Professora Raissa Y. Y. Rodrigues

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Professora Raissa Y. Y. Rodrigues"

Transcrição

1

2

3 Professora Raissa Y. Y. Rodrigues RACIOCÍNIO LÓGICO Engenheira Eletricista com ênfase em eletrônica pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná. 1 ESTRUTURAS LÓGICAS. 1. Proposição Proposição ou sentença é um termo utilizado para exprimir ideias, através de um conjunto de palavras ou símbolos. Este conjunto descreve o conteúdo dessa ideia. São exemplos de proposições: p: Pedro é médico. q: 5 > 8 r: Luíza foi ao cinema ontem à noite. 2. Princípios fundamentais da lógica Princípio da Identidade: A é A. Uma coisa é o que é. O que é, é; e o que não é, não é. Esta formulação remonta a Parménides de Eleia. Principio da não contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa, ao mesmo tempo. Principio do terceiro excluído: Uma alternativa só pode ser verdadeira ou falsa. 3. Valor lógico Considerando os princípios citados acima, uma proposição é classificada como verdadeira ou falsa. Sendo assim o valor lógico será: - a verdade (V), quando se trata de uma proposição verdadeira. - a falsidade (F), quando se trata de uma proposição falsa. 4. Conectivos lógicos Conectivos lógicos são palavras usadas para conectar as proposições formando novas sentenças. Os principais conectivos lógicos são: ~ não e V Ou se então se e somente se 2 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES. Argumento é uma relação que associa um conjunto de proposições (p1, p 2, p 3,... p n ), chamadas premissas ou hipóteses, e uma proposição C chamada conclusão. Esta relação é tal que a estrutura lógica das premissas acarretam ou tem como consequência a proposição C (conclusão). 1

4 Exemplo: P1: Todos os cariocas são alegres. P2:Todas as pessoas alegres vão à praia. C: Todos os cariocas vão à praia. Neste exemplo temos o famoso silogismo categórico de forma típica ou simplesmente silogismo. Os silogismos são os argumentos que têm somente duas premissas e mais a conclusão, e utilizam os termos: todo, nenhum e algum, em sua estrutura. 1. Analogias Relaçao de semelhança (comparação) estabelecida entre diferentes conjuntos de argumentos que obedecem uma mesma estrutura lógica, isto é, organização de argumentos. Por exemplo: A luz está para o dia assim como a escuridão para a noite é uma analogia no qual se estabelece que para uma fase do dia há um nível de luz. Então se pode-se estabelecer uma nova fase (ex: tarde) e um nível de luminosidade ( meia-luz ) para estabelecer uma frase que permita fazer analogia com a antiga frase a meia-luz está para a tarde. 2. Argumentos dedutivos e indutivos Os argumentos podem ser classificados em dois tipos: Dedutivos e Indutivos. 1) O argumento será DEDUTIVO quando suas premissas fornecerem informações suficientes para comprovar a veracidade da conclusão, isto é, o argumento é dedutivo quando a conclusão é completamente derivada das premissas. EXEMPLO: Todo ser humano têm mãe. Todos os homens são humanos. Todos os homens têm mãe. 2) O argumento será INDUTIVO quando suas premissas não fornecerem o apoio completo para ratificar as conclusões. Portanto, nos argumentos indutivos, a conclusão possui informações que ultrapassam as fornecidas nas premissas. Sendo assim, não se aplica, então, a definição de argumentos válidos ou não válidos para argumentos indutivos. EXEMPLO: O Flamengo é um bom time de futebol. O Palmeiras é um bom time de futebol. O Vasco é um bom time de futebol. O Cruzeiro é um bom time de futebol. Todos os times brasileiros de futebol são bons. Note que não podemos afirmar que todos os times brasileiros são bons sabendo apenas que 4 deles são bons. 3. Validade de um argumento Uma proposição é verdadeira ou falsa. No caso de um argumento dedutivo diremos que ele é válido ou inválido. Atente-se para o fato que todos os argumentos indutivos são inválidos, portanto não há de se falar em validade de argumentos indutivos. A validade é uma propriedade dos argumentos que depende apenas da forma (estrutura lógica) das suas proposições (premissas e conclusões) e não do seu conteúdo. Argumento Válido Um argumento será válido quando a sua conclusão é uma consequência obrigatória de suas premissas. Em outras palavras, podemos dizer que quando um argumento é válido, a verdade de suas premissas deve garantir a verdade da conclusão do argumento. Isso significa que, se o argumento é válido, jamais poderemos chegar a uma conclusão falsa quando as premissas forem verdadeiras. Argumento Inválido Dizemos que um argumento é inválido, quando a verdade das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão, ou seja, quando a conclusão não é uma consequência obrigatória das premissas. 2

5 Exercícios Resolvidos: 1- (FCC) Considere que as seguintes afirmações são verdadeiras: Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo. Existem crianças que são inteligentes. Assim sendo, certamente é verdade que: (A) Alguma criança inteligente não gosta de passear no Metrô de São Paulo. (B) Alguma criança que gosta de passear no Metrô de São Paulo é inteligente. (C) Alguma criança não inteligente não gosta de passear no Metrô de São Paulo. (D) Toda criança que gosta de passear no Metrô de São Paulo é inteligente. (E) Toda criança inteligente não gosta de passear no Metrô de São Paulo. SOLUÇÃO: Representando as proposições na forma de conjuntos (diagramas lógicos ver artigo sobre diagramas lógicos) teremos: Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo. Existem crianças que são inteligentes. Pelo gráfico, observamos claramente que se todas as crianças gostam de passear no metrô e existem crianças inteligentes, então alguma criança que gosta de passear no Metrô de São Paulo é inteligente. Logo, a alternativa correta é a opção B. 2- (CESPE) É válido o seguinte argumento: Se Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é suspeita, mas (e) Ana não cometeu um crime perfeito, então Ana é suspeita. SOLUÇÃO: Representando as premissas do enunciado na forma de diagramas lógicos (ver artigo sobre diagramas lógicos), obteremos: Premissas: Se Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é suspeita = Toda pessoa que comete um crime perfeito não é suspeita. Ana não cometeu um crime perfeito. Conclusão: Ana é suspeita. (não se desenha a conclusão, apenas as premissas!) O fato do enunciado ter falado apenas que Ana não cometeu um crime perfeito, não nos diz se ela é suspeita ou não. Por isso temos duas possibilidades (ver bonecos). Logo, a questão está errada, pois não podemos afirmar, com certeza, que Ana é suspeita. Logo, o argumento é inválido. 3

6 3. LÓGICA SENTENCIAL (OU PROPOSI- CIONAL) PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS. 3.2 TABELAS-VERDADE. 3.3 EQUIVALÊNCIAS. 3.4 LEIS DE MORGAN. 3.5 DIAGRAMAS LÓGICOS. 1. Proposições simples e compostas As proposições simples são assim caracterizadas por apresentarem apenas uma ideia. São indicadas pelas letras minúsculas: p, q, r, s, t... As proposições compostas são assim caracterizadas por apresentarem mais de uma proposição conectadas pelos conectivos lógicos. São indicadas pelas letras maiúsculas: P, Q, R, S, T... Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando que a proposição composta Q é formada pelas proposições simples r, s e t. Exemplo: Proposições simples: p: Meu nome é Raissa q: São Paulo é a maior cidade brasileira r: 2+2=5 s: O número 9 é ímpar t: O número 13 é primo Proposições compostas P: O número 12 é divisível por 3 e 6 é o dobro de 12. Q: A raiz quadrada de 9 é 3 e 24 é múltiplo de 3. R(s, t): O número 9 é ímpar e o número 13 é primo. 2. Tabelas-verdade A tabela-verdade é usada para determinar o valor lógico de uma proposição composta, sendo que os valores das proposições simples já são conhecidos. Pois o valor lógico da proposição composta depende do valor lógico da proposição simples. A seguir vamos compreender como se constrói essas tabelas-verdade partindo da árvore das possibilidades dos valores lógicos das preposições simples, e mais adiante veremos como determinar o valor lógico de uma proposição composta. Proposição composta do tipo P(p, q) 4

7 Proposição composta do tipo P(p, q, r) Proposição composta do tipo P(p, q, r, s) A tabela-verdade possui 2 4 = 16 linhas e é formada igualmente as anteriores. Proposição composta do tipo P(p1, p2, p3,..., pn) A tabela-verdade possui 2 n linhas e é formada igualmente as anteriores. 7. O conectivo não e a negação O conectivo não e a negação de uma proposição p é outra proposição que tem como valor lógico V se p for falsa e F se p é verdadeira. O símbolo ~p (não p) representa a negação de p com a seguinte tabela-verdade: Exemplo: p = 7 é ímpar ~p = 7 não é ímpar P ~P V F F V P ~P V F q = 24 é múltiplo de 5 ~q = 24 não é múltiplo de 5 q ~q F 8. O conectivo e e a conjunção O conectivo e e a conjunção de duas proposições p e q é outra proposição que tem como valor lógico V se p e q forem verdadeiras, e F em outros casos. O símbolo p Λ q (p e q) representa a conjunção, com a seguinte tabela-verdade: V P q p Λ q V V V V F F F V F F F F 5

8 Exemplo p = 2 é par q = o céu é rosa p Λ q = 2 é par e o céu é rosa P q p Λ q V F F p = 9 < 6 q = 3 é par p Λ q: 9 < 6 e 3 é par P q p Λ q F F F 9. O conectivo ou e a disjunção O conectivo ou e a disjunção de duas proposições p e q é outra proposição que tem como valor lógico V se alguma das proposições for verdadeira e F se as duas forem falsas. O símbolo p q (p ou q) representa a disjunção, com a seguinte tabela- -verdade: Exemplo: p = 2 é par q = o céu é rosa p ν q = 2 é par ou o céu é rosa P q p V q V V V V F V F V V F F F P q p V q V F V 10. O conectivo se então e a condicional A condicional se p então q é outra proposição que tem como valor lógico F se p é verdadeira e q é falsa. O símbolo p q representa a condicional, com a seguinte tabela-verdade: Exemplo: P: = 9 Q: 9 7 = 2 p q: Se = 9 então 9 7 = 2 P q p q V V V V F F F V V F F V P q p q V V V 6

9 p = < 4 q = 2 é um número primo p q: Se < 4 então 2 é um número primo. P q p q F V V p = 24 é múltiplo de 3 q = 3 é par p q: Se 24 é múltiplo de 3 então 3 é par. P q p q V F F p = 25 é múltiplo de 2 q = 12 < 3 p q: Se 25 é múltiplo de 2 então 2 < 3. P q p q F F V 11. O conectivo se e somente se e a bicondicional A bicondicional p se e somente se q é outra proposição que tem como valor lógico V se p e q forem ambas verdadeiras ou ambas falsas, e F nos outros casos. O símbolo representa a bicondicional, com a seguinte tabela-verdade: P q p q V V V V F F F V F F F V Exemplo p = 24 é múltiplo de 3 q = 6 é ímpar = 24 é múltiplo de 3 se, e somente se, 6 é ímpar. 12. Tabela-Verdade de uma proposição composta P q p q V F F Exemplo Veja como se procede a construção de uma tabela-verdade da proposição composta P(p, q) = ((p q) (~p)) (p q), onde p e q são duas proposições simples. Resolução Uma tabela-verdade de uma proposição do tipo P(p, q) possui 2 4 = 4 linhas, logo: p q p V q ~p (p V p) (~p) p Λ q ((p V p) (~p)) (p Λ q) V V V F F V F F 7

10 Agora veja passo a passo a determinação dos valores lógicos de P. a) Valores lógicos de p ν q p q p V q ~p (p V p) (~p) p Λ q ((p V p) (~p)) (p Λ q) V V V V F V F V V F F F b) Valores lógicos de ~P p q p V q ~p (p V p) (~p) p Λ q ((p V p) (~p)) (p Λ q) V V V F V F V F F V V V F F F V c) Valores lógicos de (p V p) (~p) p q p V q ~p (p V p) (~p) p Λ q ((p V p) (~p)) (p Λ q) V V V F F V F V F F F V V V V F F F V V d) Valores lógicos de p Λ q p q p V q ~p (p V p) (~p) p Λ q ((p V p) (~p)) (p Λ q) V V V F F V V F V F F F F V V V V F F F F V V F e) Valores lógicos de ((p V p) (~p)) (p Λ q) 13. Tautologia p q p V q ~p (p V p) (~p) p Λ q ((p V p) (~p)) (p Λ q) V V V F F V V V F V F F F V F V V V V F F F F F V V F F Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r,... será dita uma Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r,... que a compõem. Exemplos: Gabriela passou no concurso do INSS ou Gabriela não passou no concurso do INSS Não é verdade que o professor Zambeli parece com o Zé gotinha ou o professor Zambeli parece com o Zé gotinha. 8

11 Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos entender isso melhor. Exemplo: Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão Vamos chamar a primeira proposição de p a segunda de ~p e o conetivo de V Assim podemos representar a frase acima da seguinte forma: p V ~p Exemplo A proposição p (~p) é uma tautologia, pois o seu valor lógico é sempre V, conforme a tabela-verdade. p ~P p V q V F V F V V Exemplo A proposição (p Λ q) (p q) é uma tautologia, pois a última coluna da tabela-verdade só possui V. 14. Contradição p q p Λ q p q (p Λ q) (p q) V V V V V V F F F V F V F F V F F F V V Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r,... será dita uma contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r,... que a compõem Exemplos: O Zorra total é uma porcaria e Zorra total não é uma porcaria Suelen mora em Petrópolis e Suelen não mora em Petrópolis Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos entender isso melhor. Exemplo: Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil Vamos chamar a primeira proposição de p a segunda de ~p e o conetivo de ^ Assim podemos representar a frase acima da seguinte forma: p ^ ~p Exemplo A proposição (p Λ q) Λ (p Λ q) é uma contradição, pois o seu valor lógico é sempre F conforme a tabela-verdade. Que significa que uma proposição não pode ser falsa e verdadeira ao mesmo tempo, isto é, o princípio da não contradição. p ~P q Λ (~q) V F F F V F 15. Contingência Quando uma proposição não é tautológica nem contra válida, a chamamos de contingência ou proposição contingente ou proposição indeterminada. A contingência ocorre quando há tanto valores V como F na última coluna da tabela-verdade de uma proposição. Exemplos: P Q, P Q, P Q Implicação lógica Definição A proposição P implica a proposição Q, quando a condicional P Q for uma tautologia. O símbolo P Q (P implica Q) representa a implicação lógica. 9

12 Diferenciação dos símbolos e O símbolo representa uma operação matemática entre as proposições P e Q que tem como resultado a proposição P Q, com valor lógico V ou F. O símbolo representa a não ocorrência de VF na tabela-verdade de P Q, ou ainda que o valor lógico da condicional P Q será sempre V, ou então que P Q é uma tautologia. Exemplo A tabela-verdade da condicional (p Λ q) (p q) será: p q p Λ q P Q (p Λ q) (P Q) V V V V V V F F F V F V F F V F F F V V Portanto, (p Λ q) (p q) é uma tautologia, por isso (p Λ q) (p q) 17. Equivalência lógica Definição Há equivalência entre as proposições P e Q somente quando a bicondicional P Q for uma tautologia ou quando P e Q tiverem a mesma tabela-verdade. P Q (P é equivalente a Q) é o símbolo que representa a equivalência lógica. Diferenciação dos símbolos e O símbolo representa uma operação entre as proposições P e Q, que tem como resultado uma nova proposição P Q com valor lógico V ou F. O símbolo representa a não ocorrência de VF e de FV na tabela-verdade P Q, ou ainda que o valor lógico de P Q é sempre V, ou então P Q é uma tautologia. Exemplo A tabela da bicondicional (p q) (~q ~p) será: p q ~q ~p p q ~q ~p (p q) (~q ~p) V V F F V V V V F V F F F V F V F V V V V F F V V V V V Portanto, p q é equivalente a ~q ~p, pois estas proposições possuem a mesma tabela-verdade ou a bicondicional (p q) (~q ~p) é uma tautologia. Veja a representação: (p q) (~q ~p) 18. Sentenças abertas Definições Supondo que U seja um conjunto e x um elemento desse conjunto, podemos considerar que: - U é um conjunto-universo e x a variável. - a proposição p(x) será uma sentença aberta em U quando p(a) for verdadeira ou p(a) for falsa, a U. - se a U e p(a) for verdadeira, nesse caso a confirma p(x) ou a é a solução de p(x). - O conjunto-verdade de p(x), em U, é formado por todos e somente os elementos de a U, onde p(a) é uma sentença verdadeira. Veja a representação deste conjunto: {a U p(a) é V}. 10

13 Exemplos: SENTENÇA ABERTA CONJUNTO UNIVERSO CONJUNTO VERDADE x+2=1 Z {1} x+3<6 N {0, 1, 2} 2x-4x-5=0 R+ {-1;5} x é multiplo de 2 {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,} {0, 2, 4, 6, 8} 19. Operações lógicas com sentenças abertas É possível efetuar as sentenças abertas de forma análoga à das proposições lógicas, através dos conectivos já apresentados: não, e, ou, se então, se e somente se. Exemplo Observando a condicional (x > 5) (x > 2), em N, podemos notar que: Exercícios resolvidos: x x>5 x>2 (x>5) (x>2) {0, 1, 2} F F V {3, 4, 5} F V V {6, 7, 8, 9, } V V V 1-(SERPRO-2001/ESAF) Considere o seguinte argumento: Se Soninha sorri, Sílvia é miss simpatia. Ora, Soninha não sorri. Logo, Sílvia não é miss simpatia. Este não é um argumento logicamente válido, uma vez que: a) a conclusão não é decorrência necessária das premissas. b) a segunda premissa não é decorrência lógica da primeira. c) a primeira premissa pode ser falsa, embora a segunda possa ser verdadeira. d) a segunda premissa pode ser falsa, embora a primeira possa ser verdadeira. e) o argumento só é válido se Soninha na realidade não sorri. Solução: Trata-se de uma questão meramente conceitual, e de resolução, portanto, imediata. Se o enunciado está afirmando que um argumento qualquer é inválido, isso significa, tão somente, que a conclusão não é decorrência necessária (obrigatória) das premissas! É o que diz a opção A. 2) Três alunos são suspeitos de não estarem matriculados no Curso de Raciocínio Lógico. O Aparecido entrevistou os três, para cobrar a matrícula, e obteve os seguintes depoimentos: AURO: Joaquim não pagou e Cláudia pagou JOAQUIM : Se Auro não pagou, Cláudia também não pagou. CLÁUDIA: Eu paguei, mas pelo menos um dos outros não pagou Pede-se: 1. Exprimir simbolicamente os depoimentos 2. Identificar os pagantes e os não pagantes, supondo que todos os depoimentos são verdadeiros 3. Identificar os mentirosos, supondo que todos pagaram as matrículas. Resolução: a. Sejam as proposições A = Auro pagou a matrícula J = Joaquim pagou a matrícula C = Cláudia pagou a matrícula 11

14 Depoimentos b. Verificamos que se todos os depoimentos são verdadeiros estamos na terceira linha, logo VAL (A) = V, VAL (J) = F, VAL (C) = V Portanto: Os pagantes são Auro e Cláudia. O não pagante é o Joaquim c. Se todos pagaram a matrícula temos que VAL(A) = V, VAL(J) = V e VAL(C) = V, logo estamos na primeira linha, daí os depoimentos mentirosos são do Auro e Cláudia. 3- (ESAF) José quer ir ao cinema assistir ao filme Fogo Contra Fogo, mas não tem certeza se o mesmo está sendo exibido. Seus amigos, Maria, Luis e Julio têm opiniões discordantes sobre se o filme está ou não em cartaz. Se Maria estiver certa, então Julio está enganado. Se Julio estiver enganado, então Luis está enganado. Se Luis estiver enganado, então o filme não está sendo exibido. Ora, ou o filme Fogo contra Fogo está sendo exibido, ou José não ira ao cinema. Verificou-se que Maria está certa. Logo, a. O filme Fogo contra Fogo está sendo exibido. b. Luis e Julio não estão enganados. c. Julio está enganado, mas Luis não. d. Luis está enganado, mas Julio não. e. José não irá ao cinema. Resolução: Se Maria está certa, então Julio está enganado Se Julio está enganado, então Luis está enganado Se Luis estiver enganado, então O Filme não está sendo exibido. Ora, ou o filme está sendo exibido ou José não irá ao cinema. Logo, concluímos que: José não irá ao cinema. Resposta E 12

15 3. Diagramas lógicos Definição: Os diagramas de Venn foram criados pelo matemático inglês John Venn, no intuito de facilitar as relações de união e intersecção entre conjuntos. Eles possuem um papel fundamental na organização de dados obtidos em pesquisas, principalmente nas situações em que o entrevistado opta por duas ou mais opções. Exemplos: 1-(Especialista em Políticas Públicas Bahia 2004 FCC) Considerando todo livro é instrutivo como uma proposição verdadeira, é correto inferir que: a) Nenhum livro é instrutivo é uma proposição necessariamente verdadeira. b) Algum livro é instrutivo é uma proposição necessariamente verdadeira. c) Algum livro não é instrutivo é uma proposição verdadeira ou falsa. d) Algum livro é instrutivo é uma proposição verdadeira ou falsa. e) Algum livro não é instrutivo é uma proposição necessariamente verdadeira. Solução: 13

16 A opção A é descartada de pronto: nenhum livro é instrutivo implica a total dissociação entre os diagramas. E estamos com a situação inversa! A opção B é perfeitamente escorreita! Percebam como todos os elementos do diagrama vermelho estão inseridos no diagrama azul. Resta necessariamente perfeito que algum livro é instrutivo. Resposta: opção B. 2- (TTN-98 ESAF) Se é verdade que Alguns A são R e que Nenhum G é R, então é necessariamente verdadeiro que: a) algum A não é G; b) algum A é G. c) nenhum A é G; d) algum G é A; e) nenhum G é A; Solução: Esta questão traz, no enunciado, duas proposições categóricas: 1. Alguns A são R 2. Nenhum G é R Devemos fazer a representação gráfica de cada uma delas por círculos para ajudar-nos a obter a resposta correta. Na verdade, para esta questão, não é necessário fazer representações gráficas, pois se observarmos as alternativas, já podemos excluir as alternativas b e d (pois algum A é G é equivalente a algum G é A, e não podemos ter duas respostas corretas), e também excluir as alternativas c e e (pois nenhum A é G é o mesmo que nenhum G é A). Só restando-nos a alternativa a para marcar como correta. Mas para efeitos didáticos vamos também resolver esta questão por diagramas de círculos! Vamos iniciar pela representação do Nenhum G é R, que é dada por dois círculos separados, sem nenhum ponto em comum. Como já foi visto, não há uma representação gráfica única para a proposição categórica do Alguns A são R, mas geralmente a representação em que os dois círculos se interceptam (mostrada abaixo) tem sido suficiente para resolver qualquer questão. Agora devemos juntar os desenhos das duas proposições categóricas para analisarmos qual é a alternativa correta. Como a questão não informa sobre a relação entre os conjuntos A e G, então teremos diversas maneiras de representar graficamente os três conjuntos (A, G e R). A alternativa correta vai ser aquela que é verdadeira para quaisquer dessas representações. Para facilitar a solução da questão não faremos todas as representações gráficas possíveis entre os três conjuntos, mas sim, uma (ou algumas) representação(ões) de cada vez e passamos a analisar qual é a alternativa que satisfaz esta(s) representação(ões), se tivermos somente uma alternativa que satisfaça, então já achamos a resposta correta, senão, desenhamos mais outra representação gráfica possível e passamos a testar somente as alternativas que foram verdadeiras no teste anterior. Tomemos agora o seguinte desenho, em que fazemos duas representações, uma em que o conjunto A intercepta parcialmente o conjunto G, e outra em que não há intersecção entre eles. 14

17 Teste das alternativas: 1º) Teste da alternativa a (algum A não é G) Observando os desenhos dos círculos, verificamos que esta alternativa é verdadeira para os dois desenhos de A, isto é, nas duas representações há elementos em A que não estão em G. Passemos para o teste da próxima alternativa. 2º) Teste da alternativa b (algum A é G) Observando os desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A que está mais a direita, esta alternativa não é verdadeira, isto é, tem elementos em A que não estão em G. Pelo mesmo motivo a alternativa d não é correta. Passemos para a próxima. 3º) Teste da alternativa c (Nenhum A é G) Observando os desenhos dos círculos, verificamos que, para o desenho de A que está mais a esquerda, esta alternativa não é verdadeira, isto é, tem elementos em A que estão em G. Pelo mesmo motivo a alternativa e não é correta. Portanto, a resposta é a alternativa A. 3- (SERPRO 2001 ESAF) Todos os alunos de matemática são, também, alunos de inglês, mas nenhum aluno de inglês é aluno de história. Todos os alunos de português são também alunos de informática, e alguns alunos de informática são também alunos de história. Como nenhum aluno de informática é aluno de inglês, e como nenhum aluno de português é aluno de história, então: a) pelo menos um aluno de português é aluno de inglês. b) pelo menos um aluno de matemática é aluno de história. c)) nenhum aluno de português é aluno de matemática. d) todos os alunos de informática são alunos de matemática. e) todos os alunos de informática são alunos de português. Solução: O enunciado traz as seguintes proposições categóricas: 1. Todos os alunos de matemática são, também, alunos de inglês 2. Nenhum aluno de inglês é aluno de história 3. Todos os alunos de português são também alunos de informática 4. Alguns alunos de informática são também alunos de história 5. Nenhum aluno de informática é aluno de inglês 6. Nenhum aluno de português é aluno de história Veja que há várias proposições categóricas, e devemos fazer a representação gráfica de cada uma para encontrar a resposta correta. Por qual proposição categórica devemos iniciar os desenhos dos círculos? Não há uma ordem única na realização dos desenhos, devemos ir rabiscando um a um, de forma que ao final dos desenhos, tenhamos atendido a todas as proposições categóricas. Após os rabiscos efetuados para cada proposição categórica, chegamos ao seguinte desenho final: 15

18 Teste das Alternativas 1 ) Teste da alternativa a (pelo menos um aluno de português é aluno de inglês) Pelo desenho, já descartamos essa alternativa. 2 ) Teste da alternativa b (pelo menos um aluno de matemática é aluno de história) Também pelo desenho, descartamos essa alternativa. 3 ) Teste da alternativa c (nenhum aluno de português é aluno de matemática) Observando o desenho, vemos claramente que este item é verdadeiro. 4 ) Teste da alternativa d (todos os alunos de informática são alunos de matemática) Pelo desenho, temos que esta alternativa está errada. 5 ) Teste da alternativa e (todos os alunos de informática são alunos de português) Pelo desenho, temos que esta alternativa também está errada. Resposta: alternativa C. 4. LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM Sentenças abertas e quantificadores Sentenças Abertas No capítulo um, comentamos sobre as sentenças abertas, que são sentenças do tipo: a) x + 3 = 10 b) x > 5 c) (x+1)² 5 = x² d) x y = 20 e) Em 2004 foram registradas 800+z acidentes de trânsito em São Paulo. f) Ele é o juiz do TRT da 5ª Região. Tais sentenças não são consideradas proposições porque seu valor lógico (V ou F) depende do valor atribuído à variável (x, y, z,...). O pronome ele que aparece na última sentença acima, funciona como uma variável, a qual se pode atribuir nomes de pessoas. Há, entretanto, duas maneiras de transformar sentenças abertas em proposições: 1ª) atribuir valor às variáveis; 2ª) utilizar quantificadores. A primeira maneira foi mostrada no capítulo um, mas vejamos outros exemplos: Ao atribuir a x o valor 5 na sentença aberta x + 3 = 10, esta transforma-se na proposição = 10, cujo valor lógico é F. Ao atribuir a x o valor 2 na sentença aberta (x+1)² 5 = x², esta transforma-se na proposição (2+1)² 5 = 2², que resulta em 4 = 4, tendo, portanto, valor lógico V. A seguir, veremos a transformação de uma sentença aberta numa proposição por meio de quantificadores. Quantificadores Consideremos as afirmações: a) Todo sangue é vermelho. b) Cada um dos alunos participará da excursão. c) Algum animal é selvagem. d) Pelo menos um professor não é rico. e) Existe uma pessoa que é poliglota. f) Nenhum crime é perfeito. 16

19 Expressões como todo, cada um, algum, pelo menos um, existe, nenhum são quantificadores. Há fundamentalmente dois tipos de quantificadores: Universal e Existencial. O Quantificador Universal O quantificador universal é indicado pelo símbolo que se lê: para todo, para cada, qualquer que seja. Veremos agora exemplos de transformações de sentenças abertas em proposições: RACIOCÍNIO LÓGICO 1) (x)(xn)(x + 3 = 10) O símbolo é o quantificador universal, x é a variável, N é o conjunto dos números naturais e x + 3 = 10 é a sentença aberta. (É frequente em questões de concurso a sentença aberta ser chamada de predicado ou propriedade.) A proposição (x)(xn)(x² = 4) se lê da seguinte maneira: Para todo elemento x do conjunto dos números naturais, temos que x + 3 = 10. Qual o valor lógico dessa proposição? É claro que é Falso, pois se fizermos, por exemplo, o x igual ao número natural 1, teremos = 10 (resultado falso!). 2) (x)( xz )(x² x) O símbolo é o quantificador universal, x é a variável, Z é o conjunto dos números inteiros e x² xé a sentença aberta. A proposição (x)( xz )(x² x) se lê da seguinte maneira: Para todo elemento x do conjunto dos números inteiros, temos que x² x. Qual o valor lógico dessa proposição? Os números inteiros são {... -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3...}. Se substituirmos qualquer um desses números na sentença x² x, o resultado será sempre verdadeiro. Portanto, o valor lógico da proposição é Verdade. Se mudássemos do conjunto dos inteiros (Z) para o conjunto dos números racionais (Q), a proposição (x)( xz )(x² x) tornar-se-ia Falsa. Pois, se substituirmos x por 1/2, teremos (1/2)² 1/2, que resulta em 1/4 1/2 (resultado falso!). Podemos simplificar a notação simbólica das proposições, conforme mostrado abaixo: (x)( x N)(x + 3 = 10) pode ser escrita como (x N)(x + 3 = 10); (x)( xz )(x² x) pode ser escrita como (x Z) (x² x) O Quantificador Existencial O quantificador existencial é indicado pelo símbolo que se lê: existe pelo menos um, existe um, existe, para algum. Passemos a exemplos de transformações de sentenças abertas em proposições usando o quantificador existencial: 1) (x)(xn)(x² = 4) O símbolo é o quantificador existencial, x é a variável, N é o conjunto dos números naturais e x²=4 é a sentença aberta. A proposição (x)(xn)(x² = 4) se lê da seguinte maneira: Existe pelo menos um x pertencente ao conjunto dos números naturais tal que x² = 4. Qual o valor lógico dessa proposição? Ao resolver a equação x²= 4, encontramos como raízes os valores 2 e -2, sendo apenas o primeiro um número natural. Como existe uma raiz que é um número natural, então a proposição tem valor lógico Verdade. 2) (y)(yr)(y + 1 = y + 2) O símbolo é o quantificador existencial, y é a variável, R é o conjunto dos números reais e y + 1 = y + 2 é a sentença aberta. A proposição (y)(yr)(y + 1 = y + 2) se lê da seguinte maneira: Existe pelo menos um y pertencente ao conjunto dos números reais tal que y + 1 = y + 2. Podemos simplificar a sentença y + 1 = y + 2, cortando o y de cada lado da igualdade, resultando em 1 = 2. Não há y que dê jeito de fazer 1 igual a 2, portanto a proposição é Falsa. Há outro quantificador que deriva do quantificador existencial, ele é chamado de quantificador existencial de unicidade, simbolizado por que se lê: existe um único, existe um e um só. Exemplos: 1) ( x)(xn)(x + 5 = 7) que se lê: existe um único número x pertencente ao conjunto dos números naturais tal que x + 5 = 7. Realmente, só existe o número 2 que satisfaz essa sentença, daí a proposição tem valor lógico Verdade. Da mesma forma que o quantificador universal, também podemos simplificar a representação simbólica das proposições com quantificador existencial, por exemplo: - ( x)(xz)(x³= 5x2) pode ser escrita como (( x N)(x³= 5x2); 17

20 Representação Simbólica das Proposições Categóricas A tabela abaixo mostra a representação simbólica (na linguagem da lógica de 1.ª ordem) de cada uma das proposições categóricas. Como era de se esperar a representação do todo A é B é uma condicional. O Algum A é B significa intersecção entre A e B, portanto é representado pela conjunção. O Nenhum A é B é a negação do Algum A é B, por isso que sua representação é a do algum com um til (~) na frente. E por último, o Algum A não é B é a negação de Todo A é B. Poder-se-ia colocar apenas um til (~) na frente. Exercícios Resolvidos: 1) (ICMS-SP 2006/FCC) Considere as seguintes frases: I. Ele foi o melhor jogador do mundo em II. (x+y)/5 é um número inteiro. III. João da Silva foi o secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em É verdade que apenas: a) I e II são sentenças abertas. b) I e III são sentenças abertas c) II e III são sentenças abertas d) I é uma sentença aberta. e) II é uma sentença aberta Solução: A frase I é uma sentença aberta, pois Ele pode, nesta questão, estar se referindo a uma homem qualquer. Não podemos classificá-la em V ou F, porque não sabemos sobre quem estamos falando. A frase I seria uma proposição se, por exemplo, o locutor apontasse para uma pessoa e falasse Ele foi o melhor jogador do mundo em A frase II é, sem dúvida, uma sentença aberta, pois há duas variáveis e infinitos valores que podem tornar a frase verdadeira ou falsa. Já a frase III não é uma sentença aberta, pois facilmente podemos verificar o sujeito e classificá-la em V ou F. 2) Identifique com F as sentenças fechadas e com A as abertas a) ( ) = 10 e) ( ) 18x + 3 = 3 b) ( ) 6 + x = 2 f) ( ) z - 6 = -10 c) ( ) 2-1 < 5 g) ( ) 5-2 = 9 d) ( ) y - 3 = 6 h) ( ) A baleia é um mamífero Respostas: 1) A 2) a) F b) A c) F d) A e) A f) A g) F h) F 5 PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E PROBABILIDADE. Princípio fundamental da contagem Princípio Fundamental da Contagem é o mesmo que a Regra do Produto, um princípio combinatório que indica quantas vezes e as diferentes formas que um acontecimento pode ocorrer. 18

21 O acontecimento é formado por dois estágios caracterizados como sucessivos e independentes: O primeiro estágio pode ocorrer de m modos distintos. O segundo estágio pode ocorrer de n modos distintos. Desse modo, podemos dizer que o número de formas diferente que pode ocorrer em um acontecimento é igual ao produto m. n. Exemplo: Alice decidiu comprar um carro novo, e inicialmente ela quer se decidir qual a modelo e a cor do seu novo veículo. Na concessionária onde Alice foi há 3 tipos de modelos que são do interesse dela: Siena, Fox e Astra, sendo que para cada carro há 5 opções de cores: preto, vinho, azul, vermelho e prata. Qual é o número total de opções que Alice poderá fazer? Resolução: Segundo o Principio Fundamental da Contagem, Alice tem 3 5 opções para fazer, ou seja,ela poderá optar por 15 carros diferentes. Vamos representar as 15 opções na árvore de possibilidades: Generalizações: Um acontecimento é formado por k estágios sucessivos e independentes, com n 1, n 2, n 3,, nk possibilidades para cada. O total de maneiras distintas de ocorrer este acontecimento é n 1. n 2. n 3.. n k. Cálculo Combinatório Técnicas de contagem Na Técnica de contagem não importa a ordem. Considere A = {a; b; c; d; ; j} um conjunto formado por 10 elementos diferentes, e os agrupamentos ab, ac e ca. ab e ac são agrupamentos sempre distintos, pois se diferenciam pela natureza de um dos elemento. 19

22 ac e ca são agrupamentos que podem ser considerados distintos ou não distintos pois se diferenciam somente pela ordem dos elementos. Quando os elementos de um determinado conjunto A forem algarismos, A = {0, 1, 2, 3,, 9}, e com estes algarismos pretendemos obter números, neste caso, os agrupamentos de 13 e 31 são considerado distintos, pois indicam números diferentes. Quando os elementos de um determinado conjunto A forem pontos, A= {A 1, A 2, A 3, A 4, A 5, A 9 }, e com estes pontos pretendemos obter retas, neste caso os agrupamentos são iguais, pois indicam a mesma reta. Conclusão Os agrupamentos 1. Em alguns problemas de contagem, quando os agrupamentos se diferirem pela natureza de pelo menos um de seus elementos, os agrupamentos serão considerados distintos. Neste caso os agrupamentos são denominados combinações. Pode ocorrer: O conjunto A é formado por pontos e o problema é saber quantas retas esses pontos determinam. 2. Quando se diferir tanto pela natureza quanto pela ordem de seus elementos, os problemas de contagem serão agrupados e considerados distintos. Neste caso os agrupamentos são denominados arranjos. Pode ocorrer: O conjunto A é formado por algarismos e o problema é contar os números por eles determinados. Arranjos Simples Definição Arranjos Simples são agrupamentos sem repetições em que um grupo se torna diferente do outro pela ordem ou pela natureza dos elementos componentes. Seja A um conjunto com n elementos e k um natural menor ou igual a n. Os arranjos simples k a k dos n elementos de A, são os agrupamentos, de k elementos distintos cada, que diferem entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus elementos. Cálculos do número de arranjos simples: Na formação de todos os arranjos simples dos n elementos de A, tomados k a k: No Princípio Fundamental da Contagem (A n, k ), o número total de arranjos simples dos n elementos de A (tomados k a k), temos: 20

23 Multiplicando e dividindo por (n k)!. (é o produto de k fatores) Permutações Definição Considere A como um conjunto com n elementos. Os arranjos simples n a n dos elementos de A, são denominados permutações simples de n elementos. De acordo com a definição, as permutações têm os mesmos elementos. São os n elementos de A. As duas permutações diferem entre si somente pela ordem de seus elementos. Cálculo do número de permutação simples: O número total de permutações simples de n elementos indicado por Pn, e fazendo k = n na fórmula A n, k = n (n 1) (n 2).. (n k + 1), temos: Combinações simples Definição Combinação simples são agrupamentos formados com os elementos de um conjunto que se diferenciam somente pela natureza de seus elementos. Considere A como um conjunto com n elementos k um natural menor ou igual a n. Os agrupamentos de k elementos distintos cada um, que diferem entre si apenas pela natureza de seus elementos são denominados combinações simples k a k, dos n elementos de A. 21

24 Exemplo Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com elementos distintos. Com os elementos de A podemos formar 4 combinações de três elementos cada uma: Se trocarmos os 3 elementos das 4 combinações obtemos todos os arranjos 3 a 3: (4 combinações) x (6 permutações) = 24 arranjos Logo: Cálculo do número de combinações simples: O número total de combinações simples dos n elementos de A representados por C n, k, tomados k a k, analogicamente ao exemplo apresentado, temos: a) Trocando os k elementos de uma combinação k a k, obtemos Pk arranjos distintos. b) Trocando os k elementos das Cn, k. Pk arranjos distintos. Portanto: 22

25 Lembrando que: Também pode ser escrito assim: Combinações completas Combinações completas de n elementos, de k a k, são combinações de k elementos não necessariamente distintos. Em vista disso, quando vamos calcular as combinações completas devemos levar em consideração as combinações com elementos distintos (combinações simples) e as combinações com elementos repetidos. O total de combinações completas de n elementos, de k a k, indicado por : Arranjos completos Arranjos completos de n elementos, de k a k são os arranjos de k elementos não necessariamente distintos. Em vista disso, quando vamos calcular os arranjos completos, deve-se levar em consideração os arranjos com elementos distintos (arranjos simples) e os elementos repetidos. O total de arranjos completos de n elementos, de k a k, e indicado simbolicamente por A* n,k dado por: Considerando: α elementos iguais a a, β elementos iguais a b, γ elementos iguais a c,, λ elementos iguais a l, Totalizando em α + β + γ + λ = n elementos. Simbolicamente representado por P nα, β, γ,, λo número de permutações distintas que é possível formarmos com os n elementos: Exercícios: 1- Quantos são os números naturais de dois algarismos que são múltiplos de 5? Como o zero à esquerda de um número não é significativo, para que tenhamos um número natural com dois algarismos ele deve começar com um dígito de 1 a 9, temos portanto 9 possibilidades. Para que o número seja um múltiplo de 5, o mesmo deve terminar em 0 ou 5, portanto temos apenas 2possibilidades. A multiplicação de 9 por 2 nos dará o resultado desejado. Logo: São 18 os números naturais de dois algarismos que são múltiplos de Eu possuo 4 pares de sapatos e 10 pares de meias. De quantas maneiras poderei me calçar utilizando um par de meias e um de sapatos? 23

26 Pelo princípio fundamental da contagem temos que multiplicar 4, que é o número de elementos do primeiro conjunto, por 10 que corresponde ao número de elementos do segundo conjunto. Portanto: Poderei me calçar de 40 maneiras diferentes. 3- De quantas formas podemos dispor as letras da palavra FLUOR de sorte que a última letra seja sempre a letra R? Para a última letra, segundo o enunciado temos apenas uma possibilidade que é a letra R. Para a primeira, segunda, terceira e quarta letras temos respectivamente 4, 3, 2 e 1 possibilidades. Assim temos: =24 Note que este exemplo é semelhante ao caso dos livros, explicado no início da página, só que neste caso teríamos mais um livro, digamos de ciências, que sempre seria colocado na pilha por último. Podemos dispor as letras da palavra FLUOR de 24 formas diferentes, tal que a última letra seja sempre a letra R. 4) Quantas palavras com significado ou não de 3 letras podemos formar com as letras A,L,I? Resolução: Vamos denotar o conjunto das letras A,L,I sendo X= {A,L,I} Como estamos trabalhando com permutações, então P=n, logo temos 3 possibilidades para a 1º posição 3-1 possibilidades para a 2º posição 3-2 possibilidades para a 3º posição Note que sempre que tratarmos sobre permutações, e não existir nenhuma condição para permutar os elementos do conjunto, P(n) = n! Ou seja se temos 3 elementos, então P 3 =3! = 6 palavras diferentes. 5) De quantas maneiras uma família de 5 pessoas pode sentar-se num banco de 5 lugares para tirar uma foto? Vamos denotar o conjunto destas cinco pessoas sendo X={ P,M,F1,F2,F3} Note que sempre que tratarmos sobre permutações, e não existir nenhuma condição para permutar os elementos do conjunto, P(n) = n! Ou seja se temos 5 elementos, então P 5 =5! = 120 maneiras diferentes. 6 OPERAÇÕES COM CONJUNTOS 1. (CHESF Administração Cesgranrio/2012) Para preencher vagas disponíveis, o departamento de pessoal de uma empresa aplicou um teste em 44 candidatos, solicitando, entre outras informações, que o candidato respondesse se já havia trabalhado: I - em setor de montagem eletromecânica de equipamentos; II - em setor de conserto de tubulações urbanas; III - em setor de ampliações e reformas de subestações de baixa e de alta tensão. Analisados os testes, o departamento concluiu que todos os candidatos tinham experiência em pelo menos um dos setores citados anteriormente e que tinham respondido afirmativamente: -28 pessoas a RESPOSTA: I; -4 pessoas somente a RESPOSTA: I; -1 pessoa somente a RESPOSTA: III; -21 pessoas as RESPOSTA: s I e II; -11 pessoas as RESPOSTA: s II e III; -13 pessoas as RESPOSTA: s I e III. Com base nas informações anteriores, assinale a opção incorreta: A) Apenas 10 candidatos tem experiência nos 3 setores. B)O Somente 36 candidatos tem experiência no setor de conserto de tubulações urbanas. C) Apenas 15 candidatos tem experiência no setor de ampliações e reformas de subestações. D) Somente 2 candidatos tem experiência apenas nos setores de montagem e de ampliações e reformas de subestações. E) Somente 1 candidato tem experiência apenas nos setores de conserto de tubulações urbanas e de ampliações e reformas de subestações. 24

27 A representação dos três conjuntos, I, II e III, por diagrama s de Venn, pode ser dada por: Convém indicar inicialmente por x o numero de elementos de (I n II n III), isto e, o numero de candidatos que tinham experiência nos três setores classificados. A seguir indicaremos o numero de elementos comuns de (I n II), (I n III) e (II n III) por x. Logo, os elementos excedentes a x, são, respectivamente: (21 - x); (13 - x) e (11 - x). Assim, então, podemos representar o que se segue: Completando o restante do diagram a de Venn com os valores citados no enunciado, temos: Para determinarmos os valores de x e y, consideramos o primeiro dado do enunciado: -28 pessoas a RESPOSTA: I. Logo, podemos dizer que: 4 + (13 - x) + x + (21 - x) = x + x x = 28 ^ 38 - x = 28 - x = x = - 10x(- 1) x = 10 candidatos. De acordo com os dados da questão, a soma de todos os elementos contidos no diagrama de Venn acima e 44. Assim sendo, podemos determinar o valor de y : 4 + (13-10) (21-10) + (11 - x) y = 44, e substituindo x = 10, vem: 30 + y = 44 y = > y=14 candidatos 25

28 Concluímos, então, que o diagrama de Venn pode ser apresentado das seguintes formas abaixo: RACIOCÍNIO LÓGICO Assim sendo, a única RESPOSTA: que discorda do diagrama de Venn acima e o item c, que afirma que somente 2 (e não 3!!!) candidatos tem experiência apenas nos setores de montagem e de ampliações e reformas de subestações. RESPOSTA: C. 2. (HUB/EBSERH Área administrativa - IBFC/2013) Numa pesquisa, sobre a preferência entre 2 produtos, foram entrevistadas 320 pessoas e chegou-se ao seguinte resultado: 210 preferiram o produto A, 190 preferiram o produto B e 45 nenhum dos dois. Portanto, o total de entrevistados que preferiram somente um dos produtos foi de: A) 150 B) 125 C) 35 D) 85 Devemos fazer o digrama, começando pelas interseções: - Preferiram os dois produtos: x. - Preferiram somente o produto A: x. - Preferiram somente o produto B: x - Não opinaram: 45 pessoas. - Total: 320 pessoas. 210 x + x x + 45 = x = x = x = -125 x = 125 Substituindo o valor de x, teremos: 26

29 O total de entrevistados que preferiram somente um dos produtos (ou o A ou o B) foi de: = 150 RESPOSTA: A. 3. (HUB/EBSERH Área administrativa - IBFC/2013) Numa pesquisa com 320 pessoas sobre a escolha entre dois produtos A e B constatou-se que: 175 escolheram o produto A, 120 escolheram o produto B e 35 não opinaram, podemos dizer então que: A) 20 pessoas escolheram os dois produtos. B) 110 pessoas escolheram somente o produto B. C) 155 pessoas escolheram somente o produto A. D) 275 pessoas gostam do produto A ou do produto B. E) Menos de 10 pessoas escolheram os dois produtos. Devemos fazer o digrama, começando pelas interseções: - Escolheram os dois produtos: x. - Escolheram somente o produto A: x. - Escolheram somente o produto B: x. - Não opinaram: 35 pessoas. - Total: 320 pessoas. 175 x + x x + 35 = x = x = -10 x = 10 Substituindo o valor de x, teremos: -10 pessoas escolheram os dois produtos pessoas escolheram somente o produto A pessoas escolheram apenas o produto B = 285 pessoas gostam do produto A ou do produto B. RESPOSTA: B. 4. (HUB/EBSERH Área administrativa - IBFC/2013) Dos 320 alunos de uma academia de ginástica, sabe-se que 170 praticam aeróbica, 148 praticam natação, 172 praticam boxe, 80 praticam aeróbica e boxe, 75 praticam natação e boxe, 62 praticam aeróbica e natação e 23 praticam os três. Nessas condições podemos afirmar que: A) 40 alunos praticam somente natação. B) 74 alunos praticam natação ou aeróbica. C) 91 alunos praticam aeróbica ou boxe. D) O total de alunos que não fazem aeróbica, boxe e natação é igual a 34. E) 51 alunos praticam somente boxe. 27

30 Devemos fazer o digrama, começando pelas interseções de dentro par fora: - Praticam os três: 23 alunos - Praticam somente aeróbica e natação = = 39 alunos. - Praticam somente natação e boxe: = 52 alunos. - Praticam somente aeróbica e natação: = 57 alunos. Prosseguindo, temos que: praticam aeróbica: 170 ( ) = 51 praticam somente aeróbica praticam natação: 148 ( ) = 34 praticam somente natação praticam boxe: 172 ( ) = 40 praticam somente boxe. Somando todos os valores: = 296, como no total são 320 alunos, podemos concluir que = 24 alunos não praticam aeróbica, boxe, ou natação. 28

31 - praticam somente natação: 34 alunos - praticam natação ou aeróbica: = 256 alunos. - praticam aeróbica ou boxe: = 262 alunos. - O total de alunos que não fazem aeróbica, boxe e natação é igual a praticam somente boxe: 40 alunos Essa questão não possui RESPOSTA: correta. Deveria ter sido anulada. O gabarito apontado pela IBFC foi a letra C. 5. (HUB/EBSERH Área administrativa - IBFC/2013) Dois candidatos A e B disputaram um cargo numa empresa. Os funcionários da empresa poderiam votar nos dois ou em apenas um deles ou em nenhum deles. O resultado foi o seguinte: 55% dos funcionários escolheram o candidato A, 75% escolheram o candidato B, 10% dos votos foram em branco. Pode-se afirmar então que o total de funcionários que escolheram somente um dentre os dois candidatos foi de: A) 50% B) 40% C) 90% D) 120% Mais uma vez devemos fazer o digrama, começando pelas interseções: - Votaram nos dois candidatos: x %. - Votaram somente no candidato A: 55% - x %. - Escolheram somente o produto B: 75% - x %. - Votos em branco: 10% - Total: 100% 55 x + x + 75 x + 10 = x = x = - 40 x = 40 Então: Pode-se afirmar então que o total de funcionários que escolheram somente um dentre os dois candidatos foi de: 15% + 35% = 50%. RESPOSTA: A. 6. (HUB/EBSERH Área administrativa - IBFC/2013) Uma pesquisa, envolvendo pessoas, verificou que todas estavam contaminadas por um dos vírus X ou Y ou por ambos. Se havia 450 pessoas contaminadas pelo vírus X e, dessas, 60 estavam contaminadas por ambos os vírus, qual o número de pessoas contaminadas apenas pelo vírus Y? A) 390 B) 490 C) 510 D) 550 E)

32 Novamente devemos começar pela interseção: 60 pessoas estavam contaminadas pelos dois vírus. Contaminadas somente pelo vírus X: = 390 RACIOCÍNIO LÓGICO y = y = 1000 y = y = 550 RESPOSTA: D. 7. (HUB/EBSERH Área administrativa - IBFC/2013) Em uma escola, são praticados dois esportes futebol e basquete do seguinte modo: 54 alunos praticam apenas um esporte; 32 praticam futebol; 12 praticam ambos e 74 não praticam basquete. Qual é o total de alunos da escola? A) 108. B) 120. C) 124. D) 128. E) Praticam os dois: 12 alunos - Praticam apenas futebol: = 20 alunos - Se 54 alunos praticam apenas um esporte e 20 alunos praticam apensa futebol, então 54-20=34 praticam apenas basquete. - Os alunos que não praticam basquete são aqueles que praticam apenas futebol mais aqueles que não praticam nenhum dos dois esportes, logo, = 54 não praticam nenhum dos dois esportes. U = U = 120 alunos RESPOSTA: B. 8. (ANVISA - Técnico Administrativo CETRO/2013) Considere as premissas: P1: Todos os ϫ são. P2: Todos os são Ϯ. P3: Quem é não é Ϯ. Assinale a RESPOSTA: que não é uma consequência lógica das três premissas apresentadas. A) Os ϫ não são. B) Os não são. C) Os Ϯ não são. D) Os Ϯ são. E) Os ϫ são Ϯ. 30

33 Representando as premissas P1, P2 e P3 por diagramas lógicos, teremos: P1: Todos os ϫ são. Logo, podemos concluir que: (a) Se todos os ϫ são e todos os são Ϯ, portanto, Todos os ϫ são Ϯ. (b) Quem é não é Ϯ, logo, também não será nem ϫ, nem. RESPOSTA: D. 9. (ANVISA - Técnico Administrativo CETRO/2013) Em um pote de doces, sabe-se que existe pelo menos um chiclete que é de hortelã. Sabe-se, também, que todos os doces do pote que são de sabor hortelã são verdes. Segue-se, portanto, necessariamente que A) todo doce verde é de hortelã. B) todo doce verde é chiclete. C) nada que não seja verde é chiclete. D) algum chiclete é verde. E) Algum chiclete não é verde. 31

34 Sejam as premissas: P1: Existe pelo menos um chiclete que é de hortelã. P2: Todos os doces do pote que são de sabor hortelã são verdes. Portanto, representando as premissas P1 e P2 na forma de diagramas lógicos,obteremos a seguinte situação conclusiva: P2: Todos os doces do pote que são de sabor hortelã são verdes. Podendo ser representa de duas formas: Por esses diagramas, podemos concluir que: (a) Nem todo chiclete é de hortelã e verde. (b) algum chiclete é de hortelã e verde. (c) todos os chicletes podem ser verdes ou não. RESPOSTA: D. 7 RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO PROBLEMAS ARITMÉTICOS, GEOMÉTRI- COS E MATRICIAIS. 1. (TCU ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO - CESPE/2013) Efetuando as multiplicações 2 2, 4 4, 6 6, 8 8,..., obtemos uma sequência de números representada a seguir pelos seus quatro primeiros elementos: (4, 16, 36, 64,... ). Seguindo a mesma lógica, o 1000 elemento dessa sequência será e o 1001 elemento será Dessa forma, o 1002 elemento será 32

35 A) B) C) D) E) Temos multiplicação de números pares. Logo, a n =2n.2n a n =2n² a n =4n² Então temos: RESPOSTA: E. 2. (TCE/SE Técnico de Controle Externo FCC/2012) O robô A percorre um segmento de reta com medida par, em metros, em 20 segundos cada metro; um segmento de reta com medida ímpar, em metros, é percorrido em 30 segundos cada metro. O robô B percorre em 20 segundos cada metro os segmentos de medida ímpar, em metros. Os segmentos de medida par, em metros, o robô B percorre em 30 segundos. Um percurso com segmentos de reta de 2 metros, 3 metros, 4 metros, 7 metros, 4 metros e 3 metros será percorrido pelo robô mais rápido, neste percurso, com uma vantagem, em segundos, igual a A) 10 B) 20 C) 30 D) 35 E) 40 A forma mais rápida de resolver a questão é começar fazendo a soma do total das distâncias pares e ímpares: Vamos chamar de DSP a soma dos segmentos pares e de DSI a soma dos segmentos ímpares, assim temos: DSP = = 10 DSI = = 13 Agora considerando a informação de que DSI é maior que DSP podemos concluir que o robô B, que é mais rápido nos segmentos ímpares, percorrerá o percurso em menor tempo. A velocidade com que o robô A percorre os segmentos pares é igual à velocidade com que o robô B percorre os segmentos ímpares e vice-versa, dessa forma podemos concluir que se a distância dos segmentos ímpares fosse igual à distância dos segmentos ímpares os dois robôs percorreriam o percurso no mesmo tempo. Assim, podemos concluir que a forma mais rápida de calcular a diferença de tempo entre um robô e outro consiste em calcular a diferença entre DSI e DSP: DSI - DSP = 3 E depois considerar que nessa distância de três metros o robô A é 10 segundos mais lento por metro, ou seja, a diferença total de tempo é igual a: Diferença de tempo = ( DSI - DSP) * (30-20) Sendo 30 o tempo que o robô A leva para percorrer o trecho ímpar e 20 o tempo que o robô B leva para percorrer o trecho ímpar. Diferença de tempo = 3 * 10 = 30 RESPOSTA: C. 3. (MI - Assistente Técnico administrativo - Cespe/UnB/2013) A figura abaixo mostra quatro cilindros que rolam uns contra os outros, sem deslizamento. Sabe-se que os diâmetros de A e D medem 4 e 8 centímetros respectivamente; o diâmetro de B é quatro vezes o diâmetro de C; a soma dos diâmetros de A e D é a metade do diâmetro de B; e a velocidade de A é 180 rotações por minuto (r.p.m.). A velocidade de D, em r.p.m., é: A) 60; B) 90; C) 120; D) 180; E)

36 Se os cilindros A e D somam 12 centímetros e o cilindro B tem o dobro desta soma, tem-se que B possui 24 centímetros de diâmetro. Logo, o cilindro C possui um quarto de 24 centímetros, ou seja, 6 centímetros. Quando um cilindro é maior que o anterior, deve-se dividir a velocidade deste pela razão. Quando um cilindro é menor que o anterior, deve-se multiplicar a velocidade deste pela razão. RESPOSTA: B. Cilindro Diâmetro (cm) Razão Velocidade (RPM) A B 24 A/6 30 C 6 B=4C 120 D 8 0,75C (MI - Assistente Técnico administrativo - Cespe/UnB/2013) Uma empresa pretende construir um deposito de material em forma de um paralelepípedo, cuja base retangular tem 40 m de comprimento. A base e a altura das tesouras do telhado do deposito tem, respectivamente, 32 m e 5 m, conforme ilustra a figura ao lado. Considerando as informações acima e a figura apresentada, e correto afirmar que a área do telhado a ser coberta, em m2, é: A) inferior a 900; B) superior a 900 e inferior a 1.000; C) superior a e inferior a 1.100; D) superior a e inferior a 1.200; E) superior a Área do telhado = 2x (b x l) 34

37 Calculo do lado ( l ) de um dos dois retângulos que compõem o telhado: Aplicando o Teorema de Pitágoras em um dos triângulos retângulos formados pelas 2 tesouras, temos: L² = 5² + 16² L² = L² = 281 L = L = 16,76 m L=2x40x 16,76=1.340,8 M² RESPOSTA: E. 5. (MI - Assistente Técnico administrativo - Cespe/UnB/2013) Dadas as matrizes, calcule o determinante do produto A.B. A) 8 B) 12 C) 9 D) 15 E) 6 Ao multiplicarmos uma matriz quadrada A de ordem 2 por outra matriz quadrada B, também de ordem 2, o resultado obtido será uma terceira matriz quadrada C, de mesma ordem: onde, c 11, c 12, c 21 e c 22, são os elementos da matriz C formados pela multiplicação entre as linhas da matriz A pelas colunas da matriz B. c11= =7 c12= =17 c21= =5 c22= =13 35

ALESE. Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe. Volume I. Técnico Legislativo / Área Apoio Técnico Administrativo

ALESE. Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe. Volume I. Técnico Legislativo / Área Apoio Técnico Administrativo Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe ALESE Técnico Legislativo / Área Apoio Técnico Administrativo Volume I Edital Nº 01/2018 de Abertura de Inscrições JN071-A-2018 DADOS DA OBRA Título da obra:

Leia mais

n. 19 QUANTIFICADOR UNIVERSAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL DE UNICIDADE SENTENÇAS ABERTAS

n. 19 QUANTIFICADOR UNIVERSAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL DE UNICIDADE SENTENÇAS ABERTAS n. 19 QUANTIFICADOR UNIVERSAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL QUANTIFICADOR EXISTENCIAL DE UNICIDADE SENTENÇAS ABERTAS As sentenças em que não é possível atribuir valor lógico verdadeiro ou falso, porque isso

Leia mais

TÓPICO 01 RACIOCÍNIO LÓGICO. Análise combinatória: aplicações do princípio fundamental da contagem e do princípio da casa dos pombos.

TÓPICO 01 RACIOCÍNIO LÓGICO. Análise combinatória: aplicações do princípio fundamental da contagem e do princípio da casa dos pombos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO (De acordo com o edital 001/2018) RACIOCÍNIO LÓGICO Sequencias lógicas e leis de formção (verbais. Numéricas, geométricas); Teoria dos conjuntos (simbologia, operações, e diagramas

Leia mais

1. Princípio da não-contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa

1. Princípio da não-contradição: Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa Raciocínio Lógico Lógica estuda as formas ou estruturas do pensamento, isto é, seu propósito é estudar e estabelecer propriedades das relações formais entre as proposições. DEFINIÇÃO: Proposição: conjunto

Leia mais

RECEITA FEDERAL ANALISTA

RECEITA FEDERAL ANALISTA SENTENÇAS OU PROPOSIÇÕES São os elementos que expressam uma idéia, mesmo que absurda. Estudaremos apenas as proposições declarativas, que podem ser classificadas ou só como verdadeiras (V), ou só como

Leia mais

Introdução à Lógica Matemática

Introdução à Lógica Matemática Introdução à Lógica Matemática Disciplina fundamental sobre a qual se fundamenta a Matemática Uma linguagem matemática Paradoxos 1) Paradoxo do mentiroso (A) Esta frase é falsa. A sentença (A) é verdadeira

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais

Leia mais

Ao utilizarmos os dados do problema para chegarmos a uma conclusão, estamos usando o raciocínio lógico.

Ao utilizarmos os dados do problema para chegarmos a uma conclusão, estamos usando o raciocínio lógico. CENTRO UNVERSITÁRIO UNA NOÇÕES DE RACIOCÍNIO LÓGICO Professor: Rodrigo Eustáquio Borges A disciplina Lógica Matemática tem como objetivo capacitar o aluno a reconhecer e aplicar os conceitos fundamentais

Leia mais

MATEMÁTICA Questões comentadas Daniela Arboite

MATEMÁTICA Questões comentadas Daniela Arboite MATEMÁTICA Questões comentadas Daniela Arboite TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível

Leia mais

Lógica Formal. Matemática Discreta. Prof Marcelo Maraschin de Souza

Lógica Formal. Matemática Discreta. Prof Marcelo Maraschin de Souza Lógica Formal Matemática Discreta Prof Marcelo Maraschin de Souza Implicação As proposições podem ser combinadas na forma se proposição 1, então proposição 2 Essa proposição composta é denotada por Seja

Leia mais

Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos

Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos Unidade 1 Proposições Páginas 13 a 9 1. a) 3 é uma designação. b) 3 = 6 é uma proposição. c) é o único número primo par é uma proposição. d)

Leia mais

Raciocínio Lógico. Negação da Conjunção e Disjunção Inclusiva (Lei de Morgan) Professor Edgar Abreu.

Raciocínio Lógico. Negação da Conjunção e Disjunção Inclusiva (Lei de Morgan) Professor Edgar Abreu. Raciocínio Lógico Negação da Conjunção e Disjunção Inclusiva (Lei de Morgan) Professor Edgar Abreu www.acasadoconcurseiro.com.br Raciocínio Lógico NEGAÇÃO DE UMA PROPOSIÇÃO COMPOSTA Agora vamos aprender

Leia mais

Lógica Matemática 1. Semana 7, 8 e 9. Material Previsto para três semanas

Lógica Matemática 1. Semana 7, 8 e 9. Material Previsto para três semanas Lógica Matemática 1 Semana 7, 8 e 9. Professor Luiz Claudio Pereira Departamento Acadêmico de Matemática Universidade Tecnológica Federal do Paraná Material Previsto para três semanas Implicação e equivalência

Leia mais

BIZU PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: GUILHERME NEVES

BIZU PARA POLÍCIA FEDERAL PROFESSOR: GUILHERME NEVES Olá, pessoal! Meu nome é Guilherme Neves e estou ministrando o curso de Raciocínio Lógico para o concurso da Polícia Federal que será realizado pelo CESPE-UnB. Vamos, de uma maneira sucinta, fazer uma

Leia mais

2016 / Nome do aluno: N.º: Turma:

2016 / Nome do aluno: N.º: Turma: Teste de Matemática A 2016 / 2017 Teste N.º 1 Matemática A Duração do Teste: 90 minutos 10.º Ano de Escolaridade Nome do aluno: N.º: Turma: Grupo I Os cinco itens deste grupo são de escolha múltipla. Em

Leia mais

Sumário. Os Enigmas de Sherazade I Ele fala a verdade ou mente? I I Um truque com os números... 14

Sumário. Os Enigmas de Sherazade I Ele fala a verdade ou mente? I I Um truque com os números... 14 Sumário Os Enigmas de Sherazade... 13 I Ele fala a verdade ou mente?... 13 I I Um truque com os números... 14 Capítulo 1 Lógica de Primeira Ordem-Proposicional... 15 Estruturas Lógicas... 15 I Sentenças...

Leia mais

Alex Lira. Olá, pessoal!!!

Alex Lira. Olá, pessoal!!! Olá, pessoal!!! Seguem abaixo os meus comentários das questões de Lógica que foram cobradas na prova para o cargo de Agente da Polícia Federal, elaborada pelo Cespe, realizada no último final de semana.

Leia mais

Lógica. Fernando Fontes. Universidade do Minho. Fernando Fontes (Universidade do Minho) Lógica 1 / 65

Lógica. Fernando Fontes. Universidade do Minho. Fernando Fontes (Universidade do Minho) Lógica 1 / 65 Lógica Fernando Fontes Universidade do Minho Fernando Fontes (Universidade do Minho) Lógica 1 / 65 Outline 1 Introdução 2 Implicações e Equivalências Lógicas 3 Mapas de Karnaugh 4 Lógica de Predicados

Leia mais

Para provar uma implicação se p, então q, é suficiente fazer o seguinte:

Para provar uma implicação se p, então q, é suficiente fazer o seguinte: Prova de Implicações Uma implicação é verdadeira quando a verdade do seu antecedente acarreta a verdade do seu consequente. Ex.: Considere a implicação: Se chove, então a rua está molhada. Observe que

Leia mais

Argumentação em Matemática período Prof. Lenimar N. Andrade. 1 de setembro de 2009

Argumentação em Matemática período Prof. Lenimar N. Andrade. 1 de setembro de 2009 Noções de Lógica Matemática 2 a parte Argumentação em Matemática período 2009.2 Prof. Lenimar N. Andrade 1 de setembro de 2009 Sumário 1 Condicional 1 2 Bicondicional 2 3 Recíprocas e contrapositivas 2

Leia mais

Unidade II. A notação de que a proposição P (p, q, r,...) implica a proposição Q (p, q, r,...) por:

Unidade II. A notação de que a proposição P (p, q, r,...) implica a proposição Q (p, q, r,...) por: LÓGICA Objetivos Apresentar regras e estruturas adicionais sobre o uso de proposições. Conceituar implicação lógica, tautologias, e as propriedade sobre proposições. Apresentar os fundamentos da dedução,

Leia mais

Lógica formal. A) Sentenças I) Expressão II) Subdivisão 1. Aberta 2. Fechada III) Representação IV) Simbolização 1. Simples 2.

Lógica formal. A) Sentenças I) Expressão II) Subdivisão 1. Aberta 2. Fechada III) Representação IV) Simbolização 1. Simples 2. Lógica formal A) Sentenças I) Expressão II) Subdivisão 1. Aberta 2. Fechada III) Representação I) Simbolização 1. Simples 2. Composta B)Leis do pensamento I) Princípio da Identidade II) Principio do não-contraditório

Leia mais

1 TEORIA DOS CONJUNTOS

1 TEORIA DOS CONJUNTOS 1 TEORIA DOS CONJUNTOS Definição de Conjunto: um conjunto é uma coleção de zero ou mais objetos distintos, chamados elementos do conjunto, os quais não possuem qualquer ordem associada. Em outras palavras,

Leia mais

Hewlett-Packard CONJUNTOS. Aulas 01 a 06. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz

Hewlett-Packard CONJUNTOS. Aulas 01 a 06. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz Hewlett-Packard CONJUNTOS Aulas 01 a 06 Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz Ano 2016 Sumário CONJUNTOS... 2 CONCEITOS PRIMITIVOS... 2 REPRESENTAÇÃO DE UM CONJUNTO... 2 RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA...

Leia mais

Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO...13

Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO...13 Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO...13 CAPÍTULO I LÓGICA PROPOSICIONAL...15 1. Lógica Proposicional...15 2. Proposição...15 2.1. Negação da Proposição...18 2.2. Dupla Negação...19 2.3. Proposição Simples

Leia mais

Raciocínio Lógico (Professor Uendel)

Raciocínio Lógico (Professor Uendel) Raciocínio Lógico (Professor Uendel) Material (03); SEFAZ; JULHO DE 2017 Todo DIAGRAMAS LÓGICOS No estudo das operações com conjuntos e das soluções de problemas envolvendo conjuntos, os diagramas ajudam

Leia mais

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019

Expandindo o Vocabulário. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto. 12 de junho de 2019 Material Teórico - Módulo de INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA Expandindo o Vocabulário Tópicos Adicionais Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto 12 de junho de 2019

Leia mais

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1

MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados 1 Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br http://www.dcc.ufmg.br/~loureiro MD Lógica de Proposições Quantificadas Cálculo de Predicados

Leia mais

22. Análise Combinatória - Permutação - Repetição - Circular - Condicional Análise Combinatória - Combinação e Arranjo

22. Análise Combinatória - Permutação - Repetição - Circular - Condicional Análise Combinatória - Combinação e Arranjo Conteúdo 1. Conceitos Iniciais... 6 2. Proposições [1]... 7 3. Proposições [2] Tautologia - Contradição - Contigência... 8 4. Não são Proposições... 9 5. Lógica argumentativa Negação... 10 6. Lógica argumentativa

Leia mais

Gabarito comentado do teste especial de Raciocínio Lógico para o concurso Terracap-DF. 26 funcionários no total, sendo 18 mulheres, logo 8 são homens.

Gabarito comentado do teste especial de Raciocínio Lógico para o concurso Terracap-DF. 26 funcionários no total, sendo 18 mulheres, logo 8 são homens. Gabarito comentado do teste especial de Raciocínio Lógico para o concurso Terracap-DF Questão 01 26 funcionários no total, sendo 18 mulheres, logo 8 são homens. Questão 02 Gabarito: D Deve-se escolher

Leia mais

Matemática Régis Cortes. Lógica matemática

Matemática Régis Cortes. Lógica matemática Lógica matemática 1 INTRODUÇÃO Neste roteiro, o principal objetivo será a investigação da validade de ARGUMENTOS: conjunto de enunciados dos quais um é a CONCLUSÃO e os demais PREMISSAS. Os argumentos

Leia mais

Uma proposição é uma frase que pode ser apenas verdadeira ou falsa. Exemplos:

Uma proposição é uma frase que pode ser apenas verdadeira ou falsa. Exemplos: 1 Noções Básicas de Lógica 1.1 Proposições Uma proposição é uma frase que pode ser apenas verdadeira ou falsa. 1. Os sapos são anfíbios. 2. A capital do Brasil é Porto Alegre. 3. O tomate é um tubérculo.

Leia mais

PC Polícia Civil do Estado de São Paulo PAPILOSCOPISTA

PC Polícia Civil do Estado de São Paulo PAPILOSCOPISTA PC Polícia Civil do Estado de São Paulo PAPILOSCOPISTA Concurso Público 2016 Conteúdo Teoria dos conjuntos. Razão e proporção. Grandezas proporcionais. Porcentagem. Regras de três simples. Conjuntos numéricos

Leia mais

Professor conteudista: Ricardo Holderegger

Professor conteudista: Ricardo Holderegger Lógica Professor conteudista: Ricardo Holderegger Sumário Lógica Unidade I 1 SISTEMAS DICOTÔMICOS...3 1.1 Proposições...3 1.1.1 Proposições lógicas...3 1.1.2 Símbolos da lógica matemática...4 1.1.3 A negação...4

Leia mais

Apresentação do curso

Apresentação do curso Folha 1 Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica

Leia mais

Material Extra Aula 6 Raciocínio Lógico Prof. Edgar Abreu

Material Extra Aula 6 Raciocínio Lógico Prof. Edgar Abreu Auditor Fiscal Material Extra Aula 6 Raciocínio Lógico Prof. Edgar Abreu Raciocínio Lógico SILOGISMO Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma conclusão distinta

Leia mais

DISCIPLINA: MATEMÁTICA BÁSICA PROF. ELIONARDO ROCHELLY TEC. ALIMENTOS TEC. SISTEMAS INTERNET MATUTINO/VESPERTINO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA BÁSICA PROF. ELIONARDO ROCHELLY TEC. ALIMENTOS TEC. SISTEMAS INTERNET MATUTINO/VESPERTINO DISCIPLINA: MATEMÁTICA BÁSICA PROF. ELIONARDO ROCHELLY TEC. ALIMENTOS TEC. SISTEMAS INTERNET MATUTINO/VESPERTINO Conjuntos A noção de conjunto em Matemática é praticamente a mesma utilizada na linguagem

Leia mais

Apresentação do curso

Apresentação do curso Matemática Básica Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Apresentação do curso Parte 1 Parte 1 Matemática Básica 1 Parte 1 Matemática Básica 2 Conteúdo

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional O estudo da lógica é a análise de métodos de raciocínio. No estudo desses métodos, a lógica esta interessada principalmente na forma e não no conteúdo dos argumentos. Lógica: conhecimento das formas gerais

Leia mais

CONJUNTOS CONJUNTOS NUMÉRICOS

CONJUNTOS CONJUNTOS NUMÉRICOS ENCONTRO 01 E 02 CONJUNTOS Intuitivamente, conjunto é uma lista, coleção ou classe de objetos, números, pessoas etc. Indicamos os conjuntos por letras maiúsculas do nosso alfabeto e seus elementos por

Leia mais

Material Teórico - Módulo Equações do Segundo Grau. Equações de Segundo Grau: outros resultados importantes. Nono Ano do Ensino Funcamental

Material Teórico - Módulo Equações do Segundo Grau. Equações de Segundo Grau: outros resultados importantes. Nono Ano do Ensino Funcamental Material Teórico - Módulo Equações do Segundo Grau Equações de Segundo Grau: outros resultados importantes Nono Ano do Ensino Funcamental Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio

Leia mais

Expoente 10 Dossiê do Professor 2

Expoente 10 Dossiê do Professor 2 Expoente 0 Dossiê do Professor Tema I Introdução à lógica bivalente e à teoria de conjuntos Unidade Proposições Páginas a 9. a) é uma designação. b) = 6 é uma proposição. c) é o único número primo par

Leia mais

Prof. João Giardulli. Unidade I LÓGICA

Prof. João Giardulli. Unidade I LÓGICA Prof. João Giardulli Unidade I LÓGICA Introdução A primeira qualidade do estilo é a clareza. Aristóteles Introdução Aristóteles é considerado o precursor da lógica. Aristóteles (384-322 a.c.) Introdução

Leia mais

CAPÍTULO I. Lógica Proposicional

CAPÍTULO I. Lógica Proposicional Lógica Proposicional CAPÍTULO I Lógica Proposicional Sumário: 1. Lógica proposicional 2. Proposição 2.1. Negação da proposição 2.2. Dupla negação 2.3. Proposição simples e composta 3. Princípios 4. Classificação

Leia mais

Anotações LÓGICA PROPOSICIONAL DEFEITOS DO RACIOCÍNIO HUMANO PROPOSIÇÕES RICARDO ALEXANDRE - CURSOS ON-LINE RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 01 DEFINIÇÃO

Anotações LÓGICA PROPOSICIONAL DEFEITOS DO RACIOCÍNIO HUMANO PROPOSIÇÕES RICARDO ALEXANDRE - CURSOS ON-LINE RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 01 DEFINIÇÃO RACIOCÍNIO LÓGICO AULA 01 LÓGICA PROPOSICIONAL DEFINIÇÃO A Lógica estuda o pensamento como ele deveria ser, sem a influência de erros ou falácias. As falácias em torno do raciocínio humano se devem a atalhos

Leia mais

DISCIPLINA: MATEMÁTICA DISCRETA I PROFESSOR: GISLAN SILVEIRA SANTOS CURSO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SEMESTRE: TURNO: NOTURNO

DISCIPLINA: MATEMÁTICA DISCRETA I PROFESSOR: GISLAN SILVEIRA SANTOS CURSO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SEMESTRE: TURNO: NOTURNO DISCIPLINA: MATEMÁTICA DISCRETA I PROFESSOR: GISLAN SILVEIRA SANTOS CURSO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SEMESTRE: 2018-2 TURNO: NOTURNO ALUNO a): 1ª Lista de Exercícios - Introdução à Lógica Matemática, Teoria

Leia mais

Unidade 1 - Elementos de Lógica e Linguagem Matemáticas. Exemplo. O significado das palavras. Matemática Básica linguagem do cotidiano

Unidade 1 - Elementos de Lógica e Linguagem Matemáticas. Exemplo. O significado das palavras. Matemática Básica linguagem do cotidiano A Pirâmide de aprendizagem de William Glasser Unidade 1 - Elementos de Lógica e Linguagem Matemáticas Matemática Básica Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense 2018.1 Segundo

Leia mais

AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3. AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5. AULA 3 Negação de proposições 8

AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3. AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5. AULA 3 Negação de proposições 8 Índice AULA 1 Frases, proposições e sentenças 3 AULA 2 Conectivos lógicos e tabelas-verdade 5 AULA 3 Negação de proposições 8 AULA 4 Tautologia, contradição, contingência e equivalência 11 AULA 5 Argumentação

Leia mais

Com relação a lógica sentencial, contagem e combinação, julgue os itens a seguir.

Com relação a lógica sentencial, contagem e combinação, julgue os itens a seguir. Considerando-se como V a proposição "Sem linguagem, não há acesso à realidade", conclui-se que a proposição "Se não há linguagem, então não há acesso à realidade" é também V. Certo Errado Com relação a

Leia mais

CASA TRIBUNAIS RACIOCÍNIO LÓGICO

CASA TRIBUNAIS RACIOCÍNIO LÓGICO CASA TRIBUNAIS RACIOCÍNIO LÓGICO Quantificadores Prof. Bruno Villar www.acasadoconcurseiro.com.br Raciocínio Lógico QUANTIFICADORES Definição: É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quantificadores

Leia mais

Gestão Empresarial Prof. Ânderson Vieira

Gestão Empresarial Prof. Ânderson Vieira NOÇÕES DE LÓGICA Gestão Empresarial Prof. Ânderson ieira A maioria do texto apresentado neste arquivo é do livro Fundamentos de Matemática Elementar, ol. 1, Gelson Iezzi e Carlos Murakami (eja [1]). Algumas

Leia mais

IGUALDADES EM IR IDENTIDADES NOTÁVEIS

IGUALDADES EM IR IDENTIDADES NOTÁVEIS IGUALDADES EM IR Uma relação muito importante definida em IR (conjunto dos números reais) é a relação de igualdade. Na igualdade A = B, A é o primeiro membro e B é o segundo membro. As igualdades entre

Leia mais

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO

MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO SENTENÇAS OU PROPOSIÇÕES MODIICADORES São os elementos que expressam uma idéia, mesmo que absurda. Estudaremos apenas as proposições declarativas, que podem ser classificadas ou só como verdadeiras (),

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CCA/ UFES Departamento de Engenharia Rural. Lista de exercícios 1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CCA/ UFES Departamento de Engenharia Rural. Lista de exercícios 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CCA/ UFES Departamento de Engenharia Rural Disciplina: Lógica Computacional I Professora: Juliana Pinheiro Campos Data: 25/08/2011 Lista

Leia mais

LÓGICA - 2. ~ q. Argumentos Regras de inferência. Proposições: 1) Recíproca 2) Contrária 3) Contra positiva. 1) Proposição recíproca de p q :

LÓGICA - 2. ~ q. Argumentos Regras de inferência. Proposições: 1) Recíproca 2) Contrária 3) Contra positiva. 1) Proposição recíproca de p q : LÓGICA - 2 Proposições: 1) Recíproca 2) Contrária 3) Contra positiva 1) Proposição recíproca de p q : q p 2) Proposição contrária de p q : ~ p 3) Proposição contra positiva de p q : ~ p ex. Determinar:

Leia mais

Campos Sales (CE),

Campos Sales (CE), UNIERSIDADE REGIONAL DO CARIRI URCA PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO PROGRAD UNIDADE DESCENTRALIZADA DE CAMPOS SALES CAMPI CARIRI OESTE DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DISCIPLINA: Tópicos de Matemática SEMESTRE:

Leia mais

Tutoria Matemática para Informática Teoria geral dos conjuntos Pertinência Inclusão Operações com conjuntos

Tutoria Matemática para Informática Teoria geral dos conjuntos Pertinência Inclusão Operações com conjuntos Tutoria Matemática para Informática Teoria geral dos conjuntos Pertinência Є (pertence) ou Є (não pertence) Sempre verificando de elemento para conjunto { } ou Ø = vazio {Ø} = conjunto com elemento vazio

Leia mais

Questões de Concursos Aula 02 CEF RACIOCÍNIO LÓGICO. Prof. Fabrício Biazotto

Questões de Concursos Aula 02 CEF RACIOCÍNIO LÓGICO. Prof. Fabrício Biazotto Questões de Concursos Aula 02 CEF RACIOCÍNIO LÓGICO Prof. Fabrício Biazotto Raciocínio Lógico 1. Considere as afirmações: I. A camisa é azul ou a gravata é branca. II. Ou o sapato é marrom ou a camisa

Leia mais

TABELA VERDADE. por: André Aparecido da Silva. Disponível em:

TABELA VERDADE. por: André Aparecido da Silva. Disponível em: TABELA VERDADE por: André Aparecido da Silva Disponível em: http://www.oxnar.com.br/aulas/logica Normalmente, as proposições são representadas por letras minúsculas (p, q, r, s, etc). São outros exemplos

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 2

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 2 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão Nome: N.º Turma: Apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias. Quando,

Leia mais

Fundamentos da Lógica I

Fundamentos da Lógica I Fundamentos da Lógica I O conceito mais elementar no estudo da lógica primeiro a ser visto é o de Proposição. Trata-se, tão somente, de uma sentença algo que será declarado por meio de palavras ou de símbolos

Leia mais

Lógica Matemática. Prof. Gerson Pastre de Oliveira

Lógica Matemática. Prof. Gerson Pastre de Oliveira Lógica Matemática Prof. Gerson Pastre de Oliveira Programa da Disciplina Proposições e conectivos lógicos; Tabelas-verdade; Tautologias, contradições e contingências; Implicação lógica e equivalência lógica;

Leia mais

A Linguagem dos Teoremas - Parte II. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto

A Linguagem dos Teoremas - Parte II. Tópicos Adicionais. Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto Material Teórico - Módulo de INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA A Linguagem dos Teoremas - Parte II Tópicos Adicionais Autor: Prof. Francisco Bruno Holanda Revisor: Prof. Antônio Caminha Muniz Neto 12 de maio

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE LÓGICA Professor Joselias Lógica

NOTAS DE AULAS DE LÓGICA Professor Joselias   Lógica Lógica Existem muitas definições para a palavra lógica, porém no caso do nosso estudo não é relevante um aprofundamento nesse ponto, é suficiente apenas discutir alguns pontos de vista sobre o assunto.

Leia mais

Matemática CONJUNTOS NUMÉRICOS. Professor Dudan

Matemática CONJUNTOS NUMÉRICOS. Professor Dudan Matemática CONJUNTOS NUMÉRICOS Professor Dudan Números Naturais (IN) Definição: N = {0, 1, 2, 3, 4,... } Subconjuntos N * = { 1, 2, 3, 4,... } naturais não nulos. Números Inteiros (Z) Definição Z = {...,

Leia mais

A = B, isto é, todo elemento de A é também um elemento de B e todo elemento de B é também um elemento de A, ou usando o item anterior, A B e B A.

A = B, isto é, todo elemento de A é também um elemento de B e todo elemento de B é também um elemento de A, ou usando o item anterior, A B e B A. Capítulo 1 Números Reais 1.1 Conjuntos Numéricos Um conjunto é uma coleção de elementos. A relação básica entre um objeto e o conjunto é a relação de pertinência: quando um objeto x é um dos elementos

Leia mais

Não sou o melhor, sei disso, mas faço o melhor que posso!! RANILDO LOPES

Não sou o melhor, sei disso, mas faço o melhor que posso!! RANILDO LOPES Lógica Matemática e Computacional Não sou o melhor, sei disso, mas faço o melhor que posso!! RANILDO LOPES 2. Conceitos Preliminares 2.1. Sentença, Verdade e Proposição Cálculo Proposicional Como primeira

Leia mais

Matemática Computacional

Matemática Computacional Matemática Computacional SLIDE 1I Professor Júlio Cesar da Silva juliocesar@eloquium.com.br site: http://eloquium.com.br/ twitter: @profjuliocsilva facebook: https://www.facebook.com/paginaeloquium Google+:

Leia mais

ORIENTAÇÃO. Leia o Guia Logístico de Avaliação UNITINS publicado no site

ORIENTAÇÃO. Leia o Guia Logístico de Avaliação UNITINS publicado no site !"#$%&"$!'!'"& '&()**+,(,-$%.!! /)(,-$'(),*0)**+ /'$/1'"%%!2%/! )**+, ORIENTAÇÃO Leia o Guia Logístico de Avaliação UNITINS publicado no site www.educon.br/unitins ATENÇÃO: 1. Verifique se a numeração

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 5

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 5 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 5 Nome: N.º Turma: Apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias. Quando,

Leia mais

Lista 1 - Bases Matemáticas

Lista 1 - Bases Matemáticas Lista 1 - Bases Matemáticas Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo ou 4 é ímpar. c) (Não é verdade

Leia mais

1. = F; Q = V; R = V.

1. = F; Q = V; R = V. ENADE 2005 e 2008 Nas opções abaixo, representa o condicional material (se...então...), v representa a disjunção (ou um, ou outro, ou ambos) e ~ representa a negação (não). Com o auxílio de tabelas veritativas,

Leia mais

Bases Matemáticas. Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática. Prof. Rodrigo Hausen. 24 de junho de 2014

Bases Matemáticas. Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática. Prof. Rodrigo Hausen. 24 de junho de 2014 Aula 1 Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Prof. Rodrigo Hausen 24 de junho de 2014 Definição Uma proposição é uma sentença declarativa que é verdadeira ou falsa, mas não simultaneamente ambas.

Leia mais

NHI Lógica Básica (Lógica Clássica de Primeira Ordem)

NHI Lógica Básica (Lógica Clássica de Primeira Ordem) NHI2049-13 (Lógica Clássica de Primeira Ordem) página da disciplina na web: http://professor.ufabc.edu.br/~jair.donadelli/logica O assunto O que é lógica? Disciplina que se ocupa do estudo sistemático

Leia mais

O recurso solicita a mudança do gabarito da alternativa C para a alternativa A.

O recurso solicita a mudança do gabarito da alternativa C para a alternativa A. Nível: SUPERIOR Área: Raciocínio Lógico QUESTÃO 14. O recurso solicita a mudança do gabarito da alternativa C para a alternativa A. A alternativa correta é a letra C. O item em questão envolve Princípio

Leia mais

Aula demonstrativa Apresentação... 2 Negação de proposições quantificadas Relação das questões comentadas Gabaritos...

Aula demonstrativa Apresentação... 2 Negação de proposições quantificadas Relação das questões comentadas Gabaritos... Aula demonstrativa Apresentação... 2 Negação de proposições quantificadas... 10 Relação das questões comentadas... 14 Gabaritos... 15 1 Apresentação Olá, pessoal! Tudo bem com vocês? Esta é a aula demonstrativa

Leia mais

Aula 1: Introdução ao curso

Aula 1: Introdução ao curso Aula 1: Introdução ao curso MCTA027-17 - Teoria dos Grafos Profa. Carla Negri Lintzmayer carla.negri@ufabc.edu.br Centro de Matemática, Computação e Cognição Universidade Federal do ABC 1 Grafos Grafos

Leia mais

CASA TRIBUNAIS RACIOCÍNIO LÓGICO

CASA TRIBUNAIS RACIOCÍNIO LÓGICO CASA TRIBUNAIS RACIOCÍNIO LÓGICO Negação da conjunção e disjunção inclusiva (Lei de Morgan) / Negação da condicional / Negação da bicondicional e Disjunção Exclusiva Prof. Bruno Villar www.acasadoconcurseiro.com.br

Leia mais

Representação decimal dos números racionais

Representação decimal dos números racionais Representação decimal dos números racionais Alexandre Kirilov Elen Messias Linck 21 de março de 2018 1 Introdução Um número é racional se puder ser escrito na forma a/b, com a e b inteiros e b 0; esta

Leia mais

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 1

FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 1 FICHA de AVALIAÇÃO de MATEMÁTICA A 10.º Ano Versão 1 Nome: N.º Turma: Apresente o seu raciocínio de forma clara, indicando todos os cálculos que tiver de efetuar e todas as justificações necessárias. Quando,

Leia mais

INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA

INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA INTRODUÇÃO À LÓGICA MATEMÁTICA Matemática Aplicada a Computação rofessor Rossini A M Bezerra Lógica é o estudo dos princípios e métodos usados para distinguir sentenças verdadeiras de falsas. Definição

Leia mais

Lógica em Computação. .: Calculo Proposicional :. Prof. Luís Rodrigo

Lógica em Computação. .: Calculo Proposicional :. Prof. Luís Rodrigo .: Calculo Proposicional :. Prof. Luís Rodrigo {} [/] Proposição e Conectivos Proposição Simples Uma proposição simples (ou enunciado, ou sentença), é uma declaração que exprime um pensamento com sentido

Leia mais

Matemática & Raciocínio Lógico

Matemática & Raciocínio Lógico Matemática & Raciocínio Lógico para concursos Prof. Me. Jamur Silveira www.professorjamur.com.br facebook: Professor Jamur RACIOCÍNIO LÓGICO: Proposições logicamente equivalentes (Símbolo ) São proposições

Leia mais

ACLÉSIO MOREIRA RACIOCÍNIO LÓGICO

ACLÉSIO MOREIRA RACIOCÍNIO LÓGICO ACLÉSIO MOREIRA RACIOCÍNIO LÓGICO LÓGICA PROPOSICIONAL 01. (IBFC 2016) A conjunção entre duas proposições compostas é verdadeira se: a) os valores lógicos de ambas as proposições forem falsos b) se o valor

Leia mais

A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA

A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA MAT1513 - Laboratório de Matemática - Diurno Professor David Pires Dias - 2017 Texto sobre Lógica (de autoria da Professora Iole de Freitas Druck) A LINGUAGEM DO DISCURSO MATEMÁTICO E SUA LÓGICA Iniciemos

Leia mais

Fundamentos de Matemática

Fundamentos de Matemática Fundamentos de Matemática Aula 1 Antonio Nascimento Plano de Ensino Conteúdos Teoria dos Conjuntos; Noções de Potenciação, Radiciação; Intervalos Numéricos; Fatoração, Equações e Inequações; Razão, Proporção,

Leia mais

(Questões de provas resolvidas e comentadas) Carlos R. Torrente

(Questões de provas resolvidas e comentadas) Carlos R. Torrente (Questões de provas resolvidas e comentadas) Carlos R. Torrente Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Torrente, Carlos Roberto Raciocínio lógico

Leia mais

Aula 1 Conjuntos Numéricos

Aula 1 Conjuntos Numéricos 1 FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA Aula 1 Conjuntos Numéricos Professor Luciano Nóbrega UNIDADE 1 2 EMENTA Basicamente, veremos: U1 Conjuntos Numéricos. Regra de três (simples e compostas). Funções de 1º e 2º

Leia mais

PROFESSOR : ALEXANDRE PORTELA MATÉRIA: RACIOCÍNIO LÓGICO ASSUNTO: LÓGICA QUALITATIVA

PROFESSOR : ALEXANDRE PORTELA MATÉRIA: RACIOCÍNIO LÓGICO ASSUNTO: LÓGICA QUALITATIVA PROFESSOR : ALEXANDRE PORTELA MATÉRIA: RACIOCÍNIO LÓGICO ASSUNTO: LÓGICA QUALITATIVA 1)RELAÇÃO ENTRE PESSOAS,LUGARES,OBJETOS E EVENTOS: - Nesse tipo de associação vamos correlacionar pessoas aos seus lugares,

Leia mais

Matemática Básica I Notas de aula - versão

Matemática Básica I Notas de aula - versão 1 - Departamento de Matemática Aplicada (GMA) Matemática Básica I Notas de aula - versão 3 2011-1 Marlene Dieguez Fernandez Observações preliminares A disciplina Matemática Básica I é oferecida no mesmo

Leia mais

CEDERJ MÉTODOS DETERMINÍSTICOS 1 - EP4. Prezado Aluno,

CEDERJ MÉTODOS DETERMINÍSTICOS 1 - EP4. Prezado Aluno, CEDERJ MÉTODOS DETERMINÍSTICOS 1 - EP4 Prezado Aluno, Neste EP daremos sequência ao nosso estudo da linguagem da lógica matemática. Aqui veremos o conectivo que causa mais dificuldades para os alunos e

Leia mais

Lista 2 - Bases Matemáticas

Lista 2 - Bases Matemáticas Lista 2 - Bases Matemáticas (Última versão: 14/6/2017-21:00) Elementos de Lógica e Linguagem Matemática Parte I 1 Atribua valores verdades as seguintes proposições: a) 5 é primo e 4 é ímpar. b) 5 é primo

Leia mais

LÓGICA COMPUTACIONAL. Prof. André Aparecido da Silva Disponível em:

LÓGICA COMPUTACIONAL. Prof. André Aparecido da Silva Disponível em: LÓGICA COMPUTACIONAL Prof. André Aparecido da Silva Disponível em: http://www.oxnar.com.br/aulas/logica 1 CODIFICAÇÃO DA CONJECURA DE COLLATZ QUE FALEI NA AULA PASSADA. 2 3 4 A lógica é usada para guiar

Leia mais

Atenção: Esse conectivo transmite a ideia de e / ou e não apenas a de exclusão como muitas pessoas imaginam.

Atenção: Esse conectivo transmite a ideia de e / ou e não apenas a de exclusão como muitas pessoas imaginam. CONCEITO DE PROPOSIÇÃO É todo conjunto de palavras ou símbolos que exprimem uma ideia de sentido completo e que, além disso, pode ser julgado como verdadeiro (V) ou falso (F). NÃO SÃO PROPOSIÇÕES Frases

Leia mais

DESAFIO FINAL GABARITO ALL

DESAFIO FINAL GABARITO ALL DESAFIO FINAL GABARITO ALL 01. a) Queremos que apareça na tela o número 7 10 2 10 7 = 7 10 9. Uma maneira de fazer tal conversão, começando com 7 10 2, é apertar quatro vezes a tecla com a operação de

Leia mais

Unidade: Proposições Logicamente Equivalentes. Unidade I:

Unidade: Proposições Logicamente Equivalentes. Unidade I: Unidade: Proposições Logicamente Equivalentes Unidade I: 0 Unidade: Proposições Logicamente Equivalentes Nesta unidade, veremos a partir de nossos estudos em tabelas-verdade as proposições logicamente

Leia mais

RACIOCÍNIO LÓGICO. Quantas dessas proposições compostas são FALSAS? a) Nenhuma. b) Apenas uma. c) Apenas duas. d) Apenas três. e) Quatro.

RACIOCÍNIO LÓGICO. Quantas dessas proposições compostas são FALSAS? a) Nenhuma. b) Apenas uma. c) Apenas duas. d) Apenas três. e) Quatro. RACIOCÍNIO LÓGICO 01. Uma proposição é uma sentença fechada que possui sentido completo e à qual se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso. Qual das sentenças apresentadas abaixo se trata de

Leia mais