CURSO REGULAR DE DIREITO CONSTITUCIONAL PROFESSORES VICENTE PAULO E FREDERICO DIAS

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1 AULA 15: CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE PARTE 2 Puxa vida! E esta já é a última aula do nosso curso on-line! De minha parte (Vicente Paulo), foi uma imensa satisfação toda essa troca de conhecimento sobre Direito Constitucional. É certo, também, que muito aprendi ao longo de nossas aulas - com vocês, alunos, e também com o amigo Fred. Como dito na aula de apresentação deste curso, a única diferença entre mim e vocês é que eu estou (bem) mais velho e, com isso, provavelmente tenha estudado um pouco mais essa específica disciplina! Afinal, na década de 90, quando eu publiquei o meu primeiro livro de Direito ( controle de constitucionalidade, ainda pela editora Vestcon), muitos de vocês ainda cheiravam à frauda, e nem imaginavam o que era concurso público... Pois bem, você não faz ideia do quanto fico feliz em saber que, hoje, mais de quinze anos depois, eu ainda tenho a oportunidade e o privilégio de falar com alunos de todo o país, de norte a sul, como aconteceu agora, neste curso online, em que tivemos alunos do interior do Rio Grande do Sul, de São Paulo, do Rio Grande do Norte, do Rio de Janeiro, do Amazonas etc. Sem demagogia, é absolutamente impossível, para mim, encerrar um curso on-line como este sem refletir sobre tudo isso e sentir as lágrimas vindas aos olhos, com a emoção da tal pergunta (sem resposta): o que eu, Vicente Paulo, fiz para merecer tudo isso, tanta satisfação?. Lembro-me, também, de algumas conversas que tive com uma ex-namorada, nas quais eu dizia a ela que, quando casássemos e tivéssemos filhos, deixaria de dar aula, de vez. Em reposta, em todas as conversas, eu sempre ouvia dela, meio brava, a mesma resposta: eu já lhe falei; não gosto quando você promete o que não cumprirá; tá na cara que você não parará de dar aula coisa alguma; você poderá diminuir a quantidade de aulas dadas, mas parar, nunca, basta olhar para a sua cara de alegria depois de uma aula dada para se ter certeza disso. Pois é, hoje, depois de alguns anos, vejo claramente que ela estava certa... Para mim (Fred Dias) também foi uma experiência fantástica. Primeiro, por novamente dividir um curso com o prof. Vicente, cujos livros e aulas (sim cheguei a assistir, como aluno, um curso do Vicente em BH, ainda em 2007!) contribuíram tanto para as minhas aprovações, no início do ano de Em segundo lugar, pela quantidade de conhecimento que um curso como este nos proporciona (especialmente por meio da troca de idéias entre professores e também com os alunos). E, principalmente, por poder contribuir um pouco com a (futura) aprovação de tantos candidatos, em todo país. Diante disso, receba nosso agradecimento! Agora, antes de continuar nossos estudos do controle de constitucionalidade, vamos voltar a um assunto lá da aula 5: inelegibilidade reflexa. Voltando a estudar o assunto, percebemos que fizemos uma pequena confusão com base numa decisão do Supremo Tribunal Federal. Mas duas perguntas do fórum da Turma 1 deste curso nos obrigaram a estudar o assunto de novo e rever a explicação daquela aula. Portanto, atenção. Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 1

2 Na aula 5, ao tratar da inelegibilidade reflexa (CF, art. 14, 7º), vimos que são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. Então, dissemos que no caso de o titular (chefe do Poder Executivo) renunciar seis meses antes da eleição, seus cônjuges e parentes ou afins até segundo grau poderão candidatar-se a todos os cargos eletivos na circunscrição, desde que ele pudesse concorrer à sua própria reeleição (pág. 30 da aula 5). Na verdade, essa explicação não ficou muito adequada. O ideal seria separarmos essa explicação de acordo com o cargo que o parente está pleiteando. Em suma, a regra é: a) o parente do prefeito pode se eleger para cargo de prefeito desde que ele (o titular) renuncie até seis meses antes do pleito e ele esteja no primeiro mandato (ou seja, desde que ele pudesse se candidatar à reeleição); Por exemplo, a esposa do prefeito poderia se candidatar ao cargo de prefeito desde houvesse a renúncia do marido (atual prefeito) até seis meses antes do pleito e desde que ele pudesse ser candidato à reeleição, por estar no primeiro mandato. b) o parente do prefeito pode se eleger para cargo diverso desde que ele (o titular) renuncie até seis meses antes do pleito. Nesse caso, fica afastada a inelegibilidade reflexa com a renúncia do prefeito até seis meses antes do pleito. Com isso, conclui-se que, se o titular estiver no seu segundo mandato, sua renúncia até seis meses antes do pleito afasta a inelegibilidade reflexa apenas para os outros cargos. Objetivamente: nos dois casos (mesmo cargo do titular ou cargo diverso) exige-se a renúncia em até seis meses. Mas, no segundo caso (cargo diverso), não se exige que o titular esteja no primeiro mandato. Essa regra vale também para governadores e Presidente da República. Visto isso, vamos ao assunto de hoje. Na aula passada, estudamos os aspectos gerais sobre controle de constitucionalidade e, também, o modelo difuso/incidental de controle adotado no Brasil. Hoje, concluiremos este nosso curso on-line com o estudo do controle concentrado/abstrato de constitucionalidade que, cá entre nós, tem um número bem maior de conhecimento a lhe ser repassado, e que sempre está presente em qualquer prova de concurso que cobre esse instigante assunto! Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 2

3 Vamos, então, partir para o desafio, devagarzinho, devagarzinho, sem pressa, a fim de que você, aos poucos, vá sendo contagiado (e não bombardeado!) pelo conhecimento de tal apaixonante assunto... 1) Noção Conforme visto na aula pretérita, o controle abstrato é aquele que objetiva a preservação da supremacia (formal) da Constituição Federal, decorrente da rigidez constitucional. Ocorre quando um dos legitimados pela Constituição Federal (art. 103) propõe perante o tribunal de cúpula do Judiciário (na esfera federal, exclusivamente no STF) uma ação com o fim específico de obter desse tribunal a pronúncia sobre a constitucionalidade (ou não) de uma lei. Importante: não se está diante de caso concreto algum, a ação já é proposta com o exclusivo fim de discutir a constitucionalidade da lei; por isso, não se trata de decisão incidental, mas sim de decisão principal ; o legitimado não está defendendo interesse subjetivo seu, mas sim atuando em defesa da supremacia da Constituição; por isso se diz que o controle é em tese, sem vinculação alguma a caso concreto, e que os legitimados do art. 103 da Constituição atuam como verdadeiros advogados da Constituição (Gilmar Mendes). O controle abstrato poderá ser instaurado pelos legitimados do art. 103 por meio da propositura das seguintes ações: a) ação direta de inconstitucionalidade (ADI); b) ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO); c) ação declaratória de constitucionalidade (ADC); e d) arguição de descumprimento de preceito fundamental. Há, ainda, outra ação do controle concentrado perante o STF que - embora tenha finalidade distinta e específica (fiscalizar o processo de intervenção federal em estados e no Distrito Federal no caso de ofensa aos princípios constitucionais sensíveis) e legitimação restrita (exclusiva do Procurador-Geral da República) será por nós aqui brevemente abordada: a ação direta de inconstitucionalidade interventiva. 2) Metodologia do nosso estudo Considerando que, à exceção da ação direta de inconstitucionalidade interventiva, todas as ações abstratas têm muito aspectos em comum, o nosso estudo observará à seguinte metodologia: primeiro, estudaremos todos os aspectos relevantes sobre a ADI, um a um, detalhe a detalhe; depois, em vez de repetirmos todos esses mesmos aspectos no estudo das demais ações (ADO, ADC e ADPF), veremos apenas as peculiaridades destas ações, isto é, as suas diferenças em relação a ADI (desse modo, evitaremos repetições desnecessárias e você fixará com maior facilidade os aspectos que diferenciam tais ações, pois isso é o que mais lhe interessará para a sua prova!). Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 3

4 3) Estudo da ADI (genérica) Como temos três ações diretas de inconstitucionalidade (ação direta de inconstitucionalidade, ação direta de inconstitucionalidade por omissão e ação direta de inconstitucionalidade interventiva), a doutrina costuma denominar a ação direta de inconstitucionalidade (ADI) de genérica, com o fim de distingui-la da ADI por omissão e da ADI interventiva. Entretanto, cuidado! Dificilmente, na sua prova, aparecerá a denominação ação direta de inconstitucionalidade genérica. Aparecerá, simplesmente, ação direta de inconstitucionalidade. Mas, agora, você já sabe: sempre que o examinador só se referir à ADI, ele estará se referindo à ADI genérica; se ele quiser se referir às demais ADI, ele terá, obrigatoriamente, que qualificar, trazendo as expressões por omissão ou para fins interventivos ou interventiva. Superada essa questão de ordem, passemos ao estudo da ação direta de inconstitucionalidade (assim como o examinador fará na prova do seu concurso, não ficaremos, nesta aula, usando, o tempo todo, o qualificativo genérica, pois você já aprendeu a regra acima explicada!). 3.1) Legitimação Ao contrário do controle incidental em que, no curso de qualquer processo judicial, qualquer pessoa interessada ou mesmo o juiz, de ofício, pode dar início ao controle -, no controle abstrato somente os legitimados pela Constituição Federal poderão instaurá-lo. De acordo com o art. 103 da Constituição Federal, podem propor a ação direta de inconstitucionalidade perante o STF: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Conforme já dissemos antes, essa legitimação foi estabelecida com novidade na Constituição Federal de 1988, haja vista que, até então, somente o Procurador-Geral da República podia propor ADI perante o STF. Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 4

5 Passemos, a seguir, ao exame de alguns aspectos importantes acerca dessa ampla legitimação em ADI. Assistência advocatícia Nem todos os legitimados precisam de advogado para a propositura da ADI perante o STF. Somente os legitimados previstos nos incisos VIII e IX, acima, necessitam de assistência advocatícia para a propositura de ADI. Os demais poderão fazê-lo diretamente, sem necessidade de advogado. Ademais, estes legitimados que não precisam de advogado (incisos I a VII) poderão não só propor a ADI, mas também praticar todos os atos processuais no curso do processo, sem a necessidade de advogado (poderão até mesmo, opor recursos, como se advogados fossem). Para a propositura de ADI, o advogado deverá ter procuração específica outorgada pelo legitimado para cada ação/dispositivo impugnado. Assim, para cada ADI proposta, será necessária nova procuração, que indicará especificamente os dispositivos a serem impugnados (por exemplo: procuração para impugnar, em ADI, os artigos 2º e 3º da Lei X; procuração para impugnar, em ADI, o artigo 18 da Lei Y e assim por diante). Pertinência temática Embora a Constituição Federal não tenha estabelecida qualquer distinção, a jurisprudência do STF dividiu os legitimados do art. 103 em dois grupos: legitimados universais e legitimados especiais. Os legitimados universais podem impugnar qualquer matéria em ADI, sem necessidade de comprovar interesse do órgão que representa (isto é, sem necessidade de comprovação de pertinência temática). São legitimados universais: o Presidente da República, a Mesa do Senado Federal, a Mesa da Câmara dos Deputados, o Procurador-Geral da República, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e partido político com representação no Congresso Nacional. Os legitimados especiais só podem impugnar matérias em relação às quais comprovem interesse (isso é, devem comprovar a existência de pertinência temática). São legitimados especiais: a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o Governador de Estado ou do Distrito Federal e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Desse modo, o Presidente da República (legitimado universal) pode impugnar em ADI lei de qualquer estado da federação, sem necessidade de comprovar interesse na matéria. Já um Governador de Estado (legitimado especial) só pode impugnar em ADI lei federal ou de outro Estado na hipótese de comprovar interesse na matéria (isto é, deverá ele comprovar que a lei federal, ou do outro Estado, está prejudicando interesse do Estado que ele representa). Igualmente, as associações de classe de âmbito nacional (legitimado especial) só podem impugnar em ADI leis que digam respeito a interesse de seus associados. Partido político com representação no Congresso Nacional Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 5

6 Não é qualquer político que dispõe de legitimação para propor ADI. Somente o partido político com representação no Congresso Nacional poderá propor ADI perante o STF. Para caracterizar a representação no Congresso Nacional, basta o partido político possuir um representante em qualquer das Casas Legislativas (na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal). Ademais, a legitimação só é exigida na data da propositura da ADI. Ainda que posteriormente o partido político perca completamente a sua representação no Congresso Nacional (cassação, renúncia ou morte do congressista, por exemplo), tal fato não prejudicará em nada a ADI por ele anteriormente proposta. Enfim, a perda superveniente da representação no Congresso Nacional não prejudica as ações anteriormente propostas. Confederações sindicais e entidades de classe Inicialmente, na organização sindical brasileira tínhamos somente três entidades sindicais previstas em lei: sindicato (entidade local), federação (entidade regional) e confederação (entidade nacional). Mais recentemente, foram também reconhecidas formalmente pelo legislador as centrais sindicais, entidades de maior grau (embora existentes, de fato, há muitos anos). Pois bem, segundo a jurisprudência do STF, na estrutura sindical brasileira, só as confederações sindicais dispõem de legitimação para a propositura de ADI. Portanto, sindicatos e federações, ainda que supostamente de âmbito nacional, não podem propor ADI perante o STF. Nem mesmo as centrais sindicais, entidades de maior grau, podem propor ADI perante o STF. Outra questão discutida no STF foi a legitimação, ou não, das chamadas associações de associações, assim entendidas aquelas associações que reúnem como membros exclusivamente pessoas jurídicas. Inicialmente, o STF firmou entendimento de que tais associações não eram legitimadas à propositura de ADI. Entretanto, o tribunal mudou de posição e passou a entender que as associações de associações podem propor ADI. (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009) Não se exige, para fins de ajuizamento e conhecimento da ADI, a prova da pertinência temática por parte das Mesas do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das assembléias legislativas dos estados ou da Câmara Legislativa do DF. A exigência de pertinência temática recai sobre: (i) a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (ii) o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (iii) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. Para impetrarem ADI, esses legitimados deverão demonstrar o seu interesse de agir, materializado na relação existente entre o ato impugnado e as funções exercidas. Portanto, incorreto o item. 3.2) Objeto Podem ser objeto de ADI perante o STF leis e atos normativos federais e estaduais (CF, art. 102, I, a ). Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 6

7 Leis municipais não podem ser objeto de ADI perante o STF, em hipótese alguma. No caso do Distrito Federal, como esse ente federado exerce competências estaduais e municipais, temos que diferenciar: as leis editadas pelo no desempenho de atribuição estadual podem ser impugnadas em ADI perante o STF (porque se equiparam às leis estaduais); já as leis editadas pelo DF no exercício de competência municipal não podem ser objeto de ADI perante o STF (porque, afinal, se equiparam às leis municipais). Em síntese: podem ser objeto de ADI perante o STF as leis federais e estaduais e, ainda, as distritais editadas no exercício de competência estadual; não podem ser objeto de ADI perante o STF as leis municipais e as distritais editadas no exercício de competência própria dos municípios. Requisitos especiais É certo que para uma lei ser impugnada em ADI perante o STF deverá ser ela federal, estadual ou editada pelo DF no exercício de atribuição própria dos estados-membros. Entretanto, não é qualquer dessas leis que poderá ser objeto de ADI perante o STF. Ser federal, estadual ou do DF no exercício de atribuição estadual é, apenas, o primeiro passo. Além disso, a lei deverá cumprir os seguintes requisitos: a) ser pós-constitucional (isto é, ter sido editada na vigência da Constituição Federal de 1988); Significa dizer que o chamado direito pré-constitucional, editado na vigência de Constituições pretéritas, não pode ser objeto de ADI perante o STF. b) possuir caráter autônomo (isto é, não pode ser norma meramente regulamentar); Já estudamos na aula pretérita que o conflito entre ato regulamentar e lei regulamentada constitui mera ilegalidade, que não se sujeita ao controle de constitucionalidade. Assim, se um decreto regulamentar federal contrariar a lei federal por ele regulamentada, tal conflito constituirá mera ilegalidade, não aferível em ADI. Ok. Agora, observe esta questão do concurso de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, aplicada pela Esaf em Não há possibilidade de ser conhecida pelo Supremo Tribunal Federal uma ação direta de inconstitucionalidade na qual se discute a constitucionalidade de um decreto. Quando pensamos em decreto regulamentar, a questão parece correta. Todavia, como você sabe, há os decretos autônomos (haurido diretamente da Constituição). Nesse caso, um decreto de natureza autônoma poderá desrespeitar diretamente a Constituição. E, nesse caso, será possível a ADI. Portanto, a questão está incorreta. Por outro lado, um decreto de natureza meramente regulamentar não poderia ser impugnado em ADI. Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 7

8 c) ser dotada de generalidade, abstração ou generalidade; A norma típica impugnável em ADI é aquela que tem destinatários incertos, não determinados, em razão da abstração de que se reveste. Se o ato tem destinatário certo, determinado, não pode ser objeto de ADI perante o STF por constituir, na verdade, conteúdo meramente administrativo (um decreto do Presidente da República que nomeie, exonere ou demita um agente público, por exemplo). Entretanto, muito cuidado! Recentemente, o STF firmou o entendimento de que esse requisito não se aplica aos atos editados sob a forma de lei (em sentido estrito, aprovada pelo processo legislativo constitucional). Com base nesse novo entendimento, o STF conheceu de ADI proposta contra lei orçamentária (ação até então nunca admitida, por entender o tribunal que as leis orçamentárias não passavam de meros atos administrativos, fixadores da receita e da despesa públicas). d) estar em vigor (isto é, não cabe ADI contra direito revogado). Não cabe ADI contra direito revogado. Afinal, o objetivo dessa ação é retirar do ordenamento jurídico leis inconstitucionais, na defesa da supremacia da Constituição. Ora, se a lei já foi retirada do ordenamento jurídico pela revogação, a ADI não tem mais objeto. Nesse ponto, é comum ouvirmos em sala de aula: mas, professor, e se eu fui prejudicado por essa lei, enquanto ela esteve em vigor, não se pode mais fazer nada? Nossa resposta: pode sim, sem dúvida; entretanto, caro aluno, você é um caso concreto, e a ADI não tem por objeto resolver casos concretos; é para isso que existe o controle incidental, na via difusa; vá, então, discutir o seu caso concreto na via difusa - e, lá, você poderá normalmente pleitear, incidentalmente, a declaração da inconstitucionalidade da lei já revogada, com o fim de afastar a sua aplicação ao seu caso concreto. Ainda sobre esse ponto, temos que responder à seguinte pergunta: e se for proposta uma ADI contra lei em vigor que, supervenientemente, antes do julgamento pelo STF, vem a ser revogada? Bem, em síntese, temos o seguinte: a) ADI contra lei já revogada: ADI não conhecida pelo STF, por ausência de objeto; b) ADI contra lei em vigor, mas posteriormente revogada: ADI conhecida, mas supervenientemente prejudicada, por perda de objeto, salvo se a revogação da lei ocorrer após a inclusão da ADI na pauta de julgamento. Vejamos uma questão da FCC sobre os objetos de uma ADI. (FCC/PROCURADOR/TCE-AL/2008) De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, pode ser objeto da ação direta de inconstitucionalidade perante aquele Tribunal norma a) constitucional federal fruto do Poder Constituinte originário, caso viole as limitações materiais ao poder reformador. Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 8

9 b) municipal que viole a Constituição da República. c) municipal que viole a Constituição do respectivo Estado-membro. d) federal editada anteriormente à Constituição da República vigente quando da propositura da ação direta. e) editada pelo Distrito Federal, quando decorrente do exercício de competência estadual. A alternativa a está errada, pois normas constitucionais originárias não podem ser objeto de controle de constitucionalidade. As alternativas b e c estão erradas, pois normas municipais não podem ser objeto de ADI; apenas normas estaduais e federais que desrespeitem a Constituição Federal. A alternativa d está errada, pois o direito pré-constitucional não pode ser objeto de ADI. A alternativa e está correta, pois as normas distritais editadas no exercício da competência estadual podem ser objeto de ADI. 3.3) Causa de pedir aberta É bastante cobrada em concursos a distinção entre pedido e causa de pedir no âmbito do controle abstrato. Podemos dizer que, em sede de ADI, o STF vincula-se ao pedido, mas não à causa de pedir, pois esta é aberta. Dizer que o STF é vinculado ao pedido significa que o Supremo está condicionado à análise daqueles artigos que estão sendo impugnados pelo autor. Ou seja, a atuação do STF restringe-se àqueles dispositivos questionados pelo autor; não pode a Corte declarar a inconstitucionalidade de outros artigos não impugnados na inicial. Por sua vez, dizer que o STF não está vinculado à causa de pedir (causa de pedir aberta) significa que o STF não se vincula ao parâmetro indicado pelo autor da ação. Quer dizer que pode o Supremo declarar a inconstitucionalidade da lei impugnada, mas por motivo totalmente diverso daquele manifestado pelo autor na inicial. Ou seja, o autor pode alegar que uma lei desrespeita o art. 5º e o STF entender que aquela mesma lei é, de fato, inconstitucional, mas por ofensa ao art. 21 da CF/88. Vejamos esta questão da FCC. (FCC/ANALISTA- ÁREA: DIREITO/MPE/SE/2010) O Supremo Tribunal Federal fica vinculado aos fundamentos apresentados pelo proponente, por ser a causa de pedir restrita ou fechada, vedando-se que a decisão seja assentada em qualquer parâmetro constitucional. Não, não. A causa de pedir é aberta, não vinculando o STF. O STF está vinculado ao pedido, ao dispositivo impugnado na inicial. Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 9

10 Ou seja, é obrigatório que a análise da constitucionalidade tenha por objeto aquela norma ou dispositivo que está sendo questionado; todavia, não há óbice a que ele seja declarado inconstitucional por fundamentos não apresentados pelo autor. Portanto, incorreto o item. Ok, já sabemos que, em controle de constitucionalidade abstrato, o STF é vinculado ao pedido, devendo se ater à análise daqueles dispositivos impugnados, sem a possibilidade de declarar inconstitucionais outros dispositivos. Exemplo: Os arts. 3 e 9 da Lei A estão sendo impugnados em sede de ADI. Como o STF está vinculado ao pedido, não pode decidir declarar inconstitucional toda a Lei A, mesmo que haja outras inconstitucionalidades flagrantes nos dispositivos não impugnados. Por quê? Ora, porque o STF está vinculado ao pedido do autor. Ok. Está tudo muito bom, está tudo muito bem. Todavia, há uma hipótese excepcional em que se admite certa flexibilização dessa regra geral. Isso ocorre quando a declaração de inconstitucionalidade estende-se a outros dispositivos pelo fato de haver uma estreita relação entre eles e a norma impugnada. Significa que, se dois dispositivos legais mantêm, entre si, um vínculo de dependência jurídica que resulta na impossibilidade de que uma norma permaneça no ordenamento jurídico sem a outra, poderemos ter a chamada inconstitucionalidade por arrastamento (ou por atração). Ou seja, a declaração de inconstitucionalidade alcançaria não apenas a norma legal impugnada (se estenderia aos outros dispositivos com ela relacionados), uma vez que as normas remanescentes perderiam todo o sentido com a declaração de invalidade da primeira. Vejamos um exemplo. Suponhamos que a Lei B crie uma nova licença para os servidores de um ente da Federação. (...) Art. 4. O servidor poderá se afastar das suas atividades por trinta dias ao ano, sem prejuízo da remuneração, para usufruir de licença... Art. 5. A licença prevista no artigo anterior poderá ser parcelada em até duas vezes. Agora, digamos que o art. 4 da Lei B seja impugnado em ADI perante o STF e a tal licença seja declarada inconstitucional. Faz algum sentido manter válido o art. 5 daquela lei? Não, não faz. Diante disso, mesmo não tendo sido impugnado especificamente o art. 5, o STF declara a inconstitucionalidade do art. 4 da Lei B e, por arrastamento, a do art. 5. Resolva, agora, esta questão da FCC. Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 10

11 (FCC/ANALISTA - ÁREA: DIREITO/MPE/SE/2010) O Supremo Tribunal Federal aprecia a validade dos dispositivos legais indicados no pedido formulado pelo autor da ação, porém admite a inconstitucionalidade por arrastamento ou por atração. É isso mesmo! O STF vincula-se ao pedido do autor, mas isso não o impede de adotar, na decisão sobre a inconstitucionalidade da lei, a técnica da declaração de inconstitucionalidade por arrastamento, alcançando outros dispositivos estreitamente vinculados ao que foi impugnado pelo autor. Correta a questão. 3.4) Participação do PGR e AGU O Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União têm participação ativa no processo de ADI perante o STF. Participação do Procurador-Geral da República O Procurador-Geral da República desempenha duplo papel: é legitimado para a propositura de ADI (CF, art. 103, VI) e também deverá ser previamente ouvido em todas as ADI propostas perante o STF (CF, art. 103, 1º). Ao propor uma ADI, o Procurador-Geral da República atua como legitimado universal, podendo impugnar qualquer matéria, independentemente da comprovação de interesse (pertinência temática). Já ao se manifestar sobre as ADI propostas pelos demais legitimados do art. 103, o Procurador-Geral da República atua como fiscal da lei, zelando pela regular aplicação das leis e da Constituição. Logo, poderá ele opinar pela procedência ou pela improcedência das ações propostas. Cuidado! É importante destacar que esse direito de manifestação imparcial do Procurador-Geral da República é assegurado, inclusive, nas ações por ele propostas. Isto mesmo: ele poderá, hoje, propor uma ADI impugnando certa lei e, posteriormente, ao ser chamado a se manifestar, opinar pela improcedência desta mesma ADI (anteriormente por ele proposta!). Participação do Advogado-Geral da União Estabelece a Constituição Federal que quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado (art. 103, 3º). Como se vê, o papel do Advogado-Geral da União é bem distinto: cabe a ele defender o ato ou texto impugnando em ADI perante o STF. Embora integrante da estrutura do Poder Executivo federal (CF, art. 131), caberá ao Advogado-Geral da União defender a constitucionalidade não só das normas federais impugnadas em ADI, mas também das estaduais (ou do DF, no exercício de atribuição estadual). Muito se discutiu no STF sobre a natureza dessa atuação do Advogado-Geral da União. Estaria o Advogado-Geral da União obrigado a defender, sempre, a Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 11

12 constitucionalidade da norma impugnada em ADI, em qualquer circunstância? Ou será que poderia ele, excepcionalmente, opinar pela inconstitucionalidade da norma? Pois bem, inicialmente, o STF firmou entendimento de que o Advogado-Geral da União é obrigado a defender, sempre, a constitucionalidade da norma impugnada em ADI, seja ela federal ou estadual. Não poderia ele, portanto, opinar pela inconstitucionalidade da norma, em hipótese alguma. Recentemente, porém, o tribunal tem abrandado esse seu tradicional entendimento, passando a admitir que o Advogado-Geral da União deixe de defender a constitucionalidade da norma impugnada em ADI, reconhecendo a ele a autonomia para agir, escolhendo como se manifestará, pela constitucionalidade, ou não da norma impugnada (ADI 3.916, rel. Min. Eros Grau, ). Portanto, este último entendimento do STF deverá ser o adotado em eventual questão de prova daqui por diante: o Advogado-Geral da União não está obrigado a defender, sempre, a constitucionalidade da norma impugnada em ADI. (A nosso ver, porém, essa questão ainda não se encontra pacificada no âmbito do STF, havendo Ministros naquela Corte que insistem em se manifestar no sentido de que o Advogado-Geral da União está obrigado, sempre, a defender o ato ou texto impugnado em ADI). 3.5) Intervenção de terceiros e amicus curiae O Código de Processo Civil (CPC) disciplina o instituto processual denominado intervenção de terceiros. Cuida-se de situações nas quais um terceiro (até então não integrante da lide) poderá ingressar no processo, em razão da pertinência de seu interesse jurídico com o direito que está sendo discutido pelas partes do processo. São cinco as hipóteses de intervenção de terceiros admitidas no CPC: a) assistência; b) oposição; c) chamamento ao processo; d) denunciação à lide; e) nomeação à autoria. Em Direito Constitucional, você não precisa conhecer com profundidade todos esses institutos do CPC. Mas, só para você ter uma noção mínima, imagine as seguintes situações: Situação 1: João e Maria são partes em determinado processo judicial, em que discutem a titularidade do direito Y ; de repente, surge Antônio, um terceiro que tem interesse convergente com o de Maria (isto é, Antônio tem interesse jurídico na vitória de Maria nesse processo); nessa situação, Antônio poderá Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 12

13 comprovar ao juiz do processo o seu interesse jurídico e requerer a ele o seu ingresso no processo, na condição de assistente (assistência); Situação 2: João e Maria são partes em determinado processo judicial, em que discutem a titularidade do direito Y ; de repente, surge um terceiro, Bruno, que entende que o direito Y não pertence a João, tampouco à Maria, mas sim a ele, Bruno; nessa situação, Bruno poderá ingressar no processo como opoente (oposição). Pronto, acho que agora você está voando um pouco menos, não? Pois bem, o que nos interessa, aqui no controle abstrato, é saber o seguinte: em ADI, não se admite nenhuma dessas formas de intervenção de terceiros disciplinadas no CPC; enfim, em ADI não é possível a intervenção de terceiros na qualidade de assistência, oposição, chamamento ao processo, denunciação à lide ou nomeação à autoria. Desse modo, há muito, nenhum terceiro não legitimado pelo art. 103 da Constituição Federal podia ingressar no processo de ADI perante o STF. A partir de 1999, porém, passou a ser permitido o ingresso de terceiro não legitimado pelo art. 103 da Constituição Federal no processo de ADI, desde que na condição de amicus curiae (amigo da Corte). Com efeito, a Lei 9.868/1999 trouxe a possibilidade de ingresso de amicus curiae no processo de ADI, nestes termos (art. 7º, 2º): O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. O amicus curiae constitui um terceiro (órgão, entidade) conhecedor da matéria em debate em ADI, e que queira colaborar com o tribunal na solução da controvérsia. E como se dá o ingresso de terceiro, na qualidade de amicus curiae? Uma vez distribuída a ADI ao Ministro relator, poderá ele, até o final da fase de instrução, admitir, em despacho irrecorrível, o ingresso de órgãos ou entidades interessados, na qualidade de amicus curiae. Uma vez admitido o ingresso do amicus curiae, qual será a sua participação no processo de ADI? A colaboração do amicus curiae poderá ser mediante a entrega de documentos, pareceres, memoriais e até mesmo por meio de manifestação oral durante a sessão de julgamento da ADI. Mas, cuidado! Segundo o STF, o amicus curiae admitido em ADI não poderá interpor recursos. É isso. Agora, tenha bem claro na sua cabeça que a participação de amicus curiae não é hipótese de intervenção de terceiros, ok? Quanto a isso, o caput do art. 7 da Lei 9.868/99 (Lei da ADI) é bastante convincente: Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. Veja esta questão do Cespe na prova de Procurador do Estado de Pernambuco (2009): Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 13

14 A intervenção de terceiros é admitida no controle concentrado de constitucionalidade, por meio do instituto do amicus curiae. Como vimos, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, o relator poderá admitir a manifestação de outros órgãos ou entidades (amicus curiae). Todavia, atenção! Isso não é hipótese de intervenção de terceiros. Portanto, errada a questão. 3.6) Pedido de informações Quando conhecida a ação direta de inconstitucionalidade, o relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado, devendo tais informações ser prestadas no prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido do STF. Desse modo, se a norma impugnada em ADI é uma lei federal, o STF pedirá informações ao Congresso Nacional e à Presidência da República, que terão, então, o prazo de trinta dias para se manifestarem a respeito da validade da norma (por eles elaborada). Em caso de necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, o relator poderá também requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e autoridade na matéria. Poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição. 3.7) Imprescritibilidade A propositura de ADI não se sujeita a nenhum prazo prescricional ou decadencial. Logo, uma lei poderá ser impugnada em ADI cinco, dez ou vinte anos após a sua publicação. (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009) O ajuizamento da ADI sujeita-se à observância do prazo decadencial de dez anos. Não há prazo decadencial para a impetração de ADI, tendo em vista que a nulidade não se convalida. Assim, enquanto estiver em vigor, poderá a lei ser impugnada em sede de ADI. Portanto, incorreto o item. 3.8) Indisponibilidade A ação direta de inconstitucionalidade é uma ação indisponível, isto é, uma vez proposta não se admite que o autor dela desista. Enfim, nenhum dos legitimados do art. 103 da Constituição Federal poderá desistir de ADI proposta. Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 14

15 Do mesmo modo, o princípio da indisponibilidade impede, também, que o autor desista do pedido de medida cautelar já formulado em ADI. 3.9) Suspeição e impedimento de Ministro O Código de Processo Civil permite a arguição de suspeição de juiz quando, por exemplo, o magistrado for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes ou alguma das partes for credora ou devedora do juiz, de seu cônjuge ou de parentes destes, em linha reta ou na colateral até o terceiro grau (CPC, art. 135). Segundo a jurisprudência do STF, em ADI, não se admite a arguição de suspeição de Ministro do STF (haja vista que no processo de ADI não se discute direito subjetivo de ninguém; trata-se de processo objetivo, que tem por fim resguardar a supremacia da Constituição). Entretanto, é admissível a alegação de impedimento de Ministro, quando este tenha atuado anteriormente no processo na condição de Procurador-Geral da República, Advogado-Geral da União, requerente (autor da ação) ou requerido. 3.10) Medida cautelar em ADI A medida cautelar constitui um provimento liminar do STF que tem por fim garantir a utilidade da futura decisão de mérito daquele tribunal, evitando-se o risco de a demora na prestação jurisdicional vir a causar um dano irreparável ou de incerta reparação. Desse modo, ao propor uma ADI perante o STF, o autor poderá pleitear a concessão de medida cautelar, desde que comprove os requisitos para tal: a fumaça do bom direito (fumus boni juris) e o perigo na demora (periculum in mora). Considerando que não são poucos, vejamos, objetivamente, os aspectos relevantes que você precisa memorizar para a sua prova - acerca da concessão de medida cautelar em ADI: Força da medida A concessão de medida cautelar: a) suspende a eficácia da norma impugnada até o julgamento de mérito; Significa dizer que a aplicação da norma impugnada ficará suspensa até que o STF julgue o mérito da ADI. b) suspende o julgamento de todos os processos que envolvam a norma impugnada até o julgamento de mérito; Significa dizer que todos os processos judiciais ou administrativos que discutam a validade da norma impugnada ficarão suspensos até que o STF julgue o mérito da ADI. Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 15

16 c) torna aplicável a legislação anterior acaso existente, salvo manifestação em contrário do STF (efeito repristinatório). Temos, aqui, a figura jurídica denominada efeito repristinatório em relação à legislação anterior. Nome complicado, mas muito fácil de compreender! Imagine a seguinte situação: temos em vigor a Lei A ; posteriormente, essa Lei A é revogada pela Lei B ; essa Lei B é impugnada em ADI perante o STF, na qual é concedida medida cautelar suspendendo a sua eficácia; nessa situação, ao suspender a eficácia da Lei B, a medida cautelar tornará automaticamente aplicável a Lei A, salvo manifestação expressa do STF em sentido contrário; esse tornar aplicável automaticamente a Lei A é o denominado efeito repristinatório. Cuidado! Veja que a regra é o imediato/automático efeito repristinatório. Logo, se o STF conceder a medida cautelar e nada disser a respeito, entende-se que a legislação anterior (se houver) estará automaticamente revigorada. Ou seja, para que seja afastado o chamado efeito repristinatório indesejado, é necessário que o STF se manifeste expressamente (o silêncio do STF implica, portanto, tornar aplicável a legislação anterior). Na verdade, para que seja afastado o efeito repristinatório indesejado, são necessários dois requisitos: i) pedido do autor (o autor da ação terá que cumular o pedido, isto é, pedir tanto a declaração da inconstitucionalidade da Lei B como da Lei A, para que esta não volte a viger); ii) manifestação expressa do STF (afastando o efeito repristinatório em relação à Lei A ). d) efeito vinculante. A decisão do STF concedendo a medida cautelar (com os efeitos acima comentados) tem efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta nas esferas federal, estadual, distrital e municipal. Significa, em simples palavras, que nenhum juízo ou tribunal inferior, nenhum órgão ou entidade da Administração Pública poderá desrespeitar a decisão do STF proferida na concessão da medida cautelar. Cuidado! Nem todo mundo é alcançado pelo efeito vinculante! O Poder Legislativo e o próprio STF não são alcançados pela força vinculante das decisões proferidas pelo STF. Assim, a concessão de medida cautelar pelo STF suspendendo a eficácia da Lei A não impede que o Legislativo edite outra norma de igual teor, nem que o próprio STF reveja posteriormente este seu entendimento. E se não for respeitado esse efeito vinculante por parte da Administração Pública, por exemplo? Bem, caso haja desrespeito à decisão proferida em sede de cautelar em ADI (ou qualquer outra que tenha efeito vinculante), o prejudicado poderá valer-se do instrumento processual denominado reclamação, proposto diretamente perante o STF, para que este garanta a Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 16

17 autoridade de sua decisão, determinando a anulação do ato da administração ou a cassação da decisão judicial reclamada. Só não caberá reclamação quando a decisão reclamada já tiver transitado em julgado. Segundo o STF: Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal. (Súmula 734) Efeitos temporais da medida A concessão de medida cautelar produz, em regra, efeitos prospectivos (ex nunc). Excepcionalmente, porém, poderá o STF conceder efeitos retroativos (ex tunc), desde que o faça expressamente. Entenda-se: o silêncio do STF implica efeitos ex nunc; para que os efeitos sejam ex tunc é necessária a pronúncia expressa do STF nesse sentido. Deliberação para a concessão A medida cautelar em ADI é concedida por decisão de maioria absoluta dos membros do STF (voto de seis Ministros), salvo no período de recesso. No período de recesso, a medida cautelar poderá ser concedida monocraticamente (pelo Ministro plantonista), ficando, porém, sujeita a referendo (confirmação) de maioria absoluta do Plenário (isto é, quando terminar o período de recesso, a medida cautelar terá que ser confirmada, referendada por maioria absoluta do Plenário). Início da eficácia A medida cautelar começa a produzir efeitos na data da publicação da ata da sessão de julgamento, salvo se outro momento for fixado pelo STF. 3.11) Decisão de mérito em ADI Apreciado o pedido de medida cautelar, concedida ou não esta medida, posteriormente o STF apreciará o mérito da ADI, a fim de firmar, em definitivo, a sua posição sobre a controvérsia. Novamente, como o nosso interesse neste curso on-line é concurso público, vamos examinar, objetivamente, os principais aspectos acerca da decisão de mérito em ADI. Quórum para decisão Para que o STF julgue o mérito de uma ADI, é necessária a presença de, pelo menos, oito Ministros (quórum mínimo, de dois terços). Presentes os oito Ministros (ou mais), a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade só será proferida se houver manifestação, num ou noutro sentido, de pelo menos seis Ministros (maioria absoluta). Cuidado! Você terá que se lembrar destes dois números: oito Ministros (para que haja julgamento) e seis Ministros (para que haja decisão). Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 17

18 Natureza dúplice ou ambivalente A ADI é ação de natureza dúplice ou ambivalente, pois a decisão nela proferida reconhecerá a inconstitucionalidade (no caso de procedência) ou a constitucionalidade (no caso de improcedência) da norma impugnada. Muito simples, não? Como o pedido na ADI é a declaração da inconstitucionalidade da norma, se a ação for julgada procedente, o STF estará declarando a norma inconstitucional; ao contrário, se a ação for julgada improcedente, o STF estará declarando a norma constitucional. Força da medida (em regra) Em regra, a decisão de mérito em ADI produz os seguintes efeitos: a) eficácia erga omnes; b) efeitos ex tunc; c) efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração direta e indireta, nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; d) efeito repristinatório. Esses são os efeitos ordinários da decisão de mérito em ADI, que poderá ser proferida por decisão de maioria absoluta dos membros do STF (não os explicaremos novamente, a fim de evitarmos repetição, pois o significado de cada um desses efeitos já foi estudado no subitem anterior). Portanto, se o tribunal julgar o mérito da ADI e nada esclarecer a respeito dos seus efeitos, tais efeitos serão esses, por constituírem a regra. Entretanto, conforme veremos no subitem seguinte, o STF poderá modular (manipular, flexibilizar) os efeitos temporais de sua decisão, desde que presentes certos requisitos e haja decisão de dois terços dos seus membros. Modulação dos efeitos temporais da declaração de inconstitucionalidade O art. 27 da Lei 9.868/1999 outorgou ao STF a possibilidade de modular os efeitos temporais de sua decisão, nestes termos: Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. São dois os requisitos para que o STF adote a modulação dos efeitos temporais de sua decisão que declara a inconstitucionalidade em ADI: i) razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social; ii) decisão de dois terços dos seus membros. Presentes esses requisitos, poderá o STF: i) restringir os efeitos da declaração da inconstitucionalidade; Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 18

19 ii) decidir que a decisão só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado (ex nunc); iii) fixar outro momento para o início da eficácia da decisão (este momento poderá ser anterior à data da decisão, ou futuro, posterior à decisão). Vamos clarear um pouco mais essa situação, com uma situação hipotética. Suponha que, em novembro/2011, decisão de mérito proferida pelo STF em ADI declare a inconstitucionalidade de uma lei publicada em Nessa situação, teremos o seguinte: a) se o tribunal nada disser expressamente a respeito dos efeitos temporais, tal declaração de inconstitucionalidade produzirá efeitos ex tunc (isto é, a lei estará sendo declarada inconstitucional desde o seu nascimento, em 2004) pois, afinal, essa é a regra no Brasil (nulidade da lei), e tal decisão poderá ser proferida por maioria absoluta de votos; b) entretanto, se o tribunal entender que se está diante de razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá, desde que por dois terços (e não mais por maioria absoluta!) de seus membros: b.1) outorgar efeitos ex nunc à sua decisão, isto é, decidir que tal decisão só produz eficácia a partir da data da decisão (novembro/2011); b.2) fixar um outro momento anterior (janeiro de 2010, por exemplo) ou posterior (janeiro de 2012, por exemplo) para o início da eficácia de sua decisão. Observe que, nos casos da letra b, acima, não estará sendo declarada a nulidade da lei, mas sim a sua anulabilidade (já que, nesses casos, a lei, mesmo inconstitucional, teria produzido efeitos válidos). Por representar situação excepcional, exige-se decisão de dois terços dos membros do STF. Vejamos uma questão sobre o assunto. (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/DIREITO/TCE/AC/2009) Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria absoluta de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. A assertiva está errada, pois o quorum exigido é de dois terços e não maioria absoluta. Questão simples. Mas você já se perguntou o porquê dessa possibilidade de modulação de efeitos? Afinal, quando uma lei é declarada inconstitucional, seu vício não existe desde a sua criação? Por exemplo, sabemos que se exige maioria absoluta dos votos para a aprovação de uma lei complementar. Se essa lei for aprovada por maioria simples, ela produzirá efeitos até a declaração de inconstitucionalidade, embora a lei seja inválida. Logo, constatada a inconstitucionalidade da lei no âmbito de uma ação própria (ADI, por exemplo), a pronúncia sobre a Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 19

20 invalidade da lei retroage, atingindo também o período entre a sua edição e essa declaração. Assim, como regra, a declaração de sua inconstitucionalidade por parte do STF em sede de ADI, por exemplo, opera efeitos desde a criação da lei (efeitos retroativos ou ex tunc). Essa é a lógica de se dizer que ela é inconstitucional desde a origem. E daí decorrem os efeitos retroativos (ex tunc) da declaração de inconstitucionalidade, tanto no controle abstrato, quanto no concreto. É que, tendo em vista o princípio da supremacia da Constituição, a regra é a aplicação do princípio da nulidade da lei declarada inconstitucional; ou seja, a lei que contrarie a Carta Maior é nula desde a sua edição, não podendo produzir efeitos. Entretanto, essa é a regra geral. Na realidade, haverá situações concretas em que essa declaração de nulidade causará transtornos imensos. Imagine uma lei que criasse um órgão público, mas sofresse vícios de iniciativa que resultam na sua inconstitucionalidade. Agora, imagine que a declaração de inconstitucionalidade ocorresse apenas anos após a criação desse órgão. Nesse caso, se a lei fosse declarada nula desde a sua origem, resolveríamos o problema jurídico, mas estaríamos diante de um problema real: todos os atos praticados pelo órgão poderiam ser impugnados por nulidade. Nessa situação hipotética extrema, se aquele órgão tivesse firmado contratos, emitido certidões, contratado servidores, nada disso teria validade. Os contratos, por exemplo, poderiam ser desfeitos. E os servidores poderiam ir para a rua... Assim, em homenagem aos princípios da segurança jurídica, do interesse social e da boa fé, é que se tem admitido a modulação dos efeitos temporais da decisão de inconstitucionalidade. Ou seja, o Supremo admite que a lei produza efeitos, estabelecendo uma data a partir da qual aquela lei passa a ser inválida. Isso permite uma adequação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade à realidade fática. Por fim, para encerrar o assunto modulação dos efeitos temporais, é importante mencionar dois entendimentos do Supremo Tribunal Federal: a) apesar de previsto legalmente apenas no âmbito das ações do controle abstrato, é perfeitamente cabível a modulação dos efeitos temporais no âmbito do controle difuso/incidental; b) não é cabível a modulação temporal dos efeitos em juízo de recepção/revogação do direito pré-constitucional pela Constituição vigente. Irrecorribilidade da decisão de mérito A decisão de mérito em ADI é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. Profs. Vicente Paulo e Frederico Dias 20

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