Análise química do solo: amostras para análise
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- Cássio Amaro Camilo
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1 Análise química do solo: Amostragem de solos e Preparo das amostras para análise
2 Análise do solo A análise de solo conjunto de procedimentos físicos e químicos que visam avaliar as características e propriedades do solo através de análise da amostra representativa do mesmo; É o método mais utilizado para avaliar a fertilidade do solo e determinar as necessidades de nutrientes para as plantas
3 Figura 1 Métodos para avaliar a fertilidade do solo
4 Finalidades da Análise do Solo Determinar a disponibilidade de nutrientes; Indicar ao agricultor o nível de deficiências ou toxidez de nutrientes; Determinar a necessidade de adubos; Determinar a necessidade de calcário para correção de acidez
5 Análise do solo Vantagens da análise química execução rápida e fácil Pode ser executada em qualquer época do ano Estima a necessidade do solo antes do plantio Custo reduzido
6 Análise do solo Pontos críticos para obtenção de um bom resultado: A amostragem do solo deve ser representativa do mesmo; Contaminação da amostra; Seleção de métodos eficientes de análise.
7 A análise de solo é formada por uma corrente: Coleta de amostras Análises laboratoriais Interpretação do resultados Recomendação: fertilidade = calagem e adubação física = manejo e monitoração
8 Amostragem de solo Constitui uma das principais fases da análise, na etapa da amostragem é onde ocorre as maiores falhas, cerca de 80 a 85% do erro total pode ser atribuídos à amostragem de campo; O fato da amostragem do solo ser a principal fonte de erro é devido a poucos resultados de pesquisa referente à amostragem e além disso normalmente a amostra de solo é retirada por pessoal não qualificado, que desconhecem os princípios básicos da amostragem.
9 Amostragem de solo Princípios da amostragem: 1 Cada área a ser amostrada deve ser a mais homogênea possível; 2 Um grande número de pontos de amostragem deve ser feito aleatoriamente dentro da área (subamostras, também chamadas de amostras simples), sendo depois misturados para formar uma única amostra representativa (amostra composta).
10 Amostragem de solo Análise de uma pequena parte (amostra) de solo: Área de 10 ha e considerando-se a profundidade de 20 cm, tem-se: m² X 0,2 m= m³x kg/m³ (densidade do solo) kg de solo Se tomarmos uma amostra composta de apenas 0,5 kg,observa-se que uma parte estará representado um todo de 40 milhões de partes: 0,5 kg / =1/
11 Amostragem de solo Isto significa que em uma cidade de 40 milhões de habitantes 1 habitante para representar esta cidade. Considerando ainda que, as análises são realizadas em 10g de solo, pode ser calculado que uma parte estará representando um todo de 2 bilhões de partes 0,01 kg/ =1/
12 Amostragem de solo Tipos de amostra Amostras simples=porção de terra coletada em cada ponto do terreno Amostra composta=reunião das várias amostras simples coletada Quanto + amostras simples forem coletadas para compor a amostra composta, maiores serão as chances de se ter uma amostra representativa.
13 Passos da amostragem Seleção da área homogênea Figura 2. Plano de amostragem de uma propriedade, com diferentes declividades e usos de solo
14 Figura 3. Exemplo de retirada de amostra de um terreno de baixada (amostra 1) e de meia encosta (amostra 2).
15 Número de amostras simples Recomenda-se uma amostra composta de 20 amostras simples para representar uma área homogênea de até 10 ha. Ressalta-se que todo o segredo está na delimitação da área homogênea
16 Número de amostras simples
17 Modelo de amostragem Amostragem sistematizada Figura 4. Exemplo ilustrando o sistema de grade (100 m x 100 m) e locais onde subamostras de solo seriam coletadas dentro de cada célula. A área é dividida em grade de 100 m X 100 m, cinco subamostras de solos são coletadas dentro de cada célula para formar uma amostra composta.
18 Amostragem ao acaso
19 MATERIAL NECESSÁRIO PARA AMOSTRAGEM DO SOLO Ser capaz de tomar pequenos, suficientes e iguais volumes de solo de cada local de amostragem que irá compor a amostra; Ser fácil de limpar; Ser adaptado a diferentes tipos de solo; Ser resistente e durável Ser de uso fácil e possibilite uma coleta rápida das amostras
20 Figura 5. Ferramentas para amostragem
21 Coleta de amostra com o trado Trado com amostra de terra
22 Amostragem com enxadão Coleta de terra com o uso de enxadão Pá-de-corte
23 MATERIAL NECESSÁRIO PARA AMOSTRAGEM DO SOLO Quadro 2. CONDIÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM DE SOLO
24 Figura 6. Sequência de operações na coleta de amostra de solo
25 Alguns cuidados: Todas as ferramentas e recipientes devem estar limpos,livres de resíduos de defensivos, fertilizantes e corretivos; Entre a coleta de uma amostra e outra, as ferramentas e recipientes de mistura devem ser cuidadosamente limpados; Evitar coletar amostras em pontos atípicos
26 Amostragem em culturas perenes As culturas perenes requerem procedimentos especiais para a coleta da amostra de solo: Devido ao manejo, com movimentação mínima do solo Aplicação superficial e localizada de fertilizantes A distribuição radicular O crescimento lento Maior capacidade de armazenamento de nutrientes do que a maioria das culturas anuais
27 Amostragem em culturas perenes j Figura 7. Local de coleta da amostra de solo (amostra simples) em culturas perenes
28 Amostragem em culturas perenes Figura 8. Representação esquemática dos locais de amostragem de solo (local de adubação ou projeção da copae entre as linhas de plantio e profundidade (0-10,10-20,20-40,40-60) para avaliação da fertilidade do solo em culturas perenes.
29 Figura 9. Amostragem em cultura perene
30 Figura 10. Valores de ph e teores médios de P, K, Ca, Ca+Mg, Al+H, Al e matéria orgânica nas amostras de solo analisadas para pupunha, freijó e castanha nos diferentes locais de amostragem. Machadinho d Oeste, RO, 1996.
31 Profundidade de retirada das amostras 0-20 cm de profundidade Culturas perenes: 0-20cm cm cm etc
32 Profundidade de retirada das amostras A amostragem de camadas mais profundas permitirá avaliar a necessidade da correção de impedimentos químicos ao desenvolvimento radicular, tais como: elevada acidez, elevados teores de Al 3+ e baixos teores de Ca 2+. As amostras simples das diferentes camadas devem ser coletadas no mesmo ponto e em igual número, obtendo-se amostras compostas para cada camada.
33 Profundidade de retirada das amostras Para pastagens já estabelecidas, por exemplo, recomenda-se a amostragem na camada de 0 a 5 cm, ou, até, 0 a 7 cm. Quando necessário, pode retirar-se outra amostra composta de 7 a 20 cm. No caso de de tubérculos culturas como da batata-inglesa (batatinha), na qual o preparo do solo para a produção chega a 30 cm de profundidade, Da cana-de-açúcar, na qual o plantio é feito em sulcos profundos, recomenda-se a amostragem na camada de 0 a 30 cm, ou 0 a 35 cm.
34 Frequência da amostragem 3-4 anos para amostragem de uma mesma área. Isso de deve pelo efeito do calcário,dependendo de fatores como tipo de solo,cultura etc
35 Época de amostragem Sugere-se de 3-4 meses antes do plantio Culturas anuais- logo após o término das colheitas Culturas perenes- repouso vegetativo, provocado por baixas temperaturas ou por deficiência hídrica.
36 Preparo das amostras Amostra a ser enviada ao laboratório Identificação da amostra
37 Figura 11. Modelo da etiqueta para identificar cada amostra Amostra n o. Data: / / Identifica o da amostra: Nome do Produtor: Nome da Propriedade: Endere o: Munic pio: UF: CEP: Remetente: Endere o: Munic pio: UF: CEP: Cultura a ser adubada: rea a ser amostrada (em ha): Vegeta o original: ( ) campo ( ) cerrado ( ) mata Topografia da rea amostrada: ( ) baixada ( ) meia encosta ( ) chapada ( ) mal drenada ( ) bem drenada H quanto tempo a rea vem sendo usada: anos Cultivo anterior: Foi adubada? ( ) sim ( ) n o Quantidade: t/ha Outras informa es que julgar importante: Figura 12. Ficha que deve acompanhar cada amostra
38 Análise em laboratório No laboratório as amostras são registradas e colocadas para secar (ao ar ou estufa); Após secagem, a amostra é passada em peneira de 2mm; Após o preparo do solo, faz-se a extração, onde os elementos são quantificados.
39 Análise em laboratório Figura 13. Elementos analisados em um laboratório de rotina e análises complementares
40 Interpretação dos resultados De posse dos resultados, é feita a interpretação com base nas classes de fertilidade, encontradas em tabelas feitas para os diferentes Estados brasileiros.
41 Considerações finais A adubação começa com análise da terra, continua com a correção da acidez e termina com a aplicação do adubo; A análise da terra começa com a amostragem e que se não for bem feita, compromete todas as outras fases; Apesar do solo ser um corpo natural que varia suas características tanto no sentido horizontal como vertical, acredita-se que é possível coletar amostras representativas do mesmo e que servirão, após a análise química, de base para a recomendação de fertilizantes e corretivos;
42 Considerações finais O grande segredo da boa amostragem, é o bom senso para a divisão da área em homogênea; Quanto maior o número de amostras simples tomadas para compor a amostra composta, maior é a possibilidade de se ter uma amostra representativa; Das recomendações técnicas feitas para a coleta da amostra de solo, há muitas delas que necessitam ser repensadas Há necessidade ainda de muita pesquisa para dar maior apoio na recomendação que deve ser seguida na retirada da amostra do solo.
O primeiro passo para realizar a amostragem consiste em dividir a área em talhões homogêneos, considerando os seguintes fatores:
Ao se obter a amostra composta, esta deve ser embalada e cuidadosamente identificada de acordo com o mapa elaborado antes de ser enviada ao laboratório. O laboratório PLANTE CERTO fornece os sacos plásticos
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Para que a análise possa ser usada com segurança, vários requisitos devem ser observados, desde a coleta das amostras até a existência de pesquisa local, a campo, para quantificar a resposta das culturas
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