Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR. São Paulo, 21 de maio de 2013 (ABIOVE)

Transcrição

1 Políticas Públicas para Operacionalizar o CAR São Paulo, 21 de maio de 2013 (ABIOVE)

2 O QUE É CAR O Cadastro Ambiental Rural - CAR, é o registro público eletrônico de âmbito nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

3 Marco legal - Instituído pela Lei nº , de 25 de maio de 2012, no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente - SINIMA, Regulamentado pelo Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, que criou o Sistema de Cadastro Ambiental Rural SICAR, para integração das informações. - Instrução normativa detalhando requisitos técnicos do CAR (publicação até 25 de maio de 2013)

4 Implementação Prazo de um ano, prorrogável por mais um, p/ inscrição no CAR, contado a partir de sua implantação (art. 29, 3º). Procedimento simplificado para o CAR de imóveis com até 4 módulos fiscais. (art. 53 e 55) e registro gratuito - poder público presta apoio técnico e jurídico: Até 4 módulos (atividades agrossilvopastoris) Assentamentos de Reforma Agrária eterras indígenas demarcadas áreas tituladas de povos e comunidades tradicionais que façam uso coletivo do seu território A partir de 28 de maio de 2017, obrigatório CAR p/ crédito agrícola (art. 78-A)

5 Informações do CAR: Natureza declaratória: responsabilidade do declarante pelas informações e sua atualização (art. 6º) Identificação do proprietário/posseiro; Dados do imóvel; Geolocalização do imóvel: - Perímetro do imóvel rural; - áreas de interesse social e de utilidade pública; - áreas com remanescentes de vegetação nativa; - APP e área de Reserva Legal; - áreas de uso restrito, áreas consolidadas.

6 VANTAGENS Produtores rurais Comprovar regularidade ambiental Segurança jurídica Suspensão de sanções Acesso a crédito Acesso aos programas de regularização ambiental Planejamento do imóvel rural Manter ou conquistar certificações de mercado Órgãos ambientais Distinguir entre desmatamento legal e ilegal Facilitar monitoramento e o combate ao desmatamento Apoiar o licenciamento Instrumento para o planejamento de políticas Melhorar a gestão ambiental no âmbito rural

7 INSCRIÇÃO Inscrição será realizada preferencialmente nos Estados e Municípios, no prazo de um ano prorrogado pormaisumano. Fonte:

8 Conceito - SICAR Produtores rurais se cadastram Órgãos estaduais analisam e aprovam o CAR Banco de dados estadual do SiCAR (se houver) Webservices interligando banco de dados ao SICAR Banco de dados nacional integrado aos bancos de dados estaduais Ligado diretamente, onde não houver sistema estadual de CAR

9 Módulo de Inscrição - SICAR Cadastro será realizado pela internet Versão offline/desktop

10 SICAR Identificação produtor Procedimento Identificação do proprietário ou posseiro rural

11 SICAR - Identificação do Imóvel Rural

12 SICAR - Identificação do Imóvel Rural

13 SICAR - Identificação do Imóvel Rural

14 SICAR - Identificação do Imóvel Rural

15 SICAR - Identificação do Imóvel Rural

16 SICAR Mapa do Município

17 SICAR - Georreferenciamento do imóvel

18 SICAR - Geração automática de faixa marginal Exemplo de identificação de APP Hídrica

19 CAR concluído Informação de tamanhos de áreas registradas/ degradadas

20 Recibo de inscrição - CAR

21 Estratégia de implementação - CAR SICAR -Sistema em fase de teste disponível a partir da implantação do CAR. -Contempla módulos de inscrição, espacialização do imóvel(app, RL, AUR e AUA) e análise. -Disponibilizado para estados que não dispõem de sistemas próprios (em torno de 18 estados) -Módulo de inscrição desktop em fase de desenvolvimento.

22 Estratégia de implementação - CAR Aquisição de Imagens de Satélite -Imagens adquiridas para o SICAR (cedidas a OEMAs e outros órgãos públicos). -Classificação temática para automatizar cadastramento e análise. -Estruturação de banco de imagens de Aquisições anuais a partir de 2013 para o monitoramento

23 Estratégia de implementação -CAR Acordos de Cooperação técnica com órgãos públicos e Instituições e entidades Parceiras Acordos firmados com todos os governos estaduais e com órgãos públicos federais (MDA, MAPA, MPOG, MDS, Banco do Brasil, entre outros) Objetivo: apoio técnico, repasse das imagens de satélite e da tecnologia do SICAR para as UF e definição das atribuições de cada ente da Federação no âmbito da implementação do CAR. Com entidades do setor rural, como a ABIOVE, ABIEC, CONTAG, OCB, CNA, FETRAF, entre outros. Objetivo: apoio técnico, capacitação de facilitadores para apoiar a inscrição, mobilização e divulgação.

24 Estratégia de implementação - CAR FOMENTO para implantação do CAR: Convênios com OEMAs, fortalecimento da gestão do CAR e com entidades representativas do setor rural, para apoiar a capacitação de facilitadores Programa de Investimento Florestal FIP: apoio a implantação do CAR no Cerrado, com U$ 49,9 milhões, sendo de US$ 32,5 milhões (empréstimo) + U$17,4(contraparitida), beneficiando: MA, TO, PI, BA, MT, GO, DF, MS, MG, SP e PR. Fundo Amazônia: RR, AM, AC, MA, MT e RO com projetos enviados o Fundo, (MMA/GIZ deram suporte para preparação)

25 Estratégia de implementação - CAR FOMENTO para implantação do CAR: Kreditanstalt für Weltentwicklung - DFW: doação de 8 milhões para apoiar a implementação do CAR na região de transição Amazônia- Cerrado. DEFRA: doação de US$ 8 milhões para a implementação do CAR no Cerrado. (BA e PI) Fundo Amazônia: linha de apoio aberta para projetos de implantação do CAR em estados de outros biomas, prioritariamente Caatinga e Cerrado.

26 CAPACITAÇÃO Estratégia de implementação - CAR 54 técnicos em geoprocessamento dos OEMAS capacitados nos uso das imagens do Geocatálogo. Mais de 2 mil pessoas (plataforma EAD) capacitadas em CAR e regularização ambiental rural (técnicos e gestores ambientais rurais de UF, municípios e entidades representativas da agricultura familiar). Cerca de 15 mil facilitadores de instituições estaduais/municipais e entidades do setor rural a serem capacitados em 2013.

27 Campanha de divulgação Estratégia de implementação - CAR Estratégia de comunicação elaborada. Site do CAR elaborado Plano de Comunicação desenvolvido. Produção de ferramentas de comunicação para rádio, TV, internet e material impresso (cartilhas, vídeos educativos...) etc.

28 Estratégia de implementação - CAR SUPORTE AO CADASTRAMENTO Assistência Técnica Rural Ater Gerar as informações necessárias e inscrever o CAR dos imóveis rurais estará entre as atribuições da assistência técnica do PRONAF Sustentável e do Plano Safra Regularização Fundiária As bases de dados fundiários serão integradas ao SICAR, para vincular o CAR dos imóveis ao seu cadastro fundiário. Os novos esforços para regularização fundiária e cadastramento fundiário irão inscrever também o CAR dos imóveis rurais.

29 DESAFIO IMÓVEIS A SEREM INSCRITOS EM 2 ANOS Imóveis Área (ha) Estabelecimentos Agricultura familiar Estabelecimentos Agricultura não familiar Total Fonte: IBGE, 2006

30 DESAFIO APOIO À INSCRIÇÃO: Incra: cerca de 1 milhão de assentados da reforma agrária. Órgãos ambientais: públicos localizados em Ucs (RESEX e RDS) e comunidades tradicionais. Recursos das linhas de fomento para infra-estrutura e logísitica (capacitação, instalação de balcões de atendimento, mutirões, contratação de serviços de suporte, CAR-Móvel, etc). Apoio das redes de ATER, por meio do Plano Safra 2013/14 (agricultores familiares) Apoio de sindicatos, cooperativas e entidades representativas capacitadas (OCB, CONTAG, CNA, ABIOVE, ABIEC, JBS, etc).

31 PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL PRA IMPLANTAÇÃO: União e estados têm até um ano para a implantação de seus PRAs, prorrogável uma única vez, por igual período, por ato do Chefe do Poder Executivo. REGULAMENTAÇÃO: Decreto nº 7.830/201 (União regulamentará PRA até 25/05/2013). PÚBLICO ALVO: Proprietários e posseiros rurais em cujos imóveis tenha sido detectado passivo relativo à reserva legal, APPs ou áreas de uso restrito. ADESÃO: Deve ser requerida em até um ano, contado a partir da implantação do PRA, prorrogável por uma única vez, por igual período, por ato do Chefe do Poder Executivo. ÁREA A SER RECOMPOSTA: Dados estimativos entre 25 e 40 milhões de ha.

32 PRA - Benefícios Enquanto estiver sendo cumprido o termo de compromisso, o proprietário ou possuidor não poderá ser autuado por infrações cometidas antes de 22 de julho de 2008, relativas à supressão irregular de vegetação em APP, RL e áreas de uso restrito. (art. 12, Decreto nº 7.830/2012) A partir da assinatura do termo de compromisso, serão suspensas as sanções decorrentes das infrações mencionadas. (art. 13, Decreto nº 7.830/2012)

33 PRA - Benefícios Cumpridas as obrigações nos prazos e condições estabelecidos no PRA, as multas decorrentes das infrações referidas serão consideradas como convertidas em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente. (art. 13, parágrafo único, Decreto nº 7.830/2012) Sem prejuízo das sanções administrativas, cíveis e penais cabíveis,o processo de recomposição da Reserva Legal deverá ser iniciado em até dois anos (25/05/2014). ( 4º, art. 17, Lei nº /2012).

34 PRA - OPORTUNIDADES A Lei nº /2012 permite a utilização de espécies exóticas, em até 50% da área, na recuperação da área de reserva legal (art. 66), tendo direito à sua exploração econômica. Permitido o manejo floresta da RL desde que não descaracterize a cobertura vegetal e não prejudique a conservação da vegetação nativa da área (art. 22) Fonte:

35 PRA -MANEJO FLORESTAL Produtos madeireiros Produtos não-madeireiros Castanha, borracha, açaí, fitoterápicos, etc Principais benefícios: Aumentam áreas dedicadas ao manejo sustentável de florestas em pé, reduzindo o custo de monitoramento e controle. manejo-florestal-sustentavel-uma-conquista-do-acre.html

36 COTA DE RESERVA AMBIENTAL CRA O déficit de 25 a 40 milhões de ha (APP e RL) demonstra um grande potencial para o mercado de cotas. Instrumento regulador das CRAs, em discussão onde foram ouvidos atores como MAPA, entidades do setor rural, Bovespa e BVRio, entre outros. Fonte:

37 PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS PSA 7 UFs já possuem legislação relativa a pagamento por serviços ambientais. Marco regulatório nacional (PL 792/2007) está sendo debatido na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), do Congresso Nacional. (diálogos com o Ministério da Fazenda para construir consensos). Exemplos de serviços: biodiversidade; água, solo, beleza cênica, carbono. (conservação, recuperação, evitar desmatamento, capturar carbono)

38 PRA - SUPORTE PESQUISA Webambitec Sistema de informações em desenvolvimento (Embrapa e MMA), que disponibilizará, via internet, metodologias de recuperação e orientará o plantio de espécies adequadas a cada ambiente, considerando p.ex. ocorrência regional, clima e solo, para a recuperação das áreas de APP, RL e AUR. CRÉDITO Recuperação de áreas degradadas e produção sustentável: Programa ABC: até R$ ,00 (ILP e Pró Natureza FCO) t Total: 3.5 bilhões para a última safra. PRONAF Floresta: até R$ ,00 Programa de Financiamento para Manutenção e Recuperação da Amazônica (FNO). Programa de Financiamento à Sustentabilidade Ambiental - FNE VERDE - Biodiversidade

39 Programa de Apoio e Incentivo à Conservação do Meio Ambiente- PAI O Poder Executivo federal é autorizado a instituir Programa de Apoio e Incentivo à Conservação do Meio Ambiente, bem como para adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal (art. 41, Lei /2012) Linhas de Ação : pagamento ou incentivo a serviços ambientais (a conservação e o melhoramento do solo, manutenção de APP, RL e AUR, conservação das águas e dos serviços hídricos, etc); compensação pelas medidas de conservação ambiental necessárias para o cumprimento dos objetivos desta Lei (obtenção de crédito agrícola com juros menos e prazos maiores, contratação do seguro agrícola em condições melhores, de dedução de APP e RL do ITR, isenção de impostos para os principais insumos e equipamentos,etc). incentivos para comercialização, inovação e aceleração das ações de recuperação, conservação e uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa (participação preferencial nos programas de apoio à comercialização da produção agrícola, destinação de recursos para a pesquisa científica e tecnológica e a extensão rural relacionadas à melhoria da qualidade ambiental).

40 OBRIGADO! Paulo Guilherme Cabral Secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável Ministério do Meio Ambiente tel.(61) /1092 gabinete.sedr@mma.gov.br