Acessibilidade aos bens culturais imóveis

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1 Acessibilidade aos bens culturais imóveis Ana Carolina Araújo Pereira Master em Arquitetura Instituto de Pós-graduação - IPOG Resumo A Constituição Federal de 1988 garante o direito de preservação e proteção do patrimônio cultural, bem como o direito das pessoas com deficiência de acessibilidade, inclusive aos bens culturais imóveis. Como garantir a acessibilidade nestes imóveis sem que haja prejuízo dos valores históricos culturais? Este artigo tem como objetivo compreender como é possível conciliar esses dois temas aparentemente incompatíveis. Para isso foi feita uma pesquisa bibliográfica da legislação vigente e dos temas envolvidos. Percebeu-se que no Brasil ainda há poucos estudos e conhecimento sobre o assunto e foram identificadas as principais barreiras encontradas. Por fim foram propostas algumas diretrizes de projeto para implantar a acessibilidade em bens culturais imóveis. Palavras-chave: Acessibilidade; Bens culturais imóveis; Pessoa com deficiência; Preservação. 1. Introdução Minas Gerais é o estado que possui o maior acervo de bens culturais imóveis e cidades históricas, como afirma Miranda (2009), além disso, possui três sítios históricos declarados como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Conforme determina a Constituição Federal de 1988 e a legislação infraconstitucional, estes bens devem ser preservados e protegidos pelo Estado, com a colaboração da população. Essa proteção ao patrimônio cultural tem como um dos seus principais fundamentos o princípio da igualdade, vez que visa garantir o direito de as futuras gerações apreciarem esses bens de valor histórico e cultural acentuado, em sua integridade, com a mesma liberdade que possui a presente geração. (PEREIRA e LIMA, 2005) Entretanto, muitos desses bens culturais imóveis são abertos ao público, mas não permitem o acesso de todos e seu uso por todos da presente geração, pois não são acessíveis às pessoas com deficiência ou às pessoas com mobilidade reduzida e aos idosos. A Constituição Federal garante também o direito à igualdade sem distinção de qualquer natureza, bem como o direito das pessoas com deficiência à acessibilidade. O homem construiu a história e deve ter condição de conhecê-la, valorizá-la e utilizála. (ANDRADE, 2009:1) Para tanto é necessário que os bens culturais imóveis sejam acessíveis conforme determina a Constituição Federal e a legislação infraconstitucional. Tanto a preservação e proteção do patrimônio cultural quanto a acessibilidade de pessoas com deficiência são direitos com garantia constitucional, além da legislação específica, e devem ser respeitados e garantidos. Temos, portanto, um conflito entre dois direitos que, no entanto, aparentemente são incompatíveis. Como tornar os bens culturais imóveis acessíveis às pessoas com deficiência, sem que haja prejuízo dos valores históricos e culturais? Qual dos dois direitos é mais importante?

2 Embora os estudos sobre acessibilidade e sua aplicação em projetos de edificações e espaços urbanos tenham se desenvolvido muito nos últimos anos, os estudos com relação à acessibilidade em bens culturais imóveis ainda são muitos escassos, especialmente em Minas Gerais, onde o turismo histórico é muito grande e deveria garantir a todos o acesso a esses locais. Há vários critérios e parâmetros de acessibilidade previstos na legislação vigente e na norma específica, os quais devem ser seguidos. No entanto, sabe-se que muitas vezes fica difícil encontrar soluções para atender a todos os padrões exigidos em bens culturais imóveis, tendo em vista a preservação dos valores históricos e culturais. Todos os projetos de intervenção em bens culturais imóveis, inclusive os de acessibilidade, devem ser aprovados pelos órgãos de preservação, seja em nível federal, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional IPHAN, em nível estadual ou municipal. Esses órgãos muitas vezes apresentam muitos impedimentos para a implantação da acessibilidade, pois, conforme afirma Andrade (2009), alguns estudiosos acreditam que o patrimônio é imexível e não pode ser alterado. O objetivo desse artigo é propor diretrizes que possam auxiliar nos projetos para implantação de acessibilidade nos bens culturais imóveis sem prejuízo dos seus principais valores históricos e culturais, através de um estudo da legislação e normas específicas, bem como uma revisão bibliográfica sobre o tema. 2. Fundamentação Teórica - Acessibilidade De acordo com o Censo Demográfico de 2000, aproximadamente 24,5 milhões de pessoas no Brasil possuem algum tipo de deficiência, o que corresponde a 14,5% da população total do país. Além disso, muitas outras pessoas que não possuem nenhum tipo de deficiência encontram dificuldades de deslocamento e para execução das atividades cotidianas, por exemplo pessoas obesas, idosos, crianças, gestantes, pessoas com carrinhos de bebê ou com algum membro fraturado. Não existe homem padrão. As pessoas apresentam características diferentes entre si, seja em relação ao sexo, a idade ou a cultura. Existem pessoas magras e altas, outras gordas e baixas. Elas podem apresentar diferentes capacidades e habilidades físicas. Para a concepção de ambientes e produtos que possam ser utilizados por todas as pessoas, é necessário conhecer essas diferenças e projetar espaços levando em consideração esses fatores. (ANDRADE, 2009: 7) O Decreto Federal 5296 define pessoa com deficiência como aquela que possui limitação ou incapacidade para o desempenho de atividade, e divide as deficiências em cinco categorias: deficiência física, deficiência auditiva, deficiência visual, deficiência mental e deficiência múltipla. Quando se trata de acessibilidade normalmente associa-se a pessoas com deficiência, porém, o importante a ser considerado não são as suas características físicas, e sim suas necessidade ou restrições. Garantir a plena acessibilidade representa o respeito à individualizada de cada um. (PAIVA, 2009: 34) Para Andrade, para se criar ambientes acessíveis a todos é preciso conhecer as diferentes dificuldades e limitações que o ser humano pode encontrar na realização das atividades diárias, para identificar as principais barreiras encontradas.

3 A Norma Brasileira ABNT NBR 9050 (2004) define acessibilidade como possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos. Na visão de Dischinger, Bins Ely e Piardi (apud ANDRADE, 2009), acessibilidade é bem mais que atingir um local. É também necessário que o local permita ao usuário compreender sua função, sua organização e relações espaciais, assim como participar das atividades que ali ocorrem. O uso de soluções de acessibilidade pode beneficiar a todas as pessoas. Andrade (2009) afirma que falar em acessibilidade é projetar edifícios, cidades e produtos que possam ser utilizados com conforto, segurança e autonomia por todas as pessoas, independente de suas capacidades ou limitações, de forma igualitária. Dischinger, Bins Ely e Piardi (apud Andrade, 2009) dividiram os componentes de acessibilidade espacial em quatro categorias: orientação espacial, comunicação, deslocamento e uso, sendo que cada componente é constituído por um conjunto de diretrizes que definem características espaciais de forma a permitir a acessibilidade aos edifícios públicos e minimizar possíveis restrições. A orientação espacial está ligada à compreensão do espaço, permitindo, assim, que os usuários reconheçam a identidade de funções do espaço e definam suas estratégias de deslocamento e uso.(...) A comunicação refere-se às possibilidades de troca de informações interpessoais, ou troca de informações por meio da utilização de equipamentos de tecnologia assistiva, que permitam o acesso, a compreensão e o uso das atividades existentes. O deslocamento faz referência às condições de movimento ao longo de percursos horizontais e verticais de forma independente, segura e confortável, sem interrupções e livre de barreiras.o uso é obtido através da possibilidade de participação de todo e qualquer indivíduo nas atividades, podendo utilizar todos os ambientes e equipamentos. (ANDRADE, 2009: 16) A partir do entendimento dos componentes de acessibilidade verifica-se que cada tipo de deficiência convive com diferentes problemas, que geram necessidades especiais específicas. As restrições e necessidades especiais, conforme apontam Andrade (2009) e Paiva (2009), podem ser divididas em: restrições em atividades físico-motoras, restrições em percepção sensorial, restrições em atividades de comunicação e restrições em atividades cognitivas Legislação aplicada As pessoas com deficiência ao longo da história foram muito rejeitadas, sendo comum serem exterminadas ou abandonadas pela família, sendo que até a Idade Média as deficiências eram comumente associadas a castigos de Deus. Segundo Aranha (2012), só no século XVI as deficiências começam a serem associadas a causas ambientais e surgem os primeiros tipos de tratamentos. Sendo que somente no século XX, a sociedade percebe que as pessoas com deficiência precisam integrar-se nas atividades cotidianas e participarem do convívio social (GURGEL, 2012). Durante as guerras, muitas pessoas ficaram com sequelas, que geraram deficiências. Foi nesta época que surge na Europa a preocupação com a reabilitação dessas pessoas e a integração delas na sociedade. No ano de 1948, foi promulgada a Declaração universal dos direitos humanos pela Organização das Nações Unidas - ONU, que marca o início da defesa das pessoas com deficiência. Algum tempo depois, a ONU criou também a Declaração dos direitos das pessoas com deficiência, em 1975, e o Programa de ação mundial para as pessoas com deficiência, em 1982.

4 No Brasil a Constituição Federal de 1988 foi um marco na defesa das pessoas com deficiência, garantindo que o Estado deverá promover a proteção e a integração social destas pessoas, o direito a assistência social, a educação especializada, a igualdade de direitos no trabalho e acesso a cargos públicos, e o direito a acessibilidade de logradouros, edifícios e transporte. Foi a partir da Constituição Cidadã que o tema referente à pessoa portadora de deficiência ganhou maior realce e conquistou destaque constitucional e infraconstitucional, recebendo por certo, o tratamento devido, mesmo que muito ainda se tem a alcançar, pois as conquistas ainda estão longe de se findar.(chatt, 2010) Com relação à garantia do direito à acessibilidade são destaques o 2º do art. 227 e o art. 244, que preveem que a lei disporá sobre normas de construção, bem como a adaptação, de logradouros e edifícios de uso público e de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. No art. 215, caput, prevê que o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes de cultura nacional. Conforme afirmam Miranda e Novais (2008) resta claro que o legislador constituinte quis assegurar a todos, e de maneira especial aos portadores de deficiência, o acesso aos bens culturais existentes em nosso país. Entretanto, somente no ano 2000, foi promulgada a Lei Federal 10098, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências, sendo que foi regulamentada em 2004, através do Decreto 5296, o qual determina que: Art. 10. A concepção e a implantação dos projetos arquitetônicos e urbanísticos devem atender aos princípios do desenho universal, tendo como referências básicas as normas técnicas de acessibilidade da ABNT, a legislação específica e as regras contidas neste Decreto. Art. 11. A construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, ou a mudança de destinação para estes tipos de edificação, deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. (BRASIL, 2004) Além das questões de acessibilidade física das edificações, o decreto prevê também acessibilidade em vias e praças, no mobiliário urbano, nos transportes, sinalização para pessoas com deficiência visual e interpretes da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, entre outras. Sempre fazendo referência às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT. Sendo que no ano de 2004, também saiu a última revisão da Norma Brasileira ABNT NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Com relação aos bens imóveis culturais, o art. 30 do Decreto 5296, prevê que a adaptação deve estar de acordo com a Instrução Normativa n. o 1 do IPHAN, de 25 de novembro de 2003, que dispõe sobre acessibilidade em bens culturais imóveis. 3. Fundamentação Teórica Patrimônio Cultural A palavra patrimônio vem do latim e historicamente está associada à herança paterna, bens de família e quaisquer bens materiais pertencentes a uma pessoa ou instituição. O conceito de patrimônio cultural está ligado a bens que tenham algum interesse para uma comunidade.

5 As primeiras atividades para a preservação dos bens culturais imóveis foram iniciadas no século XIX, no período pós-guerra e durante a revolução industrial, para recuperação de muitos monumentos destruídos ou danificados. (ANDRADE, 2009). Em 1931, durante a primeira conferência internacional sobre preservação de monumentos, surge a Carta de Atenas, documento que visa à preservação dos bens culturais. Nos anos seguintes são criadas outras cartas internacionais que tratam sobre o mesmo tema. A Carta de Burra, de 1980, trouxe várias definições de conceitos importantes para o presente artigo: - A conservação de um bem compreende os cuidados a serem dispensados a um bem para preserva-lhe as características que apresentem uma significação cultural. Pode implicar em preservação, restauração e mesmo compreender obras mínimas de reconstrução ou adaptação, conforme cada circunstância. - A preservação de um bem compreende a manutenção da sua substância física e a desaceleração do seu processo de degradação. - A restauração implica em restabelecimento da substância física do bem em um estado anteriormente conhecido. - A adaptação é o agenciamento de um bem a uma nova destinação sem a destruição de sua significação cultural. De acordo com o mesmo documento, o principal objetivo da conservação de um bem deve ser a preservação do seu valor histórico, e a opções escolhidas no processo determinarão as futuras destinações que sejam compatíveis como o bem, as quais impliquem em modificações que alterem o mínimo possível o valor cultural do bem ou que sejam reversíveis. Para o Programa Monumenta (2012), preservar os bens integrantes do patrimônio cultural implica no reconhecimento dos valores artísticos e históricos, que o objeto de intervenção possui. Ou seja do seu caráter único e insubstituível, admitido como obra de arte e/ou documento histórico Legislação aplicada No Brasil, em 1937, foi promulgado o Decreto-Lei 25, documento que organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional e cria o instituto do tombamento no país. No caput, do art. 1 o define que: Constitui patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnológico, bibliográfico ou artístico. (BRASIL, 1937) Para serem considerados parte integrante do patrimônio histórico e artístico nacional os bens precisavam antes ser inseridos em um dos Livros do Tombo, ou seja, serem tombados. A Constituição Federal de 1988 apresentou grandes avanços na defesa dos bens culturais. No caput do art. 216, apresenta a denominação patrimônio cultural e sua definição: Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira (BRASIL, 1988) A Constituição Federal dispõe que a proteção do patrimônio cultural é uma obrigação do Poder Público, com colaboração da comunidade. Além disso, inclui o inventário também como instrumento de proteção. O inventário de um bem cultural feito por órgão de

6 preservação o coloca como bem de interesse público submetendo-o ao regime jurídico específico dos bens culturais protegidos e conferindo-lhe restrições. (MACHADO, 2009:51) Desde 1937, o Decreto-Lei 25 determina em seu art. 17 que as coisas tombadas não poderão, em caso nenhum, ser destruídas, demolidas ou mutiladas, nem sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas (...). Portanto, toda obra a ser realizada em um bem cultural, inclusive para adequação aos critérios de acessibilidade, deve antes ser aprovada pelos órgãos competentes Instrução Normativa n. o 1 do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional Através desta Instrução Normativa o IPHAN resolveu: Estabelecer diretrizes, critérios e recomendações para a promoção das devidas condições de acessibilidade aos bens culturais imóveis, a fim de equiparar as oportunidades de fruição destes bens pelo conjunto da sociedade, em especial pelas pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. (IPHAN, 2003) De acordo com a Instrução Normativa, as soluções adotadas para adequação dos bens culturais imóveis aos critérios de acessibilidade devem compatibilizar-se com a sua preservação, assegurando condições de acesso, de trânsito, de orientação e de comunicação para todo o público. Determina ainda, nos itens 3.4 e 3.7, que os estudos para as propostas de intervenção devem resultar de uma abordagem global da edificação, sendo que as intervenções devem contar com o registro e a indicação da época de implantação (...), privilegiando-se os recursos passíveis de reversibilidade, de modo a permitir a inclusão de novos métodos, tecnologias ou acréscimos (IPHAN, 2003). Conforme determina o item 1.4, os projetos para promoção da acessibilidade em bens culturais imóveis devem ser submetidos à aprovação do pelo órgão do patrimônio histórico responsável pela sua proteção, a fim de garantir a preservação dos elementos de maior importância histórica. A Instrução Normativa não apresenta nenhuma solução de projeto, sendo ainda bastante superficial, no entanto percebe-se a preocupação do IPHAN com a acessibilidade nos bens culturais imóveis. Para Gerente e Bins Ely (2004), o documento destaca a importância de se adotar soluções segundo os preceitos de desenho universal, observando sua compatibilidade com as características históricas. 4. Critérios de acessibilidade De acordo com a legislação vigente todos os edifícios de uso público e de uso coletivo devem ser acessíveis a pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Deve haver uma rota acessível, que compreende o trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado, que conecta os ambientes externos ou internos de espaços e edificações, e que possa ser utilizado de forma autônoma e segura por todas as pessoas (ABNT, 2004). A rota acessível deve interligar a via pública, os meios de transporte e estacionamentos aos edifícios. A acessibilidade na via pública compreende os passeios públicos, os locais de travessia de pedestres, os locais de parada de transporte coletivo e de estacionamento. Os passeios devem ter uma faixa livre para circulação mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros), superfície regular, firme, estável e antiderrapante sob qualquer condição, e que não cause trepidação em cadeiras de rodas e carrinhos de bebê. Não deve haver desníveis nos

7 passeios, sendo a inclinação longitudinal adequada de até 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento), e a inclinação transversal deve ser de no máximo 3% (três por cento). Não deve haver obstáculos na faixa de circulação com altura menor que 2,10m (dois metros e dez centímetros). Os passeios devem sinalizados com pisos táteis de alerta e direcional para a orientação de pessoas com deficiência visual. De acordo com o 2º do art. 15 do Decreto 5296: Nos casos de adaptação de bens culturais imóveis e de intervenção para regularização urbanística em áreas de assentamentos subnormais, será admitida, em caráter excepcional, faixa de largura menor que o estabelecido nas normas técnicas (...), desde que haja justificativa baseada em estudo técnico e que o acesso seja viabilizado de outra forma, garantida a melhor técnica possível. (BRASIL, 2004) Nas esquinas e locais de travessia de pedestres deve haver faixa demarcada no piso, rebaixo do meio-fio ou travessia elevada, sinalizados com piso tátil. Além disso, os semáforos devem ser equipados com sinal sonoro para orientação de pessoas com deficiência e ter tempo compatível com a largura da via. O mobiliário urbano deve dar condições de aproximação segura e uso por todas as pessoas, independente do tipo de deficiência e limitação. Os estacionamentos, tanto na via pública quanto no interior das edificações, devem ter vagas reservadas para veículos que transportem pessoas com deficiência, as quais devem estar próximo à entrada acessível ou ao elevador. Nas edificações de uso público ou de uso coletivo, pelo menos um acesso, de preferência o principal, deve ser acessível. Nos edifícios de uso público deve haver rota acessível comunicando todas as suas dependências e serviços, no caso de edifício de uso coletivo, a rota acessível deve interligar todas as partes de uso comum ou abertas ao público. Caso não haja possibilidade de entrada principal ser acessível, pode-se adotar um acesso secundário, o qual deve ser lateral e estar a uma distância máxima de 50m (cinquenta metros) do acesso principal. Este deve estar devidamente sinalizado e permanecer aberto ou estar conectado à recepção através de campanhia. A entrada acessível não deve usada como entrada de serviços. A entrada acessível deve ser sinalizada com sinalização visual e tátil para orientação de todas as pessoas. Quando houver rampa ou escada na entrada acessível, estas devem atender aos critérios da Norma Brasileira ABNT NBR 9050, quanto ao dimensionamento, ter corrimãos em ambos os lados, piso tátil de alerta e sinalização visual nos degraus das escadas. Nos locais de recepção e espera, o mobiliário de atendimento deve ser acessível e deve haver assentos reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e espaços para cadeiras de rodas, devidamente sinalizados. Deve haver sinalização visual e tátil para orientação das pessoas. Além disso, deve haver pessoal treinado para atendimento de pessoas com deficiência auditiva, treinadas em LIBRAS, e equipamentos de assistência. A circulação interna deve ter largura de acordo com os critérios da Norma Brasileira ABNT NBR 9050, sendo a largura mínima admissível de 90cm (noventa centímetros), e piso antiderrapante. As portas internas devem ter vão livre de no mínimo 80cm (oitenta centímetros) e permitir a aproximação de pessoas em cadeiras de rodas. De acordo com o art. 26 do Decreto 5296, nas edificações de uso público ou de uso coletivo, é obrigatória a existência de sinalização visual e tátil para orientação de pessoas com deficiência auditiva e visual.

8 As rampas, as escadas e os equipamentos de circulação vertical que integrarem a rota acessível devem atender os critérios das normas técnicas da ABNT. Nos edifícios de uso público a serem construídos deve haver, no mínimo, uma cabine sanitária para cada sexo em cada pavimento da edificação; e nos edifícios de uso público já existentes deve haver, no mínimo, uma cabine por pavimento. Nos edifícios de uso coletivo, deve haver sanitários acessíveis com onde sanitários públicos. Os sanitários acessíveis devem sempre ter entrada independente dos demais sanitários coletivos, de forma a permitir a entrada de acompanhantes, e devem atender todos os critérios da Norma Brasileira ABNT NBR 9050, quanto a dimensionamento, posição das peças, uso de barras de apoio, etc. Nas portas dos sanitários deve haver sinalização visual e tátil. Os cinemas, teatros, auditórios e similares devem possuir, na área destinada ao público, espaços reservados para pessoas em cadeira de rodas, assentos reservados para pessoas com deficiência visual, pessoas com mobilidade reduzida e para pessoas obesas. Estes espaços e assentos devem permitir o assento junto a pelo menos um acompanhante, estarem distribuídos pelo recinto, em locais de boa visibilidade e próximo dos corredores. Palcos, coxias e camarins também devem ser acessíveis. Em locais de exposição todos os elementos expostos para visitação pública devem estar em locais acessíveis. Os títulos, textos explicativos ou similares devem também estar em Braille. Deve-se permitir que algumas peças sejam tocadas por pessoas com deficiência visual e outros mecanismos para que possam ajudá-los a compreender os elementos expostos. Restaurantes, bares e similares devem possuir mobiliário acessível e cardápio em Braille. As escolas devem dar condições de acesso e utilização de todos os ambientes, como salas de aula, bibliotecas, auditórios, ginásios, laboratórios, áreas de lazer e sanitários. 5. Diagnóstico dos problemas de acessibilidade nos imóveis históricos A trajetória histórica revela que as pessoas portadoras de deficiência por muito tempo viveram marginalizadas, sendo vítimas da exclusão proporcionada pela própria sociedade. (PEREIRA e LIMA, 2006). Tal fato explica a dificuldade de se promover a acessibilidade nos bens culturais imóveis, pois estes foram construídos em épocas em que os valores eram outros e não foram projetados para receber as pessoas com deficiência. Entretanto, muitos destes imóveis atualmente abrigam atividades abertas ao público, como museus, teatros, cinemas, centros culturais, e devem ser adaptados para receber as pessoas com deficiência. Os principais problemas de acessibilidade encontrados nos bens culturais imóveis vão desde o espaço urbano em que estão inseridos até questões de sinalização interna. a) Problemas urbanos: Muitos centros históricos ou mesmo bens imóveis históricos isolados foram inseridos em locais de topografia muito acidentada, o que produz vias com inclinação muito alta, onde muitas vezes há inclusive escadarias. Os passeios nos centros históricos são geralmente muito estreitos, com meio-fios altos e sem rebaixo para acesso de pedestres. A pavimentação é feita com material escorregadio e irregular, muitas vezes com grandes pedras. Além dos passeios serem estreitos, há muitos obstáculos, como poste, mobiliário urbano e vegetação, sem sinalização tátil de alerta, que dificultam a circulação e podem causar acidentes em pessoas com deficiência. Também é comum encontrar desníveis nos passeios causados por degraus e rampas de acesso às edificações.

9 Faltam locais para travessia e as faixas de pedestres existentes não possuem sinalização adequada. Os semáforos também não possuem sinais sonoros e o tempo reduzido não permite travessias seguras. Não há piso tátil para orientação das pessoas com deficiência visual. Todos estes problemas dificultam ou impossibilitam o deslocamento das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida aos bens culturais imóveis. b) Problemas no acesso ao edifício: A maioria dos bens culturais imóveis possui escadas no acesso principal, quase sempre com piso escorregadio, degraus irregulares e sem corrimãos. A dificuldade de tornar essas entradas acessíveis está ligada ao fato de que quase sempre não há espaço para instalação de rampas adequadas ou equipamentos eletromecânicos, além de haver interferência na fachada, o que muitas vezes não é aprovado pelos órgãos do patrimônio cultural. Em alguns casos onde foram construídas rampas, estas têm inclinação maior que a recomendada, não atendendo aos padrões da Norma Brasileira ABNT NBR Quando é feito um acesso alternativo acessível, não há sinalização que o indique e este muitas vezes fica trancado sem comunicação com a recepção. Também não há piso tátil e sinalização tátil e visual para orientação das pessoas com deficiência, pois muitas vezes não são permitidas alterações na fachada e no piso devido ao valor histórico. Nos estacionamentos não há vagas reservadas para pessoas com deficiência e o percurso até o imóvel não é acessível. c) Problemas internos: Na recepção não há mobiliário de atendimento acessível, os balcões geralmente são altos, o que não permite a visão do atendente por pessoas em cadeiras de rodas, anões ou crianças, e não possuem espaço para aproximação. Nas esperas não há locais para cadeiras de rodas e assentos reservados para pessoas com dificuldade de locomoção e idosos. Não há pessoal treinado para atendimento de pessoas com deficiência auditiva ou equipamentos de assistência que possa auxiliá-las. Também não há sinalização tátil para pessoas com deficiência visual. As circulações internas às vezes são estreitas e com piso escorregadio, além de possuírem obstáculos, como mobiliário e vegetação. Dificilmente são encontrados bebedouros e telefones públicos acessíveis. A maioria das portas também é estreita, e quando possuem duas folhas somente uma é aberta. A circulação vertical geralmente é somente por escadas, muitas vezes estreitas, sem corrimãos e com piso escorregadio. Em alguns casos é muito difícil a instalação de um elevador. Não há sinalização para pessoas com deficiência visual e auditiva em caso de emergência. Os sanitários quase sempre são pequenos e em número reduzido, não permitindo o uso por pessoas em cadeiras de rodas ou mobilidade reduzida. O tamanho dos sanitários muitas vezes inviabiliza a sua adaptação, sendo necessária a construção de novos sanitários em outro local. As principais dificuldades em se adaptar os espaços internos aos critérios de acessibilidade estão relacionadas ao valor histórico atribuído aos pisos e revestimentos de paredes, que dificultam a instalação de pisos antiderrapantes, rampas, pisos táteis, corrimãos e sinalização interna. Os principais problemas de acessibilidade encontrados nos bens culturais imóveis são comuns também em edificações recentes que foram projetadas sem a preocupação em atender a legislação e norma vigentes referentes à acessibilidade.

10 Andrade (2009) percebeu através da pesquisa de campo que o indivíduo mais afetado quando os parâmetros de acessibilidade não são considerados nos diferentes espaços é o cego, seguido do indivíduo em cadeira de rodas e o indivíduo com muletas. 6. Sugestões de soluções para adaptação dos bens culturais imóveis Para a implantação de acessibilidade em bens culturais imóveis deve-se conhecer bem o imóvel, seus, detalhes, suas principais características históricas, inclusive as peculiaridades do local onde estão inseridos e materiais de maior relevância histórica, para que possam ser preservados, e também dos principais problemas de acessibilidade. O Programa Monumenta (2012), sugere que os projetos de intervenção em bens culturais imóveis devem compreender as seguintes etapas: - Identificação e conhecimento do bem, que tem o objetivo de conhecer e analisar a edificação sob aspectos históricos, estéticos, artísticos, formais e técnicos, compreender seu significado atual e ao longo dos tempos, inclusive sua evolução. Compreende, pesquisa histórica, levantamento físico, análise tipológica, identificação de matérias e sistemas construtivos e prospecções, se necessário; - Diagnóstico, é a etapa de consolidação dos estudos e pesquisas, analisando de forma detalhada determinados problemas ou interesses específicos de utilização do imóvel. Compreende o mapeamento dos dados, análise do estado de conservação e dos problemas encontrados, inclusive de falta de acessibilidade, e outros estudos de acordo com a intervenção a ser realizada; - Por fim são apresentadas as propostas de intervenção, divididas em estudo preliminar, projeto básico e projeto executivo. De acordo com o que preconiza a Instrução Normativa n.º 1, as adaptações do nos bens culturais imóveis devem retratar a época em que foram feitas: As soluções adotadas para a eliminação, redução ou superação de barreiras na promoção da acessibilidade aos bens culturais imóveis devem compatibilizar-se com a sua preservação e, em cada caso específico, assegurar condições de acesso, de trânsito, de orientação e de comunicação, facilitando a utilização desses bens e a compreensão de seus acervos para todo o público. (IPHAN, 2003) As soluções de acessibilidade devem ser dadas para cada bem cultural imóvel individualmente, conforme as peculiaridades de cada um. No entanto a seguir serão apresentadas algumas sugestões que podem auxiliar na elaboração de projetos de adaptação destes locais. a) Vias públicas Sugere-se que sejam traçadas rotas acessíveis nos centros históricos, integradas com as paradas de transporte coletivo e estacionamentos, por vias que tenham inclinação máxima de 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento). As paradas de transporte coletivo também devem ser acessíveis e os estacionamentos devem ter vagas reservadas para veículos que transportem pessoas com deficiência, com sinalização adequada. Onde não houver estacionamentos ou que seja difícil garantir a rota acessível, pode-se adotar vagas reservadas na via pública próximo aos imóveis mais importantes. Devem ser adotados locais de travessia de pedestres seguros e bem sinalizados, através de rebaixo de meio-fio ou travessia elevada, com semáforos com indicador sonoro e tempo de travessia compatível com pessoas com mobilidade reduzida.

11 Os passeios na rota acessível devem ter largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros), sendo admissível em casos excepcionais largura mínima de 90cm (noventa centímetros). Esta faixa de circulação deve ser livre de qualquer obstáculo, com altura inferior a 2,10m (dois metros e dez centímetros), e ter piso antiderrapante. Toda a rota acessível deve ter sinalização visual e tátil para orientação de pessoas com deficiência. Sugere-se o uso de totens e mapa táteis móveis. Em locais onde os passeios forem muito estreitos e que possuírem piso com valor histórico, sugere-se que seja impedido o trânsito de veículos nestas vias e que seja feita uma faixa acessível, com a largura mínima recomendada e atendendo ao todos os demais critérios, e que sejam preservadas as características históricas no entorno. Para auxiliar na orientação e percepção dos diferentes espaços, pode-se fazer uso de variedade visual, tátil, sonora e olfativa, através do uso de diferentes, materiais de revestimento, cores, texturas e vegetação. Nos locais onde houver intervenções, como troca de piso e aplicação de piso tátil, estes devem identificar a época em que foram inseridos, de preferência passíveis de serem revertidos. b) Acesso aos edifícios Deve-se priorizar a adaptação de entrada principal garantindo o mesmo acesso para todos, através da instalação de rampas ou equipamentos eletromecânicos quando houver desnível. As rampas podem inclusive ser móveis, desde que atendam a todos os critérios da Norma Brasileira ABNT NBR 9050 e que esteja no local durante todo o período em que o edifício estiver em funcionamento. Quando não for possível adaptar o acesso principal, deve-se garantir um acesso alternativo acessível para pessoas com deficiência. Esta entrada deve ser de preferência lateral à principal e com distância máxima de 50m (cinquenta metros), além disso, nunca deve ser usada como entrada de serviço. A entrada acessível deve ser devidamente sinalizada, estar sempre aberta ao público e interligada à recepção. Outra solução para a entrada acessível seria a adoção do novo acesso para todas as pessoas, garantindo assim um acesso único e a preservação da antiga entrada com todas as características históricas. É importante salientar que na entrada acessível mesmo as escadas devem atender aos critérios da Norma Brasileira ABNT NBR 9050, com corrimãos e piso tátil. No caso de escadas históricas, caso não haja corrimãos sugere-se que estes sejam instalados no piso ou na alvenaria que tiver menor valor histórico, e no caso de piso com valor histórico que o piso tátil tenha menor interferência visual, de preferência adesivo ou colado. Para garantir a adequada sinalização pode-se adotar totens móveis, com informação visual e tátil, e uso de placas discretas, com pouca interferência visual nas fachadas. A sinalização, assim como todas as demais intervenções, devem ter as características da época em que foram inseridas. c) Espaço interno A acessibilidade no espaço interno dos bens culturais imóveis deve iniciar-se nos locais de recepção e espera, que devem dispor de balcões de atendimento e bilheterias acessíveis. No caso do balcão de valor histórico, sugere-se a adoção de um mobiliário lateral onde possa ser feito o atendimento de pessoas com deficiência. Nos locais de espera deve haver espaço reservado para cadeira de rodas e assentos para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Para o atendimento de pessoas com deficiência auditiva, deve haver pessoal

12 treinado em LIBRAS e equipamento de tecnologia assistida. Placas e informativos devem ser disponibilizados também em Braille. Nos corredores internos e espaço de circulação das salas, sugere-se adoção de rampas móveis para vencer o desnível, de forma a não modificar o piso original. Os obstáculos existentes nas áreas de circulação devem ser retirados, garantindo largura mínima de 90cm (noventa centímetros) e as portas de duas folhas devem ser mantidas abertas, a fim de permitir a passagem de pessoas em cadeiras de rodas. Para garantir a circulação vertical acessível, sugere-se a instalação de equipamento eletromecânico, nos locais onde a interferência no valor histórico do bem seja menor. Caso seja um bem que o maior valor esteja no volume arquitetônico ou nas fachadas, o equipamento deve ser instalado em algum cômodo interno, para que não haja alteração do volume. Se o maior valor esteja na fachada frontal ou nas características internas, o equipamento pode ser instalado externamente, na fachada de menor valor. No caso de adequação de escadas, deve-se garantir que ao menos uma atenda aos critérios da Norma Brasileira ABNT NBR Sugere-se que sejam preservadas as escadas principais com valor histórico e sejam adequadas escadas secundárias, com dimensões adequadas, piso antiderrapante, corrimãos, piso tátil e sinalização visual dos degraus. Em piso de valor histórico, sugere-se o uso de piso tátil sem contraste visual, para não haver muito destaque, e que seja reversível. Na instalação da sinalização interna, sugere-se que seja instalado no local de menor valor histórico, ou seja nas paredes, forro ou no piso, através de totens. Deve-se garantir pelo menos, um sanitário que atenda à Norma Brasileira ABNT NBR 9050 e um bebedouro acessível. É importante também que os profissionais que irão fazer os projetos de acessibilidade conheçam as limitações e dificuldades de cada tipo de deficiência, de forma estas possam propor soluções que realmente irão auxiliar quem necessite. Para a aplicação da norma, é preciso que se tenha um profundo conhecimento das limitações advindas das diferentes deficiências que podem atingir as pessoas para, então, poder definir soluções que as auxiliem e, ao mesmo tempo, não alterem a arquitetura. (ANDRADE, 2009:151) 7. Conclusão É importante garantir que a população como um todo, inclusive as pessoas com deficiência, tenham acesso aos bens culturais imóveis e a possibilidade de uso pleno desses espaços, para que possam conhecê-lo e valorizá-lo. Dessa forma, a população irá colaborar com a preservação e proteção destes bens, afinal se um bem cultural deixar de ter significado para a comunidade dificilmente será preservado. A preservação dos bens culturais é de extrema importância para a história e a cultura da população das gerações presente e futuras, no entanto deve-se prever a compatibilização dos dois temas para que todos tenham acesso e esses bens. Assim, será possível garantir a igualdade das pessoas com deficiência e das gerações futuras de apreciarem os bens imóveis de valor histórico e cultural. A grande dificuldade de tornar os bens culturais imóveis acessíveis é que estes foram construídos em épocas que as pessoas com deficiência eram muito descriminadas e não tinham acesso a estes espaços. Além disso, atualmente existem as leis de preservação e proteção do patrimônio cultural, que não permitem alterações nos imóveis, dificultando a aplicação da legislação de acessibilidade e da Norma Brasileira ABNT NBR 9050.

13 Existem várias leis e normas para implantação da acessibilidade, no entanto há poucos estudos e pouco conhecimento sobre a sua aplicação em bens culturais imóveis. A Instrução Normativa n. o 1 do IPHAN foi um avanço e mostra que há uma preocupação do Poder Público com o tema, no entanto não apresenta soluções ou mesmo diretrizes de projeto. A Norma Brasileira ABNT NBR 9050, serve como base para os projetos, porém também não apresenta soluções para implantação da acessibilidade em bens culturais imóveis. Os projetos de acessibilidade em bens culturais imóveis devem resultar de uma abordagem global do mesmo, prevendo intervenções que garantam às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida a possibilidade de acesso ao interior do imóvel, orientação espacial, comunicação, deslocamento e uso. Muitas vezes são implantadas soluções isoladas que não garantem a acessibilidade completa aos imóveis. Para promoção da acessibilidade aos bens culturais imóveis devem ser consideradas as peculiaridades de cada bem, inclusive as características da região em que estão inseridos, evitando a descaracterização dos ambientes construídos, e garantindo a preservação dos valores históricos e culturais mais relevantes por meio de estudos específicos para cada caso. A análise das soluções para cada caso deve acontecer mais de uma vez e com frequência, visto que podem surgir novas tecnologias que possibilitarão a eliminação de certas barreiras que não foram resolvidas numa primeira análise. As intervenções que se realizarem em um bem cultural imóvel devem ser feitas de forma harmônica com as características originais, no entanto devem retratar a época em que foram inseridas, permitindo a compreensão dos significados adquiridos ao longo do tempo. Entretanto, percebe-se que mais o mais importante para a aplicação da Norma Brasileira ABNT NBR 9050 é a conscientização da população e do Poder Público da importância de garantir às pessoas com deficiência o acesso aos bens culturais imóveis. Além disso, profissionais envolvidos na elaboração de projetos de acessibilidade e os profissionais ligados à preservação do patrimônio cultural devem conhecer as limitações e dificuldades que cada tipo de deficiência pode causar nas pessoas, para que possam propor soluções adequadas. As diretrizes propostas neste artigo foram elaboradas com base na legislação vigente e na Norma Brasileira ABNT NBR 9050, e visam colaborar com os profissionais na elaboração de projetos de acessibilidade em bens culturais imóveis. Referências ANDRADE, Isabela Fernandes. Diretrizes para acessibilidade em edificações históricas a partir do estudo da arquitetura eclética em Pelotas RS. Dissertação de Mestrado Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis: 2009, 212p. ARANHA, Maria Salete Fábio. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência. Disponível em: digmas.pdf. Acesso em ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT NBR Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, p. BRASIL. Senado Federal. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988.

14 BRASIL. Decreto-lei n.º 25, de 30 de novembro de Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. BRASIL. Lei nº , de 19 de dezembro de Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. BRASIL. Decreto 5296, de 2 de dezembro de Regulamenta as Leis 10048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. CHATT, Cidinei Bogo. A Proteção Constitucional das Pessoas Portadoras de Deficiência e os Aspectos Jurídicos para sua Efetivação. Universo Jurídico, Juiz de Fora, ano XI, 02 de set. de Disponível em: s_de_deficiencia_e_os_aspectos_juridicos_para_sua_efetivacao. Acesso em GERENTE, Melissa M., BINS ELY, Vera Helena M. O desafio de promover acessibilidade nos centros históricos brasileiros. Anais do Seminário Acessibilidade no Cotidiano. Rio de Janeiro, set GUGEL, Maria Regina Aparecida. A pessoa com deficiência e sua relação com a história da humanidade. Disponível em: Acesso em INSTITUTO DO PATRIMÔNIO ARTÍSTICO E NACIONAL. Instrução Normativa n.º 1, de 25 de novembro de Dispõe sobre a acessibilidade aos bens culturais imóveis acautelados em nível federal, e outras categorias, conforme especifica. INSTITUTO DO PATRIMÔNIO ARTÍSTICO E NACIONAL. Carta de Burra. Disponível em: Acesso em PEREIRA, Ana Carolina Araújo, LIMA, Erlon de Paula. Acessibilidade em imóveis tombados. MPMG Jurídico. Belo Horizonte, n 3, p.39-40, dez.2005/jan MACHADO, Marília Rangel. O tombamento e o inventário como formas de acautelamento. Mestres e Conselheiros: Manual de atuação dos agentes do patrimônio cultural. Belo Horizonte, IEDS, p , MIRANDA, Marcos Paulo de Souza; NOVAIS, Andrea Lanna Mendes. Direito de acessibilidade aos bens culturais. MPMG Jurídico. Belo Horizonte, n 13, p.29-31, jul/set.2008.

15 MIRANDA, Marcos Paulo de Souza. Princípios básicos da proteção ao patrimônio cultural. Mestres e Conselheiros: Manual de atuação dos agentes do patrimônio cultural. Belo Horizonte, IEDS, p , PAIVA, Ellayne Kelly Gama de. Acessibilidade e preservação em sítios históricos: o caso de São Luís do Maranhão. Dissertação de Mestrado. Universidade de Brasília. Brasília: 2009, 177p. PROGRAMA MONUMENTA. Manual de elaboração de projetos de preservação de patrimônio cultural. Disponível em: pdf. Acesso em

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