ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ESTÁGIO

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2 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ESTÁGIO Uma vez definida a escola que será realizado o estágio, apresentar-se na mesma e procurar pelo professor de Ciências e/ou coordenador pedagógico da escola; neste momento, haverá, na escola, uma lista com os alunos matriculados na disciplina e que estarão autorizados a frequentar a escola. Normalmente, as escolas não permitem mais que um aluno-estagiário na sala de aula. Assim, verificar os horários de aula do professor e programar com os outros alunos da disciplina a distribuição dos horários. Verificar, junto ao professor responsável, o planejamento curricular da escola (que inclui o conteúdo e outras atividades) para a disciplina de Ciências. Dessa maneira, o licenciando pode preparar-se antecipadamente para a aula, estudando o conteúdo ou preparando algum material que lhe seja solicitado pelo professor.

3 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ESTÁGIO Servir à escola e aos professores tanto quanto possível. É desejável que os estagiários participem das atividades planejadas pela escola, prestando ajuda à escola e aos professores. Se solicitado, planejar, com o professor, uma atividade de participação em uma das aulas do estágio. Pode ser a demonstração de um experimento, a realização de um experimento, uma atividade prática, a proposição de um exercício, etc.

4 ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ESTÁGIO Não interferir no trabalho do professor da classe. O aluno-estagiário não deve, nem pode, atrapalhar uma aula, sob o risco de não ser aceito pelo professor e por seus alunos. Observar as regras da escola com relação ao vestuário! Não vestir bermudas, camisetas muito cavadas, chinelo do tipo havaiana.

5 TIPOS DE ESTÁGIOS Observação Participação Regência 5

6 ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO (Presença sem participação direta) Mas, o que observar? Situação geral da escola Nível cognitivo das aulas Clima afetivo das aulas Organização das aulas Observações gerais Incidentes críticos 6

7 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ESCOLA Nome, localização, níveis de ensino, horário de funcionamento, número de turmas, número de professores, número de alunos, recursos materiais salas de aula, laboratórios, biblioteca, sala de computação etc. Projeto político-pedagógico da escola: localizar a disciplina Ciências. Reuniões de professores, HTPC: que assunto é abordado? que atividades são feitas? qual é o clima afetivo?

8 NÍVEL COGNITIVO DAS AULAS Como o professor trabalha o conhecimento específico de fatos e teorias: exige memorização (por meio de questões, exercícios de repetição)? faz relação do assunto com o cotidiano? considera as concepções prévias dos alunos?

9 NÍVEL COGNITIVO DAS AULAS Quais os graus de complexidade das perguntas feitas (pelo professor ou dada na forma de exercícios): Exemplos!

10 EXEMPLOS DAS CATEGORIAS DO DOMÍNIO COGNITIVO* 1. Conhecimento Segundo o texto, os morcegos hematófagos frequentam de preferência algum local? No texto**: Os morcegos vampiros em geral frequentam os locais de criação de gado 2. Compreensão Todos os morcegos são hematófagos? No texto**: Todo mundo já ouviu falar de vampiros. Realmente há morcegos que se alimentam do sangue de outros mamíferos. Mas são apenas três espécies. [...] Existem espécies que se alimentam de insetos 3. Aplicação Já que os morcegos carnívoros não comem vegetais, será que eles dependem da fotossíntese? Justifique sua resposta. Não há nenhuma passagem no texto sobre a fotossíntese, consideramos que o aluno deveria aplicar seus conceitos prévios para aplicar nessa situação. * Categorias da Taxonomia de Objetivos Educacionais, de Benjamin Bloom. **Exemplos retirados do livro: Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. Eduardo Leite Canto. 6ª série. Editora Moderna.

11 EXEMPLOS DAS CATEGORIAS DO DOMÍNIO COGNITIVO* 4. Análise Este capítulo** mostrou a você conceito de adaptação. Nesse texto sobre morcegos há muitos exemplos de adaptações desses animais. Faça uma lista delas. 5. Síntese Reescreva a frase Devemos cuidar bem da ecologia, de modo a transmitir a mensagem desejada, sem cometer erros científicos. 6. Avaliação Eventualmente lemos ou ouvimos nos noticiários que um tubarão se aproximou de alguma praia frequentada por banhistas e foi morto. Você acha correto matar um animal que está em seu ambiente apenas para garantir o lazer do ser humano? * Categorias da Taxonomia de Objetivos Educacionais, de Benjamin Bloom. **Exemplos retirados do livro: Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. Eduardo Leite Canto. 6ª série. Editora Moderna.

12 NÍVEL COGNITIVO DAS AULAS Conteúdo dos exercícios ou problemas dados: É fechado (só tem uma resposta) ou aberto (não tem uma resposta padrão)? É aplicação direta de fórmulas ou requer algum raciocínio? É apresentado antes um exercício padrão como modelo? Para resolvê-lo, basta o conhecimento adquirido recentemente ou inclui conhecimentos anteriores ou de outras disciplinas?

13 NÍVEL COGNITIVO DAS AULAS Aulas experimentais (laboratório ou demonstração): Em que momento da sequência didática ela acontece (no início ou no final)? Como o professor conduz a aula? Faz uma exposição inicial? Há um roteiro explicativo? Levanta hipóteses e as testa com os alunos? Os alunos fazem algum tipo de registro?

14 NÍVEL COGNITIVO DAS AULAS Pesquisas para os trabalhos em casa: Sugere sites e/o livros? Corrige e discute os trabalhos?

15 ORGANIZAÇÃO DAS AULAS Modalidade didática escolhida e compatibilidade do assunto com relação a esta; recursos didáticos utilizados (por exemplo, uso dos recursos disponíveis na escola como DVD/videocassete, retroprojetor, datashow, biblioteca); se a utilização de diferentes modalidades didáticas permitem diferentes interações.

16 INTERAÇÃO VERBAL PROFESSOR-ALUNO-PROFESSOR Como o professor pergunta, quando pergunta, se o aluno tem liberdade para exprimir suas próprias ideias. (Rever conceitos de tríade I-R-F; perguntas retóricas, sem sentido, de complementaridade, que levam ao raciocínio, com duas possíveis respostas)

17 INTERAÇÃO VERBAL PROFESSOR-ALUNO-PROFESSOR Se a interação verbal com os alunos decai com o cansaço do professor. Se a interação verbal altera-se nas classes em que o professor gosta e nas que ele não gosta de dar aulas. Relação de autoridade, respeito, confiança; disciplina, etc. Momentos de silêncio e confusão: relações com o conteúdo trabalhado ou com assuntos alheios?

18 AVALIAÇÃO Tipo: questões de múltipla escolha, dissertativas, ambas; trabalhos; pesquisas; etc.; coerência (nível exigido com o que foi trabalhado); duração, quantidade de questões, vocabulário; como o professor escolhe as questões (ele retira do livro, cria ele mesmo, etc); correção (há um gabarito, comparativa, quando há um erro a questão toda é anulada, etc).

19 OBSERVAÇÕES GERAIS E INCIDENTES CRÍTICOS Aqui pode-se comentar sobre ocorrências na aula ou na escola, de forma geral formação de panelas durante as aulas; valorização, por parte dos alunos, de vestuário e acessórios como celular, MP3; Se o uso de celular é permitido em aula; Rotatividade dos professores na escola.

20 Preencher uma ficha para cada aula (ou aula dupla, se for o caso)! FICHA DE REGISTRO DO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO - MODELO Escola: Professor: Disciplina: Série: Período: No. de alunos: No. de aulas: Data: 1) Nível cognitivo das aulas (como o professor trabalha o conhecimento específico de fatos e teorias: exige memorização, estimula a análise e reflexão, considera as concepções prévias dos alunos, faz relação do assunto com o cotidiano, etc.): 2) Organização das aulas (modalidade didática escolhida e compatibilidade do assunto com relação a esta, recursos didáticos utilizados): 3) Interação verbal professor-aluno-professor (aqui se pode comentar também sobre a disciplina dos alunos): 4) Avaliação (quando for o caso): tipo (questões de múltipla escolha, dissertativas, ambas; trabalhos; pesquisas; etc.), coerência (nível exigido com o que foi trabalhado), duração, quantidade de questões, vocabulário, como o professor escolhe as questões (ele retira do livro, cria ele mesmo, etc), correção (há um gabarito, comparativa, quando há um erro a questão toda é anulada, etc): 5) Observações gerais e incidentes críticos: 20

21 PARTE LEGAL NA USP Termo de Convênio (da Universidade com a Escola) (ver lista das escolas conveniadas na secretaria de graduação). Termo de compromisso (do aluno com a Escola/Universidade) 3 cópias. Plano de Trabalho 3 cópias. Os estágios deverão ser iniciados a partir de março/2015 e somente após a assinatura do Termo de Compromisso e do Plano de Trabalho. 21

22 BIBLIOGRAFIA 1. Carvalho, A. M. P. Os estágios nos cursos de licenciatura (Coleção ideias em ação). Ed. Cengage Learning, p. 2. Bloom, Benjamin. Taxonomia de Objetivos Educacionais. Porto Alegre: Globo,

23 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO Itens que o relatório deve conter: Introdução: resumo destacando o objetivo do estágio de observação para a disciplina de PEC e para a formação do licenciando; indicar a escola-campo do estágio, número de aulas observadas, período e professores de Ciências. Caracterização geral da escola campo do estágio de observação: por exemplo, se pública ou particular, níveis de ensino oferecidos, infraestrutura, organização do corpo de funcionários, proposta pedagógica da escola, interação com os estagiários, etc. Aulas observadas: tabela com as aulas, indicando o professor responsável, o tema das aulas e a data. Análise das aulas: Tomar como base as questões da ficha de registro das observações para fazer a análise das aulas observadas (lembro que essas fichas com as anotações feitas a partir das observações deverão ser anexadas ao relatório). Pode-se fazer um resumo por classe ou por professor.

24 ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DO ESTÁGIO DE OBSERVAÇÃO Bibliografia: Indicar a literatura utilizada na elaboração do relatório (livros, sites, apostilas, etc.). Livros sugeridos: - Bianchi, A.C.M.; Alvarenga, M.; Bianchi, R. Manual de orientação: estágio supervisionado. 3a. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, p. - Carvalho, A.M.P. Prática de Ensino Os estágios na formação do professor. 2 a ed. Livraria Pioneira Editora, São Paulo Krasilchik, M. Prática de Ensino de Biologia. 3 a. ed. Editora Harbra, São Paulo, p. - Piconez, S.B. (coord.). A prática de ensino e o estágio supervisionado. 11a. ed. Campinas: Ed. Papirus, Pimenta, S.G.; Lima, M.S.L. Estágio e Docência. Porto Alegre: Artmed, Data limite para a entrega do relatório: 29/6/2015