DOR ABDOMINAL VÔMITOS NÁUSEAS REGURGITAÇÃO DISFAGIA. Dr. Ricardo Vasconcelos Ufrj- medicina- Macaé
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1 DOR ABDOMINAL VÔMITOS NÁUSEAS REGURGITAÇÃO DISFAGIA Dr. Ricardo Vasconcelos Ufrj- medicina- Macaé
2 NAUSEA E VÔMITO 2
3 3 INTRODUÇÃO Conceito Vômito é a ejeção do conteúdo gástrico pela boca que pode ser precedido por náuseas. Náusea é uma sensação subjetiva, desagradável, referida na garganta e/ou epigástrio que geralmente precede o vômito (sensação de vômito eminente).
4 4 FISIOPATOLOGIA Os centros do vômito estão no tronco cerebral e quando ativados por estímulos aferentes promovem a contração dos músculos respiratórios e abdominais contra a glote fechada. Dessa forma o aumento da pressão abdominal força a saída do conteúdo gástrico para o esôfago e boca. Gastrenerology, 2001:120(1)
5 5 EPIDEMIOLOGIA Sinal presente em inúmeras síndromes Náuseas e vômitos são as reações adversas mais comuns das medicações 20-40% dos pacientes apresentam vômitos no pós-operatório Gastroenterites agudas é a mais frequente causa de náusea/vômitos Emese é mais comum nos quadros virais em comparação dos bacterianos Pronto-Socorro.In Náusea e vômitos.manole.2008(470)
6 6 ANAMNESE Quais são as outras queixas associadas? Características da vômito? Medicações em uso? Esta relacionada a alimentação? Quanto tempo de sintomas? Em tratamento quimioterápico / radioterápico? *EXAME FÍSICO COMPLETO
7 7 CAUSAS SNC CAUSAS ENDÓCRINAS E METABÓLICAS ASSOCIADAS A DROGAS CAUSAS INFECCIOSAS ALTERAÇÕES INTESTESTINAIS E PERITONIAIS VOMITOS POS-CIRÚRGIA OUTRAS CAUAS CAUSAS MENINGITE, ENXAQUECA, HIPERTENSÃO INTRACRANIANA, POS-CONVULSÃO, DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS, DOENÇAS VESTIBULARES INSUFICIÊNCIA SUPRA RENAL, HIPERTIREOIDISMO, HIPO/HIPERPARATIREOIDISMO, UREMIA, PORFIRIA QUIMIOTERAPICOS, ANALGESICOS/ANTI- INFLAMATÓRIOS, ANTIBIÓTICO, DIGOXINA, SULFASSALAZINA, TEOFILINA, OPIÓDES, RADIOTERAPIA, ALCOOL GASTROENTERITE, TOXEMIA OBSTRUÇÃO MECÂNICA, GASTROPARESIA, DISPEPSIA, INFLAMAÇÃO PERITONEAL, ULCERA PEPTICA, PANCREATITE, COLECISTITE, ISQUEMIA MESENTERICA, HEPATITE, DÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL, CARCINOMA GASTROISTESTINAL, METASTESE PERITONEAIS IAM, INSUFICIENCIA CARDIACA
8 ACHADOS CLÍNICOS aspecto ACHADOS CLÍNICOS DIARREIA, MIALGIA, FEBRE CEFALEIA, QUADRA INFECCIOSO(GASTROENTERITES VIRAIS) Sinais de gravidade Hipotensão Insuficiência respiratória Confusão mental Choque Hemorragia VOMITOS RELACIONADOS A ALIMENTAÇÃO: VÔMITOS (ALIMENTOS PARCIALMENTE DIGERIDOS) LOGO APÓS A REFEIÇÃO ASSOCIADOS A DOR ABDOMINAL DURANTES E LOGO APÓS A REFEIÇÃO VÔMITOS CONTINUOS VÔMITOS INTERMITENTES VÔMITOS APOS 1H POS-PRANDIAL VÔMITOS MATUTINOS CEFALÉIA, VERTIGEM, NAUSEAS, RIGIDEZ DE NUCA PERDA PONDERAL VOMITOS COM RESTOS ALIMENTARES VOMITOS FECALOIDES OBSTRUÇÃO GASTRICA (NEOPLASIA/ÚLCERA), GASTROPARESIA BULIMIA NERVOSA QUADRO CONVERSIVOS DEPRESSÃO PANCREATITE E COLECISTITE GESTAÇÃO, UREMIA, ENXAQUECA, ETILISTA CRÔNICA MENINGITE, HIPERTENSÃO INTRACRANIANA NEOPLASIAS DIVERTICULO DE ZENKER, ACALASIA OBSTRUÇÃO INTESTINAL VOMITOS BILIOSOS OBSTRUÇÃO INTESTINAL JEJUNO HEMORRAGICO/ BORRA DE CAFE GASTRITE HEMORRAGICA, DUP, VARIZES ESOFÁGICAS
9 Pronto-Socorro.In Náusea e vômitos.manole.2008(470) 9 CONDUTA TERAPÊUTICA Princípios gerais Tratar a causa primária Avaliar risco de desidratação e broncoaspiração Antiemético é apenas um sintomático, NÃO TRATA A CAUSA Caso de desidratação repor soro fisiológico e repor eletrólitos caso estevam abaixo do valor normal Avaliar necessidade de uso de sonda nasogástrica
10 Disfagia
11 Deglutição
12 Tipos de disfagia Disfagia orofaríngea Disfagia esofágica
13 Anamnese Localização Tipos de alimentos e/ou líquidos Permanente ou intermitente Duração dos sintomas.doenças associadas
14 Disfagia orofaríngea (sintomas associados) Dificuldade em iniciar a deglutição Regurgitação nasal Tosse Fala anasalada Redução no reflexo de tosse Engasgamento. Disartria e diplopia. A halitose pode estar presente
15 Disfagia orofaríngea(causas) Infecções (por exemplo, abscesso retroperitoneal); Tireomegalia; Linfadenopatia; Divertículo de Zencker (com divertículo pequeno, a causa pode ser disfunção do esfíncter superior do esôfago); Redução na complacência muscular (mitose, fibrose); Malignidades de cabeça e pescoço;
16 Disfagia orofaríngea(causas) Doenças do sistema nervoso central como acidentes vasculares, doença de Parkinson, paralisia de nervo craniano ou bulbar (por exemplo, esclerose múltipla e doença do neurônio motor) e esclerose lateral amiotrófica. Distúrbios contráteis como o espasmo cricofaríngeo (disfunção do esfíncter esofágico superior) ou miastenia grave, distrofia muscular oculofaríngea e outras.
17 Disfagia esofágica Doenças da mucosa DRGE (estenose péptica) Anéis e teias esofágicas (disfagia sideropênica ou síndrome de Plummer-Vinson) Tumores esofágicos Lesão cáustica (por exemplo, ingestão de desinfetante, esofagite medicamentosa, escleroterapia de varizes) Lesão por radiação Esofagite infecciosa
18 Disfagia esofágica Doenças mediastinais Tumores (por exemplo, câncer pulmonar e linfoma) Infecções (por exemplo, tuberculose e histoplasmose
19 Disfagia esofágica Doenças que afetam a musculatura lisa e sua inervação Acalasia Esclerodermia Outros distúrbios de motilidade Pós-cirúrgicas (por exemplo, após fundoplicatura)
20 Regurgitação e ruminar A regurgitação é a expulsão de alimentos vindos do esôfago ou do estômago, sem náuseas nem contrações musculares violentas. A regurgitação é frequentemente provocada pelo ácido proveniente do estômago (refluxo de ácido). A regurgitação que não tem uma causa orgânica denominase ruminação. Este tipo de regurgitação é frequente nos lactentes, mas raramente nos adultos. A ruminação nos adultos ocorre sobretudo em quem sofre de problemas emocionais, especialmente durante períodos de stress.
21 DOR ABDOMINAL DR. RICARDO VASCONCELOS
22 ANATOMIA
23 ANATOMIA
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25 ANATOMIA INERVAÇÃO DO PERITÔNEO VISCERAL Sistema nervoso autônomo PARIETAL Sistema nervoso cérebro-espinhal ( SOMÁTICO)
26 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL A DOR ABDOMINAL PERMANECE SENDO O GRANDE DESAFIO DIGNÓSTICO
27 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL
28 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL PRINCIPAIS SINAIS / SINTOMAS DOR VÔMITOS DISTENSÃO FEBRE DIARRÉIA/CONSTIPAÇÃO
29 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL DOR ABDOMINAL TIPO DE DOR (cólica, queimação, pontada, constante, lancinante) INTENSIDADE IRRADIAÇÃO LOCALIZAÇÃO DEFESA / CONTRATURA
30 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL VÔMITOS INÍCIO NÁUSEAS RELAÇÃO COM ALIMENTAÇÃO CONTEÚDO PRECOCE / TARDIO
31 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL DISTENSÃO ABDOMINAL INÍCIO RELAÇÃO COM VÔMITOS / DOR CONSTIPAÇÃO / DIARRÉIA
32 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL FEBRE INÍCIO INTENSIDADE RELAÇÃO COM DEMAIS SINTOMAS PÓS- OPERATÓRIO?
33 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL DIARRÉIA / CONSTIPAÇÃO INÍCIO CONTEÚDO RELAÇÃO COM DISTENSÃO / DOR / FEBRE
34 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL ABDOME AGUDO ABDOME AGUDO CIRÚRGICO ABDOME AGUDO CLÍNICO FALSO ABDOME AGUDO
35 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL TRATO GASTRO-INTESTINAL Apendicite Aguda Obstrução Intestinal Úlcera Perfurada Hérnia Encarcerada Perfuração Intestinal Infarto Mesentérico Diverticulite Doença Inflamatória Intestinal Sindrome Mallory-Weiss Gastroenterite Gastrite Adenite Mesentérica Infecção Parasitária FÍGADO, VIA BILIAR, PÂNCREAS, BAÇO E TRATO URINÁRIO Colecistite Aguda Colangite Abscesso Hepático Ruptura Hepática Cólica Biliar Hepatite Aguda Infarte Esplênico Ruptura Esplênica Pancreatite Aguda CólicaRenal Pielonefrite Cistite Infarto Renal GINECOLOGIA, VASCULAR, PERITONEAL E RETROPERITONEAL Gravidez Ectópica Tumor Ovariano Cisto Ovário roto Salpingite Endometriose Dismenorréia Aneurismas Abscessos Intrabdominais Peritonite Primária Tubercolose Peritoneal Hemorragia Retroperitoneal
36 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL Dor abdômen ALTERAÇÕES ENDÓCRINAS E METABÓLICAS Uremia Crise Diabética Doença de Addison Porfiria Intermitente Aguda Hiperlipoproteinemia Febre Hereditária do Mediterrâneo ALTERAÇÕES HEMATOGÊNICAS Leucemia Discrasias DROGAS E TOXINAS Intoxicação Metais Pesados Overdose Narcóticos Picadas Aranha, Cobra ou Insetos ALTERAÇÕES INFECCIOSAS OU INFLAMATÓRIAS Tabes Dorsalis Herpes Zoster Febre Reumática Púrpura de Henoch-Schönlein Lupus eritematoso Sistêmico Poliarterite Nodosa DOR REFERIDA Infarto Agudo Miocárdio Pericardite Pneumonia Embolia Pulmonar Pneumotórax Empiema
37 DOR ABDOMINAL/(LOCALIZAÇÃO) Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
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39 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL HIPOCÔNDRIO DIREITO / QSD
40 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL EPIGASTRO
41 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL HIPOCÔNDRIO ESQ. / QSE
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45 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL QUADRANTE INFERIOR DIREITO
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48 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL QUADRANTE INFERIOR ESQUERDO
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51 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL MESOGASTRO
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54 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL DOENÇAS VASCULARES
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57 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL HIPOGASTRIO/ FLANCOS /LOMBAR
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59 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL FOSSA ILÍACA / HIPOGASTRIO
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64 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOR ABDOMINAL 70% dos diagnósticos gastrenterológicos são feitos com a história clínica 90% associando-se ao exame físico Exames subsidiários podem se tornar desnecessários ou confundidores 90 %
65 FIM 65
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