Resoluções das Atividades
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- Edson Neves Azevedo
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1 Resoluções das Atividades Sumário Aula 6 Histologia vegetal Os tecidos meristemáticos...1 Aula 7 Histologia vegetal Os tecidos permanentes I...2 Aula 8 Histologia vegetal Os tecidos permanentes II...4 Aula 9 Morfologia e anatomia da raiz...6 Aula 10 Morfologia e anatomia do caule...7 Aula 6 Histologia vegetal Os tecidos meristemáticos 03 C 04 C O aumento em espessura ou circunferência do corpo da planta, denominado crescimento secundário, resulta da atividade de dois tecidos: o câmbio vascular e o câmbio da casca (câmbio suberógeno ou felogênio). I. Protoderme: dá origem à epiderme, tecido que reveste todo o corpo da planta. II. Procâmbio: dá origem aos tecidos vasculares (xilema e floema primários), a parênquimas e aos tecidos de sustentação da região central da planta. III. Meristema fundamental: dá origem ao córtex, que é formado pelos parênquimas e por tecidos de sustentação (colênquima e esclerênquima). Associando corretamente as colunas 1 e 2, de cima para baixo, tem-se: I, II, II, I, II. As angiospermas monocotiledôneas e as pteridófitas (samambaia e milho) não apresentam crescimento secundário, diferentemente das gimnospermas e angiospermas dicotiledôneas (pinheiro, abacateiro e ipê). A atividade dos meristemas apicais garante o aumento do número de células localizadas na extremidade terminal de caules e raízes. Certo tempo depois de sua formação, em uma zona chamada de alongamento, tais células iniciam o aumento de seu comprimento, passando também por diferenciação, garantindo assim o aumento longitudinal da planta e a formação dos tecidos permanentes. 01 D 02 A 03 A 04 B As plantas adultas possuem crescimento contínuo ao longo de sua vida. Porém, esse crescimento está restrito, quase que totalmente, a regiões do vegetal onde são encontrados os tecidos meristemáticos primários ou secundários. As células que compõem o meristema, tecido que é responsável pelo crescimento contínuo ao longo da vida da planta, podem ser organizadas em meristemas primário ou apical, localizados na extremidade da raiz e do caule, e meristema secundário ou lateral. Esses dois meristemas mantêm a capacidade de sofrer divisões celulares e originar novas células ao longo de toda a vida da planta, sendo, dessa forma, ideais para fornecer uma boa observação do processo de mitose. Os tecidos meristemáticos (meristemas primários e secundários) são os responsáveis pelo crescimento que ocorre em determinadas regiões da planta ao longo de sua vida, sendo, também, responsáveis pela formação de uma diversidade de tecidos permanentes. No caso dos meristemas primários (protoderme, procâmbio e meristema fundamental) temos células indiferenciadas, pequenas e com grande capacidade de sofrer divisões celulares mitóticas. Estas divisões promovem o crescimento longitudinal da planta. Diferentemente, os meristemas secundários (câmbio vascular e câmbio da casca) são responsáveis pelo crescimento em circunferência. Nos vegetais os tecidos formados por células de pequeno tamanho, indiferenciadas e com alta capacidade de divisão mitótica são denominados tecidos meristemáticos. Eles localizam-se em determinadas regiões da planta, sendo sua atividade responsável pelo crescimento longitudinal e em espessura ou circunferência, se este ocorrer. Pré-Universitário 1
2 05 C 06 C 07 A 08 B 09 D 10 C Em certas plantas (gimnospermas, eudicotiledôneas e dicotiledôneas arbóreas), além do crescimento longitudinal (altura), resultante da atividade dos meristemas primários, também ocorre o crescimento de sua circunferência, resultante da atividade dos meristemas secundários, o câmbio vascular e o câmbio da casca ou felogênio. Os meristemas são tecidos vegetais não diferenciados e que são originados das células embrionárias. Eles são responsáveis pela formação de novas células por divisão celular mitótica e que irão se diferenciar em tecidos maduros no corpo primário da planta. Os meristemas secundários estão presentes nas gimnospermas, eudicotiledôneas e dicotiledôneas. O câmbio vascular e o felogênio (câmbio da casca), são os responsáveis pelo crescimento em circunferência. Enquanto o câmbio da casca origina o xilema e loema secundários, o felogênio origina a periderme, estrutura constituída pelo súber, pelo próprio felogênio e pela feloderme. Os tecidos meristemáticos ou meristemas vegetais são responsáveis pela formação de novas células por divisão celular mitótica ao longo da vida da planta. Tais divisões permitem o crescimento da planta em comprimento, assim como, depois de certo tempo, algumas dessas células começam a se diferenciar em tecidos maduros no corpo primário da planta. O meristema secundário é responsável pelo crescimento em espessura devido à desdiferenciação de tecidos adultos. O crescimento secundário dos vegetais é decorrente da atividade dos câmbios. Algumas células parenquimáticas adultas sofrem desdiferenciação, transformando-se em células meristemáticas. Essas células comporão os chamados meristemas secundários, representados por felogênio (ou câmbio da casca) que originará a feloderme e o súber, cujo conjunto recebe o nome de periderme; câmbio interfascicular que formará o xilema e o floema secundários. 01 B 02 A 03 D 04 A Aula 7 Histologia vegetal Os tecidos permanentes I Os tecidos de revestimento (ou sistema dérmico) revestem o corpo do vegetal, controlam as trocas com o ambiente e fornecem proteção mecânica. Em plantas terrestres, tal tecido pode ser representado pela epiderme e, mais tarde, pela periderme, sendo que ambos protegem o vegetal contra a perda excessiva de água. No caso da periderme (feloderme + felogênio + súber) temos, como camada superficial, o súber. a) (F) Tecidos de sustentação são o colênquima e o esclerênquima e, no caso das plantas lenhosas, além destes, temos o xilema secundário fornecendo sustentação. b) (V) c) (F) As brióitas não apresentam sistema de vasos condutores. d) (F) Devido o gás carbônico ser obtido à partir dos estômatos e distribuído por difusão. e) (F) A fecundação cruzada garante a diversidade genética da espécie, podendo, ao longo do tempo, gerar alterações fenotípicas. A epiderme é uma camada contínua de células vivas (I) que revestem externamente o corpo da planta em estágio primário. Para diminuir a perda de água, as paredes das células epidérmicas das partes aéreas da planta contêm uma substância gordurosa chamada cutina (II). As células epidérmicas têm, frequentemente, forma tabular, são aclorofiladas (III) e intimamente unidas ou justapostas (IV). Plantas de clima seco são capazes de conservar água em seus corpos por mais tempo do que as demais, devido à presença de adaptações morfoestruturais como o grande número de tricomas, espessamento da epiderme (epiderme pluriestratificada) e revestimentos ricos em resinas (cerídeos). Essas adaptações diminuem a transpiração por meio da cutícula, estômatos localizados no interior de criptas. Estômatos (folhas) e lenticelas (caules) estão relacionados a trocas gasosas. Xilema: condução de seiva bruta (água e sais minerais). 2 Pré-Universitário
3 01 E 02 C 03 C 04 C 05 C Plantas de regiões áridas e semiáridas apresentam modificações morfoanatômicas que resultam na diminuição da perda de água por evapotranspiração e, consequentemente na acumulação de água etc. Tais adaptações foram selecionadas, positivamente, ao longo da evolução desses vegetais. Dessa forma, algumas características adaptativas nesta situação são: estômatos localizados na superfície inferior da folha, cutícula espessa, parênquima lacunoso pouco desenvolvido, menor área foliar etc. Além disso, demonstram abundância de apêndices epidérmicos, ou seja, uma grande quantidade de tricomas em todo o corpo da planta, inclusive nas folhas, tende a diminuir a incidência direta da luz ou do vento sobre as células epidérmicas, gerando assim uma diminuição da perda de água na forma de vapor, seja pela transpiração cuticular ou estomática. As plantas terrestres secretam cutina, um tipo de lipídio do grupo dos cerídeos que tem por função impermeabilizar a superfície das plantas. Em vegetais de regiões semiáridas, essa camada de cutina é ainda mais espessa para minimizar ainda mais a perda de água. Em plantas carnívoras como a drósera, ocorrem, na epiderme superior de sua folhas, anexos denominados tricomas. Estes são apêndices epidérmicos de grande variedade, sendo, neste caso, um pelo glandular (tricoma secretor), pois as células dessas plantas secretam substâncias que são fundamentais para a captura e digestão dos artrópodes capturados. São mecanismos adaptativos a ambientes com baixa disponibilidade hídrica nas plantas do grupo das cactáceas: caule fotossintetizante, folhas transformadas em espinhos, epiderme pluriestratificada, espessa camada de cutina, presença de parênquima aquífero, estômatos no interior de criptas, metabolismo fotossintético do tipo CAM (metabolismo ácido das crassuláceas). Os pelos citados na questão se referem aos tricomas presentes nos vegetais, como ocorre naqueles de climas quentes. Tais estruturas apresentam funções variadas como: proteção; absorção de água e sais minerais; defesa etc. Além disso, tais estruturas também apresentam valor taxonômico. Dessa forma, podemos considerar que os tricomas, como os pelos absorventes das raízes, contribuem para o aumento do poder de absorção de água e sais, pelo fato de aumentar a área superficial e, consequentemente, a área de absorção nas raízes. 06 E 07 C 08 A I. (F) A epiderme origina-se da protoderme, uma camada de células que reveste externamente o embrião. II. (F) Além da função de revestimento, a epiderme possui várias funções, tais como proteção mecânica, proteção contra o dessecamento, trocas gasosas (estômatos) e absorção de água em determinadas partes dela. Os estômatos apresentam as únicas células clorofiladas da epiderme, as células-guarda. Consequentemente, a fotossíntese não é um evento relevante para a epiderme. III. (V) Em plantas que apresentam atividade dos meristemas secundários, a epiderme, que reveste externamente o corpo da planta, é substituída pela periderme (súber + felogênio + feloderme). IV. (V) Entre as diferentes células que compõem a epiderme dos vegetais, temos aquelas especializadas no controle das trocas gasosas e que acabam também permitindo a perda de água na forma de vapor, que são os estômatos, além de células que tem intensa atividade secretora, produzindo substâncias que podem ser utilizadas para impedir a herbivoria, como ocorre na urtiga, ou mesmo produzir enzimas que digerem as substâncias orgânicas que compõem o corpo de pequenos animais, como ocorre nas plantas carnívoras. A associação correta entre o tecido e a estrutura pode ser observada na associação epiderme-estômatos. A epiderme é uma camada contínua de células que revestem externamente o corpo da planta em estágio primário, revestimento das flores, frutos e sementes, bem como raízes e caules até o início do crescimento secundário, quando é substituída pela periderme. Na epiderme, podemos encontrar as estruturas denominadas estômatos, aberturas na epiderme, limitadas por duas células epidérmicas especializadas, as células-guarda, as únicas células clorofiladas da epiderme. A figura da questão representa um estômato (I), estrutura presente em folhas e caules jovens. Essas estruturas permitem que a planta realize as trocas gasosas necessárias para a respiração celular e fotossíntese, também estando relacionada ao processo de perda de água por evapotranspiração pela planta. O estômato é composto por duas células epidérmicas especializadas, chamadas de células-guarda (III; o número IV indica o núcleo da célula- -guarda). A passagem de gases é regulada pela abertura e fechamento de uma região chamada de ostíolo (V). Dessa forma, quando o ostíolo está aberto (VI), ocorre a troca gasosa e a possível perda de vapor d água. Entretanto, se as trocas gasosas não forem necessárias ou a planta necessitar diminuir a perda de água pela evapotranspiração o ostíolo é fechado (II). Analisando a correspondência entre o número e a estrutura ou o processo associado, o único item correto é o que correlaciona o ostíolo ao número V. Pré-Universitário 3
4 09 A 10 E 01 E Além das mais diversas adaptações fisiológicas, a presença de certos tecidos como a epiderme, e a própria periderme, estão envolvidos com a economia de água nos vegetais terrestres. A periderme é composta por três tecidos: o súber (a camada mais superficial de raízes e caules com crescimento secundário), o felogênio (câmbio da casca) e a feloderme. As outras estruturas citadas apresentam funções diversas no vegetal. O floema participa do processo de transporte de seiva elaborada; o colênquima, da sustentação do corpo da planta; e como parênquimas de assimilação temos o clorofiliano, responsável pela captação de luz e a consequente realização da fotossíntese. O felogênio é um tecido secundário do corpo da planta que forma o súber em direção à superfície externa, e a feloderme, em direção à superfície interna do corpo da planta. O súber, na maturidade, é um tecido morto que desempenha o papel de proteção mecânica contra a perda de água e o isolamento térmico da planta, devido ao acúmulo de ar no citoplasma de suas células. Para as trocas gasosas, ao invés dos estômatos, a periderme, que substituiu a epiderme, mais especificamente no súber, possui fendas denominadas lenticelas. Aula 8 Histologia vegetal Os tecidos permanentes II As angiospermas aquáticas, por viverem em um ambiente de maior densidade que o ar, recebem melhor suporte e, assim, apresentam tecidos de sustentação (colênquima e esclerênquima) pouco desenvolvidos. I. (F) Na periderme, tecido presente em plantas com crescimento secundário, não podem ser encontrados estômatos ou tricomas. Realizando as trocas gasosas em plantas com crescimento secundário, temos, nessa camada, as lenticelas. II. (F) O xilema é responsável pelo transporte de seiva bruta, que é composta por água e sais minerais. III. (F) O floema é responsável pelo transporte de seiva elaborada, que é composta por água, alguns nutrientes inorgânicos, fitormônios e compostos orgânicos. O movimento realizado por ele é basicamente das partes fotossintetizantes em direção a estruturas não fotossintetizantes, sendo o movimento, normalmente, descendente. IV. (V) Encontramos parênquimas secretores em diferentes partes do corpo dos vegetais. Entre esses temos os nectários florais e extraflorais, que produzem uma 03 B 04 B substância açucarada que, de acordo com a espécie considerada, acaba atraindo diferentes tipos de agentes polinizadores. V. (V) Nos tecidos de sustentação da planta, encontramos dois tipos celulares básicos, o colênquima e o esclerênquima. Enquanto o primeiro desses tipos é formado por células vivas e com espessamento desigual da parede, o segundo é composto por células mortas devido à presença de uma parede celular secundária espessa e impermeável, devido à presença de lignina. VI. (V) O sistema vascular é essencial à planta porque por meio dele ocorre todo o deslocamento de água, sais minerais e nutrientes orgânicos. Dessa forma, essas células formam um sistema de tubos que percorre toda a extensão da planta. Substâncias de reserva são acumuladas na planta no tecido parenquimático de reserva (parênquima de reserva), sendo que essas substâncias acumuladas podem ser de origem glicídica (amido), proteica, lipídica etc. No caule de espécies de plantas arbóreas, podemos encontrar o que chamamos de madeira, um material que é constituído principalmente por xilema secundário. O súber é uma camada formada pela atividade do felogênio e, como acumula suberina, origina uma camada impermeabilizante no corpo da planta. Certas espécies apresentam uma grossa camada de súber, a qual é utilizada para a produção da cortiça, que constitui as rolhas utilizadas em diferentes recipientes. Certas plantas apresentam tecidos secretores como os tricomas glandulares, células secretoras, nectários, tubos laticíferos etc. Estes últimos ocorrem em vegetais que eliminam secreções leitosas ao serem feridos, que em contato com o ar coagula e fecha a lesão. A analogia entre estruturas vegetais e animais equivaleria a: Pele: tecido permanente de revestimento do vegetal, epiderme (meristema primário) ou periderme (meristema secundário); Ossos: tecido permanente de sustentação, colênquima ou esclerênquima; Vasos sanguíneos: tecido permanente de condução, loema ou líber e xilema ou lenho; Sangue: líquido com duas possíveis constituições chamadas de seiva bruta (água e sais minerais) ou elaborada (água e substâncias orgânicas como glicídios, proteínas, hormônios vegetais etc.). No corte histológico utilizado, a presença da epiderme indica ser a estrutura referente a um órgão em contato com o ambiente externo e que está na fase primária de 4 Pré-Universitário
5 03 B 04 D 05 C crescimento primário, não correspondendo a um caule ou raiz envelhecidos. A presença de floema primário, que ocorre na parte mais externa do corpo da planta, garante que o fluxo de seiva elaborada ocorra. Tal estrutura deve ser flexível, pois é possível visualizar apenas a presença de colênquima, que garante tal característica. O parênquima cortical da planta é um tecido vivo caracterizado por células com reforços de celulose em sua parede celular, sendo tais células dotadas de cloroplastídeos. Ocorre nos caules novos, nos pecíolos das folhas e ao longo de nervuras. O tecido vegetal denominado loema ou líber é responsável pelo luxo de nutrientes orgânicos pelo corpo da planta. Esse luxo ocorre de regiões fotossintetizantes do corpo da planta para regiões nas quais tal processo não supre as necessidades, ou para órgãos que não realizam tal reação metabólica de síntese. Os tecidos citados na questão apresentam as seguintes funções: Epiderme: atua no revestimento do corpo da planta, na absorção de nutrientes, diminuição da perda de água por transpiração, produção de substâncias urticantes etc. Parênquima: atua no corpo do vegetal realizando a fotossíntese (parênquima cloroiliano), preenchendo espaços nos mais diferentes órgãos da planta (parênquima de preenchimento), acumulando nutrientes (parênquima de reserva) e produzindo secreções (parênquima de secreção). Esclerênquima: são células que ao atingirem a maturidade morrem, sendo constituintes dos tecidos de sustentação, conferindo rigidez a parede celular devido ao acumulo de lignina. Floema: células do sistema vascular que ao atingirem a maturidade permanecem vivas atuando no transporte de nutrientes orgânicos. I. (V) As plantas vasculares apresentam dois tipos de vasos condutores: xilema ou lenho (transporte de seiva inorgânica) e loema ou líber (transporte de seiva orgânica). II. (F) As células esclerenquimáticas quando atingem sua maturidade morrem devido o acúmulo de lignina em suas paredes, o que acaba impermeabilizando-a. III. (V) A presença do sistema de revestimento permitiu que as plantas terrestres controlassem melhor a perda de água por transpiração por meio de sua superfície. 06 C 07 E 08 C 09 D I. (V) A camada supericial da folha indicada em 1 é a cutícula, que é formada por uma camada de um lipídio chamado cutina, que tem por função diminuir a perda de água (transpiração cuticular). Em 2, temos a epiderme da face superior da folha, ou seja, a epiderme axial. As glândulas responsáveis pela excreção de sal estão localizadas exatamente entre a cutícula e a epiderme axial das folhas. II. (F) A 3 refere-se ao parênquima cloroiliano, formado por células colunares, responsável pela fotossíntese. III. (F) Entre 3 e 4 temos o parênquima cloroiliano do tipo paliçádico, que apresenta células de formato irregular. IV. (F) O parênquima esponjoso está presente logo abaixo da camada 3. O espaço entre 1 e 3 mostra uma epiderme pluriestratiicada. O sisal é uma monocotiledônea, cujo sistema radicular se caracteriza por ser fibroso do tipo fasciculado, emergindo da base do pseudocaule (roseta). Essa planta produz rizomas situados na base da planta, abaixo do nível do solo e suas folhas possuem reduzido número de estômatos, dotados de células-guarda, responsáveis pelo mecanismo de abertura e de fechamento, permitindo a adaptação da planta em regiões na qual a precipitação pluviométrica é reduzida. Daí a exploração, no Brasil, concentrar-se no Nordeste, sendo o maior produtor a Bahia. O sisal dá origem à principal fibra dura produzida no mundo, contribuindo com mais da metade da produção comercial de todas as fibras desse tipo. O caule é a principal estrutura da planta que dá origem e sustentação às folhas, órgão do qual se extraem as fibras esclerenquimáticas (esclerênquima) de interesse econômico. Existem várias aplicações para o sisal, como: cordoalha em geral, barbante singelo, cordéis, cordas, cordas calibradas, fabricação de papel tipo kraft; na construção civil, no polimento de revestimentos cerâmicos, na composição de massas para a fabricação de forros de gesso, substituição do amianto, em compósito, na composição de telhas; na confecção de tapetes; em sacarias; artesanato; indústria automobilística etc. Umbuzeiro ou imbuzeiro Spondias tuberosa, dicotiledônea, Anacardiaceae, árvore de pequeno porte, originária dos chapadões semiáridos do Nordeste brasileiro. Nos tempos do Brasil Colônia, era chamado de ambu, imbu, ombu, corruptelas da palavra tupi-guarani y-mb-u, que significava árvore-que-dá-de-beber. Por ser uma dicotiledônea, o umbuzeiro tem seus vasos condutores de seiva organizados em torno de um cilindro central, bem como sistema radicular do tipo axial ou pivotante. Como a bactéria se instala nos vasos condutores de água e nutrientes minerais absorvidos na raiz em direção ao caule, podemos concluir que tais micro-organismos se instalam nos vasos que compõem o xilema ou lenho do corpo da planta. Pré-Universitário 5
6 10 E 03 E 04 C O súber faz parte da periderme da planta (súber ou felema + felogênio ou câmbio da casca + feloderme) e essas células, quando atingem a maturidade, morrem devido ao acúmulo do lipídio impermeabilizante suberina. Essa camada de células fornece proteção mecânica, térmica e contra a desidratação. O esclerênquima também é formado por células mortas, pois, ao atingirem a maturidade, normalmente acumulam lignina em sua parede celular secundária, impermeabilizando-a. A principal função dessas células é atuar no suporte mecânico, conferindo rigidez a certas regiões do corpo da planta. Aula 9 Morfologia e anatomia da raiz A figura representa as duas formas de transporte de materiais depois de absorvidos. Em A, ocorre o transporte por meio do apoplasto, espaço existente entre as paredes das células. Em B, temos o transporte por meio do simplasto, ou seja, por intermédio da passagem do material pelo citoplasma de cada uma das células. Entretanto, antes de atingir o xilema (D) independente da via de transporte, os materiais devem passar pelo citoplasma das células que constituem a endoderme (C). Isso ocorre devido à presença das estrias casparianas que cimentam as células vizinhas que compõem a endoderme. Dessa forma, a endoderme exerce um controle sobre o movimento de substâncias por meio do cilindro vascular da raiz. A contenção da erosão da camada supericial do solo pode ser evitada por meio da manutenção ou cultivo de vegetais que apresentam raízes do tipo fasciculada ou cabeleira. Apesar de não serem muito profundas, sua ocorrência em grande quantidade, a partir da base do caule, contribui para a formação de um emaranhado que ajuda a ixar o solo. O cipó-chumbo (Cuscuta sp.) é uma planta do grupo das angiospermas. Ela apresenta raízes modiicadas denominadas haustórios, que possibilitam esse vegetal perfurar a superfície da planta hospedeira até atingir os vasos condutores de seiva elaborada (loema). Devido a isso, tal planta não possui cloroila nem realiza fotossíntese. Podemos airmar que ela depende de outra planta para extrair seus nutrientes orgânicos, sendo assim uma holoparasita. Pneumatóforos são raízes aéreas com função respiratória que se diferenciam a partir de uma raiz subterrânea e crescem em direção à superfície, ficando expostas ao ar ou à 03 E 04 D água. Possuem pequenos orifícios, os pneumatódios, com o auxílio dos quais acontecem trocas gasosas entre a raiz e o meio. Ocorre em plantas que vivem em solos pobres em oxigênio, como a Avicennia schaueriana, frequente nos manguezais brasileiros. As raízes são estruturas que tem como função primordial a fixação da planta ao solo e a absorção de nutrientes. Em plantas eudicotiledôneas e dicotiledôneas as raízes são do tipo pivotante ou axial, enquanto nas monocotiledôneas é do tipo fasciculada ou em cabeleira. Nos dois grupos, o tecido meristemático localizado no ápice radicular é protegido por um agrupamento de células parenquimáticas com função protetora, a coifa. Células desta região são recobertas por um muco, para facilitar a penetração da raiz por entre os grãos do solo. Devido à baixa disponibilidade de oxigênio, a vegetação de manguezal deve apresentar raízes respiratórias ou pneumatóforas. A espécie Avicennia schaueriana, típica de regiões de manguezal, possui esse tipo de raiz que apresenta geotropismo negativo, crescendo em direção à superfície do solo para realizar as trocas gasosas com a atmosfera. Essas raízes possuem pequenos orifícios denominados pneumatódios por onde penetra o ar. Manguezais: raízes-escora (maior suporte à planta em solo argiloso) e pneumatóforos (obtenção de oxigênio diretamente do ar, dada a pobreza do solo dessa substância). Lagos: aerênquima (garante a flutuação). Cerrado: caules tortuosos (escleromorfismo oligotrófico). Caatinga: espinhos (adaptação foliar que diminui as perdas de água por evaporação). I. (V) Raízes encontradas em plantas que desenvolvem- -se em região de manguezal podem apresentar uma série de estruturas adaptativas, como proporcionar o aumento da ixação no solo e da área da base da planta, contribuindo assim com sua estabilidade. A estrutura denominada rizóforos, apesar de alguns airmarem que é derivada da raiz, atualmente é considerada um ramo caulinar que cresce em direção ao solo, também auxiliando na sustentação da planta. II. (V) Outra adaptação presente em algumas raízes de plantas de manguezal é a presença de pneumatóforos para a obtenção de oxigênio atmosférico, já 6 Pré-Universitário
7 que o solo encharcado não contém quantidades suicientes desse gás. III. (F) Não é típico de plantas de manguezal a presença de raízes sugadoras. com a correta manipulação, por meio de alterações nas concentrações hormonais (fitormônios), pode ser induzido o desenvolvimento de mudas com a mesma composição genética daquela planta que forneceu o material biológico. 05 B Palmeiras, em geral, sendo monocotiledôneas, apresentam sistema radicular do tipo fasciculado. Aula 10 Morfologia e anatomia do caule 06 D 07 E 08 A 09 B 10 A Raízes respiratórias ou do tipo pneumatóforos são estruturas que possuem geotropismo negativo pelo fato de crescerem horizontalmente no subsolo. Pequenos filamentos se encaminham em direção à superfície do solo, pois buscam oxigênio cujo teor reduziu-se no solo alagado do manguezal. É o caso das raízes secundárias da Rizophora mangle. O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma planta típica do cerrado brasileiro, utilizada há muito tempo devido a suas propriedades medicinais (cicatrizante, antibacteriana, antifúngica etc.). Essa angiosperma apresenta raiz do tipo pivotante que consegue atingir maior profundidade que as gramíneas típicas do cerrado. Ao atingir maior profundidade, tal raiz ica capacitada a explorar reservatórios de água do lençol freático, que se encontram inacessíveis às raízes mais supericiais das gramíneas. As raízes sugadoras, também chamadas de haustórios, ocorrem em vegetais parasitas e perfuram o caule da planta hospedeira até atingir os seus vasos condutores para sugar-lhes a seiva. Uma dessas plantas é a erva-de- -passarinho, que absorve seiva bruta do vegetal hospedeiro, sendo, por isso, denominada hemiparasita. Já o cipó-chumbo, como é desprovido de cloroila, extraem a seiva elaborada da planta hospedeira, sendo considerado um holoparasita. A casca de uma árvore como a jabuticabeira é constituída pela periderme, uma camada formada pelo súber ou felema, pelo felogênio ou câmbio da casca e pela feloderme. Quando as células constituintes dessa camada atingem a maturidade, elas morrem devido ao acúmulo do lipídio impermeabilizante suberina. Ainda que mortas, tal camada de células fornece às camadas de células vivas mais internas proteção mecânica, térmica e contra a desidratação. A utilização de células meristemáticas para a produção de mudas em larga escala é ideal, pois tais células são indiferenciadas e multiplicam-se continuamente. Com isso, pode-se obter um número indeterminado de células e, 02 E 03 D 04 C O esquema refere-se à organização de uma planta. O número 1 indica a gema auxiliar, responsável pela formação dos ramos laterais (galhos); o número 2 indica a folha, onde existem os parênquimas clorofilianos responsáveis pela fotossíntese; o número 3 indica a zona pilífera, onde estão os pelos absorventes, que são anexos da epiderme da raiz; o número 4 indica o meristema apical, responsável pelo crescimento. Raízes tuberosas e caules do tipo tubérculo são inchados e especializados como órgãos de reserva, principalmente de amido. Entretanto, como característica distintiva, encontramos a presença de gemas laterais ou meristema axilar apenas em estruturas caulinares. As palmeiras são plantas monocotiledôneas pertencentes à família Arecaceae (Palmae). Esses vegetais apresentam caule do tipo estipe. Na extremidade superior da estipe, encontramos o meristema apical dessa planta, que fica protegido pelas bainhas das folhas em desenvolvimento. É nessa área que se encontra a estrutura conhecida popularmente como palmito ou miolo da palmeira. Dessa forma, como o palmito é um alimento obtido da região próxima ao meristema apical, do interior do pecíolo das folhas de determinadas espécies de palmeiras, sua extração implica na morte da palmeira, que perde seu meristema apical (tecido meristemático no qual ocorre a multiplicação das células e sua subsequente diferenciação). As diferentes representações esquemáticas de caule podem ser reconhecidas corretamente como os seguintes tipos e características: 1. Tronco: caule típico do que normalmente chamamos de árvore. Tem forma ereta, é lenhoso e possui ramiicações (galhos). Exemplos: mangueira, cajueiro, pau-brasil. 2. Haste: normalmente é um caule de pequeno porte, não lenhoso e de cor verde, devido à abundância de células cloroiladas. Exemplos: tomate, pimentão, arroz. Pré-Universitário 7
8 01 B 02 C 03 D 04 E 3. Estipe: caule típico do que chamamos genericamente de palmeira. Tem formato cilíndrico, lenhoso e sem ramiicações laterais. Exemplos: coqueiro, carnaúba, buriti. 4. Colmo: caule que apresenta uma clara divisão entre nós e entrenós, sendo desprovido de ramiicações laterais. Exemplos: bambu, cana-de-açúcar, milho. 5. Cladódio: de forma geralmente achatada, desprovido de folhas e de coloração verde, por ter assumido o papel de principal estrutura fotossintetizante da planta. Exemplos: palma, mandacaru, coroa-de-frade. Plantas do grupo das cactáceas apresentam uma série de adaptações que permitem a sua sobrevivência em regiões com baixa disponibilidade de água. Entre algumas dessas características podemos determinar a ocorrência de caules suculentos ou carnosos, que, geralmente, possuem parênquima aquífero desenvolvido e espinhos, que podem ser originados por meio de modificações foliares. Essas modificações foram selecionadas positivamente ao longo da evolução do vegetal, pelo fato de diminuir consideravelmente a área por onde as plantas mais perdem água, as folhas. Outras plantas da caatinga nordestina apresentam estratégias adaptativas diferentes como: desenvolvimento de raízes profundas, perda das folhas durante o período de escassez de chuva (folhas caducas ou caducifólias). Estruturas especializadas de caules ocorrem em diferentes grupos de plantas. Entre estes temos os rizomas, que são estruturas tipicamente subterrâneas e comuns em pteridófitas, como as samambaias e angiospermas como a bananeiras. Outra especialização são os caules chamados de tubérculos, que desenvolvem-se abaixo do solo e acumulam nutrientes, como ocorre na batata-inglesa e gengibre. Um terceiro exemplo de estrutura subterrânea é o bulbo, na qual o caule modificado forma uma estrutura interna chamada de prato, de onde partem os catafilos, estruturas derivadas das folhas, que acumulam nutrientes. A batata-inglesa é classificada como caule subterrâneo do tipo tubérculo, rico em material nutritivo de reserva. Já a Avicennia schaueriana, que ocorre em mangues, é uma raiz respiratória aérea. Caules do tipo estolho ou estolão são longos, finos e rastejantes. Eles apresentam vários pontos de fixação no solo. Isso ocorre porque formam-se gemas ao longo do caule seguindo certo espaçamento. Nesses pontos de fixação, podem ser originadas novas plantas com raízes e 05 E 06 C 07 A 08 B folhas. Isso possibilita que a separação desses caules artificialmente gere indivíduos independentes. Ocorre, dessa forma, uma reprodução assexuada. Já os caules do tipo cladódio são adaptados à realização da fotossíntese em substituição às folhas, que foram transformadas em espinhos ao longo da evolução desse grupo de plantas. Algumas espécies também podem armazenar água. O caule de uma planta tem origem a partir do meristema apical do embrião. Eles apresentam uma série de modiicações caulinares (espinhos, gavinhas etc.), entretanto, roseiras não apresentam espinhos, e sim acúleos. De acordo com uma série de caraterísticas, os caules recebem diferentes denominações, como o caule do tipo tronco de uma mangueira, a estipe de uma palmeira ou o colmo da cana- -de-açúcar. Os caules crescem em comprimento (altura) devido à atividade de células meristemáticas localizadas no ápice caulinar. As regiões chamadas nós também apresentam gemas, as gemas laterais, que são responsáveis pelo crescimento dos ramos ou galhos da planta. As gemas são estruturas que também possibilitam a formação de folhas e lores, além de serem encontradas tipicamente nos caules, possibilitando assim a distinção destes das raízes. Troncos são caules aéreos lenhosos e com desenvolvimento maior na base. É o caule típico das árvores. Os rizomas são caules subterrâneos e, alguns deles, acumulam substâncias nutritivas, como é o caso da batata-inglesa. Os colmos possuem nós e entrenós ou entrenós bem evidentes. Eles podem ser colmos cheios, como o da cana-de- -açúcar, ou colmos ocos, como o do bambu. Os cladódios são caules que assumem o aspecto de folhas quando elas faltam, realizando fotossíntese e, alguns deles, podem agir como órgão de reserva de água. Finalmente, os caules do tipo estipe geralmente não possuem ramificações (galhos), apresentando apenas meristema apical e tendo folhas somente em seu ápice caulinar. O caldo-de-cana é constituído pela seiva elaborada (nutrientes orgânicos) retirados do caule do tipo colmo da cana- -de-açúcar, que foi moído. Solanum tuberosum é um caule do tipo tubérculo. A goiabada é feita pela polpa do fruto da goiabeira, enquanto o cafezinho é feito utilizando-se a semente de café, e o fumo, a folha de Nicotina tabacum. A igura apresenta um corte transversal do caule de uma planta no qual podemos observar: 1. Floema: Células localizadas mais externamente no caule e que formam o sistema de vasos condutores de seiva elaborada ou orgânica. 2. Xilema: Células localizadas mais internamente ao caule e que formam o sistema de vasos condutores de seiva bruta ou inorgânica. 8 Pré-Universitário
9 09 A 3. Câmbio: Células que formam um cilindro e que é responsável pela formação do xilema e loema secundário. Dessa forma é um dos tecidos responsáveis pela estrutura secundária da planta. 4. Súber: Camada supericial do caule de plantas com crescimento secundário e que é formada por células mortas que atuam na proteção da planta. Na questão são descritos os seguintes tipos de caules: Cladódios (2): Caule aéreo fotossintetizante que, em certas espécies, podem acumular água. Ex: palma forrageira. Rizomas (1): caule subterrâneo que cresce horizontalmente à superfície do solo. Ex: bananeira. Estipe (3): Caule aéreo não ramiicado que, geralmente, apresenta folhas apenas no ápice. Tipo caule característico das palmeiras. Ex: coqueiro. Estolão (4): Caule aéreo longo e ino que apresenta vários pontos de ixação no solo. Ex: morangueiro. 10 D A igura apresenta as seguintes adaptações caulinares ou tipos de caules: 1. Gavinha: Estruturas ilamentosas que têm por inalidade possibilitar a ixação de plantas trepadeiras como o maracujá. 2. Estolho ou estolão: Caule aéreo ilamentoso e longo que apresenta, intercaladamente, áreas nas quais o caule não forma e áreas nas quais o caule forma raízes, permitindo a ixação da planta ao solo. 3. Rizoma: Caule subterrâneo que cresce horizontalmente à superfície do solo, enviando apenas estruturas foliares para a superfície. Pré-Universitário 9
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