Direito Previdenciário

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1 9 Autor: Fernando Andrade Curriculum: Procurador da Fazenda Nacional desde 2008, ex- -Delegado de Polícia Civil do Paraná e ex-técnico Judiciário da Justiça Federal do Paraná. Aprovado em 11 concursos públicos: Copel, Oficial de Promotoria do Estado do Paraná, Banco do Brasil, Técnico Judiciário da Justiça Federal da 4ª Região, Analista Judiciário - Área Judiciária da Justiça Federal 4ª Região, Analista Judiciário - Execução de Mandados da Justiça Federal 3ª Região, Analista Judiciário - Execução de Mandados da Justiça Federal 1ª Região, Analista Judiciário - Ministério Público da União, Delegado de Polícia Civil do Estado do Paraná, Procurador do Estado do Paraná, Procurador da Fazenda Nacional Graduado em Direito pela UNIPAR-Umuarama/PR Especialista em Direito Constitucional e Direito Tributário pela Universidade ANHANGUERA-UNIDERP. Especialista em Direito Público pela Universidade de Brasília-UnB. Professor das disciplinas de Direito Tributário, Direito Administrativo e Direito Previdenciário.

2 SUMÁRIO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURIDADE SOCIAL...13 Introdução...13 Evolução Histórica da Seguridade Social EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURIDADE SOCIAL BRASIL PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL...15 I. Princípio da Universalidade da Cobertura e do Atendimento...16 II. Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações Urbanas e Rurais...16 III. Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços IV. Irredutibilidade do Valor dos Benefícios...17 V. Equidade na Forma de Participação no Custeio...17 VI. Diversidade da Base de Financiamento...17 VII. Caráter Democrático e Descentralizado da Administração Gestão Quadripartite PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DE CUSTEIO...18 I. Orçamento Diferenciado...18 II. Precedência da Fonte de Custeio...18 III. Compulsoriedade da Contribuição...19 IV. Anterioridade Noventena PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL...19 I. Princípio da Filiação Obrigatória...19 II. Caráter Contributivo III. Equilíbrio Financeiro e Atuarial IV. Garantia do Benefício Mínimo V. Correção Monetária dos Salários-de-Contribuição VI. Princípio da Preservação do Valor Real dos Benefícios VII. Princípio da Comutatividade...21 VIII. Previdência Complementar Facultativa...21 IX. Princípio da Indisponibilidade dos Direitos dos Beneficiários FONTES DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO...21 Aplicação das Normas de Antinomia de Normas Previdenciárias Integração das Normas Previdenciárias Vigência da Lei Previdenciária no Tempo Vigência da Lei no Espaço SEGURADOS OBRIGATÓRIOS Segurado Empregado Segurado Empregado: Trabalhador Temporário Segurados Empregados: Hipóteses De Extraterritorialidade Da Lei Previdenciária Segurados Obrigatórios: Segurados Empregados...27 Segurados Obrigatórios: Empregados Domésticos Segurados Obrigatórios: Contribuintes Individuais Segurados Obrigatórios: Trabalhador Avulso... 32

3 Segurados Obrigatórios: Segurado Especial Segurados Especiais e Outras Fontes de Renda SEGURADO FACULTATIVO DEPENDENTES EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO Empregador Doméstico DO FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL Receita das Contribuições...41 Administração e Cobrança das Contribuições Previdenciárias Da Contribuição dos Segurados Contribuições Previdenciárias a Cargo das Empresas Contribuição a Cargo das Cooperativas de Serviço Da Contribuição das Associações Desportivas que Mantêm Equipe de Futebol Profissional Da Contribuição da Agroindústria Da Contribuição do Produtor Rural Pessoa Jurídica Da Contribuição a Cargo do Empregador Doméstico SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO Salário de Contribuição do Empregado e do Trabalhador Avulso Salário de Contribuição do Empregado Doméstico Salário de Contribuição do Contribuinte Individual Salário de Contribuição do Segurado Facultativo Proporcionalidade no Salário de Contribuição Parcelas Integrantes do Salário de Contribuição Parcelas não Integrantes do Salário de Contribuição ARRECADAÇÃO E RECOLHIMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS À SEGURIDADE SOCIAL Recolhimento Fora do Prazo: Juros, Multa e Atualização Monetária DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO EM MATÉRIA DE BENEFÍCIOS DOS CRIMES CONTRA A SEGURIDADE SOCIAL Apropriação Indébita Previdenciária (Art. 168-A, Código Penal) SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA (ART. 337-A, CÓDIGO PENAL) RECURSOS DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS Recursos Administrativos na Relação De Custeio Recursos Administrativos na Relação de Benefícios PLANO DE BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL...74 Disposições Gerais dos Benefícios Da Carência Salário-de-Benefício Renda Mensal do Benefício BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS EM ESPÉCIE Auxílio-Doença Da Aposentadoria por Invalidez Auxílio-Acidente Salário-Maternidade Salário-Família

4 Aposentadoria por Tempo de Contribuição Regime Anterior e Regras de Transição...91 Aposentadoria Especial Aposentadoria por Idade Pensão por Morte Auxílio-Reclusão EXERCÍCIOS COMENTADOS

5 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURIDADE SOCIAL Introdução O tem por objetivo realizar o estudo da relação traçada entre o particular e a Previdência Social, bem como a sua organização e forma de funcionamento. É importante destacar, neste início, que a Previdência Social se constitui em um dos braços da Seguridade Social, que engloba ainda a Assistência Social e a Saúde. Nosso estudo se concentrará, sem prejuízo de outros diplomas legais, na Constituição Federal, mais especificamente nos artigos 194 a 203, nas Leis n /91 (plano de custeio da seguridade social) e 8.213/91 (plano de benefícios da previdência social), e no Decreto n /99 o Regulamento da Previdência Social, que compila toda a legislação que trata do assunto. O conceito de Seguridade Social pode ser extraído da redação do art. 194 da Constituição Federal, que assim estabelece: Art A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Vale repisar, portanto, que a Seguridade Social, da qual são espécies a Saúde, a Assistência Social e a Previdência Social. Serão vistas na sequencia as principais ocorrências relativas à evolução histórica da Seguridade Social no mundo e no Brasil. Evolução Histórica da Seguridade Social Nem sempre a proteção que se conhece atualmente aos infortúnios que está sujeita a população foram objeto de preocupação Estatal, pelo contrário. No Estado Liberal, ainda no século XVI, a assistência aos necessitados, aos acometidos por mal súbito, vítima de acidente de trabalho, com idade avançada que impede o trabalho, era promovida, quando havia, pela própria família, sem nenhuma intervenção do Estado. Os primeiros traços de seguridade social, por meio de assistência social estatal como forma de socorrer os necessitados em suas necessidades vitais é atribuída à Poor Law, na Inglaterra de Após esse período, a situação degradante a que eram submetidos os trabalhadores, como decorrência da liberdade de pactuação entre empregador-empregado, sem interferência estatal, fez eclodir uma série de movimentos sociais desses trabalhadores, vindo a redundar, entre outros acontecimentos, na Revolução Francesa em 1789, fazendo constar da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão o princípio da Seguridade Social. Sucede a esse período a evolução para o chamado Estado do Bem-estar Social (Welfare State), caracterizado pelo agigantamento da figura do Estado, que passou a funcionar como garantidor em praticamente todas as esferas de atuação. Nessa senda, em 1883, o Chanceler alemão Otto Von Bismark promoveu a Capítulo 01 - Evolução Histórica da Seguridade Social 13

6 Capítulo 02 - Evolução Histórica da Seguridade Social - Brasil 14 vigência de diversas normas, às quais se atribuiu o status de embrião da atual previdência social, especialmente com a criação do chamado seguro de doença. O chamado modelo bismarckiano possui três características marcantes, vislumbrados na previdência social brasileira: a) o seguro obrigatório; b) contribuição específica; e c) prestações predefinidas. Já no ano de 1941, o Lord William Beveridge foi designado na Inglaterra para promover a revisão de seu sistema previdenciário, que, inspirado no Estado do Bem Estar Social, desenvolveu um plano de cobertura universal, custeado por toda a sociedade, para a cobertura aos necessitados. 2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SEGURIDADE SOCIAL BRASIL Partindo do que se verificou mundo afora, é possível observar que os reflexos em território brasileiro foram evidentes. Por aqui, a primeira manifestação de seguridade social é atribuída aos montepios, como, por exemplo, o Montepio Geral da Economia dos Servidores do Estado (MONGERAL), que, apesar de se caracterizar como uma entidade de previdência privada, tinha cunho assistencialista (eram, na verdade, sociedades mutualistas). Em 1821, um decreto fez previsão de aposentadorias aos professores com o cumprimento de 30 anos de serviço. Sendo seguido, no período do final do Império, pelo estabelecimento do benefício aos empregados dos Correios e da Estrada de Ferro Central do Brasil. Na Constituição Imperial de 1824 houve a previsão dos socorros públicos, de índole assistencial. A primeira Constituição que cunhou o termo aposentadoria foi a primeira carta republicana de 1891, com sua previsão destinada apenas aos funcionários públicos, em situação de invalidez, e sem o estabelecimento de contribuição. A implantação efetiva da Previdência Social no Brasil é atribuída à chamada Lei Eloy Chaves (Decreto-lei n de 24 de janeiro de 1923), que criou as Caixas de Aposentadorias e Pensões CAPs, uma para cada empresa ferroviária. Com isso, estabeleceu-se pequenos sistemas de previdência social vinculados a cada uma das empresas, tendo seus funcionários como segurados, que logo se estendeu para os demais setores. Ocorreu, a partir de 1930, a unificação das CAPs nos Institutos de Aposentadoria e Pensões IAPs, com o seu agrupamento por categoria profissional e não mais individualizado por empresa. Com o advento da Constituição Federal de 1934 houve a primeira previsão de custeio da seguridade social mediante contribuição tríplice, a cardo dos trabalhadores, dos empregadores e do Estado. Também foi a primeira vez que se utilizou constitucionalmente o vocábulo Previdência (desacompanhado do Social ). A Constituição de 1937 não trouxe nenhuma inovação quanto ao tema. Já a Carta de 1946 previu pela primeira vez numa Constituição a expressão Previdência Social, bem como estabeleceu a obrigatoriedade de o empregador manter seguro acidente de trabalho.

7 Em 1960, com a publicação da Lei n Lei Orgânica da Previdência Social LOPS, houve a criação do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Esse diploma legal estabeleceu normas uniformes para a proteção dos segurados e de seus dependentes. O salário-família foi criado em 1963, pela Lei n , para a manutenção dos segurados que possuíssem filhos menores. Os IAPs, ainda existentes, foram, em 1967, unificados, fazendo surgir o Instituto Nacional de Previdência Social INPS, por meio do Decreto-lei n. 72/66. A Constituição Federal de 1967 criou o seguro-desemprego, chamado pela legislação regulamentar de auxílio-desemprego. Dez anos depois, por meio da Lei n /77, foi criado o SINPAS Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social, com o fracionamento de suas funções entre várias autarquias, dentre as quais o IAPAS Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social, o INAMPS Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, com a manutenção do INPS e várias outras. Na atual Constituição Federal de 1988 foi estabelecido o sistema de Seguridade Social, atuando em suas três frentes Saúde, Assistência e Previdência Social -, ganhando especial relevância, ensejando-lhe a dedicação de um capítulo próprio e ampliando sobremaneira os direitos até então previstos, elevando as garantias a status de direitos fundamentais individuais. Mais adiante, em 1990, mediante a fusão entre o INPS e o IAPAS, foi criado o INSS Instituto Nacional do Seguro Social, a quem foi atribuída as funções de arrecadar as contribuições, posteriormente retomadas pela União e deferidas à Receita Federal do Brasil (Lei n /2007), e gerir as prestações (benefícios e serviços) da previdência social. 3. PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL O estudo dos princípios, em qualquer ramo do direito, demonstra-se de extrema importância, tendo em vista que tais normais jurídicas são consideradas mandamentos basilares que norteiam tanto a atuação do legislador, como do aplicador do direito. As situações concretas, bem como os dispositivos legais devem ser interpretados à luz desses preceitos, que, por sua relevância, são muito cobrados nos certames públicos. Os princípios da Seguridade Social são extraídos do texto constitucional, no qual são denominados de objetivos e reproduzidos no art. 1º, parágrafo único da Lei n /91, como princípios e diretrizes. O artigo 194 da Constituição Federal conta com a seguinte redação: Capítulo 03- Princípios da Seguridade Social 15 Art A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

8 Questões Comentadas 99 Autor: Prof. Adriano Marcos Marcon Curriculum: Graduado em direito pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Possui pós- -graduação lato sensu em Direito do Estado (Constitucional, Tributário e Administrativo) pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e em Direito Civil e Processual Civil pela Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Cascavel (UNIVEL). É advogado e professor de cursos preparatórios para concurso públicos há mais de onze anos.

9 CONCURSO DO INSS 2015/TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL - Prof. Adriano Marcon Exercícios comentados Exercícios Comentados Seguridade Social. 1.1 Origem e evolução legislativa no Brasil. 1.2 Conceituação. 1.3 Organização e princípios constitucionais. 14 Lei de Assistência Social (LOAS): conteúdo; fontes e autonomia (Lei nº 8.742/1993 e Decreto nº 6.214/2007 e alterações). 1. Conforme preceitua o texto constitucional, a seguridade social compreende um conjunto integrado de ações, de iniciativa dos Poderes Públicos e, também, da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. CERTO. Conforme se pode ver do artigo 194, caput, da Constituição Federal. 2. As ações de seguridade social são de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade. Contudo, compete apenas ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social. CERTO. É o que encontramos no artigo 194, caput, e parágrafo único, da Constituição Federal. A sociedade pode tomar a iniciativa na promoção dos direitos relativos à saúde, à assistência social e à previdência social, criando, por exemplo, uma associação de amparo aos idosos abandonados; a organização das políticas públicas nessas áreas cabe, no entanto, apenas ao Poder Público. 3. Segundo o STF e nos termos da Constituição Federal, a seguridade social compreende a previdência, a saúde e a assistência social, destacando-se que as duas últimas não estão vinculadas a qualquer tipo de contraprestação por parte dos seus usuários. Esta característica distingue a previdência social das demais subespécies da seguridade social, no sentido de que seu caráter é contributivo e de filiação obrigatória. CERTO. Conforme podemos extrair da leitura dos artigos 196, 201 e 203, da Constituição Federal. 4. Conforme estabelece a legislação, as ações nas áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social serão organizadas em um Sistema Nacional de Seguridade Social (SNSS).

10 CERTO. É o que encontramos no artigo 5º, da Lei n , de A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Visando a garantia deste direito, a Constituição Federal prevê que os entes federativos aplicarão, anualmente, recursos mínimos em ações e serviços públicos de saúde. CERTO. Conforme podemos ver dos artigos 196 e 198, parágrafo 2º, da Constituição Federal. 6. Conforme previsão constitucional, ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos e, colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. CERTO. É o que encontramos no artigo 200, da Constituição Federal. 7. Enquanto política de seguridade social compete à previdência social, organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação facultativa, atender, além de outros, à proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário. ERRADO. O erro na questão está em afirmar que a filiação ao Regime Geral de Previdência Social é facultativa, quando a Constituição Federal, no artigo 201, a prevê obrigatória. 8. A Constituição Federal prevê, no regime geral de previdência social, aposentadoria voluntária por tempo de contribuição, aos trinta e cinco anos, se homem, e trinta anos, se mulher. No entanto, o texto constitucional garante a João, professor universitário, o direito à aposentadoria aos trinta anos de contribuição, apenas. Exercícios Comentados 101 ERRADO. Dispõe o parágrafo 8º, do artigo 201, da Constituição Federal, que o requisito tempo de contribuição será reduzido em cinco anos (de 35 para 30, se homem; de 30 para 25, se mulher), apenas para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil, ensino fundamental e médio, não havendo previsão para o professor universitário. 9. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos, dentre outros, a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice. Neste contexto é correto afirmar que a gratuidade de transporte coletivo urbano está

11 incluída no rol dos benefícios de seguridade social. ERRADO. A gratuidade de transporte coletivo urbano aos idosos, não está incluída no rol dos benefícios de seguridade social, sendo assegurada pelo artigo 230, parágrafo 2º, da Constituição Federal e pelo artigo 39, da Lei n , de 2003 (Estatuto do Idoso). Exercícios Comentados Dentre os benefícios da assistência social, há a previsão da garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. Para efeito do referido benefício e nos termos da lei de regência, considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa com deficiência ou idosa, a família cuja renda mensal per capita seja igual ou inferior a ¼ (um quarto) do salário-mínimo. ERRADO. O parágrafo 3º, do artigo 20, da Lei n , de 1993 é claro ao prever que a renda mensal per capita deve ser inferior não igual a ¼ (um quarto) do salário-mínimo. 11. O benefício de prestação continuada assistencial, que se constitui na garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família, não pode ser acumulado pelo beneficiário com qualquer outro no âmbito da seguridade social. ERRADO. O parágrafo 4º, do artigo 20, da Lei n , de 1993 expressamente excepciona a possibilidade de sua cumulação com os benefícios da assistência médica e da pensão especial de natureza indenizatória. 12. Para o fim de concessão do benefício de prestação continuada assistencial considera-se impedimento de longo prazo, da pessoa com deficiência, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos. Ainda, o conceito de família compreende, além do beneficiário, o seu cônjuge ou companheiro, os seus pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os seus irmãos solteiros, os seus filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto. CERTO. Conforme dispõe o artigo 20, parágrafos 1º e 10, da Lei n , de A concessão do benefício de prestação continuada assistencial à pessoa com deficiência ficará sujeita à avaliação da deficiência e do grau de impedimento, com base nos princípios da Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidade e Saúde (CIF). A avaliação da deficiência e do grau de impedimento será realizada por meio de avaliação social e avaliação médica. CERTO. É o que prevê o artigo 16, do Decreto n , de 2007.