Personagens: Duas Frases Oração subordinada Guarda do Reino
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- Esther de Vieira Carneiro
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1 Funcionamento da Língua O Reino das Orações
2 O Reino das Orações Personagens: Duas Frases Oração subordinada Guarda do Reino
3 ( Ao fim de um longo caminho, duas frases encontram um grande castelo envolto numa grande muralha, cuja entrada se encontra dividida: de um lado, uma entrada para as orações coordenadas, do outro, uma para as orações subordinadas) Frase 1: Que longo caminho percorremos! Estou estafada! Mas porque é que existem duas entradas diferentes? Frase 2: Não sei! Será que somos distintas?! O melhor será perguntar! (Aproximam-se da entrada) Professor Luís Desculpe, porque é que Araújo existem duas entradas?
4 Guarda do reino: É óbvio! Vocês acham que são iguais? Frase 1: Sim, somos! Quando separadas é cada uma por si, mas quando estamos juntas Guarda do reino: Sim Frase 2: Quando estamos juntas assumimos formas diferentes. Guarda do reino: Bem Parece-me então que vão ter de escolher: ou vão pela entrada à minha direita, que é a entrada das orações coordenadas, ou vão pela entrada que está à minha esquerda, que é a das orações subordinadas.
5 (Afastando-se, as duas frases entabulam uma conversa, tentando decidir por qual das portas irão entrar) Frase 1: Já não me recordava desta divisão. A que tipo de oração pertences? Frase 2: À das orações subordinadas. E tu? Frase 1: À das orações coordenadas. Parece que vamos ter que nos separar!
6 Frase 2: Sim o Reino está dividido. De um lado estão vocês, aquelas que, quando separadas, continuam a ter sentido. Do outro, estamos nós. Frase 1: (Dirigindo-se ao público) Sim, eu sei que a mim já me conhecem. Sabem que sou formada por duas frases simples que se ligam por uma conjunção ou locução conjuncional e que, mesmo separadas continuamos a fazer sentido. (Rindo: Se tiverem dúvidas, perguntem ao Luís Carlos!). Agora vou sair da história. Vou entrar no meu reino e dar lugar às orações subordinadas, que vocês têm mesmo de saber!
7 Frase 2: Parece que é aqui que nos separamos. Até à próxima! O Rei subordinante está à minha espera. Frase 1: Adeus! (e entra na porta que lhe corresponde) (Frase 2, entrando no reino) Frase 2: Que saudades do meu reino! Já sentia falta desta divisão: de um lado os subordinantes, do outro nós, as subordinadas. É quase como num livro que li, em que o rei mandava e o bobo obedecia. É a verdadeira divisão social! Ai, ai!...
8 (Dirigindo-se ao público) Devem estar a estranhar esta história do rei e do bobo, do subordinante e do subordinado. Mas já falaram nisso, que eu sei Vou explicar-vos: Nós, orações subordinadas, pertencemos à classe do povo. Regemo-nos e obedecemos aos nossos subordinantes, isto é, àqueles que nos são superiores, como o meu rei. Se ele não existisse também nós não teríamos sentido, pois dependemos deles.
9 Vou explicar-vos: Nós, as orações subordinadas, estamos sempre dependentes de uma oração subordinante, isto é, de uma oração principal, sem a qual não faríamos sentido. Por exemplo: No outro dia, enquanto caminhava até ao meu reino, ouvi um grupo de músicos a tocar que, após terem sido aplaudidos, agradeceram. Ora, esta história resume-se a uma oração subordinada: Os músicos agradeceram quando foram aplaudidos. Acham que poderíamos dizer: Os músicos agradeceram e Quando os músicos foram aplaudidos, separadamente?
10 Se tentarmos separar as duas orações, constatamos que eu (a subordinada), introduzida pela conjunção subordinativa quando, não tenho sentido se aparecer isolada. *Quando foram aplaudidos. Conseguem estabelecer a relação? O Bobo é subordinado ao rei e eu, oração subordinada, sou dependente da oração subordinante, aquela sem a qual não faço sentido. Tens de praticar porque só assim vais entender. Adeus, vou falar com o meu rei!
11 Agora que já sabes o que são orações subordinadas, deves ficar a saber que existem diferentes tipos.
12 Conjunções ou Locuções Subordinativas CAUSAIS (exprimem uma causa, um motivo, uma razão) porque, pois, como, porquanto, que, visto que, pois que, já que, por isso que, por isso mesmo que. TEMPORAIS (exprimem o tempo, a altura ou o momento) quando, enquanto, apenas, mal, como, antes que, depois que, logo que, assim que, até que, desde que, primeiro que, sempre que, todas as vezes que, tanto que, à medida que, ao passo que.
13 Vamos exercitar: Interliga as orações de acordo com as indicações entre parêntesis: 1- Hortênsia e Amarílis querem casar. Os seus noivos são ricos. (locução subordinativa causal) Hortênsia e Amarílis querem casar, visto que os seus noivos são ricos. 2- O Bobo canta. O rei pede. (locução subordinativa temporal) O Bobo canta todas as vezes que o rei pede. 3- As irmãs discutem. Violeta sonha com Reginaldo. (conjunção subordinativa temporal) Quando as irmãs discutem, Violeta sonha com Reginaldo.
14 Vamos exercitar:. Indica quais são as orações subordinantes e as orações subordinadas. 1- Sempre que o Bobo canta, as irmãs discutem. 2- Violeta ficou assustada quando o rei falou no sonho. 3- O rei baniu Violeta do reino, porque não a considera sua filha.
15 Vamos exercitar:. Identifica e classifica as orações subordinadas: 1- À medida que o tempo avança, o rei fica preocupado. 2- Reginaldo apaixonou-se por Violeta, desde que a viu pela primeira vez. 3- Como comparou o seu amor pelo Rei ao sal da comida, Violeta foi expulsa. 4- Felizardo gabou-se dos seus bens, quando chegou ao Palácio. 5- Mal ouviu a decisão do Rei, o Bobo indignou-se.
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