CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA ESCOLA MUNICIPAL SÃO JOSÉ
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1 0 CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRG CURSO DE ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA ESCOLA MUNICIPAL SÃO JOSÉ Acadêmico: Josedelmar Ferreira dos Santos Professora Orientadora: Donária Coelho Duarte, Drª. GURUPI TO MARÇO, 2009.
2 1 JOSEDELMAR FERREIRA DOS SANTOS DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DA ESCOLA MUNICIPAL SÃO JOSÉ Relatório organizacional apresentado ao Centro Universitário UNIRG, como requisito parcial para a disciplina Estágio Supervisionado I. Orientadora: Profª. Adm. Donária Coelho Duarte, Drª. GURUPI TO MARÇO, 2009
3 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DELINEAMENTO DA PESQUISA TÉCNICAS DE PESQUISA ANÁLISE DOS DADOS CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE AMBIENTE INTERNO Aspectos estratégicos Aspectos financeiros Aspectos mercadológicos Aspectos de recursos humanos Aspectos de prestação de serviços AMBIENTE EXTERNO CONCLUSÃO SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA REFERÊNCIAIS... 41
4 3 1 INTRODUÇÃO O presente relatório apresenta a descrição das atividades desenvolvidas pelo estagiário Josedelmar Ferreira dos Santos, acadêmico do 6º período do curso de Administração do Centro Universitário UNIRG, na disciplina de Estágio Supervisionado I, junto à Escola Municipal São José, situada na Rua 7-A, Setor Vila São José, na cidade de Peixe Tocantins, o qual permitiu ao aluno estagiário vivenciar práticas de gestão escolar. A Escola Municipal São José foi criada sob a Resolução de nº. 21 de 15/12/1983 e Portaria nº. 007/8 de 25/10/1989, tendo como principal ramo de atividade a educação nos níveis de Ensino da Educação Infantil ao Ensino Fundamental Maior (9º ano). O objetivo do estudo é vivenciar práticas de gestão escolar, ou seja, práticas inerentes à função de gestores, uma vez que o estágio é um processo de aprendizagem indispensável na vida acadêmica, de forma que viabilize o preparo do referido acadêmico, a fim de enfrentar os desafios de uma carreira. É nos estágios que lhes é permitido assimilar a teoria e a prática, bem como aprender a conhecer a realidade de cada profissão. É notório que se tem muito mais facilidade de reter quando se pratica, do que apenas quando se observa o desenvolvimento de diferentes atividades e práticas. Cabe enfocar que, para a empresa receptora do estagiário, esse é um momento único, onde este e a empresa são agraciados de diferentes benefícios inerentes aos interesses de cada. Assim sendo, é nesse momento que os estagiários recebem oportunidades de praticar todos os conceitos e fundamentos adquiridos ao longo do curso. Por outro lado, a empresa também realiza e recebe benefícios, pois esta cumpre determinado papel social, ao ajudar na formação de novas gerações de profissionais dos diferentes segmentos, os quais o país necessita constantemente. Assim, o relatório tem por finalidade explanar as atividades de gestão da escola, onde ressalta-se que, para a composição deste, buscou-se o firmamento de parceria junto à atual administração/gestão, com meios e instrumentos os quais permitam visitas dentro das dependências da Unidade Escolar ora sondada. Portanto, para o desenvolvimento deste relatório, necessita-se da definição de objetivos co-relacionados à intencionalidade da pesquisa, bem como a formulação dos procedimentos e métodos a serem empregados durante o desenvolvimento da mesma, a fim de possibilitar coerente análise dos dados auferidos durante a realização da proposta, e, finalmente, diagnosticar a problemática ora detectada.
5 4 Entretanto, necessário se faz que se desenvolva a caracterização quanto à organização e o meio ambiente da empresa (escola) ora estagiada, seja em seu ambiente interno, os quais englobem aspectos estratégicos, financeiros, mercadológicos, de recursos humanos e prestação de serviço. Assim, após o delineamento deste ambiente, é notório que se delineie as oportunidade e ameaças junto ao ambiente externo da empresa, para verificação do produto, bem como sua qualidade, junto ao mercado que está inserido. Destaca-se ainda, a avaliação e análise quanto ao comportamento da empresa mediante a multiplicidade de forças ambientais, onde a equipe empresarial deve conseguir aproveitar as forças ambientais favoráveis ao seu crescimento e posterior desenvolvimento, e, de forma estratégica, transformar as forças ambientais desfavoráveis em instrumentos que favoreçam a sua sobrevivência com qualidade. Para finalizar a composição deste relatório, no campo das considerações finais, buscar-se-á enfatizar os pontos fortes e fracos detectados na empresa durante o período de observação (estágio), para que assim se formule as avaliações necessárias ao desenvolvimento da pesquisa e possíveis sugestões de diagnóstico. Destaco que neste momento, torna-se imprescindível a ênfase na situação problemática detectada, e de forma contingente, os referenciais teóricos que subsidiaram o delineamento da pesquisa, e conseqüentemente, a formulação de hipóteses para a resolução destes.
6 5 2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente instrumento de aprendizagem tem como procedimento metodológico a pesquisa de caráter científico, por se tratar de um procedimento utilizado no estudo de determinado assunto relacionado à investigação, partindo-se de um fato qualquer ou da detecção de um problema, amparada pela pesquisa bibliográfica, permeada pelo método indutivo, de abordagem qualitativa, ou pesquisa exploratória, com análise dos resultados de forma descritiva. Portanto, objetiva-se fazer análise teórica das práticas de gestão escolar, com intuito de colaborar com os profissionais da educação, a fim de possibilitar à estes o conhecimento e reconhecimento da estrutura organizacional da escola, bem como a qualidade do produto junto ao mercado. 2.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA O estudo tem como suporte, o embasamento extraído em pesquisa de cunho bibliográfico, tomando por base a investigação de vários estudiosos da área, assim como a observação participante no interior da Unidade Escolar. O método da pesquisa que fora adotado é o indutivo, que caracteriza-se pelo processo na qual o pesquisador, por meio de um levantamento e análise particular, chega-se à determinadas conclusões, e ainda, formula hipóteses de diagnóstico quanto a situação problemática constatada. Deste modo, Martins (2001, p.65) faz a seguinte ponderação: O método indutivo consiste em observar os fatos particulares a serem estudados, como eles se apresentam na realidade, para formular hipóteses sobre eles e descobrir quais são os princípios ou leis que os regem e que podem ser aplicados a outros e explicá-los. Portanto, o método indutivo é compreendido como algo mental, por compreender dados e possíveis hipóteses de cunho particular, conforme a compreensão de quem observa e conseqüentemente avalia. (MARTINS, 2001).
7 6 Diante a este contexto, propõe-se o procedimento metodológico de abordagem qualitativa a qual se denomina como pesquisa exploratória, cuja aplicação tem por finalidade a elaboração de instrumento de pesquisa adequado à realidade observada. Para isso, Martins (2001, p.39), a investigação devidamente orientada pelo professor pela aplicação de procedimentos sistematizados destina-se a levar o aluno a explorar o assunto pela leitura, pelas entrevistas, pela observação da realidade. 2.2 TÉCNICAS DE PESQUISA A pesquisa será realizada no local (Unidade Escolar) por meio da observação e sondagem do desenvolvimento do trabalho cotidiano da equipe gestiva da mesma, bem como por meio de coleta de dados por entrevista e conversa com a equipe administradora da unidade de Ensino, e também da população atendida, e, por fim, análise qualitativa dos dados auferidos, para posterior proposição de hipóteses e soluções acerca da situação problemática detectada. De acordo com Martins a observação deve ser conceituada como: Os procedimentos a utilizar, possibilitando aos alunos a observação da realidade e busca nas fontes, de dados ou informações sobre o tema, para que possam comprovar suas hipóteses, organizá-las, analisá-las e tirar conclusões de seus resultados. (MARTINS, 2001, p. 37). Entretanto, a pesquisa de cunho bibliográfico torna-se imprescindível, por necessitarse de embasamento teórico, desde a observação até a formulação das hipóteses, isso por que o referido tipo de pesquisa está abarcada pela leitura, bem como da análise e interpretação de importantes obras de renomados autores e estudiosos da área ora pesquisada. As obras aqui mencionadas se referem à livros, periódicos, textos legais, teses e artigos científicos, dentre outros que se fizerem necessários ao bom desenvolvimento da pesquisa. Deste modo, Santos e Noronha (2005, p.35) afirmam que a revisão bibliográfica ou de literatura é:
8 7 Uma compilação crítica e retrospectiva de várias obras sobre determinado assunto. Seu objetivo é resumir e explicar o estágio da discussão de determinado tema, não é um texto original, mas uma junção de idéias, um trabalho comparativo. Ainda Santo e Noronha (2001, p.51) conceitua revisão de literatura como: A revisão da literatura é a localização e a obtenção de documentos para avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa. É feita por meio de uma pesquisa bibliográfica, com o objetivo de conhecer o que já foi escrito sobre o assunto escolhido. Nas dissertações e, mais ainda, nas teses, é indispensável ter acesso a toda a bibliografia atual de importância sobre o tema abordado. Para Martins (2001, p. 71), a pesquisa será bibliográfica quando envolver consulta a fontes de referências livros, revistas, jornais, catálogos, comunicações, etc. para a obtenção de informações sobre determinado assunto. Assim, ela dará suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa, da escolha do tema e na elaboração do relatório final. 2.3 ANÁLISE DOS DADOS Os dados coletados mediante a observação, entrevista e conversas, serão analisados de forma descritiva em relação aos importantes aspectos de funcionamento da empresa/escola. A pesquisa qualitativa busca entender um determinado fenômeno em sua profundidade, isto por que trabalha com descrições, comparações e interpretações, o que possibilita a participação direta do pesquisador e, conseqüentemente, o norteamento da mesma. Assim sendo, Martins (2001, p.67) trata a análise dos dados auferidos com a seguinte redação: A análise dos resultados e deduções conclusivas de uma pesquisa depende da verificação e da confirmação das hipóteses, pois delas poderão ser deduzidas
9 8 conclusões que possa explicar o assunto temático ou os fatos de maneira mais aprofundada. Nesse sentido, esse instrumento didático nos possibilita formar conceitos corretos e coerentes com o estudo científico, isso por que a pesquisa qualitativa busca demonstrar resultados de caráter que envolva qualidade, por meio dos procedimentos utilizados pelos pesquisados no desenvolvimento de suas ações. 3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E MEIO AMBIENTE A Escola Municipal São José é organizada de forma a atender alunos da Educação Infantil até Ensino Fundamental Maior (9º ano). Atualmente conta com um total de 276 alunos matriculados, divididos em: 41 na Educação Infantil, 146 no Ensino Fundamental Menor (1º ao 5º ano) e 89 alunos no Ensino Fundamental Maior (6º ao 9º ano). A Instituição de Ensino mantém parceria com a Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Gurupi TO, para o monitoramento e auxílio das ações realizadas pela escola, bem como a supervisão de documentos educacionais. Através do firmamento de convênio com a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), desenvolve o Programa do Instituto Ayrton Senna, denominado como Circuito Campeão, o qual objetiva o atendimento aos alunos do Ensino Fundamental Menor. Ainda em virtude da parceria com o Governo do Estado do Tocantins, através da SEDUC, desenvolve o Programa GESTAR II, que atende os alunos pertencentes ao Ensino Fundamental Maior. Assim sendo, os professores são capacitados por meio da Formação Continuada, a fim de se desenvolver trabalhos satisfatórios quanto à aplicabilidade dos programas citados anteriormente. 3.1 AMBIENTE INTERNO Mediante à abordagem acima citada, conclui-se que o ambiente escolar é acolhedor e agradável, apesar da estrutura física estar se deteriorando, como fora constatado com vidraças
10 9 quebradas, portas das salas de aula quebradas, pintura, dentre outros que serão salientados em outra oportunidade, a qual seja adequada Aspectos estratégicos A empresa aqui tratada tem como ramo de atividades a educação de crianças e adolescentes. Entretanto, faz-se necessário que se destaque a história da Instituição estagiada. A princípio, antes de esta ser construída, fora feito uma pesquisa de campo junto aos munícipes, e através da análise dos resultados obtidos, pôde-se perceber que o bairro que mais necessitava de uma Instituição de Ensino era o Setor Vila São José. Isso se deu em virtude deste bairro ser bastante populoso e sua camada social compreendida pela classe baixa e média baixa. Neste sentido, Kotler (1998, p.146) faz a seguinte alusão: A primeira força macroambiental que os profissionais de marketing monitoram é a população, porque as pessoas representam os mercados. As empresas estão muito interessadas no tamanho e taxa de crescimento da população em diferentes cidades, regiões e nações; distribuição etária e composto étnico; níveis educacionais; padrões de moradia; e características e movimento regionais. Mediante aos fatos apresentados e corroborando com as idéias do autor acima citado, pode-se definir claramente o objetivo primordial da empresa (escola), que consiste em detectar qual o local e as pessoas que compõem a clientela que receberão os produtos a serem ofertados (aprendizagem e educação). Destarte, a empresa estagiada busca a atender e ofertar seus produtos a estudantes desde a Educação Infantil ao Ensino Fundamental Maior. A Unidade Escolar está democraticamente dividida da seguinte forma: Administrativo (Diretor, Secretário, Assistentes Administrativos, Auxiliares de Secretaria), Pedagógico (Coordenador de turno, Coordenadores Pedagógicos conforme o estilo da educação oferecida, professores graduados em suas respectivas áreas de atuação), e Auxiliares de Serviços Gerais (Merendeiras, Vigias Noturnos, Porteiros-serventes e equipe de limpeza). Vale ressaltar que a empresa (escola) tem definida sua história a partir da constatação quanto necessidade da comunidade local em ter em suas proximidades uma escola, haja vista que, com a implantação desta, muitas crianças não mais necessitariam atravessar uma ponte de madeira para chegar à escola mais próxima. Deste modo, após minuciosa observação e
11 10 análise da situação da comunidade local, o Governo do Estado implanta a escola dentro da comunidade. Passados alguns anos, o governo estadual sede ao governo municipal o prédio, bem como o direito do Ensino a ser ofertado aos clientes. Ressalta-se que os profissionais que ali desenvolviam seu trabalho de educadores, pertenciam à SEMED Secretaria Municipal de Educação de Peixe-TO. Contudo, para que a escola funcionasse ordenadamente, a equipe escolar e da SEMED buscou traçar um planejamento de cunho estratégico, formulado em objetivos para a seleção de programas de ação, e, conseqüentemente, para sua execução, levando-se em consideração as condições internas e externas da empresa e sua evolução esperada. Cabe lembrar que a elaboração de um planejamento estratégico, visa o aumento de ações que viabilizem uma organização futura, de acordo com as necessidades e temporalidade adequada. Assim sendo, Drucker (1984, p. 256) menciona que: Planejamento estratégico é um processo contínuo de, sistematicamente e com o maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais que envolvam riscos; organizar sistematicamente as atividades necessárias à execução destas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as expectativas alimentadas. Logo, faz-se alusão de que planejamento estratégico relaciona-se intrinsecamente a uma atividade administrativa, cuja finalidade está direcionada à intencionalidade da Instituição, e, de forma peculiar, a sustentar baseada em seus princípios e fundamentos. De tal modo, chega-se à conclusão de que o referido planejamento estratégico da empresa, que neste caso se trata de uma escola, fica a encargo de seu gestor e seus colaboradores direto, os quais se articulam de forma a traçar os escopos fundamentais da unidade de Ensino, afim de receber recursos necessários à destinação do alcance dos objetivos, por meio da implantação e execução das ações e metas definidas pelo Projeto Político Pedagógico da escola, o qual é elaborado pela equipe escolar, com a efetiva colaboração dos alunos, pais e comunidade. Entretanto, faz-se necessário salutar que, após a verificação quanto às expectativas, anseios e desejos do corpo docente, discentes e família, pode-se delinear os objetivos a serem apresentados à comunidade, e, desta forma, oferecer-lhes qualidade absoluta na oferta e seus produtos. Sendo assim, Oliveira (2006, p.69), fala sobre a intencionalidade dos participantes com a seguinte redação:
12 11 A visão pode ser considerada como os limites que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. Representa o que a empresa quer ser em um futuro próximo ou distante. Um dos principais princípios e objetivos da escola está centrado na formação de cidadãos críticos e ativos dentro de uma sociedade mista e exigente, ou seja, pessoas capazes de atuarem no mercado de trabalho de forma a realizar-se enquanto ser humano e contribuir para a melhoria da sociedade. Isso se dá mediante a formulação de uma propositura de política a ser seguida pela escola, ao sugerir que o Ensino a ser ofertado seja de qualidade para os educandos, e que também atendam às expectativas dos mesmos. Concordamente a esta conjuntura textual, Oliveira (2006, p. 70), diz que representam o conjunto dos princípios e crenças fundamentais de uma empresa, bem como fornecem sustentação a todas as suas principais decisões. Portanto, a intenção da referida Instituição de Ensino é atender, de forma satisfatória, as necessidades da comunidade escolar, bem como dos moradores do Setor Vila São José. Sua missão está centrada no oferecimento de um Ensino de qualidade, formando cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade atendendo assim, as expectativas do público alvo, como fora mencionado no parágrafo anterior. De acordo com Oliveira (2006, p. 76), a missão nada mais é que a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a determinação de quem a empresa atende. Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou pode atuar. É assim que a escola se preocupa em satisfazer as necessidades e expectativas da sua clientela, por meio do oferecimento de um Ensino respaldado na qualidade. A referida Instituição escolar está ligada à Secretaria Municipal de Educação SEMED, e esta por sua vez, à Prefeitura Municipal de Peixe, onde se compõe de alguns departamentos indispensáveis ao bom funcionamento da escola. Vale advertir que o organograma da escola é bastante flexível e de fácil elucidação, o que viabilizam aos componentes da Instituição compreender quais são suas responsabilidades, suas funções mediante aos cargos que ocupam. Logo, o organograma tem por pressuposto demonstrar quais os cargos existentes, bem como seus respectivos níveis de hierarquia. Destarte, a estrutura organizacional da escola ordena-se deforma a demonstrar as responsabilidades, as autoridades, as comunicações e
13 12 decisões da Instituição. Drucker (1984, p. 156), faz a seguinte afirmativa pode-se considerar mais um sistema da estrutura organizacional o sistema de decisão o resultado da ao sobre as informações. Ainda segundo o autor, são necessários três análises para determinar a estrutura organizacional necessária a análise das atividades das decisões e relações. Nesse sentido, podemos estruturar a escola da seguinte forma: Figura: 1 Organograma da Escola Municipal São José Fonte: Dados primários (2009) Porém, é merecedor abarcar que a organização é um instrumento básico para o desenvolvimento e implantação de qualquer projeto, visando alcançar os objetivos e resultados pré-estabelecidos. Assim, a escola mantém uma organização formal, ou seja, uma estrutura deliberadamente planejada, com seus objetivos estabelecidos. Sendo assim, uma vez
14 13 que os objetivos estão bem focados, recomenda-se a execução de atividades que venham a obter as intencionalidades discriminadas no planejamento estratégico, através de ações que venham a garantir a conscientização dos funcionários quanto às funções a serem desenvolvidas de acordo com cada cargo, onde estes sujeitos devem, de forma constante, desenvolver atividades que se concentrem no uso total de suas habilidades e que, fundamentalmente, estes não se limitem frente às inovações tecnológicas. Neste enfoque, Oliveira (2002, p. 84), descreve que organização da empresa é a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos. Outrossim, torna-se perceptível o objetivo primordial da referida Instituição de Ensino, a qual concentra-se na valorização do ser humano, primando por seu pleno desenvolvimento bio-psico-social e cultural, respeitando e considerando as diferenças e as identidades pessoais e coletivas constituintes do seu contexto, proporcionando-lhe um processo de escolaridade que privilegie conhecimentos, habilidades e competências que lhes possibilitem aprender de forma significativa e agir criticamente na sociedade, instrumentalizando-o para o exercício da cidadania com valores baseados na solidariedade, na colaboração, na participação e na responsabilidade. Assim, todos dos funcionários da escola são cônscios desse objetivo e trabalham em função da realização deste, uma vez que os frutos colhidos por meio da implantação da proposta devem assumir papel importante na oferta, bem como, cumprir a missão determinada no planejamento estratégico da escola. Para Oliveira (2006, p. 159), relata que objetivo é o alvo ou plano quantitativo, com prazo de realização e responsável estabelecidos, que se pretende alcançar através de esforço extra. Já ao se tratar da realização do Plano de Ação da Unidade Escolar, este é elaborado por toda a equipe pedagógica, docentes e discentes, para elaboração de diversas e diferentes ações e metas que venha a garantir missão da U.E. É neste momento que os recursos (materiais, financeiros e outros) são analisados dentro do contexto, o qual se verifica sua disponibilidade, bem como uma pessoa que lidere a execução desta ação e, na falta dos recursos necessários, este se incube de providenciá-lo. A escola estagiada tem claramente definida suas metas a longo, médio e curto prazo, conforme está previsto no planejamento estratégico. Deste modo, a escola procura adequar e orientar os colaboradores quanto ao caminho a ser seguido para o cumprimento da missão da escola. Deste modo, se a escola tem um objetivo a ser alcançado, esta também, por uma questão de lógica, possui metas relativas à obtenção do referido objetivo. A Instituição de Ensino mencionada recebe fundos (verbas) de origem federal, governamental e municipal, porém não é detentora de um sistema de informação eficaz e
15 14 equiparado com a realidade de outras escolas de outros municípios, isso por que toda a atividade burocrática é realizada pela SEMED - Secretaria Municipal de Educação. De acordo Melo (1999, p.30), o sistema de informação, ou seja, todo e qualquer sistema que tem informações como entrada e visando gerar saída. A expectativa de se obter informações, para satisfazer determinada necessidade, corresponde ao objetivo geral do sistema de informação. A escola possui apenas alguns microcomputadores que não se encontram conectados à Internet e tampouco à rede, onde a função dos computadores se restringem à somente formulação e impressão de ofícios, convites, comunicados e outros ao alcance daquilo que a escola pode oferecer. Com a doação de microcomputadores pelo Governo Federal, as Prefeituras interligadas à SEMED estão montando um laboratório de informática, com intuito de atender alunos, professores, equipe e comunidade. Em relação à manutenção dos computadores pertencentes à escola, quando necessário, a U.E. solicita junto à SEMED os reparos necessários. Quanto ao material de expediente e consumo, quando ocorre a necessidade de aquisição dos mesmos, é feita uma solicitação por meio de ofícios ao Departamento de Compras da Secretaria de Finanças da Prefeitura, onde a aquisição depende da aprovação do gestor público municipal. O estabelecimento está bem estabilizado no Setor Vila São José por meio de uma organização interna coerente, por se compor por integrantes coesos e interessados pelo cumprimento dos objetivos, finalidades, metas e, prioritariamente, a missão da escola. Deste modo, a escola se solidifica por meio destas estratégias que são consideradas como pontos fortes e indispensáveis à mesma, conforme a explanação feita por Oliveira (2006. p. 90), os pontos fortes são as variáveis internas e controláveis que propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação a seu ambiente. Entretanto, verificam-se alguns pontos fracos, como: indisponibilidade de recursos financeiros administrado pela própria gestão, provocando dependência da U.E. junto à SEMED, e consequentemente, esta com a Prefeitura e suas gestora; falta de comando para gerir os recursos financeiros e administrativos, uma vez que é o Secretário Municipal de Educação que determina quem vai prestar serviços na escola; falta de compromisso do Governo Municipal com a educação; falta de participação e fiscalização dos recursos destinados à escola por parte dos pais e comunidade. Sendo assim, Oliveira (2006, p. 90), relata que os pontos fracos são as variáveis internas e controláveis que provocam uma situação desfavorável para a empresa em relação ao seu ambiente. É percebível que a Instituição de Ensino se preocupa ou apresenta responsabilidade social em relação ao seu alunado, pais, funcionários, meio ambiente e outros, pois tende a
16 15 contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e mais próspera. De acordo com Bateman e Sneel (1998, p.147), a responsabilidade social da empresa é a extensão do papel empresarial além de seus objetivos econômicos. A formulação da estratégia é o esforço da Instituição em definir seus diferentes métodos e procedimentos para se alcançar os objetivos pretendidos na proposta. Primeiro, ela analisa seu P.P.P. (Projeto Político Pedagógico) e P.E.A. (Programa de Ensino e Aprendizagem) para definir quais deles desenvolver, manter ou eliminar. Em segundo, busca idéias de programas novos ou modificados Aspectos financeiros Dentro da Prefeitura, existe um órgão denominado por Secretaria Municipal de Finanças, a qual é responsável pela gestão dos recursos destinados à escola, bem como das demais finanças do município. Quando esta Secretaria não dispõe de recursos necessários ao mantimento da escola, a U.E. usa fundos de um caixa reserva, caixa este que é originado por eventos promovidos para arrecadação de verbas, conforme a previsão elaborada no P.P.P. (Projeto Político Pedagógico) e P.D.E (Plano de Desenvolvimento Educacional). Deste modo, a diretora da escola administra somente aquilo que se encontra no caixa reserva, e as demais verbas são regidas pelo Secretário de Finanças. Assim sendo, Gitman (2002 p.4), afirma que finanças é a arte e a ciência de administrar fundos. A educação é financiada e mantida pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação FUNDEB. Este provém de natureza contábil, regulamentado pela Medida Provisória nº 339, posteriormente convertida na Lei n /2007. Os recursos do fundo destinam-se a financiar a educação básica (Creche, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos). Esse recurso é assim aplicado: 60% do montante são destinados à remuneração dos professores e, o restante, os 40%, são destinados à outras despesas de manutenção do Ensino. Os recursos do FUNDEB são distribuídos de forma automática (sem necessidade de autorização ou convênios para esse fim) e periódica, mediante crédito na conta específica de cada governo estadual e municipal. A distribuição é realizada com base no número de alunos da educação básica pública, de acordo com dados do último censo escolar, sendo computados os alunos matriculados nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme art. 211 da
17 16 Constituição Federal. Ou seja, os municípios recebem os recursos do FUNDEB com base no número de alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. A aplicação e gasto dessas finanças são controlados pelo o Conselho de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB. Este é um órgão colegiado que tem como função principal acompanhar e controlar a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do Fundo, no âmbito das esferas municipal, estadual e federal. O conselho não é uma unidade administrativa do governo. Assim, sua ação deve ser independente e, ao mesmo tempo, harmônica com os órgãos da administração pública local. Além desta fonte, a Prefeitura Municipal de Peixe conta com outras, como as que se originaram com a implantação da Usina Hidrelétrica Peixe-Angical. Isso se dá pelo fato de que os recursos disponíveis são insuficientes, onde, com a colaboração da Enerpeixe, melhora-se gradativamente o quadro situacional da escola. A Enerpeixe, enquanto uma empresa auxilia com a doação de materiais de consumo e expediente, área predial e equipamentos de informática, não se esquecendo dos freqüentes cursos e capacitações oferecidos aos profissionais da educação do município. Portanto, Hoji (2006, p. 207) descreve que: A estrutura de capital deve ser composta por fontes de longo prazo e permanentes, mas nem sempre essas fontes estão disponíveis, o que obriga empresas a financiarem suas atividades com recursos de curto prazo. A escola não possui um documento que demonstre os fundos e tampouco os gastos (Demonstrativo Financeiro), isto por que não possui autonomia para gerir as finanças dos recursos disponíveis, onde esta atividade burocrática é feita pelo departamento financeiro da Prefeitura, através de contador, que é responsável pelo mesmo. Quem analisa e faz auditoria nos balancetes são os auditores fiscais. O que de acordo com Gitman (2002, p. 66): As demonstrações financeiras fornecem uma rápida visão intuitiva da situação da empresa, um ponto de partida para análises posteriores. Também são as bases para planejar os negócios e elaborar os orçamentos internos. A auditoria interna é importante numa empresa, pois tem como finalidade auxiliar a
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