ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDES SOCIAIS
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- Domingos Caminha Sabrosa
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1 ESTRATIFICAÇÃO E DESIGUALDES SOCIAIS
2 DESIGUALDADE SOCIAL O conceito de desigualdade social é um guarda-chuva que compreende diversos tipos de desigualdades, desde desigualdade de oportunidade, resultado, etc., até desigualdade de escolaridade, de renda, de gênero, etc. De modo geral, a desigualdade econômica a mais conhecida é chamada imprecisamente de desigualdade social, dada pela distribuição desigual de renda.
3 DESIGUALDADE SOCIAL Alguns dos pesquisadores que estudam a desigualdade social brasileira atribuem, em parte, a persistente desigualdade brasileira a fatores que remontam ao Brasil colônia. Todavia, a desigualdade social no Brasil tem sido percebida nas últimas décadas, não como herança pré-moderna, mas sim como decorrência do efetivo processo de modernização que tomou o país a partir do início do século XIX.
4 ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL Divisão da sociedade em camadas ou estratos sociais, na qual os ocupantes de cada classe possuem acesso diferenciado ou desigual a oportunidades sociais e recompensas.
5 ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL Estrato = conjunto de pessoas que detêm o mesmo status ou posição social. Sociedades estratificadas são organizadas em castas, estamentos ou classes sociais.
6 O que leva a estratificação social? Divisão social do trabalho, especialização, competição. Diferenças biológicas (idade, sexo, raça e etnia) Esforço, circunstâncias (oportunidades) e sorte.
7 Barreiras socias Fatores que dificultam o acesso a determinado grupo ou camada social: Endogamia, etnia, exclusivismos profissionais, religiosos, nacionais ou raciais. Barreiras sociais institucionalizadas: Apartheid em 1948 na África do Sul até o final da década de 80. Proibição do casamento fora do grupo social: Índia e Nepal de forma explícita.
8 CASTAS, ESTAMENTOS E CLASSE SOCIAL
9 CASTAS Existem sociedades em que os indivíduos nascem numa camada social mais baixa e podem alcançar, com o decorrer do tempo, uma posição social mais elevada. No entanto, existem sociedades em que, mesmo usando de toda a sua capacidade e todo os seus esforços, o indivíduo não consegue alcançar uma posição social mais elevada. Nesses casos, a posição social lhe é atribuída por ocasião do nascimento, independentemente de sua vontade e sem perspectiva de mudança. Ele carrega consigo, por toda a vida, a posição social herdada.
10 CASTAS A sociedade indiana é estratificada dessa maneira; um sistema de estratificação social muito rígido e fechado que não oferece a menor possibilidade de mobilidade social. É o sistema de castas que, por exemplo, permite casamentos apenas entre pessoas de uma mesma casta. Tal sistema de castas foi abolido oficialmente em 1947, mas a força da tradição faz com que persista, na prática, até os dias de hoje.
11 CASTAS Brahmin (Brâmanes): A casta mais alta, é formada por pensadores e letrados, pessoas consideradas próximas aos deuses. Entre as profissões exercidas por eles estão as de sacerdotes, professores e filósofos. Na mitologia hindu, foram criados a partir da cabeça de Brahma. Kshatriya (Xátrias): São os guerreiros, nasceram dos braços de Brahma. Exercem profissões como as de soldados, policiais e administradores. Vaishya (Vaixás): São os comerciantes, nasceram nas pernas de Brahma. Shudra (Sudras): São camponeses, artesãos e operários. Nasceram dos pés de Brahma.
12 CASTAS Dálitis: foram criados a partir da poeira em que o deus pisou. Tratados como párias, excluídos da sociedade, os dalits não têm casta e são considerados impuros.
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14 ESTAMENTOS A sociedade estamental correspondeu a um dado momento da história econômica e política da humanidade. As atividades sociais que cada estamento desempenhava nessa ordem social eram encaradas como funções necessárias à manutenção da sociedade.
15 ESTAMENTOS A sociedade feudal era hierarquizada e estamental. Hierarquizada, pois era muito difícil para uma pessoa passar de uma posição social para outra. Estamental, pois cada pessoa assumia um papel muito bem definido na sociedade, geralmente de acordo com o grupo em que nasceu.
16 ESTAMENTOS - Este modelo de organização social durante o feudalismo recebeu total defesa da Igreja. Esta defendia a ideia de que Deus definia a condição em que a pessoa veio ao mundo, cabendo a esta se manter naquele nível social sem questionar.
17 ESTAMENTOS Clero: Esta ordem social era composta pelos integrantes da Igreja Católica (padres, bispos, monges, abades e papa). Cabia ao clero, na sociedade feudal, cuidar da vida espiritual de toda sociedade. Embora a função desta ordem fosse rezar, exercia influência política, moral e psicológica na sociedade. Nobres: Ordem composta por senhores feudais e cavaleiros (guerreiros). A função dos integrantes desta ordem era garantir a proteção da sociedade, utilizando de recursos militares. Concentravam poder em função da propriedade de terras, além de exercer o controle da justiça (no caso dos senhores feudais). Moravam em castelos, com suas famílias, que eram verdadeiras fortalezas militares. Camponeses: Estavam presos às terras dos senhores feudais, através de obrigações em forma de prestações de serviços e de pagamentos de impostos e taxas. Compunham a grande maioria da população feudal. Dificilmente um servo tinha condição de sair de sua condição de vida. Eram os que trabalhavam de fato, para sustentar as outras duas ordens, pois os integrantes do clero e os nobres não pagavam impostos.
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19 CLASSES SOCIAIS Esse é um dos conceitos centrais na Sociologia e, por isso mesmo, é um dos mais discutido e também um dos que acaba ganhando mais definições diferentes.
20 CLASSES SOCIAIS A estrutura social da sociedade capitalista está dividida em classes. A apropriação econômica é o principal definidor da estratificação social. Outras distinções oriundas de diferenciações de religião, de ocupação, de hereditariedade, entre outras, são secundárias se comparadas à distinção econômica.
21 CLASSES SOCIAIS Diferença entre classes e outros tipos de estratos: Classes não são estabelecidas por providências legais ou religiosas. Não se baseia em posição herdada (como nos estamentos ou castas). As pessoas podem ascender ao topo da pirâmide social sem pertencer a uma família considerada tradicional. Não existe restrição formal quanto ao casamento interclasse. A mobilidade social é maior (mesmo com dificuldades, a classe pode ser conquistada). No sistema de classes os fatores econômicos preponderam sobre todos os outros. As desigualdades se expressam na diferença de trabalho e arrecadação de cada um.
22 CLASSE SOCIAIS A hierarquia na sociedade capitalista está determinada pela posição que o indivíduo ou grupo ocupa na produção e no mercado, ou ainda considerando a capacidade de consumo. Se ocupar posição importante no mercado, automaticamente ocuparei posição importante na sociedade
23 CLASSES SOCIAS A sociedade capitalista é a mais desigual se comparada a outros tipos. Uma minoria de pessoas se apropria de quase toda a riqueza produzida, expressa na renda, nas propriedades e também nos bens simbólicos expressos no acesso a educação e aos bens culturais como museus, livros, teatro, etc. a desigualdade pode ser observada na miséria de uns e riqueza de outros.
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25 RESUMO
26 ESTRATIFICAÇÃO PARA MARX Estratificação ligada à dimensão econômica. Desigualdade se estabelece nas relações de produção entre os que exploram e os que são explorados. Fonte de desigualdade: mais-valia Classes sociais fundamentais: 1) burguesia, proprietários dos meios de produção; e 2) proletariado, não dispõem dos meios de produção e portanto têm que vender ao mercado sua força de trabalho.
27 Pluralismo de classe VS. classes fundamentais em Marx Marx reconhece a existência de outras classes em períodos distintos da história(patrícios, vassalos, plebeus, servos, escravos, artesãos, camponeses, pequenos industriais), mas segundo ele estas estavam condenadas ao desaparecimento ou relegadas a um segundo plano do ponto de vista das forças política e social.
28 Outras classes em Marx Lumpesinato ou lumpemproletariado: camadas mais baixas da sociedade, marginalizadas do processo produtivo. Classe média: pequenos comerciantes, pequenos fabricantes, artesãos e camponeses. Classes conservadoras que combateriam a burguesia quando esta lhes compromete o interesse como classe.
29 Estratificação social em Max Weber Diferentemente de Marx, que conceituou classes sociais bipolares sobretudo a partir das relações de produção, Weber afirmava que classes sociais se estratificam em função não só de suas relações de produção, mas também de prestígio (status), poder (politico) e aquisição de bens (economico). A estratificação ocorre por estas três vias de forma independente, mas com um caráter de complementariedade. A formação de classes e multidimensional.
30 Estratificação Weberiana baseada em relações de produção e posse de bens Diferenciação de classes se dá pelos rendimentos, bens e serviços possuídos, estando portanto relacionada as possibilidades de acesso que grupos possuem a estes. A posição de mercado do indivíduo exerce forte influência sobre suas oportunidades de vida
31 Estratificação Weberiana baseada em prestígio É função do status e do consenso de reconhecimento estabelecido a alguém por coletividades. Hierarquia com base em status firma-se em critérios aceitos de prestígio social em uma determinada sociedade. Grupos de status são reconhecidos segundo seus modos de vida: costumes, instrução, prestígio do nascimento ou da profissão, lugares que frequentam, forma de falar, de gastar, de ler, comprar e se comportar na sociedade.
32 Estratificação com base no poder político Partidos políticos, para Weber, asseguram visam assegurar o poder a um grupo de dirigentes, a fim de obter vantagens materiais para seus membros. O poder político, via de regra, é institucionalizado e representa interesses determinados pelas outras ordens de estratificação a econômica e a social mas não necessariamente coincidem com as classes sociais ou grupos de status. Estes partidos também são hierarquizados internamente. Líder do partido versus militante.
33 Estratificação social comparada
34 Interpretações Do Brasil
35 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL No final do século XIX e início do XX, tomou forma um conjunto de análises sobre as particularidades do Brasil que buscava investigar como a nação se formou, quais seriam as bases dessa formação social, em que medida o passado colonial e escravista teria influenciado essa formação, quais seriam as características centrais da identidade brasileira.
36 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Entre as décadas de 1950 e 1960, essas questões sem ampliaram e diversificaram, com temas sobre qual seria o papel econômico e político do Brasil diante a divisão internacional do trabalho e como se dava a relação de dependência com os países de economia mais avançada.
37 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Nos dias de hoje, uma questão central é como o Brasil reproduz seu passado de desigualdades sociais, seja por consequência da escravidão, seja em razão do papel de subalterno diante países economicamente mais ricos.
38 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Durante os períodos colonial e imperial, o Brasil foi marcado pela produção agrícola escravista e formas de organização social predominantemente rurais e nucleadas na esfera familiar. Após a proclamação da República (1889), o país passou a experimentar o trabalho assalariado e a vida urbana, o que gerou novas contradições e problemas no âmbito da formação social, sobretudo no ambiente universitário que se estruturava.
39 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL A influência das discussões sociológicas, por vezes trazida na bagagem de brasileiros que iam estudar em países europeus ou nos Estados Unidos, refletia a contradição entre o que a sociedade brasileira era de fato e aquilo que poderia ou deveria ser. Muitas dessas interpretações viam o Brasil com os olhos de outras sociedades.
40 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Após a proclamação do República, a questão central passou a ser a definição dos aspectos centrais da formação da sociedade brasileira. Assim, a importância do passado colonial esteve presente na maioria dos livros que discutiram a formação social do país.
41 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Na década de 1930, Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda deram forma científica à sociologia brasileira. Amparados, respectivamente, nas obras de Franz Boas, Karl Marx e Max Weber, formalizaram a Sociologia como ciência no Brasil. A importância desses autores foi decisiva quanto aos rumos da Sociologia a partir desse momento.
42 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL 1920: Oliveira Vianna (sociólogo e historiador) publicou Populações meridionais do Brasil, livro que destaca as diferenças entre o povo brasileiro e os demais. Em sua tese, o Brasil seria formado por brancos, apesar da presença de índios, mestiços e negros. Previa uma nação embranquecida, em razão da forte imigração europeia e da suposta maior fecundidade dos brancos em relação às outras raças.
43 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL 1933: Gilberto Freyre publicou Casa-grande & senzala, uma ponte entre o naturalismo que marcou antigas interpretações (como as de Silvio Romero e Euclides da Cunha) e a contribuição sociológica que se desenvolveu a partir dos anos Freyre desenvolve o argumento de que a miscigenação seria o traço cultural central da sociedade brasileira. Mas ao contrário de interpretações anteriores, não vê a mestiçagem de forma negativa e enfatiza a necessidade de substituir o conceito de raça, largamente difundido no Brasil, pelo conceito de cultura.
44 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Segundo Gilberto Freyre, a família patriarcal foi a base sobre a qual a mestiçagem se desenvolveu no Brasil. Localizada sobretudo no meio rural, particularmente no latifúndio monocultor do Nordeste brasileiro, a família patriarcal constituiu, assim, a forma social ideal para que a raça branca, colonizadora, se relacionasse com as demais raças
45 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Gilberto Freyre defende sua tese central sobre a democracia racial, sempre observando o predomínio dos aspectos culturais em relação aos raciais. Nesses termos, a mestiçagem é entendida como uma vantagem e a desmitificação do negro como ser selvagem é um tema central. O povo brasileiro é considerado não como simples soma de três raças, mas como resultado de um encontro mais complexo, que remete à formação da cultura brasileira
46 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL 1933: Caio Prado Júnior (historiador e economista), nos livros Evolução política do Brasil (1933) e Formação do Brasil contemporâneo (1942) interpreta o passado colonial baseando-se na produção, distribuição e consumo de mercadorias
47 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL A análise que desenvolve no livro Formação do Brasil contemporâneo parte da metodologia marxista, sobretudo no que diz respeito à compreensão do que estaria oculto no processo de colonização da sociedade brasileira. Sua análise busca identificar os elementos estruturais que compuseram o Brasil colonial. Para esse autor, a colonização do Brasil e suas consequências históricas devem ser pensadas a partir da ideia que o Brasil se integrou a uma dinâmica maior, diretamente relacionada à expansão marítima e comercial europeia.
48 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL O empreendimento comercial baseado na produção de gêneros tropicais para o mercado externo fundamenta o raciocínio de Caio Prado Júnior, uma vez que a colonização europeia assume a forma de exploração e não de povoamento no Brasil.
49 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL A formação da sociedade brasileira, no período colonial, se estruturou economicamente na produção de açúcar, tabaco, e mais tarde na extração de ouro e diamantes, em seguida na produção de algodão e de café, atendendo o mercado europeu.
50 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Para o autor, a grande propriedade (o latifúndio), a monocultura e o trabalho escravo se apresentam, portanto, como as três características centrais da formação social do Brasil nos séculos XVI, XVII e XVIII.
51 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL A produção agrária, que tinha como centro geopolítico o engenho e a fazenda, integrouse aos objetivos comerciais europeus. A figura que predominou nesse período não foi a do pequeno produtor rural, mas sim a do empresário explorador, o empresário de um grande negócio. Esse quadro histórico, essa herança, é destacada por Caio Prado quando se propõe analisar a passagem da colônia para a nação
52 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Para ele, é necessário entender a nação a partir da colônia, observando essa transformação como um processo histórico de longa duração. A análise que Caio Prado faz do século XIX mostra-se importante sobretudo por dois motivos. Primeiro porque faz um balanço final de três séculos de coloni zação, depois porque se configura como chave insubstituível para compreender a sociedade brasileira que se constitui posteriormente.
53 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Essa análise nos informa quão importante é analisar o passado colonial e o período imperial para entender o Brasil contemporâneo e a presença de resquícios coloniais que contribuem decisivamente para que esse autor considere a formação do país ainda incompleta.
54 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Essa incompletude se deve, na visão de Caio Prado, à permanência do Brasil em uma relação de subordinação e dependência em relação a outras sociedades. Segundo esse autor, o passado colonial ainda está presente na sociedade brasileira quando ele observa que o trabalho livre não se organizou em todo o país, conservando traços do trabalho escravo. O mesmo raciocínio valeria para a produção extensiva destinada a atender os mercados no exterior e a ausência de um mercado interno desenvolvido, que reproduz, assim, a subordinação do Brasil em relação a economias de outros países.
55 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL 1936: Sérgio Buarque de Holanda, com escrita completamente diversa da de Freyre, o livro Raízes do Brasil. De estilo mais conciso, a obra aborda o sentido político da descrença no liberalismo tradicional e busca possíveis soluções. Tem como condicionantes teóricos a história social francesa, a sociologia da cultura alemã, sobretudo a influência de Max Weber, e a teoria sociológica e etnológica.
56 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Objetiva conhecer o passado com vistas para o futuro, preocupando-se com a transformação social. Assim, o movimento geral da obra consiste em apresentar as características da nação brasileira, os marcos principais de mudança e os caminhos para a transformação futura
57 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Alicerçando seu raciocínio nos tipos ideais weberianos, Sérgio Buarque constitui um etos nacional, isto é, um conjunto de características que se sintetizam em uma cultura específica, na medida em que explicita os traços marcantes da sociedade brasileira da época. Esse etos nacional tem um sentido histórico e se fundamenta em uma relação dialética própria da sociedade brasileira
58 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL De um lado, Sérgio Buarque assinala a modernização da sociedade brasileira, de outro, o conservadorismo que tenta bloquear essa modernização. Para esse autor, o tipo ideal que explicita esse processo contraditório é o homem cordial. Ele seria a chave analítica para compreender como certos setores da sociedade brasileira resistem ao processo de modernização.
59 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL Segundo Sérgio Buarque, a modernização representa a constru- ção de uma nova sociabilidade, que coloca em risco o universo das relações de favorecimento. Nesse sentido, o Estado moderno e não centralizador é visto como hostil e as relações pessoais são ativadas na tentativa de frear esse processo
60 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL A cordialidade marca, para Sérgio Buar que, um conjunto de relações que configuram um grupo social particular. Ela sintetiza uma forma de conduta social, nem sempre consciente, que procura frear a modernização da sociedade brasileira e conservar as relações sociais de favorecimento pessoal.
61 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL A evolução da sociedade brasileira, para esse autor, deve superar essas características e se pautar na busca de uma sociedade civilizada, uma sociedade urbana e cosmopolita que deixe para trás o mundo rural.
62 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL A Sociologia de Sérgio Buarque examina, com base na análise da sociedade brasileira, a ligação estreita entre o que é público e o que é privado e seus limites. A ausência de delimitações entre essas duas esferas da vida social pode ser observada ainda hoje.
63 INTERPRETAÇÕES DO BRASIL O favorecimento teve, assim, uma dinâmica que transcendeu os anos 1930 e se pulverizou juntamente com a modernização da sociedade brasileira, sobretudo no que se refere à burocracia estatal. Vemos casos de desvio de verbas e má administração de dinheiro público, nepotismo e corrupção, ao longo de todo o século XX e começo do século XXI. Nesse sentido, a obra de Sérgio Buarque de Holanda se situa como leitura fundamental para entender o processo histórico-social brasileiro
64 A POBREZA NO CENÁRIO NACIONAL Asselin (2009) considera a pobreza uma forma de exclusão social, resultado da distribuição desigual dos bens essenciais para uma vida digna. Os bens essenciais correspondem à capacidade de indivíduos, famílias e comunidades de suprir necessidades básicas nas seguintes dimensões: ƒrenda ƒeducação ƒsaúde Alimentação / nutrição Acesso à água potável / saneamento Trabalho / emprego ƒhabitação e ambiente onde vive Acesso a ativos (crédito) ƒacesso a mercados Participação na comunidade / bem estar social Esta visão contemporânea multidimensional da pobreza reflete a complexidade da sociedade atual
65 As abordagens que consideram as desigualdades sociais como causas da pobreza, aproximam as discussões da temática à pobreza relativa, enquanto as explicações que consideram o atendimento das necessidades biológicas referem à pobreza absoluta.
66 Pobreza absoluta, relacionada ao não atendimento das necessidades mínimas para reprodução biológica e pobreza relativa que diz respeito à estrutura e à evolução do rendimento médio de um determinado país. O que significa dizer, que a concepção de pobreza relativa se fundamenta na idéia de desigualdade de renda e de privação relativa em relação ao modo de vida dominante em determinado contexto. (SILVA, 2009, p.157)
67 Pobreza relativa, Rocha (2003) aponta o fenômeno como complexo, podendo ser definido de forma genérica, como a situação nas quais as necessidades a serem satisfeitas em função ao modo de vida predominante na sociedade em questão, não são atendidas de forma adequada
68 Em relação à mensuração, boa parte dos estudos sobre pobreza, inclusive as estatísticas oficiais do Brasil, relacionam pobreza à renda per capita familiar. É utilizada como parâmetros para identificar os pobres, as linhas de pobreza e indigência ou extrema pobreza.
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