AMS tem participação ativa na Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.

Transcrição

1 Informativo da ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE SILVICULTURA nº 04 de 13 de junho de AMS tem participação ativa na Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. O Diretor-Superintendente da AMS, Antônio Tarcizo de Andrade e Silva, durante a Audiência Pública na ALMG. O Diretor-Superintendente Antônio Tarcizo de Andrade e Silva e o advogado da Associação Mineira de Silvicultura, Igor Lopes Braga, participaram, ativamente, no último dia 11 de junho, da Audiência Pública requerida pela Entidade e solicitada pela Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial, formulada com base em requerimento de seu presidente, Deputado Antônio Carlos Arantes, no Auditório da Assembleia Legislativa, para debater e buscar solução para os crescentes roubos e furtos nas propriedades rurais, especialmente naquelas produtoras de madeira e de carvão vegetal no Estado de Minas Gerais.

2 Antônio Tarcizo historiou os fatos ocorridos e disse aos presentes que os crimes têm se tornado cada vez mais violentos, acompanhados de ameaças, uso de armas de fogo e até de reféns nas fazendas. Dando prosseguimento aos trabalhos, foram protocolizados todos os BOs correspondentes aos inúmeros furtos e roubos nas fazendas das empresas associadas da AMS e também, o projeto de implantação da Patrulha Rural na Região da Polícia Militar, enviado pelo Comandante da 11ª RPM, Cel. César Ricardo de Oliveira Guimarães. Em seguida, foi apresentada uma sugestão pelo vereador Coronel Piccinini, presidente do Clube dos Oficiais, objetivando uma força-tarefa para reduzir a violência no campo e eliminar as quadrilhas que atuam no meio rural. A proposta recebeu apoio do deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB), que requereu a reunião. O acesso ao campo é fácil para o bandido, mas o acesso do produtor rural à polícia é difícil, lamentou o deputado. Para ele, os constantes assaltos se tornaram um problema social e econômico, pois provocam o êxodo rural e aumentam o custo dos alimentos com a evasão do produtor. O presidente do Sindicato Rural de Boa Esperança (Sul de Minas), Manoel Joaquim da Costa, afirmou que já foram registrados 14 roubos de tratores na região, no período entre novembro do ano passado e abril deste ano, além de dezenas de outros equipamentos agrícolas. Diante dos relatos, o vereador Coronel Piccinini, o deputado Antônio Carlos Arantes e o Diretor-Superintendente da AMS, Antônio Tarcizo, defenderam a formação de uma força-tarefa usando policiais da Capital e de cidades mais próximas dos locais onde estão sendo registrados os crimes. O major Eugênio Valadares, do Comando-Geral da PM, disse que a corporação está implantando a patrulha rural, que vai cuidar especificamente da segurança no interior do Estado. Ele admitiu o crescimento das ocorrências no campo. Para o conhecimento de todos, encaminhamos a seguir o relatório dos casos recebidos e discutidos na referida audiência pública.

3 Exmo. Sr. Deputado Antônio Carlos Arantes, Presidente da Frente Parlamentar da Silvicultura, senhores deputados e demais componentes da mesa. Esta audiência pública foi marcada com o intuito de debatermos e buscarmos solução para os crescentes roubos e furtos nas propriedades rurais, especialmente naquelas produtoras de madeira e de carvão vegetal no Estado de Minas Gerais. Como Diretor-Superintendente da Associação Mineira de Silvicultura (AMS), irei representar o setor como um todo, uma vez que as empresas associadas optaram por não se apresentar individualmente. Iremos protocolar um grande número de BOs das empresas associadas, referente aos casos que serão citados e que não obtivemos resposta contundente por parte da polícia. Inicialmente destacamos que há uma grande dificuldade na elaboração dos BOs, por parte da Polícia Militar, fazendo com que os documentos careçam de informações completas, como por exemplo, a falta de coordenadas geográficas dos locais onde os delitos ocorreram, já que a Polícia dificilmente possui um GPS. Em consequência dessa falha de descrição no BO, a Polícia Civil tem uma atuação limitada no momento da investigação. Além disso, alguns Boletins de Ocorrência são lavrados com equívoco na descrição dos fatos e há uma dificuldade em conseguir a alteração dos mesmos. Destacamos que em alguns casos foi dito pela Polícia local que a empresa desistisse da investigação, pois o crime, na visão do policial, seria de difícil resolução. Com isso o setor de Silvicultura vem sofrendo grandes perdas pecuniárias e de funcionários, que se sentem desmotivados em trabalhar nas fazendas, pois há o medo de acontecer algo mais grave. Essa situação nos traz uma enorme preocupação futura.

4 Vejam a descrição dos casos: Caso 1: Caso 2: Os furtos e roubos ocorreram entre 10/08/2011 a 05/05/2014, nos municípios de Curvelo, Felixlândia, Corinto, Josenópolis e João Pinheiro. Foram roubados insumos agrícolas, maquinários, equipamentos e veículos, perfazendo um total de R$ ,00. Os delitos ocorreram entre 08/01/2012 a 05/05/2014, nos municípios de João Pinheiro e Buritizeiro, sendo roubados insumos e maquinários. Os prejuízos totais foram de R$ ,00, sendo que R$ ,00 eram de terceiros. Caso 3: As ações criminosas ocorreram entre 06/02/2013 a 08/05/2014, nos municípios de Paracatu, Jequitaí e Claro dos Poções, com roubo de insumos, maquinários, equipamentos e outros, totalizando um prejuízo de aproximadamente R$ ,00. Caso 4: Caso 5: Caso 6: Roubos e furtos ocorridos entre o dia 12/04/2012 e 10/03/2014, compreendendo os municípios de Lassance, João Pinheiro, Bocaiúva, Curvelo, Brasilândia de Minas, Várzea da Palma e Augusto de Lima. Foram roubados insumos, maquinários, equipamentos e veículos, deixando um prejuízo estimado de R$ ,06. Ocorrido nos municípios de Três Marias, Olhos D água, João Pinheiro e Taiobeiras, entre 19/07/2011 a 26/04/2013. Os assaltantes furtaram e roubaram desde insumos e maquinários a produtos madeireiros, totalizando um prejuízo de R$ ,00. Os delitos ocorreram entre os anos de 2009 a 2014, nos municípios de Buritizeiro, São Gonçalo do Abaeté, João Pinheiro, São Geraldo do Baixio, Corinto e Diamantina, sendo roubados insumos, maquinários, equipamentos e produtos florestais, na ordem de R$ ,00.

5 Frisamos que ao somar os prejuízos de 6 (seis) de nossas associadas, apuramos um prejuízo de aproximadamente R$ ,06 nos anos de 2011 a 2014, por conta dos roubos de maquinários, insumos, equipamentos, veículos e produtos florestais. Após a demonstração dos casos podemos concluir que essas atividades são realizadas por uma rede criminosa bem organizada, atuante em todo o Estado de Minas Gerais, e que possuem agentes em todos os pontos da cadeia de ação. Eles possuem um modus operandi bem definido e se utilizam de violência, armas de fogo, ameaças e terror psicológico para obterem êxito. Em virtude do exposto gostaríamos de questionar por que as investigações não se aprofundaram? Por que há a dificuldade na realização de um Boletim de Ocorrência? Qual a visão que o Alto Comando da Polícia Militar e Civil tem da presente situação? Por fim sugerimos que a Secretaria de Segurança Pública designe uma força-tarefa para análise dos BOs, investigação e apuração dessa modalidade criminosa nas regiões mais afetadas. Atenciosamente, Antônio Tarcizo de Andrade e Silva Diretor-Superintendente da AMS