Processamento de Imagens de Radar de Abertura Sintética Princípios e Aplicações

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Processamento de Imagens de Radar de Abertura Sintética Princípios e Aplicações"

Transcrição

1 Processamento de Imagens de Radar de Abertura Sintética Princípios e Aplicações LUCIANO VIEIRA. DUTRA 1,2 JOSÉ C. MURA 1 CORINA DA COSTA FREITAS 1 JOÃO ROBERTO DOS SANTOS 1 MARCOS TIMBÓ ELMIRO 2 1 Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPE Av. dos Astronautas, 1758, CP. 515, São José dos Campos, SP [dutra, mura,corina@dpi.inpe.br, jroberto@ltid.inpe.br 2 Dep. Cartografia UFMG Av. Antônio Carlos, 6657, Belo Horizonte, MG, mtimbo@igc.ufmg.br Resumo: Apresentam-se os princípios de aquisição e processamento de imagens de radar de abertura sintética (SAR) e de obtenção de modelos de elevação por técnica de Interferometria SAR. Alguns resultados recentes de utilização dos dados e das técnicas apontadas, aplicadas ao estudo de ambientes tropicais, são discutidos. 1 Introdução. Grande parte do esforço de pesquisa na área de sensoriamento remoto se concentra na tarefa de extração de informações de imagens obtidas por satélites orbitais. Este esforço é particularmente importante no caso de países com extensões continentais como é o caso do Brasil. Recentemente, satélites utilizando sensores nunca antes utilizados em missões orbitais civis tornaram-se operacionais. Este é o caso dos satélites que levam a bordo o sensor imageador ativo denominado radar de abertura sintética (SAR). Necessidades crescentes e complexas, que podem se utilizar das ferramentas de sensoriamento remoto como o monitoramento ambiental e modelagem ecológica da Amazônia, exigem o desenvolvimento de metodologias apropriadas, e que incluam estes novos sensores. Imageadores SAR, pela sua capacidade de aquisição independente de condições atmosféricas e penetração para além da camada superficial da cobertura vegetal, tem despertado o interesse da comunidade de Sensoriamento Remoto. Imagens SAR apresentam, no entanto, um ruído do tipo multiplicativo específico denominado "speckle", e condições geométricas especiais, que requerem estudos e desenvolvimentos especializados. O uso de conjuntos de imagens SAR obtidas de uma mesma região, num pequeno intervalo de tempo, permite também, com o auxílio de metodologia denominada Interferometria SAR (InSAR), a obtenção de modelos de elevação dos terrenos imageados. Apresentar-se-á, em seguida, os princípios de funcionamento e modelagem deste tipo de sensor e seus produtos, como as imagens amplitude e os modelos de elevação construídos por Interferometria SAR (InSAR). 2 Sensoriamento Remoto por Microondas e Sistemas de Radar SAR. A faixa de microondas é dividida em bandas, designadas por letras, e está mostrada em detalhes na Figura 1. Os sensores que operam nesta faixa possuem a grande vantagem de poderem adquirir dados independentemente da iluminação solar e de serem pouco influenciados pelas condições atmosféricas, uma vez que a transmitância atmosférica é praticamente inalterada para a faixa de microondas. Esta característica é particularmente interessante para regiões tropicais, onde sensores ópticos sofrem grande restrição devido à alta probabilidade de ocorrência de nuvens. Os radares imageadores compreendem os sistemas de antena rotatória e os de visada lateral (SLAR - Side Looking Airborne Radar). A definição de SLAR engloba dois tipos de radar: o de abertura real (RAR - Real Aperture Radar) e o de abertura sintética (SAR- Synthetic Aperture Rada.), sendo este último o foco deste trabalho.

2 Comprimento de onda 0,03 Å 0,3 Å 3 Å 3 nm 30 nm 300 nm 3000 nm 0,03 mm 0,3 mm 3 mm 30 mm 300 mm 3 m 30 m 300 m 3 km 30 km 3000 km Raio Gama Raio X UV V i s í v e l Infravermelho Radar Microondas Rádio Áudio Freqüência (Hz) Bandas P L S C X K Q V W Freqüência (GHz) Comp. de onda (cm) 0,39 1,55 3,9 5,75 10, ,3 1,0 3,0 10,0 30, ,0 0,3 Figura 1: - Espectro eletromagnético e bandas da região de microondas. Os processos de formação das imagens ópticas e de radar são muito distintos, assim como as características apresentadas por cada uma delas, uma vez que os sensores detectam informações diferentes. Na Figura 2 é mostrada uma imagem óptica do sensor TM-Landsat (composição colorida, com a banda 5 colocada no canal vermelho, a banda 4 no canal verde e a banda 3 no canal azul - 5R, 4G e 3B) adquirida em 29 de maio de 1993 e uma imagem SAR do satélite JERS-1 (banda L e polarização HH) obtida em 26 de junho de 1993, a fim de se evidenciar as diferenças na formação e entre as características de ambas. Na imagem do TM-Landsat, observa-se a influência das condições atmosféricas (nuvens) acarretando a perda de informação das áreas sob as nuvens e sob suas sombras. Já na imagem do JERS-1, não se nota a influência de nuvens e de suas sombras, porém quando esta imagem é comparada à imagem do TM-Landsat, ela é, de modo geral, visualmente menos rica em informação e detalhes, o que dificulta a interpretação visual desta imagem. Consideradas as significativas diferenças entre imagens ópticas e de radar, principalmente no que concerne ao comportamento dos dados, muitas das técnicas utilizadas no processamento de imagens ópticas não se adequam perfeitamente às imagens de radar. Portanto, para a extração de informações das imagens de radar se faz necessário o desenvolvimento de ferramentas (técnicas) específicas para a análise dos dados provenientes de radar, tais como filtros, segmentadores, classificadores, entre outras. Os sistemas de radar são, geralmente, compostos por um transmissor, um receptor, um modulador, um processador e uma antena. As principais características e propriedades da antena de um sistema de radar são: polarização, diagrama de radiação, largura de feixe, lóbulos laterais, diretividade, ganho, impedância de entrada, área de recepção e reciprocidade. A polarização é definida como a orientação segundo a qual oscila, no tempo, o vetor campo elétrico da onda eletromagnética. Esta orientação pode determinar uma polarização do tipo linear, circular ou elíptica. A polarização é dita linear quando a orientação do campo elétrico varia segundo uma linha reta, que pode ainda ser horizontal ou vertical. A onda eletromagnética é dita horizontalmente polarizada quando o vetor do campo elétrico é perpendicular ao plano de incidência da onda (plano que contém o vetor normal à superfície e o vetor de propagação da onda) ou de maneira geral, quando o vetor do campo elétrico é paralelo à superfície imageada. Usualmente, os sistemas de radar utilizam polarizações lineares paralelas, HH e VV, ou cruzadas, HV e VH (a primeira letra refere-se à polarização da radiação transmitida e a segunda à polarização da radiação recebida pela antena).

3 Figura 2: - Imagens óptica (TM-Landsat) e de radar (JERS-1). O imageamento por radar consiste da emissão de pulsos de microondas a intervalos regulares sobre a região de interesse e a recuperação dos sinais de retorno (ecos) provenientes desta região, à medida que o sensor se desloca. A recepção do sinal de retorno pode ser feita utilizando-se a mesma antena emissora (sistemas monoestáticos) ou uma segunda antena (sistemas biestáticos). A Figura 3 ilustra a geometria de imageamento de um SLAR, onde se destacam os principais parâmetros relacionados ao imageamento, tais como: ângulo de incidência e de visada, resoluções espaciais em ground range (direção no solo perpendicular à direção de vôo) e em slant range (direção oblíqua perpendicular à direção de vôo), área imageada, largura do feixe, entre outros. A resolução espacial (definida como a menor distância na qual se pode discriminar dois alvos) nos SLARs de abertura real é diferente para as direções paralela ao vôo (along track ou azimutal) e perpendicular ao vôo (cross track ou range). De acordo coma Figura 3 as resoluções espaciais no solo em azimute ( ρ ) e em range ( ρ ) são dadas por: λ ρ = h a " cos( θ ) e cτ ρ 2sen( θ ) r =, onde λ é o comprimento de onda (que é proporcional ao inverso da freqüência f utilizada, a r λ = c / f ), c é a velocidade da luz, h é a altura de vôo, " é o tamanho físico da antena, θ é o ângulo de visada e τ é a largura do pulso transmitido. Vale ressaltar que / " λ é aproximadamente igual à largura do feixe em azimute (β a ). Já estas resoluções, quando medidas em slant range, não possuem os termos dependentes do ângulo de visada que são utilizados para projetar as resoluções no solo. A resolução em range é diretamente proporcional à largura do pulso transmitido, enquanto que a resolução azimutal é inversamente proporcional ao tamanho da antena e diretamente proporcional à largura do feixe em azimute. O tamanho da antena determina a largura do feixe em azimute, portanto torna-se um fator limitante para a resolução azimutal. Para aumentar a resolução azimutal do RAR sem a necessidade de se aumentar o tamanho físico da antena, desenvolveu-se o SAR. A diferença entre o RAR e o SAR está basicamente no processamento do sinal retornado e na resolução azimutal dos dois sistemas. Segundo Di Cenzo (1981), o aumento da resolução em range é conseguido com a técnica de compressão de pulsos, sendo estes, normalmente, modulados linearmente em freqüência (processo conhecido como chirp). O SAR utiliza a informação de uma seqüência inteira de pulsos ao longo da direção azimutal (e não apenas um pulso como nos RARs) para produzir uma simples faixa imageada. O SAR usa o efeito Doppler (baseado no deslocamento da plataforma) e o histórico das mudanças de fase a ele associado para simular uma antena cujo comprimento é muitas vezes maior que o da antena real. Este processo é obtido eletronicamente, daí o termo "abertura sintética". A resolução azimutal no SAR é independente da largura do pulso transmitido e é aproximadamente igual à metade do tamanho físico da antena.

4 R θ Direção de vôo cτ/2 α β a h Range Near range Far range ρ a ρ r Largura da faixa imageada Azimute Figura 3: - Geometria de imageamento de um SLAR. Fonte: Adaptada de Trevett (1986), p. 29 Desta forma, considerando-se um mesmo tamanho físico da antena, o SAR possui resolução azimutal superior à do RAR. Contudo, aquele é consideravelmente mais complexo, tanto em termos de sua construção quanto em termos de processamento do sinal (Ulaby, 1982). Ao interessado em mais detalhes sobre os princípios básicos associados aos diferentes tipos de radar, recomenda-se a leitura de Di Cenzo (1981), Ulaby (1982), Trevett (1986), Ulaby e Elachi(1990). 3 Comportamento de Alvos A relação fundamental entre as características do sistema de radar, do alvo e do sinal que é transmitido pela antena, que interage com o alvo e novamente retorna para a antena, pode ser resumida através da equação de radar, que, para um sistema monoestático, pode ser definida como: 2 2 Pt λ G0σ Pr =, 3 4 (4π ) R P onde r é a potência média recebida pela antena, Pt é a potência transmitida, λ é o comprimento de onda, G 0 é o ganho máximo da antena, R é a distância entre a antena e o alvo (Figura 3), e σ 0 é o coeficiente de retroespalhamento (backscatter). Pode-se verificar que a potência recebida pela antena é diretamente proporcional ao coeficiente de retroespalhamento, que é o único parâmetro relacionado ao alvo; os demais parâmetros da equação podem ser reunidos, caracterizando o sistema de radar. Uma célula de resolução, representada na imagem pelo pixel, pode ser caracterizada por um conjunto de elementos difusores que, no caso da vegetação, ocupam um certo volume no espaço, distribuídos sobre uma superfície também difusora, representada pelo solo. O sinal de retorno, que chega até a antena proveniente desta célula de resolução, é resultante da soma das contribuições diretas de cada elemento difusor e da superfície, e das reflexões múltiplas entre estes. A Figura 4 mostra esquematicamente as contribuições de um dossel agrícola no retroespalhamento

5 c d e c Retroespalhamento direto das plantas d Retroespalhamento direto do solo (inclui 2 caminhos de atenuação pelo dossel) e Espalhamento múltiplo pelo solo e plantas Figura 4: - Contribuições no retroespalhamento de um dossel agrícola. 4 Imagens SAR: formação e modelagem estatística. A formação de uma imagem SAR requer o processamento coerente do sinal de retorno recebido após a emissão dos pulsos. O processamento do sinal é, geralmente, dividido em duas etapas: o processamento em range e o processamento em azimute. O sinal recebido (complexo) de cada pulso emitido é demodulado em fase (I) e quadratura (Q), amostrado (dada uma função de referência) e convertido para o formato digital (para formar uma seqüência de dados). A seqüência de dados formada é denominada range bin ou range gate e irá formar uma linha da imagem, com número de pixels dependente da taxa de amostragem empregada no sinal. Esta taxa de amostragem define o espaçamento entre centros de pixels (pixel spacing). À medida que o sensor se desloca (na direção azimutal), o processamento dos pulsos emitidos irá compor as colunas da imagem (processamento em azimute). Os SLARs, dada a sua geometria de imageamento e por medirem distâncias, podem gerar imagens com certas degradações. As principais degradações encontradas nas imagens de radar são as distorções geométrica e radiométrica. Dentre as distorções geométricas, podem-se citar as relativas às variações nos movimentos da plataforma, a intrínseca à geometria de imageamento e à formação das imagens, e as três principais referentes às dimensões dos alvos imageados: foreshortening (encurtamento), layover (superposição) e shadowing (sombreamento). Os dois tipos de distorções radiométricas mais comumente encontradas em imagens de radar são aquelas causadas pelo padrão de radiação da antena e pelo ruído speckle, que é inerente a sistemas que operam com iluminação coerente. O padrão de radiação da antena e a geometria de imageamento podem causar uma variação gradual do sinal de retorno na direção perpendicular ao vôo, podendo ser observada na imagem como valores de níveis de cinza mais altos próximos ao near range e mais baixos próximos ao far range. O speckle gera na imagem uma aparência granular (mudanças bruscas de níveis de cinza de um pixel para outro). Este ruído é causado pela característica coerente do sensor, pois a amplitude e fase do sinal de retorno são resultantes de uma soma vetorial (coerente) dos sinais de retorno de vários difusores contidos em cada célula de resolução. A fase de cada difusor está relacionada à distância entre o difusor e o sensor. Se o sensor se move, as fases dos difusores mudarão, acarretando uma alteração na amplitude total. Então, observações sucessivas da mesma área quando o sensor se move resultarão em diferentes valores de amplitude (ver Figura 2). Para boa parte dos pesquisadores da área, o modelo multiplicativo é o que melhor se adequa a esse tipo de dado, e portanto é o mais utilizado e aceito atualmente. Já para dados ópticos, o modelo mais adotado é o aditivo, onde o sinal recebido pode ser decomposto como uma soma de duas variáveis aleatórias (o sinal da cena somado a um ruído) Gaussianas independentes e identicamente distribuídas. No modelo multiplicativo, é considerado que o valor observado em cada pixel da imagem é uma variável aleatória (Z), resultante da multiplicação de outras duas variáveis aleatórias. Estas duas últimas variáveis são independentes, uma relacionada ao retroespalhamento do alvo (X) e outra representando o ruído speckle (Y) que corrompe o sinal recebido da cena. A variável X representa a raiz quadrada da refletividade do alvo que por sua vez é proporcional ao coeficiente de retroespalhamento e será denominada simplesmente como retroespalhamento. Desta forma, matematicamente tem-se Z = X Y, onde a variável aleatória X é sempre considerada real e positiva, enquanto que a variável aleatória Y pode ser complexa ou real e positiva, dependendo apenas do formato de representação dos dados. Este formato pode ser complexo,

6 de intensidade ou de amplitude e as variáveis aleatórias denotando cada um deles serão indexadas com as letras "C", "I" e "A", respectivamente. Assim, Z C representa o sinal de retorno complexo recebido, Z I a intensidade (potência) e Z A a amplitude deste sinal. De modo geral, denominar-se-á de retorno a variável Z. 5 Filtros para Imagens de RADAR Muitos filtros espaciais tem sido desenvolvidos para a redução do ruído Speckle e para o aumento da relação sinal-ruído, objetivando uma melhoria na separabilidade entre os alvos da superfície, com a mínima perda de informação. Assim sendo, é costume utilizar-se este tipo de filtragem para melhorar o aspecto visual das imagens de radar ou como um préprocessamento antes de submeter as imagens de radar aos algoritmos de segmentação de imagens. Os algoritmos de segmentação, especializados em separar objetos de uma cena, foram inicialmente desenvolvidos para imagens ópticas, que em geral contém menos ruído do que as imagens de radar, são do tipo aditivo e tem distribuição gaussiana. O filtro recomendado é o Filtro de Frost, que é um filtro convolucional linear, derivado da minimização do erro médio quadrático sobre o modelo multiplicativo do ruído. Neste filtro incorpora-se a dependência estatística do sinal original, uma vez que se supõe uma função de correlação espacial exponencial entre pixels. É um filtro adaptativo que preserva a estrutura de bordas. O modelo multiplicativo foi também utilizado para o desenvolvimento de classificadores pontuais especiais para o tratamento deste tipo de imagens. Novos algoritmos de segmentação, que levam em conta o modelo multiplicativo já foram desenvolvidos no exterior; estão sendo desenvolvidos na Divisão de Processamento de Imagens do INPE, mas não estão ainda disponíveis comercialmente.. 6 Interferometria SAR. Interferometria SAR é uma técnica que utiliza um par de imagens SAR no formato complexo, de amplitude e fase, para gerar uma terceira imagem complexa, dita imagem interferométrica, cuja fase de cada pixel, dita fase interferométrica, é formada pela diferença de fase entre os pixels correspondentes as duas imagens originais. A fase de cada pixel da imagem interferométrica está relacionada com a elevação do terreno, correspondente a célula de resolução no solo, possibilitando com isso a geração de um Modelo Numérico de Terreno (MNT). A Figura 5 ilustra o processo de aquisição das imagens para a geração da fase interferométrica, através do uso duas antenas na mesma plataforma, separadas por uma distância chamada de linha-base (B). A imagem de fase interferométrica, também conhecida como interferograma, apresenta padrões do tipo franjas, devido ao caráter cíclico da fase (módulo de 2π ). A Figura 6 ilustra a obtenção do interferograma. Figura 5: Modo de aquisição utilizando duas antenas Imagem Complexa 1

7 Anais do IV Workshop em Tratamento de Imagens, NPDI/DCC/ICEx/UFMG, p. 4-13, Junho de Interferograma (fase relativa a 2π ) Imagem Complexa 2 Figura 6: Esquema de obtenção do Interferograma Para que a fase interferométrica possa ser utilizada na geração de MNT, o seu caráter cíclico deve ser removido, ou seja, é necessário transformar a fase relativa (módulo de 2π ) em fase absoluta, este processo é chamado de phaseunwrapping (Goldstein e Zebker, 88). A Figura 7 ilustra graficamente o processo de phase-unwrapping da fase interferométrica em corte e a Figura 8, o phase-unwrapping em formato de imagem altimétrica. Figura 7: Ilustração do processo de phase unwrapping em corte.

8 Anais do IV Workshop em Tratamento de Imagens, NPDI/DCC/ICEx/UFMG, p. 4-13, Junho de Interferograma Fase absoluta Figura 8 - Ilustração do phase unwrapping 7 Alguns resultados. O INPE, em conjunto com a diretoria de Serviço Geográfico do Exército e a firma AeroSensing GmbH, firma essa que nasceu no seio da Agencia Espacial da Alemanha (DLR), promoveu em Setembro de 2000, uma missão na região do rio Tapajós, Pará, para aquisição de pares interferométricos em Bandas P e X com o uso do radar SAR aerotransportado AeS1 desta firma. A figura 9 apresenta um parte da região imageada nas bandas X e P respectivamente, com espaçamento entre pixels de 2,5m. Experiências em florestas temperadas indicam que o radar P penetra a floresta até o solo, permitindo em seu modo interferométrico, a aquisição de modelos digitais de elevação (MDE) no nível do solo (Figura 10). Os vetores superpostos às figuras representam as estradas da região, cujas coordenadas e elevação forma medidas por GPS. Os pares interferométricos em Banda X observam o MDE do topo da floresta. Observa a superfície portanto, dando origem ao Modelo Digital de Superfície (MDS). A diferença MDS-MDE é o Modelo Digital de Altura (MDA) da floresta. A figura 11 apresenta um trecho de composição colorida de imagem TM coletada na mesma época, reamostrada para 2,5 m e um trecho do MDA da mesma área. Figura 9: Trechos da região imageada nas bandas X e P (HH)

9 Figura 10: - Modelo de Elevação gerado por InSAR Banda P para a região da Floresta Nacional do Tapajós. Figura 11: Composição colorida TM e Modelo Digital de Altura relativos ao trecho da figura 9. A Figura 12 apresenta a comparação das alturas médias de vários locais de vegetação rasteira ou regeneração nova e as alturas médias de árvores, em floresta primária, maiores que 21m comparada com as alturas médias do MDA nas mesmas regiões onde foram feitas as medidas em campo. Nota-se uma boa correlação entre as medidas de campo e o que se mede no MDA, construído, neste caso, integralmente por dados de sensoriamento remoto. A precisão tanto do Modelo de Elevação quanto do Modelo de Superfície na região mediram no entorno do desvio padrão de +- 5m, quando comparados com dados de altitude medidos por GPS diferencial. 8 Considerações finais. A disponibilidade de imagens de radar de abertura sintética ampliou a possibilidade de utilização de dados de sensoriamento remoto para avaliação de recursos naturais, ainda mais que novos sensores totalmente polarimétricos e com maior resolução serão lançados em futuro próximo. Aí se inclui o projeto brasileiro de radar na banda L, o MapSar. Para a utilização eficiente desses novos tipos de dados é necessária a divulgação da natureza e das ferramentas necessárias para sua correta utilização e a continuidade da pesquisa para a melhoria constante das técnicas disponíveis.

10 Figura 12: Comparação entre parâmetros da floresta e média sobre as mesmas regiões no MDA 9 Referências DI CENZO, A. Synthetic aperture radar and digital processing: an introduction. Pasadena, CA, JPL, Feb (JPL Publication). GOLDSTEIN, R. M.; ZEBKER, H. E WERNER, C. L., Satellite radar interferometry: Two-dimentional phase unwrapping, Radio Science, Vol. 23, No. 4, pg , August, 1988 TREVETT, J.W. Imaging radar for resources surveys. New York, NY, Chapman and Hall, p. ULABY, F.T. Radar signature of terrain: useful monitors of renewable resources. Proceedings of IEEE, 70(12): , Dec ULABY, F.T.; ELACHI, C. Radar polarimetriy for geoscience applications. Norwood: Artech House, p.

Formação de Imagens de SAR

Formação de Imagens de SAR Formação de Imagens de SAR Natural Resources Ressources naturelles Canada Canada Formação de Imagens de SAR -Tópicos- Princípios e Geometria de SAR Equação de Radar Antenas, Polarização, Ganho da antena,

Leia mais

Aula 6 - Processamento de Imagens de Radar

Aula 6 - Processamento de Imagens de Radar Aula 6 - Processamento de Imagens de Radar 1. Eliminação de Ruído Speckle A qualidade radiométrica do dado SAR é afetada por fatores inerentes ao instrumento, bem como à geometria de iluminação. As duas

Leia mais

PROCESSAMENTO DE IMAGENS SAR AULA 13

PROCESSAMENTO DE IMAGENS SAR AULA 13 PROCESSAMENTO DE IMAGENS SAR AULA 13 Prof. Daniel C. Zanotta Daniel C. Zanotta 18/08/2016 RADAR RADIO DETECTION AND RANGING (DETECÇÃO E LOCALIZAÇÃO POR MEIO DE ONDAS DE RADIO) SENSOR ÓPTICO: CAPTA A RADIAÇÃO

Leia mais

PROCESSAMENTO DE IMAGENS SAR AULA 14

PROCESSAMENTO DE IMAGENS SAR AULA 14 PROCESSAMENTO DE IMAGENS SAR AULA 14 Prof. Daniel C. Zanotta Daniel C. Zanotta 29/08/2017 RADAR RADIO DETECTION AND RANGING (DETECÇÃO E LOCALIZAÇÃO POR MEIO DE ONDAS DE RADIO) SENSOR ÓPTICO: CAPTA A RADIAÇÃO

Leia mais

Imagens Ópticas QUAL O PROBLEMA DESTA CENA...? 3B 4G 5R Sul de Santarém Pará. TM/Landsat

Imagens Ópticas QUAL O PROBLEMA DESTA CENA...? 3B 4G 5R Sul de Santarém Pará. TM/Landsat Radar imageador Imagens Ópticas QUAL O PROBLEMA DESTA CENA...? TM/Landsat 3B 4G 5R Sul de Santarém Pará Imagens de Radar E QUAL O PROBLEMA DESTA CENA...? JERS-1 SAR Banda L (23 cm) Radar Conceito O termo

Leia mais

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016

Sensoriamento remoto 1. Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016 Sensoriamento remoto 1 sistemas ativos Prof. Dr. Jorge Antonio Silva Centeno Universidade Federal do Paraná 2016 SISTEMAS ATIVOS Sumário: RADAR Princípio de funcionamento RADAR de abertura sintética -

Leia mais

Interferometria de imagens SAR

Interferometria de imagens SAR 3 - Cartografia InSAR Aquisição dos dados: Link de radio GP SINS GP S Dados de Navegação (DGPS+INS) Vetor de estado da plataforma r r, ( V P ) Conceitos e Ferramentas para Análise de Imagens de Radar de

Leia mais

SENSORIAMENTO REMOTO DOS OCEANOS

SENSORIAMENTO REMOTO DOS OCEANOS SENSORIAMENTO REMOTO DOS OCEANOS ESCATERÔMETROS Princípios e Aplicações Prof. João A. Lorenzzetti Qual é a importância de se medir o vento marinho? Gerador das ondas oceânicas; O vento é um dos principais

Leia mais

PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS

PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS DISCIPLINA: LEB450 TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO II PROF. DR. CARLOS ALBERTO VETTORAZZI

Leia mais

Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica. Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista

Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica. Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista Sensoriamento Remoto I Engenharia Cartográfica Prof. Enner Alcântara Departamento de Cartografia Universidade Estadual Paulista 2016 Coleta de dados de sensoriamento remoto A quantidade de radiação eletromagnética,

Leia mais

Geração de mapas de altitude por sensoriamento remoto. Imagens do Óptico Imagens InSAR

Geração de mapas de altitude por sensoriamento remoto. Imagens do Óptico Imagens InSAR Geração de mapas de altitude por sensoriamento remoto Imagens do Óptico Imagens InSAR Geração de MNT Num passado não muito distante: Digitalizava-se as curvas de nível para então gerar imagem sintética

Leia mais

Geomática e SIGDR aula teórica 27 21/05/2013. Sistemas activos de detecção remota

Geomática e SIGDR aula teórica 27 21/05/2013. Sistemas activos de detecção remota Geomática e SIGDR aula teórica 27 21/05/2013 Sistemas activos de detecção remota Manuel Campagnolo ISA Manuel Campagnolo (ISA) Geomática e SIGDR 2012 2013 21/05/2013 1 / 22 Sistema activos de detecção

Leia mais

José Alberto Quintanilha Mariana Giannotti

José Alberto Quintanilha Mariana Giannotti José Alberto Quintanilha jaquinta@usp.br Mariana Giannotti mariana.giannotti@usp.br Estrutura da Aula Momento Satélite (Apresentação de um novo satélite a cada aula) O que é uma imagem de satélite? O histograma

Leia mais

Polarimetria de Radar. Natural Resources Ressources naturelles Centro Canadiense de Sensoriamento Remoto, Ministerio de Recursos Naturales de Canadá

Polarimetria de Radar. Natural Resources Ressources naturelles Centro Canadiense de Sensoriamento Remoto, Ministerio de Recursos Naturales de Canadá Polarimetria de Radar Natural Resources Ressources naturelles Canada Canada Polarimetria de Radar Polarimetria é a ciência que utiliza medidas da matriz de dispersão de polarização total para inferir propriedades

Leia mais

Definição de sensoriamento remoto. Professor: Enoque Pereira da Silva

Definição de sensoriamento remoto. Professor: Enoque Pereira da Silva Definição de sensoriamento remoto Professor: Enoque Pereira da Silva Definição de sensoriamento remoto Sensoriamento remoto é um termo utilizado na área das ciências aplicadas que se refere à obtenção

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS II WORKSHOP PROJETO SERRA DO MAR AVALIAÇÃO DOS DADOS DO RADAR METEOROLÓGICO DE SÃO ROQUE UTILIZANDO INFORMAÇÕES DO RADAR DE

Leia mais

Cobertura terrestre. Visada do satélite, Visada da estação e Período de eclipse do satélite CTEE 1

Cobertura terrestre. Visada do satélite, Visada da estação e Período de eclipse do satélite CTEE 1 Cobertura terrestre Visada do satélite, Visada da estação e Período de eclipse do satélite CTEE 1 Um satélite de imageamento é responsável pela cobertura de uma determinada área da Terra. Esta área de

Leia mais

O resultado é uma série de "fatias" da superfície, que juntas produzem a imagem final. (Exemplo: o radiômetro dos satélites NOAA gira a uma

O resultado é uma série de fatias da superfície, que juntas produzem a imagem final. (Exemplo: o radiômetro dos satélites NOAA gira a uma Sensores e Satélites Para que um sensor possa coletar e registrar a energia refletida ou emitida por um objeto ou superfície, ele tem que estar instalado em uma plataforma estável à distância do objeto

Leia mais

SENSORIAMENTO REMOTO: CONCEITOS, TENDÊNCIAS E APLICAÇÕES. Imagens de Satélites Orbitais

SENSORIAMENTO REMOTO: CONCEITOS, TENDÊNCIAS E APLICAÇÕES. Imagens de Satélites Orbitais Distribuidor Erdas e RapidEye no Brasil SENSORIAMENTO REMOTO: CONCEITOS, TENDÊNCIAS E APLICAÇÕES Imagens de Satélites Orbitais Contato: Santiago & Cintra Consultoria E-mail: contato@sccon.com.br Fone:

Leia mais

Fundamentos de Sensoriamento Remoto

Fundamentos de Sensoriamento Remoto UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: Geoprocessamento para aplicações ambientais e cadastrais Fundamentos de Sensoriamento Remoto Profª. Adriana

Leia mais

PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS. Thales Sehn Körting

PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS. Thales Sehn Körting PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS Thales Sehn Körting 2 Por que processar as imagens? Objetivo Identificar e extrair informações da imagem Transformar a imagem (aumentar o contraste, realçar bordas) de

Leia mais

Sensoriamento Remoto. Prof. Enoque Pereira da Silva

Sensoriamento Remoto. Prof. Enoque Pereira da Silva Sensoriamento Remoto Prof. Enoque Pereira da Silva Radiação Eletromagnética (REM) Radiação Eletromagnética (REM) REM pode se deslocar no vácuo, ou seja, não precisa de um material (corda) Todo corpo acima

Leia mais

Qualidade Radiométrica das Imagens Sensor ADS40

Qualidade Radiométrica das Imagens Sensor ADS40 Qualidade Radiométrica das Imagens Sensor ADS40 O sensor ADS40 (Airborne Digital Sensor) é um Sensor Digital Linear de alta resolução geométrica e radiométrica desenvolvido pela Leica Geosystems. O sensor

Leia mais

INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO

INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS DISCIPLINA: LEB450 TOPOGRAFIA E GEOPROCESSAMENTO II PROF. DR. CARLOS ALBERTO VETTORAZZI

Leia mais

INTRODUÇÃO AO PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS SENSORIAMENTO REMOTO

INTRODUÇÃO AO PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS SENSORIAMENTO REMOTO INTRODUÇÃO AO PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS SENSORIAMENTO REMOTO PROCESSAMENTO DE IMAGENS Introdução Conceitos básicos Pré-processamento Realce Classificação PROCESSAMENTO DE IMAGENS Extração de Informações

Leia mais

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO DIVISÃO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO DIVISÃO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SENSORIAMENTO REMOTO DIVISÃO DE PROCESSAMENTO DE IMAGENS SER-300: INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO Laboratório II: Cartografia em GIS/Registro

Leia mais

Sensoriamento Remoto: Sistemas de imageamento e níveis de aquisição de dados. Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho.

Sensoriamento Remoto: Sistemas de imageamento e níveis de aquisição de dados. Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho. Sensoriamento Remoto: Sistemas de imageamento e níveis de aquisição de dados Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho. Recapitulando... Os sensores podem ser: Imageadores ou Não-imageadores

Leia mais

Otimização da coerência de imagens SAR interferométricas e polarimétricas na banda P em áreas de floresta. José Claudio Mura

Otimização da coerência de imagens SAR interferométricas e polarimétricas na banda P em áreas de floresta. José Claudio Mura Otimização da coerência de imagens SAR interferométricas e polarimétricas na banda P em áreas de floresta. José Claudio Mura Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE Caixa Postal 55-45-970 - São

Leia mais

FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS SENSORIAMENTO REMOTO E AEROFOTOGRAMETRIA REVISÃO DE CONTEÚDO. Prof. Marckleuber

FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS SENSORIAMENTO REMOTO E AEROFOTOGRAMETRIA REVISÃO DE CONTEÚDO. Prof. Marckleuber FACULDADE DE ENGENHARIA DE MINAS GERAIS SENSORIAMENTO REMOTO E AEROFOTOGRAMETRIA - 2011 REVISÃO DE CONTEÚDO Prof. Marckleuber -Diferença: Imagem de satélite X fotografia aérea -Satélite X Sensor X Radar

Leia mais

O resultado é uma série de "fatias" da superfície, que juntas produzem a imagem final. (Exemplo: o radiômetro dos satélites NOAA gira a uma

O resultado é uma série de fatias da superfície, que juntas produzem a imagem final. (Exemplo: o radiômetro dos satélites NOAA gira a uma Sensores e Satélites Para que um sensor possa coletar e registrar a energia refletida ou emitida por um objeto ou superfície, ele tem que estar instalado em uma plataforma estável à distância do objeto

Leia mais

Pierre Moura Antonio Henrique Correia

Pierre Moura Antonio Henrique Correia Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, Curitiba, PR, Brasil, 30 de abril a 05 de maio de 2011, INPE p.8272 Utilização de Imagens Interferométricas SAR na banda X para Estimativa da

Leia mais

COMPORTAMENTO ESPECTRAL DE ALVOS

COMPORTAMENTO ESPECTRAL DE ALVOS COMPORTAMENTO ESPECTRAL O que é? DE ALVOS É o estudo da Reflectância espectral de alvos (objetos) como a vegetação, solos, minerais e rochas, água Ou seja: É o estudo do da interação da REM com as substâncias

Leia mais

Fundamentos do processamento interferométrico de dados de radar de abertura sintética

Fundamentos do processamento interferométrico de dados de radar de abertura sintética Fundamentos do processamento interferométrico de dados de radar de abertura sintética Letícia Nalin Alves Maurício Galo Maria de Lourdes Bueno Trindade Galo Universidade Estadual Paulista FCT/UNESP Mestranda

Leia mais

Sistemas Sensores Ativos. Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Sistemas Sensores Ativos. Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Sistemas Sensores Ativos Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Sistemas Sensores Sensoriamento Remoto Sistema de Sensores Ativos Não dependem de uma fonte externa de energia:

Leia mais

SENSORIAMENTO REMOTO INTRODUÇÃO E ÍNDICES DE VEGETAÇÃO

SENSORIAMENTO REMOTO INTRODUÇÃO E ÍNDICES DE VEGETAÇÃO SENSORIAMENTO REMOTO INTRODUÇÃO E ÍNDICES DE VEGETAÇÃO Paulo Guilherme Molin, MSc Prof. Silvio F. de Barros Ferraz Prof. Carla Cassiano Laboratório de Hidrologia Florestal Departamento de Ciências Florestais

Leia mais

Satélites e Sensores. Profa. Ligia Flávia Antunes Batista

Satélites e Sensores. Profa. Ligia Flávia Antunes Batista Satélites e Sensores Profa. Ligia Flávia Antunes Batista Referências Slides baseados em: Geomática Aplicada à Gestão de Recursos Hídricos. PROF. ALEXANDRE ROSA DOS SANTOS. UNIVERSIDADE FEDERAL DOS ESPÍRITO

Leia mais

Satélites e Sensores Orbitais

Satélites e Sensores Orbitais Satélites e Sensores Orbitais Satélites de monitoramento da superfície da Terra: série LANDSAT e CBERS Satélites meteorológicos: série NOAA Polar Altitude de 250 a 800 Km Direção Norte-Sul Tipos de Órbitas

Leia mais

PARTE 3: COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE AULA 18: ANTENAS. Sistemas de Telecomunicações II Prof. Flávio Ávila

PARTE 3: COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE AULA 18: ANTENAS. Sistemas de Telecomunicações II Prof. Flávio Ávila PARTE 3: COMUNICAÇÃO POR SATÉLITE AULA 18: ANTENAS Sistemas de Telecomunicações II Prof. Flávio Ávila Antenas nas estações terrenas 2 Três classes principais Antenas cornetas (Horn Antenna) Rede de antenas

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens 1 Ciência da Computação Processamento Digital de Imagens Prof. Sergio Ribeiro Tópicos Introdução Espectro Eletromagnético Aquisição e de Imagens Sensoriamento Remoto 2 Introdução Espectro Eletromagnético

Leia mais

Processamento Digital de Imagens

Processamento Digital de Imagens Ciência da Computação Processamento Digital de Imagens Prof. Sergio Ribeiro Tópicos Introdução Espectro Eletromagnético Aquisição e Digitalização de Imagens Efeitos da Digitalização Digitalização Sensoriamento

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Pivôs centrais são sistemas circulares de irrigação bastante utilizados no Brasil para produção de grãos, sementes, gramas e hortaliças, entre outros produtos. Considerando-se

Leia mais

Radiômetros imageadores

Radiômetros imageadores Universidade Federal de Campina Grande Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar Radiômetros imageadores Professora Valéria Peixoto Borges I. SISTEMAS FOTOGRÁFICOS Levantamento aerofotogramétrico.

Leia mais

Métodos Reflectométricos. João Francisco Galera Monico Setembro 2016

Métodos Reflectométricos. João Francisco Galera Monico Setembro 2016 Métodos Reflectométricos João Francisco Galera Monico Setembro 2016 Introdução Nos métodos de ocultação, pode ocorrer do raio penetrar tão profundamente na atmosfera que ele toca na superfície terrestre,

Leia mais

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Módulo II Fenômenos de Propagação Efeitos da Refração na Propagação Fenômenos de Propagação Quando uma onda se propaga e encontra certo meio, como um obstáculo

Leia mais

5 Configurações 3D (5.1) onde (5.2) (5.3)

5 Configurações 3D (5.1) onde (5.2) (5.3) 5 Configurações 3D Neste capítulo, o modelo proposto descrito no capítulo 2 será usado para analisar os efeitos do terreno irregular. O terreno irregular, representando configurações tridimensionais hipotéticas,

Leia mais

INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO. Daniel C. Zanotta

INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO. Daniel C. Zanotta INTRODUÇÃO AO SENSORIAMENTO REMOTO Daniel C. Zanotta O que é Sensoriamento Remoto? Arte e ciência da obtenção de informação sobre um objeto sem contato físico direto com o objeto. É a tecnologia científica

Leia mais

1 O canal de comunicação radiomóvel

1 O canal de comunicação radiomóvel 1 O canal de comunicação radiomóvel O projeto de sistemas de comunicações sem fio confiáveis e de alta taxa de transmissão continua sendo um grande desafio em função das próprias características do canal

Leia mais

Radar Meteorológico: Teoria, Conceitos e Aplicações. Carlos Frederico de Angelis

Radar Meteorológico: Teoria, Conceitos e Aplicações. Carlos Frederico de Angelis Radar Meteorológico: Teoria, Conceitos e Aplicações Carlos Frederico de Angelis 1 Introdução: Radar (radio detection and ranging) tem sido utilizado de forma genérica para classificar os sistemas de transferência

Leia mais

Notas de Aula de Fotogrametria III Imagens SAR Synthetic Aperture RADAR: princípios e técnicas de processamento. Presidente Prudente 2018

Notas de Aula de Fotogrametria III Imagens SAR Synthetic Aperture RADAR: princípios e técnicas de processamento. Presidente Prudente 2018 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO Faculdade de Ciências e Tecnologia Notas de Aula de Fotogrametria III Imagens SAR Synthetic Aperture RADAR: princípios e técnicas de processamento

Leia mais

Aula 2 - Sensoriamento Remoto: Espectro eletromagnético; principais sensores. Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho.

Aula 2 - Sensoriamento Remoto: Espectro eletromagnético; principais sensores. Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho. Aula 2 - Sensoriamento Remoto: Espectro eletromagnético; principais sensores Patricia M. P. Trindade; Douglas S. Facco; Waterloo Pereira Filho. Espectro eletromagnético É o intervalo de todos os possíveis

Leia mais

Geoprocessamento e sensoriamento remoto como ferramentas para o estudo da cobertura vegetal. Iêdo Bezerra Sá

Geoprocessamento e sensoriamento remoto como ferramentas para o estudo da cobertura vegetal. Iêdo Bezerra Sá Geoprocessamento e sensoriamento remoto como ferramentas para o estudo da cobertura vegetal. Iêdo Bezerra Sá Engº Florestal, D.Sc. Sensoriamento Remoto/Geoprocessamento, Pesquisador Embrapa Semi-Árido

Leia mais

Cap Ondas Eletromagnéticas

Cap Ondas Eletromagnéticas Cap. 33 - Ondas Eletromagnéticas Espectro EM; Descrição de onda EM; Vetor de Poynting e Transferência de energia; Polarização; ; Polarização e Reflexão. Espectro EM Onda: flutuação/oscilação de alguma

Leia mais

Tópicos avançados em sistemas de telecomunicações. Renato Machado

Tópicos avançados em sistemas de telecomunicações. Renato Machado Renato Machado UFSM - Universidade Federal de Santa Maria DELC - Departamento de Eletrônica e Computação renatomachado@ieee.org renatomachado@ufsm.br Santa Maria, 14 de Março de 2012 Sumário 1 2 3 4 5

Leia mais

GEOPROCESSAMENTO. Bases conceituais e teóricas. Prof. Luiz Henrique S. Rotta

GEOPROCESSAMENTO. Bases conceituais e teóricas. Prof. Luiz Henrique S. Rotta 1 GEOPROCESSAMENTO Bases conceituais e teóricas Prof. Luiz Henrique S. Rotta GEOPROCESSAMENTO Disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação

Leia mais

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina

Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Propagação Radioelétrica 2017/II Profa. Cristina Módulo II Fenômenos de Propagação Efeitos da Reflexão na Propagação Reflexão Ocorre quando uma onda EM incide em uma superfície refletora. Parte da energia

Leia mais

Sistemas Irradiantes Otimizando Soluções. SET Nordeste Fortaleza - CE. José Elias 2016

Sistemas Irradiantes Otimizando Soluções. SET Nordeste Fortaleza - CE. José Elias 2016 Sistemas Irradiantes Otimizando Soluções SET Nordeste 2016 Fortaleza - CE José Elias 2016 Otimizar Economizar (investimentos, energia, manutenção...) Aumentando o Ganho de Antena e diminuindo potência

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS FUNDAMENTOS DO SENSORIAMENTO REMOTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS FUNDAMENTOS DO SENSORIAMENTO REMOTO UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS FUNDAMENTOS DO SENSORIAMENTO REMOTO Prof. Dr. Richarde Marques Satélite Radiação solar refletida Atmosfera

Leia mais

09/03/2017. O que é Sensoriamento Remoto? Tipos de Sensoriamento Remoto REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Satélites.

09/03/2017. O que é Sensoriamento Remoto? Tipos de Sensoriamento Remoto REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Satélites. REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO Daniel C. Zanotta 09/03/2017 O que é Sensoriamento Remoto? Arte e ciência da obtenção de informações sobre um objeto, através de radiação eletromagnética, sem contato

Leia mais

Mapeamento do uso do solo para manejo de propriedades rurais

Mapeamento do uso do solo para manejo de propriedades rurais 1/45 Mapeamento do uso do solo para manejo de propriedades rurais Teoria Eng. Allan Saddi Arnesen Eng. Frederico Genofre Eng. Marcelo Pedroso Curtarelli 2/45 Conteúdo programático: Capitulo 1: Conceitos

Leia mais

Sensoriamento remoto por RADAR no estudo da vegetação Dra. Tatiana Mora Kuplich

Sensoriamento remoto por RADAR no estudo da vegetação Dra. Tatiana Mora Kuplich Sensoriamento remoto por RADAR no estudo da vegetação Dra. Tatiana Mora Kuplich tatiana.kuplich@inpe.br Justificativa Dada a maior disponibilidade de imagens orbitais de radar, algumas gratuitas, a comunidade

Leia mais

Fundamentos do Sensoriamento Remoto. Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Fundamentos do Sensoriamento Remoto. Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Fundamentos do Sensoriamento Remoto Disciplina: Sensoriamento Remoto Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Fundamentos do Sensoriamento Remoto Procedimentos destinados a obtenção de imagens mediante o registro

Leia mais

INPE eprint: v João Vianei Soares Fundamentos de Radar Página nº 36. Reflexão tipo Fresnel.

INPE eprint: v João Vianei Soares Fundamentos de Radar Página nº 36. Reflexão tipo Fresnel. INPE eprint: sidinpebr/eprint@80/006/08071547 v1 006-08-08 João Vianei Soares Fundamentos de Radar Página nº 36 Reflexão tipo Fresnel P i θ i θ r P r ar superfície lisa desvio máximo λ/8 sólido θ t P t

Leia mais

MODELO DIGITAL DE TERRENO II

MODELO DIGITAL DE TERRENO II Geoprocessamento Graduação em Geografia 4º ano / 1º Semestre Profa. Dra. Fernanda Sayuri Yoshino Watanabe Departamento de Cartografia fernanda.watanabe@unesp.br 2019 MODELO DIGITAL DE TERRENO II TRABALHANDO

Leia mais

DETERMINAÇÃO DO OFFSET DE FASE EM IMAGENS INTERFEROMÉTRICAS USANDO LINHAS BASE NÃO COLINEARES

DETERMINAÇÃO DO OFFSET DE FASE EM IMAGENS INTERFEROMÉTRICAS USANDO LINHAS BASE NÃO COLINEARES sid.inpe.br/mtc-m19/2012/09.14.13.48-ntc DETERMINAÇÃO DO OFFSET DE FASE EM IMAGENS INTERFEROMÉTRICAS USANDO LINHAS BASE NÃO COLINEARES Leonardo Sant Anna Bins URL do documento original:

Leia mais

1.1 Breve Histórico OFDM

1.1 Breve Histórico OFDM 1 Introdução 1.1 Breve Histórico OFDM O OFDM, do inglês Orthogonal Frequency Division Multiplexing, que pode ser visto como uma evolução do FDM (Frequency Division Multiplexing), é uma técnica de transmissão

Leia mais

Questões concursos

Questões concursos Questões concursos Grandezas radiométricas Índices de vegetação Classificação Concurso Público para Pesquisador do IMB Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos 25. A

Leia mais

O Eletromagnetismo é um ramo da física ou da engenharia elétrica onde os fenômenos elétricos e magnéticos são estudados.

O Eletromagnetismo é um ramo da física ou da engenharia elétrica onde os fenômenos elétricos e magnéticos são estudados. 1. Análise Vetorial O Eletromagnetismo é um ramo da física ou da engenharia elétrica onde os fenômenos elétricos e magnéticos são estudados. Os princípios eletromagnéticos são encontrados em diversas aplicações:

Leia mais

Avaliação Parcial 01 - GABARITO Questões Bate Pronto. As questões 1 a 23 possuem apenas uma alternativa correta. Marque-a.

Avaliação Parcial 01 - GABARITO Questões Bate Pronto. As questões 1 a 23 possuem apenas uma alternativa correta. Marque-a. Avaliação Parcial 01 - GABARITO Questões Bate Pronto. As questões 1 a 23 possuem apenas uma alternativa correta. Marque-a. 1) A água reflete muita radiação no infravermelho próximo. (5 pontos) 2) A radiação

Leia mais

EEC4262 Radiação e Propagação. Lista de Problemas

EEC4262 Radiação e Propagação. Lista de Problemas Lista de Problemas Parâmetros fundamentais das antenas 1) Uma antena isotrópica no espaço livre produz um campo eléctrico distante, a 100 m da antena, de 5 V/m. a) Calcule a densidade de potência radiada

Leia mais

Energia Eletromagnética. Q = h.c/λ. c = λ. f A energia eletromagnética se propaga. Q = h. f. Teoria Ondulatória. Teoria Corpuscular (Planck-Einstein)

Energia Eletromagnética. Q = h.c/λ. c = λ. f A energia eletromagnética se propaga. Q = h. f. Teoria Ondulatória. Teoria Corpuscular (Planck-Einstein) Energia Eletromagnética Teoria Ondulatória (Huygens-Maxwell) c = λ. f A energia eletromagnética se propaga seguindo um modelo harmônico e contínuo na velocidade da luz, em dois campos ortogonais, um elétrico

Leia mais

TECNOLOGIA DE AEROLEVANTAMENTO COM RADAR ORBISAR 2013 ORBISAT INDUSTRIA S.A.

TECNOLOGIA DE AEROLEVANTAMENTO COM RADAR ORBISAR 2013 ORBISAT INDUSTRIA S.A. TECNOLOGIA DE AEROLEVANTAMENTO COM RADAR ORBISAR 2013 ORBISAT INDUSTRIA S.A. SOBRE A ORBISAT SOBRE A ORBISAT A OrbiSat Indústria S.A., composta pelas áreas de sensoriamento remoto e defesa, é uma empresa

Leia mais

3 Propagação de Ondas Milimétricas

3 Propagação de Ondas Milimétricas 3 Propagação de Ondas Milimétricas O desempenho de sistemas de comunicação sem fio depende da perda de propagação entre o transmissor e o receptor. Ao contrário de sistemas cabeados que são estacionários

Leia mais

Simulação MAPSAR para distinguir culturas agrícolas. Bernardo F. T. Rudorff Wagner Fernando da Silva Divisão de Sensoriamento Remoto INPE

Simulação MAPSAR para distinguir culturas agrícolas. Bernardo F. T. Rudorff Wagner Fernando da Silva Divisão de Sensoriamento Remoto INPE Simulação MAPSAR para distinguir culturas agrícolas Bernardo F. T. Rudorff Wagner Fernando da Silva Divisão de Sensoriamento Remoto INPE Brigada de Pombos 1903 TIROS-1 01/04/1960 Landsat 1 Landsat 2 1972

Leia mais

6 APLICAÇÃO DOS MODELOS DESENVOLVIDOS

6 APLICAÇÃO DOS MODELOS DESENVOLVIDOS 6 APLICAÇÃO DOS MODELOS DESENVOLVIDOS Os modelos desenvolvidos neste trabalho têm aplicação importante no planejamento e dimensionamento de sistemas sem fio que operam em freqüências superiores a 10 GHz

Leia mais

d = t sen (θ a θ b ). b

d = t sen (θ a θ b ). b Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física IV 019/1 Lista de Exercícios do Capítulo Propriedades da Luz Professor Carlos Zarro 1) Três espelhos interceptam-se em ângulos retos. Um

Leia mais

RADARSAT-1. Ressources naturelles Natural Resources Centro Canadiense de Sensoriamento Remoto, Ministerio de Recursos Naturales de Canadá

RADARSAT-1. Ressources naturelles Natural Resources Centro Canadiense de Sensoriamento Remoto, Ministerio de Recursos Naturales de Canadá RADARSAT-1 Ressources naturelles Natural Resources Canada Canada Modos de Imageamento do RADARSAT-1 Estendido baixo Rastreio terrestre do satélite Largo ScanSAR Estendido alto Fino Standard Modos de Imageamento

Leia mais

REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Daniel C. Zanotta 14/03/2018

REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO. Daniel C. Zanotta 14/03/2018 REVISÃO SENSORIAMENTO REMOTO AULA ZERO Daniel C. Zanotta 14/03/2018 O que é Sensoriamento Remoto? Arte e ciência da obtenção de informações sobre um objeto, através de radiação eletromagnética, sem contato

Leia mais

CONCEITOS RADIOMÉTRICOS

CONCEITOS RADIOMÉTRICOS CONCEITOS RADIOMÉTRICOS Irradiância: intensidade do fluxo radiante, proveniente de todas as direções, que atinge uma dada superfície. EXCITÂNCIA fluxo deixando a superfície em todas as direções CONCEITO

Leia mais

Oceanografia por Satélites

Oceanografia por Satélites Oceanografia por Satélites Sensor de Cor do Oceano. Aplicação em Medidas de Concentração de Clorofila Paulo S. Polito, Ph.D. polito@usp.br Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo http://los.io.usp.br

Leia mais

INPE eprint: v João Vianei Soares Fundamentos de Radar Página nº 1. Energia

INPE eprint: v João Vianei Soares Fundamentos de Radar Página nº 1. Energia João Vianei Soares Fundamentos de Radar Página nº 1 Energia Energia é medida em Joules (ML 2 T -2 ): Caixa de luz com abertura Energia radiante deixa a caixa a uma taxa de P Joules/segundo, ou P Watts

Leia mais

4 CÁLCULO DA INTERFERÊNCIA DEVIDA AO ESPALHAMENTO PELA CHUVA

4 CÁLCULO DA INTERFERÊNCIA DEVIDA AO ESPALHAMENTO PELA CHUVA 4 CÁLCULO DA INTERFERÊNCIA DEVIDA AO ESPALHAMENTO PELA CHUVA A interferência vem sendo reconhecida como um potencial problema para os sistemas de rádio comunicações por micro-ondas. A interferência é usualmente

Leia mais

PMI 3331 GEOMÁTICA APLICADA À ENGENHARIA DE PETRÓLEO

PMI 3331 GEOMÁTICA APLICADA À ENGENHARIA DE PETRÓLEO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Escola Politécnica Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo PMI Graduação em Engenharia de Petróleo PMI 3331 GEOMÁTICA APLICADA À ENGENHARIA DE PETRÓLEO PROCESSAMENTO

Leia mais

Cores em Imagens e Vídeo

Cores em Imagens e Vídeo Aula 05 Cores em Imagens e Vídeo Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa Universidade Federal Rural do Semiárido Departamento de Ciências Exatas e Naturais Ciência da Computação Ciência das Cores A cor é fundamentada

Leia mais

processos de formação e suas inter-relações com o ambiente. As diversas combinações de fatores (clima, relevo,

processos de formação e suas inter-relações com o ambiente. As diversas combinações de fatores (clima, relevo, INTRODUÇÃO AO LEVANTAMENTO DE SOLOS INTRODUÇÃO AO LEVANTAMENTO DE SOLOS variabilidade espacial dos solos fenômeno natural variabilidade espacial dos solos fenômeno natural resultante da interação resultante

Leia mais

Lista de Exercícios GQ1

Lista de Exercícios GQ1 1 a QUESTÃO: Determine a Transformada Inversa de Fourier da função G(f) definida pelo espectro de amplitude e fase, mostrado na figura abaixo: 2 a QUESTÃO: Calcule a Transformadaa de Fourier do Sinal abaixo:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica. Disciplina: TE053 - Ondas Eletromagnéticas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica. Disciplina: TE053 - Ondas Eletromagnéticas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - UFPR Setor de Tecnologia Departamento de Engenharia Elétrica 4 a LISTA DE EXERCÍCIOS Disciplina: TE053 - Ondas Eletromagnéticas Professor: César Augusto Dartora 1 *1) Mostre

Leia mais

Sensoriamento Remoto Aplicado à Geografia

Sensoriamento Remoto Aplicado à Geografia Sensoriamento Remoto Aplicado à Geografia Comportamento Espectral dos Objetos Reinaldo Paul Pérez Machado Prof. Dr. Fernando Reinaldo Shinji Paul Kawakubo Pérez Machado O que é? Comportamento Espectral

Leia mais

Ecologia de Paisagem Conceitos e métodos de pesquisa 2012

Ecologia de Paisagem Conceitos e métodos de pesquisa 2012 Ecologia de Paisagem Conceitos e métodos de pesquisa 2012 Bases de sensoriamento remoto Cálculo de métricas com Fragstats Leandro Reverberi Tambosi letambosi@yahoo.com.br Sensoriamento Remoto Conjunto

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Física Departamento de Física. FIS01184 Física IV-C Área 1 Lista 1

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Física Departamento de Física. FIS01184 Física IV-C Área 1 Lista 1 Universidade Federal do Rio Grande do Sul Instituto de Física Departamento de Física FIS01184 Física IV-C Área 1 Lista 1 1.A luz do Sol no limite superior da atmosfera terrestre tem uma intensidade de

Leia mais

SEL413 Telecomunicações. 1. Notação fasorial

SEL413 Telecomunicações. 1. Notação fasorial LISTA de exercícios da disciplina SEL413 Telecomunicações. A lista não está completa e mais exercícios serão adicionados no decorrer do semestre. Consulte o site do docente para verificar quais são os

Leia mais

2. Canal de rádio propagação móvel

2. Canal de rádio propagação móvel 2. Canal de rádio propagação móvel Em um sistema de comunicações móveis sem fio, o sinal transmitido sofre atenuação com a distância e desvanecimentos que variam de acordo com as características do canal.

Leia mais

PROCESSAMENTO DE IMAGENS

PROCESSAMENTO DE IMAGENS PROCESSAMENTO DE IMAGENS Introdução Conceitos básicos Pré-processamento Realce Classificação PROCESSAMENTO DE IMAGENS- aula de 25/5/10 Introdução Conceitos básicos Pré-processamento Realce Classificação

Leia mais

CET em Telecomunicações e Redes Telecomunicações. Lab 13 Antenas

CET em Telecomunicações e Redes Telecomunicações. Lab 13 Antenas CET em e Redes Objectivos Familiarização com o conceito de atenuação em espaço livre entre o transmissor e o receptor; variação do campo radiado com a distância; razão entre a directividade e ganho de

Leia mais

Aula 3 - Ondas Eletromagnéticas

Aula 3 - Ondas Eletromagnéticas Aula 3 - Ondas Eletromagnéticas Física 4 Ref. Halliday Volume4 Sumário - Transporte de Energia e o Vetor de Poynting; Polarização; Reflexão e Refração; Reflexão Interna Total; Situação a ser analisada...

Leia mais

SUMÁRIO FUNDAMENTOS E VISÃO GERAL 19 CAPÍTULO 1 PROCESSOS ALEATÓRIOS 49

SUMÁRIO FUNDAMENTOS E VISÃO GERAL 19 CAPÍTULO 1 PROCESSOS ALEATÓRIOS 49 SUMÁRIO FUNDAMENTOS E VISÃO GERAL 19 1. O processo de comunicação 19 2. Principais recursos de comunicação 21 3. Fontes de informação 21 4. Redes de comunicação 27 5. Canais de comunicação 33 6. Processo

Leia mais

Prof o. Ti T a i go B adr d e r Mar a ino n Geoprocessamento D pa p rtam a ent n o de d Ge G oc o iê i nc n ias Instituto de Agronomia - UFRRJ

Prof o. Ti T a i go B adr d e r Mar a ino n Geoprocessamento D pa p rtam a ent n o de d Ge G oc o iê i nc n ias Instituto de Agronomia - UFRRJ Resoluções das Imagens O termo resolução em sensoriamento remoto se desdobra na verdade em três diferentes (e independentes) parâmetros: resolução espacial, resoluçãoo espectral e resolução radiométrica

Leia mais

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Capítulo 2 do Battan.

Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Capítulo 2 do Battan. Revisão: Ondas Eletromagnéticas (EM) Capítulo 2 do Battan. Campo Elétrico - E O campo elétrico E - é um conceito definido pela força que uma carga (usualmente uma carga de teste) experimentaria se fosse

Leia mais

Resoluções das Imagens fotogramétricas e digitais. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia

Resoluções das Imagens fotogramétricas e digitais. Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Resoluções das Imagens fotogramétricas e digitais Fotogrametria e Fotointerpretação Prof. Dr. Raoni W. D. Bosquilia Classificação dos filmes aerofotogramétricos Os filmes podem ser: preto e branco ou coloridos.

Leia mais

Filtros Redutores de Speckle. Conceitos e Ferramentas para Análise de Imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR)

Filtros Redutores de Speckle. Conceitos e Ferramentas para Análise de Imagens de Radar de Abertura Sintética (SAR) 1 Sumário Extração de Informação das Imagens Ruído Speckle Filtragem Digital Espacial Filtros Redutores de Speckle Formatos da Imagem de Radar Diferentes formatos Ruído Speckle Multilook Filtragem Z i

Leia mais