Apresentação INTRODUÇÃO A BOTÂNICA SISTEMÁTICA. Botânica geral 30/03/2014. Anna Frida Hatsue Modro

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1 Apresentação INTRODUÇÃO A BOTÂNICA SISTEMÁTICA Anna Frida Hatsue Modro CARGA HORÁRIA: 60h CRÉDITOS: 03 Ementa Conceitos Categorias Taxonômicas Critérios para classificar os seres vivos Nomenclatura Científica (regras) Botânica geral Carga horária: 60 horas Ementa: Introdução à botânica sistemática. Sistemática de Pinophyta: Gymnospermae (características gerais; classificação; importância). Sistemática de Magnoliophyta: Angiospermae (características gerais; classificação; importância). Identificação de espécies arbóreas nativas de importância econômica. Coleta e herborização de material botânico. Metodologia: Aulas expositivas em sala e atividades práticas em campo e laboratório, serão também utilizados trabalhos em equipes, exercícios programados, seminários, exposições dialogadas e grupos de discussão, onde os conteúdos poderão ser ministrados de acordo com as especificidades do grupo de alunos e da disciplina. MarcaraulapráticanoKm15 Avaliação: Nota 1(100) Avaliação 1 Nota2(100) Avaliação2 Nota 3(100) Trabalho (seminário + relatório) 1ª Nota + 2ª Nota + 3ª Nota = Média Final 3 Bibliografias recomendadas: FERRI, M. G. Botânica: Morfologia externa das plantas (organografia). 13. ed. São Paulo: Melhoramentos, p. GLÓRIA, B.A.; GUERREIRO, S. M. C. Anatomia Vegetal. 2ª ed. Viçosa: UFV, p. SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG 2.Ed.: Nova Odessa, SP (Brazil) ed p. FERRI, M. G.; MENEZES, N. L. de; MONTEIRO, W. R. Glossário ilustrado de botânica. São Paulo: Nobel, p. JOLY, A. B. Botânica: Introdução à taxonomia vegetal. São Paulo: Companhia Editora Nacional, p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 4.ed. v. 1. Nova Odessa: Instituto Plantarum, p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. v. 2. Nova Odessa: Instituto Plantarum, p. VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Taxonomia vegetal. Viçosa: UFV, p. 1

2 1. Conceitos: 1.1. TAXONOMIA: Deriva do grego Táxis e nomos, significando dispor segundo uma lei ou um princípio. Ramo da biologia que trata da ordenação (classificação) e denominação (nomenclatura) dos seres vivos, agrupando-os de acordo com o seu grau de semelhança. 1. Conceitos: 1.2. SISTEMÁTICA: Utiliza os dados de diversos ramos do conhecimento para agrupar os seres vivos de acordo com o seu grau de parentesco e a sua história evolutiva. O seu objetivo é procurar as relações evolutivas entre os organismos e expressar essas relações em sistemas taxonômicos. 2

3 Objetivos da BOTÂNICA SISTEMÁTICA: a) Separarpor espécie, organismos estruturalmente relacionados, descrevendo as características que distinguem uma espécie da outra; b) Ordenaras espécies, por categorias taxonômicas do gênero ao reino; c) Nomearas espécies segundo as regras internacionais de nomenclatura. Outros objetivos da botânica sistemática: a) Inventariar os organismos segundo grupos b) Permitir a recuperação de informações c) Organizar sistemas de informações que demonstrem os parentescos entre os organismos d) Entender os processos evolutivos Classificação ou identificação? Classificaçãoé a ordenação das plantas em um táxon. Quando procura-se nomear um ser vivo até então desconhecido, estar-se-á classificando-o. Quando se dá um nome a um ser já conhecido estar-se-á apenas identificando-o. 3

4 DESCRIÇÃO DA ESPÉCIE CHAVE PARA IDENTIFICAÇÃO DA ESPÉCIE 1. Conceitos: 1.3. TAXON: Termo estabelecido pelo Código Internacional de Nomenclatura Botânica para designar uma unidade taxonômica de qualquer hierarquia. Hierarquias (categorias) taxonômicas CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS 4

5 EVOLUÇÃO DAS PLANTAS EVOLUÇÃO DAS PLANTAS 2. Critérios Utilizados para Classificar os seres vivos 2.1 Morfológicos devem ser usados cuidadosamente devido ao polimorfismo e às metamorfoses Homologias Analogias Simetria corporal Polimorfismo Metamorfoses 2. Critérios Utilizados para Classificar os seres vivos 2.2 Paleontológicos Classificação de organismo já extintos Estabelecimento de relações de parentesco 2. Critérios Utilizados para Classificar os seres vivos 2.3. Relativos ao modo de nutrição Fotoautotróficos Quimioautotróficos 2.4. Embriológicos Homologias embrionárias 2. Critérios Utilizados para Classificar os seres vivos 2.5. Cariológicos(relativo ao núcleo da célula) Importante no estabelecimento de relações entre seres vivos Análise do nº de cromossomos e outros aspectos do núcleo celular 2.6. Etológicos Avalia diferenças comportamentais entre grupos semelhantes 2.7. Bioquímicos Comparação de biomoléculas (proteínas e ácidos nucleicos). 5

6 2. Critérios Utilizados para Classificar os seres vivos 2.8. Relativos à Organização Celular - Procariontes - Eucariontes - Unicelulares - Pluricelulares - Indiferenciados - Diferenciados - Complexidade e organização estrutural - Especialização estrutural e fisiológica das células 3. Nomenclatura Científica (Código Internacional de Nomenclatura Botânica) Designação científica dos grupos taxonômicos. Objetiva: -o emprego correto dos nomes das plantas; - garantir estabilidade e universalidade dos N.C. Organização: -Compreende um conjunto de princípios, regrase recomendaçõesaprovadas em Congressos Internacionais de Botânica e publicados num texto oficial. 3. Nomenclatura Científica (Código Internacional de Nomenclatura Botânica) 3.1 Princípios: - A nomenclatura Botânica é independente da zoológica - A aplicação de nomes é determinada por tipos nomenclaturais - A nomenclatura de um grupo taxonômico baseia-se na prioridade de publicação - Cada táxon tem apenas um nome válido - Independente de sua origem, os nomes dos táxons são tratados com nomes latinos - As regras de nomenclatura são retroativas, exceto quando claramente limitadas 3. Nomenclatura Científica (Código Internacional de Nomenclatura Botânica) 3.2 Regras: - Organizadas em artigos os quais visam: a)por em ordem os nomes já existentes b)orientar a criação de novos nomes 3.3 Recomendações: - Ex.: Indicam a melhor forma de escolha de um nome 3.4 Histórico: No planeta existem entre 2800 a 4000 idiomas. Isso dificulta a identificação. Escolheu-se o LATIM por ser uma língua morta. 1740, nos EUA, o zoólogo Mark Catesby Turdus minor cinerep-albus nom maculatus (tordo pequeno branco-acinzentado sem manchas). 1758, Karl Von Linné, botânico e médico sueco, na 10ª edição de seu livro SystemaNaturae, formaliza a nomenclatura binominal. Mimuspolyglottos Nomenclatura Científica Turdus migratorius 3.4 Histórico: Nomenclatura Científica As regras atuais foram firmadas, com base na obra de Lineu, no I Congresso Internacional de Nomenclatura Científica, em 1898, em Budapest. Essas regras foram adotadas a partir de 1901 e revistas em 1927 e

7 Todo nome científico deve ser latino de origem ou, então, latinizado. Exemplo: o Trypanosoma Cruzitem seu Cruzicomo uma transliteração latina do nome brasileiro de Osvaldo Cruz. Em latim as palavras não são acentuadas. Em obras impressas, todo nome científico deve ser escrito em itálico. Cada Nível de táxon possui um sufixo específico. Táxon sufixo exemplo Espécie Rosa alba Gênero Rosa Tribo eae Roseae Família aceae Rosaceae Ordem ales Rosales Classe eae ou Dicotiledoneae opsida Magnoliopsida sub-divisão ae Angiospermae Divisão phyta Magnoliophyta Cada organismo deve ser reconhecido por uma designação BINOMINAL, onde o 1º indica o Gênero e o 2º seu epíteto específico. Exemplo: Mosca: Muscadomestica. Portanto a mosca pertence ao: Gênero Muscae à Espécie Musca domestica Apenas a primeira letra do gênero vem com letra maiúscula. O nome relativo à espécie deve ser um adjetivo escrito com inicial minúscula Exceção: -Quando for o caso de homenagem a nomes de pessoas. Ex. Trypanosoma Cruzi Pode se escrever o gênero de maneira abreviada (primeira letra maiúscula e ponto) a partir da segunda vez em que é citado no mesmo trabalho. Exemplo: C. odorata Quando a identificação de uma amostra é feita somente a nível de gênero acrescenta-se "sp." após o nome genérico. Exemplo: Virola sp. Quando cita-se uma característica presente em todas as espécies de um gênero pode se empregar a seguinte forma: Virolaspp. O "spp" após o gênero indica que se está se referindo a todas as espécies daquele gênero. A denominação é: - uninominal para o gênero - binominalpara a espécie e - trinominal para subespécie. Existem, por exemplo, três subespécies de emas: - Rhea americana alba (ema branca) - Rhea americana grises (ema cinzenta) - Rhea americana americana (ema grande dos EUA) 7

8 Após o nome científico ainda pode ser acrescido o nome ou a abreviação do autor que 1º o descreveu e o denominou, seguido de uma vírgula e a data em que o nome foi publicado pela primeira vez. Exemplo: Canis familiaris Lineu ou L., 1758 Quando 2 autores dividem a publicação original de uma nome científico, seus nomes são citados unidos pela expressão latina et ou pelo símbolográfico &. Exemplo: Bumelia obtusifolia Roem.& Schuet. Indica que a espécie foi descrita pelos botânicos: Johann Jacob Roemer(Suíça) e Joseph August Schuetes(Áustria). LeidaprioridadeouLeidaPrimazia: Se para um mesmo organismo forem dados nomes diferentes por autores diversos, prevalece a primeira denominação. Esta Lei determina como válido apenas o nome da primeira descrição correta de uma espécie. Os diversos outros nomes a ela atribuídos são, desta forma, considerados sinônimos sinonímia botânica. A sinonímia botânica: Muitas vezes resulta da atribuição de um novo nome a uma espécie já descrita anteriormente de forma válida. Este desconhecimento tem enriquecido sobremaneira a listas de sinônimos. Não raras espécies, contam com mais de 20 sinônimos para o nome científico adotado. Os casos mais notáveis ocorrem com plantas que exibem uma grande variação em seus caracteres vegetativos e reprodutivos, em vastas áreas de ocorrência natural. Sempre que certo organismo tiver o nome do gênero mudado, deve-se escrever o nome do gênero antigo entre parênteses, depois do novo gênero e antes da espécie. Exemplo: Ancylostoma (Agehylostoma) duodenale Também pode-se escrever entre parênteses, após o nome da espécie, o nome do primeiro autor e o ano em que deu o nome, seguido do nome do segundo autor e a data da denominação. Exemplo: Ancylostoma duodenale (Dubini, 1843) Creplin, 1845 Observação: Apesar da grande variedade de sistemas de classificação nenhum deles é perfeito. O conhecimento científico encontra-se em constante evolução pelo que nenhum sistema de classificação é definitivo. 8