CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE ETNOVARIEDADES DE MANDIOCA CULTIVADAS NA COMUNIDADE PRINCESA DO XINGU, ALTAMIRA PA

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2 ii Hélem Fuziel de Abreu CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE ETNOVARIEDADES DE MANDIOCA CULTIVADAS NA COMUNIDADE PRINCESA DO XINGU, ALTAMIRA PA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Engenharia Agronômica da Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Altamira, como requisito obrigatório para a conclusão do curso de Engenharia Agronômica. ORIENTADOR: Prof. Dr. Rainério Meireles da Silva Altamira - Pará 2011

3 i SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA CURSO DE AGRONOMIA CERTIFICADO DE APROVAÇÃO TÍTULO: CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE ETNOVARIEDADES DE MANDIOCA CULTIVADAS NA COMUNIDADE PRINCESA DO XINGU, ALTAMIRA - PARÁ. AUTOR: Hélem Fuziel de Abreu ORIENTADOR: Prof. Dr. Rainério Meireles da Silva Aprovado como parte das exigências para obtenção do título de Graduado em Engenharia Agronômica, pela comissão Examinadora. Prof. Dr. Rainério Meireles da Silva Presidente da Comissão Examinadora Prof. Dr. Djair Alves Moreira Engº. Agrº. Cássio Polla Altamira-PA, 01 de Agosto de 2011.

4 "Os pequenos atos que se executam são melhores que todos aqueles grandes que se planejam." (George C. Marshall). ii

5 ii DEDICATÓRIA Dedico este trabalho, em especial aos meus pais Miguel Abreu e Iolanda Fuziel, a minha tia Benedita Fuziel e aos meus irmãos João Neto, Éder e Crysna Fuziel (in memoriam), pelo apoio, companheirismo e confiança em todos os momentos de minha vida e por compartilharem comigo a realização deste sonho.

6 iii AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela vida, saúde e coragem para poder desfrutar a realização deste trabalho e por ter colocado em minha vida pessoas maravilhosas, dos quais levarei em meu coração eternamente; Agradeço em especial aos meus pais Miguel Abreu e Iolanda Fuziel por sempre contribuírem em minha vida, através de apoio, carinho e companheirismo; A minha tia e segunda mãe Benedita Fuziel pelo incentivo e ajuda nas horas precisas; Aos meus irmãos João Neto, Éder e Crysna Fuziel (in memoriam), por estarem sempre ao meu lado, contribuindo em cada passo dado no decorrer de minha vida; Ao meu Orientador Prof. Dr. Rainério Meireles da Silva, pela disponibilidade de tempo e dedicação ao presente trabalho; A Universidade Federal do Pará pelo Curso de Engenharia Agronômica no município de Altamira; Aos professores da Faculdade de Engenharia Agronômica, e aos demais funcionários do Campus Universitário de Altamira que de forma direta ou indiretamente contribuíram em minha vida acadêmica; Aos agricultores pela recepção e contribuição na coleta dos dados, dos quais foram de suma importância para a realização deste trabalho; Aos amigos Aluísio Silva, Carla Valéria, Elitane Nunes, Mário José, Mirian Alves e Rosane Acácio, pela amizade verdadeira e companheirismo no decorrer do curso; À Família do Sr. Damião Pereira Novaes Neto e a Sra. Irene Bucioli Novaes pela recepção em sua casa nos estágios de campo e por contribuírem na realização deste trabalho; Aos meus amigos e irmãos que adotei durante os estágios de campo, Thiago Bucioli e Lucas Bucioli, essenciais em minha pesquisa de campo; A minha cadela preferida e a mais amada Crys (in memoriam), que sempre esteve presente na minha jornada para concluir esse curso, obrigada por você ter existido em minha vida e por fazer meus dias tristes se tornarem felizes, te amarei eternamente;

7 iv SUMÁRIO Pág. 1 INTRODUÇÃO REVISÃO LITERÁRIA MATERIAL E MÉTODOS ÁREA DE ESTUDO LEVANTAMENTO DE DADOS RESULTADOS E DISCUSSÃO PERFIL SOCIAL DOS ENTREVISTADOS PREPARO DO SOLO ETNOVARIEDADES CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ETNOVARIEDADES MATERIAL UTILIZADO PARA PLANTIO INCIDÊNCIA DE DOENÇAS, PRAGAS E PLANTAS DANINHAS ÉPOCA DE PLANTIO ÉPOCA DE COLHEITA INFLUÊNCIA LUNAR CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS APÊNDICE I ANEXO I... 36

8 v LISTA DE FIGURAS E TABELAS Pág. Figura 01 Localização da área do estudo da Comunidade Princesa do Xingu. 11 Figura 02 Região de origem dos entrevistados da Comunidade Princesa do Xingu 15 Figura 03 Escolaridade dos entrevistados da comunidade Princesa do Xingu. 16 Figura 04 Etnovariedades cultivadas pelos agricultores da Comunidade Princesa 18 do Xingu. Figura 05 Seleção das manivas feita pelos agricultores da comunidade Princesa 22 do Xingu. Figura 06 Doenças, pragas e plantas daninhas mais comuns na comunidade 23 Princesa do Xingu. Figura 07 Época de plantio realizada pelos agricultores da comunidade Princesa 25 do Xingu. Figura 08 Época de colheita realizada pelos agricultores da Comunidade Princesa 26 do Xingu. Figura 09 Influência das fases da lua no plantio de mandioca realizado pelos 27 agricultores da comunidade Princesa do Xingu. Figura A1 Etnovariedade Amarelinha, formato da raiz e cor da película externa 37 (A); cor do córtex da raiz (B); cor da polpa da raiz (C); cor do pecíolo (D); Cor do córtex do caule (E); número de lóbulos (F). Figura A2 Etnovariedade Ararão, formato da raiz e cor da película externa (A); 38 cor do da raiz (B); cor da polpa da raiz (C); cor do pecíolo (D); Cor do córtex do caule (E); número de lóbulos (F). Figura A3 Etnovariedade Inajá, formato da raiz e cor da película externa (A); cor 39 do córtex da raiz (B); cor da polpa da raiz (C); cor do pecíolo (D); Cor do córtex do caule (E); número de lóbulos (F). Figura A4 Etnovariedade Inajá Olho Roxo, formato da raiz e cor da película 40 externa (A); cor do córtex da raiz (B); cor da polpa da raiz (C); cor do pecíolo (D); Cor do córtex do caule (E); número de lóbulos (F). Figura A5 Etnovariedade Inajazona, formato da raiz e cor da película externa (A); 41 cor do córtex da raiz (B); cor da polpa da raiz (C); cor do pecíolo (D); Cor do córtex do caule (E); número de lóbulos (F). Figura A6 Etnovariedade Olho Roxo, formato da raiz e cor da película externa 42 (A); cor do córtex da raiz (B); cor da polpa da raiz (C); cor do pecíolo (D); Cor do córtex do caule (E); número de lóbulos (F). Figura A7 Etnovariedade Poca Terra, formato da raiz e cor da película externa 43 (A); cor do córtex da raiz (B); cor da polpa da raiz (C); cor do pecíolo (D); Cor do córtex do caule (E); número de lóbulos (F). Fotos Figura A8 Etnovariedade Sacaí, formato da raiz e cor da película externa (A); cor do córtex da raiz (B); cor da polpa da raiz (C); cor do pecíolo (D); Cor do córtex do caule (E); número de lóbulos (F). 44 Tabela 01 Caracterização morfológica das raízes, folhas e caules das distintas etnovariedades cultivadas na Comunidade Princesa do Xingu, seguindo os descritores mínimos, principais e secundários proposto por Fukuda e Guevara (1998). 20

9 vi Caracterização Morfológica de Etnovariedades de Mandioca Cultivadas na Comunidade Princesa do Xingu, Altamira PA. Resumo: As etnovariedades possuem grande importância para a formação de variedades melhoradas ou para transmissão de características desejáveis as cultivares, por não terem sofrido o processo convencional de melhoramento genético. A descrição morfológica visa proporcionar a diferenciação fenotípica existente entre as distintas etnovariedades, contribuindo para reduzir as duplicações nos bancos de germoplasma. O objetivo deste trabalho foi identificar as etnovariedades de mandioca brava cultivadas na Comunidade Princesa do Xingu, Altamira-PA, através da caracterização morfológica e produtiva, visando às técnicas de plantio utilizadas pelos agricultores, bem como manejo empírico utilizado na lavoura, além das doenças que mais ameaçam a cultura. A pesquisa foi realizada a partir da aplicação de questionário semi-estruturado dirigido a 30 famílias produtoras de mandioca, através de anotações, registro fotográfico e coleta de um exemplar de cada etnovariedade identificada por nomes populares distintos com idade entre 08 a 12 meses. Foram identificadas oito etnovariedades, as quais apresentam características morfológicas distintas em relação à cor externa da raiz, cor da polpa, cor do córtex da raiz, tamanho do pecíolo, número de lóbulos, cor externa do caule e cor do córtex do caule. Os agricultores realizam a propagação vegetativa da cultura através da haste; o preparo do solo realizado é de corte e queima. O ataque de pragas e doenças e a falta de assistência técnica são entraves à expansão da cultura na comunidade. A maioria (67%) dos agricultores utilizam a influência das fases da lua para iniciar o plantio da maniva; o período de colheita ocorre de acordo com a etnovariedade cultivada, preparo de solo, condições climáticas e a necessidade do agricultor em obtenção de recurso financeiro. As características morfológicas possibilitaram distinguir as etnovariedades encontradas, indicando que existe variabilidade genética para ser explorada nos programas de melhoramento genético da cultura. Palavras chave: Agricultores, Fases da Lua, Preparo do Solo, Variabilidade.

10 1 1 INTRODUÇÃO A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é arbusto perene, originária da América do Sul, sendo posteriormente difundida para diversas regiões do mundo por possuir fácil adaptação em diferentes condições climáticas e a distintos tipos de solos. De acordo com Amaral et al. (2007), a mandioca é oriunda de região tropical e encontra condições favoráveis para o desenvolvimento em todos os climas tropicais e subtropicais, pois a faixa de temperatura adequada para o cultivo está entre 20 0 C e 27 0 C (média anual), sendo considerada a temperatura ideal em torno 24 0 C a 25 0 C. O teor de ácido cianídrico (HCN) contido nas raízes é o fator que define a finalidade de uso da mandioca. As variedades são classificadas em doces e amargas, com base na quantidade de cianeto existente nas raízes. As mandiocas doces, destinadas ao consumo in natura, são denominadas mandioca de mesa, macaxeira, aipim ou mandioca mansa ; as amargas são processadas antes do consumo e são designadas como mandioca brava (PONTE, 2008). A obtenção de produtos da mandioca é bastante diversificada. A partir da raiz é obtida a farinha de mesa e fécula, consumidos na alimentação humana. A parte aérea é fonte de nutrientes utilizados na alimentação humana, na produção de silagem e ração animal. Segundo Ramos (2007), a mandioca desempenha papel importante na dieta alimentar dos brasileiros por seu alto teor energético, sendo plantada em todo território nacional, ocupando área de hectares, apenas inferior à área plantada com arroz (3.771,2 ha), feijão (3.910,4 ha) e trigo (2.756,3 ha), todos os gêneros de primeira necessidade alimentícia. A agricultura familiar existente no Norte e Nordeste do Brasil é caracterizada pela adesão da cultura da mandioca por pequenas propriedades, onde na maioria das vezes, possuem pouca ou nenhuma tecnologia para a sua produção e beneficiamento, e optam pela cultura por possuir grande rusticidade, adaptabilidade e baixo custo de produção, além de ser geradora de renda as famílias. A mandiocultura possui grande importância socioeconômica no Brasil e em nível mundial, por contribuir na segurança alimentar das famílias, principalmente de baixa renda as quais possuem fácil acesso ao produto rico em carboidratos e nutrientes. A mandioca é frequente em roças de agricultura itinerante por apresentar bom desenvolvimento em solos de baixa fertilidade e resistência as pragas e doenças. A importância genética da mandioca nesse sistema de agricultura está relacionada à presença de

11 2 grande número de etnovariedades, por roça, sendo importante fonte de diversidade genética, principalmente para características específicas não encontradas nas cultivares (TOMICH et al., 2008). As etnovariedades cultivadas na maioria das vezes por pequenos produtores, que não sofreram o processo convencional de melhoramento, apresentando diversidade genética em relação a outras populações pela impossibilidade de fluxo gênico quando cultivada em locais diferentes, por isso compondo-se num reservatório de genes, o qual pode ser utilizado para formar novas variedades melhoradas ou transmitir características desejáveis a variedades comerciais (VALLE, 1990 apud SILVA et al., 2002). A descrição morfológica das etnovariedades é muito importante, pois além de proporcionar a diferenciação fenotípica entre os genótipos, contribui para reduzir as duplicações, onde os descritores agronômicos tratam de caracteres com baixa herdabilidade, embora possuam maior importância do ponto de vista econômico (RAMOS, 2007). O presente trabalho teve por objetivo fazer o levantamento das etnovariedades de mandioca brava cultivadas na Comunidade da Princesa do Xingu-Altamira/PA através da caracterização morfológica e produtiva das etnovariedades. Identificar as características morfológicas, agronômicas e produtivas das etnovariedades; Identificar as técnicas e o material de plantio utilizado pelos agricultores; o manejo empregado a cultura; e as doenças que mais ameaçam a cultura na comunidade.

12 3 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 CLASSIFICAÇÃO BOTÂNICA Na sistemática botânica de classificação hierárquica a mandioca pertence à classe das Dicotiledôneas, a subclasse Archiclamydea, a ordem Euphorbiales, a família Euphorbiaceae, a tribo Manihoteae, ao gênero Manihot e a espécie Manihot esculenta Crantz (SILVA, 2006). 2.2 PREPARO DO SOLO De acordo com Souza e Fialho (2003), além do controle das plantas invasoras o preparo do solo visa melhorar as suas condições físicas para facilitar a brotação das manivas, o crescimento das raízes e, consequentemente das partes vegetativas, pelo aumento da aeração, infiltração de água e redução da resistência do solo ao crescimento radicular. As raízes da mandioca necessitam de solos profundos com boa aeração, sendo ideais os solos arenosos ou de textura média, por possibilitar o fácil crescimento pela boa drenagem e pela facilidade de colheita. Os solos argilosos são impróprios por serem mais compactos dificultando o crescimento das raízes, além de apresentarem risco de encharcamentos, podendo provocar o apodrecimento das raízes (MATTOS E CARDOSO, 2003). Para Otsubo et al. (2008), a utilização de práticas conservacionistas de manejo do solo tem recebido grande ênfase da pesquisa no que se refere à manutenção e à melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas dos solos cultivados e às suas implicações no rendimento das culturas. Outro fator importante para a manutenção do solo é a prática de rotação de cultura, ajudando no controle dos problemas fitossanitários e depauperação do solo, além do controle da erosão e a possibilidade de sistematizar o controle de plantas daninhas, pelo uso de herbicidas e práticas culturais diferenciadas (BARROS et al., 2004). 2.3 CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E AGRONÔMICA A diversidade morfológica constitui importante ferramenta para a identificação de acessos de mandioca, diferenciação daqueles com algumas características semelhantes e detecção de material duplicados em bancos genéticos, que eventualmente recebem diferentes nomenclaturas em locais distintos (GUSMÃO e NETO, 2008).

13 4 Para Pessoa (2009), uma variedade local de mesmo nome assume características morfológicas próprias como cor do caule e do pecíolo ou forma das folhas que muitas vezes não são consideradas pelos agricultores. Desta forma, em cada roçado na Amazônia pode ser encontrada uma diversidade considerável de variedades de mandioca. No entanto, é impossível definir com exatidão as características específicas ou comuns de uma variedade ou, ainda, o número exato de variedades utilizadas num mesmo local. De acordo com Silva (2010), o fato da planta desenvolver mais num local onde reinam melhores condições edafoclimáticas faz com que o agricultor passe a dominar um nome para a variedade (Ex: paxiuba passa a ser chamada de paxiubão). O mesmo raciocínio vale se a planta é cultivada em solo fraco (Ex: doida para doidinha). Dessa forma, novos nomes são criados para uma mesma variedade, gerando muita confusão na identificação de variedades no campo se fazendo necessária a descrição. 2.4 VARIEDADES Segundo Fialho et al. (2007), as variedades de mandioca são classificadas em mansas ou bravas, dependendo do conteúdo de ácido cianídrico (HCN) em suas raízes. A mandioca mansa também denominada de mandioca de mesa, aipim ou macaxeira, se diferencia da brava ou industrial por apresentar teores de HCN abaixo de 100 mg kg -1 em raízes frescas. Assim, elas são destinadas aos mercados e feiras livres, para consumo humano in natura e as bravas às indústrias de transformação, principalmente farinha e fécula. De acordo com Souza e Fialho (2003), a escolha da variedade deverá ser efetuada de acordo com o objetivo da exploração, se para alimentação humana, uso industrial ou forrageiro, e a que melhor se adaptar às condições da região. A cultura da mandioca apresenta ampla variabilidade genética, representada pelo grande número de variedades disponíveis em todo o país. Foram catalogadas, no Brasil, mais de 4 mil variedades, mantidas em coleções e bancos de germoplasma de várias instituições de pesquisa (MATTOS E CARDOSO, 2003). De acordo com Fukuda (2000), a utilização da variedade melhorada é considerada um dos principais componentes tecnológicos do sistema produtivo por contribuir com incremento significativo de produtividade, sem implicar em custo adicional de produção, o que facilita a sua adoção especialmente por parte dos produtores de baixa renda, mais comuns nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil.

14 5 2.5 RAIZ A raiz tuberosa é economicamente a parte mais importante da planta e tem origem de semente e de material vegetativo (maniva). Nas plantas propagadas por manivas, o número e o comprimento de raízes variam de acordo com a cultivar, sistemas de plantio e solo. As raízes são originadas dos bordos onde são formados os calos resultantes da cicatrização dos cortes da estaca e das cicatrizes deixadas pelas estípulas e gemas foliares (RAMOS, 2007). A raiz é constituída pela casca, película externa (epiderme), de coloração brancoacinzentada ou marrom-avermelhada; uma entrecasca, geralmente branca e espessa (córtex) rica de substância leitosa (látex) que contêm o princípio tóxico da mandioca e, finalmente um cilíndrico central volumoso (câmbio) de cor branca, rósea ou amarelada, onde é acumulado amido; o cilíndrico central pode apresentar quantidade do princípio venenoso com menor intensidade em relação ao acumulado na entrecasca (SILVA et al., 2001). De acordo com Souza (2009), as raízes de mandioca apresentam alta reserva de carboidratos e alta produção de fitomassa, enquanto que a parte aérea é rica em proteína, podendo ser ofertada aos animais beneficiada em forma de feno ou silagem. Devido ao teor de ácido cianídrico apresenta alta palatibilidade e digestibilidade, podendo dessa forma aumentar a produtividade animal e consequentemente melhorar a renda do pequeno produtor, no período de escassez de alimento. 2.6 PARTE AÉREA De acordo com Barros et al. (2004), a seleção das ramas é exigência fundamental para o êxito da cultura. Estas ramas devem apresentar ótimo estado fitossanitário e ser provenientes de lavouras sadias com idade entre 12 a 18 meses, época em que geralmente se encontram maduras, bem desenvolvidas e com diâmetro recomendado, de 2 a 3 cm. As folhas constituem a parte mais rica das ramas, apresentando de 16,0 a 28,0% de proteína bruta, 7,5 a 15,3% de gordura, 40,0 a 45,0% de carboidratos e 9,0 a 15,0% de fibras, sendo baixos os níveis de minerais. Além da boa proporção em proteínas, as folhas da mandioca apresentam vitaminas A e C. As hastes apresentam menor quantidade de Vitaminas, variando de acordo com a idade da planta, pois quanto mais velhas e mais fibrosas, menor concentração em matéria protéica (SILVA et al., 2001).

15 6 Para Souza (2009), a falta de conhecimento pelos produtores da importância da parte aérea da mandioca na alimentação animal, tem contribuído para o baixo aproveitamento dessa fonte de proteínas, principalmente durante o período seco, quando a produtividade e qualidade das pastagens são acentuadamente reduzidas. 2.7 MATERIAL DE PLANTIO Para a propagação da mandioca deve-se selecionar manivas maduras, provenientes de hastes de plantas com 12 meses de idade, sem rachaduras ou que não estejam danificadas. O material para plantio deve ser retirado do terço médio das hastes da planta. As partes herbáceas do terço superior e da base devem ser rejeitadas (RODRIGUES FILHO, 2001). De acordo com Alves et al. (2009), é nessa idade que as plantas possuem altas reservas nutritivas e fornecem material para plantio de boa qualidade. As ramas provenientes de mudas com idade superior a 18 meses apresentam brotação mais reduzida, devido à lignificação dos tecidos. As hastes escolhidas devem ser transportadas ao local de preparação de manivas com todo o cuidado, para que as gemas foliares não sejam danificadas. Se durante um ou mais dias não for possível o preparo das manivas, estas devem ser conservadas em ambientes frescos e sombreados a fim de diminuir as perdas de água devido a desidratação (SILVA et al., 2001). 2.8 PRAGAS E DOENÇAS Dentre as doenças presentes na cultura da mandioca que provocam enormes prejuízos econômicos, destacam-se: podridão radicular, bacteriose, superbrotamento, superalocamento e viroses (MATTOS et al., 2002). Leite e Maringoni (2002) constataram que a podridão de raízes normalmente aparece durante a estação chuvosa, onde os primeiros sintomas observados são amarelecimento, murcha e queda de folhas. Morte descendente de ramos também pode ser observada na parte aérea, como sintoma secundário. Parte ou toda raiz apresenta sintoma de podridão mole ou exsudação de líquido de odor característico, e frequentemente ocorrendo escurecimento dos tecidos afetados. A bacteriose, causada por Xanthomonas campestris pv. Manihotis é uma das principais doenças da mandioca em várias regiões do país. No Estado do Pará, devido à pequena variação de temperatura diurna e noturna, as condições ambientais são desfavoráveis

16 7 para que a doença se manifeste de forma severa, ocorrendo de maneira restrita na forma de manchas angulares nas folhas (MATTOS E CARDOSO, 2003). De acordo com Schmitt (2002), as pragas da cultura da mandioca podem ser classificados em: pragas da parte aérea (mandarová, tripés, formigas cortadeiras, mosca dobroto, percevejo-de-renda, cochonilhas, mosca-das-frutas, moscas das galhas e ácaro); pragas das ramas (brocas, cochonilhas, cortadores de ramas (Agrotis sp e grilos); pragas da raiz (cochonilha, percevejo, coró e cupim) e pragas dos produtos armazenados (coleópteros, lepidópteros e ácaros). Segundo Santos Filho (2009), o mandarová (Erinnyis ello) apresenta alta capacidade de consumo principalmente na sua fase larval. A lagarta causa desfolhamento, podendo reduzir severamente o rendimento da cultura e até levar a morte da planta. A lagarta passa por cinco estádios que vão de 12 a 15 dias podendo comer, em média cm² de área foliar. Pragas como os cupins que apresentam o corpo branco cremoso e asas maiores que o abdômen, atacam o material de propagação armazenado, as plantas novas e raízes das plantas em crescimento. Quando esses insetos atacam as raízes, foi constatado que na epiderme ocorrem agregações de terra cristalizada sob a qual se localizam os cupins. O maior dano é causado quanto atacam as manivas (RODRIGUES FILHO, 2001). 2.9 PLANTAS DANINHAS De acordo com Shaw (1956) citado por Peressin (2002), as plantas são consideradas plantas daninhas, quando interferem nas atividades humanas, ou em sua prosperidade, podendo ser definida como planta que ocorre onde não é desejada. As plantas daninhas concorrem com a cultura da mandioca, especialmente por água e nutrientes, destacando-se entre os custos mais elevados. As perdas na produção causadas pelas plantas daninhas podem chegar a 90%, dependendo do tempo de convivência e da densidade do mato (MATTOS E CARDOSO, 2003). Embora representem um grande problema para o cultivo, as plantas daninhas não são um problema sem solução, havendo quatro métodos para seu controle: cultural; mecânico; químico e integrado (AMARAL et al., 2007).

17 PLANTIO O plantio é normalmente feito no início da estação chuvosa, quando a umidade e o calor tornam-se elementos fundamentais para a brotação e enraizamento. No caso de riscos de excesso de umidade no solo, o plantio pode ser realizado após o início das chuvas. Por causa da extensão do Brasil, as condições ideais para o plantio de mandioca não coincidem em todas as regiões. Na maioria das áreas de produção do Estado do Pará, o plantio da mandioca ocorre em dois períodos climáticos distintos: no início das chuvas, realizado no final do mês de dezembro ou início de janeiro, conhecido como plantio de inverno ; e o plantio de verão no final dos meses de maio e junho, quando as chuvas diminuem de intensidade e frequência favorecendo o plantio (MATTOS E CARDOSO, 2003). De acordo com Takahashi e Gonçalo (2005), o plantio na época adequada é o principal fator para garantir a boa produção de raízes, independente da variedade ou de qualquer outra prática cultural que possa ser adotada. Mesmo a utilização de toda a tecnologia de nada adiantará se a lavoura não for plantada em épocas mais adequadas. As melhores épocas de plantio para a mandioca, também estão relacionadas à disponibilidade de ramas maduras e às condições climáticas que favoreçam a boa brotação e boa formação de raízes COLHEITA A época da colheita vai depender do ciclo das cultivares, que se classificam em: ciclo precoce de 10 a 12 meses, Ciclo médio, de 14 a 16 meses e Ciclo tardio: de 18 a 20 meses, (RODRIGUES FILHO, 2001). Nos cultivos industriais de mandioca é necessário combinar as épocas de plantio com os ciclos das cultivares e épocas de colheita, visando garantir fornecimento contínuo de matéria-prima para o processamento industrial (SOUZA e FIALHO, 2003). Segundo Schwengber (2005), as épocas mais indicadas para as colheitas são aquelas em que as plantas se acham em "período de repouso", ou seja, quando pelas condições de clima (quase nenhuma chuva) as plantas derrubaram as folhas, atingindo o máximo de produção de raízes e de reservas de amido. Por outro lado, o solo mais seco pode dificultar a colheita das raízes. Para Alves et al. (2009), a colheita é realizada quando a cultura alcança alto rendimento de raízes e de percentual de amido. Quando o destino é a indústria ocorre geralmente de 12 a 18 meses de idade da planta e para a mandioca de mesa (macaxeira) a

18 9 colheita é feita geralmente a partir dos oitavo mês, pois colheitas tardias podem reduzir a qualidade das raízes para o consumo. A colheita das raízes é feita praticamente de forma manual IMPORTÂNCIA SOCIOECONÔMICA O cultivo da mandioca é a atividade de grande importância socioeconômica no Brasil e no mundo, principalmente em regiões tropicais onde é uma das principais fontes de carboidratos para milhões de pessoas especialmente em famílias de baixa renda. No Brasil, o cultivo é realizado em todos os estados da federação (IBGE, 2009). Segundo Oliveira e Lima (2006), a cultura de mandioca no Brasil apresenta papel importante na segurança alimentar dos povos que habitam as regiões tropicais. O Brasil por ser maior produtor na América do Sul e por gerar na fase de produção primária e de processamento aproximadamente um milhão de empregos diretos, a mandioca contribui não apenas para o agronegócio, mas também para a segurança nacional. De acordo Polla (2010), a produção da mandioca é excelente negócio capaz de atender não apenas as demandas locais do produto, mas também a melhoria da qualidade de vida das pessoas que trabalham com a atividade, fortalecendo o desenvolvimento sócioeconômico. A Região Norte se caracteriza como importante produtor e consumidor dos produtos de mandioca, possuindo grande semelhança com a Região Nordeste pela quantidade de pequenas fábricas ou casa de farinha e pelo elevado consumo per capita dos produtos. O Estado do Pará lidera a produção brasileira de mandioca, sendo que a cadeia produtiva tem forte presença no Estado, com inúmeras fábricas espalhadas na maioria dos municípios (GROXKO, 2010) INFLUÊNCIA LUNAR Nos anos 1970, com o fortalecimento da agricultura orgânica na Europa, foi intensificado estudos da influência lunar e astral na agricultura. Os resultados desses estudos comprovam as duas regras mais comuns sugeridas pelos calendários baseados na Lua: tudo que vai crescer no solo deve ser plantada na lua minguante; tudo que frutifica acima do solo deve ser plantado na lua crescente. A explicação para o fato, deriva do aproveitamento correto da luminosidade lunar. A luminosidade lunar embora menos intensa que a solar penetra mais fundo no solo e pode acelerar o processo de germinação das sementes. Assim, as plantas que

19 10 recebem mais luminosidade lunar na primeira fase de vida tendem a brotar rapidamente desenvolvendo mais folhas e flores podendo realizar a fotossíntese com mais eficiência, gerando frutos melhores (RODRIGUES, 1998). Para Borba (2005), a cultura da mandioca é uma das mais tradicionais do Brasil por ser importante fonte de alimento para o homem e para os animais. No entanto, existe grande carência de informação científica que superem, ou não, as crendices sobre os efeitos que a lua proporciona nas espécies cultivadas. Marques et al. (2007) constataram que ainda são poucos os trabalhos desenvolvidos sobre a influência lunar, no entanto, a utilização da orientação lunar na realização das práticas agrícolas está presente desde o início da agricultura, onde o homem observava e fazia uso dos recursos naturais diversos a favor da produção nas proximidades da moradia.

20 11 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1 ÁREA DE ESTUDO O presente trabalho foi realizado na Comunidade Princesa do Xingu, trecho Altamira-Itaituba, localizada a 28 Km da cidade de Altamira-PA, no período e 31 de Fevereiro a 05 de Março de 2011 (Figura, 01). Fonte: Fundação Viver, Produzir e Preservar, Figura 01. Localização da área do estudo da Comunidade Princesa do Xingu. Altamira- PA, 2011.

21 12 O clima dos Municípios de Altamira e Brasil Novo é do tipo equatorial Ami da classificação de köppen, apresenta temperaturas médias de 26 0 C, e precipitação anual em torno de mm. Diversas classes de solos são encontradas próximo do Município de Altamira, dos quais se destacam Latossolo Amarelo de texturas média e argilosa, Alissolo Crômico texturas média e argilosa e Nitossolo (PARÁ, 2008 citado por Oliveira, 2010). 3.2 LEVANTAMENTO DE DADOS A pesquisa foi executada por meio do levantamento das etnovariedades de mandioca cultivadas por agricultores familiares, utilizando o método de aplicação de questionário semi-estruturado (Apêndice 01) dirigido a 30 famílias produtoras de mandioca e através de anotações, registro fotográficos e coleta de um exemplar de cada etnovariedade identificada pelos agricultores por nomes populares distintos, para a realização da caracterização morfológica e produtiva das etnovariedades, para posteriormente, comparar e diferenciar as características predominantes em cada etnovariedade. Foi utilizada a informação do agricultor para facilitar as visitas em cada propriedade em estudo, além de utilizar a sua experiência na coleta dos dados. Foram registradas plantas de mandioca com idade entre 08 a 12 meses, seguindo descritores morfológicos de acordo com a metodologia proposta por Fukuda e Guevara (1998), sendo utilizados 16 descritores (mínimos, principais e secundários). A. DECRITORES MÍNIMOS A. 1 Cor da folha apical: cor predominante no ápice da planta, sendo utilizada a escala de cores numerada de 3 a 9, onde: 3- Verde Claro; 5- Verde Escuro; 7- Verde arroxeado e 9- Roxo; A.2 Cor do pecíolo: Escala de cores, numerada de 1 a 9, onde: 1- Verde Amarelado; 2- Verde; 3- Verde Avermelhado; 5- Vermelho Esverdeado; 7- Vermelho e 9- Roxo; A. 3 Cor do córtex do caule: Escala de cores, numerada de 1 a 3, onde: 1- Amarelo; 2- Verde Claro e 3- Verde Escuro; A. 4 Cor externa do caule: Terço médio da planta, através de uma escala de cores numerada de 3 a 9 onde: 3- laranja; 4- Verde Amarelado; 5- Dourado; 6- Marrom claro; 7- Prateado; 8- Cinza e 9- Marrom Escuro;

22 13 A. 5 Cor externa da raiz: Raízes limpas e enxutas através de uma escala de cores, numerada de 1 a 4, onde: 1- Branco ou creme; 2- Amarelo e 3- Marrom claro e 4- Marrom escuro; A. 6 Cor do córtex da raiz: Película externa da raiz, seguindo uma escala de cores, numerada de 1 a 4, onde: 1- Branco ou creme; 2- Amarelo; 3- Rosado e 4- roxo; A. 7 Cor da polpa do da raiz: Corte transversal na raiz e em seguida, observouse a parte central, seguindo uma escala de cores, numerada de 1 a 4, onde: 1- branca; 2- Creme; 3- amarelada e 4- rosada; A. 8 Textura da epiderme da raiz: Através da aspereza e na visualização da raiz, numerada de 3 a 7, onde 3- lisa e 7- rugosa; B. DESCRITORES PRINCIPAIS B.1 Número de lóbulos: No terço médio da planta, realizando a contagem dos números de lóbulos de cada folha, numerada de 1 a 9, onde: 1- Três lóbulos; 3- Cinco lóbulos; 5- Sete lóbulos; 7- Nove lóbulos e 9- Onze lóbulos; B.2 Tamanho do pecíolo: A parte que fixa a folha á rama, sendo quantificado em centímetros, onde o critério sempre foi avaliar o pecíolo da folha localizado no terço médio da planta; B.3 Hábito de Crescimento do caule: De acordo com o crescimento do caule, numerado de 1 a 2, onde: 1- reto e 2- zig-zag; B.4 Cor dos ramos terminais nas plantas adultas: Os 20 cm superiores finais da planta adulta, numerado de 3 a 7, onde: 3- Verde; 5- Verde-arroxeado e 7- Roxo; B.5 Altura da planta: As plantas antes da colheita, calculando em cm desde o nível do solo até as últimas folhas; C. DESCRITORES SECUNDÁRIOS C.1 Proeminência das cicatrizes foliares: No terço médio da planta adulta, numerada de 3 a 5, onde: 3- Sem proeminência e 5-Proeminente; C.2 Hábito de ramificação: Na primeira ramificação da planta, numerada de 1 a 4, onde: 1-Ereto; 2- Dicotômico; 3- Tricotômico e 4- Tetracotômico;

23 14 C.3 Forma da raiz: O formato da raiz, seguindo a numeração de 1 a 4, onde: 1- Cônica; 2- Cônica- cilíndrica; 3- Cilíndrica e 4- Irregular; Para fazer a caracterização da produtividade das variedades, foi avaliada a quantidade de sacos de farinha produzidos por hectare, levando em consideração a área de plantio, técnicas de preparo de solo, época de plantio e idade de colheita, além do conhecimento empírico adquirido com experiências ao longo do cultivo

24 15 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 PERFIL SOCIAL DOS ENTREVISTADOS Foi constatado que 90% das propriedades são gerenciadas por agricultores do sexo masculino. A idade dos entrevistados variou de 26 a 70 anos, do qual 17% representam as idades entre 26 a 39 anos, 30% a faixa etária entre 40 a 50 anos e 53%, as idades entre 51 a 70 anos. Os agricultores possuem origem das diversas regiões do Brasil, sendo 7% oriundo da Região Norte, 57% da Região Nordeste, 7% da Região Sul, 18% da Região Sudeste e 11% da Região Centro-Oeste (Figura 02). A chegada dos agricultores às propriedades ocorreu por volta da década de 70, no ápice da colonização da Região Transamazônica que teve início nesse período no estado do Pará. Cerca de 50% dos entrevistados declararam ter chegado à região, entre os anos de 1972 a 1979, enquanto que 11%, entre os meados de 1986 a 1988, 14% por volta de 1993 e 25% nos anos de 2001 a 2009, caracterizando maior fluxo de migrantes na época da colonização da região. 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Norte Nordeste Sul Sudeste Centro - Oeste Regiões 7% 57% 7% 18% 11% Figura 02. Região de origem dos entrevistados da comunidade Princesa do Xingu. Altamira- PA, 2011.

25 16 Na Figura 03 constata-se o nível de escolaridade dos entrevistados, onde 25% são analfabetos não sabendo ler nem escrever, 61% não chegaram a concluir o ensino fundamental, 7% concluíram o ensino fundamental, 6% concluíram o ensino médio e apenas 1% possui o nível superior. Os diversos entraves encontrados como a falta de oportunidade e o baixo poder financeiro, foram limitações para a continuação dos estudos dos agricultores. A maioria (90%) dos que possuem o ensino fundamental incompleto cursaram até a 4 a série, sendo que 10% até 7 a série. Escolaridade 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Ens. Fund. Ens. Fund. Ens. Médio Analfabeto Nivel Superior Incompleto Completo Completo Escolaridade 61% 25% 7% 6% 1% Figura 03. Escolaridade dos entrevistados da comunidade Princesa do Xingu. Altamira- PA, PREPARO DO SOLO O preparo de solo é limitado ao roço, fogo, herbicida e mecanização, em decorrência do baixo poder aquisitivo dos agricultores e a falta de conhecimento técnico. Dentre as práticas de preparo do solo, o roço é a prática mais mencionada com 47% das citações das pessoas que utilizam esse recurso acompanhado muitas vezes pelo uso do fogo, em seguida 23% citaram realizar a prática do uso do fogo. Constatou-se que 16% utilizam a mecanização através da gradagem e 14% mencionam o herbicida, como alternativa para o preparo da área a ser cultivada. Cerca de 90% dos agricultores que utilizam a mecanização é por meio do maquinário cedido pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) do Município de Brasil Novo, sendo de responsabilidade dos entrevistados arcarem com os custos do combustível.

26 17 Segundo Mattos et al. (2002), o preparo do solo visa melhorar as condições físicas do solo para a germinação das manivas, para o crescimento das raízes e para a brotação da parte vegetativa, mediante ao aumento da aeração e da infiltração de água e redução da resistência do solo ao crescimento das raízes, como o controle das plantas daninhas. O adequado preparo do solo permite o uso mais eficiente dos corretivos de acidez e dos fertilizantes. A implantação da cultura da mandioca é realizada em área de regeneração, devido a pouca disponibilidade de área de mata, utilizando o roço e o fogo, como alternativas viáveis para o preparo do solo. Os agricultores em sua maioria preferem o sistema de corte e queima, devido à utilização da mecanização ou correção do solo requerer mais investimento, além de Assistência Técnica. Somente quatro agricultores receberam Assistência Técnica gratuita voltada para o preparo do solo, a falta desse benefício é o entrave para expansão da cultura na comunidade em virtude do uso contínuo do solo acarretar esgotamento, resultando na diminuição da produtividade. 4.3 ETNOVARIEDADES Foram identificadas oito etnovariedades de mandioca brava, entre elas a etnovariedade Olho Roxo citada por 27 agricultores, Inajá por 14 agricultores, Inajá Olho Roxo por seis agricultores, Amarelinha por seis agricultores, Ararão por quatro agricultores, Inajazona por três agricultores, Sacaí por três agricultores e a etnovariedade Poca Terra citada por um agricultor (Figura 04). Foi constatada certa estima dos agricultores com a etnovariedade olho roxo, em virtude de cultivá-la há bastante tempo, além de obterem considerável produtividade, em média de 20 a 45 Sacos de farinha/ha, porém devido à redução de fertilidade do solo e consequentemente as frequentes doenças, os quais estão ocasionando a diminuição da produtividade, leva os agricultores a substituírem a etnovariedade por outra mais resistente.

27 Agricultores Etnovariedades Figura 04. Etnovariedades cultivadas pelos agricultores na Comunidade Princesa do Xingu. Altamira-PA, A etnovariedade Inajá vem sendo implantada para compensar a saída da etnovariedade olho roxo, onde em muitos casos os agricultores substituíram por definitivo, devido obterem boa produtividade, farinha mais clara, resistência a doenças, além de possuir rápido crescimento acelerando consequentemente a colheita. A produtividade varia de 20 a 64 Sacos de farinha/ha. Entretanto, alguns agricultores alegam que a etnovariedade Inajá, elimina muita água no momento da produção da farinha reduzindo a produção. A etnovariedade Amarelinha é também outra variedade que vem sendo cultivada na Comunidade em decorrência de possibilitar a produção da farinha de boa qualidade, além de não exigir o uso de corante no beneficiamento. A produtividade varia entre 30 a 40 Sacos de farinha/ha. As demais variedades estão na fase de avaliação da produção ao solo desgastado, além da resistência a pragas e doenças mais comum na comunidade sendo feito a seleção da variedade que melhor se adapta ás condições da Comunidade. A falta de etnovariedades geneticamente melhoradas é a grande barreira para a mandiocultura da região, devido os agricultores da comunidade, trabalharem com poucas etnovariedades há vários anos consecutivos e as mesmas estarem acostumadas com o solo, reduzindo com isso a produção, além de se tornarem susceptíveis a pragas e doenças. A falta de rotação de cultura também é outro fator que está levando á degradação do solo e a susceptibilidade às pragas e doenças

28 CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DAS ETNOVARIEDADES De acordo com os descritores morfológicos utilizados para caracterizar as plantas de mandioca proposto por Fukuda e Guevara (1998), pode-se constatar que as etnovariedades Amarelinha, Ararão, Inajá Olho Roxo, Inajazona e Olho Roxo apresentam a coloração marrom claro na parte externa da raiz (epiderme) e as etnovariedades Inajá, Poca Terra e Sacaí a coloração amarelo. Quando o caráter avaliado é a cor da polpa da raiz houve variação de cor entre as etnovariedades Amarelinha, Ararão, Inajazona, Olho Roxo e Poca Terra apresentaram a coloração amarelo, enquanto que Inajá, Inajá Olho Roxo e Sacaí apresentaram a cor creme. Foi verificada a coloração amarelo na entrecasca das etnovariedades Amarelinha, Ararão, Inajazona e Olho roxo, nas etnovariedades Inajá, Inajá Olho Roxo, Poca Terra e Sacaí, foi observado a coloração creme. Observa-se também a diferença no formato das raizes, onde a variedade Amarelinha possui raiz de forma cilíndrica, enquanto que a Ararão é de forma cônica e as etnovariedades Inajá, Inajá Olho Roxo, Inajazona, Olho Roxo, Poca Terra e Sacaí apresentaram o formato cônica cilíndrica. O tamanho do pecíolo variou de acordo com a etnovariedade, foi verificado menor tamanho de pecíolo na Amarelinha e Poca Terra medindo 12 cm ambas, as etnovariedades Inajazona e Sacaí, a maior medida, com 23 cm de comprimento. Os lóbulos foliares variaram entre seis e oito lóbulos, foi verificado na etnovariedade Amarelinha e Inajazona seis lóbulos, Inajá e Sacaí oito lóbulos e as demais etnovariedades sete lóbulos. A cor da folha apical das variedades Amarelinha, Inajá, Inajá Olho Roxo e Olho Roxo foi verde arroxeado, enquanto as etnovariedades Ararão, Inajazona e Poca Terra e Sacaí apresentaram a coloração verde claro. Todas as etnovariedades avaliadas apresentaram nos ramos terminais a coloração verde, exceto a etnovariedade olho roxo, apresentando a coloração roxo.

29 20 Tabela 01. Caracterização morfológica das raízes, folhas e caules das distintas etnovariedades cultivadas na Comunidade Princesa do Xingu, seguindo os descritores mínimos, principais e secundários proposto por Fukuda e Guevara (1998). Características Amarelinha Ararão Inajá Inajá olho roxo Inajazona Olho roxo Poca terra Sacaí Cor externa da Marrom Marrom claro raiz claro Amarelo Marrom claro Marrom claro Marrom Claro Amarelo Amarelo Cor da polpa Amarelo Amarelo Creme Creme Amarelo Amarelo Amarelo Creme Cor do córtex da raiz Amarelo Amarelo Creme Creme Amarelo Amarelo Creme Creme Textura da epiderme da raiz Rugosa Rugosa Rugosa Rugosa Rugosa Rugosa Rugosa Rugosa Forma da raiz Cilíndrica Cônica Cônica cilíndrica Cônica cilíndrica Cônica cilíndrica Cônica cilíndrica Cônica cilíndrica Cônica cilíndrica Cor do pecíolo Vermelho Vermelho Vermelho Vermelho Vermelho Vermelho Vermelho Vermelho Tamanho do pecíolo 12 cm 17 cm 16 cm 17 cm 23 cm 16 cm 12 cm 23 cm Número de lóbulos Cor da folha Verde Verde Verde apical Verde arroxeado Verde claro Verde claro arroxeado arroxeado arroxeado Verde claro Verde Claro Cor dos ramos Verde Verde Verde Verde Verde Roxo Verde Verde terminais Ramificação Tricotômico Tricotômico Tricotômico Tricotômico Tricotômico Tricotômico Tricotômico Tricotômico Cor externa do Marrom Marrom Verde caule Dourado Prateado Marrom claro Cinza Marrom claro claro escuro amarelado Cor do córtex do caule Verde claro Verde claro Verde claro Verde claro Verde claro Verde claro Verde claro Verde claro Proeminência da cicatriz foliar Proeminente Proeminente Proeminente Proeminente Proeminente Proeminente Proeminente Proeminente Altura da planta 2,30 mts 2,5 mts 2,5 mts 2,0 mts 3,0 mts 1,95 mts 2,0 3,0 mts Idade 1 ano 11 meses 12 meses 9 meses 9 meses 12meses 11 meses 9 meses

30 21 Foi constatado variação na cor externa do caule, onde as etnovariedades Ararão, Inajá Olho Roxo e Olho Roxo apresentam a coloração marrom claro, havendo diversidade nas demais etnovariedades. Não houve variação quanto a textura da epiderme da raiz, onde todas as etnovariedades apresentam a epiderme rugosa. Quanto a cor do pecíolo, predominou a coloração vermelha, quanto à ramificação observado a ramificação tricotômico, quanto à cor do córtex do caule predominando em todas as etnovariedades a coloração verde claro e quanto a proeminência da cicatriz foliar, observou-se a proeminência em todas as etnovariedades (Tabela 01). 4.5 MATERIAL UTILIZADO PARA PLANTIO Observa-se na Figura 05, que 73% dos agricultores entrevistados selecionam hastes para plantio, escolhendo as mais vigorosas e grossas consideradas as melhores e sadias, fazendo posteriormente o descarte daquelas mais secas, que possuem miolo mole ou preto, pois não brotam, 4% fazem a seleção das manivas quando há necessidade e 23% não as selecionam para realizar o plantio. Dessa forma plantam material doente e de péssima qualidade, devido muitas vezes ocorrer escassez de hastes, sendo uma das grandes limitações para os agricultores da região, que se vêem obrigados a trabalharem com número restrito de etnovariedades, as quais se tornaram com o passar do tempo, vulneráveis às moléstias. De acordo com Peressin e Carvalho (2002), a seleção das ramas é um dos pontos mais importantes para o sucesso da plantação da mandioca, pois da seleção advém o vigor inicial da planta, onde em muitos casos, chega a ser mais importante que a variedade plantada. Por essa razão, é que se diz: Mais vale uma rama boa de uma variedade ruim que uma rama ruim de uma variedade boa.

31 22 Agricultores 80% 60% 40% 20% 0% Sim 73% Não 23% 4% As vezes Figura 05. Seleção das manivas realizada pelos agricultores da comunidade Princesa do Xingu. Altamira-PA, Para Benin (2009), a seleção e preparo do material de plantio são determinantes para o bom desenvolvimento da cultura da mandioca, resultando em aumento de produção com pequeno custo. Dentro do aspecto fitossanitário o material de plantio deve estar sadio: livre de praga e doença - considerando que a disseminação de patógeno é maior nas culturas propagadas vegetativamente que nas variedades propagadas por meio de sementes. Apesar de não possuir conhecimento técnico a respeito da mandioca os agricultores possuem o conhecimento adquirido com o cotidiano ou repassado por familiares, que também praticavam o cultivo da mandioca, sendo elementos fundamentais para o bom êxito do cultivo, afirmativa essa que pode ser observado no relato do agricultor T. B. N (2011), em que diz: só seleciono manivas novas tiradas do tronco da planta com idade a partir de 11 a 14 meses. Na época do inverno coloco para secar de 5 a 15 dias para poder tirar o leite, pois se planto com o leite apodrece, já no verão não tem necessidade de secar. A prática do agricultor está de acordo ao relatado por SCHWENGBER et al. (2005), que constataram que as manivas devem ser oriundas de plantas sadias com 8 a 12 meses de idade, e retiradas do terço médio da planta. Devido às ramas mais novas serem tenras causando perdas após o plantio, enquanto as muito velhas são lignificadas diminuindo a brotação.

32 INCIDÊNCIA DE DOENÇAS, PRAGAS E INFESTAÇÃO DE PLANTAS DANINHAS Foi constatado que doenças, pragas e plantas daninhas causam danos a cultura. Dentre esses problemas a doença denominada queima ponteira comum no período de verão, foi a doença mencionada por 19 agricultores, posteriormente a doença destacada como a que apodrece as raízes foram citadas por dois agricultores. A praga mais comum foi a formiga saúva (Atta sexdens) com sete citações, em contraposição 09 agricultores relataram não possuírem nenhum problema com doenças, pragas ou plantas daninhas (Figura 06) Agricultores "Queima" Ponteira Apodrecimento das raízes Formiga saúva Hortelanzinho Nenhum Figura 06. Doenças, pragas e plantas daninhas mais comuns na comunidade Princesa do Xingu. Altamira-PA, A doença queima ponteira, surge na maioria das vezes, quando a cultura, em especial a etnovariedade olho roxo completa um ano de idade ou a partir dos quatro meses com maior infestação na época do verão, ocorrendo queima ou murcha na ponteira (folha apical), broca na haste, que inicia próximo da rama indo até a raiz, resultando na transformação parcial das raízes em água. A maioria dos agricultores que tem as lavouras atacadas opta pela mudança da etnovariedade para evitar o problema, que segundo os mesmos ocorrem devido o esgotamento do solo. A doença que provoca o apodrecimento das raízes, de acordo com os agricultores é causada por fungo que está no solo, muito comum na época do inverno. Segundo Mattos et al. (2002), a podridão mole das raízes de mandioca é causada pelo fungo Phytophthora sp, atacando as plantas na fase adulta, ocasionando podridões moles,

33 24 de odor muito forte, semelhante ao observado na matéria orgânica em decomposição, resultando em murcha e morte da planta. O controle da podridão de raízes da mandioca consiste em plantar material propagativo sadio, resistente e evitar solos sujeitos a encharcamentos. Outro problema que atinge a cultura é o constante ataque da formiga saúva que causam sérios danos à produção. Quando a incidência ocorre em plantas jovens chega a matar a planta, porém se o ataque for em plantas adultas, onde os insetos causam a desfolha, submete a planta emitir mais folhas que raízes, fazendo com que a cultura diminua a produtividade. A saúva aparece com mais frequência, onde o preparo do solo foi realizado com mecanização, em especial a gradagem, para combater ao ataque das saúvas os agricultores utilizam o inseticida em forma de isca. Em relação à infestação das plantas daninhas, em destaque a planta invasora denominada de hortelanzinho (Acanthospernum australe (Loefl) Kuntze), por atrapalhar o desenvolvimento da cultura, devido acarretar maior dificuldade para efetuar a colheita, além de exigir mais mão-de-obra na realização dos tratos culturais. De acordo com Pitelli (1980) citado por Abreu (2010), as plantas daninhas competem com as culturas pelos nutrientes, luz, água, CO 2 e espaço físico, representando importante limitação à produção agrícola. Além de causar grandes prejuízos pela competição, o controle acarreta despesas que oneram o custeio da cultura. 4.7 PLANTIO Foi verificado que em todos os períodos do ano é realizado o plantio da mandioca, seja com maior ou menor intensidade, o que vai variar de acordo com as condições climáticas e a disponibilidade de hastes. A época que foi constatada com maior ocorrência de plantio foi nos meses de novembro a fevereiro, respectivamente por 14%, 27%, 14% e 13% das plantas por ser o período marcado pela estação chuvosa na regiãp. O plantio em Outubro é realizado por 7% dos agricultores, devido à ocorrência das primeiras chuvas e menor incidência de plantas daninhas (Figura 07). Foi constatado que nos meses de Março a Setembro, menor ocorrência de plantio, devido a estação de pouca chuva, o que dificulta o plantio, o desenvolvimento das raízes e, consequentemente, reduz a colheita.

34 25 Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro 1% 3% 4% 4% 4% 4% 5% 7% 13% 14% 14% 27% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% Época de plantio Figura 07. Época de plantio realizada pelos agricultores da comunidade Princesa do Xingu. Altamira- PA, A época para a realização do plantio de mandioca está de acordo ao recomendado pela Mattos e Cardoso (2003), onde a falta de umidade durante os primeiros meses após o plantio pode ocasionar sérias perdas na brotação e na produção, enquanto que o excesso de umidade, em solos mal drenados, favorece a podridão de raízes. A escolha adequada da época de plantio também proporciona diminuição da incidência de pragas e doenças e da competição de ervas daninha. 4.8 COLHEITA A colheita da mandioca é realizada quando as plantas apresentam 12 meses de idade (4%), representando 33%, os agricultores que realizam a colheita quando o plantio completa 14 meses, por sua vez 30% executam a prática aos 15 meses e 33% aos 18 meses (Figura 08). A maior parte dos agricultores que realizam a colheita no período entre 12 a 14 meses plantam as etnovariedades Inajá e Amarelinha, em contraposição as pessoas que mencionaram a variedade olho roxo, no qual a colheita da variedade é realizada a partir de 15 meses a 18 meses. Para o bom êxito das colheitas nas épocas relatadas, serão necessários vários fatores, a exemplo do tipo de área utilizada, preparo do solo,

35 26 etnovariedades escolhidas, necessidade de colheita por parte do agricultor e hastes maduras para o próximo plantio. 35% Época de colheita 30% 25% Agricultores 20% 15% 10% 5% 0% 12 meses 14 meses 15 meses 18 meses Época de colheita 4% 33% 30% 33% Figura 08. Época de colheita realizada pelos agricultores da comunidade Princesa do Xingu. Altamira-PA, Conforme Mattos et al. (2002), a época mais indicada para colheita é aquela em que as plantas se encontram em período de repouso, ou seja, quando pelas condições de clima (temperaturas mais baixas e pouca chuva), as plantas diminuíram o número e o tamanho das folhas e dos lóbulos foliares, condição em que atinge máximo de produção de raízes com elevado teor de amido. Entretanto, a necessidade de buscar alimentos faz com que os plantios sejam colhidos antes de completar o ciclo, o que proporciona baixa produtividade. As diversas épocas de colheita, executada pelos entrevistados foi em função das etnovariedades cultivadas e a necessidade da venda do subproduto, em razão da maioria dos agricultores possuírem apenas a comercialização da farinha como única fonte de renda, sendo obrigados a colher as raízes em diversos períodos do ano prejudicando a produção.

36 INFLUÊNCIA LUNAR A maior parte dos agricultores (67%) realizam os plantios em função da influência lunar (lua cheia, nova e crescente), sendo que 30% seguem apenas a influência da lua cheia, 10% somente o período da lua nova, 10% seguem tanto as fases da lua nova ou cheia e 17% orientam o plantio no período da lua crescente ou da lua cheia (Figura 09). Os mesmos relataram terem feito algumas observações e utilizá-las com o passar do tempo, como: efetuarem o plantio logo após a lua nova e três dias próximo a lua cheia, cinco dias antes ou cinco dias após a lua cheia, e três dias antes da lua crescente. Nenhum entrevistado optou pela prática do plantio na fase da lua minguante, pois há diminuição na produção, como pode ser observado no relato do agricultor J. A. A. S (2011), quando diz que: a melhor fase é a lua crescente e cheia, minguante não é boa para produção da raiz. Lua Cheia 30% Lua Nova Lua Nova ou Cheia 10% 10% Influência Lunar Lua Crescente ou Cheia 17% Não Seguem 33% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% Figura 09. Influência das fases da lua no plantio de mandioca realizado pelos agricultores da comunidade Princesa do Xingu. Altamira-PA, Os resultados encontrados no presente trabalho não corroboram com os resultados encontrados por Rodrigues (1998), pois segundo o autor é na lua minguante que a seiva se encontra na raiz e, portanto bom para plantar o que dá debaixo do solo. Isto porque a planta ao germinar força o enraizamento, demora mais para crescer; apresentam porte menor, raízes mais desenvolvidas. Para Borba (2005), os estudos de diferentes autores com divergentes resultados a respeito da influencia lunar se deve ao comportamento das plantas, as quais estão sujeitas a uma série de fatores, como precipitação pluviométrica, temperatura, intensidade luminosa, tipo de solo, épocas de plantio e as variedades adequadas ás regiões de determinada área de plantio.

37 28 5 CONCLUSÃO O Sistema de corte e queima é a forma preponderante de preparo do solo, para o plantio da mandioca. O uso da mesma área em anos consecutivos, com o cultivo da mandioca contribui para o esgotamento do solo das propriedades. Foram encontradas na região oito etnovariedades de mandioca brava, sendo as etnovariedades Olho-Roxo e Inajá as mais cultivadas. As características morfológicas como a cor externa do caule, cor da polpa, cor do córtex da raiz, forma da raiz, tamanho do pecíolo, número de lóbulos, cor da folha apical, cor da rama terminal, e cor externa do caule foram às características que apresentaram distinção entre as etnovariedades. Os agricultores selecionam as manivas para a realização do plantio. Os plantios das manivas são realizados com maior concentração nos meses de Novembro, Dezembro e Janeiro. A colheita das raízes ocorre de acordo com o solo, a etnovariedade cultivada e a necessidade do agricultor. São as etnovariedades Inajá, e Amarelinha as mais precoces e a Olho-Roxo a mais tardia. A doença mais comum é a queima ponteira, a formiga saúva é a praga mais comum. A prática lunar é seguida pela maioria dos agricultores.

38 29 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, M. de. Seletividade de Herbicidas à cultura da Mandioca. Dissertação (Mestrado em Agronomia). Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Botucatu-SP, Janeiro ALVES, M. C. S.; MOREIRA, M. A. B.; CHAGAS, M. C. M. das.; HOLANDA, J. S. de.; SILVA, J. da.; LIMA, J. D. de S. Recomendações Técnicas para o cultivo da Mandioca. Cartilha para o cultivo da mandioca. Natal/RN Disponível em: Acesso em 07 de Janeiro de AMARAL, L.; JAIGOBIND, A. G. A.; JAISINGH, S. Processamento da Mandioca. Dossiê Técnico (2007). Disponível em: Acesso em 10 de Dezembro de BARROS, G. S. de C.; CARDOSO, C. E. L.; GARNEIRO, A. H.; GUIMARÃES, V. D. A.; OLIVEIRA, P. A. de.; Melhoria da Competitividade da Cadeia Agroindustrial de Mandioca no Estado de São Paulo. SEBRAE; Piracicaba, SP: ESALQ: CEPEA, BENIN, G. O Cultivo da mandioca. Culturas de lavoura II.157 p BORBA, E. M. A importância do Conhecimento Empírico: O caso da influência Lua na Produção da Cultura da Mandioca (Manihot Esculenta Crantz) no Processo Ensino-Aprendizagem CEFET Urutai GO. Dissertação (mestrado em ciências em Educação).Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - RJ, Dezembro FUKUDA, W. M. G.; GUEVARA, C. L. Descritores Morfológicos e Agronômicos para a caracterização de Mandioca (Manihot esculenta Crantz). Cruz das Almas: EMBRAPA-CNPMF, 1998, 38p. (EMBRAPACNPMF. Documentos, 78). FIALHO, J. de F; VIEIRA, E. A; SILVA, M. S. S; LACERDA, J. N; PAULA, G. F. de; OLIVEIRA, L, de; COSTA, M. S; DUTRA, N. J. Influência da Época de Colheita na Produtividade e no Tempo de Cocção de Raízes de Variedades de Mandioca de Mesa no Município de Gama-DF. p FUKUDA, W. M. G. Variedades. In. MATTOS, P. L. P de.; GOMES, J de C.(Coord.). O cultivo da mandioca. Cruz das Almas, BA: Embrapa Mandioca e Fruticultura, (Circular Técnica). Pg GROXKO, M. Mandioca. Análise da Conjuntura Agropecuária Safra 2010/2011 SAFRA 2010/11. Paraná GUSMÃO, L. L.; NETO, J. A. M. Caracterização Morfológica e Agronômica de Acessos de Mandioca nas Condições Edafoclimáticas de São Luís, MA. Revista da FZVA. Uruguaiana, v.15, n.2, p IBGE. Produção Agrícola Municipal Rio de Janeiro : IBGE, Disponível em: Acesso em: 07 de Janeiro de 2011.

39 30 LEITE, R. V. B. C.; MARINGONI, A. C.; Principais Doenças e seu Controle. In. Agricultura: Tuberosas Amiláceas Latino Americano. CEREDA, M. Volume: II. Editora: Fundação Cargill. São Paulo. Capitulo: 17. Pg MARQUES, C. T dos S; GAMA, E. V. S; CARVALHO, A. J. A.SILVA, F; FRIAS., M. T. Influência lunar nas práticas agrícolas da Aldeia Índígena Tupinambá de Serra do Padeiro, Buerarema BA. Pg Revista Brasileira de Agroecologia/outubro Vol MATTOS, P. L. P. de.; GOMES, J. de C.; FARIAS, A. R. N.; FUKUDA, C.Cultivo da Mandioca nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil. In. Agricultura: Tuberosas Amiláceas Latino Americanas. CEREDA, M. Volume: II. Editora: Fundação Cargill. São Paulo. Capitulo: 14. Pg MATTOS, P. L. P; CARDOSO. E. M. R. Cultivo de Mandioca para Estado do Pará Disponível em: http//sistemasdeprodução.cnptia.embrapa.br#mandioca. Acesso em: 10/12/2010 OLIVEIRA, I. M. C. de. Cadeia Produtiva da Mandioca nas Vicinais Seis e Oito, Municípios de Altamira e Brasil Novo - Pará. Trabalho de Conclusão de Curso (Agronomia). Altamira- PA. Setembro OLIVEIRA, M. R. V. de.; LIMA, L. H. C.; Moscas-Brancas na Cultura da Mandioca no Brasil. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. ISSN Agosto OTSUBO, A. A.; MERCANTE, F. M.; SILVA, R. F. da.; BORGES, C. D. Sistemas de preparo do solo, plantas de cobertura e produtividade da cultura da mandioca. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.43, n.3, p , Mar PERESSIN, V. A.; CARVALHO, J. E. B. de. Manejo Integrado de Plantas Daninhas em Mandioca. In. Agricultura: Tuberosas Amiláceas Latino Americanas. CEREDA, M. Volume: II. Editora: Fundação Cargill. São Paulo. Capitulo: 15. Pg PESSOA, J. de S. Agrobiodiversidade e Caracterização de Etnovariedades de Mandioca da Reserva Extrativista Cazumbá, Iracema-Acre. Dissertação (Mestrado em Agronomia) Universidade Federal do Acre, Rio Branco Acre, POLLA, C. Avaliação de Variedades de Mandioca na comunidade Princesa do Xingu, Altamira, PA. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade Federal do Pará, Campus Universitário de Altamira, PONTE, C. M. de A. Épocas de Colheita de Variedades de Mandioca. Dissertação (Mestrado em Agronomia) Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Vitória da Conquista - BA, RAMOS, P. A. S. Caracterização Morfológica e Produtiva de Nove Variedades de Mandioca Cultivadas no Sudoeste da Bahia. Dissertação (Mestrado Fitotecnia) Universidade Federal de Viçosa. Viçosa-MG, 2007.

40 31 RODRIGUES FILHO, A. A Cultura da Mandioca. Informações resumidas sobre a cultura da mandioca. RODRIGUES, L. Relato sobre a Influência da Lua na Agricultura. Vitória: p. SANTOS FILHO, M. O. S. dos, Avaliação Agronômica de Acessos de Mandioca de Mesa e Geração de Populações Híbridas. Trabalho de Conclusão de Curso(Agronomia). UPIS Faculdades Integradas Departamento de Agronomia. Planaltina DF. Dezembro de SCHMITT, A. T. Principais Insetos pragas da Mandioca e seu Controle. In. Agricultura: Tuberosas Amiláceas Latino Americanas. CEREDA, M. Volume: II. Editora: Fundação Cargill. São Paulo. Capitulo: 16. Pg SCHWENGBER, D. R.; SMIDERLE, O. J.; MATTIONI, J. A. M. Mandioca: Recomendações para Plantio em Roraima. Circular Técnica, Boa Vista/RR. ISSN Dezembro SILVA, B. S. da. Caracterização Botânica e Agronômica da Coleção de Trabalho de Mandioca da Embrapa Acre. Dissertação (Mestrado em Agronomia), Universidade Federal do Acre. Rio Branco-AC, SILVA, M. J. da.; ROEL, A. R.; MENEZES, G. P. de.; Cultivo da Mandioca e Derivados. Engorda de Frango Caipira. Campo Grande-MS. Março pg SILVA, M. N. da.análise de Crescimento e Produção de Três Variedades de Mandioca (Manihot esculenta, Crantz) Consorciadas com Feijão de Porco (Canavalia ensiformis DC). Dissertação (Mestrado em Agroecologia). Universidade Estadual do Maranhão UEMA, São Luís - MA, Dezembro SILVA, R. M. da.; FARALDO, M. I. F.; ANDO, A.; VEASEY, E. A. Variabilidade Genética de etnovariedades de Mandioca. In. Agricultura: Tuberosas Amiláceas Latino Americanas. CEREDA, M. Volume: II. Editora: Fundação Cargill. São Paulo. Capitulo: 11. Pg SOUZA, C. de. Acumulação de Fitomassa em Variedades de Mandioca Submetidas a Diferentes épocas de Corte. Tese (Doutorado em Agronomia), Universidade Federal da Paraíba. Areia - PB, Dezembro SOUZA, L. da S.; FIALHO, J. de F.; A CULTURA DA MANDIOCA. Embrapa Mandioca e Fruticultura, Sistemas de Produção, 8 ISSN Versão eletrônica Jan/2003. TAKAHASHI, M.; GONÇALO, S. A cultura da mandioca. Paranavaí: Olímpica, pg. TOMICH, R. G. P.; SALIS, M. S.; FEIDEN, A.; CURADO, F. F.; SANTOS, G. G. dos.; TOMICH, R. T. Etnovariedades de Mandioca (Manihot esculenta Crantz) Cultivadas em Assentamentos Rurais de Corumbá, MS. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, ISSN Agosto, 2008.

41 32 APÊNDICE I - Questionário aplicado aos agricultores da comunidade Princesa do Xingu, Altamira-PA. Data: / / Num. do Questionário Localização da Propriedade: Nome do Entrevistado: ( )M ( )F Idade: Naturalidade: Escolaridade 1. Quantas pessoas residem no lote? 2. Nome da Propriedade 3. Tamanho da Propriedade: 4. Data de chegada na Propriedade / / 5. Culturas cultivadas na Propriedade: 6. Fonte de renda? 7.Já obteve Assistência Técnica: ( ) Sim ( ) Não Qual Instituição? 8. Possui quantas roças de mandioca? 1 )Área Idade 2) Área Idade 3) Área Idade 4) Área Idade 5) Área Idade 5) Área Idade 9. Dificuldades em conseguir as manivas 10. Quanto tempo cultiva mandioca 11. Tipo de área utilizada para plantio 12. Tipo de preparo do solo:

42 Possui farinheira própria: ( ) Sim ( ) Não ( ) Ativada ( ) Desativada 14. Houve mudança da variedade de mandioca pelo Agricultor e Por quê? 15. Possui planos de mudar de cultura? 16. Como diferencia a mandioca mansa da mandioca brava? 17. Utiliza mandioca para alimentação de animais? 18. Como é feito a seleção das manivas?

43 34 Quadro 01. Descritores morfológicos indicados pelas famílias da comunidade Princesa do Xingu, para a diferenciação das variedades de mandioca existentes em suas roças. DESCRITOR MORFOLÓGICO RAIZ FOLHA CAULE ETNOVARIEDAD E Cor da película externa Cor do córtex Forma/ Tamanho Cor/ Tamanho do pecíolo Nº de lóbulos Forma do lóbulo Cor da rama Ramificação Espessura do caule e Cicatriz foliar Altura de Crescimento FOTOS

44 35 Quadro 02. Características produtivas citadas pelas famílias da comunidade Princesa do Xingu, para a diferenciação das variedades de mandioca existentes em suas roças. CARACTERÍSTICAS VARIEDADE ETNOVARIEDADE Utiliza a parte a aérea, qual a produção? Produtividade de farinha por safra Idade para colheita Doenças, insetos e plantas invasoras frequentes Vantagens desvantagens e Origem maniva da Época de plantio

45 ANEXOS 36

46 37 A B C D E F Figura A1. Etnovariedade Amarelinha, formato da raiz e cor da película externa (A); cor do córtex da raiz (B); cor da polpa da raiz (C); cor do pecíolo (D); Cor do córtex do caule (E); número de lóbulos (F).

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