TEMA: Economia A CRISE DA DÍVIDA PÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DE 2011.

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1 Notícia Comentada Ciências Humanas Geografia TEMA: Economia A CRISE DA DÍVIDA PÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DE INTRODUÇÃO Por Prof. Franzé Oliveira Na última semana de julho e primeira semana de agosto de 2011, o fato econômico mais comentado pela mídia nacional e internacional, foi à crise da dívida pública norteamericana e o possível calote aos credores internacionais, a chamada moratória. A moratória é um termo econômico que significa, resumidamente, como o não pagamento da dívida externa. Esse termo muito relacionado na década de 1980, a chamada década perdida, aos países emergentes (ou melhor, países pobres e industrializados) da América Latina, como: Brasil, Argentina e México. Agora o temor de moratória está circulando nos corredores dos parlamentos de países ricos, como EUA e nos membros da União Europeia. TEXTO I Entenda a crise da dívida dos EUA e como isso afeta o Brasil O governo norte americano tem até 2 de agosto de 2011 para conseguir ampliar o teto da dívida do país. Eventual calote dos EUA teria efeitos também para o mercado brasileiro. O governo dos Estados Unidos está correndo contra o tempo para não colocar em risco sua credibilidade de bom pagador. Se até o dia 2 de agosto o Congresso não ampliar o limite de dívida pública permitido ao governo, os EUA podem ficar sem dinheiro para pagar suas dívidas: ou seja, há risco de calote. A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios. Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões, que é o valor máximo estabelecido por lei. Isso porque, nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso. Um eventual calote do país que é considerado o pagador mais seguro do mundo teria efeitos também para o Brasil: por exemplo, encareceria o custo de financiamento para bancos e empresas brasileiras, valorizaria o dólar e aumentaria o preço dos importados, o que geraria inflação. Entenda os pontos mais importantes das negociações. negociações I. Debate e

2 O presidente Barack Obama e os demais representantes do governo têm lutado nos últimos dias para convencer o Congresso a ampliar o limite de endividamento permitido ao governo. Cinco rodadas de conversações na Casa Branca não produziram nenhum acordo, mas geraram disputas partidárias. Um acordo foi alcançado por líderes dos dois partidos apenas neste domingo, dois dias antes do fim do prazo. Essa negociação é comum no Congresso americano, onde ocorre de forma periódica desde 1917 (data em que foi estabelecido um limite legal para o endividamento do país). Desta vez, no entanto, a renegociação do teto da dívida enfrenta um impasse. II. O que é a dívida dos EUA Assim como outros países inclusive o Brasil o Tesouro norte americano emite no mercado financeiro papéis respaldados pelo governo para financiar as atividades do governo federal, como pagamento de funcionários e fundos de previdência. No caso dos EUA, os títulos são conhecidos como Treasuries, comprados por investidores do mercado financeiro que são remunerados com juros: os títulos americanos são considerados os mais seguros do mundo e, por isso, atraem tantos investidores interessados em comprar seus papéis. III. Para quem os EUA devem Brasil, China, Japão, Reino Unido e os países exportadores de petróleo estão entre os maiores credores estrangeiros que detêm 32% dos títulos da dívida pública dos Estados Unidos. Segundo os números do Departamento do Tesouro, a dívida pendente dos EUA somava, no último dia 30 de junho, US$ 14,3 trilhões, dos quais US$ 4,6 trilhões eram "pastas intergovernamentais" e US$ 9,7 trilhões eram dívidas nas mãos do público. Os EUA devem somente ao Brasil a quantia de US$ 187 bilhões. O maior credor do país é a China, com US$ 1,1 trilhão, seguida pelo Japão com US$ 882,3 bilhões, o Reino Unido com US$ 272,1 bilhões e os exportadores de petróleo com US$ 211,9 bilhões. Outros grandes detentores de bônus e títulos da dívida americana são os bancos radicados no Caribe, que acumulam títulos no valor de US$ 169 bilhões, Taiwan com US$ 155 bilhões, Rússia com US$ 151 bilhões, Hong Kong com US$ 135 bilhões e Suíça com US$ 107 bilhões. alta IV. Por que a dívida está tão

3 O alto nível de endividamento dos EUA ainda reflete, entre outros fatores, efeitos da "ressaca" da crise financeira desencadeada em 2008 pela quebra do banco Lehman Brothers. Isso porque, em tempos de recessão, um país precisa de mais dinheiro para estimular a economia. No caso dos EUA, o país emitiu mais papéis para ter dinheiro para evitar a falência de empresas e bancos em dificuldades, isentar e reduzir alguns impostos, e pagar benefícios sociais como seguro desemprego, mais necessários em épocas de demissões e cortes de pessoal. A decisão de socorrer setores da economia que estavam em risco de falência endividou não só os EUA, mas de outros países que hoje enfrentam problemas com a dívida: Grécia, Irlanda e Itália, por exemplo. Antes disso, os EUA já haviam gastado muito dinheiro ao longo dos anos para financiar guerras e ações militares. Iniciadas há quase dez anos, após os atentados de 11 de setembro de 2001, as operações norte americanas no Afeganistão custam atualmente mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 3,1 bilhões) por semana aos cofres americanos, o que tem despertado cada vez mais críticas, tanto de republicanos quanto de democratas. V. Obama X oposição Por trás da discussão em torno dos números da dívida, há uma disputa política entre parlamentares do governo e da oposição, como explica o economista Miguel Daoud, da Global Financial Advisor. A oposição republicana, adversária política de Obama, exige que o aumento do limite seja vinculado a cortes maiores no orçamento americano dos que os desejados pelo governo democrata, com medidas como corte de benefícios sociais, que poderiam afetar a vida do cidadão americano comum. "Como o Obama está prestes a começar uma campanha para reeleição, a oposição está exigindo cortes em setores da economia que vão afetar a popularidade do presidente", avalia Daoud. A popularidade de Obama está baixa nos EUA, embora tenha tido um fôlego temporário com a morte de Osama Bin Laden. O presidente norte americano, por outro lado, quer sair do impasse sem frear ainda mais a economia. Obama disse concordar com maiores cortes de gastos e quer que os republicanos aceitem algum aumento de impostos sobre os norte americanos mais ricos. Eles recusam.

4 VI. E se o teto da dívida não for elevado? Segundo uma pesquisa do centro de estudos Bipartisan Policy Center (BPC), os gastos federais podem ter que ser reduzidos em até 44% em agosto. O governo federal tem cerca de US$ 306,7 bilhões em obrigações a pagar no mês, a partir do dia 3. No mesmo período, a estimativa é de que a arrecadação seja de US$ 172,4 bilhões, o que obrigaria o governo a priorizar pagamentos. O estudo mostra que os recursos arrecadados seriam suficientes apenas para pagar os juros da dívida, os planos de assistência médica Medicare e Medicaid, a previdência social, seguro desemprego e contratos de defesa. Sem cortes nesses setores, não haverá dinheiro para manter as próprias estruturas de governo, como departamentos de Justiça, Comércio e Trabalho; pagar salários, exército, programas educacionais e de moradia para as classes mais baixas. VII. Fama em risco A agência classificadora de risco Moody's anunciou nesta quarta feira (13) que considera baixa a nota da dívida dos Estados Unidos, que atualmente se encontra no melhor patamar possível, em "Aaa". O mesmo aviso foi dado pela agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P). Na prática, isso significaria aos EUA, que atualmente são referência de pagamento seguro no mundo, e têm, na avaliação das agências de classificação, risco praticamente nulo de calote. VIII. Reclamação da China A China, maior credor dos EUA com US$ 1,1 trilhão em bônus, pediu que os Estados Unidos adotem medidas mais responsáveis a fim de proteger os interesses dos investidores nos títulos do Tesouro americano (Treasuries). "Nós esperamos que o governo norte americano adote políticas responsáveis para proteger os interesses dos investidores", disse Hong Lei, porta voz do Ministério de Relações Exteriores da China.

5 IX. O que isso tem a ver com o Brasil Na avaliação do economista Miguel Daoud, da consultoria Global Financial Advisor, um eventual calote dos EUA teria impactos econômicos no Brasil, que vive momento de dólar baixo e forte consumo de importados. Encareceria o custo de financiamento para bancos e empresas brasileiras, que precisam captar dinheiro no exterior; valorizaria o dólar e aumentaria o preço dos importados, o que geraria inflação; causaria também, consequentemente, a necessidade de se aumentar ainda mais os juros para controlar os preços. "Geraria inflação com os importados, resultaria em aumento de juros e aumentaria a proporção dívida/pib", estima Daoud que, embora não descarte essa hipótese, considera improvável que um acordo entre governo dos EUA e Congresso não seja alcançado. Disponível em: crise da divida dos eua e como isso afeta obrasil.html TEXTO II Senado dos EUA aprova plano bipartidário para evitar 'calote' Acesso em: 01 ago. 2011(Adaptado) No último dia do prazo para que os Estados Unidos elevem seu limite de endividamento, o Senado do país aprovou nesta terça feira (2), por 74 votos a 26, o plano bipartidário formulado pelos líderes do Congresso. Na noite da segunda, o projeto havia sido aprovado na Câmara dos Representantes por 269 votos a favor e 161 contra. O presidente americano Barack Obama promulgou o acordo que eleva o teto da dívida americana logo depois de sua adoção no Congresso, permitindo assim evitar um default, anunciou a Casa Branca. "O presidente assinou o texto que se tornou uma lei", declarou à imprensa o porta voz da Casa Branca, Jay Carney. O processo para que republicanos e democratas conseguissem fechar um acordo foi bagunçado e levou muito tempo, nas palavras do próprio presidente Barack Obama. Na noite do último domingo, Obama fez um pronunciamento para dizer que os líderes dos dois partidos haviam chegado a um acordo para elevar o limite da dívida dos Estados Unidos e evitar um default (termo técnico para calote ).

6 Com a elevação do teto da dívida, o país pode pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios. Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões), que é o valor máximo estabelecido por lei. Nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso. Disponível em: dos eua aprova plano bipartidario para evitarcalote.html Acesso em: 03 ago. 2011(Adaptado)

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