2. OS SOLOS DE GOIÁS E DA BAHIA CULTIVADOS COM ALGODOEIRO E SUAS RELAÇÕES COM O USO E MANEJO

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1 MANEJO DE SOLO E RESPOSTAS DO ALGODOEIRO À CALAGEM E ADUBAÇÃO NA REGIÃO DE CERRADOS DE GOIÁS E BAHIA 1. INTRODUÇÃO Maria da Conceição Santana Carvalho 1 Gilvan Barbosa Ferreira 2 Flávia Cristina dos Santos 3 A correção da acidez do solo e a adubação mineral têm custo elevado no cultivo do algodoeiro no Cerrado, atingindo valores da ordem de 20 a 30% do custo total de manejo da cultura. Nesse contexto, o manejo eficiente da adubação é essencial para a produtividade, redução de custo por arroba de algodão produzido e viabilização dos sistemas de produção vigentes. As condições favoráveis para o desenvolvimento da cultura e o alto nível tecnológico adotado nas lavouras do Cerrado proporcionam a obtenção de altas produtividades, chegando, em alguns casos, a kg/ha de algodão em caroço. Em função disso, verificou-se, inicialmente, a aplicação de doses exageradas de fertilizantes, incluindo uma grande diversidade de fertilizantes foliares, cujas reais necessidades e respostas da cultura são questionáveis. A expansão da cultura do algodoeiro no Cerrado já está bem estabelecida e o cenário atual de custos altos e lucros cada vez menores aponta para a necessidade de maximizar a eficiência da adubação. Nos últimos dez anos houve uma grande evolução da pesquisa em nutrição e adubação do algodoeiro na região do Cerrado, especialmente nos estados do Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Oeste da Bahia. Em Goiás, estas pesquisas vêm sendo realizadas desde a safra 2002/2003, tendo-se acumulado resultados de cinco safras consecutivas, enquanto na Bahia os estudos foram intensificados a partir da safra 2003/2004. Os resultados acumulados já permitem aperfeiçoar o manejo da adubação da cultura, visando ao uso racional dos fertilizantes e a manutenção dos níveis de produtividade alcançados com sustentabilidade e responsabilidade ambiental. O objetivo do presente trabalho é apresentar um resumo dos principais resultados de pesquisa com o manejo da fertilidade do solo e adubação do algodoeiro nas condições de Cerrado de Goiás e da Bahia. 2. OS SOLOS DE GOIÁS E DA BAHIA CULTIVADOS COM ALGODOEIRO E SUAS RELAÇÕES COM O USO E MANEJO O algodoeiro herbáceo (Gossypium hirsutum L.r latifolium Hutch.) é uma planta exigente quanto à qualidade do solo, desenvolvendo seu máximo potencial produtivo em solos férteis, ricos em matéria orgânica, profundos, bem estruturados, permeáveis e bem drenados. A qualidade do solo depende da sua natureza, que é função dos fatores de formação, e da interferência antrópica relacionada com o seu uso e manejo, de modo que o algodoeiro pode ser cultivado em diversos tipos de solos desde que sejam manejados com o objetivo de fornecer condições físicas, químicas e biológicas adequadas ao desenvolvimento da planta. O manejo adequado do solo consiste num conjunto de práticas agrícolas utilizadas para criar condições favoráveis ao desenvolvimento e à produção das culturas, visando também à manutenção 1 Eng. Agr., D.Sc., Pesquisadora da Embrapa Algodão, Núcleo de P&D do Cerrado. Caixa Postal 714, Goiânia, GO. mcscarva@cnpa.embrapa.br 2 Eng. Agr., D.Sc., Pesquisador da Embrapa Roraima. Rodovia BR-174, km 8, Distrito Industrial, C.P. 133, , Boa Vista, RO. gilvan@cpafrr.embrapa.br. 3 Eng. Agr., D.Sc., Pesquisadora da Embrapa Cerrados/UEP-TO. C. P. 96, CEP , Palmas, TO. flavia@cpac.embrapa.br

2 ou melhoria do seu potencial produtivo ao longo do tempo. Para que esses objetivos sejam alcançados é essencial o conhecimento das características do solo, suas limitações e aptidão agrícola, seguido de um planejamento de uso que priorize práticas conservacionistas, tais como: construção de terraços para controle de escoamento superficial; rotação de culturas e manejo de resíduos vegetais; uso de culturas de cobertura e manejo de palha; correção da fertilidade do solo e adubação de manutenção das culturas. As áreas ocupadas com a cultura do algodoeiro na região dos Cerrados são predominantemente de Latossolos. Em Goiás, predominam os Latossolos Vermelho-Amarelos no Centro-Leste do Estado, os Latossolos Vermelhos (antigos Latossolos Vermelho-Escuros) no Centro-Sul e os Latossolos Vermelhos férricos (antigo Latossolo Roxo) no Sul, os quais são, geralmente, argilosos e cultivados com algodoeiro em Sistema de Plantio Convencional (SPC), Sistema Plantio Direto (SPD), em alguns casos, ou semidireto, na maioria dos casos. No Cerrado da Bahia, região Oeste do Estado, prevalecem os Latossolos Vermelho- Amarelos, arenosos ou de textura média, cultivados predominantemente sob Sistema de Plantio Convencional. Em ambos os Estados, no entanto, há áreas cultivadas em SPD com o uso do Sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Os solos mais arenosos, como os Latossolos vermelho-amarelos do Oeste da Bahia, são mais susceptíveis à erosão, têm menor capacidade de armazenamento de água e nutrientes; nos casos de plantio em sequeiro, também é maior a possibilidade de redução de produtividade, em função da ocorrência de veranicos. Por essa razão, estes solos requerem manejo cuidadoso, parcelamento da adubação com nitrogênio, potássio e boro, e a adoção de práticas conservacionistas que preconizem a cobertura do solo, a rotação de culturas e evitem a rápida decomposição da matéria orgânica. Os Latossolos têm tendência a formar crostas superficiais à medida que aumenta as proporções de silte e areia fina, devendo-se evitar o impacto direto das gotas de chuva sobre a superfície mantendo o solo com cobertura vegetal ou palha. Estudos realizados pela Embrapa no Oeste da Bahia (FREITAS et al., 2004) permitiram verificar que os Latossolos de textura arenosa e média da região, quando submetidos aos sistemas de manejo convencionais, incluindo o uso de arados e grades, apresentam diminuição significativa na infiltração de água no solo, decorrente de mudanças de seu arranjo estrutural e porosidade. A alta dispersão de argila e a mudança no complexo de cargas são consideradas as causas principais dessa modificação. A hipótese é que, além do processo de desagregação física pelo impacto das gotas de chuva, o uso de doses elevadas de calcário e gesso, saturando o solo com cátions bivalentes (Ca e Mg) e elevando o ph, pode ser a causa da dispersão da argila por efeitos fisico-químicos. A argila dispersa se movimenta para horizontes mais profundos, provocando o fechamento de poros e o aumento da coesão do solo em baixas umidades. Isto contribui para o decréscimo da permeabilidade dos horizontes subsuperficiais, diminuindo a capacidade de infiltração da água e provocando o rápido encharcamento do solo, além de restringir o crescimento de raízes quando as condições de chuva não são favoráveis. Também no Oeste da Bahia, em áreas cultivadas com algodoeiro, tem-se observado que a elevação do ph em água acima de 6,5 e da saturação por bases acima de 70%, aliado à utilização de métodos convencionais de cultivo, provoca a rápida decomposição da matéria orgânica do solo. Um estudo realizado com amostras de solo de Goiás e da Bahia, cultivados com algodoeiro, mostrou que a aplicação de calcário em excesso provocou também a dispersão de argila, notada pela turbidez do extrato de uma coluna de lixiviação, quando comparado, em condições semelhantes, com amostras de um Latossolo vermelho argiloso de Santa Helena de Goiás (FERREIRA & CARVALHO, 2005). Desse modo, a associação de fatores como a rápida oxidação da matéria orgânica e a dispersão de argila, causados pela aplicação excessiva de calcário e revolvimento contínuo do solo, levam à redução da qualidade do solo, aumentando a compactação e reduzindo a CTC. Como conseqüência disso, a eficiência do uso de fertilizantes é diminuída e o custo de produção aumenta pela necessidade de se utilizar maiores quantidades de insumos para manter o mesmo nível de produtividade. Uma alternativa para evitar esse cenário é a adoção de sistemas conservacionistas de manejo do solo, alternando

3 culturas de elevada capacidade de produção de palha e massa de raízes, visando manter ou até aumentar o teor de matéria orgânica do solo, a médio e longo prazo. Os métodos de preparo do solo que ainda predominam no Cerrado de Goiás e da Bahia para o cultivo do algodoeiro são o sistema de plantio convencional e o plantio semidireto. Diversos estudos têm evidenciado que os métodos convencionais de cultivo, nos quais são realizadas arações e gradagens, predispõem os solos à compactação, à ocorrência de erosão, redução dos teores de matéria orgânica e outros efeitos negativos sobre os sistemas agrícolas, mesmo com rotações de culturas que garantam elevadas taxas de entrada de resíduos (SILVA et al., 1994; HERNANI & FABRÍCIO, 1999; HERNANI et al., 2002). Em um trabalho clássico realizado no Oeste da Bahia, Silva et al. (1994) demonstraram que, em cinco anos de cultivo em sistema convencional, os teores de matéria orgânica do solo diminuíram 73%, 68% e 45% para os solos de textura arenosa, média e argilosa, respectivamente. Por outro lado, os sistemas conservacionistas, como o sistema plantio direto, incluindo, recentemente, a integração agricultura-pecuária, constituem uma alternativa eficiente de redução das perdas de solo e nutrientes por erosão, devido à manutenção da agregação do solo, da cobertura vegetal e de restos culturais na superfície. Nesse sistema, o não revolvimento do solo, associado com a rotação de culturas de alto rendimento de matéria seca, com mais de um cultivo por ano, garante aportes de grandes quantidades de resíduos e uma menor taxa de decomposição dos mesmos. Esse conjunto de fatores pode resultar no aumento dos teores de um componente de fundamental importância para a qualidade dos solos do Cerrado, que é a matéria orgânica. Embora não exista estatística oficial, há evidências de que o cultivo do algodoeiro em sistema plantio direto no Cerrado, especialmente em Goiás, vem aumentando a cada safra. Esta tendência é motivada, em parte, pelas quedas sucessivas de produtividade dos sistemas convencionais de cultivo, nos quais as populações de pragas, doenças e nematóides aumentam consideravelmente, elevando o custo de produção. Em Goiás, na safra 2004/2005 foram instalados experimentos de rotação de culturas com algodão-soja-milho, em sistema plantio direto e convencional, incluindo avaliação de culturas de cobertura, semeadas no outono e na primavera, e integração lavoura-pecuária. Estes experimentos, previstos para continuar por vários anos num mesmo local, estão sendo conduzidos na área experimental da Fundação GO/Embrapa Algodão, em Santa Helena de Goiás, e diversas variáveis estão sendo monitoradas por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Embrapa Algodão e Embrapa Agropecuária Oeste. Os primeiros resultados já indicam melhoria da qualidade do solo com aumento da biomassa microbiana e supressão de plantas daninhas. Também em Goiás, há dados que indicam os benefícios da implantação do sistema plantio direto na produtividade do algodoeiro e na melhoria da qualidade do solo (SÉGUY et al., 1999; ALTMANN, ). Em propriedades que adotam o SPD há mais de 12 anos, a exemplo da Fazenda Vargem Grande, em Montividiu, Goiás, tem-se obtido produtividade em torno de de algodão em caroço, com a manutenção da qualidade física, química e biológica do solo. 3. RESPOSTAS DO ALGODOEIRO À CALAGEM, GESSAGEM E ADUBAÇÃO 3.1. CALAGEM E GESSAGEM Calagem 1 ALTMANN, N. Adubação em sistemas de produção. Palestra apresentada em 26/05/2006 no Dia de Campo Nacional da Fundação GO, em Santa Helena de Goiás, Goiás. Disponível em: Acessado em: 21/03/2007

4 A acidez dos solos, acompanhada de elevados teores de alumínio e/ou baixos teores de cálcio, afeta negativamente o desenvolvimento radicular e o crescimento do algodoeiro, refletindo diretamente na produtividade. No Cerrado, o critério mais utilizado para determinar a quantidade de calcário a ser aplicada no solo é o método da saturação por bases, o qual se baseia na relação estreita que existe entre a saturação por bases e o ph do solo, medido em solução de CaCl 2 0,01M. Valores de saturação por bases na faixa de 45% a 50% são suficientes para neutralizar o alumínio tóxico. Porém, o nível de exigência do algodoeiro em saturação por bases parece estar relacionado, também, com a tolerância das cultivares à disponibilidade de manganês no solo (ROSOLEM et al., 2000; ROSOLEM & FERELLI, 2000). Em solos de textura média e argilosa, há evidências que a cultura do algodoeiro responde positivamente à calagem no Cerrado até a saturação por bases de 60%, mesmo em condições de sequeiro. Em Goiás, foram conduzidos três experimentos em Turvelândia, durante duas safras, e dois experimentos em Santa Helena de Goiás, durante três safras, com o objetivo de avaliar a resposta do algodoeiro ao aumento da saturação por bases do solo e as interações com a aplicação de gesso e a disponibilidade de micronutrientes para a cultura (FERREIRA & CARVALHO, 2005; CARVALHO et al. 2006h). Os resultados desses experimentos indicaram que as maiores produtividades de algodão foram obtidas com saturação por bases entre 50% e 60% na camada 0-20 cm, dependendo da cultivar plantada; não houve aumento de produtividade (cultivar Delta Opal, em Turvelândia; e cultivar BRS Cedro, em Santa Helena de Goiás) quando a saturação por bases foi maior que 60%; quando a saturação por bases passou de 70% houve redução dos teores de Mn na folha para níveis considerados deficientes pela literatura. Em solos arenosos (teor de argila menor que 150 g/kg), o método de saturação por bases pode subestimar a necessidade de calagem. Nesses solos, é necessário assegurar, ao menos, 2 cmol c /dm 3 de Ca + Mg. Assim, pode-se utilizar o método de neutralização do alumínio ou do aumento dos teores de Ca e Mg trocáveis, considerando o maior valor encontrado em uma das duas seguintes equações: NC (t/ha) = (2 x Al) x (100/PRNT) ou NC (t/ha) = 2 (Ca + Mg) x (100/PRNT) sendo: NC = necessidade de calcário (t/ha) Al = teor de alumínio trocável, em cmol c /dm 3 Ca e Mg = teores de Ca e Mg trocável, em cmol c /dm 3 f = fator de correção do PRNT do calcário, f = 100/PRNT O tipo de calcário (calcítico, dolomítico ou magnesiano) não influencia a eficiência da calagem, com relação à correção da acidez. Entretanto, como o algodoeiro é exigente em magnésio e, também, devido às elevadas quantidades de potássio que são aplicadas na adubação da cultura, indica-se o uso de calcário dolomítico ou magnesiano quando o teor de magnésio no solo for inferior a 0,6 cmol c /dm 3 (solos com teor de argila inferior a 350 g/kg) ou 0,7-1,0 cmol c /dm 3 (solos com teor de argila acima de 350 g/kg) Gessagem Para o algodoeiro, mais importante que elevar a saturação por bases da camada superficial do solo para valores acima de 50-60% é favorecer o aprofundamento do sistema radicular nas camadas subsuperficiais, buscando-se aumentar a saturação por bases nas camadas de a cm de profundidade. Para isso, a melhor opção é o uso do gesso, que por ser mais solúvel e mais móvel no solo que o calcário, apresenta a capacidade de aumentar os teores de cálcio e enxofre e diminuir a saturação por alumínio trocável nas camadas subsuperficiais do solo. Com isso, criam-se condições

5 químicas mais favoráveis para o aprofundamento do sistema radicular, permitindo a exploração de maior volume de solo e maior absorção de água e nutrientes pelas plantas. Assim, as plantas superam com maior facilidade a deficiência de água durante a ocorrência de "veranicos, como os que freqüentemente ocorrem no Cerrado. De acordo com Sousa e Lobato (2004b), o uso de gesso, como melhorador do subsolo, é indicado quando o teor de cálcio nas profundidades de 20 a 40 cm ou de 40 a 60 cm for inferior a 0,5 cmol c /dm 3 e a saturação por alumínio na CTC efetiva desta mesma camada [Al (Ca+Mg+K+Na) x 100] for superior a 20%. Em Goiás, em experimento conduzido na área experimental da Fundação GO/Embrapa, em Santa Helena de Goiás, em solo argiloso cuja saturação por bases na camada de cm foi inferior a 30%, a aplicação de kg/ha de gesso aumentou os teores de cálcio, magnésio e enxofre nas camadas abaixo de 20 cm de profundidade, proporcionando maior distribuição de raízes do algodoeiro e aumentando a produtividade no primeiro ano de aplicação (FERREIRA & CARVALHO, 2005). Já em Turvelândia, em solos com saturação por bases maior que 40% não houve efeito da aplicação de gesso. Um estudo conduzido, recentemente, no Oeste da Bahia, avaliou a resposta do algodoeiro à aplicação de gesso em dois experimentos de campo, sendo um deles conduzido em solo de textura franco-arenosa, no município de São Desidério, e o outro em solo de textura franco-argilosa, no município de Barreiras. Em nenhum dos dois locais houve aumento de produtividade com a aplicação de gesso, e ainda ocorreu forte lixiviação de K e Mg. Os resultados da distribuição de K no perfil do solo até 100 cm de profundidade (Tabela 1) indicaram que houve perdas significativas de potássio mesmo com a menor dose aplicada (0,5 t/ha). Como não houve aumento na produção, a aplicação de gesso teve um custo indireto em potássio, reduzindo a renda líquida. Tabela 1. Teores médios de K trocável, quantidade de K 2 O por camada e perda estimada de K 2 O na camada de 0 a100 cm de profundidade, em função de doses de gesso aplicadas em dois solos do Oeste da Bahia, safra 2005/2006 Doses de gesso (t/ha) Profundidade Solo franco-argiloso /1 Solo franco-arenoso /2 0 0,5 1,0 2,0 0 0,5 1,0 2, Teor de K (cmol c /dm 3 ) ,30 0,23 0,21 0,17 0,09 0,09 0,07 0, ,17 0,14 0,15 0,11 0,07 0,06 0,05 0, ,09 0,11 0,11 0,09 0,08 0,06 0,04 0, ,08 0,06 0,08 0,06 0,08 0,08 0,06 0, ,09 0,08 0,07 0,06 0,08 0,08 0,08 0, kg/ha de K 2 O ,9 217,2 195,7 163,6 81,9 85,7 66,1 58, ,8 127,6 138,3 106,1 68,0 58,8 46,5 45, ,6 103,2 105,2 86,7 77,9 52,6 41,3 16, ,0 58,4 75,0 56,5 76,4 76,4 51,6 26, ,8 77,9 70,0 54,5 75,4 71,2 76,4 72,3 Total (0-100) 677,1 584,3 584,2 467,4 379,6 344,7 281,9 219,8 Perda (0-100) - 92,8 92,9 209,7-34,9 97,7 159,8 Perda (%) - 13,7 13,7 31,0-9,2 25,7 42,1 /1 Nas camadas 20 a 40 e 40 a 60 cm, respectivamente, os teores de Ca foram 1,31 e 0,77 cmolc/dm 3 e a os valores de saturação por Al foram 7,2% e 19,5%. 2 Nas camadas 20 a 40 e 40 a 60 cm, respectivamente, os teores de Ca foram 0,58 e 0,28 cmolc/dm 3 e a os valores de saturação por Al foram 11,4% e 28%. Fonte: Ferreira, G.B. Embrapa (dados não publicados)

6 Embora os efeitos benéficos do gesso como melhorador do ambiente radicular, em subsolos ácidos e pobres em cálcio, sejam reconhecidos e disseminados no Brasil, particularmente na região do Cerrado, há evidências de excessiva lixiviação de Mg e K com a utilização de doses elevadas de gesso, principalmente em solos de textura média e arenosa. Desta forma, nos solos arenosos da Bahia, com teor de argila de 17 a 35%, o movimento de bases do solo deve ser monitorado para não comprometer, especialmente, a adubação potássica ADUBAÇÃO COM NITROGÊNIO Resposta a doses Na região do Cerrado, em solos cultivados por vários anos e com a fertilidade corrigida, o nitrogênio é o macronutriente que o algodoeiro tem respondido com maior freqüência à adubação, enquanto a resposta ao fósforo e ao potássio é pequena ou ausente (FERREIRA & CARVALHO, 2005; ZANCANARO & TESSARO, 2006). No Estado de Goiás, foram conduzidos, entre as safras 2002/2003 a 2005/2006, nove experimentos em diversos municípios com doses de nitrogênio (isoladas ou combinadas com doses de K 2 O e P 2 O 5 ), todos em solos argilosos (teor de argila entre 350 e 600 g/kg). Os dados indicaram que a maior parte do nitrogênio acumulado na planta do algodoeiro durante o seu ciclo é originada da mineralização da matéria orgânica do solo e/ou dos resíduos vegetais de culturas antecessoras, visto que as produtividades de algodão em caroço obtidas sem a aplicação de fertilizantes nitrogenados variaram de kg/ha a kg/ha, correspondendo ao acúmulo de 103 a 320 kg/ha de N, considerando o acúmulo médio de N na planta de 67 kg/t de algodão em caroço. As áreas com longo período de sistema plantio direto e rotação de culturas, que incluem uma leguminosa (soja) e adotam a prática de adubação do sistema, possuem maior potencial de fornecimento de nitrogênio pelo solo. Em função disso, em alguns locais, não houve resposta à adubação nitrogenada ou a resposta foi muito pequena (CARVALHO et al., 2006g). Assim, as doses a serem aplicadas devem ser suficientes para repor as quantidades exportadas anualmente pela colheita e/ou perdidas por lixiviação e volatilização. Os resultados obtidos no Cerrado de Goiás, as doses de nitrogênio aplicadas em cobertura que proporcionaram o máximo retorno econômico em produtividade de pluma, com os preços vigentes, variaram de 60 a 135 kg/ha de N, dependendo da produtividade alcançada e do manejo da cultura de cobertura ou da palha, quando é adotado o sistema plantio direto (FERREIRA & CARVALHO, 2005; CARVALHO et al., 2006g). Em áreas com poucos anos de plantio direto, cuja cultura antecessora na rotação com o algodoeiro é uma gramínea com palha de alta relação C:N, a resposta do algodoeiro ao nitrogênio é mais expressiva. Para todas as cultivares estudadas, observou-se que a aplicação de doses muito altas de nitrogênio proporciona excessivo crescimento de plantas e tende a reduzir a porcentagem de fibra, que resulta em menor rendimento de pluma Resposta a épocas e modos de aplicação Convencionalmente, recomenda-se que a adubação nitrogenada do algodoeiro seja parcelada, parte da dose no plantio (10 a 25 kg/ha de N) e o restante em duas aplicações de cobertura, entre as fases de abotoamento (B1) e florescimento (F1), de modo que o nutriente esteja disponível no período de máxima absorção pela planta. Recentemente, no Oeste da Bahia, em solo de textura arenosa (153 g/kg de argila), em ano com boa distribuição de chuvas durante o ciclo da cultura, verificou-se que houve resposta à adubação nitrogenada até a dose de 120 kg/ha de N, mas a produtividade não foi influenciada pelos modos de aplicação testados (100% em pré-plantio incorporado; 100% aos 20 DAE; 1/3 plantio + 2/3 aos 20 DAE; 10% plantio + 2 coberturas aos 20 e 40 DAE; 10% plantio + 2 coberturas aos 20, 40 e 55 DAE). Por outro lado, a produtividade sem adubação nitrogenada foi relativamente alta, indicando que o

7 suprimento de nitrogênio acumulado no solo de safras anteriores foi expressivo, o que pode ter mascarado os resultados. Mesmo assim, o teor de N nas folhas que já estava alto aumentou significativamente com a adubação, passando de 45 g/kg para 52,9 g/kg. Em outro ensaio conduzido em solo com 180 g/kg de argila do Cerrado da Bahia, em sistema convencional, em ano de chuvas intensas durante todo o ciclo da cultura, a recuperação aparente de nitrogênio pelo algodoeiro foi influenciada pelo número de parcelamentos da adubação, variando de 40% até 93%, sendo que a recuperação diminuiu com o aumento da dose aplicada (FERREIRA & CARVALHO, 2005). Esses dados indicam que, em solos arenosos, o parcelamento aumenta efetivamente a eficiência de extração e aproveitamento do nutriente pela planta, devendo ser considerado no manejo da adubação para evitar desperdício de N e aumento inconveniente dos custos de produção. Em Goiás, os resultados de um experimento conduzido por duas safras em SPD com o algodoeiro plantado em área com palha de milho e braquiária, mostraram que, praticamente, não há diferença entre adiantar as adubações de cobertura ou aplicá-las na época convencional (entre as fases B1 e F1 do ciclo do algodoeiro). Porém, os teores de nitrogênio na folha (no florescimento pleno) foram mais elevados quando as coberturas foram realizadas entre os 25 até os 55 dias após a emergência. Isso indica que, na ausência de palha com alta relação C:N, ainda é mais seguro realizar as coberturas no período convencional, compreendido entre o surgimento do primeiro botão floral até a primeira flor (FERREIRA & CARVALHO, 2005; CUNHA et al. 2006). Considerando-se a expansão do SPD e os aspectos relacionados com sucessão/rotação de culturas, os produtores têm buscado alternativas de épocas e modos de aplicação de fertilizantes, especialmente para as fontes de nitrogênio, fósforo e potássio, visando principalmente ao maior rendimento operacional, maior eficiência no uso de fertilizantes e a redução de custos. Nesse sentido, no estado de Goiás, têm-se estudado a antecipação da adubação nitrogenada de cobertura do algodoeiro para a braquiária, cultura antecessora utilizada como cobertura do solo, no sistema de plantio direto com integração lavoura-pecuária. Os resultados de três safras indicam que em locais com boa distribuição de chuvas e solos com teor de argila acima de 35%, a antecipação de até 50% da adubação nitrogenada de cobertura do algodoeiro para o pré-plantio e o restante em uma aplicação na fase B 1 é tão eficiente quanto a adubação convencional parcelada em duas coberturas. Contudo, essa prática é arriscada em áreas de solos arenosos, bem como locais com histórico de chuvas irregulares, situação em que pode não haver sincronia entre a mineralização do N imobilizado (nos resíduos e na biomassa microbiana do solo) e o período de maior demanda da planta (CARVALHO et al; 2006g; CARVALHO et al., 2007b). Os resultados desses experimentos têm indicado, também, que a antecipação de parte do nitrogênio para o pré-plantio na cultura de cobertura do solo aumenta a produção de fitomassa da cultura de cobertura, melhora a cobertura do solo, aumenta a ciclagem de nutrientes e reduz os efeitos negativos da imobilização do nitrogênio pela biomassa microbiana do solo na fase inicial de desenvolvimento da cultura ADUBAÇÃO COM FÓSFORO No Estado de Goiás, foram realizados diversos experimentos com doses e modos de aplicação de fósforo, em solos com diferentes teores de P na camada de 0-20 cm (FERREIRA & CARVALHO, 2005; CARVALHO et al. 2006). Nestes experimentos, observou-se que, mesmo nos solos com teores baixos desse nutriente, a produtividade foi pouco afetada com doses acima de 60 a 80 kg/ha de P 2 O 5. Quando os teores de P no solo foram inferiores a 4 mg/dm 3 (solos argilosos) a produtividade aumentou até kg/ha de P 2 O 5. Em outro solo de Ipameri, com teor de P de 14 mg/dm 3, considerado adequado ou bom nas tabelas de interpretação de análise de solo do Cerrado, não houve resposta em produtividade. Em função do seu conhecido efeito residual e do baixo aproveitamento pelas culturas, o fósforo tende a se acumular no solo em áreas continuamente adubadas, sendo possível diminuir as quantidades aplicadas com o tempo. Na maioria dos solos cultivados com algodoeiro, na região do

8 Cerrado, os teores de P encontram-se em níveis considerados médios, bons/adequados ou altos. Nessas condições, tanto em experimentos conduzidos em Goiás como na Bahia, tem-se verificado que não há resposta à adubação com fósforo. Nesse caso, deve-se fazer adubação de manutenção apenas o suficiente repor a quantidade extraída pela cultura. Quanto ao modo de aplicação, em solos com baixos teores desse nutriente, a eficiência de uso do fertilizante pela planta é maior quando este é aplicado no sulco de semeadura, abaixo e ao lado da semente, sobretudo se for utilizada apenas a adubação de manutenção. Por outro lado, a aplicação de parte dos fertilizantes em pré-plantio é desejável, pois aumenta o rendimento da semeadoraadubadora. Por meio dos ensaios conduzidos no Estado de Goiás e na Bahia observou-se que o modo de aplicação do fósforo tem pouca influência sobre a produtividade do algodoeiro e, curiosamente, os níveis de fósforo na folha foram sempre maiores com a aplicação de fósforo a lanço que no sulco (FERREIRA & CARVALHO, 2005; CARVALHO et al., 2006f). Somente em um dos experimentos (Ipameri, safra 2004/2005) houve interação entre doses e modos de aplicação de fósforo sobre a produtividade de algodão, no qual a produtividade começou a cair com a aplicação de doses acima de 120 kg/ha no sulco de semeadura. Esses resultados indicam que, quando houver necessidade de se aplicar dose acima de 120 kg/ha de P 2 O 5 (adubação corretiva, por exemplo), é prudente aplicar uma parte em pré-plantio ADUBAÇÃO COM POTÁSSIO O potássio é o segundo nutriente mais absorvido e exportado pelo algodoeiro, sendo imprescindível para o desenvolvimento, produtividade e qualidade de fibra. Na maioria dos solos das regiões produtoras, que em sua condição natural são ácidos e pobres em nutrientes, a reserva de potássio não é suficiente para suprir a quantidade extraída pelas culturas por longo período; portanto, é essencial que o seu suprimento às plantas seja feito por meio da adubação. Diversos autores têm demonstrado resposta positiva do algodoeiro à adubação potássica no Cerrado, em solos com baixos teores desse nutriente, conforme revisão apresentada por Carvalho et al. (2005). No estado de Goiás, foram conduzidos vários experimentos envolvendo doses e modos de aplicação de potássio, entre as safras 2001/2002 a 2005/2006, em áreas com diferentes potenciais de produtividade e teores de K no solo (CARVALHO et al., 2005; FERREIRA & CARVALHO, 2005; CARVALHO et al., 2006a). Nesses ensaios, as doses que proporcionaram o máximo retorno econômico variaram de 60 a 180 kg/ha de K 2 O para a obtenção de a kg/ha de algodão em caroço, dependendo do teor de K no solo (CARVALHO et al., 2006a). As repostas do algodoeiro à adubação potássica ocorreram quando o teor de K no solo foi inferior a 98 mg/dm 3 e a relação (Ca+Mg)/K foi maior que 20. A análise do conjunto de experimentos indicou, também, que o teor de K na folha entre 15 e 25 g/dm 3, no perído do florescimento, permite a obtenção de produtividades entre a kg/ha; porém, os teores foliares de K tendem a diminuir a partir do início do período de enchimento das maçãs, o que deve ser considerado na interpretação dos resultados de análise de folha. Em solos arenosos da Bahia, já corrigidos e cultivados anualmente com algodoeiro, muitas vezes, não se obtém resposta à adubação potássica em áreas experimentais com teores de K trocável no solo entre 30 e 45 mg/dm 3. Provavelmente, a ausência de resposta nessas condições está relacionada com o efeito residual dos cultivos anteriores, pois embora a cultura absorva elevadas quantidades de potássio, a exportação é relativamente baixa (cerca de 30%), de modo que a maior parte do potássio permanece na lavoura nos resíduos da cultura. Há, também, a possibilidade de absorção do K de camadas mais profundas do solo, uma vez que o uso de gesso e de doses elevadas de fertilizantes nitrogenados facilita o movimento descendente de K no solo. Os resultados obtidos em experimentos de campo conduzidos em solos de textura argilosa de Goiás indicaram que o modo de aplicação de potássio (100% aplicado a lanço em pré-plantio ou em

9 cobertura; parte em pré-plantio e parte no sulco ou em cobetura; parte no sulco e parte em uma ou duas coberturas; em uma ou duas coberturas) tem pouca influência sobre o padrão de resposta da cultura em produtividade e acumulação de K na folha (CARVALHO & BARBOSA, 2003; BERNARDI et al., 2004; CARVALHO et al., 2005), mesmo com teor baixo desse nutriente no solo (CARVALHO & BARBOSA, 2003). Na prática, isso significa que o produtor poderá escolher a opção que lhe for mais conveniente ou mais econômica. Bernardi et al. (2004) demonstraram que, em solo de textura argilosa, a antecipação da adubação potássica do algodoeiro para o pré-plantio, na cultura de cobertura (milheto), foi mas eficiente que a aplicação no sulco. Essa prática promove maior desenvolvimento vegetativo da cultura de cobertura, aumentando a reciclagem de nutrientes. Por outro lado, a redução ou retirada do potássio do sulco de plantio permite maior flexibilidade na escolha da formulação e aumenta o rendimento de plantio, que é particularmente importante para o Cerrado, onde grandes áreas são plantadas em um período relativamente curto. Por outro lado, a aplicação de doses acima de 60 kg/ha de K 2 O no sulco de semeadura do algodoeiro deve ser evitada, devido ao efeito salino pelo aumento do potencial osmótico e, em alguns casos, para diminuir as perdas por lixiviação, principalmente nos solos com baixa capacidade de troca de cátions. Em solos arenosos, como os do Oeste da Bahia, é necessário atentar para o risco de perdas de K por lixiviação. Nessa região, em solo com 170 g/kg de argila e CTC de 3,4 cmol c /dm 3, na camada 0-20 cm, o teor de K não superou 0,17 cmol c /dm 3, mesmo com a aplicação de 320 kg/ha de K 2 O (FERREIRA & CARVALHO, 2005). Nesse mesmo estudo, observou-se aumento do teor de K no solo nas camadas e cm com o aumento da dose aplicada, indicando o alto potencial de lixiviação do que K não absorvido pelas plantas, que tende a ser agravado pelo uso de gesso e aplicação de altas doses de nitrogênio. Estudos mais recentes conduzidos nas condições do Cerrado da Bahia, por outro lado, mostraram que, em solos cultivados por vários anos com algodão e, portanto, com elevado efeito residual para K, a produtividade não foi afetada pelo modo de aplicação de potássio na adubação de manutenção (a lanço em pré-plantio, no sulco ou parcelada). Contudo, em estudos anteriores em solo arenoso de São Desidério, Oeste da Bahia, verificou-se que a aplicação de parte da adubação potássica em cobertura aumenta a eficiência de extração pela planta, diminuindo as perdas por lixiviação (FERREIRA & CARVALHO, 2005). O uso de doses elevadas tende a reduzir a eficiência de extração e aumentar as perdas, pois pouco acúmulo no solo foi medido após a colheita. Assim, a aplicação parcelada no plantio e em cobertura ainda parece ser o método mais apropriado de adubação potássica em solos de textura arenosa, conforme recomendações já existentes (THOMPSOM, 1999; SOUSA & LOBATO, 2004a) ADUBAÇÃO COM MICRONUTRIENTES Nos últimos anos, o uso de fertilizantes contendo micronutrientes na cultura do algodoeiro tem se tornado rotina no Brasil. Isso se deve, principalmente, ao fato de que a maior parte da área plantada está localizada na região dos Cerrados, onde na maioria dos solos os teores desses nutrientes são muito baixos. As pesquisas realizadas com micronutrientes na cultura do algodoeiro nas diversas regiões produtorasdo Brasil, sendo as mais recentes no Cerrado, mostram que: são freqüentes as respostas ao boro; as respostas ao zinco são raras e ocorrem em áreas de Cerrado recém-abertas ou em solos pobres nesse nutriente e cultivados sucessivamente sem adubação com zinco; eventualmente, ocorre resposta ao manganês via pulverização foliar, em solos com ph (em água) acima e 6,3; a adubação corretiva com zinco, cobre e boro é uma estratégia eficiente para suprir a necessidade desse nutrientes para a cultura, apresentando efeito residual de pelo menos quatro anos Em Santa Helena de Goiás, em um solo com 600 g/kg de argila e 0,4 mg/dm 3 de boro, foram observados sintomas de toxicidade nas plantas novas quando se aplicou mais de 2 kg/ha de B no sulco

10 de plantio; entretanto, os sintomas desapareceram à medida que a planta se desenvolveu e não afetou a produtividade de algodão (FERREIRA & CARVALHO, 2005). Por outro lado, quando o fertilizante foi aplicado a lanço e incorporado no solo antes do plantio, não foram detectados sintomas de toxicidade e nem diminuição da produtividade, nas duas safras avaliadas, mesmo com doses de até 21 kg/ha, quando os teores de B atingiram a 1,23 mg/dm 3 no solo e 84 mg/dm 3 na folha do algodoeiro (FERREIRA & CARVALHO, 2005). Foi verificado que os teores de B no solo foram mais elevados na camada de cm que na camada 0-20 cm, indicando que esse nutriente tende a se acumular na camada subsuperficial. Com relação ao modo de aplicação, nos experimentos conduzidos em solos arenosos do Oeste da Bahia e em solos argilosos de Santa Helena de Goiás, embora não tenha havido diferença de produtividade, dentre as diversas formas de aplicação no solo (pré-plantio a lanço, sulco, sulco + cobertura, cobertura) a aplicação parcelada, parte no sulco e o restante em cobertura, foi a que proporcionou maior aumento no teor de B na folha (FERREIRA & CARVALHO, 2005). Em solo argiloso de alta fertilidade em Turvelândia, Goiás, com saturação por bases, na camada 0-20 cm, variando de 54 a 76% e adubado anualmente com micronutrientes, não houve resposta à aplicação de zinco, cobre manganês e boro aplicados no solo (FERREIRA & CARVALHO, 2005). As concentrações dos micronutrientes nas folhas se encontravam em níveis considerados adequados, com exceção do manganês, cujos teores foram deficientes quando a saturação por bases do solo foi superior a 70%. Em Santa Helena de Goiás, em experimento conduzido por três anos (safras 2003/2004 a 2005/2006) em Latossolo vermelho argiloso com saturação por bases de 47% e 1,1 g/dm 3 de Zn (Mehlich 1), não houve resposta em produtividade com aplicação foliar (duas pulverizações foliares com 200 l/ha de solução 0,5% de sulfato de Zn) e nem com doses de 5 a 20 kg/ha de Zn aplicados a lanço e incorporado ou 1/3 da dose aplicada no sulco de plantio em cada safra, embora os teores de Zn no solo e na folha do algodoeiro tenham aumentado significativamente (CARVALHO et al., 2007a). No Oeste da Bahia, em solos de textura arenosa e média, onde a calagem em excesso chega a elevar o ph em água a valores acima de 6,3, é comum o aparecimento de sintomas de deficiência de manganês. Em Santa Helena de Goiás, um experimento conduzido por duas safras consecutivas em Latossolo vermelho argiloso com 13 mg/dm 3 de Mn e saturação por bases 57%, os teores de Mn na folha aumentaram linearmente com as quantidades aplicadas tanto no solo como via pulverizações foliares, porém não houve influência na produtividade. Mesmo sem a aplicação de manganês, o teor do nutriente na folha (116 mg/kg) se encontrava na faixa considerada suficiente para o algodoeiro. Em Goiás, também não foi observada resposta à aplicação de cobre em solo argiloso com 40 g/dm 3 de matéria orgânica, 58% de saturação por bases e 2,3 mg/dm 3 de cobre, na camada 0-20 cm de profundidade (FERREIRA & CARVALHO, 2005); os teores de Cu a folha variaram de 8 a 11 mg/kg. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Muitas pesquisas ainda são necessárias para aperfeiçoar e refinar a recomendação de adubação do algodoeiro no Cerrado, especialmente nas condições de solos arenosos do Oeste da Bahia, visando à obtenção de altas produtividades com o máximo de retorno econômico e com o mínimo risco ambiental. Contudo, os resultados de pesquisas acumuladas nos últimos anos indicam que as altas quantidades de nutrientes usadas na adubação do algodoeiro no Cerrado elevaram os seus níveis no solo. Com isso, as quantidades de nutrientes aplicadas na adubação podem ser reduzidas sem prejuízo da produtividade, tomando-se o cuidado de repor as quantidades exportadas pela cultura. Passado esse momento de exageros, provocados pela incerteza e falta de resultados de pesquisa, é hora de fazer ajustes nas recomendações de adubação, buscando o aumento da eficiência do uso dos fertilizantes, principalmente dos fertilizantes nitrogenados, cujos excessos podem provocar perdas do sistema e danos ao ambiente. As práticas de manejo que possibilitam a manutenção ou o aumento da matéria orgânica do solo, como as práticas conservacionistas (preparo mínimo, sistema plantio direto, integração agricultura-pecuária) devem ser priorizadas, visando, dentre outros inúmeros

11 benefícios, à maior eficiência do uso de fertilizantes e corretivos da acidez do solo. Nesse contexto, a adubação do algodoeiro nesses sistemas de manejo e a adubação do sistema, e não de uma determinada cultura, são os novos desafios, que merecem ser investigados. 7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA BARBOSA, K.A.; CARVALHO, M.C.S.; PICCOLO, M.C.; LEANDRO, W.M.; OLIVEIRA JÚNIOR, J.P. Épocas de adubação nitrogenada de cobertura na cultura do algodão cultivado em sistema plantio direto com integração lavoura-pecuária. In: CONGRESSO, BRASILEIRO DE ALGODÃO, 5., 2005, Salvador. Anais... Salvador: ABAPA/EMBRAPA-CNPA/FUNDEAGRO, GOVERNO DA BAHIA, p. BERNARDI, A.C.C; CARVALHO, M.C.S.; FREITAS, P.L.; OLIVEIRA JÚNIOR, J.P.; LEANDRO, W.M.; SILVA, T.M. No sistema plantio direto é possível antecipar a adubação do algodoeiro. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, p. (Embrapa Solos. Comunicado Técnico, 24). CARVALHO, M.C.S.; BARBOSA, K.A. Resposta do algodoeiro a doses e épocas de adubação potássica em solo de baixa fertilidade no cerrado de Goiás. Campina Grande: Embrapa Algodão, p. (Embrapa Algodão. Comunicado Técnico, 200) CARVALHO, M.C.S.; BARBOSA, K.A.; FERREIRA, A.C.B.; LEANDRO, W.M.; OLIVEIRA Jr, J.P. Sugestão de adubação potássica do algodoeiro para o estado de Goiás com base em resultados de pesquisa. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2006a. 5p. (Embrapa Algodão. Comunicado Técnico, 269) CARVALHO, M.C.S.; BARBOSA, K.A.; FERREIRA, A.C.B; LEADRO, W.M. Adubação fosfatada do algodoeiro em sistema de plantio direto no Cerrado. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA, 16., 2006, Aracajú. Novos desafios do carbono no manejo conservacionistas. Resumos e palestras. Aracajú: SBCS/UFS/Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2006b. CARVALHO, M.C.S.; BARBOSA, K.A.; FERREIRA, A.C.B; LEADRO, W.M. Modos e épocas de adubação potássica do algodoeiro no Cerrado. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE MANEJO E CONSERVAÇÃO DO SOLO E DA ÁGUA, 16., 2006, Aracajú. Novos desafios do carbono no manejo conservacionistas. Resumos e palestras. Aracajú: SBCS/UFS/Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2006c. 3p. CARVALHO, M.C.S.; BARBOSA, K.A.; LEANDRO, W.M. Adubação nitrogenada na sucessão braquiária/algodão em sistema plantio direto no Cerrado. In: FERTBIO 2006 REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIADDE DO SOLO, 27., 2006, Bonito, MS. Anais... Bonito: SBCS/SBM/Embrapa, 2006d. 4p. CARVALHO, M.C.S.; BARBOSA, K.A.; TEOBALDO, A.S. Resposta do algodoeiro a fontes, doses e modos de aplicação de zinco em solo argiloso do cerrado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DO ALGODÃO, 6., 2007, Uberlândia. Anais... Uberlândia: AMIPA/EMBRAPA, 2007a. 6p CARVALHO, M.C.S.; BERNARDI, A.C.C.; FERREIRA, G.B. O potássio na cultura do algodoeiro. In: YAMADA, T.; ROBERTS, T.L. Potássio na agricultura brasileira. Piracicaba: Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, Cap. 14. p CARVALHO, M.C.S.; FERREIRA, G.B.F. Calagem e adubação do algodoeiro no Cerrado. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2006e. 16p. (Embrapa Algodão. Circular Técnica, 92) CARVALHO, M.C.S.; LEANDRO, W.M.; BARBOSA, K.A. Sugestão de adubação fosfatada do algodoeiro para o estado de Goiás. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2006f. 5p. (Embrapa Algodão. Comunicado Técnico, 271)

12 CARVALHO, M.C.S.; LEANDRO, W.M.; FERREIRA, A.C.B.; BARBOSA, K.A. Sugestão de adubação nitrogenada do algodoeiro para o estado de Goiás com base em resultados de pesquisa. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2006g. 5p. (Embrapa Algodão. Comunicado Técnico, 268) CARVALHO, M.C.S.; OLIVEIRA Jr, J.P.; LEANDRO, W.M.; BARBOSA, K.A. Calagem e gessagem para o cultivo do algodoeiro no estado de Goiás. Campina Grande: Embrapa Algodão, 2006h. 5p. (Embrapa Algodão. Comunicado Técnico, 270) CARVALHO, M.C.S; BARBOSA, K.A.; LEANDRO, W.M. Adubação nitrogenada na sucessão braquiária/algodão em sistema plantio direto no cerrado. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 27.; REUNIÃO BRASILEIRA SOBRE MICORRIZAS, 11.; SIMPÓSIO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA DO SOLO, 9.; REUNIÃO BRASILEIRA DE BIOLOGIA DO SOLO, 6., 2006, Bonito, MS. FertBio Bonito: SBCS/UDESC, 2006f. CD ROM. CARVALHO, M.C.S; BARBOSA, K.A.; PICCOLO, M.C.; VIEIRA, C.B.; TEOBALDO, A.S. Antecipação da adubação nitrogenada do algodoeiro para a cultura de cobertura do solo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 31, 2007, Gramado. Anais... Gramado: SBCS/UFRS, 2007b. 6p. CUNHA, P.P.; CARVALHO, M.C.S.; BARBOSA, K. A.; LEANDRO, W. M. Épocas de adubação nitrogenada do algodoeiro cultivado em sucessão à milho/braquiária no Cerrado. In: FERTBIO 2006 REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIADDE DO SOLO, 27., 2006, Bonito, MS. Anais... Bonito: SBCS/SBM/Embrapa, 2006i. 4p. FERREIRA, G.B; CARVALHO, M.C.S. Adubação do algodoeiro no Cerrado com resultados de pesquisa em Goiás e Bahia. Campina Grande: Embrapa Algodão, p. (Embrapa Algodão. Documentos, 138). FERREIRA, G.B.; SEVERINO, L.S.; SILVA FILHO, J.L.; PEDROSA, M.B. et al. Aperfeiçoamento da tecnologia de manejo e adubação do algodoeiro no sudoeste da Bahia. In: SILVA FILHO, J.L.; PEDROSA, M.B. (Cords.). Resultados de pesquisa com a cultura do algodão no Oeste e Sudoeste da Bahia, Safra 2003/2004. Campina Grande: Embrapa Algodão, p (Embrapa Algodão. Documentos, 133) FREITAS, P.L.; BERNARDI, A.C.C.; MANZATTO, C.V.; RAMOS, D.P.; DOWICH, I.; LANDERS, J.N. Comportamento físico-químico dos solos de textura arenosa e média do Oeste baiano. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, p. (Embrapa Solos. Comunicado Técnico, 27) HERNANI, L.C.; FABRICIO, A.C. Perdas de solo e água por erosão: dez anos de pesquisa. Dourados: Embrapa Agropecuária Oeste, p. (Embrapa Agropecuária Oeste. Coleção Sistema Plantio Direto, 1). HERNANI, L.C.; FREITAS, P.L.; PRUSKI, F.F.; MARIA, I.C.; CASTRO FILHO, C.; LANDERS, J.N. A erosão e seu impacto. In: MANZATTO, C.; FREITAS JÚNIOR, E.; PERES, J.R..R. (Eds.). Uso agrícola dos solos brasileiros. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, p ROSOLEM, C.A. Micronutrientes em Algodão. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ALGODÃO, 5, Salvador, BA, Anais... Salvador, CD-ROOM. ROSOLEM, C.A.; FERELLI, L. Resposta diferencial de cultivaers de algodão ao manganês em solução nutritiva. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.24, n.2, p , ROSOLEM, C.A.; GIOMMO, G.S.; LAURENTI, G.L. Crescimento radicular e nutrição de cultivares de algodão em resposta ã calagem. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.35, n.4, p , 2000.

13 SÉGUY, L.; BOUZINAC, S.; MAEDA, N.; MAEDA, E.; OISHI, W.K.; IKEDA, A.M.; IDE, M.A. Construção dos sistemas de cultura à base de algodão, preservadores do meio ambiente do Brasil central. In: CIA, E.; FREIRE, E.C.; SANTOS, W.J. dos. (Ed.). Cultura do algodoeiro. Piracicaba: POTAFOS, p SILVA, J.E.; LEMAINSKI, J.; RESCK, D.V.S. Perdas de matéria orgânica e suas relações com a capacidade de troca catiônica em solos da região de cerrados do oeste baiano. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.18, p , SOUSA, D.M.G.; LOBATO, E. Calagem e adubação para culturas anuais e semiperenes. In: SOUSA, D.M.G. de; LOBATO, E. (Eds.) Cerrado: correção do solo e adubação. 2.ed. Cap. 12. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2004a. p SOUSA, D.M.G.; LOBATO, E. Correção da acidez do solo. In: SOUSA, D.M.G.; LOBATO, E. (Eds.). Cerrado: correção do solo e adubação. 2.ed. Cap. 3. Planaltina: Embrapa Cerrados, 2004b. p THOMPSON, W.R. Fertilization of cotton for yields and quality. In: CIA, E.; FREIRE, E.C.; SANTOS, W.J. dos. (Ed.). Cultura do algodoeiro. Piracicaba: POTAFOS, p ZANCANARO, L.; TESSARO, L. Calagem e adubação. In: Algodão: pesquisa e resultados para o campo. Cuiabá: FACUAL, p

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