REVISÃO DE SOCIOLOGIA 3º BIMESTRE Professor: Marcos Galdino 1º ANO

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1 REVISÃO DE SOCIOLOGIA 3º BIMESTRE Professor: Marcos Galdino 1º ANO 1. SOCIOLOGIA DO BRASIL A Sociologia sempre teve como um dos objetos de estudos o conflito entre as classes sociais. Na América Latina, por exemplo, a Sociologia do início do século XX sofreu intensas influências das teorias marxistas, na medida em que suas preocupações passaram a ser o subdesenvolvimento dos países latinos. No Brasil, nas décadas de 1920 e 1930, estudiosos se debruçaram em busca do entendimento da formação da sociedade brasileira, analisando temas como abolição da escravatura, êxodos e estudos sobre índios e negros. Dentre os autores mais significativos, temos: Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil-1936), Gilberto Freyre (Casa Grande & Senzala-1933) e Caio Prado Júnior (Formação do Brasil Contemporâneo-1942). Antes disso, outros autores também debruçaram-se sobre a temática relativa à formação da sociedade brasileira, como Euclides da Cunha (Os Sertões 1902) e Oliveira Viana (Raça e Assimilação 1932). 2. SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA Jornalista, sociólogo e historiador brasileiro nascido em São Paulo, um dos maiores intelectuais brasileiros do século XX, que tentou interpretar o Brasil, sua estrutura social e política, a partir das raízes históricas nacionais. Antes de se tornar historiador e escrever, foi jornalista e tornou-se amigo dos principais representantes do Modernismo, como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, e passou a escrever em revistas ligadas ao movimento. Além disso, trabalhou em agências de notícias internacionais e diversos órgãos da imprensa brasileira, como o Jornal do Brasil e a Folha de S. Paulo, durante muitos anos da sua vida. Sua principal obra foi Raízes do Brasil, apontou as diferenças da colonização ibérica e a inglesa na América podemos dizer que a descoberta do Brasil e principalmente o sucesso de sua colonização, foi fruto do espírito aventureiro e de uma certa adaptabilidade dos portugueses a situações e povos "desconhecidos". Juntando isto à ausência das famílias destes aventureiros em suas incursões no "Brasil (ao contrário do que ocorria com os ingleses na atual América do Norte), não é de se espantar que o povoamento da colônia se desse em grande parte por mestiços,

2 primeiramente oriundos das relações dos portugueses com as índias e posteriormente com as escravas negras. Uma característica psicossocial herdada dos portugueses também contribuiu para o insucesso do Capitalismo industrial em terras brasileiras. Desde aquela época, a sociedade via o trabalho manual e metódico, tão importantes para a consolidação das nações mais desenvolvidas da época, como incompatíveis com aqueles que prezam sua dignidade, além de ver o lucro capitalista como algo relativamente indigno. O povo brasileiro exacerbava o que o autor chamou de "nosso apego quase que exclusivo aos valores da personalidade". Não era difícil nos deparamos com "nobres ostentando seus títulos e suas riquezas (quando existiam). Através do conceito de homem cordial Sérgio Buarque destaca a importância da herança cultural da colonização lusitana no Brasil,[1] construindo ainda a ideia de que "cordialidade" típica dos brasileiros levou a uma relação problemática entre instâncias públicas e privadas.[2] Por ter proposto a existência desse chamado espírito cordial dos brasileiros, muitos acusaram Sérgio Buarque de Holanda de expor teorias geneticistas. Para estes críticos, a adjetivação do homem brasileiro como cordial teria sido colocada como uma característica nata da chamada "raça brasileira". O que Sérgio Buarque de Holanda fez foi destrinchar as causas desta cordialidade e a partir daí explicar como ela, que é enraizada no perfil psicossociológico do povo brasileiro, contribuiu para todas as mazelas que conviveram e ainda convivem com as relações sociais no Brasil. 3. GILBERTO FREYRE Autor da obra Casa Grande e Senzala, Freyre apresenta a importância da casa-grande na formação sociocultural brasileira, assim como a da senzala na complementação da primeira. Além disso, Casa-Grande & Senzala enfatiza a formação da sociedade brasileira no contexto da miscigenação entre os brancos, principalmente portugueses, dos negros das várias nações africanas e dos diferentes indígenas que habitavam o Brasil. Na opinião de Freyre, a própria arquitetura da casa-grande expressaria o modo de organização social e política do Brasil, o patriarcalismo. Tal estrutura seria capaz de incorporar os vários elementos que comporiam a propriedade fundiária do Brasil Colônia. Do mesmo modo, o patriarca proprietário da terra considerado dono de tudo que nela se encontrasse: escravos, parentes, filhos, esposa, amantes, padres, políticos. Este domínio se estabeleceu incorporando tais elementos e não de excluindo-os. O padrão se expressa na casa-grande que é capaz de abrigar desde escravos até os filhos do patriarca e suas respectivas famílias.

3 Freyre também desmistifica a noção de determinação racial na formação de um povo, no que dá maior importância àqueles culturais e ambientais. Com isso refuta a ideia de que no Brasil se teria uma raça inferior devido à miscigenação. Antes, aponta para os elementos positivos da formação cultural brasileira oriundos desta miscigenação entre culturas tão distintas. Desenvolveu o conceito de Democracia Racial, denotando a crença de que o Brasil escapou do racismo e da discriminação racial pois, segundo ele, os brasileiros não vêem uns aos outros através da lente da raça e não abrigam o preconceito racial em relação um ao outro. Por isso, enquanto a mobilidade social dos brasileiros pode ser limitada por vários fatores, gênero e classe incluído, a discriminação racial é considerada irrelevante (dentro dos limites do conceito da democracia racial). 4. OLIVEIRA VIANA Historiador, sociólogo e bacharel em direito, foi consultor jurídico do Ministério do Trabalho e ministro do Tribunal de Contas, além de membro da Academia Brasileira de Letras e do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro. Publicou, entre outros títulos, Populações meridionais do Brasil (1920), O idealismo na evolução política do Império e da República (1922), A evolução do povo brasileiro (1923), Problemas de política objetiva (1930), Raça e assimilação (1932), Formação étnica do Brasil colonial (1932), Instituições políticas brasileiras (2 volumes,1949). Sua controvertida obra, marcada pelas posições conservadoras que sempre a orientaram, é considerada como o marco de uma nova fase de interpretação dos estudos brasileiros. Foi defensor da Eugenia, sendo reconhecido por defender a existência de uma única raça, a ariana, e explicar todo o restante da humanidade pela degenerescência. A concepção racista da origem poligênica da humanidade fora rejeitada por religiosos em virtude de contrapor-se ao criacionismo monoteísta. Oliveira Viana foi membro da Subcomissão do Itamaraty e, dentro dela, da comissão responsável pelos assuntos Religião e Família, Cultura e Ensino Nacional, Saúde Pública e Colonização, na qual nasceu o artigo 138 da Constituição de Ele enxergava a história dos povos a partir de determinantes biológicos. Para ele, referir-se ao corpo da nação como um ser orgânico não era uma metáfora política roubada da biologia nem um corporativismo simplista, e sim uma realidade inexorável em sua visão determinista histórico-biológica. Viana, que clamava por uma engenharia racial, era chamado por Plínio Salgado ( ) o líder da Ação Integralista Brasileira de o maior dos sociólogos.

4 Ao justificar a intromissão e a intervenção do Estado tanto na vida pública quanto na vida privada dos indivíduos, o pensamento eugenista revelava seu caráter autoritário. Intervenção no amor, no trabalho, na política, no conjunto das relações sociais, sem permitir qualquer liberdade de participação nas decisões, pois as justificativas estavam na pretensa verdade absoluta da ciência. As instituições autoritárias e as práticas de segregação se reforçaram mutuamente na área de Educação, pela prática da exclusão, da desigualdade de direitos de cidadania de crianças e adolescentes, pela condição econômica ou por sua origem. Um olhar sobre o Brasil de Vargas ( ) revela a segregação racial como política estatal, implodindo a teoria da democracia racial brasileira. Antes, ao contrário, confirmam o autoritarismo extremado do Estado brasileiro e de seus detentores contra setores específicos da sociedade. Os estudos mais recentes sobre a temática mostram, superando os desconfortos, que a segregação e a desigualdade de direitos entre cidadãos foram legalizadas, teorizadas e praticadas no país. Ultrapassadas as teorias racistas, depois do holocausto produzido pelo nazismo, a lógica que divide a humanidade em raças hierarquizadas entre si felizmente conheceu seu declínio. Após a Segunda Guerra Mundial ( ), a temática da eugenia e de suas práticas no Brasil foi transformada em tabu, e o mito da nação sem preconceitos se consolidou. A igualdade entre todos, mais do que realmente construída historicamente, foi presumida e auxiliada pelo esquecimento de um passado constrangedor. Na última década, no entanto, ressurgiram os debates a respeito do determinismo genético nos processos educativos e a crescente medicalização da educação escolar. Por isso, precisamos estar atentos a fim de evitarmos os cochilos da História. 5. EUCLIDES DA CUNHA Enviado ao cenário da guerra de Canudos (que durou de novembro de 1896 a outubro de 1897) como correspondente do jornal O Estado de São Paulo, Euclides da Cunha, por ser militar e, ademais, comungar com a visão oficial que tratava os sertanejos como revoltosos antirrepublicanos, silenciou sobre as atrocidades do massacre. Revê esta posição durante os cinco anos que leva escrevendo Os sertões. Reconhece um elemento de messianismo na reação dos sertanejos e condena o exército pelos excessos cometidos. Euclides esforça-se para compreender como o sertanejo, um mestiço, teoricamente portador de desequilíbrios típicos do cruzamento de raças (um "degenerado", segundo as teorias deterministas), resistiu a tantas investidas do exército republicano (quatro batalhas), só sendo derrotado diante do poderio das armas de fogo empregadas pela última expedição. Os combatentes de Canudos

5 pareciam rebelar-se até mesmo como objetos de estudo, para contradizer, em relação ao pensamento de Euclides, as teses do determinismo racial. Ao longo do livro, Euclides alterna a visão do sertanejo como uma sub-raça "instável", "efêmera", "retardatária" e "próxima da extinção" para "a rocha viva da nação". Se o sertanejo corria o risco de desaparecer diante da competição com os imigrantes estrangeiros, era, de maneira contraditória, "antes de tudo um forte". Neto de bandeirante paulista (Cunha, 2003, p. 104), trazendo em si a bravura do índio e a autonomia do branco português, quase sem mescla de sangue africano (p. 105), vencendo o meio inóspito marcado pela seca e pela caatinga, e, principalmente, sendo aquele que teve tempo de fortalecer-se fisicamente enquanto aguardava o desenvolvimento moral e civilizacional posterior da região (p. 117), o sertanejo era "retrógrado", mas não "degenerado" (p. 117). Euclides representa o sertanejo como estando em "compasso de espera", preparando-se para exercer um papel importante no futuro da nação. Por outro lado, os soldados que lutaram em Canudos, em grande proporção mulatos vindos principalmente do Rio de Janeiro e da Bahia, que, ao final da guerra, degolaram barbaramente todos os prisioneiros, mesmo vivendo em contato com a "civilização", na opinião de Euclides não seriam seus legítimos representantes. Ao contrário, assemelhavam-se a seres incapazes de fazer frente à complexidade da vida urbana em termos de suas exigências intelectuais e morais. No contraste entre sertanejos e mulatos, embora ambos fossem mestiços, Euclides elogia os primeiros e desqualifica os segundos. O fator racial considerado "inferior" do sertanejo, o índio, não era de todo desprestigiado por Euclides, que acreditava estar diante de uma raça autóctone - o homo americanus - surgida, portanto, na América, de forma desvinculada do Velho Mundo, com um desenvolvimento autônomo. Dono de coragem e resistência física, o índio teria vencido o meio e criado um modo de vida vigoroso. Já o fator racial visto como "inferior" do mulato, o negro, era, para Euclides, irrecuperável: era o homo afer, "filho das paragens adustas e bárbaras, onde a seleção natural (...) se faz pelo uso intensivo da ferocidade e da força" (Cunha, 2003, p. 73). Bons estudos!

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