Curso Continuado de Cirurgia Geral
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- Marcelo Rico Machado
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1 Curso Continuado de Cirurgia Geral Aspectos Práticos de Cirurgia de Cabeça e Pescoço para o Cirurgião Geral 30/05/2015 TCBC Fábio Montenegro
2 Afecções do Pescoço de Interesse ao Cirurgião Geral Avaliação de nódulos e massas cervicais Biopsias na região cervical Principais estruturas em risco em cada topografia Anomalias Congênitas Cervicais Infecções no Pescoço
3 Avaliação de Nódulos Cervicais Grande parte das doenças primárias da cabeça e pescoço manifestam-se como nódulos ou massas cervicais Algumas doenças sistêmicas podem apresentar manifestação clínica principal no pescoço Lembrar que existe uma boa sugestão do quadro etiológico através da anamnese e do exame físico
4 Pescoço s.m. parte do corpo que liga a cabeça ao tronco XIV. De um *poscoço (<lat. post + *coccius), provavelmente Cunha AG Dicionário etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa, 2 ed, 1982.
5 Aulus Cornelius Celsus DE MEDICINA ANO I da Era Comum
6 Aulus Cornelius Celsus, De Medicina, séc I
7 Cerca de 30% dos linfonodos do organismo estão no território da cabeça e do pescoço (aproximadamente 300 linfonodos)
8 Nódulos ou Massas Cervicais
9 Nódulos ou Massas Cervicais
10 Nódulos ou Massas Cervicais
11 Massa Cervical
12 Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais Em pacientes pediátricos 85% - lesões inflamatórias Em pacientes adultos 80% - lesões neoplásicas! Todas massas cervicais em adultos devem ser consideradas como câncer ou metástases cujo primário localiza-se acima das clavículas, até que se prove o contrário OLSEN, 1990
13 Diagnóstico Diferencial das Massas Crianças Cervicais Mais comuns são inflamatórias, infecciosas e congênitas Podem ocorrer neoplasias: rabdomiossarcoma, linfoma
14 Jovens Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais Inflamatórias e infecciosas Congênitas Neoplasias : linfoma, sarcoma, tireóide, rinofaringe, entre outras
15 Adultos Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais Pensar primeiro em causas neoplásicas metastáticas ou linfoma nas massas laterais Raciocínio epidemiológico importante para causas infecciosas (tuberculose) Massas Centrais infra-hióideas relacionam-se principalmente à tireóide
16 Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais Anamnese Idade, sexo, etnia, procedência, condição social, ocupação Hábitos e Vícios (tabagismo e etilismo) Antecedentes pessoais clínicos e cirúrgicos Antecedentes familiares (neoplasias, infecções) Tempo de evolução Sintomas associados: febre, emagrecimento, dor local, dor faríngea, otalgia, disacusia, epistaxe, obstrução nasal, rouquidão, odinofagia, disfagia, halitose, alteração da fala.
17 Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais Exame Físico Geral: peso, icterícia, hepato-esplenomegalia, febre, outras linfonodomegalias Específico Local: Localização da Massa, tamanho, consistência, mobilidade, sinais flogísticos, dor, úlcera, fístula, secreção, frêmitos, sopros, pulsatilidade,
18 Avaliação de massas cervicais Erros na interpretação do exame físico Estruturas cervicais normais normalmente confundidas com nódulos Glândulas submandibulares Processo transverso da 1 a vértebra Osso Hióide Bulbo carotídeo Adaptado de Dr. Sérgio Arap
19 Avaliação de massas cervicais Exame físico em cabeça e pescoço Inclui Exame do trato aéreo digestivo alto e pele (tumor primário) Oroscopia cuidadosa (palpação da língua) Faringolaringoscopia indireta Rinoscopia anterior e posterior Otoscopia
20 Avaliação de Massa Cervical
21 Laringoscopia Indireta com espelho de Garcia
22 Diagnóstico Diferencial das Massas Cervicais Exame Físico Localização da Massa
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26 Avaliação de massas cervicais Exames complementares Exames laboratoriais Rx simples USG TC RMN Angiografia Cintilografia Endoscopia - tu primário (digestiva, rinolaringoscopia, broncoscopia, biópsia dirigida) Exames: citológico, congelação, parafina, imuno-histoquímico PAAF Biópsia excisional Biópsia incisional Cultura Sorologias, testes cutâneos Copiado de Dr. Sérgio Arap
27 Corte tomográfico axial do pescoço, com linfonodo altamente suspeito, confirmado à PAAF como ca epidermóide metastático.
28 Biopsias na Região Cervical Punção Biopsia Aspirativa por Agulha Fina Biopsia a céu aberto
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31 Diagnóstico diferencial das Massas Cervicais Que exame eu devo solicitar primeiro? Depende de cada caso Raciocínio clínico CUIDADO PARA NÃO QUEIMAR ETAPAS: BIÓPSIA A CÉU ABERTO É UM DOS ÚLTIMOS MÉTODOS QUE DEVE SER EMPREGADO
32 Diagnóstico diferencial das Massas Cervicais BIÓPSIA A CÉU ABERTO É UM DOS ÚLTIMOS MÉTODOS QUE DEVE SER EMPREGADO POR QUÊ?
33 Diagnóstico diferencial das Massas Cervicais POR QUÊ? Porque em algumas doenças o tratamento deve compreender o esvaziamento cervical e o tratamento do tumor primário simultaneamente! Porque a ruptura da cápsula de uma metástase pode dificultar o controle regional (aumenta o risco de recidiva e modifica o padrão de drenagem linfática)! Porque há risco de lesões vasculares e nervosas! Porque pode ser um tumor primário (neurofibroma, paraganglioma, schwannoma, etc) do pescoço e não um linfonodo! Pode ser um cisto tireoglosso ou cisto branquial, cujo tratamento não é a simples excisão do cisto!
34 Paraganglioma do Corpo Carotídeo D
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36 Diagnóstico diferencial das Massas Cervicais Empregar o bom senso! História e exame físico sugestivo de doença sistêmica (infecto-contagiosa, linfoma, reumatológica) podem possibilitar a realização de biópsia a céu aberto, sem punção biópsia prévia. Fundamentar bem a sua avaliação antes de realizar procedimentos mais agressivos!
37 Diagnóstico diferencial das Massas Cervicais PUNÇÃO BIÓPSIA ASPIRATIVA POR AGULHA FINA É UM MÉTODO DIAGNÓSTICO VIRTUALMENTE CORRETO PARA AVALIAÇÃO DE TODAS MASSAS CERVICAIS! CAUTELA: como qualquer método, a PAAF tem falsopositivo e falso-negativo, principalmente em lesões císticas! A CLÍNICA É SOBERANA
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39 Nível V Triângulo posterior
40 Nível V Triângulo posterior
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42 Nervo espinhal-acessório
43 Esvaziamento Radical
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48 Tumores das Glândulas Salivares
49 Tumores das Glândulas Salivares
50 Tumores das Glândulas Salivares
51 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DA PAROTIDECTOMIA
52 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DA PAROTIDECTOMIA PARESIA E PARALISIA DO NERVO FACIAL
53 Lesão do Hipoglosso
54 ANOMALIAS CONGÊNITAS
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56 ANOMALIAS CONGÊNITAS
57 ANOMALIAS CONGÊNITAS
58 ANOMALIAS CONGÊNITAS
59 ANOMALIAS CONGÊNITAS
60 ANOMALIAS CONGÊNITAS
61 ANOMALIAS CONGÊNITAS
62 ANOMALIAS CONGÊNITAS
63 ANOMALIAS CONGÊNITAS
64 ANOMALIAS CONGÊNITAS
65 ANOMALIAS CONGÊNITAS Cistos e fístulas branquiais Associadas ao desenvolvimento das fendas branquiais Crescimento caudal do 2 o arco formará o SEIO CERVICAL
66 ANOMALIAS CONGÊNITAS
67 ANOMALIAS CONGÊNITAS
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69 ANOMALIAS CONGÊNITAS Higroma cístico ou Linfangioma Alteração do desenvolvimento do sistema linfático Presentes, em geral, desde o nascimento Massas de consistência amolecida, com sensação de conteúdo líquido Mais comuns no triângulo posterior do pescoço
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72 Infecção Cervical
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74 Angina de Ludwig
75 Fáscias Cervicais SUPERFICIAL (Anterior) PRÉ-VERTEBRAL (posterior ou profunda) PRÉ-TRAQUEAL (média)
76 Fáscias Cervicais
77 Fáscias Cervicais SUPERFICIAL (Anterior) PRÉ-VERTEBRAL (posterior ou profunda) PRÉ-TRAQUEAL (média)
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81 Todo tratamento pode ter complicações Claude Bernard Conservar a saúde e curar as doenças: esse é o desafio que a medicina colocou desde sua origem e para o qual ela ainda busca uma solução científica
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