CÓPIA. Relatório. Fundamentos PR CURITIBA SRRF SRRF/9ª RF/Diana. ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS Código TEC Mercadoria

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1 Fl. 5 Fls. 369 nfls txtfls368 Processo nº Solução de Consulta nº MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL 9ª REGIÃO FISCAL 53 - Data 9 de março de 2009 Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS Código TEC Mercadoria Sensor eletrônico, próprio para detectar a presença de objetos em uma área determinada, constituído de: LED - diodo emissor de luz, lente, fototransistor ou fotodiodo, oscilador de freqüência da luz, desmodulador, amplificador do sinal elétrico de saída para a carga, cabo elétrico etc., denominação comercial sensor fotoelétrico ou sensor de luz. Dispositivos Legais: RGI/SH 1 (texto da posição 85.43) e 6 (texto da subposição ) e RGC-1 (texto do item e subitem ) da TEC, aprovada Res. Camex nº 43/2006, subsídios NESH, aprovadas pelo Dec. nº 435/92 e atualizadas pela IN/RFB nº 807/2008. Relatório Fundamentos Critério de Classificação 4. A classificação de uma mercadoria na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é realizada, conforme o caso, pelas disposições das seis Regras Gerais Interpretativas do Sistema Harmonizado (RGI/SH) e das duas Regras Gerais Complementares da NCM (RGC/NCM). A primeira regra dispõe: Os títulos das Seções, Capítulos e Subcapítulos têm apenas valor indicativo. Para os efeitos legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das notas de Seção e de Capítulo e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e notas, pelas regras seguintes. 1

2 Fl. 6 Fls A presente consulta refere-se a classificação de produto denominado sensor fotoelétrico, próprio para detectar a presença de um objeto em uma área determinada. Os sensores são constituídos por dois componentes principais: um emissor e um receptor, montados no mesmo corpo. O dispositivo emissor é um LED (diodo emissor de luz Light Emitting Diode)), cuja luz emitida é modulada numa freqüência de pulso por um oscilador e calibrada para eliminação de interferências de outras fontes de radiações luminosas. O receptor contém uma lente que colima e focaliza a luz recebida sobre um elemento optoeletrônico (um fototransistor ou um fotodiodo), responsável pela detecção da luz proveniente do emissor e, principalmente, pela conversão do sinal luminoso em um sinal elétrico. 5. A consulente pretende a classificação do produto na posição 85.41, que compreende os Diodos, transistores e dispositivos semelhantes semicondutores; dispositivos fotossensíveis semicondutores, incluídas as células fotovoltaicas, mesmo montadas em módulos ou em painéis; diodos emissores de luz; cristais piezoelétricos montados, por entender que a posição dá amparo aos elementos básicos de seu produto, quais sejam: o diodo emissor de luz (LED) e o fototransistor ou fotodiodo. 6. A consulente mostra-se ciente de que seu produto é constituído de um conjunto de componentes. Assiste a ela razão, quando afirma que os diodos emissores de luz, os fototransistores e os fotodiodos são dispositivos cuja classificação recai na posição 85.41, a qual, conforme ressalta, por força da Nota 8 do Capítulo 85, tem precedência sobre as demais posições suscetíveis de classificação desses artigos. A mesma Nota define que se consideram diodos, transistores e semelhantes, os dispositivos semicondutores cujo funcionamento se baseia na variação da resistividade sob a influência de um campo elétrico. Uma definição mais ampla desses artigos pode ser extraída das Notas Explicativas do Sistema Harmonizado/NESH, aprovadas pelo Decreto nº 435/92, DOU 28/01/1992 e atualizadas pela IN/RFB nº 807/2008, DOU 07/02/2008, que constituem elementos subsidiários de caráter fundamental para a correta interpretação do conteúdo das posições da Nomenclatura: B.- DISPOSITIVOS FOTOSSENSÍVEIS DE SEMICONDUTORES Este grupo compreende os dispositivos fotossensíveis de semicondutores nos quais as radiações visíveis, infravermelhas ou ultravioletas, provocam, por efeito fotoelétrico interno, uma variação da resistividade ou o aparecimento de uma força eletromotriz. Os principais tipos de dispositivos fotossensíveis de semicondutores são os seguintes: 2) As células fotovoltaicas ou fotopilhas, que transformam diretamente a luz em energia elétrica, sem precisar de fonte externa de corrente. As células de selênio utilizam-se principalmente para a fabricação de luxímetros (medidores de luz) ou de posímetros (medidores de exposição). As células de silício têm um rendimento mais elevado e são empregadas especialmente em órgãos de comando e de regulação, para detecção de impulsos luminosos, em sistemas de comunicação por fibras ópticas, etc. Distinguem-se especialmente entre as células deste tipo: 2º) Os fotodiodos (de germânio, de silício, especialmente) que se caracterizam por uma variação de resistividade quando raios luminosos incidem sobre a junção PN. São utilizados em processamento de dados (leitura de memórias), como fotocatodo em alguns tubos eletrônicos, nos pirômetros de radiação, etc. Os fototransistores e os fototiristores pertencem a este tipo de receptores fotoelétricos. Quando se encontram encapsulados, estes dispositivos distinguem-se dos diodos, transistores e tiristores da parte A, acima, porque seu invólucro é parcialmente transparente para permitir a passagem de luz. 2

3 Fl. 7 Fls. 371 C.- DIODOS EMISSORES DE LUZ Os diodos emissores de luz ou diodos eletroluminescentes (especialmente de arsenieto de gálio ou de fosfeto de gálio) são dispositivos que transformam a energia elétrica em radiações visíveis, infravermelhas ou ultravioletas. Estes diodos são utilizados, por exemplo, para apresentação ou transmissão de dados em sistemas de processamento de dados. 7. Pertinente e apropriada a transcrição acima, vez que, além de descrever os componentes mencionados, ainda traz uma lista (meramente indicativa) de seus possíveis usos, por exemplo, as células fotovoltaicas são empregadas especialmente em órgãos de comando e de regulação, para detecção de impulsos luminosos, em sistemas de comunicação por fibras ópticas etc.; fotodiodos são empregados em processamento de dados; e os LED que podem ser utilizados para apresentação ou transmissão de dados em sistemas de processamento de dados. Tal assertiva faz-se importante, vez que dela decorre a deliberação que os dispositivos da presente posição (85.41) se prestam a compor, juntamente com outros componentes elétricos ou não, equipamentos e instrumentos diversos. 8. De onde se conclui que diodos emissores de luz, fotodiodos e fototransistores se classificam na posição 85.41, via de regra, quando apresentados isoladamente, mesmo encapsulados, montados ou não e no caso das células fotovoltaicas (células solares), também quando apresentadas montadas em módulos ou painéis. Aqui, também se recorre às NESH da posição 85.41, para aclarar dois pontos: i) apresentar a significação do termo "montados" quando em referência aos dispositivos semicondutores: aqueles já providos das respectivas conexões elétricas e ii) exemplificar e ratificar a abrangência da posição: as células solares são excluídas da posição quando apresentadas em painéis ou módulos equipados com dispositivos, mesmo muito simples (diodos para orientar a corrente, por exemplo) que permitem fornecer uma energia diretamente utilizável por um motor, por um aparelho para eletrólise, por exemplo, remetendo o equipamento para a posição O sensor objeto desta consulta é um artefato resultante da reunião de LED, fototransistor ou fotodiodo, oscilador de frequência, desmodulador e o amplificador do sinal elétrico de saída para a carga, cabos e outros componentes elétricos e eletrônicos que o caracterizam como um dispositivo próprio para detectar a presença de objetos e gerar um sinal elétrico que pode ser utilizado para diversos fins. Embora tenha que se reconhecer que o artefato tem o seu funcionamento baseado nos dispositivos fotossensíveis de semicondutores, sua constituição já o define como um aparelho com função própria e específica, descartando a posição do conjunto de posições suscetíveis de o incluir. 10. Tratando de um aparelho de funcionamento elétrico e não se vislumbrando, no âmbito do Capítulo 85, posição específica que dê acolhida legal a sensores dessa natureza, parte-se para a análise da posição 85.43, que compreende as Máquinas e aparelhos elétricos com função própria, não especificados nem compreendidos em outras posições do presente Capítulo. 11. De acordo com as NESH, a posição compreende um conjunto de máquinas e aparelhos elétricos com função própria, não especificados nem compreendidos em outras posições do Capítulo 85, nem englobadas mais especificamente em quaisquer outras posições de outro Capítulo (especialmente dos Capítulos 84 ou 90), senão vejamos: A presente posição compreende, desde que não tenham sido excluídos pelas Notas da Seção ou do presente Capítulo, o conjunto das máquinas e aparelhos elétricos não especificados nem compreendidos em outras posições do Capítulo, nem 3

4 Fl. 8 Fls. 372 englobados mais especificamente em quaisquer outras posições de outro Capítulo (especialmente os Capítulos 84 ou 90). Consideram-se como máquinas ou aparelhos na acepção da presente posição, os dispositivos elétricos que tenham uma função própria. As disposições da Nota Explicativa da posição relativas às máquinas e aparelhos que tenham uma função própria, aplicam-se, mutatis mutandis, às máquinas e aos aparelhos da presente posição.. (grifou-se) 12. Considera-se como função própria, as máquinas e aparelhos elétricos cuja função pode ser exercida de maneira distinta e independente de qualquer outra máquina, aparelho ou instrumento (NESH, relativas às posições e 85.43). O sensor fotossensível, sob consulta, é um aparelho elétrico que tem função própria e, no estado aqui descrito, ou seja, não apresentado em conjunto com outra máquina ou aparelho, deve classificar-se na posição A RGI/SH nº 6 dispõe que a classificação de mercadorias nas subposições de uma mesma posição é determinada, para efeitos legais, pelos textos dessas subposições e das Notas de Subposição respectivas. No âmbito da posição 85.43, o artefato, não se tratando de acelerador de partículas (subposição ); de gerador de sinais (subposição ); ou de aparelho de galvanoplástica, eletrólise ou eletroforese (subposição ), deve ser classificado na subposição residual Outras máquinas e aparelhos. 14. Por seu turno, a RGC/NCM nº 1 prevê que as Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado se aplicarão, mutatis mutandis, para determinar dentro de cada posição ou subposição, o item aplicável e, dentro deste último, o subitem correspondente. 15. Descartados os itens que englobam os amplificadores de radiofreqüência ( ); os aparelhos para eletrocutar insetos ( ); as máquinas e aparelhos auxiliares para vídeo ( ); os transcodificadores ou conversores de padrões de televisão ( ) e o simulador de antenas para transmissores com potência igual ou superior a 25kW(carga fantasma) ( ), o sensor fotossensível, objeto da presente consulta, classifica-se no item Outros. E, finalmente, o sensor se insere no subitem também residual Outros. 16. A título ilustrativo, cabe apresentar exemplos de decisões dessa RFB que enquadraram sensores diversos na posição NCM/TEC 85.43, observando-se que o desdobramento internacional, quanto à subposição de primeiro nível, sofreu alteração no SH/2007, incorporada pela NCM/TEC/TIPI, de 2007: a vigente subposição , do SH/2007, substituiu a anterior, subposição , do SH/2002, permanecendo a mesma designação da mercadoria (Outras Máquinas e Aparelhos): Código: Tabela: TIPI - Decreto nº /88 Ato: Par. CST (DCM) nº 772/92, DOU de 13/07/92 Aparelho elétrico formado por um núcleo sensor montado no interior de um isolador de porcelana e por um acionador magnético não incorporado (haste com um imã fixado numa extremidade), e cuja função é apresentar entre seus terminais dois valores alternativos de resistência elétrica em função da proximidade ou afastamento do acionador, tecnicamente denominado "Sensor de estado". Código: Tabela: TIPI - Decreto nº 2.092/96 Ato: Dec. SRRF 8ª RF nº 294/98, DOU de 19/10/98 4

5 Fl. 9 Fls. 373 Sensor de proximidade indutivo, eletrônico, para a detecção da proximidade de alvos metálicos sem contato físico, utilizado tipicamente em máquinas ferramentas e operatrizes e em automação, marca Balluff Tabela: TIPI - Decreto nº 4.542/02 Ato: SC SRRF 10ª RF nº 335/04, DOU de 19/10/04 Sensor eletrônico próprio para detectar movimentos no interior de veículos automóveis por meio de emissão de pulsos de ultra-som e recepção dos seus ecos, comercialmente denominado "Sensor de Ultra-som". Tabela: TIPI - Decreto nº 3.777/01 Ato: SC SRRF 9ª RF nº 54/01, DOU de 05/07/01 Aparelho eletrônico próprio para detectar o movimento de corpos emissores de radiação infravermelha e enviar pulso elétrico a outro equipamento para executar uma ação programada, sem dispositivo de interrupção associado, denominado comercialmente "Sensor Infravermelho de Movimento". Tabela: TIPI - Decreto nº 4.070/01 Ato: SC SRRF 3ª RF nº 3/02, DOU de 07/02/02 Detector de massa com ponto sensor expansível obtendo a resposta em forma de sinal baseado na quantidade molecular. A informação é filtrada e comparada a uma referência de set point regulável que determina o diagnóstico de presença ou ausência do produto. 17. Por todo o exposto, podemos afirmar que os sensores podem apresentar-se como dispositivos integrantes de outros aparelhos ou fazendo parte de unidades funcionais (por exemplo: sensores para alarmes, para aparelhos de reprodução de CD, para aparelhos do Capítulo 90, integrando sistemas de sinalização, de controle de segurança, etc). Quando apresentados isoladamente, todavia, os sensores, no âmbito do Capítulo 85, têm sido classificados pelas SRRF da RFB na posição (exemplo: sensores indutivos, sensores de infravermelho, sensores de ultra-som etc). Conclusão Com base nas Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado RGI/SH 1 (texto da posição 85.43) e 6 (texto da subposição ) e Regra Geral Complementar RGC- 1 (texto do item e ) da Tarifa Externa Comum/TEC, aprovada Resolução Camex nº 43/2006, subsídios extraídos das NESH, aprovadas pelo Decreto nº 435/92 e atualizadas pela IN/RFB nº 807/2008, CONCLUO que a mercadoria consultada é classificada no código Ordem de Intimação Competência delegada Portaria SRRF/9ª RF nº 97, art. 1, inciso II, de (DOU de , Seção II) 5