PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA

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1 PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 2006

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3 PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 2006

4 Governador PAULO GANEM SOUTO Vice-governador ERALDO TINÔCO MELO Secretária da Educação ANACI BISPO PAIM Chefe de Gabinete ANA ANGÉLICA MATOS ROCHA GONÇALVES Informação dos dados: Superintendência de Recursos Humanos da Educação SUDEPE ANA MARIA VALENÇA BATISTA LINS Superintendência de Acompanhamento e Avaliação do Sistema Educacional SUPAV CÁTIA MARIA PAIM DA CRUZ Superintendência de Desenvolvimento da Educação Básica SUDEB ELIANA BARRETO GUIMARÃES Superintendência de Organização e Atendimento da Rede Escolar SUPEC JOSELYS FRÓES REZENDE Instituto Anísio Teixeira IAT IARA VIEIRA LIMA SOARES Diretoria Geral DG FREDERICO SELIGSOHN WENCESLAU DA SILVA Coordenação de Projetos Especiais COPE DIVALDO ALCÂNTARA Coordenação de Desenvolvimento de Educação Superior CODES HELOISA HELENA DIAS LIMA SOARES Organização dos dados: Assessoria Especial JOSENAIDE ALVES FERREIRA DA SILVA Coordenação Editorial MÔNICA MELLO Projeto Gráfico e Diagramação ANA CLÉLIA REBOUÇAS Ilustração de capa ESTÚDIO QUIMERA Revisão ANTÔNIO LUÍS ALMADA GRAÇA MARIA DULTRA SIMÕES Ficha Catalográfica: Biblioteca Central Julieta Carteado, UEFS Bahia. Secretaria da Educação B135 Perfil da Educação na Bahia 2006 / Secretaria da Educação. Salvador: A Secretaria, p. : il. 1. Educação Básica Bahia. 2. Educação Superior Av. Luiz Viana Filho, 6ª Avenida, Nº 600, - 5º andar / CEP Salvador-BA / Fone: (71) / 9043 Fax: (71) /

5 Sumário 1 APRESENTAÇÃO 2 IDENTIFICAÇÃO INSTITUCIONAL 3 EDUCAÇÃO BÁSICA 3.1 Matrícula 3.2 Rede Física 3.3 Programa Educar para Vencer 3.4 Projetos Educacionais 3.5 Projetos de Inclusão Social 3.6 Profissionais da Educação Básica 4 EDUCAÇÃO SUPERIOR 4.1 Universidades Estaduais da Bahia 4.2 Expansão do Ensino Superior 4.3 Graduação e Pós-Graduação 4.4 Pesquisa e Extensão 4.5 Profissionais da Educação Superior 4.6 Avaliação do curso

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7 1Apresentação O Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria da Educação, vem desenvolvendo esforços para fortalecer o funcionamento do Sistema de Ensino do Estado, através do Planejamento Estratégico, definindo ações que visam assegurar o cumprimento de sua missão Educação de Qualidade para Todos. Projetos estratégicos vem sendo desenvolvidos, buscando o fortalecimento da gestão, a autonomia escolar, a qualificação e valorização do magistério, o combate à distorção idadesérie, a avaliação externa da aprendizagem e desempenho do aluno, a adequação das unidades escolares aos padrões mínimos, a municipalização do ensino, entre outros. O financiamento se constitui em importante desafio, associado, principalmente, à dimensão territorial do Estado, à expansão da oferta tanto da Educação Básica quanto da Educação Superior. No entanto, é preciso buscar alternativas, fazer ajustes, realizar planos, articular parceiros, a fim de vencer os obstáculos e melhorar os indicadores educacionais. O documento Perfil da Educação na Bahia, em sua 3ª edição, objetiva apresentar informações importantes sobre o panorama da educação na rede estadual, visando subsidiar as definições de políticas responsáveis pela oferta de uma educação de qualidade, possibilitando, desta forma, compartilhar projetos educacionais que assegurem o processo de transformação da sociedade. Assim, a educação estará assumindo seu importante papel de mais uma ferramenta para reversão dos indicadores sociais, fortalecendo os alicerces para construção de uma sociedade mais justa, mais humana e mais igualitária. Anaci Bispo Paim PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 7

8 Identificação 2Institucional Secretaria da Educação do Estado da Bahia 1. MISSÃO Educação de qualidade para todos 2. PROJETOS ESTRATÉGICOS Avaliação Externa Regularização do Fluxo Correção da Distorção Idade-Série Fortalecimento da Autonomia e Gestão Escolar Certificação Ocupacional dos Profissionais de Educação Padrões Mínimos Fortalecimento e Articulação com os Municípios Programa de Enriquecimento Instrumental -PEI Qualificação e Valorização do Magistério Expansão do Sistema de Ensino 3. REFERÊNCIAS NORTEADORAS Contribuir para o desenvolvimento social do Estado, oferecendo educação de qualidade. Prestar atendimento prioritário e universal às crianças e aos jovens de 7 a 20 anos, oferecendo, ao mesmo tempo, alternativas de educação à clientela adulta que não teve oportunidade de acesso à educação quando na idade regular. Exercer a gerência participativa, integrando dirigentes das unidades e dos colegiados escolares. Respeitar a autonomia pedagógica da escola e avançar na consolidação de sua autonomia administrativa e financeira. Caracterizar as relações funcionais por padrões éticos elevados, atribuindo relevância aos princípios de justiça e de competência. Estimular o desenvolvimento dos colaboradores. Fomentar o envolvimento e a articulação dos programas e dos projetos educacionais com as ações dos diversos setores da sociedade. PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 8

9 Educação 3Básica 3. Educação Básica A Legislação Educacional no Brasil define, para os sistemas de ensino, políticas públicas que consolidem o acesso e garantam a permanência dos alunos na escola até a conclusão da Educação Básica. Aos gestores públicos, tanto estaduais quanto municipais, são atribuídos responsabilidades e desafios relacionados a cada nível e modalidade de ensino, tais como a identificação de demandantes para as redes públicas de ensino; a quantificação de oferta de cada rede de ensino; a compatibilização entre a demanda e a capacidade de atendimento das redes, bem como o insumo disponível para atendimento à demanda social. A Secretaria da Educação do Estado da Bahia SEC define o processo de universalização da educação básica, através da democratização do acesso, como prioritário na rede pública de ensino, e atinge o índice de atendimento de 90,96% dos alunos em todo o estado. O objetivo do Estado da Bahia não está restrito ao ato da matrícula, mas, também, voltado para a ampliação de possibilidades de acesso na rede pública de ensino, com foco na qualidade da educação. Para tanto, desde 1999 vêm sendo desenvolvidas ações em favor da qualificação de docentes, da melhoria da infraestrutura física e tecnológica, através do Programa Educar para Vencer, com a intenção de assegurar, aos cidadãos baianos, acesso e permanência à rede pública de ensino, com confiabilidade e igualdade de condições. 3.1 MATRÍCULA A matrícula da Rede Estadual de Ensino vem se efetivando através de duas modalidades: informatizada e convencional. A Matrícula Informatizada, realizada com o apoio da Tecnologia da Informação, estratégia que a torna mais rápida, segura e integrada, vem garantindo a desburocratização, eficiência e eficácia do processo na escola, de modo a atender à crescente demanda por vagas na rede pública de ensino. Processase através do Sistema Organizado de Matrícula da Rede Estadual de Ensino SOMAR, que permite efetivála em tempo real, com a presença do aluno ou do candidato na rede pública de ensino. A Matrícula Convencional tem lugar na própria unidade de ensino quando no município não existe escola posto informatizada. Após o encaminhamento dos instrumentos de matrícula convencional para a Central de Digitação, conclui-se o processo através do Sistema SOMAR. Tanto a matrícula informatizada quanto a convencional realizam-se em duas etapas: 1. Matrícula para alunos da Rede Pública de Ensino e, 2. Matrícula para candidatos à Rede Estadual de Ensino. O período destinado aos alunos da rede pública de ensino diz respeito a: renovação da matrícula do aluno na própria unidade; transferência por interesse da administração pública alunos de 4ª e 8ª série do Ensino Fundamental e séries correlatas que estudam em unidades de ensino que não oferecem continuidade PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 9

10 dos estudos; alunos contemplados no Sorteio Eletrônico e transferência por interesse do próprio aluno. Dessa forma, os alunos da unidade têm a chance de efetuar sua matrícula, pelos motivos que foram apontados, antes da oferta de vagas aos novos candidatos. O período reservado para a matrícula de candidatos à rede estadual de ensino abre espaço para que novos alunos sejam atendidos com transparência e igualdade de condições. Para tanto, a SEC empenha-se em realizar e efetivar uma política de educação combinando critérios socioculturais, econômicos, geográficos e históricos, realizando, como planejamento estratégico da matrícula, o estudo de reordenamento da rede de ensino, em duas etapas. A intenção é reorganizar as ofertas e a capacidade física instalada para atender às necessidades sociais e expectativas da comunidade baiana, Entre 2002 e 2006, a matrícula informatizada teve um incremento significativo, da ordem de 804%, no número de municípios atendidos, e de 310,1% no aumento de escolas-posto informatizadas. Ou seja, em 2002 tínhamos 149 escolas-posto informatizadas e chegamos a 2006 com 611 escolas-posto informatizadas, onde o atendimento cresceu de 24 municípios para 217, conforme demonstra as figuras 1 e 2: Escolas FIGURA 1 Informatização de Unidades Escolares Estaduais Fonte: SEC/SOMAR 2006 Ano Para desenvolver o processo de matrícula são necessárias 611 escolas estaduais que funcionem como escolas-posto informatizadas, a saber: 199 na capital e 412 em 217 cidades do interior do Estado da Bahia. Todo o programa de matrícula nas escolas-posto informatizadas é coordenado pelos diretores e vicediretores das unidades escolares. Além das escolas estaduais, faz-se necessário estruturar ambientes que atendam à coordenação central, à contingência, aos trâmites de documentação dos alunos e centrais de digitação. Tem-se, assim, um na capital e um em cada Diretoria Regional de Educação, num total de 31, e um disque SOMAR, que funciona, ininterruptamente, de segunda a sexta, das 8 às 20 horas e, aos sábados, das 8 às 14 horas. Atualmente, a matrícula exige a presença de servidores da rede estadual de ensino, treinados para esse fim, levando-se em conta que essa atividade deverá desenvolver-se no turno inverso ao da carga horária que o servidor tem que cumprir. São distribuídos nas funções de: Atendentes I, Atendentes II, apoios para as unidades escolares, técnicos de informática e apoio administrativo para a coordenação central. São computadores ligados à SEC, o que possibilita a matrícula de candidatos na escola mais próxima de sua residência ou em outra cidade de seu interesse, desde que integrada ao SOMAR. PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 10

11 FIGURA 2 Abrangência da Informatização das Unidades Escolares Estaduais por Diretoria Regional de = 4 = 8 Barreiras = = 13 = 23 Jacobina 9 7 = 13 = = = 5 = 7 Serrinha Piritiba 8 = = 6 = 17 Feira de = 76 Alagoinhas Santana 9 Seabra Cruz = 11 = 6 Almas Sto. Amaro Itaberaba = 7 = 5 = 9 = = = = = 216 Macaúbas Amargosa SALVADOR Sto. Antônio Bom Jesus da Lapa = 6 de Jesus = = 8 Valença = 13 = = = 8 = 6 = 3 = = 5 Caetité Brumado Guanambi = = 4 = = 17 Vitória da Conquista Juazeiro = 17 Senhor do Bonfim Itapetinga = = 4 Itabuna = = 23 = = 18 Paulo Afonso Ilhéus = 10 Ribeira do Pombal Eunápolis ESTADO DA BAHIA Diretorias Regionais de Educação Número de Municípios Informatizados Número de Escolas-posto Informatizadas = = 16 Teixeira de Freitas = = 7 FONTE: SEC/SOMAR 2006 PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 11

12 3.1.1 DISTRIBUIÇÃO DA MATRÍCULA POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Rede Pública Ensino Fundamental A rede estadual de ensino da Bahia, como mostra a Figura 3, atendia, no ano de 1998, apenas 38,45% das matrículas do ensino fundamental da rede pública de ensino, enquanto a rede municipal absorvia 61,54% dessas matrículas. Com a implementação da municipalização do ensino fundamental e a criação de vagas pelo poder público municipal, impulsionado pela criação do Fundef, a rede municipal de ensino atingiu, em 2006, o percentual de 73,80% das matrículas, contra 18,74% da rede estadual, destacando-se que só no Ensino Fundamental (1ª à 4ª série) o percentual atingido pela rede municipal foi de 92,84%, contra 7,16% na rede estadual, como mostra a Figura 4. À rede federal coube, apenas, 0,02%, como ilustra a Figura 5. Esse resultado mostra a tendência de o ensino fundamental, gradativamente, passar a ser responsabilidade do poder público municipal, como prevê a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), com dados ilustrados na Tabela Estadual Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares TABELA Municipal FIGURA 3 ENSINO FUNDAMENTAL Distribuição da Matrícula inicial por Dependência Administrativa Brasil, Nordeste e Bahia 1998/2006* 53,28 46,63 37,58 38,45 62,37 61,54 FIGURA 4 35,53 26,41% 7,16% * Estadual 21,01 18, Estadual ENSINO FUNDAMENTAL 1ª à 4ª SÉRIE Matrícula Inicial Rede Pública, Bahia 1998/2006* 73,58% 92,84% 53,98 73,80 69, Municipal Brasil Nordeste Bahia Municipal MATRÍCULA INICIAL NO ENSINO FUNDAMENTAL POR DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA BAHIA * ANO DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA ESTADUAL MUNICIPAL * Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 12

13 73,80% 7,44% FIGURA 5 ENSINO FUNDAMENTAL Matrícula Inicial por Dependêcia Administrativa, Bahia * Estadual Municipal Privada Federal Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares 18,74% 0,02% A Figura 6 permite uma melhor leitura da distribuição das matrículas no ensino fundamental na rede estadual e municipal de ensino, tendo em vista os aspectos descritos anteriormente. Ensino Médio Os estados brasileiros são responsáveis pela oferta desse nível de ensino, quase que em sua totalidade, através da rede pública. A Figura 7 revela que a Bahia, no ano de 1998, já respondia por 81,62 % dessa oferta e, no ano de 2006, alcançou o percentual de 87,66%. Houve, pois, um incremento de 154,87% na matrícula do ensino médio na rede estadual, no período compreendido entre 1998 e A tendência é que, em poucos anos, com a execução, via Secretaria Estadual da Educação do Estado da Bahia, de projetos que têm como objetivo a expansão do ensino médio no Estado, a rede pública estadual atenda a quase 100% da demanda nesse nível de ensino. Matrículas FIGURA 6 ENSINO FUNDAMENTAL Evoloção da Matrícula Inicial na Rede Pública, Bahia 1998/2006* * Ano Fonte: SEC, MEC/INEP * Dados preliminares Estadual Municipal Estadual 1998 Municipal FIGURA 7 ENSINO MEDIO- Distribuição da Matrícula Inicial por Dependência Administrativa Brasil, Nordeste e Bahia 1998/2006* 92,33 81,71 81,62 85,19 87,66 84,52 15,36 17,0 5,53 2,09 4,34 4, Estadual 2006 Municipal Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares Brasil Nordeste Bahia Pela leitura da Figura 8, conclui-se que o poder público estadual já absorve 87,7% do alunado de Ensino Médio. FIGURA 8 ENSINO MÉDIO- Matrícula Inicial por Dependência Administrativa, Bahia * 87,7% 4,9% 6,9%z 0,5% Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares Estadual Municipal Privada Federal PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 13

14 Ensino Fundamental A Figura 9 registra a redução do número de alunos matriculados no Ensino Fundamental, na rede estadual, em função da municipalização dessa etapa de ensino. FIGURA 9 Evolução da Matrícula Inicial no Ensino Fundamental, Bahia 1998/2006* Rede Estadual (Ensino Regular e Educação de Jovens e Adultos) * Ano Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares Ensino Médio A matrícula no ensino médio, na rede estadual, vem apresentando um crescimento expressivo, como mostra a Figura 10. FIGURA 10 Evolução da Matrícula Inicial no Ensino Medio, Bahia 1998/2006* Rede Estadual (Ensino Regular e Educação de Jovens e Adultos) Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares * Ano PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 14

15 É visível o crescimento da matrícula no ensino médio para jovens entre 15 e 17 anos na rede pública estadual, que ainda atende um percentual elevado de jovens e adultos com idade superior a 17 anos. Com o sucesso do Projeto de Regularização do Fluxo Escolar e os Projetos da Educação de Jovens e Adultos, o perfil da clientela a ser atendida no ensino médio irá modificar-se, ou seja, teremos um percentual bem mais elevado de jovens na faixa etária de 15 a 17 anos atendidos nesse segmento de ensino (Figura 11). Matrículas (%) Menos de 15 anos FIGURA 11 ENSINO MÉDIO- Matrícula por Faixa Etária inicial, Bahia * 1,14% Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares 33,67% 15 a 17 anos 65,19% Mais de 17 anos EXPANSÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO TABELA 2 POPULAÇÃO PROJETADA, SEGUNDO GRUPO ETÁRIO SELECIONADO BAHIA, De 1980 a 2002, verificou-se uma redução do número de crianças na população total do Estado da Bahia e, também, um decréscimo na demanda por educação fundamental. No mesmo período, verificou-se um crescimento do número de jovens e adultos e uma maior demanda, portanto, para o ensino médio e para a educação de jovens e adultos. Segundo estudo realizado, essa tendência de composição da população por grupo etário deve se manter, no estado, até 2020 (Tabela 2). Conforme demonstrado na Tabela 3 e na Figura 12, o índice de universalização do ensino, na Bahia, está muito próximo de 100%, uma vez que o atendimento alcança 97,8% das crianças de 7 a 14 anos e 88,7% dos jovens na faixa etária de 15 a 17 anos. GRUPOS ETÁRIOS POPULAÇÃO (em mil habitantes) 2010 % 2020 % 0 14 anos , , anos 754 5, , anos ,0 1,644 11,0 Fonte: IBGE /SEI. Projeções de População por Sexo e Idade. Bahia TABELA 3 TAXA DE ATENDIMENTO (1) NA EDUCAÇÃO BÁSICA NA BAHIA, ANO FAIXA ETÁRIA ( %) 7 A 14 ANOS 15 A 17 ANOS ,8 82, ,3 84, ,5 88, ,3 88, ,8 91, ,0 93, ,3 92, ,8 88,7 PNAD e Censo Demográfico/IBGE (1) Taxa de atendimento: corresponde à relação entre o total das matrículas de cada faixa etária, em quaisquer níveis de ensino e a população desta faixa etária. Identifica o percentual da população em idade escolar que freqüenta a escola. PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 15

16 ANO Fonte: PNAD e Censo Domográfico/IBGE 7 a 14 anos 15 a 17 anos Entre 1998 e 2006, conforme demonstra a Figura 13, o número de matrículas no ensino fundamental (7 a 14 anos), na Bahia, cresceu, principalmente, no segmento de 5ª à 8ª série. A matrícula do ensino médio, na rede estadual, vem apresentando, desde 1998, uma expansão vertiginosa, decorrente das mudanças do contexto do mundo do trabalho (Figura 10). Em 2006, a referida rede absorveu 87,7% do alunado, em relação às demais redes públicas e à rede privada. Na Figura 14,está representada a abrangência da rede estadual de ensino nos 417 municípios distribuídos nas 33 Direcs do Estado da Bahia. A rede estadual apresenta, no contexto atual, uma capacidade física instalada que atende à demanda por vagas, tanto para o ensino fundamental quanto para o ensino médio FIGURA 12 Taxa de Atendimento na Educação Básica, Bahia 1998/ ,0-95,0-90,0-85,0-80,0-75,0-70,0- FIGURA 13 Evolução do Ensino Fundamental por Segmento de Ensino na Bahia / 2006* Fonte: SEC, MEC/INEP *Dados preliminares * ANO PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 16

17 FIGURA 14 Distribuição Geográfica da Oferta da Educação Básica no Estado da Bahia Juazeiro Paulo Afonso Irecê Jacobina Senhor do Bonfim Piritiba Serrinha Ribeira do Pombal Barreiras Ibotirama Seabra Itaberaba Alagoinhas Feira de Santana Sto. Amaro Cruz das Almas Bom Jesus da Lapa Macaúbas Amargosa Sto. Antônio de Jesus SALVADOR Valença Guanambi Caetité Brumado Jequié Vitória da Conquista Itabuna Ilhéus Itapetinga DIREC Feira de Santana Alagoinhas Santo Antônio de Jesus Valença Ilhéus Itabuna Eunápoilis Teixeira de Freitas Paulo Afonso Ribeira do Pombal Serrinha Jequié Itapetinga Juazeiro Jacobina Piritiba Itaberaba Nº ESCOLAS DIREC Nº ESCOLAS Brumado Savador e RMS Vitória da Conquista Irecê Ibotirama Macaúbas Caetité Barreiras Bom Jesus da Lapa Seabra Senhor do Bonfim Amargosa Guanambi Santo Amaro Cruz das Almas Total Eunápolis Teixeira de Freitas ESTADO DA BAHIA Diretorias Regionais de Educação PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 17

18 Um dos grandes desafios da rede estadual de ensino é levar a escola para perto do aluno, reduzindo assim os indicadores educacionais de evasão escolar e reprovação. Com essa perspectiva, a SEC implantou o ensino médio em 210 distritos de 88 municípios, no ano letivo de 2006, com distâncias médias de até 180 quilômetros da sede do município, conforme demonstrado na Tabela 4 e Figura 15. TABELA 4 EXPANSÃO DO ENSINO MÉDIO EM DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE BAHIA, 2006 Nº ORDEM DIREC MUNICÍPIO DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE Ipirá Coração de Maria Ipirá Distrito de Bonfim Ipirá São Roque Inhambupe Povoado de Formoso Nilo Peçanha São Benedito Valença Serra Grande Ilhéus Castelo Novo Ilhéus Banco Central Ilhéus Banco da Vitória Ilhéus Banco do Pedro Ilhéus Sambaituba Ilhéus Santo Antônio Floresta Azul Santa Terezinha Guaratinga Povoado de Monte Alegre Itamaraju Assent.Bela Vista Itamaraju Nova Alegria Itamaraju Piraji Itamaraju Vila União Itapebi Ventania Porto Seguro Itaporanga Alcobaça São José de Alcobaça Itanhém Curvelo da Conceição Itanhém Salomão Itanhém Vila José Resende Itanhém Vila São José Nova Viçosa Argolo Nova Viçosa Hélvecia (Quilombo) Jeremoabo Povoado Lagoa do Inácio Ribeira do Pombal Pov. Barrocão Cansanção Pov. Sto Ambrósio Canudos Bendegó Dário Meira Ponto Novo Iramaia Bom Jesus Iramaia Ilha Grande Iramaia Novo Acre Iramaia Olhos D Água do Cruzeiro Iramaia Sincorá da Serra Itagibá Acaraci Itagibá Japomerim Itagibá Tapiragi Jaguaquara Baixa do Ipiúna Jequié Florestal Jequié Itaibó Jequié Itajuru Jequié Nova Esperança Jequié Barragem de Pedra Fonte: SEC/SUPEC/SOMAR 2006 PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 18

19 TABELA 4 EXPANSÃO DO ENSINO MÉDIO EM DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE BAHIA, 2006 Nº ORDEM DIREC MUNICÍPIO DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE Lagedo do Tabocal Pov. de São Pedro Planaltino Nova Itaípe Ibicuí Ibitupã Campo Alegre de Lourdes Angico Campo Alegre de Lourdes Angico dos Dias Campo Alegre de Lourdes Jequitaia Campo Alegre de Lourdes Jurema do Virgílio Campo Alegre de Lourdes Peixe Campo Alegre de Lourdes Volta de Cima Curaçá Mundo Novo Curaçá Barro Vermelho Curaçá Brandão Juazeiro Abóbora Juazeiro Angico Juazeiro Cooperativa Agrícola CAJ Juazeiro Goiabeira II Juazeiro Junco Juazeiro Juremal Povoado de Junco Juazeiro Mandacaru Juazeiro Massaroca Juazeiro Pinhões Juazeiro Projeto Curaçá NH I Juazeiro Projeto Curaçá NH II Juazeiro Projeto Curaçá NH III Pilão Arcado Lagoa do Padre Pilão Arcado Lagoa Grande Pilão Arcado Mandarino Pilão Arcado Redenção Remanso Cacimba do Basílio Remanso Estacada Remanso Jatobá Remanso Povoado Espinheiro Remanso Vila Aparecida Remanso Xique Xique Sento Sé Junco/Brejo da Brásida Sento Sé Minas do Mimoso Sento Sé Piçarrão Sento Sé Ponta D Água/ Volta da Serra e Cajuí Sento Sé Minas de Cabeludas Uauá Caratacá Uauá Faz. Barriguda Uauá Faz. Curundundum Uauá Faz. Desterro Uauá Faz. Santana Uauá Faz. Sítio do Tomáas Fonte: SEC/SUPEC/SOMAR 2006 PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 19

20 TABELA 4 EXPANSÃO DO ENSINO MÉDIO EM DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE BAHIA, 2006 Nº ORDEM DIREC MUNICÍPIO DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE Uauá Serra da Canabrava Mairi Angico Boa Vista de Tupim Zuca do Amparo Boa Vista de Tupim Beira Rio Boa Vista de Tupim Iguape Itaetê Pov. Rumo Barra da Estiva Entroncamento Barra da Estiva Triunfo do Sincorá Brumado Cristalândia Brumado Itaquaraí Brumado Ubiraçaba Rio de Contas Pov. de Mato Grosso Barra do Choça Barra Nova Condeúba Alegre Condeúba Mandaçaia Tremedal Furado da Cancela Tremedal Lagoa Preta Vitória da Conquista Campinhos Vitória da Conquista Cercadinho Vitória da Conquista Lagoa das Flores Vitória da Conquista Pradoso Vitória da Conquista São Sebastião Barra do Mendes Capim Duro Barra do Mendes Milagres Barra do Mendes Queimada do Mendes Gentio do Ouro Itajubaquara Gentio do Ouro Pituba Gentio do Ouro Santo Inácio Ibipeba Mirorós (*) Irecê Angical Irecê Itapicuru Irecê Lagoa Nova Itaguaçu da Bahia Fazenda Almas Itaguaçu da Bahia Mundinho Itaguaçu da Bahia Nova Iguaçu Itaguaçu da Bahia Rio Verde I João Dourado Mata do Milho Mulungu do Morro Várzea do Cerco Presidente Dutra Vila de Campo Formoso Xique - Xique Copixaba Xique - Xique Nova Iguira Brotas de Macaúbas Mata do Bom Jesus Buritirama Morrinhos Ibotirama Pov. de Canabrava Ibotirama Povoado da Linha Oliveira dos Brejinhos Campo Formoso Fonte: SEC/SUPEC/SOMAR 2006 PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 20

21 TABELA 4 EXPANSÃO DO ENSINO MÉDIO EM DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE BAHIA, 2006 Nº ORDEM DIREC MUNICÍPIO DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE Oliveira dos Brejinhos Ipuçaba Oliveira dos Brejinhos Queimada Nova Boquira Barra Boquira Pedra Branca Boquira Vaca Morta Boquira Bucuiutuba Boquira Brejo Grande Ibipitanga Alvinópolis Ibipitanga Saco do Fogo Macaúbas Açude Tanque Novo Murici Caetité Brejinho das Ametistas Igaporã Canabrava Igaporã Cerquinha Jacaraci Paiol Angical Mucambinho Angical Santa Luzia Baianópolis Várzea Brejolândia Mamonal Cotegipe Macambira Cotegipe Reforma Rio Grande II Santa Rita de Cássia Contas Santa Rita de Cássia Malhada Grande Santa Rita de Cássia Peixe de Fora Wanderley Goiabeira Wanderley Olhos D Água Bom Jesus da Lapa Batalha S/A Bom Jesus da Lapa Chapada Grande Bom Jesus da Lapa Juá Bom Jesus da Lapa Poço do Urubu Bom Jesus da Lapa Rio de Rãs Bom Jesus da Lapa Setor 4 do Projeto Formoso A Bom Jesus da Lapa Silvestre Coribe Colônia do Formoso Coribe Descoberto Correntina Silvana Correntina Caruaru Riacho de Santana Pov. de Laguna Santa Maria da Vitória Açudina Santana Cachoeira Santana Canabrava Santana Caraíbas Santana Cedro Santana Pedra Preta Santana Umburanas Fonte: SEC/SUPEC/SOMAR 2006 PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 21

22 TABELA 4 EXPANSÃO DO ENSINO MÉDIO EM DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE BAHIA, 2006 Nº ORDEM DIREC MUNICÍPIO DISTRITO/POVOADO/ LOCALIDADE São Félix do Coribe Lagoinha Sítio do Mato Gameleira Sítio do Mato Vale Verde Lençóis Distrito de Afrânio Peixoto Andorinha Sítio do Açude Andorinha Vila Medrado Itiúba Bela Vista de Covas Itiúba Jacurici Itiúba Ponta Baixa Itiúba Rômulo Campos Itiúba Alto do São Gonçalo Itiúba Pedra Solta Itiúba Piaus Itiúba Taquari Jaguarari Gameleira Jaguarari Santa Rosa de Lima Senhor do Bonfim Tijuaçu Feira da Mata Ramalho Malhada Canabrava Malhada Julião Santo Amaro Pedras São Sebastião do Passé Banco de Areia São Sebastião do Passé Lamarão Saubara Bom Jesus dos Pobres Saubara Cabuçu Cachoeira Belém Cachoeira Santiago do Iguape São Félix Outeiro Redondo Fonte: SEC/SUPEC/SOMAR 2006 Nos 417 municípios do Estado da Bahia, a rede estadual de ensino não oferta o ensino médio apenas em dois, Araçás e Catolândia, conforme Figura 15. O estudo de Reordenamento da Rede para o ano letivo de 2007 tem, entre as suas metas prioritárias, a de promover a implantação do ensino médio nesses dois municípios, seja através de construção de prédios escolares, ampliações, adequações ou, ainda, de convênios com a rede municipal FIGURA 15 Expansão do Ensino Médio - Rede Estadual Bahia (Município/ Distrito) 2002/ ou com outras instituições ANO Expansão do Ensino Médio em Municípios Fonte: SEC, SOMAR Expansão do Ensino Médio em Municípios PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 22

23 3.1.3 REORDENAMENTO DA REDE RSTADUAL O acesso à educação básica e a permanência de alunos na Rede Pública Estadual de Ensino são garantidos através do processo de matrícula, que se consolida com o cumprimento de uma das etapas do planejamento, que compreende o estudo do Reordenamento da Rede, caracterizado por promover a racionalização da oferta e da demanda por vagas considerando os contextos social, político, geográfico e histórico da população na qual a escola está inserida. Tem-se o objetivo de planejar, com antecedência, a organização e o funcionamento da unidade escolar em consonância com as diretrizes e políticas nacionais da educação. Para garantia dos subsídios ao planejamento da matrícula, a SEC integra, neste estudo, setores do Órgão Central da Secretaria da Educação, Diretorias Regionais de Educação - DIRECs e Unidades Escolares, assegurando eficiência e eficácia no desenvolvimento das ações propostas, além de articular e integrar os sistemas de ensino estadual e municipal. O planejamento vem sendo realizado pela equipe em duas etapas distintas, nas 33 diretorias regionais. A primeira etapa compreende o levantamento e a atualização de informações da rede de ensino com a consolidação dos cenários apresentados. Na segunda etapa, opera-se a divulgação da ação trabalhada, focando as propostas validadas para o Processo de Matrícula. O estudo do Reordenamento da Rede Pública de Ensino vem apresentando grandes avanços, a saber: subsídio para definição das políticas governamentais; aumento da taxa de atendimento às crianças, jovens e adultos de nosso estado; otimização da rede física, sinalizando a necessidade de construção, reforma e adequação dos prédios para assegurar a oferta da educação básica priorizando o ensino médio e suas modalidades. Mediante o aprofundamento do estudo do reordenamento, pode-se observar que a rede pública estadual possui uma capacidade física instalada superior à demanda (Figura 16). Contudo, a dimensão geográfica e as especificidades regionais do Estado da Bahia, bem como os indicadores socioeconômicos dos municípios, que impulsionam o aumento populacional, apontam ainda a necessidade de construção de unidades escolares para atender à demanda de alunos de ensino médio. Na Figura 3 e Tabela 1 fica demonstrado que houve um decréscimo, no período de 1998 a 2006, do acesso ao Ensino Fundamental da rede estadual de ensino, devido a dois fatores preponderantes: o baixo crescimento na faixa etária de 7 a 14 anos e o processo de municipalização desta modalidade de ensino. Uma análise da Tabela 5 dá conta da dimensão do crescimento da oferta de vagas na educação básica, no período de 2003 a 2006, na rede estadual em conseqüência das ações de ampliação/construção e do processo contínuo e efetivo do estudo do reordenamento. Nesses três últimos anos (2003 a 2006) o crescimento da oferta de vagas da educação básica foi mais significativo no ensino médio, no período de 2005 a FIGURA 16 Demostrativo da Capacidade Física Instalada X Ocupação Fonte: SEC/SOMAR/Banco de Alunos Capacidade Física Instalada Ocupação PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 23

24 TABELA 5 DEMONSTRATIVO DO INCREMENTO NA OFERTA DE VAGAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 2003 A 2005 SEGMENTO DE ENSINO AMPLIAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE SALAS DE AULA REORDENAMENTO TOTAL DO INCREMENTO Ensino Fundamental Ensino Médio TOTAL Fonte: SEC SOMAR 2006 Mediante o confronto desse incremento com a tendência dos anos anteriores, verifica-se que o aumento da oferta de vagas da educação básica foi mais significativo nos últimos dois anos, conseqüente à ampliação/ construção e reordenamento. Esse fato decorre da expansão do ensino médio em municípios que não possuíam essa oferta de ensino pela rede estadual, como pode ser observado na Figura 17. Na Tabela 6, verifica-se o desenvolvimento da matrícula por nível/modalidade, no período de 2003 a FIGURA 17 Incremento da Oferta de Vagas do Ensino Médio Através da Aplicação de Salas de Aulas/Construção e Reordenamento da Capacidade Física Instalada Fonte: SOMAR/SUPEC/SEC Ampliação e Construção Reordenamento TABELA 6 MATRÍCULA INICIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA POR ETAPA/MODALIDADE DE ENSINO, BAHIA Número de Alunos na Educação Básica por Nível de Ensino, Bahia NÍVEL / MODALIDADE DE ENSINO REDE ESTADUAL NÚMERO DE ALUNOS Educação Infantil 964 Ensino Fundamental ª a 4ª série ª a 8ª série Ensino Médio Educação Especial Educação de Jovens e Adultos ª a 4ª Fundamental ª a 8ª Fundamental Total Fundamental Médio Educação Profissional Total Geral Fonte: Dados preliminares do Banco de Alunos posição em 16/11/ :59h PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 24

25 3.1.4 MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL A Constituição Federal de 1998 trouxe a previsão de progressiva passagem, para a responsabilidade municipal, dos encargos e serviços da educação de ensino fundamental. Na Bahia, a municipalização foi formalizada em 1998, por meio do Decreto n 7.254, de 20 de março daquele ano, com o qual se criou o Programa de Ação de Parceria Estado-Município, posteriormente alterado pelo decreto n 7.685, de 08 de outubro de O programa foi criado com o objetivo de assegurar a universalidade do ensino fundamental obrigatório, garantindo-se a celebração de convênios com os municípios interessados, observando-se as peculiaridades locais e regionais e a capacidade técnica administrativo-financeira do município. Dessa forma, entre os anos de 1998 e 2006 foram transferidas para o município escolas e matrículas de alunos de 1ª a 4ª série, e, de 5ª a 8ª série. A rede de ensino estadual ainda possui 601 escolas que oferecem matrícula de 1ª à 4ª série, o que corresponde a alunos distribuídos em 193 municípios com condições de municipalização. Desses municípios, alguns já fizeram parte de convênios celebrados com a Secretaria da Educação da Bahia e, no momento, 71 solicitaram aditamento do convênio para inclusão de novas escolas, situação que está sendo analisada pela Secretaria. TABELA 7 NÍVEL Os dados da Figura 18 demonstram o número de alunos de 1ª a 4ª série transferidos para a rede municipal e o número de alunos de 1ª a 4ª série a serem transferidos. FIGURA 18 Demonstrativo da Municipalização Fonte: SEC/SUPAV DOCENTES CEDIDOS AOS MUNICÍPIOS ATRAVÉS DA MUNICIPALIZAÇÃO DOCENTES CEDIDOS 2ª FASE 20H 40H I II 8 13 III IV 7 21 TOTAL PARCIAL TOTAL GERAL Fonte: SEC/SUPAV Nº de alunos 1ª a 4ª série transferidos Nº de alunos 1ª a 4ª série a transferir Em decorrência da sistemática implantada em 2003, após a assinatura do convênio, o município assume a gestão pedagógica e administrativa das unidades escolares municipalizadas, garantindo a manutenção dos espaços físicos, segurança, funcionamento, reforma, ampliação dos prédios escolares para fins exclusivos de atendimento ao Ensino Fundamental, absorvendo, temporariamente, os docentes nível I lotados nas unidades escolares municipalizadas, ressarcindo, ao Estado os dispêndios referentes aos salários e encargos. O quantitativo de docentes cedidos aos municípios, em atendimento aos convênios firmados no período de 2003 a 2006, atingiu um total de servidores, considerando os docentes com 20 e 40 horas, conforme Tabela 7. PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 25

26 Foram renovados com 54 municípios convênios de Ação de Parceria, celebrados em 1999, sem inclusão de novas escolas. Com essa renovação dos convênios, a SEC cedeu, para os municípios conveniados, 445 professores, enquanto as prefeituras colocaram à disposição das escolas estaduais 233 professores e 966 funcionários de apoio, firmando o acordo mútuo entre Estado e Município, conforme Tabela 8. TABELA 8 QUADRO DE PERMUTA DA RENOVAÇÃO DO CONVÊNIO SERVIDOR ESTADO P/ MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS P/ ESTADO 20H 40H 20H 40H Prof. - N Prof. - N2 3 6 Prof. - N Prof. - N Apoio 966 TOTAL Fonte: SEC/SUPAV-2006 Observa-se, na Figura 19, que a expansão da municipalização no Estado da Bahia, nas fases I (1999 a 2002) e II (2003 a 2006), já atingiu 376 municípios, o que equivale a 90,17 % do total dos municípios baianos, faltando atingir 19 que ainda não participaram do processo de municipalização e possuem escolas estaduais de 1ª à 4ª série para serem municipalizadas. Existem, no Estado da Bahia, 22 municípios que não mais possuem clientela de 1ª à 4ª série na rede de ensino estadual. 3.2 REDE FÍSICA A necessidade de manutenção da estrutura física da rede estadual de ensino em boas condições de funcionamento, e a implantação de ensino médio em unidades escolares com estrutura limitada à oferta do ensino fundamental impõem, à rede estadual de ensino, intervenções que variam desde a adequação aos padrões mínimos (biblioteca ou sala de leitura, laboratórios de informática e de ciências físicas e biológicas, quadra poliesportiva e área administrativa) até o nível de pequenos reparos. A SEC vem adotando medidas emergenciais de intervenção nas unidades escolares, mediante: descentralização de recursos financeiros para 288 unidades escolares executarem serviços de pequenos reparos e pintura; execução, através da Superintendência de Construções da Bahia (SUCAB), de contratos para reforma parcial de 262 unidades escolares da rede estadual de ensino. PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 26

27 FIGURA 19 Distribuição Geográfica da Oferta da Educação Básica no Estado da Bahia ESTADO DA BAHIA Municípios com a Rede de Ensino Municipalizada = 376 municípios - 90,175% Municípios com a Rede de Ensino Não-Municipalizada = 41 municípios - 9,83% Municípios com a rede de ensino municipalizada 91,4% (381 municípios) Abaíra Abaré Adustina Água Fria Aiquara Alcobaça Almadina Amargosa Amélia Rodrigues América Dourada Anagé Andaraí Angical Antas Antônio Cardoso Antônio Gonçalves Aporá Apuarema Araçás Aracatu Araci Aramari Arataca Aratuípe Aurelino Leal Baianópolis Baixa Grande Banzaê Barra Barra da Estiva Barra do Choça Barra do Mendes Barreiras Barro Alto Barrocas Belmonte Belo Campo Biritinga Boa Nova Boa Vista do Tupim Boninal Bonito Boquira Botuporã Brejões Brejolândia Brotas de Macaúbas Brumado Buerarema Buritirama Caatiba Cabaceiras do Paraguaçu Cachoeira Caculé Caém Caetité Cafarnaum Cairu Camaçari Camamu Campo Alegre de Lourdes Campo Formoso Canápolis Canarana Canavieiras Candeal Candeias Candiba Cândido Sales Cansanção Capela do Alto Alegre Capim Grosso Caravelas Cardeal da Silva Carinhanha Casa Nova Castro Alves Catolândia Catu Caturama Central Chorrochó Cícero Dantas Cipó Coaraci Cocos Conceição da Feira Conceição do Almeida Conceição do Coité Conceição do Jacuípe Conde Condeúba Contendas do Sincorá Coração de Maria Cordeiros Coribe Coronel João Sá Cotegipe Cravolândia Crisópolis Cristópolis Cruz das Almas Curaçá Dário Meira Dias D Ávila Dom Basílio Dom Macedo Costa Elísio Medrado Encruzilhada Entre Rios Erico Cardoso Esplanada Euclides da Cunha Eunápolis Feira da Mata Filadélfia Firmino Alves Floresta Azul Formosa do Rio Preto Gandu Gentio do Ouro Glória Gongogi Governador Mangabeira Guajeru Guanambi Guaratinga Heliópolis Iaçu Ibiassucê Ibicaraí Ibicoara Ibicuí Ibipitanga Ibiquera Ibirapitanga Ibirapuã Ibirataia Ibitiara Ibititá Ibotirama Ichu Igaporã Igrapiúna Iguaí Ilhéus Inhambupe Ipecaetá Ipiaú Ipirá Ipupiara Irajuba Iramaia Iraquara Irará Itabela Itaberaba Itabuna Itacaré Itaeté Itagi Itagiba Itagimirim Itaguaçu da Bahia Itaju do Colônia Itajuípe Itamari Itambé Itanagra Itanhém Itaparica Itapé Itapebi Itapetinga Itapicuru Itapitanga Itarantim Itatim Itiruçu Itiúba Itororó Ituaçu Ituberá Iuiú Jaborandi Jacaraci Jacobina Jaguaquara Jaguarari Jaguaripe Jandaíra Jeremoabo Jiquiriçá Jitaúna João Dourado Juazeiro Jussara Jussiape Lafaiete Coutinho Lagoa Real Laje Lajedão Lajedinho Lajedo do Tabocal Lamarão Lapão Lauro de Freitas Lençóis Licínio de Almeida Livramento de Nossa Senhora Macajuba Macarani Macaúbas Macururé Madre de Deus Maiquinique Mairi Malhada Manoel Vitorino Mansidão Maracás Maragogipe Maraú Marcionílio Souza Mascote Mata de São João Medeiros Neto Miguel Calmon Milagres Mirangaba Mirante Monte Santo Morpará Morro do Chapéu Mortugaba Mucugê Mucuri Mulungu do Morro Mundo Novo Muniz Ferreira Muritiba Mutuípe Nazaré Nilo Peçanha Nordestina Nova Canaã Nova Fátima Nova Itarana Nova Redenção Nova Soure Nova Viçosa Novo Horizonte Novo Triunfo Olindina Oliveira dos Brejinhos Ouriçangas Palmas de Monte Alto Palmeiras Paramirim Paratinga Paripiranga Pau Brasil Paulo Afonso Pé de Serra Pedrão Pedro Alexandre Piatã Pilão Arcado Pindaí Pindobaçu Pintadas Piripá Piritiba Planaltino Planalto Poções Pojuca Ponto Novo Porto Seguro Potiraguá Prado Presidente Dutra Presidente Tancredo Neves Queimadas Quijingue Rafael Jambeiro Remanso Retirolândia Riachão das Neves Riachão do Jacuipe Riacho de Santana Ribeira do Amparo Ribeira do Pombal Ribeirão do Largo Rio de Contas Rio do Antônio Rio do Pires Rio Real Ruy Barbosa Salinas da Margarida Salvador Santa Bárbara Santa Brígida Santa Cruz da Vitória Santa Luzia Santa Maria da Vitória Santa Rita de Cássia Santa Teresinha Santaluz Santanópolis Santo Amaro Santo Antônio de Jesus Santo Estêvão São Desidério São Domingos São Felipe São Félix São Félix do Coribe São Francisco do Conde São Gabriel São Gonçalo dos Campos São José do Jacuípe São Miguel das Matas São Sebastião do Passé Sapeaçu Sátiro Dias Saúde Seabra Sebastião Laranjeiras Senhor do Bonfim Sento Sé Serra Dourada Serra Preta Serrinha Serrolândia Simões Filho Sítio do Quinto Sobradinho Souto Soares Tabocas do Brejo Velho Tanhaçu Tanque Novo Tanquinho Taperoá Tapiramutá Teixeira de Freitas Teodoro Sampaio Teofilândia Teolândia Terra Nova Tremedal Tucano Uauá Ubaíra Ubaitaba Ubatã Uibaí Urandi Urucuca Utinga Valença Valente Várzea da Roça Várzea do Poço Várzea Nova Varzedo Vera Cruz Vereda Wagner Wanderley Wenceslau Guimarães Xique-Xique Municípios com a rede de ensino não-municipalizada Barro Preto Bom Jesus da Serra Caetanos Caraíbas Gavião Itaquara Jucuruçu Jussarí Luís Eduardo Magalhães Maetinga Malhada de Pedras Matina Nova Ibia Piraí do Norte Santa Cruz Cabrália São José da Vitória Umburanas Acajutiba Alagoinhas Andorinha Angüera Barra do Rocha Bom Jesus da Lapa Caldeirão Grande Camacan Canudos Correntina Fátima Feira de Santana Ibipeba Irecê Itamaraju Jequié Muquém de São Francisco Ourolândia Presidente Jânio Quadros Quixabeira Rodelas Santa Inês Santana Saubara Serra do Ramalho Sítio do Mato Vitória da Conquista PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 27

28 3.2.1 CONSTRUÇÃO DE UNIDADES ESCOLARES E QUADRAS POLIESPORTIVAS Os investimentos do Governo do Estado da Bahia em construção e ampliação de unidades escolares refletem a crescente procura por vagas, da população baiana, em escolas públicas. Entre 2003 e 2005, foram construídas 55 novas escolas e ampliadas 102 salas de aula, para atender à demanda de diversas localidades. FIGURA 20 Contrução de Unidades Escolares e Ampliação de Salas Fonte: SEC/SUPEC Ampliação de Salas de Aula FIGURA Construção UEE Recuperação de Unidades Escolares e Construção de Quadras Fonte: SEC/SUPEC Recuperação de UEE Construção de Quadras Para manter a Rede Estadual de Ensino em boas condições de funcionamento, há necessidade de uma intervenção que varia desde pintura até reformas totais, conforme ficou demonstrado na Figura 21a. Visando melhorar a qualidade da educação, foram implantadas 75 quadras poliesportivas no período de 2003 a INFRA-ESTRUTURA DE APOIO DIDÁTICO Laboratórios No quadriênio 2003/2006, a SEC equipou as unidades escolares, com laboratórios de informática e de ciências, em quantitativo superior ao definido pelo Plano Plurianual, conforme demonstrado na Figura 22. As unidades escolares do Ensino Fundamental superaram a meta em 553%, já as de Ensino Médio, em 77%. Biblioteca / Sala de Leitura Conforme demonstra a figura que segue (Figura 24), no período de 2003 a 2005 foram implantadas 194 bibliotecas escolares e salas de leitura na Rede Estadual de Ensino, uma ação favorável à democratização do acesso ao conhecimento científico. FIGURA 23 Número de Bibliotecas e Salas de Leitura Implantadas FIGURA 22 Laboratório de Ciências e Informática EF Fonte: SEC/SUPAV PPA Implamtação de Bibliotacas/ Sala de Leitura Fonte: SEC/SUPAV PPA Equipamento UEE EM PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 28

29 3.3 PROGRAMA EDUCAR PARA VENCER O desejo de superar a baixa qualidade do ensinoaprendizagem inspirou a concepção do Programa Educar para Vencer, que tem objetivos muito claros e um foco muito bem definido. Compreende projetos que, colocados em prática desde 1999, vêm alcançando os objetivos a que se propuseram. No desenvolvimento desse programa foram adotadas estratégias operacionais que, bem acompanhadas, vêm garantindo a superação das dificuldades com a maior agilidade possível. Dentre os projetos que fazem parte do Educar para Vencer destacam-se: Avaliação Externa, Regularização do Fluxo Escolar, Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI) e Fortalecimento da Gestão AVALIAÇÃO EXTERNA O Projeto de Avaliação Externa integra o conjunto das ações do Programa Educar para Vencer, criado no ano de Ele é, em parte, o reflexo regional de uma cultura de avaliação educacional que vem se estabelecendo no Brasil desde a criação do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico - SAEB. Essas ações têm por objetivo fornecer às escolas, diretorias regionais de educação e secretarias informações que auxiliem na otimização da gestão educacional. Este projeto, implementado através de uma parceria entre a Secretaria da Educação do Estado e a Universidade Federal da Bahia, se fez presente em unidades escolares da zona urbana, atendendo a 304 municípios baianos, através de dois grandes sistemas de avaliação em larga escala: a Avaliação de Desempenho e a Avaliação de Aprendizagem. Algumas alterações foram feitas ao desenho inicial do projeto, buscando torná-lo operacionalmente mais efetivo. Dentre os ajustes feitos cabe destacar que a aplicação da avaliação de desempenho, antes realizada anualmente nas 4ª e 8ª séries do ensino fundamental, passou a ser bianual a partir de 2002 e incluiu a 3ª série do ensino médio no ano de No que se refere à avaliação da aprendizagem, além das provas objetivas de português e matemática, foi introduzida a Avaliação de Produção Textual para 3ª e 4ª séries. Também foram produzidos vídeos didáticos, propostos a partir da identificação dos conteúdos, competências e habilidades nos quais os alunos haviam demonstrado maiores dificuldades. TABELA 9 De modo geral, as avaliações do projeto permitem identificar se os alunos demonstram saber o que eles deveriam estar aprendendo no sistema público de ensino. As tabelas 9 e 10, a seguir, contêm informações da evolução das avaliações de desempenho e aprendizagem, desde o inicio de suas aplicações. EVOLUÇÃO DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ANO MUNICÍPIO ESCOLA PROVA TABELA 10 EVOLUÇÃO DA AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM ANO MUNICÍPIO ESCOLA PROVA PERFIL DA EDUCAÇÃO NA BAHIA 29