Concha Rousia. As Sete Fontes. romance. Edições ArcosOnline.com

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Concha Rousia. As Sete Fontes. romance. Edições ArcosOnline.com"

Transcrição

1 Concha Rousia As Sete Fontes romance Edições ArcosOnline.com

2 Título As Sete Fontes Autora Concha Rousia Editor Victor Domingos Data de edição 17 de Maio de 2005 Edição Edições ArcosOnline.com Este trabalho encontra-se registado na Inspecção Geral das Actividades Culturais, sendo agora a sua publicação e distribuição gratuita, sob a forma de e-book, efectuada com a autorização da autora. É permitida a sua impressão e redistribuição em papel ou suporte digital, desde que isso seja feito sem propósitos comerciais e todo o seu conteúdo permaneça inalterado. Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 2

3 SOBRE A AUTORA Concha Rousia nasceu em 1962 numa pequena aldeia muito similar a Penacova, no Sul da Galiza, entre Ginzo da Límia e Montalegre, onde passou a sua infância. Deslocou se posteriormente a Vigo, onde cursou estudos secundários na Universidad Laboral, um internato público para raparigas de famílias camponesas e operárias. Lá sofreu por primeira vez o choque de não poder utilizar com normalidade a sua língua galego portuguesa na sua própria terra, e iniciou uma militância cultural e política a favor dos direitos linguísticos e de identidade da Galiza que continua até hoje. Após diversas peripécias vitais, cursou tardiamente estudos de Psicologia na Universidade de Santiago de Compostela, e depois residiu vários anos nos Estados Unidos, completando um mestrado em Terapia Familiar na Universidade de Maryland. Na actualidade partilha a sua actividade literária com a prática da Psicologia Clínica perto da cidade compostelã. As Sete Fontes é o seu primeiro romance; anteriormente, deu a conhecer na rede alguns relatos curtos agrupados baixo o título Lobos. No ano 2004 ganhou o Certame de Narrativa Curta do Concelho de Marim, na Galiza, com o relato Segredo de Confissão. Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 3

4 A Suso, sempre Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 4

5 PRÓLOGO Isaac Alonso Estraviz Universidade de Vigo Acabo de ler muito atentamente e com verdadeiro prazer o romance de Concha Rousia intitulado As Sete Fontes. Romance que começa na cidade das Burgas, uma das cidades mais tratadas na nossa literatura. Mas este tem o seu desenvolvimento em terras provincianas, que não têm sido ultimamente alheias à literatura galega. Nele a autora enfrenta se frontalmente ao problema do caciquismo político e religioso e à corrupção que grassa por toda a parte. Tira à superfície uma série de problemática que faz que o nosso povo não seja o que deve ser. A luta entre a sobrevivência e a falta de forças ou de interesse para nos enfrentarmos a todo um entramado de condicionamentos que não permitem que o povo galego saia da sua submissão estúpida e lhe falte a força suficiente para ser dono da sua história e do seu futuro, romper os laços que o inutilizam, destripar os que não permitem que seja livre e dono do seu destino e dos seus bens. Pedem me que ao começo deste romance diga umas palavras sobre as peculiaridades da nossa variante linguística. É muito pouco o que tenho a dizer se estamos a pensar nos falares populares. O leitor que pegue no romance olhará isto com toda naturalidade. Mas vou fazer um bocado de história. Na história do nosso relacionamento, tem havido um bocado de tudo. Às vezes produto da ignorância. Na década dos cinquenta houve em Braga um grupo que tentava publicar textos galegos com lhes mudar tão só a ortografia dos mesmos, deixando formas e vocábulos de duvidosa autenticidade. Lá se publicaram obras como Nos Picoutos de Antoim de Carré Alvarelhos, Seitura de Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 5

6 Bouça Brei e colaborações de personalidades de ambas pátrias na revista Quatro Ventos. Quer nos livros, quer na revista, os textos galegos deixam muito que desejar. Depois e ainda hoje se segue com a mania de falar de traduções de galego para português ou de português para galego como se de duas línguas diferentes se tratasse. É realmente uma estupidez, pois um texto português percebe se muito melhor com a sua ortografia que com o invento ortográfico empregado na Galiza, que tudo desfigura. As palavras galegas, que são as mesmas que as portuguesas não se podem escrever de maneira diferente. É certo que o português da Galiza é um bocado diferente se comparado com o chamado português padrão. Mas não se a comparação se estabelece com os falares populares do Norte de Portugal. Falares tão portugueses e tão galegos como os outros. Nos falares de aquém e além Minho há as mesmas contracções: pra, prò, co, coa... Estas chegam a Lisboa e ultrapassam o seu domínio. As mesmas formas irregulares de certos verbos: dixe, dixeste, dixo, dixemos, dixestes, dixerom; quige, quigeste... Pronúncia do v como b ; formas verbais graves: amavamos, matavamos... Podo, poda... Qualquer pessoa que tenha contacto e um bocadinho de ouvido para escutar os falantes, perceberá que isto e outras cousas mais são assim. O que não tiver tempo para os deslocamentos, que consulte as inúmeras publicações monográficas que de uma ou outra maneira incidem no mesmo. O artigo indefinido ũa, algũa, era assim como se pronunciava ainda em 1850 sendo condenadas polos gramáticos as pronúncias que hoje são oficiais, mas que seguem a ser normais na Galiza, no Norte de Portugal e em grande parte do Brasil. Grande parte do que hoje se considera norma é fruto de uma transgressão. Para que olhar despectivamente para pronúncias ou léxico que não se conhece a sua existência? Muito léxico que os portugueses definem como léxico galego, é também português. O meu Dicionário é considerado polas gentes do Norte de Portugal como o melhor dicionário português com que contam para consultarem nele vocábulos, frases, expressões que não encontram em nenhum dicionário chamado português. Na história da lexicografia portuguesa houve uma Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 6

7 tendência para suprimirem todo o léxico nortenho e imporem um léxico bastante reduzido do sul. Hoje Os Lusíadas de Camões é muito mais compreensível para galegos do que para portugueses. A maioria das anotações excepto aquelas que se referem à Mitologia são inúteis para galegos. As Novelas do Minho de Camilo Castelo Branco, o mesmo que toda a sua obra resulta muito mais inteligível para nós do que para a maioria dos portugueses. Miguel Torga, Bento da Cruz e muitos outros apesar de que muitas vezes se deixam levar polas modas de Lisboa são para nós o léxico mais normal. A Sibila de Augustina Bessa Luís, tem um léxico tão próprio do Norte de Portugal como da Galiza, como da minha aldeia. Que português é capaz de ler obras de Aquilino Ribeiro sem um dicionário na mão. De Coimbra para o Norte está se a perder ou ocultar muito léxico plenamente português e plenamente galego. Infelizmente ainda se trata de um trabalho por fazer, pois aquilo que está feito resulta muito incompleto e não sei por que razão alguns vocábulos nem sequer se recolhem. De Trás os Montes temos um Dicionário dos Falares de Trás os Montes de Vitor Fernando Barros que estando muito bem feito, são muito poucos os verbetes recolhidos. Só em quarenta aldeias galegas recolhi eu O Falar do Barroso de Rui Dias Guimarães, um trabalho também muito bem feito, resulta a todas luzes incompleto. O Vocabulário Minhoto de Manuel Boaventura de grandes pretensões ficou no vocábulo Espocar. Posteriormente, O Falar do Minho, de Gabriel Gonçalves, que abrange do A ao Z, tem menos verbetes do que o de M. Boaventura. Podíamos ir citando um por um todos os materiais recolhidos e que fazem parte de outras obras. Que pretendo dizer com isto? Pois que a maioria do léxico do Norte de Portugal, melhor dito da chamada Galiza Histórica, está ainda sem recolher. Isto faz pensar que muitos portugueses conhecedores de um padrão aprendido nas escolas mais aquilo que ainda lhes fica da sua comarca ou de parte da sua província, ignorantes, portanto, do seu léxico, considerem muito léxico como exclusivo da Galiza, quando todas essas palavras se estão a empregar nos umbrais das suas casas. Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 7

8 Ainda assim, pode haver algumas palavras que não tenham correspondência nalgum lugar. Isto resulta totalmente compreensível, pois quando uma língua se fala num território extenso e com variantes orográficas e climáticas, logicamente sempre tem que haver palavras num lugar que não sejam próprias de outros. Os do interior não podemos ter o mesmo vocabulário que os da costa. Mas estamos a falar a mesma língua e esse vocabulário é tão nosso como deles. Pode, portanto, que algumas palavras se empreguem na Galiza e não em Portugal ou vice versa, mas isso não quer dizer que aquelas que são autenticamente galegas não se considerem como autenticamente portuguesas e que as que são autenticamente portuguesas não se possam considerar como autenticamente galegas. O léxico que emprega Concha Rousia no seu romance é galego e é português, pode ser que algum vocábulo não esteja recolhido ainda, mas que existe estou plenamente convencido. Em trabalhos feitos com portugueses, inclusive teses de mestrado e de doutoramento me encontro com as maiores surpresas. Encontrar em Arcos de Valdevez vocábulos que considerava unicamente próprios da comarca de Santiago de Compostela. Ou com as formas verbais tal e como se empregam popularmente na Galiza!! Esperemos, pois, que esse puritanismo que às vezes apresentam os nossos colegas portugueses dê passo a uma maior liberdade de espírito e de criatividade. Compreende se que para um tipo de literatura oficial haja um modelo mais ou menos estandarizado, mas para a poesia e para a prosa não podemos matar o léxico que nos é comum e que está aí vivo. A obra de arte não pode estar limitada aos estreitos cânones de abafamento. De seguirmos assim seriam inúteis a maioria dos vocábulos que recolhem os dicionários e de aqueles que ainda é necessário recolher. A língua tem de estar em todos os âmbitos do saber e em todo tipo de culturas. Acho perfeitamente válido que C. Rousia incorpore afinal do seu romance um vocabulário com aquelas palavras que considera desconhecidas no mundo português. Assim facilita o melhor entendimento do romance. Mas isto teria que ser frequente em muitas outras obras sejam elas da procedência que sejam. Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 8

9 AS SETE FONTES Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 9

10 Angustiado, o discípulo acudiu ao seu mestre espiritual e perguntou lhe: Como posso liberar me, mestre? O instrutor contestou: Meu amigo, e quem é que te ata? Pensamento tradicional da Índia Como aranhas fantasmais que tecem o esquecimento da sua própria existência. Castelão Quem dera volvermos nascer, e saber o que sabemos! Pensamento tradicional de Penacova Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 10

11 LIMIAR A notícia lera se no diário Nuestra Región a quarta à manhã. O jornal quase não podia acreditar no que, porém, era uma realidade inegável. Assim, como sumida por uma bruxa, desaparecera do Museu Arqueológico de Ourense uma pia de baptismo datada do século dezassete e que pesa mais de quinhentos quilos. As autoridades interrogaram os vizinhos, poucos, pois na vizinhança o que mais abonda são as tabernas, na procura de qualquer informação que os ponha na pista da pia. A porta não fora forçada, e a peça fora tirada do museu com todo o cuidado, como para não danar nada ao seu passo, o que permitia descartar qualquer acto de vandalismo. Nas tabernas da Rua do Manco não se falava doutra cousa nos dias que seguiram à notícia e aos feitos. Os clientes das tascas não desperdiçaram a maré para brincar cos taberneiros e até algum gracioso chegou a dizer que se bem se mirava não estava tão mal a cousa Agora tão sequer não poderão baptizar o vinho A polícia local vigia noite e dia, desde o sucedido, as duas entradas da rua. As fechaduras das duas portas exteriores do museu foram mudadas também coa finalidade de tornar aos ladrões de pias. A cidade anda toda alvorotada, e o sentir da gente fica bem reflectido nos versos do não mui conhecido poeta do momento, um tal Budial: Bágoas ardentes pola pia de pedra Bágoas escaldantes chora hoje a terra Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 11

12 De quando em vez o diário Nuestra Región salientará o que se for sabendo do processo de busca e recuperação da peça roubada, além de dar nos conta do latejar da cidade. Deste jeito esperam que os ourensãos se tranquilizem e não percam a confiança no labor que desempenham as autoridades. Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 12

13 Capítulo I A FONTECOVA Ainda que os seus caminhos já se tinham cruzado muitas vezes, tempo atrás, os três custodiadores da pia de pedra não lembravam tais encontros, nem as faces, bastante mais novas, que os viveram. Estes três homens foram destinados, sem eles saberem muito bem como ou porquê, para cuidar de que a pia chegue ao seu destino. Andarão durante sete luas, que começarão a contar quando chegarem à primeira das sete fontes polas que há de passar a pia antes de arribar ao seu destino definitivo. Terão que esconder a pia durante o dia para que não seja vista por ninguém, e marchar às suas casas, onde não lhes hão de topar a falta. Cada noite voltarão a se reencontrar e seguir coa peregrinação até ao amanhecer, e assim até ao remate do tempo do que dispõem. Sete são os pontos polos que a hão de levar, e cada um corresponde se com uma das sete fontes das que darão de beber à pia antes de a depositar no lugar que foi destinado a ela. A primeira noite, chegaram coa encomenda à Fontecova, o primeiro dos sete mananciais. Ainda havia vagar para o arraiar do dia, polo que antes de esconderem a pia tiveram tempo para falar ali na beira da fonte. Nas noites precedentes àquela, os três homens não tiveram tempo nem fôlegos para se darem a conhecer. Reinava a confusão nas suas cacholas. Eles os três lembravam um sonho em que ficavam de pé direito nas portas do Museu Arqueológico de Ourense; Dom Narciso, o cura, mirando aos outros dous homens dissera então: que faço eu à porta deste museu? Os outros dous, o Perfeuto Racha Pedras e o ex alcaide do concelho de Os Mouros, a quem todos conheciam por Rebenta Ruas polo seu afã de encanar mais fundo que o inferno; estes últimos não tinham percebido que aquelas eram as portas dum museu, eles só passaram polas tabernas da rua sem reparar nunca nele. Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 13

14 Seguido daquele encontro de ensono tudo sucedera tão depressa que os três homens não tiveram tempo nem para falarem. Agora repousavam na beira da fonte; aquela fonte, na que com sucessivas mãos cheias beberam eles e mais deram a sua água à pia, fora destinada, quiçá pola sua localização, a ser a primeira das sete polas que teria de passar aquela procissão nocturna. O Perfeuto Racha Pedras, que andava algo torpe ultimamente, caíra no rego da água e ficara todo enlamadurado; Dom Narciso, para lhe tirar importância ao pequeno incidente, repetia lhe que não se preocupasse, pois antes de que chegasse o dia havia lhe enxugar e trapalatrá ; ao Perfeuto amargava lhe bem ter que aturar esses conselhos, sobretudo sabendo que vinham dum cura. Ainda que Narciso afirmara e negara essa condição na mesma frase ( Fui cura mas agora já não ) ao Perfeuto, como a toda a gente, não lhe abondava com que Narciso não dissesse missa para o deixar de ver cura, e como uma víbora revolvia se cara a ele: que saberás tu, tu nem sequer foste nunca casado e não lhe tens que dar conta do que fazes ou não fazes pola noite à mulher! E isso era certo, o Narciso não lhe tinha que dar contas a mulher alguma, mas o que não sabia ainda o Racha Pedras era que este cura cada noite, logo da ceia, tinha se que escapar do psiquiátrico do Couto, onde residia desde um incidente que tivera numa freguesia que linda co vale onde fica a Fontecova. Tampouco era certo que o Racha Pedras lhe tivesse que dar contas à mulher, ainda que a tinha; e apesar de que muitos lhe aconselharam que o deixasse, ela seguia a o aturar. O ex alcaide, baptizado coa alprecha de Rebenta Ruas polos seus ex votantes, tentou fazer de intermediário entre o cura e o canteiro Calai já, tarabelos, que sois mais maus de aturar do que ainda nos hão de descobrir por vossa causa porquê não tratamos de esclarecer onde é que nos topamos? Lembrais se algum de vós esteve antes por aqui, ou lhe resulta familiar este sítio? O cura engrunhou o focinho e moveu a cabeça em sinal de não ter ideia de que lugar era aquele; a escasseza de luz que manda a lua nova não ajudava muito. O Racha Pedras botou uma olhada mais longa e até subiu ao alto do lameiro no que fica a fonte, depois meteu se no carroucho e disse: sim, eu conheço isto, estamos em terras dum lugar que se chama Penacova, e que fica do outro lado desse outeiro; sei o eu bem porque desde o carroucho vi que acolá para o fundo Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 14

15 estão os penedos da Rainha Loba. Na base daqueles penedos tive eu há anos uma canteira. Penacova repetiu Narciso, eu disse missa em Penacova alguma vez, já vão lá alguns anos disso o cura de Penacova tinha andado algo desassentado Penacova repetiu o cura, e ficou calado, a olhar para o chão como tentando achar nas ervas, ou quiçá nos seus miolos, alguma ideia que lhe dera luz àquela noite de incertezas. Penacova pertence ao concelho de Os Mouros disse o ex alcaide. Eu fui alcaide nesse município alguns anos, há também já tempo, mas não me portei mal cos de Penacova E disse isto como quem rosna uma queixa, manifestando a sua desconformidade com um destino que intuía lhe vinha acima. Começavam a desaparecer algumas estrelas, polo que esconderam a pia e foram se, cada quem por seu carreiro. Partiram sem despedir se sequer, os três sabiam, e então não era preciso mentá lo, que à noite seguinte teriam que juntar se ali de novo, onde ficava escondida a valiosa peça. Esconder a pia não era tarefa difícil, pois o lugar no que ficava a fonte estava rodeado de poulas com gestas e piornos de mais de dous metros, e tojais nos que se via perfeitamente que ninguém entrara a roçar desde havia muitos anos; portanto escolheram o que ficava mais à mão e encaminhado na direcção que consoante com as estrelas teriam de seguir na próxima jornada, e ali a esconderam junto cos trebelhos que usavam para a deslocar: uma espécie de chedeiro pequeno sobre duas rodas eixadas e um pinho polo que um deles puxava quando havia que mover a carga. Os outros dous, cada um co ombro à roda e a empuxar. As pegadas, que ali perto da fonte se espetaram mais, e as rodeiras, tinham de ser bem dissimuladas antes de partirem para as lavouras do dia; feito isso, aqueles homens eram livres de voltarem ao seu cotio. * * * Pola manhãzinha em Nuestra Región pode se ler que as autoridades andam a investigar a história da pia para ver se dão descoberto quem pôde estar detrás da sua desaparição. Com esta finalidade fizeram uma visita ao Bispado, na rua do Progresso, no meio e meio de Ourense, já que a pia fora, e porventura ainda era, propriedade da Igreja. Há perto de vinte e poucos anos Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 15

16 que foi sacada da freguesia na que estava, e para a que fora criada, e anda ambulante por aí; mas sobre disto o Bispado não tinha documentação que o pudesse provar, já que nos seus arquivos, actualizados antes dessas datas, não rezava nenhum movimento de pias. A peça fora recentemente adquirida polo Museu Arqueológico de Ourense, numa hasta pública, e nele estava exposta até à noite da sua desaparição. Representantes do Bispado, trás cotejar a descrição que lhe ofereceram os agentes com as suas avelhentadas notas, sugeriram o nome duma freguesia como possível origem da peça; porém, isso deveria ser confirmado, pois nos arquivos não consta pia nenhuma desaparecida em tal lugar. Ora que também se poderia tratar doutra pia e doutra freguesia, pois, ainda que não o pareça, todas são similares. Na secção de sociedade, o diário recolhe a notícia de como os vizinhos da cidade velha iniciaram uma campanha de recolhida de fundos para mandar fazer outra pia exacta, e que não lhe perca ponto, à desaparecida. O jornal também publica um novo verso de Budial, e o anúncio dum adinheirado ourensão que oferece uma soma respeitável a quem proporcionar informação fidedigna que ajude a dar co paradeiro da pia. O nome deste enriquecido cidadão é omitido para lhe evitar a avalancha de possíveis informadores no seu domicílio. Aquelas pessoas que tenham, pois, algum tipo de informação que pensem poder ser de interesse, podem achegar se aos escritórios deste jornal, ou ligar por telefone a um número que é facilitado também polo diário. * * * Cala, Racha Pedras, e agacha o lombo que a cousa não se há de mover só; deixa o tranquilo co pinho, já te chegará a ti a rolda. O Racha Pedras seguia um pouco enfronhado porque ontem caíra no rego e hoje enterrara na lama um sapato que trazia esgalochado e molhara o calcanhar, polo que não pára de lançar ataques a Dom Narciso, quem semelha todo calmo e sempre com conselhos de como se hão de fazer as cousas mas que saberá este, se é um cura qualquer!? Não, aquele não era um cura qualquer, mas o Racha Pedras desconhecia a história de Dom Narciso. Dom Narciso não fora um cura qualquer nunca, nem sequer antes de ser cura; ele, Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 16

17 para começar, mália as ganas que tinha de se meter cura, contudo os pais os devezos de que estudasse, de o livrar de ter que estar atado à terra como lhes passa a eles, que se não servia para outra cousa, que volta e que dá lhe, e que tal e que sei eu Por conseguinte, o Narciso rematou no seminário e foi se deixando levar. Ele era um moço alegre, mesmo tinha uma graça com ele que facilitava a relação com qualquer, polo que os curas do internato mui pronto ficaram seduzidos por ele e deixavam lhe ir passando as mais das cousas que fazia, muitas não estavam bem de todo para um futuro ministro de El Senhor, não obstante já se formalizaria quando se ordenasse; isto que ele fazia agora eram cousas de rapaz, que com a idade e a ensinança iriam minguando. E assim foi indo este moço levado polas amparadelas dos que se ocupavam da sua formação espiritual, e que o converteram em cura. Cura feito e direito; assim, quase sem se aperceber, Narciso era o titular duma freguesia não mui afastada da cidade de Ourense. De hoje para amanhã convertera se em Dom Narciso, atrás ficavam os muros de pedra do seminário que o agacharam durante uma mada ou duas de anos, e agora livre Quem seria ele ali fora, sem a frialdade das pedras para dar acougo à sua juventude ainda por viver? Não tinha outro remédio que descobri lo por si mesmo, e assim, com um talante quase que de explorador, sem ele nem o querer, começou a sua andaina de pastor. Aqueles dias primeiros na freguesia seriam no futuro lembrados por Dom Narciso como dias livres e felizes, nos que a ilusão era o temão que guiava o seu fazer quotidiano. Toda aquela gente mostrando lhe respeito, e não só na igreja, senão também quando se cruzavam com ele pola rua; mesmo os homens, que só de se achegarem ao sagrado já tiram a gorra da cabeça e lhe saúdam com esse aceno submisso, comunicando lhe a Narciso o reconhecimento da sua superioridade. E o Narciso começou de sentir se grande, mesmo partícipe merecedor da bondade infinda do Criador assim foi como começaram as suas ideações gloriosas Queres tirar duma vez! Sempre estamos na mesma parece que este sempre anda nos viosbardos. Aquele Racha Pedras sempre a tanger no Narciso; soltava lhas sem sequer dirigir se ou fitar para ele a metade das vezes; mas o abade hoje parecia Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 17

18 não importar se demasiado, andava o homem a olhar para dentro e não percebia muito as aguilhoadas que coa língua lhe lançava o canteiro; felizmente a roda lhe mantém o poder ocupado ao Racha Pedras, senão este hoje saltava lhe no pelejo ao cura; e tudo bem seguro que por causa de se lhe atoar o sapato na lama e ter que andar ao couchopé quando saíram do lameiro À medida que o arraiar se achegava, Fontecova ia ficando atrás. A Fontecova, um manancial que fervia da terra, dava nome àquele frondoso vale. O lameiro em que rebentavam aquelas boas águas reverdecia, e já desde longe se diferenciava bem dos outros; mesmo se sentia latejar a água naquelas tornas sachadas de ano em ano. Fontecova é o primeiro manancial da freguesia de Penacova subindo polo caminho de Ameixeiras e não há viageiro da comarca que não entrara alguma vez a saciar a sua sede com estas ricas águas. Sim, a Fontecova é muito apreciada. E vá se agradecem os de abaixo o que lhes decorre. Tal é, que há uns anos quase entraram em litígio uns vizinhos porque os herdeiros do lameiro onde abrolha a fonte não se ocuparam de desentupir as tornas, e assim a água era toda sumida e consumida, sem que decorresse nem gota para os campos lindeiros dos vizinhos, que quase se atreveram a meter os seus sachos nas tornas da fontela. Tudo se arranjou polas boas, quiçá porque não lhe ligou de passar por ali a nenhum advogado, ou quiçá porque todos gostam de não ter que pleitear, ou quiçá por outras razões. Aprenderam todos daquela que a água da Fontecova não só pertence ao lameiro no que nasce rompendo os seus torrões, senão que os donos, logo de se servirem dela, devem na deixar marchar para que livremente banhe outros lameiros próximos; e certo é que são muitos e bem deles os que se servem destas águas Como delas se serviram os três homens, que logo de se saciarem, e dar de beber à pia que há de estar sempre molhada, partiram e caminharam. Caminharam bem, e apesar da fraqueza mostrada polo encarregado do pinho, como frequentemente lhe lembra o Racha Pedras: se faria mais um mosquito que este palerma!, essa noite atravessaram as terras lindeiras a Fontecova, e internaram se nas carvalheiras da Lagoa. Aquela jornada avançaram avondo, ainda que não todos ou quiçá nenhum o pudesse reconhecer tal era o seu fado. Esconderam a pia e os aparelhos e foram se, cada quem por onde viera. Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 18

19 * * * Na edição de hoje, Nuestra Región pede aos cidadãos o favor de não fazerem mais ligações à direcção do jornal para dar informação sobre a pia, de não ser que a viram passar polas próprias ventas. O jornal dá queixas da enorme quantidade de ligações recebidas, muitas delas de bandarras e gandaias que nunca hão de faltar, e que mantiveram todas as linhas do jornal ocupadas noite e dia Diz se que houve chamadas bem pândegas, se bem que disso só conhecem os vizinhos de Seixalvo onde os comentários foram espalhados por uma recepcionista de Nuestra Región. Segundo a tal rapaza telefonista seica houve uma mulher que se encheu de porfiar e porfiar, até ligou mais de duas ou três vezes, dizendo que aquilo só podia ser obra de El Demónio e que o único que se podia era rezar e confiar em El Senhor. Outro comunicante diz se que insistiu em que ele vira a pia recentemente, embora não lhe diria a ninguém, excepto ao senhor milionário, onde é que ele a guichara. Outros afirmavam que viram a pia em sonhos e lhes falara dando lhes a entender a onde é que se encaminhava, e cousas assim polo estilo. * * * As noites seguintes transcorreram sem maiores intriquidências; o canteiro parecia menos enraivado co abade, se calhar porque a Lagoa era chã e o Perfeuto não se tinha que esforçar tanto e tampouco se lhe ençoufavam os sapatos, que por certo agora levava bem amalhoados; ou também quiçá porque Dom Narciso seguia ensimesmado com as suas cavilações e não lhe andava a dar conselhos a ninguém; ou se calhar fosse por ambas as razões ou talvez por nenhuma delas. O caso é que o ex alcaide, que como de costume não tinha muito que dizer, gozava daquela calma que reinaria nas noites que lhes levou atravessar a Lagoa de Penacova. A Lagoa de Penacova, como o seu nome indica, é um terreno parcialmente asolagado, se bem que eles o atravessavam por uma parte enxoita. A planície vem lhe bem a Dom Narciso para seguir cos Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 19

20 seus pensamentos, que por certo traziam no algo confundido Como pôde ele, tão bem como começara a sua andaina, rematar onde rematou? Narciso seguia a relembrar os dias dourados da sua primeira freguesia, onde nasceram tantos sonhos Aquele tanto respeito que sentia ele que lhe tinham todos e a adoração que lhe mostravam as mulheres! Esse era o seu deleitar sublime ver se assim admirado por esses seres que ele considerava doces e suaves, ainda que, para dizer a verdade, nunca os provara. Ele entrara tão novinho no seminário, muito antes de descobrir os sentires do corpo, e foi ali nessa pequena freguesia onde o corpo acordou, correu o trecho que lhe faltava, e alcançou a sua realização, igualando se corpo e espírito. E sem decatar se sequer de como, o Narciso passava o dia numa névoa de imagens quase proibidas que pouco a pouco se foram encarnando e até acabou debuxando lhes cara àqueles corpos imaginados. Agora já sempre a mesma cara, e a seguir também já sempre o mesmo corpo. Inevitavelmente, namorou. Ela converteu se no ser mais maravilhoso do mundo de Narciso, o seu sol, o seu temão e dado quem ele era daquela, a sua perdição. Novamente se ergueram os muros do seminário e Narciso e os seus superiores conferenciaram, e o Bispado sentenciou: Vais te ir a esta nova freguesia e não volverás ver essa mulher Ora ele amava a e até pensara mas cedeu, deixou se resgatar, deixou se arrapazar novamente polos seus mestres que tão benevolamente lhe aconselhavam e lhe perdoavam as suas fraquezas de homem novo. O bispo que havia daquela, ao que todos os de dentro se referiam como O rechonchudo Severino, conhecia das debilidades do corpo; e ainda que ele nunca sentira essa classe de urgências ardorosas baixo as suas apertadas vestiduras, apertadas não por justas senão por enchidas, mesmo semelhava que se lhe ia sair o unto polas aberturas de entre botão e botão e mais de um diz se que recebeu uma botoada, ao sair um, comprimido pola gordura amoreada, propulsado Pois este bispo, seica, entendia da fraqueza humana. Este bispo mole de corpo e espírito devezia polo chocolate e mais as roscas era superior a ele, a sua cadeia escravizadora. Polas noites, antes de dormir, dom Severino rezava e rezava para evitar aquelas imagens obsessivas de cunquinhas coloradas com corninhos e um rabo afiado. Assim, a contar Edições ArcosOnline.com, As Sete Fontes 20

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele O Plantador e as Sementes Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele sabia plantar de tudo: plantava árvores frutíferas, plantava flores, plantava legumes... ele plantava

Leia mais

Em algum lugar de mim

Em algum lugar de mim Em algum lugar de mim (Drama em ato único) Autor: Mailson Soares A - Eu vi um homem... C - Homem? Que homem? A - Um viajante... C - Ele te viu? A - Não, ia muito longe! B - Do que vocês estão falando?

Leia mais

O que procuramos está sempre à nossa espera, à porta do acreditar. Não compreendemos muitos aspectos fundamentais do amor.

O que procuramos está sempre à nossa espera, à porta do acreditar. Não compreendemos muitos aspectos fundamentais do amor. Capítulo 2 Ela representa um desafio. O simbolismo existe nas imagens coloridas. As pessoas apaixonam-se e desapaixonam-se. Vão onde os corações se abrem. É previsível. Mereces um lugar no meu baloiço.

Leia mais

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 1 JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1 ENTREGADOR DE CARGAS 32 ANOS DE TRABALHO Transportadora Fácil Idade: 53 anos, nascido em Quixadá, Ceará Esposa: Raimunda Cruz de Castro Filhos: Marcílio, Liana e Luciana Durante

Leia mais

mundo. A gente não é contra branco. Somos aliados, queremos um mundo melhor para todo mundo. A gente está sentindo muito aqui.

mundo. A gente não é contra branco. Somos aliados, queremos um mundo melhor para todo mundo. A gente está sentindo muito aqui. Em 22 de maio de 2014 eu, Rebeca Campos Ferreira, Perita em Antropologia do Ministério Público Federal, estive na Penitenciária de Médio Porte Pandinha, em Porto Velho RO, com os indígenas Gilson Tenharim,

Leia mais

Sei... Entra, Fredo, vem tomar um copo de suco, comer um biscoito. E você também, Dinho, que está parado aí atrás do muro!

Sei... Entra, Fredo, vem tomar um copo de suco, comer um biscoito. E você também, Dinho, que está parado aí atrás do muro! Capítulo 3 N o meio do caminho tinha uma casa. A casa da Laila, uma menina danada de esperta. Se bem que, de vez em quando, Fredo e Dinho achavam que ela era bastante metida. Essas coisas que acontecem

Leia mais

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses Estudo de Caso Cliente: Rafael Marques Duração do processo: 12 meses Coach: Rodrigo Santiago Minha idéia inicial de coaching era a de uma pessoa que me ajudaria a me organizar e me trazer idéias novas,

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

Roteiro para curta-metragem. Aparecida dos Santos Gomes 6º ano Escola Municipalizada Paineira NÃO ERA ASSIM

Roteiro para curta-metragem. Aparecida dos Santos Gomes 6º ano Escola Municipalizada Paineira NÃO ERA ASSIM Roteiro para curta-metragem Aparecida dos Santos Gomes 6º ano Escola Municipalizada Paineira NÃO ERA ASSIM SINOPSE José é viciado em drogas tornando sua mãe infeliz. O vício torna José violento, até que

Leia mais

Narrador Era uma vez um livro de contos de fadas que vivia na biblioteca de uma escola. Chamava-se Sésamo e o e o seu maior desejo era conseguir contar todas as suas histórias até ao fim, porque já ninguém

Leia mais

Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar.

Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Lc 18.1-8 Jesus contou aos seus discípulos esta parábola, para mostrar-lhes que eles deviam orar sempre e nunca desanimar. Ele disse: "Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus nem se importava

Leia mais

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt São Paulo-SP, 05 de dezembro de 2008 Presidente: A minha presença aqui

Leia mais

DESENGANO CENA 01 - CASA DA GAROTA - INT. QUARTO DIA

DESENGANO CENA 01 - CASA DA GAROTA - INT. QUARTO DIA DESENGANO FADE IN: CENA 01 - CASA DA GAROTA - INT. QUARTO DIA Celular modelo jovial e colorido, escovas, batons e objetos para prender os cabelos sobre móvel de madeira. A GAROTA tem 19 anos, magra, não

Leia mais

MINHA HISTÓRIA NO NOVOTEL

MINHA HISTÓRIA NO NOVOTEL MINHA HISTÓRIA NO NOVOTEL Lembro-me que haviam me convocado para uma entrevista de trabalho no NOVOTEL. Lembro-me de estar ansioso e ter passado a noite anterior preparando a minha entrevista. Como iria

Leia mais

Viagem de Santo António

Viagem de Santo António Ficha de transcrição / São Pedro do Sul / Viagem de Santo António Viagem de Santo António Classificação: Conto Assunto: No tempo das ceifas, em Manhouce, dois lavradores vão juntos colher o centeio confiando

Leia mais

Para onde vou Senhor?

Para onde vou Senhor? Para onde vou Senhor? Ex 40:33-38 "Levantou também o pátio ao redor do tabernáculo e do altar e pendurou a coberta da porta do pátio. Assim, Moisés acabou a obra. Então a nuvem cobriu a tenda da congregação,

Leia mais

Homens. Inteligentes. Manifesto

Homens. Inteligentes. Manifesto Homens. Inteligentes. Manifesto Ser homem antigamente era algo muito simples. Você aprendia duas coisas desde cedo: lutar para se defender e caçar para se alimentar. Quem fazia isso muito bem, se dava

Leia mais

chuva forte suas filhas não estavam em casa, decidiram chamar moradores vizinhos a ajudar a encontrá-las. Procuraram em cada casa, loja e beco que

chuva forte suas filhas não estavam em casa, decidiram chamar moradores vizinhos a ajudar a encontrá-las. Procuraram em cada casa, loja e beco que As Três Amigas Em 1970, em uma cidade pequena e calma, havia três amigas muito felizes, jovens e bonitas. O povo da cidade as conhecia como um trio de meninas que não se desgrudavam, na escola só tiravam

Leia mais

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012.

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. MALDITO de Kelly Furlanetto Soares Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. 1 Em uma praça ao lado de uma universidade está sentado um pai a

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

ano Literatura, Leitura e Reflexão Se m e s t re A r ua de José Ricardo Moreira

ano Literatura, Leitura e Reflexão Se m e s t re A r ua de José Ricardo Moreira 2- Literatura, Leitura e Reflexão 2- ano o Se m e s t re A r ua de s o n s o d o t José Ricardo Moreira PEI_LLR_2ano_2S_H1.indb 1 12/06/2012 18:18:06 Capítulo 1 A sua rua tem calçada? A minha tem! A sua

Leia mais

O PASTOR AMOROSO. Alberto Caeiro. Fernando Pessoa

O PASTOR AMOROSO. Alberto Caeiro. Fernando Pessoa O PASTOR AMOROSO Alberto Caeiro Fernando Pessoa Este texto foi digitado por Eduardo Lopes de Oliveira e Silva, no Rio de Janeiro, em maio de 2006. Manteve-se a ortografia vigente em Portugal. 2 SUMÁRIO

Leia mais

Uma realidade constante

Uma realidade constante Uma realidade constante Prem Rawat fala para reclusos na Prisão Estatal de Dominguez, Texas fonte: www.tprf.org Uma realidade constante, Página 1 No último evento em Miami falei duma coisa trivial, que

Leia mais

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008

Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Alexandre da Silva França. Eu nasci em 17 do sete de 1958, no Rio de Janeiro. FORMAÇÃO Eu sou tecnólogo em processamento de dados. PRIMEIRO DIA

Leia mais

7 E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. 8 Porque três são os que dão testemunho: o Espírito, e a água, e o sangue; e

7 E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. 8 Porque três são os que dão testemunho: o Espírito, e a água, e o sangue; e I João 1 1 O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, a respeito do Verbo da vida 2 (pois a vida foi manifestada, e nós

Leia mais

Para início de conversa 9. Família, a Cia. Ltda. 13. Urca, onde moro; Rio, onde vivo 35. Cardápio de lembranças 53

Para início de conversa 9. Família, a Cia. Ltda. 13. Urca, onde moro; Rio, onde vivo 35. Cardápio de lembranças 53 Rio de Janeiro Sumário Para início de conversa 9 Família, a Cia. Ltda. 13 Urca, onde moro; Rio, onde vivo 35 Cardápio de lembranças 53 O que o homem não vê, a mulher sente 75 Relacionamentos: as Cias.

Leia mais

A.C. Ilustrações jordana germano

A.C. Ilustrações jordana germano A.C. Ilustrações jordana germano 2013, O autor 2013, Instituto Elo Projeto gráfico, capa, ilustração e diagramação: Jordana Germano C736 Quero-porque-quero!! Autor: Alexandre Compart. Belo Horizonte: Instituto

Leia mais

O menino e o pássaro. Rosângela Trajano. Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava

O menino e o pássaro. Rosângela Trajano. Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava O menino e o pássaro Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava comida, água e limpava a gaiola do pássaro. O menino esperava o pássaro cantar enquanto contava histórias para

Leia mais

PREGAÇÃO DO DIA 08 DE MARÇO DE 2014 TEMA: JESUS LANÇA SEU OLHAR SOBRE NÓS PASSAGEM BASE: LUCAS 22:61-62

PREGAÇÃO DO DIA 08 DE MARÇO DE 2014 TEMA: JESUS LANÇA SEU OLHAR SOBRE NÓS PASSAGEM BASE: LUCAS 22:61-62 PREGAÇÃO DO DIA 08 DE MARÇO DE 2014 TEMA: JESUS LANÇA SEU OLHAR SOBRE NÓS PASSAGEM BASE: LUCAS 22:61-62 E, virando- se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou- se da palavra do Senhor, como lhe havia

Leia mais

Lucas Liberato Coaching Coach de Inteligência Emocional lucasliberato.com.br

Lucas Liberato Coaching Coach de Inteligência Emocional lucasliberato.com.br Script de Terapia de Liberação Emocional (EFT) para desfazer crenças relativas aos clientes que você merece ter. Eu não consigo atrair clientes dispostos a pagar preços altos A Acupuntura Emocional é uma

Leia mais

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo.

Para a grande maioria das. fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Sonhos Pessoas Para a grande maioria das pessoas, LIBERDADE é poder fazer o que desejo fazer, ou o que eu tenho vontade, sem sentir nenhum tipo de peso ou condenação por aquilo. Trecho da música: Ilegal,

Leia mais

A criança e as mídias

A criança e as mídias 34 A criança e as mídias - João, vá dormir, já está ficando tarde!!! - Pera aí, mãe, só mais um pouquinho! - Tá na hora de criança dormir! - Mas o desenho já tá acabando... só mais um pouquinho... - Tá

Leia mais

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69 1 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos 2. Lição Bíblica: Daniel 1-2 (Base bíblica para a história e

Leia mais

9º Plano de aula. 1-Citação as semana: Não aponte um defeito,aponte uma solução. 2-Meditação da semana:

9º Plano de aula. 1-Citação as semana: Não aponte um defeito,aponte uma solução. 2-Meditação da semana: 9º Plano de aula 1-Citação as semana: Não aponte um defeito,aponte uma solução. 2-Meditação da semana: Enraizando e criando raiz (CD-Visualização Criativa faixa 2) 3-História da semana: Persistência X

Leia mais

22/05/2006. Discurso do Presidente da República

22/05/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de assinatura de protocolos de intenções no âmbito do Programa Saneamento para Todos Palácio do Planalto, 22 de maio de 2006 Primeiro, os números que estão no

Leia mais

HINÁRIO O APURO. Francisco Grangeiro Filho. www.hinarios.org 01 PRECISA SE TRABALHAR 02 JESUS CRISTO REDENTOR

HINÁRIO O APURO. Francisco Grangeiro Filho. www.hinarios.org 01 PRECISA SE TRABALHAR 02 JESUS CRISTO REDENTOR HINÁRIO O APURO Tema 2012: Flora Brasileira Araucária Francisco Grangeiro Filho 1 www.hinarios.org 2 01 PRECISA SE TRABALHAR 02 JESUS CRISTO REDENTOR Precisa se trabalhar Para todos aprender A virgem mãe

Leia mais

eunice arruda - poesias alguns (poemas selecionados de eunice arruda)

eunice arruda - poesias alguns (poemas selecionados de eunice arruda) eunice arruda - poesias alguns (poemas selecionados de eunice arruda) propósito Viver pouco mas viver muito Ser todo o pensamento Toda a esperança Toda a alegria ou angústia mas ser Nunca morrer enquanto

Leia mais

P/1 Seu Ivo, eu queria que o senhor começasse falando seu nome completo, onde o senhor nasceu e a data do seu nascimento.

P/1 Seu Ivo, eu queria que o senhor começasse falando seu nome completo, onde o senhor nasceu e a data do seu nascimento. museudapessoa.net P/1 Seu Ivo, eu queria que o senhor começasse falando seu nome completo, onde o senhor nasceu e a data do seu nascimento. R Eu nasci em Piúma, em primeiro lugar meu nome é Ivo, nasci

Leia mais

Atividade: Leitura e interpretação de texto. Português- 8º ano professora: Silvia Zanutto

Atividade: Leitura e interpretação de texto. Português- 8º ano professora: Silvia Zanutto Atividade: Leitura e interpretação de texto Português- 8º ano professora: Silvia Zanutto Orientações: 1- Leia o texto atentamente. Busque o significado das palavras desconhecidas no dicionário. Escreva

Leia mais

Era uma vez um menino muito pobre chamado João, que vivia com o papai e a

Era uma vez um menino muito pobre chamado João, que vivia com o papai e a João do Medo Era uma vez um menino muito pobre chamado João, que vivia com o papai e a mamãe dele. Um dia, esse menino teve um sonho ruim com um monstro bem feio e, quando ele acordou, não encontrou mais

Leia mais

KIT CÉLULA PARA CRIANÇAS: 28/10/15

KIT CÉLULA PARA CRIANÇAS: 28/10/15 KIT CÉLULA PARA CRIANÇAS: 28/10/15 A mentira não agrada a Deus Principio: Quando mentimos servimos o Diabo o Pai da mentira. Versículo: O caminho para vida é de quem guarda o ensino, mas o que abandona

Leia mais

Desafio para a família

Desafio para a família Desafio para a família Família é ideia de Deus, geradora de personalidade, melhor lugar para a formação do caráter, da ética, da moral e da espiritualidade. O sonho de Deus para a família é que seja um

Leia mais

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria Samaria: Era a Capital do Reino de Israel O Reino do Norte, era formado pelas 10 tribos de Israel, 10 filhos de Jacó. Samaria ficava a 67 KM de Jerusalém,

Leia mais

Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar. - Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar eu vou ficar de mal.

Lembro-me do segredo que ela prometeu me contar. - Olha, eu vou contar, mas é segredo! Não conte para ninguém. Se você contar eu vou ficar de mal. -...eu nem te conto! - Conta, vai, conta! - Está bem! Mas você promete não contar para mais ninguém? - Prometo. Juro que não conto! Se eu contar quero morrer sequinha na mesma hora... - Não precisa exagerar!

Leia mais

Alô, alô. www.bibliotecapedrobandeira.com.br

Alô, alô. www.bibliotecapedrobandeira.com.br Alô, alô Quero falar com o Marcelo. Momento. Alô. Quem é? Marcelo. Escuta aqui. Eu só vou falar uma vez. A Adriana é minha. Vê se tira o bico de cima dela. Adriana? Que Adriana? Não se faça de cretino.

Leia mais

BOLETIM INFORMATIVO JUNTA DE FREGUESIA DE S. JOÃO DO CAMPO EDITORIAL SUMÁRIO ANO 7 BOLETIM Nº 27 2012 JULHO AGOSTO SETEMBRO EDITORIAL

BOLETIM INFORMATIVO JUNTA DE FREGUESIA DE S. JOÃO DO CAMPO EDITORIAL SUMÁRIO ANO 7 BOLETIM Nº 27 2012 JULHO AGOSTO SETEMBRO EDITORIAL ANO 7 BOLETIM Nº 27 2012 SUMÁRIO BOLETIM INFORMATIVO EDITORIAL JULHO AGOSTO SETEMBRO A Rua principal, a Dr Jaime Cortesão tem estado cortada EDITORIAL MANIFESTAÇÃO EM LISBOA POSTO MÉDICO ao trânsito, devido

Leia mais

12/02/2010. Presidência da República Secretaria de Imprensa Discurso do Presidente da República

12/02/2010. Presidência da República Secretaria de Imprensa Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de inauguração da Escola Municipal Jornalista Jaime Câmara e alusiva à visita às unidades habitacionais do PAC - Pró-Moradia no Jardim do Cerrado e Jardim Mundo

Leia mais

Visite nossa biblioteca! Centenas de obras grátis a um clique! http://www.portaldetonando.com.br

Visite nossa biblioteca! Centenas de obras grátis a um clique! http://www.portaldetonando.com.br Sobre a digitalização desta obra: Esta obra foi digitalizada para proporcionar de maneira totalmente gratuita o benefício de sua leitura àqueles que não podem comprá-la ou àqueles que necessitam de meios

Leia mais

HINÁRIO O APURO. Francisco Grangeiro Filho. Tema 2012: Flora Brasileira Araucária

HINÁRIO O APURO. Francisco Grangeiro Filho. Tema 2012: Flora Brasileira Araucária HINÁRIO O APURO Tema 2012: Flora Brasileira Araucária Francisco Grangeiro Filho 1 www.hinarios.org 2 01 PRECISA SE TRABALHAR Marcha Precisa se trabalhar Para todos aprender A virgem mãe me disse Que é

Leia mais

INDICE Introdução 03 Você é muito bonzinho 04 Vamos ser apenas amigos dicas para zona de amizade Pg: 05 Evite pedir permissão

INDICE Introdução 03 Você é muito bonzinho 04 Vamos ser apenas amigos dicas para zona de amizade Pg: 05 Evite pedir permissão 1 INDICE Introdução... Pg: 03 Você é muito bonzinho... Pg: 04 Vamos ser apenas amigos dicas para zona de amizade... Pg: 05 Evite pedir permissão... Pg: 07 Não tenha medo de ser você mesmo... Pg: 08 Não

Leia mais

Palavras do autor. Escrever para jovens é uma grande alegria e, por que não dizer, uma gostosa aventura.

Palavras do autor. Escrever para jovens é uma grande alegria e, por que não dizer, uma gostosa aventura. Palavras do autor Escrever para jovens é uma grande alegria e, por que não dizer, uma gostosa aventura. Durante três anos, tornei-me um leitor voraz de histórias juvenis da literatura nacional, mergulhei

Leia mais

Chantilly, 17 de outubro de 2020.

Chantilly, 17 de outubro de 2020. Chantilly, 17 de outubro de 2020. Capítulo 1. Há algo de errado acontecendo nos arredores dessa pequena cidade francesa. Avilly foi completamente afetada. É estranho descrever a situação, pois não encontro

Leia mais

05/12/2006. Discurso do Presidente da República

05/12/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento da 20ª Reunião Ordinária do Pleno Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Palácio do Planalto, 05 de dezembro de 2006 Eu acho que não cabe discurso aqui,

Leia mais

OS 4 PASSOS ALTA PERFORMANCE A PARTIR DE AGORA PARA VOCÊ COMEÇAR A VIVER EM HIGHSTAKESLIFESTYLE.

OS 4 PASSOS ALTA PERFORMANCE A PARTIR DE AGORA PARA VOCÊ COMEÇAR A VIVER EM HIGHSTAKESLIFESTYLE. OS 4 PASSOS PARA VOCÊ COMEÇAR A VIVER EM ALTA PERFORMANCE A PARTIR DE AGORA HIGHSTAKESLIFESTYLE. Hey :) Gabriel Goffi aqui. Criei esse PDF para você que assistiu e gostou do vídeo ter sempre por perto

Leia mais

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1

Anexo 2.1 - Entrevista G1.1 Entrevista G1.1 Entrevistado: E1.1 Idade: Sexo: País de origem: Tempo de permanência 51 anos Masculino Cabo-verde 40 anos em Portugal: Escolaridade: Imigrações prévias : São Tomé (aos 11 anos) Língua materna:

Leia mais

Unidade 04: Obedeça ao Senhor Josué obedece, o muro cai

Unidade 04: Obedeça ao Senhor Josué obedece, o muro cai Histórias do Velho Testamento Histórias de Deus:Gênesis-Apocalipse 3 a 6 anos Unidade 04: Obedeça ao Senhor Josué obedece, o muro cai O velho testamento está cheio de histórias que Deus nos deu, espantosas

Leia mais

WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR

WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR WWW.MUSICALLEIZER.COM.BR Índice Índice Prefácio Sobre o autor Introdução Como ser produtivo estudando corretamente Você já organizou o seu tempo e os seus dias para estudar? Definir o que vai estudar Organizando

Leia mais

Campanha Nacional de Escolas da Comunidade Colégio Cenecista Nossa Senhora dos Anjos Gravataí RS. Cohab B

Campanha Nacional de Escolas da Comunidade Colégio Cenecista Nossa Senhora dos Anjos Gravataí RS. Cohab B Campanha Nacional de Escolas da Comunidade Colégio Cenecista Nossa Senhora dos Anjos Gravataí RS Cohab B Data: 29/04/2015 Pedro Lima, Gabriel Landal, Lorenzo Silveira e Leonardo Souza. Turma 101 A COHAB

Leia mais

VAMOS CONSTRUIR UMA CIDADE

VAMOS CONSTRUIR UMA CIDADE VAMOS CONSTRUIR UMA CIDADE Versão adaptada de Eugénio Sena para Wir Bauen Eine Stadt de Paul Hindemith 1. MARCHA (Entrada) Uma cidade nossa amiga Não queremos a cidade antiga. Nós vamos pensar tudo de

Leia mais

AS CRIANÇAS E A MISSA DOMINICAL

AS CRIANÇAS E A MISSA DOMINICAL Crianças na Missa AS CRIANÇAS E A MISSA DOMINICAL 1. É desejável que, na medida do possível, os pais possam participar juntos e com os filhos na Santa Missa dominical. É muito aconselhável que as crianças

Leia mais

Sinopse I. Idosos Institucionalizados

Sinopse I. Idosos Institucionalizados II 1 Indicadores Entrevistados Sinopse I. Idosos Institucionalizados Privação Até agora temos vivido, a partir de agora não sei Inclui médico, enfermeiro, e tudo o que for preciso de higiene somos nós

Leia mais

Os dois foram entrando e ROSE foi contando mais um pouco da história e EDUARDO anotando tudo no caderno.

Os dois foram entrando e ROSE foi contando mais um pouco da história e EDUARDO anotando tudo no caderno. Meu lugar,minha história. Cena 01- Exterior- Na rua /Dia Eduardo desce do ônibus com sua mala. Vai em direção a Rose que está parada. Olá, meu nome é Rose sou a guia o ajudara no seu projeto de história.

Leia mais

1. Substitui as palavras assinaladas pelos sinónimos (ao lado) que consideres mais adequados.

1. Substitui as palavras assinaladas pelos sinónimos (ao lado) que consideres mais adequados. 1. Substitui as palavras assinaladas pelos sinónimos (ao lado) que consideres mais adequados. É bonita a história que acabaste de contar. Vou dar este livro ao Daniel, no dia do seu aniversário. Ele adora

Leia mais

Logo, fiquem atentos às nossas instruções para que tudo ocorra dentro da normalidade.

Logo, fiquem atentos às nossas instruções para que tudo ocorra dentro da normalidade. Papai e Mamãe, A Escola Bem-Me-Quer apresenta esta cartilha para que vocês possam tornar a adaptação do seu (sua) filho (a) mais tranquila e sem traumas. Mas para isso, é necessário que vocês sigam direitinho

Leia mais

Áustria Viena. Foi uma grande surpresa o facto de todos os alunos andarem descalços ou de pantufas.

Áustria Viena. Foi uma grande surpresa o facto de todos os alunos andarem descalços ou de pantufas. Áustria Viena Foi uma grande surpresa o facto de todos os alunos andarem descalços ou de pantufas. Apenas fui assistir a uma aula, que acabou por não ser dada devido à presença dos alunos estrangeiros

Leia mais

LOURENÇO LOURINHO PRACIANO 1

LOURENÇO LOURINHO PRACIANO 1 LOURENÇO LOURINHO PRACIANO 1 TESOUREIRO 41 ANOS DE TRABALHO Empresa Horizonte Nascido em Itapipoca, Ceará Idade: 76 anos Esposa: Maria Pinto de Oliveira Praciano Filhos: Lucineide Eu entrei na Empresa

Leia mais

Nº 8 - Mar/15. PRESTA atenção RELIGIÃO BÍBLIA SAGRADA

Nº 8 - Mar/15. PRESTA atenção RELIGIÃO BÍBLIA SAGRADA SAGRADA Nº 8 - Mar/15 PRESTA atenção RELIGIÃO! BÍBLIA Apresentação Esta nova edição da Coleção Presta Atenção! vai tratar de um assunto muito importante: Religião. A fé é uma questão muito pessoal e cada

Leia mais

MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO Equipe Dia/mês/ano Reunião nº Ano: Tema: QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO Acolhida Oração Inicial

MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO Equipe Dia/mês/ano Reunião nº Ano: Tema: QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO Acolhida Oração Inicial MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO Equipe Dia/mês/ano Reunião nº Ano: Local: Tema: QUEM MEXEU NO MEU QUEIJO Acolhida Oração Inicial Esta é uma história de mudança que ocorre em um labirinto em que quatro personagens

Leia mais

MÚSICAS. Hino da Praznik Sempre Quando vens p ras colónias Sei de alguém Menino de Bronze Tenho Vontade VuVu & ZéZé

MÚSICAS. Hino da Praznik Sempre Quando vens p ras colónias Sei de alguém Menino de Bronze Tenho Vontade VuVu & ZéZé MÚSICAS Hino da Praznik Sempre Quando vens p ras colónias Sei de alguém Menino de Bronze Tenho Vontade VuVu & ZéZé Hino da Praznik Do Fá Gosto de aqui estar Sol Do E contigo brincar E ao fim vou arranjar

Leia mais

OS AMIGOS NÃO SE COMPRAM

OS AMIGOS NÃO SE COMPRAM OS AMIGOS NÃO SE COMPRAM Era o dia 22 de dezembro. O Natal aproximava-se e o Pai Natal estava muito atarefado a preparar os sacos com os brinquedos. Muito longe dali, em Portugal, um menino chamado João

Leia mais

Tudo tem um tempo. Uma hora para nascer e uma hora para morrer.

Tudo tem um tempo. Uma hora para nascer e uma hora para morrer. CAPITULO 3 Ele não é o Homem que eu pensei que era. Ele é como é. Não se julga um Homem pela sua aparência.. Tudo tem um tempo. Uma hora para nascer e uma hora para morrer. Eu costumava saber como encontrar

Leia mais

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida 1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida O Que Determina o Sucesso de Uma Dieta? Você vê o bolo acima e pensa: Nunca poderei comer um doce se estiver de dieta. Esse é o principal fator que levam

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 25 Discurso na cerimónia de entrega

Leia mais

Conta-me Histórias. Lê atentamente o texto que se segue.

Conta-me Histórias. Lê atentamente o texto que se segue. Prova de Língua Portuguesa 5.º Ano de escolaridade Ano letivo 2013 / 2014-1.ª Chamada Ano lectivo 2012 / 2013 Lê atentamente o texto que se segue. Conta-me Histórias Quando eu era pequena, os campos estavam

Leia mais

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO Texto: Apocalipse 22:1-2 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da RUA principal da cidade. De

Leia mais

Os encontros de Jesus O cego de nascença AS TRÊS DIMENSÕES DA CEGUEIRA ESPIRITUAL

Os encontros de Jesus O cego de nascença AS TRÊS DIMENSÕES DA CEGUEIRA ESPIRITUAL 1 Os encontros de Jesus O cego de nascença AS TRÊS DIMENSÕES DA CEGUEIRA ESPIRITUAL 04/03/2001 N Jo 9 1 Jesus ia caminhando quando viu um homem que tinha nascido cego. 2 Os seus discípulos perguntaram:

Leia mais

1. COMPLETE OS QUADROS COM OS VERBOS IRREGULARES NO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO E DEPOIS COMPLETE AS FRASES:

1. COMPLETE OS QUADROS COM OS VERBOS IRREGULARES NO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO E DEPOIS COMPLETE AS FRASES: Atividades gerais: Verbos irregulares no - ver na página 33 as conjugações dos verbos e completar os quadros com os verbos - fazer o exercício 1 Entrega via e-mail: quarta-feira 8 de julho Verbos irregulares

Leia mais

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança.

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança. Radicais Kids Ministério Boa Semente Igreja em células Célula Especial : Dia Das mães Honrando a Mamãe! Principio da lição: Ensinar as crianças a honrar as suas mães. Base bíblica: Ef. 6:1-2 Texto chave:

Leia mais

FESTA DO Pai-Nosso. 1º ano. Igreja de S. José de S. Lázaro. 7 de Maio de 2005

FESTA DO Pai-Nosso. 1º ano. Igreja de S. José de S. Lázaro. 7 de Maio de 2005 FESTA DO Pai-Nosso Igreja de S. José de S. Lázaro 1º ano 1 7 de Maio de 2005 I PARTE O acolhimento será feito na Igreja. Cada criança ficará com os seus pais nos bancos destinados ao seu catequista. Durante

Leia mais

AS MULHERES DE JACÓ Lição 16

AS MULHERES DE JACÓ Lição 16 AS MULHERES DE JACÓ Lição 16 1 1. Objetivos: Ensinar que Jacó fez trabalho duro para ganhar um prêmio Ensinar que se nós pedirmos ajuda de Deus, Ele vai nos ajudar a trabalhar com determinação para obter

Leia mais

Ficha Técnica: Design e Impressão Mediana Global Communication

Ficha Técnica: Design e Impressão Mediana Global Communication Uma Cidade para Todos Ficha Técnica: Design e Impressão Mediana Global Communication Colaboração Nuno Oliveira, coordenador do Serviço de Psicologia do 1º ciclo do Ensino Básico da EMEC - Empresa Municipal

Leia mais

Harmonizando a família

Harmonizando a família Harmonizando a família Narrador: Em um dia, como tantos outros, como e em vários lares a, mãe está em casa cuidando dos afazeres doméstic os, tranqüilamente. Porém c omo vem ac ontec endo há muito tempo,

Leia mais

A DIVERSIDADE NA ESCOLA

A DIVERSIDADE NA ESCOLA Tema: A ESCOLA APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS. A DIVERSIDADE NA ESCOLA Quando entrei numa escola, na 1ª série, aos 6 anos, tinha uma alegria verdadeira com a visão perfeita, não sabia ler nem escrever, mas

Leia mais

Afonso levantou-se de um salto, correu para a casa de banho, abriu a tampa da sanita e vomitou mais uma vez. Posso ajudar? perguntou a Maria,

Afonso levantou-se de um salto, correu para a casa de banho, abriu a tampa da sanita e vomitou mais uma vez. Posso ajudar? perguntou a Maria, O Afonso levantou-se de um salto, correu para a casa de banho, abriu a tampa da sanita e vomitou mais uma vez. Posso ajudar? perguntou a Maria, preocupada, pois nunca tinha visto o primo assim tão mal

Leia mais

RECUPERAÇÃO DE IMAGEM

RECUPERAÇÃO DE IMAGEM RECUPERAÇÃO DE IMAGEM Quero que saibam que os dias que se seguiram não foram fáceis para mim. Porém, quando tornei a sair consciente, expus ao professor tudo o que estava acontecendo comigo, e como eu

Leia mais

Porque evitar o "NÃO" e a linguagem negativa. M. H. Lorentz

Porque evitar o NÃO e a linguagem negativa. M. H. Lorentz Porque evitar o "NÃO" e a linguagem negativa. M. H. Lorentz A linguagem tem por objetivo a comunicação entre os seres humanos, portanto quanto mais precisa for a linguagem, melhor será o resultado de nossa

Leia mais

ESTUDO 1 - ESTE É JESUS

ESTUDO 1 - ESTE É JESUS 11. Já vimos que Jesus Cristo desceu do céu, habitou entre nós, sofreu, morreu, ressuscitou e foi para a presença de Deus. Leia João 17:13 e responda: Onde está Jesus Cristo agora? Lembremo-nos que: Jesus

Leia mais

2015 O ANO DE COLHER JANEIRO - 1 COLHER ONDE PLANTEI

2015 O ANO DE COLHER JANEIRO - 1 COLHER ONDE PLANTEI JANEIRO - 1 COLHER ONDE PLANTEI Texto: Sal. 126:6 Durante o ano de 2014 falamos sobre a importância de semear, preparando para a colheita que viria neste novo ano de 2015. Muitos criaram grandes expectativas,

Leia mais

Bíblia para crianças. apresenta O SÁBIO REI

Bíblia para crianças. apresenta O SÁBIO REI Bíblia para crianças apresenta O SÁBIO REI SALOMÃO Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:Lazarus Adaptado por: Ruth Klassen O texto bíblico desta história é extraído ou adaptado da Bíblia na Linguagem

Leia mais

Eu sempre ouço dizer. Que as cores da pele são diferentes. Outros negros e amarelos. Há outras cores na pele dessa gente

Eu sempre ouço dizer. Que as cores da pele são diferentes. Outros negros e amarelos. Há outras cores na pele dessa gente De todas as cores Eu sempre ouço dizer Que as cores da pele são diferentes Que uns são brancos Outros negros e amarelos Mas na verdade Há outras cores na pele dessa gente Tem gente que fica branca de susto

Leia mais

PROVA DE HISTÓRIA 2 o TRIMESTRE 2012

PROVA DE HISTÓRIA 2 o TRIMESTRE 2012 PROVA DE HISTÓRIA 2 o TRIMESTRE 2012 PROFa. FLÁVIA N ME N o 6 o ANO Nos anos 80 quando esta professora tinha a sua idade! passava na televisão um seriado chamado Viajantes do Tempo. A ideia do seriado

Leia mais

PERTO DE TI AUTOR: SILAS SOUZA MAGALHÃES. Tu és meu salvador. Minha rocha eterna. Tu és minha justiça, ó Deus. Tu és Jesus, amado da Minh alma.

PERTO DE TI AUTOR: SILAS SOUZA MAGALHÃES. Tu és meu salvador. Minha rocha eterna. Tu és minha justiça, ó Deus. Tu és Jesus, amado da Minh alma. PERTO DE TI Tu és meu salvador. Minha rocha eterna. Tu és minha justiça, ó Deus. Tu és Jesus, amado da Minh alma. Jesus! Perto de ti, sou mais e mais. Obedeço a tua voz. Pois eu sei que tu és Senhor, o

Leia mais

ALEGRIA ALEGRIA:... TATY:...

ALEGRIA ALEGRIA:... TATY:... ALEGRIA PERSONAGENS: Duas amigas entre idades adolescentes. ALEGRIA:... TATY:... Peça infanto-juvenil, em um só ato com quatro personagens sendo as mesmas atrizes, mostrando a vida de duas meninas, no

Leia mais

[Comentários sobre isso. Não transcrito, mas explicado em diário de campo]

[Comentários sobre isso. Não transcrito, mas explicado em diário de campo] [Visionamento das fotos] [Comentários sobre isso. Não transcrito, mas explicado em diário de campo] E- Então o que é que achaste das fotos? E7- Boas. Tá fixe. E- Faz-te lembrar coisas boas ou más? E7-

Leia mais

Teste sua empregabilidade

Teste sua empregabilidade Teste sua empregabilidade 1) Você tem noção absoluta do seu diferencial de competência para facilitar sua contratação por uma empresa? a) Não, definitivamente me vejo como um título de cargo (contador,

Leia mais

Caridade quaresmal. Oração Avé Maria. Anjinho da Guarda. S. João Bosco Rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Bom dia a todos!

Caridade quaresmal. Oração Avé Maria. Anjinho da Guarda. S. João Bosco Rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Bom dia a todos! 2ª feira, 09 de março: Dar esmola Esta semana iremos tentar aprender a dar. A dar aos que mais precisam. E vamos ver que Dar é BRU TAL!!!! Um dia, uma mulher vestida de trapos velhos percorria as ruas

Leia mais

A menina que queria visitar a tia

A menina que queria visitar a tia Cenas urbanas A menina que queria visitar a tia A menina, conversando com a jornaleira, na manhã de domingo, tinha o ar desamparado. Revolvia, com nervosismo, um lenço com as pontas amarradas, dentro

Leia mais

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer

Leia mais