DIVERGÊNCIA DO FLUXO ELÉTRICO E TEOREMA DA DIVERGÊNCIA
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- Estela Dinis Stachinski
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1 ELETROMAGNETIMO I 18 DIVERGÊNCIA DO FLUXO ELÉTRICO E TEOREMA DA DIVERGÊNCIA.1 - A LEI DE GAU APLICADA A UM ELEMENTO DIFERENCIAL DE VOLUME Vimos que a Lei de Gauss pemite estuda o compotamento do campo elético devido a cetas distibuições especiais de caga. Entetanto, paa se utiliada, a Lei de Gauss eige que a simetia do poblema seja conhecida, de foma a esulta que a componente nomal do veto densidade de fluo elético em qualque ponto da supefície gaussiana seja ou constante ou nula. Neste capítulo petendemos considea a aplicação da Lei de Gauss a poblemas que não possuem simetia. uponhamos um ume incemental v etemamente pequeno, poém finito e ento po uma supefície fechada. e assumimos uma densidade de caga unifome neste incemento de ume, a caga Q seá o poduto da densidade umética de caga ρ pelo ume v. Pela Lei de Gauss, podemos esceve: D d ρ v (.1) D ( / ) D P D D ( / ) D D ( / ) Figua..1 Volume incemental em tono do ponto P. Vamos agoa desenve a integal de supefície da equação acima, sobe uma supefície gaussiana elementa que engloba o ume v. Este ume está epesentado na figua.1, e é fomado pelas supefícies incementais.,., e.. Considee um ponto P(,, ) envido pela supefície gaussiana fomada pelas supefícies incementais. A epessão paa a densidade de fluo elético D no ponto P em coodenadas catesianas seá dada po: D D.â D.â D. â A integal sobe a supefície fechada é dividida em seis integais, uma sobe cada lado do ume v. D d fente atás esq. Paa a pimeia delas, na pate da fente, temos: di. topo base (.) (.) UNEP Naasson Peeia de Alcantaa Junio Claudio Vaa de Aquino
2 ELETROMAGNETIMO I 19 fente D fente fente D fente.. â D.. (.4) (D é a componente de D nomal ao plano ). Apoimando o esultado D.. pelos dois pimeios temos da epansão em séie de Talo em tono de D no ponto P vem: D D (D ) (.5) Neste caso, como e são independentes em elação a : D... fente (.6) Consideemos agoa a integal na supefície da pate de tás, atás : atás D atás atás D atás ( â ) D (D ) (.7) Nesta face o veto unitáio â em s tem dieção negativa. Da mesma foma, consideando a independência de e em elação a, temos: D.. (.8) atás Combinando as duas integais ao longo do eio :... fente (.9) atás Utiliando o mesmo aciocínio paa as outas faces, as integais estantes ficam:... di. (.1) esq.... topo (.11) base Assim a equação (.) fica: D d v (.1) A epessão acima di que o fluo elético que atavessa uma supefície fechada muito pequena é igual ao poduto ente o ume compeendido po essa supefície e a soma das deivadas paciais das componentes do veto D em elação às suas pópias dieções. Igualando-se as equações.1 e.1, e em seguida dividindo todos os temos po v, tem-se: UNEP Naasson Peeia de Alcantaa Junio Claudio Vaa de Aquino
3 ELETROMAGNETIMO I D d v (.1) Tatando-se de uma egião pontual, podemos passa ao limite, com v tendendo a eo, obtendo: lim v D d v (.14). - DIVERGÊNCIA A opeação indicada pela equação.14 não é petinente apenas ao fenômeno elético oa em estudo. uge tantas vees no estudo de outas gandeas físicas descitas po campos vetoiais, que os cientistas e os matemáticos do século passado esolveam designá-la com um nome especial e genéico: Divegência. Matematicamente, a divegência de um campo vetoial A pode se assim definida: lim A d Divegênciade A diva v v (.15) Conceito A divegência do veto densidade de fluo A (que epesenta um fenômeno físico qualque) é a vaiação do fluo atavés da supefície fechada de um pequeno ume que tende a eo A divegência é uma opeação matemática sobe um veto, cujo esultado é um escala. É definida como sendo a soma das deivadas paciais das componentes do veto, cada uma em elação à sua pópia dieção. A pati da definição da divegência e da equação.14, apesentamos a 1ª equação de Mawell. Em temos pontuais: div.d ρ (.16) A equação.14 estabelece que o fluo elético po unidade de ume deiando um ume infinitesimal é igual à densidade umética de caga neste ponto. Esta equação também é conhecida como a foma difeencial da Lei de Gauss, epessa como uma soma de deivadas paciais espaciais ou diecionais.. - O OPERADOR (nabla) E O TEOREMA DA DIVERGÊNCIA O opeado é definido como sendo o opeado vetoial difeencial:.â.â. â (.17) Realiando o poduto escala D, tem-se: ( D.â D.â D. â D.â.â.â ) (.18) Lembando que o poduto escala ente vetoes otogonais é nulo, o esultado seá: UNEP Naasson Peeia de Alcantaa Junio Claudio Vaa de Aquino
4 ELETROMAGNETIMO I 1 ou ainda po (.16): D D (.19) (.) O opeado não é utiliado somente em opeações de divegência, mas também em outas opeações vetoiais. Ele é definido somente em coodenadas catesianas. A pincípio, a epessão D seviia apenas paa se calcula as deivadas paciais do divegente do veto D em coodenadas catesianas. Entetanto, num abuso de linguagem, a epessão D como sendo a divegência do veto densidade de fluo elético é consagada e pode se utiliada mesmo quando o veto é definido em outos sistemas de efeência (ou coodenadas). Em coodenadas cilíndicas: ( D ) 1 D 1 φ φ (.1) Em coodenadas esféicas: 1 D 1 ( D ) ( D senθ) senθ θ θ 1 φ senθ φ (.) Entetanto, deve-se lemba, poém, que não possui uma foma especifica paa estes tipos de sistemas de coodenadas. Finalmente, vamos associa a divegência à Lei de Gauss, paa obte o teoema da divegência. Lembando que: e D d D ρ.dv podemos esceve: D d ( ) D dv (.) A equação. é o Teoema da Divegência ou teoema de Gauss (paa difeencia da Lei de Gauss). Estabelece que a integal da componente nomal de qualque campo vetoial sobe uma supefície fechada é igual à integal da divegência deste campo atavés do ume envido po essa supefície fechada. Uma maneia simples de se entende fisicamente o teoema da divegência é atavés da figua.. Um ume v, delimitado po uma supefície fechada é subdividido em pequenos umes incementais, ou células. O fluo que divege de cada célula convege paa as células viinhas, a não se que a célula possua um de seus lados sobe a supefície fechada. Então a soma da divegência da densidade de fluo de todas as células seá igual à soma do fluo liquido sobe a supefície fechada que enve o ume em questão. UNEP Naasson Peeia de Alcantaa Junio Claudio Vaa de Aquino
5 ELETROMAGNETIMO I Figua. Volume v subdividido em umes incementais. Eemplo.1 Calcula os dois lados do teoema da divegência, paa uma densidade de fluo elético D.â.â, em um cubo de aestas igual a unidades. olução: Vamos coloca a oigem do sistema de coodenadas catesianas em um dos vétices. Paa o outo lado, a divegência do campo fica: O veto D possui componentes nas dieções e. Potanto, a pincípio, a integal de supefície deve se calculada sobe 4 lados do cubo: D.d fente atás esq. di..a fente d.d.a atás..a.d.d.( a ) esq...a.d.d.( a )..a di..d.d.a 64 D.d D. D O outo lado da equação, numa integação de ume passa a se escito: ( D ) dv ( ) ( D ) dv ( ) ( D ) 64 dv d.d.d d.d ( ) D dv 4 d d Este capítulo apesenta uma genealiação da lei de Gauss, aplicada pontualmente a umes elementaes com o ecuso de um opeado vetoial sobe a densidade de fluo oiginado pelo campo elético poveniente de uma distibuição umética de cagas. A equação (.16),ou a (.) escita de outa foma, nos mosta um fluo divegente do veto densidade de fluo elético oiginado de uma caga elementa, de natuea positiva, indicada pela sua densidade umética. Geneicamente, se o divegente de um campo vetoial fo positivo, este indica a pesença de uma fonte de fluos divegentes do ponto dado. O divegente negativo, po sua ve, indica a pesença de um sovedouo ou de uma fonte de fluos convegentes ao ponto. Não havendo fonte geadoa de fluos o divegente do campo no ponto coespondente seá nulo. UNEP Naasson Peeia de Alcantaa Junio Claudio Vaa de Aquino
6 ELETROMAGNETIMO I EXERCÍCIO 1) Dado A ( ).$ a ( ).$ a calcule. A. ) Dedua a epessão do divegente de um campo vetoial D paa os sistemas de coodenadas cilíndicas e esféicas. ) Dado D ρ â paa a egião definida po 1 1 e D (ρ pontos do espaço, enconte a densidade de cagas eléticas. / ) â paa os demais 1,5 1,5 4) Paa a egião < m (coodenadas cilíndicas), D (4 e 4 e )â, e paa > m, D (,57 1 ). â. Obte a densidade umética de cagas ρ paa ambas as egiões. 5) Uma linha unifome de cagas de densidade ρ l petence ao eio. (a) Moste que. D em qualque luga, eceto na linha de cagas. (b) substitua a linha de cagas po uma densidade umética de cagas ρ em m. Relacione ρ l com ρ modo que a caga po unidade de compimento seja a mesma. Detemine então. D em toda pate. 6) A egião m (coodenadas esféicas) possui um campo elético 5 E (5 1 / ε ) â (V/m). Detemine a caga envida pela casca definida po m. 7) Moste e justifique poque o divegente do campo elético geado po uma distibuição unifome e supeficial de cagas é nulo. 8) Moste que. E é eo paa o campo de uma linha unifomemente caegada. Moste também que o campo D devido a uma caga pontual tem uma divegência nula. Discuta o poblema fisicamente, eplicando o motivo de tais compotamentos. 9) Dado D( 1 ).â 4 em coodenadas cilíndicas, calcule cada um dos lados do teoema da divegência, paa o ume limitado po m, m e 1 m 1) Dado o campo A e â â, calcule ambos os lados do teoema da divegência paa o ume definido po, e 5. 11) Dado D 1sen θ.â cosθ. â θ, pede-se calcula ambos os lados do teoema da divegência, paa o ume limitado pela casca m. 1) Dado D (1 / 4)â (C/m ), calcule ambos os lados do teoema da divegência paa o ume limitado po 1m, m, e 1m. UNEP Naasson Peeia de Alcantaa Junio Claudio Vaa de Aquino
7 ELETROMAGNETIMO I 4 1) Dipolo Elético, ou simplesmente dipolo, é o nome dado ao conjunto de duas cagas pontuais de igual magnitude e sinais opostos, sepaadas po uma distância pequena compaada com a distância ao ponto P onde se deseja conhece o campo elético. O ponto P descito em coodenadas esféicas (figua abaio), po, θ e φ 9 gaus é visto em simetia aimutal. As cagas positivas e negativas estão sepaadas po d, e localiadas em (,,d/) m e (,,-d/). Qd e o campo no ponto P é E (cosθ.â sen θ.â θ ), moste que a divegência deste 4πε campo é nula. P R 1 Q θ R d - Q Figua paa o poblema 1. UNEP Naasson Peeia de Alcantaa Junio Claudio Vaa de Aquino
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