a questão do meio ambiente é fundamental. O produtor que fornece para a DPA e faz parte do BPF recebe orientações do técnico que o atende na busca da melhor solução para a questão dos efluentes. Para mais informações, fale com o Supervisor de Distrito Leiteiro que atende sua propriedade. Esta edição contou com a colaboração de: Aloísio Torres de Campos, engenheiro agrônomo e doutor, ex-pesquisador da Embrapa Gado de Leite Airton Kunz, pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Ana Esser, zootecnista José Martinez, engenheiro agrônomo Larissa Cirillo de Rezende Barbosa, engenheira agrônoma Leonardo Rossignolo, médico veterinário Natalia Laperuta, zootecnista. Guia Técnico DPA - Uma publicação do Serviço ao Produtor de Leite DPA spl.faleconosco@br.nestle.com Coordenação: Janaina Giordani, Dairy Farmer Service Specialist, tel.: (62) Jornalista responsável: Luiz Laerte Fontes (MTb-SP 8346) LLfontes@Lfcomunicacoes.com.br Direção de arte e editoração: Arco W Comunicação & Design atendimento@arcow.com.br Tiragem: exemplares Foto capa: Arco W/ShutterPhoto. Foto página 2: Sérgio Santório. Fotos páginas 3 a 6: Gerson Sobreira. Fotos páginas 7 e 8: Arquivo DPA 7

8 Guia Técnico DPA Caso de Sucesso Fazenda Piracanjuba Respeito à natureza Produtor goiano implanta sistema de manejo de efluentes e realiza antigo sonho Na atividade há quase 20 anos, o produtor Mozarinho Rabello, da Fazenda Piracanjuba, em Bela Vista de Goiás (GO), sempre pensou em maneiras de preservar o meio ambiente. Para ele, isso deve ser responsabilidade de todos e acrescenta: "Queremos qualidade de vida, certo? Mas isso não existe sem respeito à natureza." No programa Boas Práticas na Fazenda da DPA (BPF) há vários anos, Mozarinho está convencido de que a proposta do programa permite o que há de mais importante para um produtor leiteiro: ser competitivo e atender o cliente com produto de qualidade, dois desafios que o BPF ajuda a vencer. Para o Supervisor de Distrito Leiteiro da DPA, Pedro Alves, que atende Mozarinho, o BPF deu o incentivo que o produtor precisava para adotar um manejo de efluentes que preservasse os recursos hídricos da propriedade e do entorno (veja página 7). "É agora!!" No BPF, o atendimento ao produtor é realizado pelo engenheiro agrônomo José Martinez que trabalha para a QConz America Latina, parceira da Mozarinho: feliz com os resultados da instalação do sistema que preserva a qualidade dos mananciais de sua região DPA. Foi ele quem apresentou a ideia de instalar o sistema na propriedade. Segundo Mozarinho, depois das explicações e dos esclarecimentos, Martinez perguntou: "Você topa?" E Mozarinho respondeu: "É agora!!". A partir daí, os dois começaram os cálculos para a capacidade das lagoas, levantaram as necessidades de material, fornecedores e custos, acertaram a questão do financiamento e puderam começar as obras. Em poucos meses estava tudo pronto e o sistema começou a funcionar com sucesso. Segundo Mozarinho, a manutenção do sistema é simples, a bomba foi bem dimensionada (ela esvazia a segunda lagoa em pouco mais de quatro horas) e com a utilização de aspersores a fertirrigação é realizada a cada 10 dias, aproximadamente. No início de 2013, Mozarinho estava com 74 vacas em lactação, que produziam cerca de litros de leite/dia. Mas como ele tem planos de crescer na atividade, as lagoas foram projetadas para uma produção com 160 vacas em lactação. As lagoas estão localizadas a uns 200 metros da sala de ordenha. Mozarinho dá detalhes do sistema: "Os efluentes descem por tubos de PVC e a cada 30 metros, aproximadamente, fiz caixas de passagem que servem para reter e retirar material sólido que eventualmente se mistura com os efluentes e também para facilitar a localização de um eventual entupimento no cano." Mozarinho vê na instalação de seu sistema de manejo de efluentes a realização de um objetivo de vários anos e está feliz com isso. Ele diz: "Claro que como qualquer ser humano, fico preocupado na hora de gastar, de investir num projeto desses. Mas tenho responsabilidades em relação às gerações futuras e sei que estou contribuindo para a qualidade dos mananciais. Acredito que num futuro próximo os órgãos governamentais vão ser mais rigorosos na exigência para que quem mexe com ordenha tenha uma destinação correta para os dejetos. Isso é vital. É uma responsabilidade da qual não podemos fugir". 8

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