MÓDULO II. AULA 09 (Sentença) Professor Eduardo Talamini

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "MÓDULO II. AULA 09 (Sentença) Professor Eduardo Talamini"

Transcrição

1

2 Este material de apoio foi especialmente preparado por monitores capacitados com base na aula ministrada. No entanto, não se trata de uma transcrição da aula e não isenta o aluno de complementar seus estudos com livros e pesquisas de jurisprudência. MÓDULO II AULA 09 (Sentença) Professor Eduardo Talamini Análise da sentença à luz das legislações anteriores: para que seja possível analisar as características da sentença à luz do CPC/15, faz-se necessário um breve retrospecto desse instituto nas legislações anteriores. O objetivo principal da classificação dos atos judiciais é permitir a identificação da adequação recursal do ato, isto é, se é recorrível e, quando o for, qual o recurso cabível e adequado. Em razão da extrema complexidade da classificação do sistema dos atos do juiz e do sistema recursal no CPC/39, o CPC/73 pretendeu simplificá-los, prevendo, para a sentença, o conceito de ato que colocava fim ao processo com ou sem julgamento de mérito. Já a decisão interlocutória era identificada pelo ato que, contendo carga decisória, não colocava fim ao processo. Por fim, os despachos de mero expediente eram identificados pela ausência de carga decisória do pronunciamento. Desse sistema, era possível se extrair que a sentença era apelável, a decisão interlocutória era desafiada por agravo (de instrumento ou retido) e, por fim, contra os despachos de mero expediente não cabia qualquer recurso. Sob a égide do CPC/73, portanto, o critério de identificação de sentença não era ligado ao seu conteúdo (pouco importando se era de mérito ou não), mas sim ao que o Professor Barbosa Moreira chamou de critério topográfico, ou seja, onde o pronunciamento estava situado dentro do rito procedimental, se estava colocando fim ao processo ou não. A aposta do legislador de 1973 na simplificação do sistema recursal foi tão grande que ele resolveu até retirar a regra da fungibilidade recursal que estava expressamente prevista no CPC/39 (notadamente nos casos de dúvida objetiva). Houve, obviamente, diversas dúvidas sobre a adequação recursal e 2

3 os pronunciamentos judiciais no CPC/73, classificadas pelo Professor em questões meramente secundárias (e sem importância prática) e questões importantes, quais sejam: Ø Questões meramente secundárias e sem importância prática: i) se a sentença era o ato que colocava fim ao processo, caso houvesse interposição de recurso e, por consequência, o processo continuasse, aquele ato deixaria de ser sentença?; ii) se a sentença era o ato que colocava fim ao processo, qual era a natureza dos atos processuais que o juiz proferia após a sentença (ex.: determinação de inscrever hipoteca judiciária)? Ø Questões importantes: i) Qual é a natureza do pronunciamento judicial que extingue a ação em relação a um dos litisconsortes e determina o prosseguimento da ação em relação aos demais (sentença ou decisão interlocutória)? No CPC/73, é considerada decisão interlocutória (com redução subjetiva da demanda); ii) Qual é a natureza do ato do juiz que, diante de dois pedidos, reconhece a prescrição de um e determina a realização de perícia para apurar a procedência do pedido remanescente (sentença ou decisão interlocutória)? No CPC/73, também é considerada decisão interlocutória (com redução objetiva da demanda); iii) Se um dos litisconsortes passivos celebra um acordo com o autor (na hipótese de litisconsórcio simples), qual é a natureza do pronunciamento que homologa o acordo e extingue a ação em relação a ele (sentença ou decisão interlocutória)? A resposta é a mesma, ou seja, decisão interlocutória, pois o processo ainda prosseguirá. As questões acima descritas e a adequação recursal já estavam tão pacificadas na jurisprudência que o próprio Superior Tribunal de Justiça reconhecia ser erro grosseiro interpor recurso de apelação em vez de agravo. Havia casos, porém, sobre os quais a doutrina não alcançou consenso, como, por exemplo, quanto à natureza jurídica da decisão que julgava o incidente de exibição de documento instaurado no curso do processo (decisão interlocutória ou sentença)? Trata-se de uma nova ação ou de um mero incidente? Eis as correntes doutrinárias que se formaram sobre o tema: i) Parte da doutrina sugeria que seria um novo processo e, portanto, que seria resolvido por meio de uma sentença, atacável por apelação; ii) Outra parte da doutrina dizia que seria um mero incidente processual, decidido por meio de decisão interlocutória que, por sua vez, desafiava recurso de agravo; 3

4 iii) Havia, ainda, uma terceira parte da doutrina que entendia que, caso a exibição fosse requerida contra uma das partes, seria resolvida por decisão interlocutória; mas, caso fosse requerida contra terceiros, haveria um novo processo e, portanto, seria resolvida por sentença. Voltando à crítica no sentido de que seria incorreto falar que a sentença era o ato que colocava fim ao processo (porque depois dela adviria a sua execução no mesmo processo), no CPC/73 essa situação era excepcional, de modo que a doutrina sustentava que normalmente a sentença colocava, sim, fim ao processo, sendo, os demais casos, meras exceções (que confirmavam a regra do que discorda o Professor). Ocorre que esses casos tratados como excepcionais foram se avolumando em decorrência da mudança de paradigma a qual o sistema processual foi submetido nos últimos anos. Veja-se, abaixo, a sequência de situações que fizeram a exceção se tornar regra: Ø Em 1994 institui-se uma regra, no art. 461 do CPC/73, segundo a qual todas as ações que houvesse a imposição de um dever de fazer ou de não fazer a sentença seria executada de ofício pelo juiz no próprio processo em que foi proferida; Ø Em 2002 essa situação foi ampliada, na medida em que se institui, nas sentenças que impunham entrega de coisa (certa ou fungível; móvel ou imóvel), a execução no próprio processo em que era proferida; Ø Finalmente, em 2005, esse modelo de sentença executada no mesmo processo foi estendido para as condenações de pagamento de quantia certa, com o cumprimento de sentença (Lei Federal nº /05). A partir deste momento, não havia mais nenhum modelo de sentença que efetivamente colocasse fim ao processo, pois, em todos os tipos de condenação, o cumprimento da sentença se daria no mesmo processo. Daí porque não havia mais sentido dizer que sentença era o ato do juiz que colocava fim ao processo. Assim, a Lei Federal nº /05 alterou o artigo 162 do CPC/73, instituindo um novo conceito de sentença, o qual dispunha que sentença era o ato que implicava alguma das hipóteses dos arts. 267 ou 269, do CPC/73, descolando-se do critério topográfico e introduzindo o critério conteudístico. 4

5 Essa alteração, inclusive, gerou reflexos nas problemáticas trazidas anteriormente, pois as decisões interlocutórias: i) que reconheciam a prescrição de apenas um pedido; e ii) que homologavam acordo em relação a um litisconsorte, passaram a ter conteúdos previstos nos arts. 267 ou 269, CPC/73, e, portanto, eram qualificadas como sentenças. Diante desse novo cenário, indagava-se: como recorrer da sentença que era proferida no curso do processo? Por meio de apelação ou agravo de instrumento? Havia, entretanto, situações em que o próprio CPC/73, quando enfrentava o tema explicitamente, resolvia a questão indicando o agravo de instrumento como recurso cabível. Esse breve retrospecto se mostra necessário para entender o conceito de sentença que está posto no CPC/15 que, segundo o Professor, vem tratado de maneira mais técnica. Conceito de sentença no CPC/15: o legislador, ao conceituar o pronunciamento sentencial, levou em consideração toda a experiência sobre a matéria e todos os equívocos nos quais as legislações anteriores incorreram envolvendo o tema. Assim, o CPC/15, em seu art. 203, caput, prevê que sentença é o pronunciamento que implica em uma das hipóteses dos arts. 485 (sem julgamento de mérito) ou 487 (com julgamento de mérito), colocando fim à fase cognitiva do procedimento comum ou extinguindo a execução. Art Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no 1o. 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. Houve, portanto, a manutenção do critério conteudístico, previsto no CPC/73 (conteúdo do ato), e o restabelecimento do critério topográfico, pois, conforme visto acima, sentença é o pronunciamento que, além de implicar nas hipóteses 5

6 dos arts. 485 ou 487, do CPC/15, também estará no fim do processo, extinguindo a execução ou colocando fim à fase de conhecimento. Por outro lado, a classificação das decisões interlocutórias se mantém residual, isto é, decisões tomadas no curso do processo que não se enquadrem no conceito de sentença. E os despachos consistem em pronunciamentos despidos de qualquer conteúdo decisório, com o objetivo de impulsionar a marcha processual. No que diz respeito ao critério identificador da sentença, passa-se à análise de algumas situações que no CPC/73 encontravam problemas na identificação da natureza jurídica do pronunciamento judicial, à luz do novo critério estabelecido pelo CPC/15: Ø Natureza jurídica da decisão que exclui dois litisconsortes e determina o prosseguimento do processo com relação ao outro litisconsorte: não será sentença e, sim, decisão interlocutória de mérito, pois não colocará fim à fase cognitiva nem ao processo como um todo; Ø Natureza jurídica da decisão que acolhe a prescrição de um pedido e determina produção de provas em relação à outra pretensão: será decisão interlocutória de mérito e não sentença, uma vez que não colocará fim à fase cognitiva, tampouco do processo como um todo; Ø Natureza jurídica da decisão que homologa acordo do autor com um dos três réus e determina o prosseguimento do feito: também será decisão interlocutória de mérito, pelo mesmo motivo de não se enquadrar no critério topográfico da sentença. O CPC/15, de um modo geral, retomou o modelo originalmente previsto pelo CPC/73, com evidentes avanços técnicos e com um sistema conceitualmente aprimorado, retirando eventuais dúvidas quanto à natureza jurídica de certos pronunciamentos judiciais. Conteúdo da sentença: embora o CPC/15 tenha retomado o critério topográfico de sentença, o conteúdo do pronunciamento continua sendo importante, na medida em que auxilia o intérprete a compreender em que momento o processo está se encerrando. Isso não quer dizer que todo o ato com o conteúdo do arts. 485 ou 487 será uma sentença haja vista existir as decisões interlocutórias de mérito -, de modo que o ato só será considerado 6

7 sentença quando ambos os critérios topográfico e conteudístico estiverem presentes no pronunciamento judicial. Especificamente sobre o art. 485 do CPC/15, é importante ressaltar dois pontos, quais sejam: Ausência de previsão expressa das condições da ação: não há mais expresso no Código as chamadas condições da ação levando-se, inclusive, alguns doutrinadores a dizer que não há que se falar mais em condições da ação, o que o Professor não concorda, na medida em que o inciso VI do art. 485 prevê a extinção do feito apenas pelas modalidades interesse processual e legitimidade. Houve, portanto, a retirada da modalidade possibilidade jurídica do pedido como sendo uma falta de condição da ação. Para o Professor, a ausência de previsão expressa da possibilidade jurídica do pedido deverá ser analisada em dois tipos diferentes de situações: i) situações que eram qualificadas como falta de possibilidade jurídica do pedido e que eram verdadeiramente problemas processuais. Exemplo: execução por quantia certa contra a Fazenda Pública com o único pedido de penhora e expropriação de bens. Na verdade, o legislador seguiu as lições de Liebman que, em meados da década de 70, reformulou sua teoria sobre as condições da ação para extinguir como categoria autônoma a possibilidade jurídica do pedido e enquadrar essa hipótese na modalidade interesse de agir. ii) por outro lado, sempre houve as falsas carências de ação (denominação cunhada pelo Professor Cândido Dinamarco), ou seja, sentenças que examinavam propriamente o mérito da causa, mas, ao final, reconheciam a impossibilidade jurídica do pedido. Exemplo clássico é o caso do contribuinte que move ação alegando que não tem de pagar determinado tributo, pedindo uma tutela preventiva ao juiz para exonerá-lo das sanções por não recolher determinado tributo, declarando que o tributo é inexigível no caso concreto e fundamenta a ação na inconstitucionalidade na lei que fixou o tributo, e o juiz reputa que a lei não é inconstitucional e, portanto, o tributo é exigível. Não se trata de um caso de impossibilidade jurídica do pedido, mas sim de uma decisão de mérito. Convenção arbitral: outra questão importante referente ao art. 485 está em seu inciso VII, que prevê que o juiz não julgará o mérito quando acolher a alegação de existência da convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral 7

8 reconhecer sua própria competência. Portanto, são duas situações diferentes: a) na primeira, não há nenhuma arbitragem em curso e o juiz, por provocação, constata que há uma convenção arbitral e se recusa a julgar o mérito da causa; b) na segunda, além de já haver convenção arbitral, constata-se que também já tramita uma arbitragem. Nessa hipótese, pelo fato de o juízo arbitral já ter reputada válida e eficaz a convenção arbitral, o Judiciário deve se negar a julgar o mérito. Art O juiz não resolverá o mérito quando: I - indeferir a petição inicial; II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes; III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo; V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada; VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual; VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência; VIII - homologar a desistência da ação; IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e X - nos demais casos prescritos neste Código. 1 o Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias. 2 o No caso do 1 o, quanto ao inciso II, as partes pagarão proporcionalmente as custas, e, quanto ao inciso III, o autor será condenado ao pagamento das despesas e dos honorários de advogado. 3 o O juiz conhecerá de ofício da matéria constante dos incisos IV, V, VI e IX, em qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não ocorrer o trânsito em julgado. 4 o Oferecida a contestação, o autor não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da ação. 5 o A desistência da ação pode ser apresentada até a sentença. 6 o Oferecida a contestação, a extinção do processo por abandono da causa pelo autor depende de requerimento do réu. 7 o Interposta a apelação em qualquer dos casos de que tratam os incisos deste artigo, o juiz terá 5 (cinco) dias para retratar-se. 8

9 Por outro lado, o art. 487 do CPC/15 não traz mudanças, mas apenas sistematiza melhor as hipóteses nas quais o juiz irá julgar o mérito da causa. Art Haverá resolução de mérito quando o juiz: I - acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; III - homologar: a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; b) a transação; c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do 1º do art. 332, a prescrição e a decadência não serão reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se. O art. 488 do CPC/15 prevê a hipótese em que o juiz constata, em primeiro lugar, a existência de um vício que levaria à solução da causa sem julgamento de mérito e, em seguida, verifica que o julgamento daquela demanda pelo mérito iria beneficiar a parte a quem aproveitaria a extinção do feito. Nessa situação, o juiz deverá dar preferência ao julgamento de mérito. Art Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art Decisões interlocutórias de mérito e decisões que extinguem parcialmente o processo sem análise do mérito: no CPC/73, a doutrina clássica tratava do tema de forma bastante tranquila, identificando, sem grandes problemas, a possibilidade do julgamento parcial do mérito (Calmon de Passos, Moacyr Amaral Santos, Frederico Marques). Isso porque esses doutrinadores tinham bastante intimidade com o modelo português que influenciou o nosso sistema, no qual era sempre possível o julgamento parcial do mérito. Ocorre que a doutrina, ao final dos anos 90, foi perdendo o contato com essa influência do direito português, a ponto de se cogitar a necessidade de uma modalidade de tutela antecipada para suprir a lacuna da falta de previsão de possibilidade de julgamento parcial do mérito (CPC/73, art. 273, 6º). Mas a premissa estava errada... 9

10 CPC/73, art (...) 6º A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. A fim de eliminar qualquer dúvida, o art. 354 do CPC/15 prevê a possibilidade de parcial reconhecimento da impossibilidade de se julgar o mérito (ex.: um litisconsorte ativo não é parte legítima, mas o outro litisconsorte é; ou o reconhecimento de litispendência de apenas uma parte do pedido), sendo possível, nessas hipóteses, a interposição de agravo de instrumento. Art Ocorrendo qualquer das hipóteses previstas nos arts. 485 e 487, incisos II e III, o juiz proferirá sentença. Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput pode dizer respeito a apenas parcela do processo, caso em que será impugnável por agravo de instrumento. Art O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art O art. 356, CPC/15, por sua vez, trata expressamente do julgamento antecipado parcial do mérito, cuja aplicação incide, por exemplo, nas causas em que parte da causa está apta a ser julgada antecipadamente e os demais pedidos necessitam de dilação probatória. Art O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se incontroverso; II - estiver em condições de imediato julgamento, nos termos do art o A decisão que julgar parcialmente o mérito poderá reconhecer a existência de obrigação líquida ou ilíquida. 2 o A parte poderá liquidar ou executar, desde logo, a obrigação reconhecida na decisão que julgar parcialmente o mérito, independentemente de caução, ainda que haja recurso contra essa interposto. 10

11 3 o Na hipótese do 2 o, se houver trânsito em julgado da decisão, a execução será definitiva. 4 o A liquidação e o cumprimento da decisão que julgar parcialmente o mérito poderão ser processados em autos suplementares, a requerimento da parte ou a critério do juiz. 5 o A decisão proferida com base neste artigo é impugnável por agravo de instrumento. O interessante desse artigo é o regime de eficácia que se estabelece para a decisão interlocutória que julga parcialmente o mérito. Ou seja, contra essa decisão, por expressa previsão legal, é cabível agravo de instrumento e, caso não haja atribuição de efeito suspensivo, a decisão que julga parcialmente o mérito nascerá com eficácia plena, podendo, desde logo, ser executada provisoriamente (art. 356, 2º, CPC/15). Essa regra cria um paradoxo no sistema, pois a sentença (final) não poderá ser executada desde logo, uma vez que a apelação, em regra, é recebida em duplo efeito; ao passo que a decisão que julga parcialmente o mérito poderá ter eficácia imediata no mundo empírico, na medida em que o recurso que a desafia (agravo de instrumento), em regra, não terá efeito suspensivo. Além disso, o aludido artigo, segundo o Professor, dispensa a apresentação de cauções adicionais (além daquelas previstas no regime da execução provisória) para executar provisoriamente as decisões que julgarem parcialmente o mérito. Há quem entenda, inclusive, que, nessa hipótese, não será exigida nem a caução prevista no regime da execução provisória. Reexame necessário e o julgamento parcial: apesar de o Código nada ter previsto sobre o reexame necessário contra as decisões que julguem parcialmente o mérito contra a Fazenda Pública, duas interpretações são possíveis: i) haveria a necessidade de reexame necessário em relação às decisões interlocutórias de mérito contra a Fazenda Pública pois, caso contrário, o sistema seria contraditório, uma vez que contra as sentenças há a necessidade de reexame necessário; e ii) o reexame necessário já é uma grave exceção no sistema, concedendo tratamento diferenciado à Fazenda Pública, sendo que, portanto, trata-se de regra que não merece interpretação ampliativa. 11

Sem Solução de mérito (artigo 485 CPC) Com Solução de mérito (artigo 487 CPC) Com satisfação da obrigação (artigo 924 CPC) Fase Cognitiva

Sem Solução de mérito (artigo 485 CPC) Com Solução de mérito (artigo 487 CPC) Com satisfação da obrigação (artigo 924 CPC) Fase Cognitiva Processo Civil de Conhecimento Aula VIII 04/05/2017 Extinção do Processo Extinção Sem Solução de mérito (artigo 485 CPC) Com Solução de mérito (artigo 487 CPC) Com satisfação da obrigação (artigo 924 CPC)

Leia mais

Aula 101. Julgamento conforme o estado do processo (Parte II):

Aula 101. Julgamento conforme o estado do processo (Parte II): Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Julgamento conforme o Estado do Processo (Parte II) / 101 Professor: Edward Carlyle Monitora: Laryssa Marques Aula 101 Julgamento conforme

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. 15 dias, nos termos do art , parágrafo quinto do Novo Código de Processo Civil.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. 15 dias, nos termos do art , parágrafo quinto do Novo Código de Processo Civil. 1 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Batista Cáceres. 1-) Recurso de Apelação: a) Prazo: 15 dias, nos termos do art. 1.003, parágrafo quinto do Novo Código

Leia mais

LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO ACIDENTÁRIO

LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO ACIDENTÁRIO LEGALE - PÓS GRADUAÇÃO DIREITO ACIDENTÁRIO Recurso Ordinário / Contrarrazões / Recurso Adesivo Professor: Rogério Martir Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado militante e especializado em

Leia mais

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. Novo. e Processo do Trabalho. Atualizado com as Instruções Normativas 39 e 40 de 2016 do TST

Gustavo Filipe Barbosa Garcia CPC. Novo. e Processo do Trabalho. Atualizado com as Instruções Normativas 39 e 40 de 2016 do TST Gustavo Filipe Barbosa Garcia Novo CPC e Processo do Trabalho Atualizado com as Instruções Normativas 39 e 40 de 2016 do TST 2016 NOVO CPC E PROCESSO DO TRABALHO Gustavo Filipe Barbosa Garcia havendo retratação,

Leia mais

Formação, suspensão e extinção do processo

Formação, suspensão e extinção do processo Formação, suspensão e extinção do processo Direito Processual Civil I Prof. Leandro Gobbo 1 Princípios norteadores da formação do processo Art. 2 o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve

Leia mais

Anderson Nogueira Oliveira Doutorando em Direito pela PUC-SP Mestre em Direito - Professor Universitário - Advogado CONTESTAÇÃO

Anderson Nogueira Oliveira Doutorando em Direito pela PUC-SP Mestre em Direito - Professor Universitário - Advogado CONTESTAÇÃO 1. Previsão Legal CONTESTAÇÃO CPC -Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze) dias, cujo termo inicial será a data: I - da audiência de conciliação ou de mediação,

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULA 16 Da sentença e da coisa julgada. Dos elementos e dos efeitos da sentença. Da remessa necessária. Do julgamento das ações relativas às prestações de fazer, de não fazer e de entregar coisa. Da coisa

Leia mais

EXTINÇÃO DO PROCESSO (NCPC)

EXTINÇÃO DO PROCESSO (NCPC) EXTINÇÃO DO PROCESSO (NCPC) PROCESSO CIVIL Curso de Direito Processual Civil de Fredie Didier (2016) INTRODUÇÃO - O capítulo anterior (providências preliminares e julgamento conforme o estado do processo)

Leia mais

DPRCIV3 Direito Processual Civil III. Plano de Ensino - 3. Do Indeferimento da Petição inicial. (arts. 295 a 285-A)

DPRCIV3 Direito Processual Civil III. Plano de Ensino - 3. Do Indeferimento da Petição inicial. (arts. 295 a 285-A) DPRCIV3 Direito Processual Civil III Plano de Ensino - 3. Do Indeferimento da Petição inicial. (arts. 295 a 285-A) Questões para Fixação da Aula Indeferimento da Inicial (arts. 295 a 296) 1. O art. 295,

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PRÁTICA FORENSE EM DIREITO DO CONSUMIDOR

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PRÁTICA FORENSE EM DIREITO DO CONSUMIDOR PRÁTICA FORENSE EM DIREITO DO CONSUMIDOR Aula de n. 65 - Réplica 1 DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES E DO SANEAMENTO Artigo 347 do Código de Processo Civil Findo o prazo para a contestação, o juiz tomará,

Leia mais

Dessas características, a voluntariedade e a taxatividade tratam-se de princípios recursais. Os princípios recursais são:

Dessas características, a voluntariedade e a taxatividade tratam-se de princípios recursais. Os princípios recursais são: PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0048 Título SEMANA 10 Descrição RECURSOS Daniel Assumpção (2013) afirma que "o conceito de recurso deve ser construído partindo-se de cinco características essenciais a

Leia mais

DA FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO. Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO

DA FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO. Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO DA FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO Des. ANA MARIA DUARTE AMARANTE BRITO Formação do processo ETAPAS DA ESTABILIZAÇÃO DO PROCESSO DA FORMAÇÃO DO PROCESSO Art. 262. O processo civil começa por

Leia mais

AULA ) PROCEDIMENTO COMUM (art. 270 e seguintes do CPC a 318 e

AULA ) PROCEDIMENTO COMUM (art. 270 e seguintes do CPC a 318 e Turma e Ano: Master A (2015) 22/06/2015 Matéria / Aula: Direito Processual Civil / Aula 19 Professor: Edward Carlyle Silva Monitor: Alexandre Paiol AULA 19 CONTEÚDO DA AULA: Procedimento, fase postulatória;

Leia mais

06/02/2017 AÇÃO DISTRIBUIÇÃO DESPACHO CITAÇÃO CONTESTAÇÃO

06/02/2017 AÇÃO DISTRIBUIÇÃO DESPACHO CITAÇÃO CONTESTAÇÃO Professor: Joaquim Estevam de Araújo Neto Fone: (95) 99112-3636 - netobv@hotmail.com Protegido pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais 1 PROCESSO AÇÃO DISTRIBUIÇÃO DESPACHO CITAÇÃO CONTESTAÇÃO

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULAS 11

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULAS 11 AULAS 11 Dos Atos processuais. Da forma dos atos processuais. Dos atos das partes. Dos Atos do escrivão ou chefe de secretaria. Do tempo e do lugar dos atos processuais. Atos Processuais do Direito Processual

Leia mais

REFLEXOS DO NOVO CPC NOS PROCESSOS COLETIVOS - PARTE

REFLEXOS DO NOVO CPC NOS PROCESSOS COLETIVOS - PARTE Curso/Disciplina: Processo Coletivo Aula: Processo Coletivo - 13 Professor : Fabrício Bastos Monitor : Virgilio Frederich Aula 13 REFLEXOS DO NOVO CPC NOS PROCESSOS COLETIVOS - PARTE 4. 1. Sistema de preclusão

Leia mais

Aula 92. Contestação (Parte V): Art Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: VIII - conexão.

Aula 92. Contestação (Parte V): Art Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: VIII - conexão. Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Contestação. Defesas processuais Artigo 337, VII a X / 92 Professor: Edward Carlyle Monitora: Laryssa Marques Aula 92 Contestação (Parte

Leia mais

Simulado Aula 04 TJ-RS PROCESSO CIVIL. Prof. Guilherme Koenig

Simulado Aula 04 TJ-RS PROCESSO CIVIL. Prof. Guilherme Koenig Simulado Aula 04 TJ-RS PROCESSO CIVIL Prof. Guilherme Koenig Processo Civil 1. A audiência de instrução e julgamento pode ser suprimida em demanda na qual. a) Não for necessário provar o direito b) A

Leia mais

Art Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: I - quando o juiz indeferir a petição inicial; II - quando ficar parado durante mais de 1

Art Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: I - quando o juiz indeferir a petição inicial; II - quando ficar parado durante mais de 1 CONTESTAÇÃO PRELIMINARES - requerer extinção sem resolução do mérito (ver se é ação toda ou se apenas alguns pedidos...), nos termos do art.267 do CPC. É a denominada defesa processual. Art. 267. Extingue-se

Leia mais

PROCEDIMENTO COMUM: Audiência de conciliação ou mediação. Emendar ou Receber. Petição Inicial. Citação. Não havendo acordo: Contestação

PROCEDIMENTO COMUM: Audiência de conciliação ou mediação. Emendar ou Receber. Petição Inicial. Citação. Não havendo acordo: Contestação PROCESSO CIVIL Professora: Patricia Strauss PROCEDIMENTO COMUM: Petição Inicial Emendar ou Receber Citação Audiência de conciliação ou mediação Saneamento Providências preliminares Réplica Não havendo

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

DIREITO PROCESSUAL CIVIL DIREITO PROCESSUAL CIVIL Reinaldo Branco de Moraes (Juiz do Trabalho do TRT12) -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Da Sentença e da Coisa Julgada Professor Giuliano Tamagno www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Civil DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art.

Leia mais

ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL DIANTE DO NOVO CPC: DESAFIOS PRESENTES E FUTUROS

ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL DIANTE DO NOVO CPC: DESAFIOS PRESENTES E FUTUROS ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL DIANTE DO NOVO CPC: DESAFIOS PRESENTES E FUTUROS Clarisse Frechiani Lara Leite Formada pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) em 2002. Mestre e doutora em

Leia mais

Bom dia, boa tarde e boa noite a você concurseiro(a) de plantão!

Bom dia, boa tarde e boa noite a você concurseiro(a) de plantão! Bom dia, boa tarde e boa noite a você concurseiro(a) de plantão! Sou a Professora Márcia Albuquerque, Procuradora da Fazenda Nacional e ministro, aqui no Ponto, as disciplinas Direito Civil e Processo

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Jr. 1-) Teoria Geral dos Recursos: a) Conceito de Recursos: Prerrogativa da parte de buscar do judiciário o reexame

Leia mais

CPC adota TEORIA ECLÉTICA DA AÇÃO. Que parte de outras duas teorias: b) concreta: sentença favorável. Chiovenda: direito potestativo.

CPC adota TEORIA ECLÉTICA DA AÇÃO. Que parte de outras duas teorias: b) concreta: sentença favorável. Chiovenda: direito potestativo. 1 PROCESSO CIVIL PONTO 1: CONDIÇÕES DA AÇÃO PONTO 2: CÓDIGO REFORMADO - TEORIA DA AÇÃO DOUTRINA PROCESSUAL CONTEMPORÂNEA PONTO 3: RESPOSTA DO RÉU PONTO 4: CONTESTAÇÃO 1. CONDIÇÕES DA AÇÃO ELEMENTOS CONSTITUTIVOS

Leia mais

Sistema Recursal no Novo Código de Processo Civil

Sistema Recursal no Novo Código de Processo Civil Sistema Recursal no Novo Código de Processo Civil Prof. Ms. Gabriel Bressan gabriel.bressan@aglaw.com.br ALMEIDA GUILHERME Advogados Associados www.aglaw.com.br PARTE GERAL www.aglaw.com.br PARTE GERAL

Leia mais

O recurso de apelação está previsto nos arts a do CPC/2015.

O recurso de apelação está previsto nos arts a do CPC/2015. APELAÇÃO RESUMO BASE LEGAL O recurso de apelação está previsto nos arts. 1.009 a 1.014 do CPC/2015. CABIMENTO A apelação é cabível contra sentença e decisão interlocutória não recorrível em separado (art.

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Atos, Termos e Prazos Processuais. Vícios dos Atos Processuais. Provas no Processo do Trabalho.

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Atos, Termos e Prazos Processuais. Vícios dos Atos Processuais. Provas no Processo do Trabalho. DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Atos, Termos e Prazos Processuais. Vícios dos Atos Processuais. Provas no Processo do Trabalho. Prof ª. Eliane Conde Atos processuais O processo representa um complexo ordenado

Leia mais

- Sentença de mérito: quando ele realmente aprecia o que o autor pediu ao propor a ação, decidindo em favor de uma das partes.

- Sentença de mérito: quando ele realmente aprecia o que o autor pediu ao propor a ação, decidindo em favor de uma das partes. Sentença Disposições gerais (art. 485 a 488 CPC) Ao julgar uma ação, o juiz pode proferir dois tipos de sentença: - Sentença de mérito: quando ele realmente aprecia o que o autor pediu ao propor a ação,

Leia mais

Curso/Disciplina Aula: Professor (a): Monitor (a): Aula Introdução:

Curso/Disciplina Aula: Professor (a): Monitor (a): Aula Introdução: Curso/Disciplina: Direito Processual Civil (NCPC) Aula: Voto, Julgamento e Acórdão Professor (a): Edward Carlyle Monitor (a): Tathyana Lopes 1. Introdução: Aula 177. O tema sobre a ordem dos processos

Leia mais

CORREÇÃO DE PROVA. ESCREVENTE TJ 2015.

CORREÇÃO DE PROVA. ESCREVENTE TJ 2015. CORREÇÃO DE PROVA. ESCREVENTE TJ 2015. PROFESSORA JULIANA VIEIRA PEREIRA 37. Incumbe ao escrivão (A) efetuar avaliações e executar as ordens do juiz a que estiver subordinado. (B) estar presente às audiências

Leia mais

Aula 100. Providências preliminares:

Aula 100. Providências preliminares: Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Providências preliminares. Julgamento conforme o Estado do Processo (Parte I) / 100 Professor: Edward Carlyle Monitora: Laryssa Marques

Leia mais

11/12/2018. Professor Hugo Penna

11/12/2018. Professor Hugo Penna Professor Hugo Penna hugopenna@ch.adv.br 1 Art. 1 o CPC/2015 O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República

Leia mais

Aula 91. Contestação (Parte IV): Art Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e relativa.

Aula 91. Contestação (Parte IV): Art Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: II - incompetência absoluta e relativa. Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Contestação. Defesas processuais Artigo 337, II a VII / 91 Professor: Edward Carlyle Monitora: Laryssa Marques Aula 91 Contestação (Parte

Leia mais

Teoria geral dos recursos e apelação. 1. Normais fundamentais 2. Classificação 3. Princípios 4. Efeitos dos recursos 5. Apelação

Teoria geral dos recursos e apelação. 1. Normais fundamentais 2. Classificação 3. Princípios 4. Efeitos dos recursos 5. Apelação 1. Normais fundamentais 2. Classificação 3. Princípios 4. Efeitos dos recursos 5. Apelação 1. Normais fundamentais: Duração razoável : rol AI, IRDR, RE e REsp repetitivos. Isonomia: Vinculação dos precedentes;

Leia mais

RAQUEL BUENO DIREITO PROCESSUAL CIVIL

RAQUEL BUENO DIREITO PROCESSUAL CIVIL RAQUEL BUENO DIREITO PROCESSUAL CIVIL VUNESP 2015 ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO 1. Incumbe ao escrivão a) estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem. b) efetuar avaliações e

Leia mais

O protesto como forma de desafogo do poder judiciário à luz do novo código de processo civil SERGIO LUIZ JOSÉ BUENO

O protesto como forma de desafogo do poder judiciário à luz do novo código de processo civil SERGIO LUIZ JOSÉ BUENO O protesto como forma de desafogo do poder judiciário à luz do novo código de processo civil SERGIO LUIZ JOSÉ BUENO O Alcance decorrente dos novos fins do procedimento para protesto: Desafogo do Poder

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. Preclusão. Contagem de Prazos no Direito Processual Civil e

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. Preclusão. Contagem de Prazos no Direito Processual Civil e Preclusão Contagem de Prazos no Direito Processual Civil e Dos Prazos Processuais Artigos 218 a 275 do Código de Processo Civil 1. Regra geral Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos

Leia mais

Temos ainda um Juízo de admissibilidade (a quo) e um Juízo de julgamento (ad quem).

Temos ainda um Juízo de admissibilidade (a quo) e um Juízo de julgamento (ad quem). PARTE II TEORIA GERAL DOS RECURSOS Conceito: Recurso é o direito que a parte vencida ou o terceiro prejudicado possui de, uma vez atendidos os pressupostos de admissibilidade, submeter a matéria contida

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA REVELIA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA REVELIA REVELIA Artigos 344 a 346 do Código de Processo Civil 1. Conceito A revelia ou contumácia ocorre no instante em que o réu, regularmente citado, não oferece resposta no prazo legal ou deixa de fazê-lo.

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 17/04/2018). Intervenção de terceiro.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres. (Aula 17/04/2018). Intervenção de terceiro. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 17/04/2018). Intervenção de terceiro. Amicus Curiae. Amicus Curiae amigo da corte, amigo da causa, trata-se na realidade

Leia mais

Capítulo 1 INTRODUÇÃO PRIMEIRA PARTE UMA ANÁLISE HISTÓRICA. Capítulo 2 DAS ORDENAÇÕES FILIPINAS AO DECRETO 763, DE 19 DE SETEMBRO DE

Capítulo 1 INTRODUÇÃO PRIMEIRA PARTE UMA ANÁLISE HISTÓRICA. Capítulo 2 DAS ORDENAÇÕES FILIPINAS AO DECRETO 763, DE 19 DE SETEMBRO DE SUMÁRIO Capítulo 1 INTRODUÇÃO... 23 PRIMEIRA PARTE UMA ANÁLISE HISTÓRICA Capítulo 2 DAS ORDENAÇÕES FILIPINAS AO DECRETO 763, DE 19 DE SETEMBRO DE 1890... 29 Capítulo 3 DO DECRETO 763, DE 19 DE SETEMBRO

Leia mais

SUMÁRIO. 1. Introdução Teoria Geral dos Recursos... 37

SUMÁRIO. 1. Introdução Teoria Geral dos Recursos... 37 SUMÁRIO 1. Introdução... 19 2. Teoria Geral dos Recursos... 37 2.1. Conceito e natureza jurídica... 37 2.2. Sistema dos meios de impugnação das decisões judiciais... 40 2.3. Classificação dos recursos...

Leia mais

RESPOSTA DO RÉU CONTESTAÇÃO

RESPOSTA DO RÉU CONTESTAÇÃO RESPOSTA DO RÉU CONTESTAÇÃO ESQUELETO MEMORIZE: ENDEREÇAMENTO QUALIFICAÇÃO PRELIMINAR PREJUDICIAL MÉRITO REQUERIMENTOS FINAIS - art. 847 da CLT fala em defesa - apresentada em audiência reclamado tem 20

Leia mais

RECURSOS CIVIS 11/03/2018. Existem, dessa forma, 2(dois) momentos de apreciação de um recurso:

RECURSOS CIVIS 11/03/2018. Existem, dessa forma, 2(dois) momentos de apreciação de um recurso: RECURSOS CIVIS RECURSOS CIVIS Aula 4 Temas: I) PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL - Parte 2 Prof.: Denis Domingues Hermida 1) JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO a) Introdução A apreciação

Leia mais

Aula 105. Questões: A cognição do juiz envolve a análise das questões de fato e de direito que são apresentadas no curso do processo.

Aula 105. Questões: A cognição do juiz envolve a análise das questões de fato e de direito que são apresentadas no curso do processo. Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Questões: acepções; questões prévias, preliminares e prejudiciais / 105 Professor: Edward Carlyle Monitora: Laryssa Marques Aula 105

Leia mais

Questão 1 (FCC TJ-PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária - e Administrativa)

Questão 1 (FCC TJ-PE - Técnico Judiciário - Área Judiciária - e Administrativa) CURSO DE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE PROCESSO CIVIL PONTO A PONTO PARA TRIBUNAIS MÓDULO 10 RECURSOS. Professora: Janaína Noleto Curso Agora Eu Passo () Olá, pessoal! Chegamos ao nosso décimo módulo. No módulo

Leia mais

- A petição inicial é a peça exordial para a inauguração do processo civil, independente do rito.

- A petição inicial é a peça exordial para a inauguração do processo civil, independente do rito. PROCEDIMENTO/RITO - Princípio da Inércia do Juiz: Considerando que é o julgador da demanda, o juiz não age de ofício nos processos, devendo sempre ser provocado. Dessa forma, faz-se necessária a iniciativa

Leia mais

LEGALE FORMAÇÃO DO ADVOGADO ATÉ 2 ANOS DE OAB

LEGALE FORMAÇÃO DO ADVOGADO ATÉ 2 ANOS DE OAB LEGALE FORMAÇÃO DO ADVOGADO ATÉ 2 ANOS DE OAB Teoria Geral dos Recurso / Embargos de Declaração / Recurso Ordinário Professor: Rogério Martir Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais, Advogado militante

Leia mais

Aula 144. Os requisitos para atribuição de efeito suspensivo por decisão judicial são:

Aula 144. Os requisitos para atribuição de efeito suspensivo por decisão judicial são: Curso/Disciplina: Direito Processual Civil (NCPC) Aula: Efeito Suspensivo dos Recursos (Parte II). Professor (a): Edward Carlyle Monitor (a): Tathyana Lopes 1. Do Efeito Suspensivo: Aula 144. É o efeito

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Da Contestação e da Reconvenção Professor Giuliano Tamagno www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Civil DA CONTESTAÇÃO E DA RECONVENÇÃO DA CONTESTAÇÃO Art. 335. O réu

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 2 JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO 2.1 Organização da Justiça do Trabalho... 87

SUMÁRIO. Capítulo 2 JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO 2.1 Organização da Justiça do Trabalho... 87 SUMÁRIO Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 1.1 Evolução histórica... 21 1.2 Direito estrangeiro... 24 1.3 Denominação... 27 1.4 Conceito... 27 1.5 Abrangência... 27 1.6 Autonomia...

Leia mais

AULA ) PROCEDIMENTO COMUM (art. 270 e seguintes do CPC a 318 e

AULA ) PROCEDIMENTO COMUM (art. 270 e seguintes do CPC a 318 e Turma e Ano: Master A (2015) 08/06/2015 Matéria / Aula: Direito Processual Civil / Aula 18 Professor: Edward Carlyle Silva Monitor: Alexandre Paiol AULA 18 CONTEÚDO DA AULA: Procedimento, contestação 10)

Leia mais

Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário

Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário Cumprimento provisório da sentença e competência do Juizado Especial Fazendário A Lei n 12.153/09, ao disciplinar os Juizados Especiais Fazendários, omitiu-se quanto ao cumprimento da sentença, porém,

Leia mais

O agravo de instrumento no novo CPC

O agravo de instrumento no novo CPC O agravo de instrumento no novo CPC Advogado; GILBERTO GOMES BRUSCHI Mestre e Doutor em Processo Civil pela PUC/SP; Sócio efetivo do Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP); Membro do Centro

Leia mais

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PROCEDIMENTAIS TRAZIDAS. Prof. Juliano Colombo

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PROCEDIMENTAIS TRAZIDAS. Prof. Juliano Colombo PRINCIPAIS ALTERAÇÕES PROCEDIMENTAIS TRAZIDAS PELO NOVO CPC Prof. Juliano Colombo A Busca da Conciliação Art. 3º - 3º A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 2 JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO 2.1 Organização da Justiça do Trabalho... 83

SUMÁRIO. Capítulo 2 JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO 2.1 Organização da Justiça do Trabalho... 83 SUMÁRIO Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 1.1 Evolução histórica... 19 1.2 Direito estrangeiro... 22 1.3 Denominação... 25 1.4 Conceito... 25 1.5 Abrangência... 25 1.6 Autonomia...

Leia mais

RECURSOS CIVIS. RECURSOS CIVIS Aula 4 Temas: I) PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL - Parte 2 Prof.: Denis Domingues Hermida

RECURSOS CIVIS. RECURSOS CIVIS Aula 4 Temas: I) PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL - Parte 2 Prof.: Denis Domingues Hermida RECURSOS CIVIS RECURSOS CIVIS Aula 4 Temas: I) PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL - Parte 2 Prof.: Denis Domingues Hermida 1) JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE E JUÍZO DE MÉRITO a) Introdução A apreciação

Leia mais

Sumário. 1 Capítulo 1. 1 Capítulo 2. 1 Capítulo 3 VAMOS CONHECER A ESTRUTURA DO CPC NORMAS PROCESSUAIS NO CPC/

Sumário. 1 Capítulo 1. 1 Capítulo 2. 1 Capítulo 3 VAMOS CONHECER A ESTRUTURA DO CPC NORMAS PROCESSUAIS NO CPC/ Sumário 1 Capítulo 1 VAMOS CONHECER A ESTRUTURA DO CPC....2 3 1 Capítulo 2 NORMAS PROCESSUAIS NO CPC/2015....2 7 2.1. Neoconstitucionalismo... 27 2.2. Sistema multiportas... 28 2.3. Modelo cooperativo...

Leia mais

Por iniciativa das partes (art. 262 Regra Geral). Princípio da Inércia. Princípio Dispositivo. Desenvolvimento por impulso oficial.

Por iniciativa das partes (art. 262 Regra Geral). Princípio da Inércia. Princípio Dispositivo. Desenvolvimento por impulso oficial. Direito Processual Civil I EXERCÍCIOS - 2º BIMESTRE Professor: Francisco Henrique J. M. Bomfim 1. a) Explique como ocorre a formação da relação jurídica processual: R. Início do Processo: Por iniciativa

Leia mais

Manual de Prática Trabalhista - 6ª Edição - Cinthia Machado de Oliveira. Título I PETIÇÃO INICIAL Capítulo I PETIÇÃO INICIAL EM DISSÍDIO INDIVIDUAL

Manual de Prática Trabalhista - 6ª Edição - Cinthia Machado de Oliveira. Título I PETIÇÃO INICIAL Capítulo I PETIÇÃO INICIAL EM DISSÍDIO INDIVIDUAL SUMÁRIO Título I PETIÇÃO INICIAL PETIÇÃO INICIAL EM DISSÍDIO INDIVIDUAL Fundamento legal... 15 Cabimento... 15 Espécies de ritos do processo do trabalho... 16 Rito sumário... 16 Rito sumaríssimo... 16

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 2 JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO 2.1 Organização da Justiça do Trabalho... 59

SUMÁRIO. Capítulo 2 JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO 2.1 Organização da Justiça do Trabalho... 59 SUMÁRIO Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 1.1 Evolução histórica... 19 1.2 Direito estrangeiro... 22 1.3 Denominação... 25 1.4 Conceito... 25 1.5 Abrangência... 26 1.6 Autonomia...

Leia mais

Título I PETIÇÃO INICIAL Capítulo I PETIÇÃO INICIAL EM DISSÍDIO INDIVIDUAL Fundamento legal Cabimento Espécies de ritos do processo do

Título I PETIÇÃO INICIAL Capítulo I PETIÇÃO INICIAL EM DISSÍDIO INDIVIDUAL Fundamento legal Cabimento Espécies de ritos do processo do Sumário Manual de Prática Trabalhista Título I PETIÇÃO INICIAL PETIÇÃO INICIAL EM DISSÍDIO INDIVIDUAL Fundamento legal... 19 Cabimento... 19 Espécies de ritos do processo do trabalho... 19 Rito sumário...

Leia mais

1ª PARTE PREMISSAS DO ESTUDO

1ª PARTE PREMISSAS DO ESTUDO SUMÁRIO 1ª PARTE PREMISSAS DO ESTUDO Capítulo 1 O FENÔMENO JURÍDICO À LUZ DA TEORIA DO FATO JU- RÍDICO... 25 1.1. Perspectiva Normativa... 25 1.2. Dogmática jurídica (= ciência do direito stricto sensu)

Leia mais

Aula nº 50. Art Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

Aula nº 50. Art Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Página1 Curso/Disciplina: Direito Processual Civil Objetivo Aula: Direito Processual Civil Objetivo - 50 Professor(a): Alexandre Flexa Monitor(a): Marianna Dutra Aula nº 50 Sentença Artigo 203, CPC É a

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Da Sentença e da Coisa Julgada Professor Giuliano Tamagno www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Processual Civil DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA Seção I DISPOSIÇÕES GERAIS Art.

Leia mais

SUMÁRIO. Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS. Capítulo I Teoria geral dos recursos Modalidades recursais e competência legislativa...

SUMÁRIO. Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS. Capítulo I Teoria geral dos recursos Modalidades recursais e competência legislativa... SIGLAS... 25 INTRODUÇÃO... 27 Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS Capítulo I Teoria geral dos recursos... 31 1. Introdução e conceito... 31 2. Modalidades recursais e competência legislativa... 32 3. Características...

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. Capítulo 2 JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

SUMÁRIO. Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO. Capítulo 2 JUSTIÇA DO TRABALHO E MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO SUMÁRIO Capítulo 1 INTRODUÇÃO AO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 1.1 Evolução histórica... 19 1.2 Direito estrangeiro... 22 1.3 Denominação... 25 1.4 Conceito... 25 1.5 Abrangência... 26 1.6 Autonomia...

Leia mais

Sentença e Coisa Julgada

Sentença e Coisa Julgada O PROCESSO DE CONHECIMENTO NO NOVO CPC Sentença e Coisa Julgada RENATO MONTANS DE SÁ Mestre em Direito Processual Civil pela PUC/SP; Pós-graduado em Direito Processual Civil pela PUC/SP; Professor de Direito

Leia mais

RECURSOS PROCESSUAIS

RECURSOS PROCESSUAIS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO. Prof. Pedro Bonifácio AULA 70 04/12/2017 Direito Tributário RECURSOS PROCESSUAIS Só possível interpor um recurso por vez, para cada ato do juiz. Art. 994 CPC.

Leia mais

- ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (cont.) -

- ANTECIPAÇÃO DE TUTELA (cont.) - Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 21 Professor: Edward Carlyle Conteúdo: Antecipação de Tutela: Momento do requerimento da antecipação de tutela; Decisão na antecipação de

Leia mais

SUMÁRIO SIGLAS NOTA À 2ª EDIÇÃO INTRODUÇÃO Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS. Capítulo I Teoria geral dos recursos...

SUMÁRIO SIGLAS NOTA À 2ª EDIÇÃO INTRODUÇÃO Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS. Capítulo I Teoria geral dos recursos... SUMÁRIO SIGLAS... 25 NOTA À 2ª EDIÇÃO... 27 INTRODUÇÃO... 29 Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS Capítulo I Teoria geral dos recursos... 33 1. Introdução e conceito... 33 2. Modalidades recursais e competência

Leia mais

08/03/2015 APELAÇÃO. Direito Processual Civil II NOÇÃO. Recurso cabível contra as sentenças.

08/03/2015 APELAÇÃO. Direito Processual Civil II NOÇÃO. Recurso cabível contra as sentenças. Direito Processual Civil II FREDERICO OLIVEIRA fjsdeoliveira@gmail.com twitter: @fredoliveira197 Skype: frederico.oliveira42 APELAÇÃO NOÇÃO Recurso cabível contra as sentenças. Art. 162, 1o, CPC atual:

Leia mais

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

TEORIA GERAL DOS RECURSOS TEORIA GERAL DOS RECURSOS FUNDAMENTO, CONCEITO E NATUREZA JURIDICA Fundamentos: A necessidade psicológica do vencido irresignação natural da parte A falibidade humana do julgador Razões históricas do próprio

Leia mais

SUMÁRIO 1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE... 27

SUMÁRIO 1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE... 27 SUMÁRIO 1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE... 27 1.1. Processo objetivo... 27 1.2. Competência... 29 1.3. Legitimidade... 30 1.3.1. Legitimidade passiva... 30 1.3.2. Legitimidade ativa... 31 1.4.

Leia mais

Recorribilidade das decisões interlocutórias CPC/2015 PROFESSORA LUCIANA MONDUZZI FIGUEIREDO

Recorribilidade das decisões interlocutórias CPC/2015 PROFESSORA LUCIANA MONDUZZI FIGUEIREDO Recorribilidade das decisões interlocutórias CPC/2015 PROFESSORA LUCIANA MONDUZZI FIGUEIREDO 1 CABIMENTO Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I

Leia mais

Professor: Joaquim Estevam de Araújo Neto Fone: (95) Protegido pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais

Professor: Joaquim Estevam de Araújo Neto Fone: (95) Protegido pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais Professor: Joaquim Estevam de Araújo Neto Fone: (95) 99112-3636 - netobv@hotmail.com Protegido pela Lei nº 9.610/98 - Lei de Direitos Autorais 1 PROCESSO: Conjunto de atos processuais sucessivos praticados

Leia mais

Recurso de APELAÇÃO ART A 1014

Recurso de APELAÇÃO ART A 1014 Recurso de APELAÇÃO ART. 1009 A 1014 Conceito Sentença é o pronunciamento judicial que encerra a fase cognitiva do procedimento comum. APELAÇÃO => É O RECURSO QUE SE INTERPÕE DAS SENTENÇAS DOS JUIZES DE

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULAS 12

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA AULAS 12 AULAS 12 Dos prazos. Da Comunicação dos atos processuais. Da citação. Da Das cartas. Das intimações. Das nulidades dos atos processuais. Da distribuição e do registro. Dos Prazos Processuais Artigos 218

Leia mais

QUESTÕES RESPOSTA DO RÉU #NCPC #AQUIÉMONSTER

QUESTÕES RESPOSTA DO RÉU #NCPC #AQUIÉMONSTER QUESTÕES RESPOSTA DO RÉU #NCPC #AQUIÉMONSTER 01 Com referência ao processo, ao procedimento comum e à intervenção de terceiros, assinale a opção correta de acordo com o Código de Processo Civil (CPC).

Leia mais

SUMÁRIO SIGLAS INTRODUÇÃO Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS. Capítulo I Teoria geral dos recursos Introdução e conceito...

SUMÁRIO SIGLAS INTRODUÇÃO Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS. Capítulo I Teoria geral dos recursos Introdução e conceito... SUMÁRIO SIGLAS... 27 INTRODUÇÃO... 29 Parte I: TEORIA GERAL DOS RECURSOS Capítulo I Teoria geral dos recursos... 33 1. Introdução e conceito... 33 2. Modalidades recursais e competência legislativa...

Leia mais

NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE O PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DECORRENTE DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO NO ESTADO DE SÃO PAULO 5ª PARTE

NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE O PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DECORRENTE DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO NO ESTADO DE SÃO PAULO 5ª PARTE NOÇÕES PRELIMINARES SOBRE O PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO DECORRENTE DE LANÇAMENTO DE OFÍCIO NO ESTADO DE SÃO PAULO 5ª PARTE Alencar Frederico Mestre em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba;

Leia mais

Aula 17. Competência Internacional Parte II

Aula 17. Competência Internacional Parte II Turma e Ano: Direito Processual Civil - NCPC (2016) Matéria / Aula: Competência Internacional (Parte II) / 17 Professor: Edward Carlyle Monitora: Laryssa Marques Aula 17 Competência Internacional Parte

Leia mais

índice INTRODUÇÃO Abreviaturas... 9 Nota à 5ª edição Nota à 4" edição Nota à 3" edição Nota à 2" edição e sumário)...

índice INTRODUÇÃO Abreviaturas... 9 Nota à 5ª edição Nota à 4 edição Nota à 3 edição Nota à 2 edição e sumário)... índice Abreviaturas... 9 Nota à 5ª edição...... 25 Nota à 4" edição... 27 Nota à 3" edição......... 31 Nota à 2" edição... 33 INTRODUÇÃO 1. O chamado "processo de conhecimento"... 35 2. Do "processo de

Leia mais

PROCURAÇÃO AD JUDICIA...

PROCURAÇÃO AD JUDICIA... SUMÁRIO Capítulo I PROCURAÇÃO AD JUDICIA... 21 1. Conceito... 21 2. Extensão dos poderes conferidos pelo outorgante ao advogado... 23 3. Modelo da procuração ad judicia com poderes para o foro em geral...

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Recursos III agravo de instrumento e embargos de declaração. Prof. Andre Roque

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Recursos III agravo de instrumento e embargos de declaração. Prof. Andre Roque DIREITO PROCESSUAL CIVIL Recursos III agravo de instrumento e embargos de declaração Prof. Andre Roque 1. Agravo de instrumento: cabimento Somente cabe AI das decisões interlocutórias do CPC, 1015 I -

Leia mais

SUMÁRIO. Capítulo II SUBSTABELECIMENTO... 31

SUMÁRIO. Capítulo II SUBSTABELECIMENTO... 31 SUMÁRIO Capítulo I PROCURAÇÃO AD JUDICIA... 19 1. Conceito... 19 2. Extensão dos poderes conferidos pelo outorgante ao advogado... 21 3. Modelo da procuração ad judicia com poderes para o foro em geral...

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (29/10/2018). Ação Rescisória.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (29/10/2018). Ação Rescisória. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (29/10/2018). Ação Rescisória. Diferença da rescisória para o recurso. É ação autônoma, com todos

Leia mais

Embargos de Declaração e Agravo de Instrumento

Embargos de Declaração e Agravo de Instrumento Direito Processual Civil Embargos de Declaração e Agravo de Instrumento Embargos de Declaração Art. 1.022: Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade

Leia mais

AULA ) PROCEDIMENTO COMUM (art. 270 e seguintes do CPC a 318 e

AULA ) PROCEDIMENTO COMUM (art. 270 e seguintes do CPC a 318 e Turma e Ano: Master A (2015) 08/06/2015 Matéria / Aula: Direito Processual Civil / Aula 17 Professor: Edward Carlyle Silva Monitor: Alexandre Paiol AULA 17 CONTEÚDO DA AULA: Procedimento, demanda, citação

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. Recursos.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior. Recursos. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Durval Salge Junior (05/11/2018) Recursos. Pressupostos objetivos: g) Forma deverá o recorrente na elaboração do seu

Leia mais

SISTEMA EDUCACIONAL INTEGRADO CENTRO DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE COLIDER Av. Governador Julio Campos, Lote 13, Loteamento Trevo Colider/MT Site:

SISTEMA EDUCACIONAL INTEGRADO CENTRO DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE COLIDER Av. Governador Julio Campos, Lote 13, Loteamento Trevo Colider/MT Site: SISTEMA EDUCACIONAL INTEGRADO CENTRO DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE COLIDER Av. Governador Julio Campos, Lote 13, Loteamento Trevo Colider/MT Site: www.sei-cesucol.edu.br e-mail: sei-cesucol@vsp.com.br FACULDADE

Leia mais

nota prévia à 4.ª edição 5 nota prévia à 3.ª edição 7 nota prévia à 2.ª edição 9 nota prévia 11 abreviaturas 13

nota prévia à 4.ª edição 5 nota prévia à 3.ª edição 7 nota prévia à 2.ª edição 9 nota prévia 11 abreviaturas 13 ÍNDICE GERAL nota prévia à 4.ª edição 5 nota prévia à 3.ª edição 7 nota prévia à 2.ª edição 9 nota prévia 11 abreviaturas 13 ENQUADRAMENTO: ORGANIZAÇÃO DOS TRIBUNAIS E ÂMBITO DA JURISDIÇÃO 15 1. Organização

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Condições da ação.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Condições da ação. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Fábio Cáceres (Aula 27/03/2018). Condições da ação. Atualmente com o novo CPC são consideradas condições da ação legitimidade de parte

Leia mais

JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO

JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO PROCESSO Ultrapassadas as providências preliminares, ainda que nenhuma delas tenha se feito necessária (o que é previsto no art. 328 do CPC), passa-se ao momento do julgamento

Leia mais

SUMÁRIO 1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE... 27

SUMÁRIO 1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE... 27 SUMÁRIO 1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE... 27 1.1. Processo Objetivo... 27 1.2. Competência... 29 1.3. Legitimidade... 30 1.3.1. Legitimidade passiva... 30 1.3.2. Legitimidade ativa... 31 1.4.

Leia mais