Escravidão Antiga. Escravidão Africana. Conceito. Escravidão Moderna (Brasil) Navios Negreiros Condições da Travessia. Travessia para o Atlântico

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2 Escravidão Antiga Conceito Travessia para o Atlântico Escravidão Africana Escravidão Moderna (Brasil) Navios Negreiros Condições da Travessia Escravidão no Brasil Destino na Colônia Vendas e leilões Fazendas e engenhos Trabalhos e castigos Resistências Condições de trabalho Castigos físicos e psicológicos Fugas, assassinatos e sabotagens Quilombos e Zumbi Cultura e religião

3 CONCEITO ESCRAVIDÃO ANTIGA No caso da cidade-estado de Esparta, a escravidão tinha uma organização distinta. Os escravos, ali chamados de hilotas, eram conseguidos por meio das vitórias militares empreendidas pelas tropas espartanas. Eram propriedade do Estado e ninguém poderia ser considerado proprietário de um determinado escravo. O Império Romano foi uma das sociedades antigas onde a utilização da mão-de-obra escrava teve sua mais significativa importância. Em geral, os escravos trabalhavam nas propriedades dos patrícios, grupo social romano que detinha o controle da maior parte das terras cultiváveis do império. Assim como em Atenas, o escravo romano também poderia exercer diferentes funções ou adquirir a sua própria liberdade. A única restrição jurídica contra um ex-escravo impedia-o de exercer qualquer cargo público. Uma das obrigações essenciais do senhor consistia em dar uma boa alimentação ao seu escravo e mantê-lo bem vestido. No século I, os senhores foram proibidos de castigar seus escravos até a morte e, caso o fizessem, poderiam ser julgados por assassinato. Além disso, um senhor poderia dar parte de suas terras a um escravo ou libertá-lo sem nenhuma prévia indenização. Em Atenas, boa parte dos escravos eram obtidos por meio da realização de guerras contra diversos povos de origem estrangeira. Mesmo ocupando uma posição social desprivilegiada, os escravos tinham diferentes posições dentro da sociedade ateniense. Alguns escravos eram utilizados para formar as forças policiais da cidade de Atenas. Outros eram usualmente empregados em atividades artesanais e, por conta de suas habilidades técnicas, tinham uma posição social de destaque. Em geral, os escravos que trabalhavam nos campos e nas minas tinham condições de vida piores se comparadas às dos escravos urbanos e domésticos.

4 CONCEITO ESCRAVIDÃO AFRICANA A escravidão na África No século XVI, o continente africano era habitado por povos de diferentes etnias, organizados de diferentes maneiras. Naquela época e local, uma pessoa poderia ser escravizada se: cometesse um crime; praticasse adultério; raptasse uma criança; não pagasse uma dívida; fosse prisioneira de guerra. Dependendo da localidade, os escravos poderiam ser bem tratados e bem recebidos por seus senhores ou serem castigados e até mortos por eles.

5 PATRICK LANDMANN / SCIENCE PHOTO LIBRARY / SPL DC / LATINSTOCK CONCEITO ESCRAVIDÃO AFRICANA A chegada dos portugueses A escravidão na África foi intensificada a partir do século XV, quando os portugueses começaram a explorar a costa e levar africanos escravizados para vender na Europa. A grande diferença da escravidão posta em prática pelos europeus e a existente na África era a visão comercial: para os europeus, os cativos eram uma mercadoria que podia ser comprada a baixo custo e vendida a um preço elevado, gerando lucro. Feitoria portuguesa em Uidá, atual Benin, na África. Observe a quantidade de navios destinados ao comércio. 5

6 CONCEITO ESCRAVIDÃO AFRICANA A opção pela mão-de-obra escrava africana, no Brasil, atendeu aos interesses econômicos na lucrativa empreitada do tráfico negreiro e da Igreja que proibiu a escravização de índios, garantindo a expansão do catolicismo. Dentre os principais grupos étnicoculturais africanos que aportaram no Brasil podemos destacar os Bantos - como os angolas e cabindas, os Sudaneses - como os iorubás, geges, hauçás e minas -, e os Malês - de tradições muçulmanas. A principal moeda de troca por escravos era o tabaco e a bebida alcoólica, no caso do Brasil, a cachaça.

7 CONCEITO ESCRAVIDÃO MODERNA (BRASIL) DEFINIÇÃO DE ECRAVIDÃO A escravidão é quando uma pessoa se torna propriedade de outra. Perde o direito de ter sua própria vida, é obrigado a trabalhar para o seu dono e não recebe nenhum pagamento em troca do trabalho. Supressão da liberdade; Trabalho obrigatório e compulsório; Coisificação ou transformação em objeto/ mercadoria.

8 O TRÁFICO NEGREIRO

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11 O inicio da exploração colonial foi marcado pela introdução da plantation açucareira e pela opção pela mão-de-obra escrava africana. Os africanos trabalhavam exaustivamente na produção açucareira, viviam nas senzalas em uma estrutura precária. Os castigos físicos eram muito utilizados como forma de manutenção da ordem e tinham o caráter disciplinador. Os grandes engenhos chegavam a ter mais de 200 escravos, dessa forma o controle se dava através de um rígido controle e violência

12 JOHN CARTER LIBRARY / UNIVERSIDADE BROWN, ESTADOS UNIDOS As pessoas escravizadas na África que eram trazidas para as Américas vinham destinadas a trabalhar na agricultura. No caso da colônia portuguesa, após 1530, quando começou a produção de açúcar para a Europa, o número de escravos comprados aumentou muito. Com isso, o comércio de pessoas traficadas da África para a América se tornou um dos negócios mais rentáveis da época. Desenho do século XVIII representando um europeu em um mercado público de escravos. Esse comércio modificou as relações entre os povos africanos, estimulando conflitos entre eles para que os chefes de aldeia e governantes fizessem prisioneiros para vender aos traficantes. As pessoas escravizadas eram levadas aos portos e trocadas por dinheiro ou mercadorias. 12

13 BRIDGEMAN ART LIBRARY / KEYSTONE Cruzando o Atlântico Os escravizados eram levados para a América em navios de transporte, nos quais os africanos ficavam em situações degradantes. Ilustração de um navio negreiro, do livro Notícias do Brasil,

14 Trabalho De forma geral, as condições da viagem eram as seguintes: os escravizados eram obrigados a viajar nos porões; os homens eram separados das mulheres e crianças; as pessoas eram amontoadas umas sobre as outras, com as mínimas condições de higiene e alimentando-se somente de legumes secos e mandioca; o número variava entre 200 e 700 pessoas traficadas por navio; para aumentar o número de escravizados a serem vendidos (e com isso o lucro), os europeus diminuíam a quantidade de água e comida para o transporte; as viagens duravam entre 35 e 70 dias, dependendo da origem e do destino. a taxa de mortalidade de africanos durante as viagens variava entre 10 e 20%.

15 FRANÇOIS-AUGUSTE BIARD / COLEÇÃO PARTICULAR Trabalho Na colônia portuguesa Ao desembarcarem na colônia, os africanos eram vendidos em leilões públicos ainda no porto. Comércio de escravos no Rio de Janeiro ilustrado pelo artista francês François- Auguste Biard, século XIX. Nos leilões, famílias eram separadas e destinadas a donos diferentes. Muitas delas jamais se viram novamente. 15

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17 Trabalho Uma vida de privações Inicialmente, os escravizados foram destinados ao trabalho agrícola, condução de animais e ao trabalho doméstico. No século XVIII, muitos foram destinados também à mineração. Na fase final da escravidão surgiram os escravos de ganho: cativos que trabalhavam nas cidades prestando serviços como sapateiros, barbeiros, vendedores ambulantes, carregadores, etc. Os escravos de ganho pertenciam a um senhor, mas podiam prestar serviços a outros senhores. Eles tinham direito de ficar com uma parte do pagamento pelos serviços prestados e, com isso, conseguiam comprar sua própria liberdade. 17

18 HENRY CHAMBERLAIN / FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RJ Trabalho Largo da Glória (1821), pintura do inglês Henry Chamberlain representando uma rua com escravos de ganho trabalhando. 18

19 RENATA MELLO / PULSAR IMAGENS Trabalho As condições de vida dos escravos variavam de uma região para outra, mas em geral eles eram submetidos a trabalhos pesados e total desamparo social. Era comum, após um dia de trabalho, os escravos serem trancados em senzalas ou porões. As senzalas eram prisões que serviam de moradia aos cativos. Era um único espaço aberto, sem privacidade, com número de homens maior do que de mulheres. A fuga era difícil, pois só havia uma porta de saída. Antiga senzala do século XVIII na Casa dos Contos, Ouro Preto (MG). 19

20 CARLOS JULIÃO / FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RJ Trabalho As condições de trabalho As jornadas de trabalho dos escravos podiam chegar a 18 horas. Nos engenhos de açúcar, os cativos trabalhavam muitas horas sob o sol e sofriam diversos acidentes provocados pelas ferramentas utilizadas no corte da cana. Nas minas, eram obrigados a trabalhar dentro da água por horas e expostos a temperaturas frias no inverno. Por essa razão, muitos morriam de pneumonia. Extração de diamantes, aquarela de Carlos Julião, século XVIII. 20

21 Trabalho A luta por dignidade Os cativos também sofriam no Brasil diferentes formas de violência urbana: eram amarrados uns aos outros com correntes para não fugir e recebiam castigos físicos se o senhor achasse que estavam trabalhando pouco ou lentamente. Se tentassem fugir ou se rebelar, eram amarrados em pelourinhos ou troncos de árvores e chicoteados. Os escravizados reagiam e resistiam à sua condição. As formas de resistência variavam desde a diminuição no ritmo de trabalho, quando não eram vigiados, até a destruição de máquinas ou ferramentas e incêndios nas plantações. Muitos escravizados, em desespero por sua condição, chegavam a cometer suicídio e mulheres a abortar filhos propositalmente para que eles não nascessem escravos. 21

22 FRANÇOIS-AUGUSTE BIARD / COLEÇÃO PARTICULAR, RJ Trabalho Uma das principais formas de resistência da população escrava era a fuga. Fuga de escravos, pintura de François-Auguste Biard,

23 VICTOR SOARES / ABR Trabalho Quilombos e revoltas Os quilombos eram aldeias criadas em locais de difícil acesso onde os cativos fugidos procuravam reconstruir a vida que tinham antes de serem escravizados. O Quilombo dos Palmares foi o principal deles. Localizado na serra da Barriga, entre Pernambuco e Alagoas, ele durou cerca de cem anos e chegou a ter entre 20 e 30 mil quilombolas. Reconstituição de moradias semelhantes às existentes no Quilombo dos Palmares durante o século XVII. 23

24 CORREIO PAULISTANO / ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO Trabalho As fugas de africanos escravizados e a formação de quilombos marcaram os cerca de trezentos anos de escravidão no Brasil. Para conseguir recuperar o capital investido e evitar a formação de novos quilombos, no século XIX os senhores de escravos publicavam as fugas em jornais locais e ofereciam recompensas pela recaptura. Anúncio de fuga de escravos publicado no jornal Correio Paulistano na década de

25 CARLOS JULIÃO / FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RJ Trabalho A resistência à escravidão também se deu por meio de rebeliões. A rebelião mais importante foi a Revolta dos Malês, ocorrida em Salvador em Na ocasião, durante dois dias inteiros, africanos e afrodescendentes entraram em confronto com policiais e militares. A preservação da cultura de origem também representava uma forma de resistência, por isso os africanos e seus descendentes tentaram manter práticas religiosas, hábitos, costumes e até a língua de origem como forma de se opor à opressão. Coroação de um rei nos festejos de reis, aquarela de Carlos Julião, As festas religiosas eram uma das formas encontradas de manter os laços culturais africanos. 25

26 MANUEL VÍTOR FILHO / ARQUIVO DA EDITORA Zumbi ontem e hoje O Quilombo dos Palmares foi criado em 1590, na capitania de Pernambuco. Seu principal líder foi Ganga-Zumba, que fortaleceu Palmares ao criar uma confederação com outros quilombos da região. Após sua morte, o quilombo foi comandado por Zumbi. Sob a liderança de Zumbi, o quilombo resistiu a ataques por décadas. Em 1694, o quilombo foi destruído por tropas militares comandadas pelo paulista Domingos Jorge Velho. Zumbi foi morto em 20 de novembro de 1695, data em que anualmente comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra. Representação de Zumbi em pintura de Manuel Vitor Filho, século XX. 26

27 JOÃO PRUDENTE / PULSAR IMAGENS Trabalho O Brasil africano A atuação dos africanos foi essencial para a construção e o estabelecimento de uma cultura brasileira. No século XVIII, a produção artística do Barroco mineiro teve no rol de seus principais artistas herdeiros de cativos, como: Antonio Francisco Lisboa (Aleijadinho) Chico Rei Manuel da Costa Ataíde Antônio de Sousa Lobo (Mestre Capela) Escultura em pedra-sabão do profeta Oseias, criada por Aleijadinho, e localizada em Congonhas do Campo (MG). 27

28 Trabalho Importantes escritores do nosso país eram mestiços, como Machado de Assis e Lima Barreto. Na música popular brasileira do século XX, além de ícones negros, percebemos as influências nos ritmos e gêneros musicais e até instrumentos musicais de origem africana em artistas como Gilberto Gil e Milton Nascimento. Na dança, o samba, o carimbó e o maracatu são originários da cultura negra e hoje são atuações que identificam a cultura brasileira. Nosso vocabulário também tem influência africana, como as palavras: banana, caçula, moleque, etc. 28

29 DELFIM MARTINS / PULSAR IMAGENS Trabalho A sociedade do açúcar Há quinhentos anos, o açúcar era um produto raro e de luxo. Tinha um valor tão alto que podia até ser comparado ao ouro. Chegava a ser deixado como herança e até era oferecido como dote de casamento. Dado esse alto valor comercial, nos séculos XV e XVI, o açúcar foi escolhido para ser o principal produto plantado no Brasil e o grande responsável pela colonização do território. Por essa razão denomina-se a sociedade brasileira que se formou naquela época de sociedade do açúcar. 29

30 GEORG MARCGRAF / FRANS POST / BIBLIOTECA NACIONAL RIO DE JANEIRO, RJ Trabalho O açúcar Durante o processo de conquista do território, os portugueses perceberam que o Brasil tinha uma vasta extensão e solo apropriado para a agricultura. Isso interessou aos colonos portugueses, já que muitos deles tinham experiência em plantio de cana-de-açúcar no litoral africano. No Brasil, o açúcar foi produzido em engenhos construídos em terras cedidas aos colonos. A cana-de-açúcar era cultivada em fazendas monocultoras utilizando a mão de obra escrava. Representação de um engenho na antiga capitania de Pernambuco. 30

31 Adaptado de: MONTEIRO, Hamilton de Mattos. Nordeste insurgente. São Paulo, Brasiliense, Trabalho O primeiro engenho foi instalado na capitania de São Vicente em 1532 e de lá se expandiu para o Brasil. Nordeste: Zona da Mata no século XVI Devido ao solo e clima propícios, o nordeste passou a concentrar a maior parte da produção, especialmente na região da Bahia, Pernambuco e Paraíba. A Zona da Mata era onde estava localizada a grande lavoura e a transformação do açúcar, devido à facilidade de escoamento para o mar. 31

32 CÍCERO DIAS / FUNDAÇÃO GILBERTO FREYRE, RECIFE Trabalho O engenho Engenho é o nome dado à fazenda que cultivava e processava a cana-de-açúcar. A fazenda integrava as áreas de refino, as plantações e as habitações. Casa-grande do engenho Noruega, ilustração de Cícero Dias,

33 Trabalho A instalação de um engenho deveria considerar as seguintes situações: os colonos deveriam arcar com todas as despesas para a construção, compra de maquinários, ferramentas, alimentos, vestuário e mão de obra; o local escolhido deveria ter rios na propriedade ou próximo a ela, para fazer o escoamento do açúcar e transporte de materiais. 33

34 CÍCERO DIAS / FUNDAÇÃO GILBERTO FREYRE, RECIFE Trabalho O centro da vida colonial O engenho era o centro da vida colonial e a casa-grande, a residência do senhor de engenho e sua família. A casa-grande geralmente era construída no centro da propriedade e em locais elevados, de onde era possível vigiar todo o trabalho. Próximo à casa-grande ficava a capela, marcando a presença da Igreja católica naquela sociedade. Ao senhor de engenho cabia controlar a vida política da região e administrar a propriedade e a produção. À esposa do senhor de engenho cabia a supervisão dos trabalhos domésticos e a educação dos filhos, preparando-os para a herança que receberiam. Detalhe da ilustração Casa-grande do engenho Noruega. 34

35 Trabalho O trabalho nos engenhos Nos engenhos, as senzalas eram grandes galpões, sem camas ou cadeiras, somente com palhas no chão para os escravos dormirem. A alimentação dos escravos era precária, mas alguns deles conseguiam cultivar pequenas hortas nos domingos e dias santos, complementando assim algumas refeições. Os escravos se vestiam com panos de algodão comprados pelos proprietários. A quantidade de escravos em cada propriedade variava de 50 a 150, dependendo da extensão. Parte deles trabalhava na lavoura da cana, que podia ou não ser a mesma propriedade do senhor de engenho. Outros cativos trabalhavam como empregados domésticos no interior da casa-grande, sobretudo as mulheres. 35

36 CÍCERO DIAS / FUNDAÇÃO GILBERTO FREYRE, RECIFE Trabalho A maioria dos escravos trabalhava na produção do açúcar. Esse era um trabalho com alta rotatividade de mão de obra, devido à carga excessiva de trabalho, aos castigos e à má alimentação. No final do século XVII, a média de vida de um escravizado chegava a aproximadamente 23 anos. A taxa de mortalidade dos cativos comprados era de 10%. Detalhe da ilustração Casa-grande do engenho Noruega. 36

37 Trabalho A produção do açúcar A cana-de-açúcar era colhida. A cana-de-açúcar era cortada, amarrada e colocada no carro de boi. Na moenda, a cana era colocada em uma máquina movida à água ou à tração animal, para ser esmagada. Da máquina era extraído um caldo chamado garapa. Os feixes de cana eram levados para a moenda. A garapa era colocada em grandes tachos e caldeiras de cobre para ser fervida. Durante esse processo, os escravizados deveriam ficar horas seguidas sem parar de mexer o caldo, até que ele engrossasse e fosse produzido o melado. Continua 37

38 Trabalho O melado era colocado em cones de argila para esfriar e condensar, e levado para a casa de purgar. Os pedaços endurecidos, chamados de pães de açúcar, eram quebrados em grãos e armazenados em caixotes de 50 arrobas (750 quilos). Na casa de purgar, os cones eram colocados em um local alto, para que todo o líquido escorresse e o melado cristalizasse e esbranquiçasse. Os caixotes eram levados para o litoral e, de lá, enviados para a Europa. 38

39 Trabalho Os holandeses na colônia Os holandeses ou flamengos participaram ativamente da produção de açúcar no Brasil. Eles emprestavam dinheiro para os senhores de engenho e, em troca, dominavam a compra, a venda, o refino, o transporte e a distribuição do açúcar na Europa. Com a unificação de Portugal e Espanha na União Ibérica, todos os inimigos da Espanha passaram a ser inimigos de Portugal; isso incluía os holandeses. Os holandeses, a partir de então, foram proibidos de atracar seus navios nos portos portugueses da colônia e, com isso, não podiam mais negociar com os senhores de engenho do nordeste. Ameaçados de perder seus rendimentos, o governo holandês optou por se apossar das zonas produtoras de açúcar na América, ou seja, invadir o nordeste brasileiro e se apoderar da produção açucareira local. 39

40 HESSEL GERRITZ / COLEÇÃO GIUSEPPE BACCARO Trabalho Em 1624, esquadras flamengas bombardearam e invadiram a cidade de Salvador. A população, entretanto, impediu que os holandeses alcançassem os engenhos. Em 1625, os holandeses foram expulsos da cidade. Porém, não desistiram da empreitada. Em 1630, invadiram a capitania de Pernambuco. Mapa elaborado pelo cartógrafo holandês Hessel Gerritz em comemoração à conquista da capitania de Pernambuco,

41 Adaptado de: Brasil 500 anos vol. 3. São Paulo: Nova Cultural. p Trabalho Olinda e Recife foram ocupadas, a resistência expulsa e os holandeses se estabeleceram na região. Nordeste: Zona da Mata no século XVI Como não conseguiram acesso aos engenhos, os holandeses propuseram acordos com os senhores de engenho em que protegeriam suas propriedades e incentivariam a compra de engenhos abandonados. Dessa forma, os holandeses conseguiram expandir seus domínios por diversas regiões do nordeste. 41

42 Trabalho O governo de Nassau Em 1637, a Companhia das Índias Ocidentais enviou um governador para comandar as áreas dominadas: João Maurício de Nassau. Nassau organizou no nordeste uma área que denominou de Nova Holanda e iniciou um processo administrativo de modernização e recuperação da economia após a guerra. Para isso, ele: emprestou dinheiro aos senhores de engenho para recuperar a lavoura e comprar novos maquinários; fiscalizou o fornecimento de mão de obra escrava nos engenhos; estabeleceu leis, nomeou juízes e funcionários públicos; garantiu a liberdade religiosa a judeus e católicos; estabeleceu igualdade de direitos a moradores holandeses e portugueses. 42

43 FRANS POST / COLEÇÃO PARTICULAR, SP Trabalho A cidade de Recife foi modificada, com reestruturação de ruas, construção de canais, pontes, palácios, museus, zoológicos e observatório. A paisagem nordestina mudou com a influência holandesa. Pintura do holandês Frans Post, representando uma vista da cidade Maurícia e de Recife,

44 AUTOR DESCONHECIDO / FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RJ Trabalho A expulsão dos holandeses Em 1640, com o fim da União Ibérica, Portugal fez acordos de paz com os holandeses e retornaram às suas relações comerciais. Na ocasião, Portugal chegou a reconhecer o domínio holandês no nordeste. Gravura do século XVII representando as atividades econômicas da capitania de Pernambuco durante a ocupação holandesa. 44

45 MUSEU HISTÓRICO NACIONAL, RIO DE JANEIRO / ARQUIVO DA EDITORA Trabalho Contudo, iniciou-se uma crise na produção do açúcar e, endividados, os senhores de engenho temiam perder suas posses para os holandeses devido às constantes cobranças e aumento de impostos. Os proprietários se uniram e iniciaram um movimento de oposição aos holandeses. Entre 1648 e 1649, ocorreram batalhas entre os senhores locais e os flamengos, até que estes foram expulsos. Portugal recuperou a posse do território. Batalha dos Guararapes, pintura de Victor Meirelles feita no século XIX, representando uma das batalhas entre portugueses e holandeses no Recife. 45

46 Trabalho A Guerra dos Mascates A presença holandesa modificou tanto a paisagem quanto as relações sociais e políticas no nordeste. Recife se tornou um grande centro comercial e passou a ocupar a liderança econômica da capitania, posto anteriormente ocupado pelos senhores de engenho de Olinda. Endividados com os recifenses, os senhores de Olinda passaram a chamar os vizinhos de mascates, por considerar o comércio uma ocupação de menor valor moral e social. Entretanto, quando precisavam de dinheiro, era aos mascates do Recife que os olindenses recorriam. 46

47 Trabalho Ciente de sua importância econômica, os recifenses passaram a reivindicar autonomia política, solicitando ao governo português a elevação à categoria de vila. Para Olinda, isso significava perder o controle da capitania e submeter-se oficialmente aos mascates. Em 1709, o rei dom João V elevou Recife a vila e Olinda revoltou-se. Com uma tropa de mil homens, os olindenses invadiram a nova vila, depuseram o governador, exigiram o perdão de suas dívidas e anularam os atos do rei. Os recifenses revidaram, dando início à Guerra dos Mascates, que durou de 1709 a Após dois anos de lutas, Recife saiu vitoriosa, tornou-se vila e, com o passar de muitos anos, a capital de Pernambuco. 47

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49 OS CASTIGOS FÍSICOS

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51 O TRÁFICO NEGREIRO

52 RESISTÊNCIA ESCRAVA Os escravos resistiram de várias formas, sendo algumas delas isoladas e outras coletivas. As isoladas contavam com a insubordinação, roubos, fugas isoladas, suicídio e violência. As coletivas contavam com a insubordinação e boicote à produção, a violência e as fugas organizadas. As fugas levavam os escravos a criarem comunidades que ficaram conhecidas como quilombos. Essa foi a prática mais comum durante o período colonial. Os quilombos representavam a maior ameaça para a estabilidade do sistema escravista.

53 Com a Invasão Holandesa em 1630, muitos dos senhores de engenho acabaram por abandonar suas terras. Este fato beneficiou a fuga de um grande número de escravos. Estes, após fugirem, buscaram abrigo em quilombos. Dentre eles destacou-se o Quilombo dos Palmares, localizado em Alagoas.. No ano de 1670, este já abrigava em torno de 50 mil escravos

54 O principal líder de Palmares foi o temido Zumbi, figura que foi mitificada ao longo da história, como sendo o grande protetor dos escravos. Símbolo de resistência ele é aclamado até os dias de hoje. O descontrolado crescimento de Palmares fez com que os quilombolas fossem combatidos tanto pelos holandeses (primeiros a combatê-los) quanto pelo governo de Pernambuco, sendo que este último contou com os serviços do bandeirante Domingos Jorge Velho, que conseguiu acabar com o quilombo.

55 REVOLTA DOS MALÊS (1835) A revolta ocorreu em Salvador em 1835 e foi fomentada por negros, escravos e libertos. Mais da metade da população de Salvador era negra, das mais variadas culturas e procedências africanas. A maior parte dos cativos eram negros de ganho, que viviam na cidade, podendo circular com certa facilidade. Dentre a variedade étnico-cultural dos negros que viviam em Salvador, destaca-se a presença dos Malês, que eram negros mulçumanos que, muitas vezes, sabiam ler e escrever. Para dificultar os inimigos o levante foi todo organizado em árabe. No entanto foi delatada por dois negros libertos, iniciando o conflito entre as forças imperiais e os negros malês. O movimento foi sufocado, mas acabou abalando as elites baianas que perceberam a possibilidade de um conflito generalizado, organizados por escravos.

56 A ESCRAVIDÃO NA REGIÃO DAS MINAS SÉCULO XVIII Intensificação do tráfico interno Processo de urbanização alterando a dinâmica do sistema escravista Os escravos eram mais caros nas regiões interioranas, o que levou a um menor número de cativos por cada senhor. Flexibilização da relação senhor/escravo Maior número de alforrias Importância das amas de leite Aparecimento de sistemas de exploração da mão-de-obra urbanos, como as negras de tabuleiro e os escravos de ganho Maior participação na vida cultural, com uma maior integração, inclusive na vida religiosa. Exerceram um importante papel na construção da sociedade mineira Um grande exemplo da flexibilização dessa relação é a figura de Xica da Silva, a mulher mais poderosa do Distrito Diamantífero.

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58 Os escravos urbanos no Rio de Janeiro, século XIX Maior integração com a sociedade Presença expressiva de escravos mulatos e pardos, e uma menor presença de africanos récem chegados A capoeira, as danças e jogos, além das festas religiosas, começam a aparecer em representações do período. Popularização dos escravos de ganho. Eram homens que eram empregados e recebiam salários. Parte desse ganho era remetida ao seu senhor e a outra servia para a aquisição de bens de consumo pessoais. O processo de abolição, na segunda metade do século XIX, trouxe um importante desafio para esses homens. A integração era o principal deles. Era preciso se adequar a sociedade como homens livres, superando as diferenças sociais e os preconceitos.

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61 A abolição da escravidão Lei de Terras (1850) Lei Eusébio de Queiroz (1850) Lei do Ventre Livre (1871) Lei do Sexagenário (1885) Lei Áurea (1888)

62 Dia Nacional da Consciência Negra O projeto de 2003 oficializou o dia 20 de Novembro como sendo a data do evento, em homenagem ao dia da morte de Zumbi, em A mesma lei também tornou obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. Nas escolas as aulas sobre os temas: História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.

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