UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ SUÉLEN HUMPHREYS A LESÃO E O ESTADO DE PERIGO COMO VÍCIOS NOS NEGÓCIOS JURÍDICOS

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ SUÉLEN HUMPHREYS A LESÃO E O ESTADO DE PERIGO COMO VÍCIOS NOS NEGÓCIOS JURÍDICOS CURITIBA 2013

2 SUÉLEN HUMPHREYS A LESÃO E O ESTADO DE PERIGO COMO VÍCIOS NOS NEGÓCIOS JURÍDICOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Professor Marcos Aurélio de Lima Jr. CURITIBA 2013

3 TERMO DE APROVAÇÃO SUÉLEN HUMPHREYS A LESÃO E O ESTADO DE PERIGO COMO VÍCIOS NOS NEGÓCIOS JURÍDICOS Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Bacharel em Direito no Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Prof.º Doutor Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografia Bacharelado em Direito Faculdade de Ciências Jurídicas Universidade Tuiuti do Paraná Orientador: Prof.º Marcos Aurélio de Lima Jr. Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Banca Examinadora: Prof.º Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná Prof.º Curso de Direito Universidade Tuiuti do Paraná

4 Primeiramente a Deus, pois sem ele nada seria possível! Ao meu Orientador, Professor Marcos Aurélio, por ter gentilmente cedido seu tempo, e orientado na elaboração da minha monografia.

5 À minha mãe, Denise, por ter sempre estado ao meu lado, me apoiando e me dando forças para seguir em frente. Ao meu companheiro, Valentim, por ter acreditado em mim, e por ter ajudado a realizar meu sonho.

6 RESUMO Trata-se do estudo dos vícios do negócio jurídico, que quando ocorrem acabam por tornar o negócio defeituoso, e que tem como consequência a anulabilidade ou nulidade. No mundo jurídico, é de grande importância que existam institutos que possam tutelar direitos que foram violados em razão de um negócio jurídico ter sido realizado de forma desvantajosa para uma das partes e vantajosa para a outra, como ocorre, por exemplo, na lesão e no estado de perigo. Os referidos institutos têm como objetivo coibir práticas desleais na celebração dos negócios jurídicos, pois se não houvesse a possibilidade de arguir tais defeitos, bem como se valer das sanções previstas em cada um deles, os contratantes não teriam o receio de entabular negócios injustos, e com isso as relações estabelecidas poderiam deixar de ser pautadas na boa-fé, dando lugar a relações desiguais e criando um comportamento que é totalmente contrário ao que dispõe a lei. Palavras-chave: Vícios do Negócio Jurídico. Lesão. Estado de Perigo.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 - NEGÓCIO JURÍDICO CONCEITO DE NEGÓCIO JURÍDICO PLANOS DA EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA Plano da existência Manifestação de vontade Finalidade negocial Idoneidade do objeto Plano da validade Capacidade do agente Incapacidade absoluta Incapacidade relativa Capacidade especial Objeto lícito, possível, determinável ou determinado Objeto lícito Objeto possível Objeto determinável ou determinado Forma Plano da eficácia Condição, termo e encargo ou modo Conceito de condição Classificação das condições Termo Espécies de termo Encargo ou modo CAPÍTULO 2 - DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS VÍCIOS DE CONSENTIMENTO Erro ou ignorância Dolo Coação Estado de perigo Lesão... 26

8 2.2 VÍCIOS SOCIAIS Fraude contra credores Simulação CAPÍTULO 3 - ESTADO DE PERIGO CONCEITO DO ESTADO DE PERIGO REQUISITOS E CARACTERÍSTICAS DO ESTADO DE PERIGO EFEITOS DO ESTADO DE PERIGO CAPÍTULO 4 - LESÃO EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LESÃO CONCEITO DE LESÃO REQUISITOS DA LESÃO Requisito objetivo Requisito subjetivo EFEITOS DA LESÃO DIFERENÇAS ENTRE O ESTADO DE PERIGO E A LESÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS... 49

9 8 INTRODUÇÃO O ordenamento jurídico tem como finalidade estabelecer leis, que visam dar segurança jurídica as pessoas e as relações que elas entabulam entre si. Na esfera cível, existem várias leis que visam resguardar o direito das pessoas numa relação negocial, bem como leis que servem para tutelar o direito das pessoas, quando ocorre alguma violação. O tema abordado nesta monografia é sobre os defeitos ou vícios do negócio jurídico, especificamente sobre a lesão e o estado de perigo. O Código Civil elenca sete tipos de defeitos ou vícios do negócio jurídico que quando ocorrem acabam por torná-lo defeituoso, quais sejam, o erro ou a ignorância, o dolo, a coação, a lesão, o estado de perigo, a fraude contra credores e a simulação, e que acarretam como consequência a nulidade ou anulabilidade do negócio jurídico, a depender do vício ocorrido. Nesse trabalho, será abordado sobre como se forma um negócio jurídico, os planos da existência, validade e eficácia do negócio, e posteriormente sobre os vícios da lesão e do estado de perigo. Primeiramente, para um negócio jurídico existir e ser considerado válido há de se observar o que dispõe a lei e seguir todas as formalidades impostas, visto que a inobservância dos ditames legais pode acarretar algum tipo de nulidade. Além disso, deve-se observar também se o negócio foi celebrado sem a ocorrência de nenhum dos vícios acima dispostos, pois caso contrário, o negócio poderá tornar-se defeituoso, e pautando-se em um dos defeitos estabelecidos em lei, pleitear as penalidades impostas pelo ordenamento jurídico para cada um deles. Por outro lado, quando da celebração de um negócio jurídico, é de extrema importância que as partes cumpram todas as disposições legais e que a manifestação da vontade seja emanada de forma livre e consciente, pois assim o negócio não padecerá de nenhum tipo de vício, e será considerado juridicamente perfeito, produzindo todos os efeitos desejados pelos contratantes.

10 9 CAPÍTULO 1 - NEGÓCIO JURÍDICO 1.1 CONCEITO DE NEGÓCIO JURÍDICO Vejamos o conceito de negócio jurídico trazido por Roberto Senise Lisboa: Negócio jurídico é o acordo de declarações de vontades que tem por finalidade a aquisição, a modificação, ou a extinção de direito, decorrente do poder de auto-regulamentação de interesses que é conferido às partes. (2009, p. 334) [grifo do autor] O doutrinador Marcos Bernardes de Mello, faz considerações acerca do negócio jurídico: Diferentemente do ato jurídico stricto sensu, no negócio jurídico a vontade é manifestada para compor o suporte fáctico de certa categoria jurídica, à sua escolha, visando à obtenção de efeitos jurídicos que tanto podem ser predeterminados pelo sistema, como deixados, livremente, a cada um. Assim é que, por exemplo, nos contratos que são a mais importante espécie do negócio jurídico em geral os figurantes podem ter a liberdade de estruturar o conteúdo de eficácia da relação jurídica resultante, aumentando ou diminuindo-lhe a intensidade, criando condições e termos, pactuando estipulações diversas que dão, ao negócio, o sentido próprio que pretendem. (2012, p. 202) [grifo do autor] O negócio jurídico é uma manifestação de vontades que se funda pelo princípio da autonomia das partes, ou seja, as partes é que determinam como querem regular a relação a ser entabulada, estabelecendo as normas, bem como criando direitos e contraindo obrigações, como ocorre, por exemplo, em um contrato. A vontade, que é o requisito essencial do negócio, deve ser manifestada, ou seja, exteriorizada, pois caso contrário, não haverá negócio jurídico. Nesse sentido, Sílvio de Salvo Venosa: [...] uma vez fixado ser a vontade elemento, pressuposto do negócio jurídico, é fundamental que ela se exteriorize. Enquanto não externada ou exteriorizada não há que se falar em negócio jurídico. Para a vontade, no psiquismo do agente, há um estímulo interno que leva à prática de determinado ato jurídico, mas, enquanto esse agente não exterioriza tal impulso, não pode haver negócio jurídico. (2008, p. 354) Ademais, a vontade a ser emanada pelas partes devem estar em conformidade com o que determina a ordem jurídica, não atentando contra as normas de ordem pública, por exemplo, a lei não permite que o pai realize uma

11 10 venda a determinado filho, se não houver o consentimento dos demais filhos, bem como de seu cônjuge. Nesse contexto, tais imposições acabam por restringir a autonomia da vontade, que deverão se adequar a lei, uma vez que a autonomia privada não pode superar os ditames legais. Nesse sentido, assevera Carlos Roberto Gonçalves: Pelo tradicional princípio da autonomia da vontade as pessoas têm liberdade de, em conformidade com a lei, celebrar negócios jurídicos, criando direitos e contraindo obrigações. Esse princípio sofre algumas limitações pelo princípio da supremacia da ordem pública, pois muitas vezes, em nome da ordem pública, e do interesse social, o Estado interfere nas manifestações de vontade, especialmente para evitar a opressão dos economicamente mais fortes sobre os mais fracos. (2012, p. 350) [grifo do autor] Quando o negócio jurídico for pactuado respeitando as imposições legais, a relação jurídica se torna obrigatória, e em atenção ao princípio da pacta sunt servanda, as partes devem cumprir com o que foi acordado, visto que se o negócio não colidir com a lei, o ato praticado e válido, gerando consequentemente os efeitos pretendidos pelas partes. 1.2 PLANOS DA EXISTÊNCIA, VALIDADE E EFICÁCIA Além da vontade, para o negócio jurídico existir ele deve constituir-se também de certos elementos, e para ser considerado válido deve preencher os requisitos determinados em lei, sob pena de ser considerado nulo ou anulável quando preterir as formalidades legais. As partes podem ainda incluir cláusulas acessórias que atuarão na eficácia do negócio entabulado, e quando apostas, integrarão o ato, devendo necessariamente ser cumpridas respeitando a forma estabelecida, desde que essa determinação não infrinja preceitos legais. Nesse sentido, Carlos Roberto Gonçalves: A classificação tradicional dos elementos do negócio jurídico, que vem do direito romano, divide-os em: essentialia negotii, naturalia negotii e accidentalia negotti. Elementos essenciais (essentialia negotii) são os estruturais, indispensáveis à existência do ato e que lhe formam a substância: a declaração de vontade nos negócios em geral; a coisa, o preço e o consentimento (res, pretium et consensus), na compra e venda, por exemplo.

12 11 Elementos naturais (naturalia negotii) são as consequências ou efeitos que decorrem da própria natureza do negócio, sem necessidade de expressa menção. Elementos acidentais (accidentalia negotti) consistem em estipulações acessórias, que as artes podem facultativamente adicionar ao negócio, para modificar alguma de suas consequências naturais, como a condição, o termo e o encargo ou modo. (CC, arts. 121, 131 e 136). (2012, p. 347) [grifos do autor] Plano da Existência O plano da existência leva em consideração se o ato existe, ou seja, se existiu uma declaração de vontade. Nesse contexto, asseveram os doutrinadores Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho: É nesse plano que se estudam os elementos constitutivos do negócio jurídico, sem os quais estar-se-ia diante de um não ato, não havendo que se cogitar em validade ou eficácia. (2012, p. 367) [grifo dos autores] Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 350), no plano da existência, não existe um consenso doutrinário sobre quais são os elementos que devem compor este plano. O autor enumera os seguintes: a manifestação de vontade, a finalidade de realizar um negócio e a idoneidade do objeto, sendo que, se o negócio não contiver os elementos necessários é como se nunca tivesse existido Manifestação de Vontade A declaração da vontade é imprescindível ao negócio jurídico, de forma que tal declaração deve ser manifestada ou exteriorizada, pois somente com a manifestação da vontade é que o negócio passa a ter relevância para o direito. Nesse sentido, aduz Maria Helena Diniz (2011, p. 485): Tal declaração volitiva deverá ser livre e de boa-fé, não podendo conter vício de consentimento, nem social, sob pena de invalidade negocial. Segundo José Jairo Gomes (2006, p. 370), a vontade pode ser manifestada de forma expressa ou tácita. Dá-se de forma expressa quando é falada ou escrita, porém não deixando dúvidas da intenção da pessoa. Ocorre de forma tácita quando for manifestada por meio de comportamentos que sejam adotados pela parte, mas que demonstrem a declaração de vontade da pessoa.

13 12 No que tange ao silêncio como manifestação de vontade, aduz ainda José Jairo Gomes (2006, p. 370): Em certas circunstâncias, até mesmo o silêncio pode dar forma a uma declaração de vontade. [grifo do autor] Nesse contexto, vejamos o que dispõe o artigo 111 do Código Civil, quando trata sobre este assunto: Art O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. (BRASIL, 2012, p. 159) Contudo, o silêncio por si só, não tem o condão de representar a manifestação de vontade, não podendo, dessa forma, obrigar a pessoa pelo simples fato de ter se mantido silente, vez que o silêncio somente terá efeito quando a lei lhe conferir essa prerrogativa Finalidade Negocial Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 355): A finalidade negocial ou jurídica é o propósito de adquirir, conservar, modificar ou extinguir direitos. [grifo do autor] Desse modo, para efetivamente existir o negócio jurídico, a manifestação de vontade da pessoa deve ter um intuito negocial Idoneidade do Objeto Acerca da idoneidade do objeto, Silvio Rodrigues: Assim, só será idôneo para o negócio de hipoteca o bem imóvel, o navio ou o avião. Os demais bens são inidôneos, para serem objeto de um hipoteca; da mesma maneira só podem ser objeto do mútuo as coisas fungíveis, e do comodato, as infungíveis. (2003, p. 171) Dessa forma, o objeto deve ser idôneo para se celebrar o negócio jurídico, pois do contrário, o objeto não terá os elementos exigidos pela lei e não produzirá os efeitos pretendidos pelo negócio. 1.3 Plano da validade

14 13 Para que o negócio jurídico seja reconhecido pelo direito e possa produzir todos os seus efeitos, é necessário que se revista de certos requisitos obrigatórios dispostos na lei, quais sejam, o agente, o objeto e a forma, conforme dispõe o artigo 104 do Código Civil, vejamos: Art A validade do negócio jurídico requer: I agente capaz; II objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III forma prescrita ou não defesa em lei. (BRASIL, 2012, p. 159) Capacidade do agente Conforme determina o artigo legal, um dos requisitos é a capacidade civil da pessoa, que é adquirida aos 18 anos de idade ou através da emancipação. Acerca da capacidade da pessoa, assevera o doutrinador Roberto Senise Lisboa: Somente o sujeito dotado de plena capacidade pode administrar os seus bens e celebrar negócios jurídicos, ainda que por meio de representante legal ou contratual, como é o que sucede com o mandatário, que age em nome do mandante. (2009, p. 335) Dessa forma, a pessoa deve ter a plena capacidade, pois senão seus atos praticados não serão considerados juridicamente válidos Incapacidade Absoluta A incapacidade absoluta diz respeito a idade do agente como também a outras causas, conforme artigo 3º do Código Civil: Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil: I os menores de dezesseis anos; II os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; III os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir a sua vontade. (BRASIL, p. 149) Segundo o doutrinador Marcos Bernardes de Mello (2011, p. 116), aos menores de dezesseis anos, não é permitido praticar nenhum negócio jurídico, visto que lhes falta uma experiência de vida, o que não lhes traz o discernimento

15 14 necessário para tratar de seus interesses. Sendo assim, tais negócios somente poderão ser realizados por seus pais, tutores ou curadores. O artigo 166, inciso I do Código Civil dispõe sobre essa questão: Art É nulo o negócio jurídico quando: I celebrado por pessoa absolutamente incapaz. (BRASIL, 2012, p. 162) Em relação aquelas pessoa que não tem o necessário discernimento para praticar determinados atos da vida civil, assevera José Jairo Gomes: A incapacidade absoluta dos portadores de enfermidade ou deficiência mental funda-se na inaptidão para se conduzirem com independência, autonomia e eficiência na vida, regendo suas pessoas e seus bens. (2006, p. 153) Ainda, para aqueles que encontram-se impossibilitados de manifestar a sua vontade, também não é facultado entabular nenhum negócio jurídico, dado a sua situação momentânea. Dessa forma, se um negócio for entabulado com alguma pessoa que se enquadre em uma das hipóteses previstas no artigo 3º do Código Civil, o ato praticado não terá validade para o ordenamento jurídico, pois em conformidade com a lei, o negócio é considerado nulo Incapacidade Relativa Código Civil: No tocante a essa forma de incapacidade, vejamos a definição do artigo 4º do Art. 4º. São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer: I os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; IV os pródigos. (BRASIL, 2012, p. 149) O artigo legal elenca as formas de incapacidade relativa, de forma que, quando o agente for relativamente incapaz, o ato deve ser praticado sob a assistência das pessoas determinadas em lei, sob pena de não alcançarem os efeitos desejados pelas partes.

16 15 Porém, conforme o doutrinador Marcos Bernardes de Mello (2011, p. 185), o ato deve ser realizado pessoalmente pelo relativamente incapaz, sendo que o seu assistente deve apenas assentir quanto a prática do referido ato. Vejamos o que estabelece o artigo171, inciso I do Código Civil: Art. 171 Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I por incapacidade relativa do agente; (BRASIL, 2012, p. 162) Assim, as formalidades devem ser observadas, pois caso contrário terá como consequência a anulabilidade, conforme estabelece a lei Capacidade Especial Além da capacidade geral do agente, há de se falar ainda em uma capacidade especial para realizar o negócio jurídico. Nesse contexto, assevera Caio Mário da Silva Pereira: O requisito subjetivo da validade dos negócios jurídicos envolve, pois, além da capacidade geral para a vida civil, a ausência de impedimento ou de restrição para o negócio em foco: é necessário, portanto, que o agente, além de capaz, não sofra ainda diminuição instituída especificamente para o caso. Quando a lei diz que o tutor não pode, mesmo em hasta pública, adquirir bens do pupilo, cria um impedimento que não importa em incapacidade geral, mas que atinge apenas o ato de aquisição ex ratione personarum. (2009, p. 416) [grifo do autor] Dessa forma, para que o negócio jurídico seja válido, e necessário também não haver nenhuma causa de impedimento, pois tal fato também poder acarretar a invalidade do negócio jurídico Objeto lícito, possível, determinável ou determinado Para o negócio jurídico ser válido, é necessário também que o objeto seja lícito, possível, determinado ou determinável. Vejamos cada um desses requisitos Objeto Lícito

17 16 A questão da licitude é que o objeto deve estar em conformidade com a lei, além de não atentar contra à moral, os bens costumes e a ordem pública, pois do contrário, gerará a nulidade do negócio Objeto possível Ademais, além da licitude do objeto, o mesmo deve ser possível, vez que a sua impossibilidade acarretará a invalidade. Ocorre a impossibilidade quando o objeto encontra expressamente proibição legal, conforme ensina Carlos Roberto Gonçalves: A impossibilidade jurídica do objeto ocorre quando o ordenamento jurídico proíbe, expressamente, negócios a respeito de determinado bem, como a herança da pessoa viva (CC, art. 426), de alguns bens fora do comércio, como os gravados com a cláusula de inalienabilidade etc. (2012, p. 361) [grifo do autor] Porém, para acarretar a invalidade, a impossibilidade tem que ser absoluta, ou seja, não podendo ser realizada sob nenhuma circunstância, pois caso possa ser realizada de outra forma, como ocorre na impossibilidade relativa, o negócio jurídico não será invalidado, conforme preconiza o artigo 106 do Código Civil: Art. 106 A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. (BRASIL, p. 159) Objeto determinável ou determinado O objeto, ainda deve ser determinado ou determinável, o que significa que deve ser descrito ou ser determinado no momento da execução do negócio. Acerca da ilicitude, impossibilidade ou indeterminabilidade do objeto, dispõe o artigo 166 do Código Civil: Art. 166 É nulo o negócio jurídico quando: II for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; (BRASIL, 2012, p. 162)

18 17 Assim, é de extrema importância que os requisitos em relação ao objeto sejam observados, pois se não o forem, ocorrerá a nulidade, conforme dispõe a lei Forma A forma é o meio pelo qual a lei determina como o negócio jurídico será externado. O direito brasileiro adota a forma livre, sendo que não há necessidade da declaração de vontade ser praticada com solenidade, ou seja, devendo seguir um padrão estabelecido em lei, a não ser quando a lei expressamente assim determinar. Assim, quando a lei não dispuser nada em contrário, as partes podem entabular os negócios como desejarem, isto é, para o negócio ser válido não é necessário seguir um padrão determinado na lei, conforme se conclui do artigo 107 do Código Civil: Art. 107 A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir. (BRASIL, 2012, p. 159) Porém, o artigo 104 do Código Civil, determina que a forma a ser utilizada no negócio jurídico seja prescrita, ou seja, determinada pela lei, ou que não exista nenhuma proibição legal na forma de praticar o negócio, vejamos: Art A validade do negócio jurídico requer: III forma prescrita ou não defesa em lei. (BRASIL, 2012, p. 159) Conforme assevera Silvio Rodrigues (2003, p. 176), há casos em que a lei determina uma forma especial para o negócio jurídico, como por exemplo, a compra e venda de imóveis de valor superior ao fixado em lei. Assim, os atos que devem ser praticados de forma prescrita em lei são os atos formais ou solenes, isto é, atos que devem obedecer as formalidades legais; já os atos que não dependem de uma forma determinada em lei para ocorrer, ou seja, não se submetem a um rigor legal, são os atos não formais ou não solenes. Quando a lei determina uma solenidade para o aperfeiçoamento do ato, se tal solenidade for preterida, ocorrerá a nulidade do negócio, vejamos: Art. 166 É nulo o negócio jurídico quando:

19 18 IV não revestir a forma prescrita em lei; (BRASIL, 2012, p. 162) Assim, as formalidades dispostas em lei devem ser observadas e cumpridas, vez que sua inobservância terá como consequência a nulidade do ato praticado, isto é, o negócio entabulado que preterir ao rigor legal, não terá validade jurídica. 1.4 Plano da eficácia Condição, termo e encargo ou modo Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 376), nosso Código Civil dispõe sobre três modalidades de elementos acessórios nos negócios jurídicos, a saber, condição, termo e encargo ou modo. Tais elementos acessórios representam uma autolimitação na vontade das partes, sendo aceitos somente quando tratar-se de negócios patrimoniais, com algumas exceções, como a aceitação e renúncia da herança, e sofrendo restrições quando tratar-se de assuntos pessoais, como por exemplo, os direitos de família puros e os direitos personalíssimos. Nas palavras de Sílvio de Salvo Venosa: [...] Por vários modos, pode ocorrer o fenômeno: ora é aposto obstáculo à aquisição do direito, ora subordina o efeito do negócio a sua ocorrência, sujeitando-se a evento futuro e incerto, estatuindo-se a condição. Por vezes, o sujeito fixa tempo para início e fim dos efeitos do negócio jurídico e especifica um termo dentro de lapso de tempo que se denomina prazo. Por outro lado, pode o agente instituir uma imposição ao titular de um direito, não impedindo, contudo, sua aquisição, o que se denomina modo, ônus ou encargo. (2008, p. 449 e 450) [grifo do autor] Contudo, a condição, o termo e o encargo, não são necessários para que o negócio exista, porém, quando convencionados passam a integrar o negócio acordado, tornando-se essenciais, bem como passam a integrar o plano da eficácia Conceito de condição

20 19 A condição trata-se de um evento futuro e incerto, que é aposta pelas partes e que subordinará os efeitos do negócio jurídico ao que foi determinado, sendo que enquanto não ocorrer a condição, o negócio não produzirá seus efeitos. Vejamos o conceito de condição trazido no artigo 121 do Código Civil: Art. 121 Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. (BRASIL, 2012, p. 159) Acerca da condição, Maria Helena Diniz (2011, p. 563): Assim um ato negocial é condicional quando seu efeito, total ou parcial, depende de um acontecimento futuro e incerto Classificação das condições São várias as classificações das condições, porém neste trabalho apontaremos duas, a condição suspensiva e a resolutiva. Vejamos o disposto no artigo 125 do Código Civil sobre a condição suspensiva: Art. 125 Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta não se verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa. (BRASIL, 2012, p. 159) Segundo Paulo Nader (2009, p. 354): Condição suspensiva é o acontecimento futuro e incerto que, se realizado, provoca a aquisição do direito. [grifo do autor] Na condição suspensiva, o negócio somente produzirá os efeitos pretendidos quando se verificar a ocorrência do evento futuro e incerto, quando então, efetivamente o direito será adquirido. Assim, enquanto não ocorrer a condição, o direito fica suspenso, e a obrigação não pode ser exigida pelo titular desta expectativa de direito. Sobre a condição resolutiva, assevera Silvio Rodrigues: O negócio sujeito à condição resolutiva se aperfeiçoa desde logo, todavia fica sujeito a se desfazer, e de fato se desfaz, se ocorrer aquele evento futuro e incerto referido na avença. (2003, p. 251)

21 20 Na condição resolutiva, a aquisição do direito se dá imediatamente, porém com o a ocorrência do evento futuro e incerto, extingue-se o direito havido pelo negócio jurídico. Estabelece o artigo 127 do Código Civil: Art. 127 Se for resolutiva a condição, enquanto esta não se realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido. (BRASIL, 2012, p. 160) Carlos Roberto Gonçalves traz um exemplo de condição resolutiva: [...] o beneficiário da doação, depois de recebido o bem, casa-se com a pessoa que o doador proibirá, tendo este conferido ao eventual casamento o caráter de condição resolutiva; ou alguém constituiu uma renda em favor de outrem, enquanto este estudar. (2012, p. 388) Nesse contexto, com o implemento da condição, o direito que fora concedido anteriormente extingue-se Termo No termo, as partes podem determinar quando que a eficácia do negócio jurídico começará a ocorrer, bem como quando terminará, sendo que o termo é um evento futuro e certo. Assevera Paulo Nader (2009, p. 362): Do ponto de vista legal, termo é o marco temporal que define o começo ou o fim dos efeitos de um negócio jurídico Espécies de termo: Várias são as espécies de termo, sendo que abordaremos sobre termo inicial e termo final. Termo inicial (dies a quo) ou suspensivo: momento em que se iniciam os efeitos do negócio, porém sem poder exercer o direito. Vejamos o que dispõe o art. 131 do Código Civil: Art O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. (BRASIL, 2012, p. 160)

22 21 Dessa forma, como o termo não suspende o direito, ou seja, o direito é certo e poderá ser exercido quando da ocorrência do termo, o titular pode exercer atos de conservação, conforme preconiza o artigo legal. Termo final (dies ad quem ou ad diem) ou resolutivo: momento em que encerra os efeitos do negócio, até então vigentes. Conforme Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 394), o termo e a condição suspensiva assemelham-se, vez que suspendem o exercício do direito. Suas diferenças é que na condição suspensiva além do direito estar suspenso, suspendese também a sua aquisição. Já no termo somente suspende o exercício do direito, contudo a sua aquisição já é certa Encargo ou modo Segundo Roberto Senise Lisboa (2009, p. 355), o encargo é uma cláusula acessória do negócio jurídico, que traz uma obrigação de fazer ao favorecido de uma liberalidade. Vejamos o conceito de encargo ou modo nas palavras de Inacio de Carvalho Neto: Encargo é a limitação trazida a uma liberalidade, diminuindo a sua extensão. É o caso, v.g., do testamento em que se deixa uma casa a Fulano, com o encargo de que ele cuide do cachorro que lá está. O encargo é também chamado de modo; daí chamar-se o negócio sujeito a encargo de negócio modal. (2008, p. 394) O encargo obriga ao beneficiário, porém não suspende o seu direito, salvo se constar expressamente tal disposição, conforme artigo 136 do Código Civil: Art. 136 O encargo não suspende a aquisição, nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva. (BRASIL, 2012, p. 160) Ademais, o encargo deve ser somente para a realização de coisas lícitas e que sejam possíveis de serem executas, pois do contrário, o encargo será tido como sendo um encargo inexistente, de forma que o beneficiário não precisará cumpri-lo.

23 22 CAPÍTULO 2 - DEFEITOS DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS Conforme Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 399), a manifestação de vontade é indispensável para a existência do negócio jurídico, e para o negócio ser considerado válido, é necessário que a vontade seja manifestada livremente, pois se ocorrer um vício na sua declaração, que traga como consequência algum prejuízo ao próprio agente, a um terceiro ou mesmo a ordem pública, pode-se dizer que o negócio é defeituoso. Roberto Senise Lisboa traz um conceito sobre os defeitos do negócio jurídico: Defeito do ato ou do negócio jurídico é todo vício que torna imperfeita a manifestação de vontade do sujeito de direito. É a desconformidade ou irregularidade da exteriorização da vontade humana que torna o ato ou o negócio defeituoso, sujeito à declaração judicial de nulidade ou anulabilidade. (2009, p. 367) [grifo do autor] Nesse contexto, existem os vícios do negócio jurídico dispostos no Código Civil, quais sejam, o erro ou a ignorância, o dolo, a coação, o estado de perigo, a lesão, a fraude contra credores e a simulação. Quando um desses vícios integra um negócio jurídico, a lei possibilita que a parte lesada pleiteie a anulação ou nulidade, a depender do defeito ocorrido. 2.1 VÍCIOS DE CONSENTIMENTO Assevera Paulo Nader sobre os vícios de consentimento e vícios sociais: Os negócios jurídicos, especialmente os contratos, são recursos técnicos que a ordem jurídica disponibiliza visando à composição dos interesses. Quando a vontade declarada não corresponde à intenção ou ao querer espontâneo do agente não se pode afirmar que os interesses foram satisfeitos, ao contrário, instaura-se o conflito na relação. Uma das funções do direito é justamente a de propiciar o equilíbrio social, afastando qualquer fator de desarmonia na sociedade, daí a razão porque os atos negociais que nascem em desconformidade com a vontade dos agentes são considerados defeituosos, padecendo de vícios comprometedores de sua validade. A Lei Civil declara tais negócios nulos ou anuláveis. No primeiro caso, a invalidade não depende da vontade do agente, enquanto no segundo é indispensável a sua iniciativa para o desfazimento do ato. Nesta última hipótese, a permanência do ato às vezes consulta mais ao interesse do agente do que a sua anulação. (2009, p. 371) [grifo do autor]

24 23 São vícios de consentimento o erro ou a ignorância, o dolo, a coação, o estado de perigo, a lesão e a fraude contra credores. Assevera José Jairo Gomes: Os vícios do consentimento provocam uma declaração de vontade divergente do verdadeiro querer do declarante. Estabelece-se um conflito entre a vontade exteriorizada e a íntima e verdadeira intenção da parte. Aqui, há um desvio da vontade, que se forma ou se manifesta de maneira deturpada, poluída, corrompida, adulterada, enfim, viciada. (2006, p. 412) [grifo do autor] Esses vícios afetam diretamente a manifestação da vontade do agente, não correspondendo a sua real vontade de forma que, a pessoa somente entabula o negócio jurídico em razão de certas circunstâncias. Vejamos cada um deles Erro ou ignorância O doutrinador Sílvio de Salvo Venosa traz o conceito do referido vício: O primeiro vício de consentimento é o erro, com as mesmas consequências da ignorância. Trata-se de manifestação de vontade em desacordo com a realidade, quer porque o declarante a desconhece (ignorância), quer porque tem representação errônea dessa realidade (erro). (2008, p. 374) [grifo do autor] Vejamos agora o que dispõe o Código Civil sobre o erro: Art São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias de negócio. (BRASIL, 2012, p. 160) [grifo meu] No caso de um negócio praticado sob a ocorrência do erro ou ignorância, somente se poderá anular tal negócio, se a pessoa ao manifestar sua vontade, agiu com cautela, de forma que, nesse caso receberá a proteção do ordenamento jurídico. Nesse sentido, Marcos Bernardes de Mello: O que a norma exige é que as pessoas usem de diligência no tráfico negocial, punindo aquele que age negligentemente. A norma não se dirige ao outro figurante do negócio, mas àquele que alega o erro. Se a pessoa vítima de erro atuou, em face das circunstâncias do negócio, com diligência normal, o seu erro é escusável e, portanto, é o negócio anulável. Se, ao contrário, a sua

25 24 análise das circunstâncias do negócio foi negligente, estulta, grosseira, o erro é inescusável e, portanto, não constitui causa de anulabilidade. (2011, p. 196) Ainda, a lei se refere a ocorrência de um erro substancial, conforme dispõe o artigo 139 do Código Civil: Art O erro é substancial quando: I interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais; II concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante; III sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. (BRASIL, 2012, p. 160) Nesse contexto, a lei se refere a um tipo de erro que efetivamente traga um grave prejuízo a pessoa, de forma que não é qualquer erro que torna o negócio jurídico anulável Dolo O Código Civil não estabelece um conceito de dolo. Dessa forma, vejamos a definição deste defeito do negócio jurídico trazido pelo doutrinador Paulo Nader: Consiste o dolo em artifícios ou manobras de uma pessoa visando a induzir outra em erro a fim de tirar proveito para si ou para terceiro. É prática desonesta de que se vale maliciosamente alguém pretendendo a realização de um ato negocial vantajoso. (2009, p. 382) A ocorrência desse vício tem o condão de fazer com que a pessoa que manifesta a sua vontade, a manifeste pautada no erro, todavia um erro que se dá através da falsa percepção da realidade, induzido pela outra parte que tem a intenção de prejudicar a vítima. Existem várias espécies de dolo, dentre as quais duas serão apontadas, quais sejam, dolo principal e dolo acidental. O artigo 145 do Código Civil dispõe sobre o dolo principal, vejamos: Art. 145 São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa. (BRASIL, 2012, p. 160)

26 25 Segundo Roberto Senise Lisboa (2009, p. 387): O dolo essencial, também chamado de dolus causam, substancial ou principal, anula o ato ou o negócio quando for causa determinante da sua realização. [grifo do autor] Acerca do dolo acidental, dispõe o artigo 146 do Código Civil: Art O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo. (BRASIL, 2012, p. 160) Conforme José Jairo Gomes (2006, p. 419), o dolo acidental não tem o condão de tornar o negócio jurídico anulável, pelo fato de que não afeta de forma grave a vontade da pessoa, obrigando somente a ressarcir as perdas e danos à parte lesada, uma vez que o referido negócio seria realizado de qualquer forma, independentemente de estar ocorrendo um induzimento malicioso ou não. Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 415), a diferença entre o erro e o dolo é que no dolo o desacordo da realidade é provocado intencionalmente por outra pessoa. Já no erro, a pessoa comete o engano sozinha, ou seja, ninguém a induz ao equívoco Coação Fábio Ulhoa Coelho traz o conceito de coação: Coação é o constrangimento da vontade da parte declarante, através da ameaça de violência física ou moral, feita pelo próprio destinatário da declaração ou por terceiro. (2003, p. 337) a coação: Vejamos o que o Código Civil dispõe acerca dos pressupostos para configurar Art.151. A coação, para viciar a declaração de vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou a seus bens. (BRASIL, 2012, p. 161) Dessa forma, a coação deve ser o motivo fundamental do consentimento, de forma que, traga a pessoa, a algum parente seu ou a seus bens, um grave receio de prejuízo iminente. São várias as espécies de coação, sendo que será feito considerações sobre a coação absoluta (vis absoluta) e a coação relativa (vis compulsiva).

27 26 Na coação absoluta não ocorre uma manifestação de vontade, sendo que a vantagem é alcançada através da violência física. Nesse sentido, assevera José Jairo Gomes: Na coação absoluta, há constrangimento físico, corporal. O coato fica privado de manifestar sua vontade, figurando como títere do coator. Não há espaço para que ele se manifeste, não lhe restando alternativa. Na verdade, a única vontade expressada é a do coator. A violência física exclui a possibilidade de haver declaração de vontade por parte da vítima, de modo que o negócio jurídico resultante é inexistente. Não se trata de nulidade, pois o negócio não chega a adentrar ao mundo jurídico, porquanto sequer pode-se considerar que tenha havido declaração de vontade. (2006, p. 422) Segundo, Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 425), na coação relativa, o negócio se torna anulável, vez que a pessoa faz alguma escolha, ou seja, existirá uma vontade, mesmo que essa manifestação de vontade lhe traga um prejuízo. Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, diferenciam o estado de perigo da coação: No estado de perigo, diferentemente do que ocorre na coação, o beneficiário não empregou violência psicológica ou ameaça para que o declarante assumisse obrigação excessivamente onerosa. O perigo de não salvar-se, não causado pelo favorecido, embora de seu conhecimento, é que determinou a celebração do negócio prejudicial. (2012, p. 415) [grifo dos autores] Estado de perigo Roberto Senise Lisboa conceitua esse vício: trabalho. Estado de perigo (stato di pericolo) é a situação na qual a vítima se encontra que a obriga realizar negócio jurídico contendo prestação que lhe é onerosa, para se livrar de risco iminente à sua vida ou à sua saúde. (2009, p. 404) [grifo do autor] O referido tema será tratado detalhadamente no capítulo 3 do presente Lesão Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 442), quando um negócio é pactuado em razão de uma das partes encontrar-se em necessidade ou mesmo pela sua inexperiência, que lhe traga um prejuízo decorrente de uma manifesta

28 27 desproporção no tocante a prestação e a contraprestação, caracteriza-se a lesão, tema esse que será aprofundado no capítulo 4 deste trabalho. A ocorrência dos vícios sociais traz como consequência a anulabilidade do negócio jurídico. Nesse contexto, dispõe o artigo 171 do Código Civil: Art Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores. (BRASIL, 2012, p. 162) [grifo meu] Todavia, apesar da fraude contra credores ser considerado pela doutrina um vício social, a sua ocorrência trará a possibilidade de anulação, conforme disposição legal. 2.2 VÍCIOS SOCIAIS Conforme Sílvio de Salvo Venosa (2008, p. 375), os vícios sociais tem como objetivo enganar terceiros. A manifestação da vontade corresponde a vontade querida pela pessoa, contudo, é manifestada com a intenção de prejudicar terceiros. A fraude contra credores e a simulação apresentam-se como vícios sociais. Vejamos cada um deles Fraude contra credores De acordo com Roberto Senise Lisboa (2009, p. 416), neste vício o que se objetiva é frustrar a percepção do direito dos credores, através da dilapidação do patrimônio do devedor. Se o devedor agir de má-fé, de forma a dilapidar seu patrimônio ou reduzir-se a insolvência, seus credores tem a possibilidade de alegar a ocorrência desse vício, e com isso restabelecer novamente o antigo patrimônio do devedor. Segundo Carlos Roberto Gonçalves (2012, p. 452), a fraude contra credores possuem dois elementos: o objetivo que se caracteriza pela insolvência do devedor, trazendo um prejuízo ao credor, e o subjetivo caracterizando-se pela malícia do devedor, ou seja, a intenção de frustrar direitos de terceiros. O artigo 159 do Código Civil estabelece sobre a má-fé do adquirente:

29 28 Art. 159 Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. (BRASIL, 2012, p. 161) Se o adquirente estiver de boa-fé, o negócio jurídico não será anulado, porém se o adquirente tiver conhecimento de que a conclusão do negócio deixará o devedor insolvente, estará caracterizado o elemento objetivo da fraude contra credores, não necessitando que adquirente e devedor estejam necessariamente de conluio. A ocorrência desse vício pode se configurar em quatro situações: 1.Transmissões de bens onerosas, conforme artigo 159 do Código Civil: Art Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante. (BRASIL, 2012, p. 161) 2. Atos de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, conforme estabelece o artigo 158 do Código Civil: Art Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos. (BRASIL, 2012, p. 161) 3. Pagamento antecipado de dívidas, conforme artigo 162 do Código Civil: Código Civil: O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu. (BRASIL, 2012, p. 161) 4. Concessão fraudulenta de garantias, conforme estabelece o artigo 163 do Art Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor. (BRASIL, 2012, p. 161) Acerca da anulação, os credores possuem o prazo decadencial de quatro anos, à contar do dia em que se celebrou o negócio para anular os atos praticados, através da ação revocatória ou pauliana.

30 Simulação O doutrinador Sílvio de Salvo Venosa traz o conceito de simulação: Simular é fingir, mascarar, camuflar, esconder a realidade. Juridicamente, é a prática de ato ou negócio que esconde a real intenção. A intenção dos simuladores é encoberta mediante disfarce, parecendo externamente negócio que não é espelhado pela vontade dos contraentes. (2008, p. 493) Na simulação, o negócio jurídico é concretizado mediante uma declaração que não corresponde a real intenção das partes, sendo que existe um conluio para praticarem tal ato, com o objetivo de iludir terceiros. Vejamos o que dispõe o artigo 167 do Código Civil quando trata sobre as hipóteses de simulação: Art.167 É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 1º. Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem; II contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira; III os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados. 2º. Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. (BRASIL, 2012, p. 162) Dessa forma, quando ocorrer uma dessas situações previstas em lei, o negócio jurídico estará eivado com o vício da simulação. A simulação pode ser absoluta ou relativa. Acerca da simulação absoluta, Carlos Roberto Gonçalves: Na simulação absoluta as partes na realidade não realizam nenhum negócio. Apenas fingem, para criar uma aparência, uma ilusão externa, sem que na verdade desejem o ato (colorem habens, substantiam vero nullam). Diz-se absoluta porque a declaração de vontade se destina a não produzir resultado, ou seja, deveria ela produzir um resultado, mas o agente não pretende resultado nenhum. (2012, p. 485) [grifo do autor] Acerca da simulação relativa, assevera Paulo Nader: A simulação se diz relativa quando visa a esconder o verdadeiro nexo existente, como na hipótese de se firmar contrato de mútuo, para encobrir a dívida de jogo. Assim há dois negócios, um fictício e outro real. (2009, p. 405) [grifo do autor]

31 30 As duas espécies de simulação conduzem a nulidade do negócio, mas em relação a simulação relativa, o negócio jurídico subsistirá ao que foi dissimulado, desde que seja válido em relação a substância e a forma. Ainda, a lei resguarda os direitos de terceiros de boa-fé. Nesse diapasão, dispõe a segunda parte do artigo 167 do Código Civil, e seu parágrafo segundo: Art.167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se válido for na substância e na forma. 2º. Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé em face dos contraentes do negócio jurídico simulado. (BRASIL, 2012, p. 162) [grifo meu] Em relação a simulação e aos demais vícios dos negócios jurídicos, assevera José Jairo Gomes: Diferentemente dos defeitos já analisados (erro, dolo, coação, estado de perigo e lesão) que são vícios do consentimento -, não há, na simulação divergência entre a vontade interna e a declarada, pois o que as partes declaram corresponde ao que realmente querem. As partes têm conhecimento e plena consciência do que declaram e da finalidade para a qual o fazem. O problema é que o negócio é meramente aparente, ilusório. Seu defeito está em voltar-se para lesar outrem ou o sistema jurídico. Daí caracterizar-se a simulação como vício social e não do consentimento. (2006, p. 441) No tocante a simulação, por se tratar de um vício mais grave, trará como consequência a nulidade do negócio. Dispõe o artigo 166 do Código Civil sobre as causas de nulidade: Art É nulo o negócio jurídico quando: I celebrado por pessoa absolutamente incapaz; II for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto; III o motivo determinante, comum a ambas as partes for ilícito; IV não revestir a forma prescrita em lei; V for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade; VI tiver por objetivo fraudar lei imperativa; VII a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção. (BRASIL, 2012, p. 162) Dessa forma, se um negócio for celebrado com a ocorrência de algumas dessas causas, o negócio será tido como nulo pelo ordenamento jurídico. Nesse sentido, a doutrinadora Maria Helena Diniz:

32 31 Com a declaração da nulidade absoluta do negócio jurídico, este não produz qualquer efeito por ofender, gravemente, princípios de ordem pública. É nulo o ato negocial inquinado por vício essencial, não podendo ter, obviamente, qualquer eficácia jurídica. (2011, p. 577) [grifo da autora] Dessa forma, o negócio considerado nulo não produzirá os efeitos pretendidos pelas partes.

33 32 CAPÍTULO 3 - ESTADO DE PERIGO 3.1 CONCEITO DE ESTADO DE PERIGO Antes do advento do Código Civil de 2002, o estado de perigo era tratado pela doutrina juntamente com o instituto da coação, visto que não encontrava previsão legal no Código Civil de 1916, porém tal defeito, hoje encontra previsão no atual Código. Aduz Arnaldo Rizzardo: Uma situação comum, mas não prevista no Código anterior, passou a integrar as causas que podem anular o negócio. Envolve o ambiente em que se encontra uma pessoa, quando celebra um negócio, que tolhe a sua vontade, agindo basicamente pela pressão que vive. Corresponde a uma situação de fato, pela qual uma pessoa, para se livrar de um perigo desencadeado e que a pressiona, assente em um negócio, celebrando-o, não medindo os excessivos efeitos nocivos que lhe causa. Defronta-se o contratante com um perigo iminente e grave, levando-a a celebrar o negócio para livrar a si ou a pessoa de sua família de um grave dano que a parte que com ela contrata conhece e dele se beneficia. (2008, p. 493) Vejamos o conceito desse instituto trazido pelo Código Civil: Art. 156 Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa. Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente a família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias. (BRASIL, 2012, p. 161) [grifo meu] Segundo Caio Mário da Silva Pereira (2009, p. 469), acerca do conceito de estado de perigo, a vontade da pessoa se torna viciada, quando em razão da necessidade de salvar-se a si própria, um parente, ou mesmo um amigo, o declarante se obriga a pagar uma quantia desproporcional. Contudo, para restar configurado o estado de perigo, é essencial que a outra pessoa tenha consciência acerca situação de perigo que conduz o declarante a entabular tal negócio. 3.2 REQUISITOS E CARACTERÍSTICAS DO ESTADO DE PERIGO Sílvio de Salvo Venosa aponta os requisitos do estado de perigo contidos no artigo 156 do Código Civil:

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