Recife Março de Foto: Eduarda Bione. Morte

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1 Recife Março de 2013 Foto: Eduarda Bione Morte Morrer é tão certo quanto dois mais dois são quatro. Apesar de ser algo do qual ninguém escapará, o fim da existência não é um tema muito palatável para a maioria das pessoas. O Berro, porém, pelo menos nesta edição, não teve medo da morte. Nossos repórteres respiraram fundo, encheram-se de coragem e a enfrentaram para mostrar ao leitor diversos aspectos que cercam os caminhos desta senhora implacável. O difícil recomeço para quem perde um ente querido, o dia a dia de quem ganha o sustento graças à morte, os que se preparam para recebê-la, a esperança de uma vida além-túmulo, são alguns dos assuntos apresentados de modo a nos deixar menos apreensivos quando chegar a nossa hora.

2 2 Recife, março de 2013 O BERRO Foto: Camila Gallindo O último rito de passagem Como o Budismo, Catolicismo e a cultura dos Orixás realizam seus rituais fúnebres CAMILA GALLINDO Ao tomar posse como imortal da Academia Brasileira de Letras, em 1967, o escritor Guimarães Rosa declarou em seu discurso: A gente morre é para provar que viveu. A clareza ao encarar seu destino - o escritor morreu três dias depois da cerimônia - não corresponde ao sentimento da maior parte da população. Apesar de morrer ser a única certeza da vida, o confronto com a morte é uma das questões mais aterrorizantes para as pessoas. Nesse contexto, as religiões, ao tentarem explicar o fenômeno, apaziguam uma angústia humana fundamental. Elas também desenvolveram rituais nos quais o temor é substituído pelo respeito à determinação divina. Os chamados ritos de passagem podem ter caráter religioso ou não e marcam momentos de transição na vida das pessoas dentro da comunidade. Dependem das crenças as formas pelas quais são realizados e, no caso dos ritos funerários, associam-se a interpretações distintas da morte. São notáveis as diferenças entre as religiões orientais e ocidentais. No budismo, os ritos fúnebres muito têm a ver com a ideia de renascimento. Inicialmente, a família e amigos se reúnem em uma cerimônia de corpo presente, na qual se alternam momentos de liturgia e entoação de mantras. Posteriormente, somente a família e os mais próximos continuam os rituais por mais uma semana, a partir de então, durante uma hora por dia, deve-se cantar um mantra com o objetivo de alterar a condição que a pessoa estava quando morreu para que renasça o mais rápido possível e como humano, o que é muito raro entre os budistas, é mais fácil renascer como pulga, pedra ou gato, explica a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e antropóloga Rita Voss, budista há 15 anos. Tal ritual pode se estender por mais 42 dias, totalizando 49 de cerimônias. Sendo essa, a data a partir da qual se pode renascer. E o que fazer com o corpo-espírito? Não há nenhum preceito, mas geralmente o budista é cremado, o que tem a ver com a ideia de desapego que rege nossa filosofia, diz Rita. Tal desapego justifica a serenidade e o equilibro com que encaram a morte para manter a mente positiva. Nesse sentido, não há luto pela pessoa que morreu. Quando meu pai faleceu, encarei isso de maneira muito objetiva e tranquila, finaliza. A concepção da ressurreição cristã irá interferir na forma como os rituais católicos acontecem. Pois nós procuramos estabelecer em tudo uma relação com Deus, diz o teólogo e professor da Universidade Católica de Pernambuco (UNI- CAP) Degislando Nóbrega. No momento do velório, é realizada uma missa, na qual acontece o rito das exéquias, é um momento de despedida e entrega do morto a Deus, expressando confiança no Seu julgamento, esclarece. No enterro, há a benção do túmulo com água benta para relembrar o batismo e a filiação católica. Ainda podemos falar do luto, que na verdade é a elaboração da separação, serve mais para a gente do que para o morto, complementa o teólogo. Uma das maiores polêmicas em relação aos rituais católicos se refere ao suicida. Há pouco tempo era proibido que houvesse celebrações para os que pecaram contra a vida, fala Degislando. Hoje, a igreja já permite a realização de rituais nessa situação. Influenciada pelos mundos oriental e ocidental a cultura dos orixás se concentra na África Ocidental, sendo a que mais penetrou em território brasileiro, ressignificada, aqui, como Candomblé ou Xangô. Não há uma barreira entre o mundo dos mortos e vivos, acreditamos num contínuo de existência, comenta o professor de História da África da UFPE José Bento. Após a morte física, há o culto da memória do antepassado, o orixá, pois só se morre mesmo quando é esquecido. Curioso é o ritual da refeição: nos primeiros dias depois da morte, um prato continua sendo colocado na mesa para quem se foi. Ele está presente em espírito, não pode ficar com fome, revela. Na África dos orixás, os rituais se conectam com a natureza, pois é o espaço de diálogo com os ancestrais. Há a presença muito forte das danças e cantorias. Durante o axexe, cerimônia de sepultamento aberta para os membros do terreiro, jogamse os búzios para saber como está o morto. O búzio também faz parte do culto dos engungus, muito comum, aqui no Brasil, na Ilha de Itaparica. Consiste numa conversa periódica com o Pai de Santo que segue a mesma linha do axexe, ter notícias do ente querido. E X P E D I E N T E O BERRO é uma publicação da Disciplina Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco. Rua do Príncipe, Boa Vista - Recife-PE CNPJ / Fone: (081) Fax: site: Coordenador do Curso de Jornalismo Juliano Domingues Professor Orientador Alexandre Figueirôa Repórteres Ailton Neto Álvaro Roberto Ana Eduarda Azoubel Bruna Montenegro Camila Gallindo Carlos Braga Daniel Gomes Danilo César Fernanda Farinha Hayla Cavalcanti Joana Medeiros Juliano Mendes da Hora Manoella Balbino Marhyana Lemos Mirtes Suann de Medeiros Nathália Dielú Pedro Costa Polyanna Vieira Renata Maciel Renilson Oliveira Samuel Santos Simone Graf Revisão Fernando Castim Diagramação Flávio Santos Impressão FASA Utilize o seu celular ou tablet e baixe a versão digital de O Berro.

3 O BERRO Recife, março de Aprendendo a recomeçar com a perda RENILSON OLIVEIRA As perdas por morte fazem parte da existência. Elas são imprevisíveis e ao longo da vida se repetem. Contudo, apesar da tristeza que provocam, elas são imprescindíveis para o crescimento pessoal. Há casos em que a dor serve como mola propulsora para uma mudança de vida e atitude, aquela virada de mesa. É como se a perda fizesse o individuo repensar a vida, refletir novas possibilidades e descobrir uma forma de compensação. No momento da perda, o individuo pode escolher dois caminhos: superar a dor ou alimentar o sentimento de vazio. Dar a volta por cima, nesse sentido, é bem mais positivo, e não são poucos os exemplos de pessoas que fizeram esta opção e viveram histórias de superação. Foi o que aconteceu com Hilda Oliveira, 68 anos, aposentada, que perdeu o marido em Vítima de Câncer, ele ficou internado por três meses. Durante todo esse período, ela o acompanhou de perto e não arredou o pé da cama do hospital. Achávamos que ela não resistiria a todo aquele sofrimento e à morte do meu pai, relembra a filha Regina Oliveira. Surpreendentemente, Hilda não se afundou. Encontrou forças dentro de si para vencer a tristeza. Acredito que podemos ser felizes em qualquer idade, por isso fui buscar fontes de alegria, conta. Ela passou a integrar um grupo da sua faixa etária que literalmente não é para quieto e já é reconhecido como superanimado. Em Parnamirim, cidade do interior de Pernambuco, é local onde mora. Hoje, vaidosa e cheia de novos amigos, participa de várias atividades promovidas pelo grupo: a oficina de artesanato e excursões recreativas anuais para diversas cidades. Outra história comovente de tentar superar uma perda é a de Ana Cristina de Freitas Rocha. Ela perdeu a filha Tatiana, vítima de uma broncopneumonia aguda que fez seu tórax doer numa quinta-feira e seus olhos cerrarem para sempre no Para aonde vai a nossa alma? JOANA MEDEIROS A morte é um assunto delicado, mas inevitável. Para as pessoas religiosas, no entanto, é possível, superar de maneira menos dolorosa a perda de alguém querido. Apesar de existirem variados tipos de crenças, elas têm uma característica em comum: a crença na vida após a morte. Após o falecimento, as religiões acreditam na continuidade da alma. Sendo a morte em si, apenas algo físico. Entretanto, ao fazer uma análise mais detalhada sobre os princípios de cada uma, há uma divergência quanto a como isso ocorre: de um lado estão as que creem em uma única vida da alma na Terra e do outro as que pregam a existência de um ciclo de vidas pelo qual a alma passa As religiões que seguem a filosofia de única vida carnal são, entre outras, catolicismo, protestantismo e islamismo. A crença em comum é em relação à existência de locais para as almas descansarem, chamados de céu e inferno, e que as recebem de acordo com as atitudes do indivíduo na Terra. Todavia, entre elas existem diferenças. Apesar do inferno ser dedicado às pessoas que tiveram más atitudes na Terra, o catolicismo crê que Deus perdoará todos aqueles que se renderem e acreditarem em Jesus Cristo, e os deixará entrar no paraíso, explicou o padre Joselito, da Igreja do Quartel da Aeronáutica, em Piedade. Já no evangelismo, o pastor Mariano Ferreira, da Igreja Batista Missionária, afirma que o inferno em si não existe, pois na verdade cada local que a alma ficará reflete os atos do indivíduo em vida física. O local não é reservado para punição e sim uma escolha que a pessoa faz na Terra ao agir de certas maneiras. Para os judeus, o falecimento do corpo não significa fim da vida, pois o espírito é imortal. Ao morrer, a O falecimento de um filho é dor que dói na alma e no corpo, não há superação, explica Ana Cristina alma passa por um processo de purificação para ingressar no paraíso. Esta espera, para alguns, é o inferno. Entretanto, no judaísmo, pode ocorrer a reencarnação. Para a cabala, cada pessoa tem um objetivo a ser cumprido em vida. Se falha na missão, ela terá três chances de cumpri-la, explica a judia Daniela Chwarts. Em contrapartida, existem doutrinas nas quais a alma, apesar de imortal, retorna ao mundo dos vivos, quantas vezes for necessário até chegar ao ponto em que atinge a sabedoria e paz plena. Dentre essas, estão espiritismo, budismo, hinduísmo, umbanda e candomblé. Para o espírita, a vida na Terra é igual à vida depois de desencarnar. Nós vivemos, aprendemos e reencontramos amigos. Após nos purificarmos, voltamos para o mundo dos vivos e aprenderemos mais. Para nós, a vida que temos aqui na Terra reflete nossas ações nas vidas passadas, Foto: Joana Medeiros sábado: O falecimento de um filho é dor que dói na alma e no corpo. Ana Cristina explica que não há superação, mas tão somente adequação de seu dia a dia ao sofrimento. Ela trabalha em uma empresa de informática, gerenciando a área comercial, cuida da casa sozinha e atua voluntariamente em uma associação de apoio às mães que perderam seus filhos. É a essa função que dedica a maior parte de sua energia e tempo, coordenando um grupo de autoajuda e visitando as mães assistidas pela associação. Perder alguém que se ama para uma doença sem cura ou em acidentes já é algo terrível de suportar, imagine perder para as drogas. Foi o caso do comerciante Valdemar Silva, cujo filho de 25 anos, foi morto por causa delas em outubro de O envolvimento do rapaz ALÉM Existem divergências quanto ao destino da alma com entorpecentes começou na adolescência pelo uso regular de maconha, que só chegou ao conhecimento dos pais quando ele foi pego usando os cigarros na escola. Depois, a dependência aumentou e com ela a necessidade de utilizar drogas mais fortes. No final do mês de junho do ano passado ele saiu da casa dos pais dizendo que iria procurar emprego e foi encontrado morto. Quando recebi a notícia fiquei sem chão, não sabia se chorava se gritava ou simplesmente morria junto com ele. Após alguns dias, reagi e decidi que tentaria, de alguma maneira, ajudar outros jovens a se libertarem das drogas, disse Valdemar. Hoje, ele faz parte de uma comunidade espírita que cuida de dependentes químicos em tratamento e divide seu tempo entre o trabalho e a criação dos netos. explica o espírita Ronaldo Monteiro, do Centro de Amparo Espiritual. O budismo e o hinduísmo têm uma filosofia semelhante, mas acreditam em um ciclo que divide a vida em reinos e, a depender do carma do indivíduo, ele poderá renascer como uma pessoa, ou até um animal. A cada melhora, o espírito renascerá em um melhor reino até atingir a iluminação e paz. Nós, budistas, cremos que a nossa verdadeira natureza está além de vida e morte, além de espaço e tempo. Sendo assim, para nós, não existe céu e inferno, bem e mal. Mas ao falecermos, se não chegamos ao estágio da lucidez, ficamos sujeitos ao incessante ciclo de renascimentos e mortes. Podemos renascer em seis reinos, seis ambientes em que a nossa mente pode operar. Cada estado mental cria ou valida uma experiência de mundo correspondente., explica a budista, Carmita Portela. O candomblé também acredita em reencarnação. Os adeptos da religião creem que as almas estão na Terra para cumprir seu destino, e quando pronto, morrem. Porém, se a realização do destino for insatisfatória, as almas serão sujeitas à reencarnação. Já os que completaram a respectiva missão permanecerão junto a outros espíritos, orixás e guias.

4 4 Recife, março de 2013 O BERRO O fim da vida pela ótica da infância HAYLA CAVALCANTI Em Beberibe, onde mora toda a família de Edileide Santiago,42, a notícia da morte de seu pai chegou com a madrugada. Numa quinta-feira, Oscar Carneiro, então com 72 anos, deixava não só filhos e esposa, mas também netos. Mayra Evelyn, filha de Edileide, ainda não tinha três anos. A mãe optou por contar a verdade sobre o que havia acontecido, chamando a filha para conversar num canto da casa. Vovô estava trabalhando, caiu, bateu com a cabeça e morreu. E ele volta?, perguntou Mayra. Não, não volta, esclareceu. A menina ficou triste, mas a mãe acredita que o maior motivo para ela sentir-se assim foi o clima de tristeza geral da família, impossível de evitar. Se esse tipo de notícia é repassada de forma sofrida, ou com histeria ou com muito sofrimento, esses sentimentos serão transmitidos para a criança e levados com ela para qualquer outro evento que se relacione à morte, explica a doutora em psicologia Sandra Farias. Alguns pais, diferente de Edileide, acreditam que a melhor saída para responder aos porquês que se desenrolam após a morte de alguém é contar uma história, falar que o morto virou estrela ou que viajou. Falar ANA EDUARDA AZOUBEL Saber que a morte um dia chegará, é a única certeza de todas as pessoas. Mas ter a certeza de que ela será antecipada por uma doença grave muda a vida de quem travará uma batalha para salvar sua vida. E como ninguém vai à guerra só, a ajuda da família e dos amigos aumenta o poderio de ataque e de conforto para enfrentar este caminho. Na busca pela cura, alguns fatores entram em questão: religião, médicos e até o apoio de pessoas desconhecidas. Uma pessoa que apresenta uma doença grave é alguém que exige muito dos demais, necessita essencialmente de amor, cuidados e carinho. Rafael*, 28 anos, foi diagnosticado com uma doença genética irreversível. Procurando por amparo na internet, o jovem encontrou palavras de conforto no blog Sobre a Vida, do psicólogo Fred Mattos. Acho que o mais difícil de morrer deve ser imaginar que não veremos mais aqueles que amamos. Nesse momento, diga Foto: Hayla Cavalcanti EXPRESSAR os sentimentos através de desenhos ajuda a superar o luto que viajou é uma das piores formas de contar sobre a morte por que cria expectativa, e essa expectativa faz com que a criança desenvolva algumas vezes um lado ansioso muito grande pelo retorno dessa pessoa. Esse fato pode influenciar a vida dela como um todo, diz Sandra. As consequências sobre atitudes como essas irão refletir na vida adulta com dificuldades, por exemplo, durante despedidas, quando a criança poderá sempre remeter este fato ao ocorrido na infância. o que vem do fundo do seu coração para os outros. Essa é a grande fórmula para viver e morrer feliz, comenta Mattos em seu blog. A estudante de Direito, Carla Fernandes, descobriu que estava com um câncer na cabeça aos 16 anos. Tudo começou em agosto de 2011, sentia muitas dores de cabeça, fiz uma tomografia e nela constava um tumor na região pineal do cérebro, relembra. Inúmeras consultas foram feitas para estudar o caso de Carla e algumas complicações aconteceram: uma válvula infeccionada, uma cirurgia de reparo mal feita, além de viagens a São Paulo para a realização do tratamento que a deixaram afastada de seus amigos por seis meses. No entanto, Carla sempre procurou permanecer forte diante de tudo isso com a ajuda que tem recebido: Eu me lembro de ter tido a minha família desde o Doentes terminais precisam de apoio Pela primeira vez vi a solidariedade de perto começo ao meu lado. Meus amigos também se mostraram solidários, rasparam a cabeça e sempre me fizeram visitas. Recebi muitas mensagens pelo Facebook e me senti confortada. Até hoje recebo mensagens Contar a verdade é o principal critério para deixar a criança à vontade com os fatos, além de escolher uma linguagem cuidadosa, natural, para que eles encarem a situação como algo normal. Mas é preciso ficar atento para não dar respostas descabidas, já que os próprios adultos não compreendem totalmente a morte. Contar sobre ela e completar explicando que foi papai do céu quem levou aquela pessoa pode deixar a criança com raiva desse papai do céu. Contamos para a criança que a pessoa morreu, sem detalhes. Se ela perguntar mais, explicamos à medida que possuímos a informação, esclarece Sandra. Edileide precisou levar Mayra ao enterro do avô no cemitério do bairro. Não tinha com quem deixar a filha. Apesar disso, a decisão da mãe não é considerada errada pelos médicos. Na idade média a morte era compartilhada por todos da família, inclusive crianças. Com o passar do tempo, ela passou a ser compreendida de forma diferente e a ser escondida dos mais novos. Mas, nada impede que crianças participem dos funerais. É importante apenas saber se ela deseja participar e, para isso, ela já tem discernimento, mesmo novinha, explica a psicóloga. Apesar de Mayra demonstrar compreensão acerca do assunto, não entende de fato o que é a morte, por ser muito nova. Até os sete anos a criança não sabe o que é morrer. Segundo Sandra, a irreversibilidade da morte só é completamente compreendida pelo aparelho psíquico da criança a partir dos 11 anos. Dessa forma, a morte é interpretada de diversas formas durante toda a infância, assim como o luto. Por sentir mais essa irreversibilidade, as crianças maiores de sete anos podem apresentar mais comportamentos de agressividade e isolamento. É importante que os pais percebam a duração desse tipo de distúrbio, que não deve ir além dos doze meses. Se essas atitudes persistirem por mais de um ano, atrapalhando o cotidiano, e se estiver relacionada à morte ocorrida, devemos encaminhar a criança para um serviço especializado de psicologia. Para enfrentar o luto, é importante deixar a criança se expressar, seja por alguma atividade física, para os mais velhos, ou falando, desenhando e escrevendo sobre os sentimentos. Esse estímulo por parte dos pais permite que a criança elabore melhor o que é a perda. Mas isso precisa ser feito de forma saudável por alguém que seja verdadeiro e que não faça da morte um evento trágico, lembra a psicóloga. de apoio mesmo de pessoas que nunca falaram comigo, diz Carla emocionada ainda lutando contra a doença. Pela primeira vez vi a solidariedade de perto e sei que isso é importante para o meu estado de espírito. Dianni Minelli, 21 anos, dá apoio para sua mãe enfrentar um câncer: Ela fez alguns exames e, quando saiu o resultado, ela me contou tudo e me disse que era um tipo perigoso. Assustei-me. Não esperava. Dianni lembra que teve bastante dificuldade para se aproximar da mãe no início: As vezes eu preferia não tocar muito no assunto para não sofrer. Com o estado de saúde dela e por ver as consequências da quimioterapia, eu acabei me defendendo de uma forma não muito adulta. Alguns familiares cobravam uma postura diferente de Dianni. Depois de algum tempo, ela começou a acompanhar a mãe nas sessões de quimio. Eu comecei a passar mais tempo com ela. Comecei a mudar depois de ver que ela precisava de mim. Dianni lembrou ainda como seu apoio favorece no tratamento de sua mãe: Mostro que ela não está sozinha e que tem alguém esperando, rezando para que ela fique boa. O professor de Teologia, Arthur Peregrino, afirma: A cultura se alia à religião para dar o conforto, para dizer que a morte é só uma passagem. Assim como ele, Carla Fernandes também deixa a religião justificar o que ela tem passado: Sou Espírita, então olho para tudo isso que aconteceu e vejo que o meu Deus me deu uma nova chance, para eu valorizar a minha vida. Agora eu vivo cada dia como se fosse o último. * Nome fictício

5 O BERRO Recife, março de Cemitério é museu ao ar livre FERNANDA FARINHA O cemitério Senhor Bom Jesus da Redenção de Santo Amaro é considerado a maior exposição de arte ao ar livre de Pernambuco. É nele onde estão sepultadas diversas personalidades recifenses, como Chico Science e Joaquim Nabuco. Fica lá também o túmulo da Menina Sem Nome, ponto de romaria dos que acreditam em milagres. Cheio de histórias curiosas, o Santo Amaro, inaugurado em 1º de março de 1851, merece a atenção da população. Com catacumbas e mais de 9 mil ossuários, o cemitério recebe diariamente mais de 30 mortos, número consideravelmente grande se relacionado com outros cemitérios públicos do Recife, como o Parque das Flores. OBRAS A parte arquitetônica é um tópico à parte. Com centenas de mausoléus de grande porte e uma capela em estilo gótico Foto: Fernanda Farinha ARTE Capela gótica e esculturas embelezam o Santo Amaro de cruz grega, o Santo Amaro foi construído para receber corpos de pessoas vitimadas pelo surto da febre-amarela, em meados do séc. XIX. Hoje, ele é um acervo artístico a céu aberto, com obras de Mamede Ferreira, engenheiro responsável também pelo Ginásio Pernambuco. Há também esculturas europeias de grandes artistas, como Rinaldo Lessa e o escultor Giovanni Nicolini, professor em Roma. O escultor Abelardo da Hora, um dos mais importantes artistas plásticos pernambucanos, tem também uma obra no Santo Amaro. De acordo com Petrus Tejo, administrador do cemitério, já existem planos para que o local entre no roteiro turístico da cidade. Entramos em contato com a responsável pela nomeação do cemitério como parte do roteiro da cidade. Estamos agilizando a documentação para que isso aconteça, disse. Ele ainda ressalta que além da iniciativa da prefeitura, é preciso que a população se conscientize, respeite o local e suas obras. Acontecem roubos das letras que preenchem os nomes dos falecidos, além de outros casos, como roubos das próprias obras, afirma. MELHORIAS Para melhorar a estrutura do local, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), atualmente Sete palmos de amor pelo ofício responsável pela administração do local, está comprometida em melhorar sua assistência às famílias dos sepultados e oferecer mais conforto para quem circula pelo cemitério. Em 2012, foi feita a verticalização e a criação de edificações com andares para os sepultamentos e depósito de ossadas, o que permitirá mais 1746 novas vagas para túmulos e mais 680 vagas para ossuários. O orçamento para todas essas mudanças está em torno de R$2,5 milhões. As obras começaram em janeiro de 2012 e tem previsão de encerramento no segundo semestre de Para que o cemitério se torne um lugar mais aprazível e seja possível apreciar as belezas artísticas, é preciso que as pessoas, além da conscientização, desmitifiquem a morte e vejam o cemitério não como um lugar sombrio, mas um local de histórias tanto da arte quanto da vida. MIRTES SUANN DE MEDEIROS Abrir covas para cadáveres pode ser algo assustador para a maioria das pessoas, mas para Jenildo Fiel, 60 anos, Amaro Mariano, 55 anos, e Paulo Antônio da Silva, 52 anos, coveiros da cidade do Recife, é simplesmente um trabalho como outro qualquer. O sepultador ou, como é mais conhecido, o coveiro, é aquele profissional que trabalha garantindo a organização dos cemitérios. Eles fazem a limpeza das covas e jazigos, cavam e cobrem sepulturas, carregam caixões, realizam sepultamentos e exumações, além de outras funções. Ainda é desejável estar apto a lidar com a morte e com a tristeza alheia. Para Jenildo Fiel, que trabalha há 15 anos no Cemitério de Santo Amaro, no bairro de Santo Amaro, região central do Recife, enterrar pessoas é um serviço normal. Eu já sepultei o ex-governador do Estado de Pernambuco Miguel Arraes e não senti nada. Eu estava enterrando uma pessoa a mais. A sensação foi a mesma de todos os dias, afirmou Fiel. Assim como Jenildo, Paulo Antônio e Amaro Mariano exercem também a profissão. Ela é pouco reconhecida pela sociedade, mas, mesmo assim, eles trabalham por amor. Todos trabalham porque gostam. Quem entrou nessa profissão, não quer sair mais. A gente recebe uma gratificação por ser coveiro, explicou Paulo Antônio, feliz ao falar do seu ofício que necessita de responsabilidade, dinamismo, força física e capacidade de organização e observação. Tanto a família de Fiel, quanto as de Mariano e Paulo Antônio não têm preconceito em relação ao trabalho deles. Segundo Fiel, trabalhar no Cemitério de Santo Amaro é diversão principalmente quando o sepultamento tem bêbados tombando nas paredes do cemitério e falando besteiras ou aqueles perus de enterro que ficam cantando animadas músicas de pagode. TRISTEZA Para Paulo Antônio, que há 12 anos é sepultador (sendo seis anos no Cemitério da Várzea e os outros seis no Cemitério do Pachedo, todos localizados no Recife), a maior dificuldade vivida por ele como coveiro foi lidar com a dor de três crianças que estavam velando o pai que tinha sido assassinado. Elas ficaram querendo agarrar o caixão. Naquela hora eu senti uma forte tristeza, disse Antônio. Em relação à morte, Paulo Antônio disse que veio do pó e ao pó se volta. A gente morre aqui e acabou, ressaltou ele. Já para Jenildo Foto: Mirtes Suann COVEIRO Jenildo Fiel trabalha há 15 anos na área. Fiel, seu maior medo é ficar em cima de uma cama aleijado. Morte é morte. Eu não tenho medo dela, disse. O salário de um sepultador para uma escala de trabalho 12 x 48 (trabalha 12h e folga 48h) chega perto dos R$800, além dos benefícios no fim do mês. Porém, ganhando pouco ou não eles amam o que fazem. Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida, já dizia o filósofo Confúcio.

6 6 Recife, março de 2013 O BERRO Planejando a morte em vida MANOELLA BALBINO E MARHYANA LEMOS Perder um ente querido é um momento doloroso, de luto e tristeza, e ter que lidar com questões relacionadas ao funeral o torna ainda mais delicado. Providenciar a remoção e limpeza do corpo, comprar caixão, flores e velas, são apenas alguns dos procedimentos necessários para velar e enterrar alguém. Com tanta dificuldade à vista, é crescente o número de pessoas que procuram serviços de planos assistenciais funerários, a fim de evitar ainda mais desgaste emocional. A assistente social Adriana Ribeiro optou em adquirir um plano que atendesse toda sua família. Com a mãe acamada há seis anos, achou viável estar preparada para quando ela falecer. Sei que a qualquer momento minha mãe irá partir, e quero poder sentir sua falta sem ter que me preocupar com o tipo de caixão e de flores que devo escolher, explica. Adriana ainda acrescenta ter feito a escolha por um plano familiar porque deseja que sua filha e seu marido possam vivenciar o luto da mesma maneira. Já a aposentada Edivânia Ferreira deci- CONTRATO O casal de aposentados já possui seu jazigo há oito anos. diu começar a pagar seu próprio enterro por viver distante de sua filha, única parente viva. Não posso preocupar na hora da minha morte a única pessoa que eu tenho na vida, diz. Em Pernambuco, o Grupo Vila e Rosa Master vêm-se destacando no ramo de assistência funeral. Para a Gerente Administrativa da Rosa Master, Ione Nascimento, o crescimento da procura pelos serviços prestados por empresas como essas se deve a diversos fatores. Minimizar a dor de quem perde um parente é somente um dos benefícios de quem adquire o serviço. As questões burocráticas e os gastos que se tem com velório e sepultamento são aborrecimentos evitados por quem se planeja antecipadamente, garante Ione. Planejar o enterro pode ser mais vantajoso do que se imagina. Um enterro independente e simples em Recife custa em média R$ Com os planos é possível suavizar o valor, pagando pequenas parcelas por mês. Para o Gerente Comercial do Grupo Vila, Ronaldo Cavalcanti, o consórcio funeral é uma boa pedida para evitar dívidas bola de neve. E a assistente administrativa, Laura Alves, concorda. Mesmo sendo algo natural, a morte nos pega de surpresa, então o ideal é realizar um planejamento para que a gente não deixe dívidas além da saudade, brinca. NATURALIDADE Os aposentados Antônio Pacheco (75) e Eunizete Feitoza (73) - casados há quase 50 anos - já possuem seu jazigo num dos cemitérios mais sofisticados do Nordeste. Na verdade, trata-se de apenas um jazigo, que comporta até três caixões. A iniciativa partiu de Pacheco, que em 2006 adquiriu o serviço. Meu genro comprou um jazigo no cemitério Morada da Paz e eu gostei da ideia. Acabei comprando um para mim e para minha esposa, conta. A naturalidade com que Pacheco trata do assunto não é algo tão comum. A maioria das pessoas, principalmente as mais velhas, foge do assunto o máximo que podem. Mas, para ele, antecipar-se em relação ao inevitável final da vida só traz benefícios. Acredito que hoje em dia é indispensável deixar tudo preparado, afinal é uma preocupação a menos para as pessoas que ficam, diz. O túmulo para até três caixões custou R$ Outros serviços como placa, aluguel de sala para velório, cerimonial e taxa de velório não são pagas com antecedência. Pacheco conta ainda que a cada três meses é cobrada uma taxa de manutenção, que custa R$ 90. Toda pessoa sensata deveria pensar em contratar esse tipo de serviço com antecedência, argumenta. Quando o melhor amigo do homem se vai BRUNA MONTENEGRO O momento da despedida não é fácil, ainda mais quando quem está de partida é o melhor amigo da família. Alguém que latindo e balançando o rabo estava sempre pronto para dar seu apoio e carinho. Por isso, a morte do cão de estimação faz com que as pessoas sintam algo diferente, inexplicável, afinal, é uma relação entre um ser racional e outro irracional. Este foi o caso de Wishbone que passou 10 anos com a aposentada Esther Barros, de 70 anos. Ele não pensava que era um cachorro!, contou saudosa. O câncer linfático o levou da família há três anos. No último dia de vida dele, Esther lembra que fez carinho no companheiro, o qual teve que ser sacrificado. Eu sabia que não iria vê-lo mais, então eu o acariciei bastante, disse Esther. Hoje, Wishbone está enterrado no bairro do Cordeiro, no Recife, em um canto preparado pela veterinária Patrícia Baloca. Ela costumava enterrar os pacientes em sua própria casa e prestava esse serviço porque os responsáveis pelos animais não tinham onde colocá-los. São pessoas que Foto: Maria Manoella Balbino geralmente moram em apartamento e não encontram o local adequado para enterrar o cachorro. SEPULTAMENTO Quem deseja sepultar o animal de estimação deve levá-lo para o veterinário. Lá o corpo é encaminhado para uma empresa especializada em lixo hospitalar. Além dessa opção, aqueles que desejam promover uma despedida marcante, podem cremar ou fazer um enterro. Essa foi a ideia que Jorge Fernando, de 69 anos, teve ao colocar em prática os Serviços Funerários para Pequenos Animais (Serfupa). Fernando enterra os animais mortos no Bosque da Saudade, em Paulista, área pertencente ao Kennel Club de Pernambuco. Os animais ficam lá por dois anos. Após esse tempo, o responsável pode alugar novamente a sepultura, caso contrário os restos são colocados em um ossuário ou levados pelos donos, explica. As cremações têm os custos que variam de R$ 400 até R$ 700, dependendo do porte do animal. A sepultura, por sua vez, pode valer, em média, R$ 1 mil. Foto: Bruna Montenegro DESPEDIDA Esther relembra com saudade os bons momentos com seu cachorro Após a despedida, os mais apegados guardam lembranças dos seus bichinhos. É o caso da professora Roberta Albuquerque, de 44 anos, que usa um pingente em homenagem a Gezebel, a yorkshire que alegrou a sua vida por quase 11 anos. Ao falar da relação, Roberta não titubeia: era como se fosse mãe e filha! Gezebel morreu de parada cardíaca. Sinto falta de tudo, ela era realmente a minha caçula, relembra a professora. Quadrúpedes, animados e companheiros. Talvez soem estranho para alguns o impacto que a morte dos cachorros proporciona. O momento do adeus é complicado. Sabese que a vida continua, sem aquela cauda abanando, mas ela segue com a certeza de que as lembranças vão permanecer na memória.

7 O BERRO Recife, março de Mercado fúnebre alegra comerciantes PEDRO COSTA Entre os elementos ligados à morte, que mais causam repulsa no ideário popular, um local, especificamente, destaca-se por ser o campeão no quesito sobrenatural. O cemitério é, para alguns, tão assombroso, que muita gente chega ao ponto de não gostar nem de passar por perto dele. Agora imagine se você tivesse que ir diariamente ao lar dos mortos para conseguir o pão de cada dia. Pois é essa a maneira de muitos comerciantes ganharem a vida. Flores, caixões, lápides, faixas, santinhos para missa de sétimo dia, entre outros itens, fazem parte do intenso mercado que abraça o cemitério de Santo Amaro, o maior do Recife. Apesar de estarem sempre lidando com a morte, a maioria dos trabalhadores acha normal a rotina fúnebre que levam. De acordo com o florista Manoel Moura, 66 anos, há quatro décadas no ramo, a experiência o ajudou a se tornar mais cascudo em relação à morte. Não vejo problema nenhum em trabalhar no cemitério. A gente se acostuma com o tempo. Às vezes, vemos que a pessoa está sofrendo por ter perdido um ente querido, mas a vida é assim mesmo. O dia começa cedo para Moura. Às 6h da manhã, acompanhado dos filhos Valter e Vitor, ele chega para abrir o box que leva o sobrenome da família. Segundo o florista, a maioria das plantas que são comercializadas no cemitério é oriunda do município de Gravatá. Antes Garanhuns era o principal polo, mas já não tem mais a mesma demanda. Porém, as flores que mais gostamos de trabalhar vêm de São Paulo. FUNERÁRIAS Com 140 mil metros quadrados de extensão o cemitério de Santo Amaro abriga, em seus perímetro, desde pequenos comerciantes até grandes varejistas. O empresário Adauto Júnior, 40 anos, herdou do pai o negócio no qual trabalha desde a adolescência. Somos a maior funerária, em área, do Recife. Aqui o cliente encontra tudo que precisa para um sepultamento, por isso, me considero um shopping center dos defuntos. A funerária é onde tudo começa após a morte, já que é o primeiro local procurado após a constatação do falecimento. Sendo assim, Júnior, às vezes, é mais psicólogo que propriamente vendedor. Já houve vários casos de pessoas que precisaram de socorro tamanha era a dor da perda. Converso muito com os meus clientes, porque considero importante você prestar um apoio psicológico numa situação Luxo até na hora do adeus DANILO CÉSAR Da mesma forma que encontramos quem gasta muito dinheiro para comprar um supercarro ou até uma peça de roupa de uma grife famosa, há um setor do comércio onde muitos endinheirados fazem questão de manter o padrão de gastos: o mercado fúnebre de luxo. Para essas pessoas, o custo dos serviços de velório e sepultamento, com preços entre R$ 10 mil e R$ 20 mil não é problema. O chamado serviço funeral de luxo inclui velório em salas com transmissão via internet, músicos para alegrar o momento da despedida, jazigos familiares requintados, e até mesmo uma cerimônia de cremação com efeitos especiais. Para Severino Pessoa, representante comercial da funerária Morada da Paz, um dos serviços que está sendo muito procurado é a cremação. Fazemos um média de 30 Foto: Danilo César VIRTUAL Cemitérios oferecem velórios transmitidos via internet cremações por mês e enterramos por volta de 100 pessoas. O que representa 1/3 dos serviços que oferecemos, afirma. A cerimônia de cremação é um show à parte. Em uma sala climatizada e confortável, familiares e amigos se reúnem para a despedida. Uma projeção com mensagens de conforto tranquilizam os presentes. No final, uma passagem se abre na parede e de lá uma forte luz azul com o efeito de gelo seco sai de dentro da abertura. Enquanto isso pétalas de rosas caem do teto sobre o caixão que entra autoticamente no forno. E o que fazer com as cinzas do finado? Há quem prefira que elas sejam jogadas no mar, por exemplo. Porém, há aqueles que optam para que elas virem uma árvore. Nós criamos um projeto chamado Árvore da Vida, pensado para as pessoas cujo parente morto Foto: Pedro Costa FLORES As opções vão de R$1,00 (rosa) a R$ 120 (coroa completa) como esta. Segundo Júnior o faturamento mensal oscila bastante, já que os clientes não escolhem o momento de precisar de uma funerária. Todo mundo guarda dinheiro para comprar uma casa ou um carro, mas ninguém se prepara para morrer. Às vezes, as pessoas na minha loja querem um enterro de cinco mil, mas não podem pagar nem metade. Também faz parte do meu trabalho colocá-los dentro da realidade financeira Mais do que a profissão, Adauto Júnior e a família Moura têm, em comum, o fato de considerar o cemitério um motivo de alegria. É dele que vem o sustento desses comerciantes, conseguido à base de muito esforço e da capacidade de viver com um sorriso no rosto, em meio à tanta tristeza. não deixou definido onde queria que as cinzas fossem jogadas. No projeto, elas são depositadas em uma urna ecológica junto a uma muda de árvore que depois é plantada no nosso jardim, ouse o cliente preferir, num terreno particular da família, conta Severino. Há também vários tipos de urnas disponíveis para guardar em casa. Desde as mais simples, que custam em média R$ 290, às mais sofisticadas que podem chegar a R$ 2,5 mil. As urnas mais simples são as de metal. Porém, temos as ecológicas, que podem ser lançadas ao mar, ou as de madeira com um estilo mais retrô, explica Gláucia Lima, diretora do Cemitério Morada da Paz. E se alguém quiser optar por uma cerimônia um pouco mais simples, o sepultamento pode ser a opção. Ao contrário do que vemos nos cemitérios mais populares, os sofisticados são verdadeiros parques com gramado sempre verde e jardins floridos. Nós oferecemos jazigos com capacidade para dois ou três entes, diz Gláucia. No cemitério Morada da Paz há a possibilidade de espaços que podem chegar a R$ , acrescentando a esse valor, R$ dos serviços funerais incluindo caixão, translado e preparação do corpo. E se a morte abala a estrutura das famílias, os cerimonialistas estarão lá para auxiliar nesse momento difícil. Nós damos todo o suporte necessário para a família. Nós disponibilizamos uma sala VIP, onde estaremos prontos para não deixar nada faltar., explica Valéria Maranhão, encarregada do cerimonial do cemitério Morada da Paz. Uma coisa é certa, se ainda não há remédio para a morte, luxo e muito conforto podem fazer com que a ida seja bem mais agradável.

8 8 Recife, março de 2013 O BERRO Mortes não organizadas DANIEL GOMES Engana-se quem pensa que, em uma guerra, todos perdem. Há alguém que, no final, acaba ganhando. Mesmo que seja em linguagem figurada. Se a morte fosse um ser, como normalmente é retratada, comemoraria os inúmeros falecimentos ocorridos além da sua cota usual. E não estamos falando de duelos entre nações. Trata-se das guerras particulares das torcidas organizadas dos times de futebol. Elas vêm tirando o sono do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Os confrontos entre as torcidas organizadas se tornaram uma dor de cabeça difícil de ser sanada. E o pior: a violência acaba desembocando em mortes. Incontáveis. Um corpo uniformizado estendido no chão é uma cena tirste e paralisa quem a vê. Assim como paralisou a doméstica Amarita Ramos da Silva, em É raro alguém da minha família ir ver jogo no estádio. Todo mundo gostava de futebol mas hoje acabou, diz. A dor é sentida desde quando o seu filho, Daniel Ramos da Silva, na época com 17 anos, foi ver um clássico entre Sport e Náutico. Não voltou para casa. Em um confronto entre as organizadas dos dois times no Túnel Chico Science, nos arredores da Ilha do Retiro, um tiro na cabeça e um no peito o atingiram. VIOLÊNCIA Segundo a Vigilância de Violências e Acidentes do Sistema Único de Saúde (Viva SUS ), o homicídio tem ficado em terceiro lugar do ranking de causas de mortes dos brasileiros e, na faixa etária de 1 a 39 anos, este número alcança a primeira posição. Justamente as idades mais presentes ente os integrantes das torcidas organizadas. Um deles é Fábio Silva. Ou, como é conhecido, Do Coque. Integrante da Fanáutico, ele se diz mudado hoje, mas recorda-se que no começo era muita loucura. Morte? Vi demais. Já fiz muita coisa errada também, conta. Outro que reforça o coro é Diego Nascimento, conhecido como Diego Doido. Integrante da Inferno Coral, ele diz que a morte é mais do que presente no seu dia a dia. Já vi um integrante de torcida matando outro na minha frente. Também Pena capital no Brasil divide opiniões ÁLVARO ROBERTO Foto: Daniel Gomes CRIMES As Organizadas estão proibidas de frequentar estádios em Pernambuco A pena de morte para crimes civis foi aplicada no Brasil pela última vez no ano de 1876 e não é utilizada de forma oficial até os dias de hoje. Desde então, passou a ser discutida a reintrodução da pena como forma de punição para crimes. A volta da prática divide opiniões, uma vez que as variantes do processo de julgamento e execução são diversas. Crimes bárbaros, no entanto, acentuam o sentimento de indignação na população que, movida pela emoção, apostam que a medida seria válida no país. Em alguns países, como nos Estados Unidos e Paquistão, há pena de morte. No Brasil, a pena máxima para todo e qualquer delito é de 30 anos de reclusão, conforme prevê a legislação, não havendo permissão para implantação de pena de morte, em única exceção nos períodos de guerra, de acordo com o artigo 5º Inciso XLVII da Constituição Federal. Para o advogado Leonardo Saldanha, a reintrodução da pena de morte no país seria um atraso. O sistema é falho e não se deve, por mais grave que seja o delito, pagar com a vida, diz Saldanha. Segundo pesquisa realizada pelo Datafolha em 2008, há um empate técnico entre os que são a favor (46%) e os que são contra (47%) a pena de morte no Brasil. Nos Estados Unidos, único país do G8 a adotar a pena de morte, 36 dos 50 Estados permitem oficialmente a medida, bem como o Governo Federal. Apesar de ter um sistema considerado melhor que o brasileiro, a medida também é controversa entre eles. Felipe Rocha, brasileiro, que mora no Texas há 12 anos, argumenta que, para ele, não importa se o país é de primeiro ou terceiro mundo. Por mais eficiente que o sistema seja, ele está sujeito a falhas. Basta um erro para a medida perder o sentido, pois acredito que o ser humano não é capaz O sistema é falho e não se deve, por mais grave que seja o delito, pagar com a vida de avaliar se outro ser humano merece ou não morrer, diz Felipe. Apesar do pouco ou nenhum interesse governamental em se reintroduzir a pena de morte no Brasil, ela é uma pauta que vem cada vez mais sendo discutida pela opinião pública, motivado pelo aumento de crimes com requintes de crueldade, gerando um sentimento de revolta na população. Um caso clássico é o do menino João Hélio que, em 2007, foi arrastado, preso a um cinto de segurança por mais de três quilômetros. Para casos desse tipo, o psicólogo Arnaldo Arraes defende a pena de morte, desde que haja uma melhoria no sistema judicial brasileiro. Sou a favor da pena de morte para crimes que considero abomináveis. Entretanto para que ela efetivamente funcione é necessário possuirmos um ordenamento jurídico plenamente confiável. Em decorrência disso não seria a favor da pena de morte nesse momento da história brasileira., completa. Mas há aqueles que perdemos guerreiros do Inferno dessa maneira ridícula. Mas a gente supera tudo isso, passa como um trator e seguimos firmes. PROIBIÇÃO Os confrontos incansáveis são responsáveis pelo sofrimento de várias famílias. Cientes disso, a Federação Pernambucana de Futebol e o MPPE proibiram a entrada das torcidas organizadas nos estádios de futebol durante a realização do Campeonato Pernambucano de Você não tem ideia de quantas mortes decorrentes dessa violência urbana são cadastradas aqui no Ministério Público. Para diminuir esse quantitativo, temos que frear isso cortando o mal pela raiz, disse o promotor do MPPE, Ricardo Coelho. A medida é emergencial e um paliativo para frear a morte, pois ela tem chegado mais depressa que um chute de fora da grande área. são contra a pena de morte mesmo movidos pelo sentimento. Hugo Teixeira, quando tinha 16 anos, viu sua mãe ser assassinada numa tentativa de assalto no bairro de Afogados. Mesmo na época, não percebi que o problema é muito maior do que simplesmente matar um assassino como um ato de compensação. É preciso educar essas pessoas, afirma Hugo. O assunto é polêmico e segue divergindo opiniões acerca da efetividade da lei. O estado de Louisiana nos Estados Unidos é bastante duro com os criminosos. Executa e também encarcera per capita mais pessoas acusadas de diversos crimes do que qualquer outro Estado americano. Porém, em contrapartida, é um dos que sistematicamente têm maior quantidade de homicídios nos Estados unidos.

9 O BERRO Recife, março de O inferno diário dos jurados de morte NATHÁLIA DIELÚ Os dias não são os mesmos. O caminhar já não pode ser mais tão livre pelas ruas da comunidade do Campo do Piolho, em Afogados. Os olhos não param quietos, sempre atentos ao que está ao redor dela mesma. O medo passou a ser o companheiro que ela nunca quis ter. Essa história começou a ser contada a distância. Para Flávia*, é difícil permitir um encontro na sua casa, que hoje, vigiada, já não pode ser mais chamada assim. Ela topou conversar só se fosse protegida pelo telefone ou num mercadinho que fica em um bairro vizinho. O exmarido está sempre de olho nos passos dela e o sangue nos olhos desse antigo amor impede-a de poder continuar a sonhar e amar. Não demos certo e, por isso, quando me apaixonei por um rapaz, ele disse que iria me matar. Ele já é bandido, não tem nada o que perder. Quem perde sou eu, conta ela. Flávia viveu por dez anos ao lado do marido. Eram uma família feliz. Nos últimos cinco, porém, ele seguiu pelo caminho tortuoso do tráfico de drogas, ocupação que ficou mais fácil pelo lugar onde sempre viveram: o Campo do Piolho, considerado pela Secretaria de Defesa Social uma área de vulnerabilidade social. Quando me cansei desses dias incertos, pedi a separação. Ele pensava que só era fogo de palha e eu nunca achei que ele fosse algo ruim. Aí eu conheci esse rapaz e trouxe ele para conhecer o meu filho. Foi o começo do meu inferno, desabafa. De mãos dadas com o rapaz, Flávia entrou na casa onde ainda vive com o filho. Dez minutos depois meu ex-marido apareceu mandando o meu namorado ir embora. Então me disse que a partir daquele dia, eu estava na mira dele. Isso faz cinco semanas. Ele cumpre a promessa todos os dias. A vigília é constante. A boca de fumo fica bem perto de lá, e vez por outra, diariamente, uma moto passa devagarzinho, olhando para dentro da humilde fachada de uma residência equipada com geladeira e televisão de última geração. Sei que o tráfico deu muito a gente, mas ele me fez perder o amor pelo pai do meu filho, recorda Flávia. A personagem dessa história não quer ajuda. Tem medo de, um dia, o ex-marido apertar o gatilho. Vou criando meu filho. Não vou ficar mais com ele, mas estar ameaçada é só pra quem sente. Ele disse que não quer polícia nessa história, completa resignada. Se tivesse coragem de denunciá-lo, Flávia poderia contar com o apoio da Lei Maria da Penha ou de um programa de proteção, caso também resolvesse contar os outros crimes do antigo companheiro. Pernambuco foi pioneiro e inspirou o Programa Nacional de Direitos Humanos (PROVITA), um plano de proteção a vítimas e a testemunhas baseado na ideia da reinserção social de pessoas em situação de risco. O PROVITA é composto por representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e de órgãos públicos e privados relacionados à segurança pública e à defesa dos direitos humanos. Foi graças a um projeto como esse que Mércia* disse ter sobrevivido. Mulher de um dos mais conhecidos matadores da Comunidade do Caranguejo, na Ilha do Leite, ela foi ameçada de morte por um ano após o assassinato do marido. Isso foi há dez anos. Ele estava jurado de morte por uma gangue. A gente tava passeando numa pracinha, quando deram cinco tiros na cabeça dele. Ela viu o rosto A escolha de colocar um ponto final SAMUEL SANTOS Problemas financeiros, desilusões amorosas, dependência química, sentimento de solidão e culpa. Esses problemas são parte do cotidiano de muitas pessoas. Alguns acreditam ser possível driblá-los. Outros creem que a solução é recorrer a medidas drásticas como o suicídio, ainda encarado como um tabu pela sociedade. Aos 16 anos, o estudante D.A.S, hoje com 18, se viu diante de situações desagradáveis após se tornar estagiário de uma empresa. Por conta do seu jeito diferente, virou alvo de comentários maldosos dos colegas. Depois de ter sido assediado por um dos companheiros de trabalho, o jovem tentou acabar com a vida. Sempre fui uma pessoa reservada. De repente me vi numa situação na qual achava que todos falavam de mim. Decidi não ir mais ao trabalho e, para acabar com a angústia, no mesmo dia, tentei cortar os pulsos e me enforcar. Na hora em que estava literalmente com a corda no pescoço, minha mãe chegou e me impediu. Ainda lutei com ela, mas cedi e abortei a ideia, desabafa. Muitas vezes os motivos são de caráter pessoal, mas alguns fatores sociais podem influenciar na hora da decisão de se matar. É preciso verificar se existe algum histórico de suicídio na família e como é a relação entre todos os membros da mesma. O ambiente em que a pessoa vive também interfere na sua saúde mental, diz a psicóloga clínica Alessandra Guimarães, do Centro de Apoio Psicossocial de Casa Forte. A herança de uma infância sofrida aliada ao consumo excessivo de drogas e bebidas Estar ameaçado é só para quem sente. Ele disse que não quer polícia nessa história, afirma Flávia Foto: Samuel Santos alcoólicas fez com que a vendedora Maria de Lourdes Felix da Silva, 54, tentasse ceifar a sua vida por diversas vezes. Expulsa de casa aos 12 anos, migrou do sertão da Paraíba para o Recife. Porém a jovem se envolveu com a prostituição e o tráfico. Uma das tentativas de suicídio foi na antiga ponte giratória, área central da cidade, onde num ato de desespero, se jogou e quase morreu afogada. Tinha uma mágoa pelos meus pais terem me rejeitado, estava sozinha no mundo. Ouvi uma voz dizendo para que eu me jogasse, obedeci e poucos minutos depois fui salva por um pescador, lembra. O alento veio através da religião. Com 20 anos, Lourdes entrou para uma igreja evangélica e casou-se com um ex-cliente da época em que se prostituía. Voltei para a Paraíba, perdoei meus pais e, graças a Deus, consegui reconstruir minha vida, conclui. Ao contrário do que se imagina, a ação de tirar a própria vida pode ser evitada. Pesquisas ligadas à psiquiatria realizadas no mundo inteiro apontam que 40% dos indivíduos que pensam em se matar procuram algum serviço de saúde dias ou semanas antes dos bandidos e denunciou à polícia. Hoje, Mércia leva uma vida normal. Em algumas cidades do interior do Estado, o PROVI- TA também tem salvo vidas. Em Ouricuri, a 623 quilômetros do Recife, até hoje quem tem poder manda e desmanda. A estudante universitária Nívia Resende relembra que o coronelismo lá existe até hoje. Aqui, não é difícil encontrar gente que conheça alguém que já morreu ou foi ameaçada porque fez algo de que políticos não gostaram, lembra. Exemplo bem-sucedido de quem não se conformou e foi em busca de alternativas para voltar a ter dias tranquilos, Nívia denunciou e foi protegida. Hoje, conta a história sem medo. Já fui ameaçada porque trabalhava numa gestão da prefeitura e falei mal do pessoal de lá. Mas eu denunciei. Quando a gente não merece, não tem ninguém que tenha o direito de dizer que vai tirar nossa vida, finaliza.. * Flávia e Mércia são nomes fictícios. SUICÍDIO Para alguns, a morte é o único caminho para sanar a dor do ato. O Brasil dispõe de diversos pontos que prestam assistência àqueles que desejam ser ouvidos antes de tomar decisões precipitadas. O Centro de Valorização da Vida (CVV) é um deles. A instituição, sem fins lucrativos, presta um serviço voluntário, 24 horas por dia, de apoio emocional a todos que desejam expressar o que sentem e pensam.

10 10 Recife, março de 2013 O BERRO Terapias ajudam a superar medo do fim CARLOS BRAGA Muitas pessoas querem conhecer, ou revisitar, as belas praias de Florianópolis, as maravilhas naturais da Serra Gaúcha, ou então, a elegante Time Square, em Nova Iorque, e existem aqueles que aproveitam o rigoroso, mas não intolerante, inverno europeu e vão deslumbrar-se com as chiquérrimas paisagens de Paris moldadas por neve. Para isso, existe um trajeto a ser feito e, quando ele é transoceânico, a melhor alternativa é o avião. Isso, porém, pode se tornar um obstáculo difícil de ser superado por uma parcela da população que sofre com um problema: medo de morrer dentro de um meio de transporte de grande porte. De acordo com a psicóloga Elvira Gross, especialista em fobia da morte, cerca de 40% dos brasileiros têm medo de entrar em uma aeronave com medo de partir desta para uma melhor. Há pessoas que só de pensar em voar de avião são invadidas por uma ansiedade imensa e por pensamentos recorrentes que causam muito mal-estar. O auditor substituto do conselho fiscal do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco(TCE-PE), Marcos Flávio, teve essa síndrome. Desde minha primeira jornada no céu, quando tinha 15 anos, comecei a sentir incontroláveis crises de pavor a bordo. Houve muita turbulência e meu primo disse que era normal o piloto jogar a máquina que voa no chão, relembra. Marcos tentou várias terapias com profissionais, mas não obteve sucesso, então foi a São Paulo participar do grupo específico coordenado pela terapeuta Elvira Gross, cujo método consiste em colocar os portadores dessa fobia em situações semelhantes às do voo até superarem o medo. Fiz questão de fazer um acompanhamento com um profissional gabaritado na área por causa dos meus filhos. Sempre quis que eles aprendessem a enfrentar seus sofrimentos pessoais, para isso tinha que dar o exemplo, conta confiante. Elvira explica que existem vários níveis de medo e que, para cada um, exige-se um tratamento diferente. As pessoas apreendem o medo de voar através do convívio em sociedade, ou seja, os pais dizem que é perigoso desde criança; o amigo conta que pegou uma turbulência muito forte e achou que o avião iria cair. Tudo isso reflete nesse transtorno, ressalta. Um elemento tranquilizador para quem sente medo de viagens aéreas é saber que os membros da equipe de uma aeronave têm treinamento para enfrentar situações de pânico vivida pelos passageiros. A comissária de voo Carmen Aguilera tem 27 anos de trabalho na aviação. Quando um passageiro tem uma crise, a primeira coisa é tentar dar suporte emocional, levá-lo à cabine para mostrar que existem equipamentos auxiliando dois comandantes muito experientes. Se o nervosismo continuar, passo o resto da viagem e pouso ao lado dele. Simples, resume a profissional. ALENTO No Recife há tratamentos psicológicos para quem possui dificuldade de viajar neste meio de transporte. O primeiro passo é procurar um psicólogo para começar técnicas de respiração e relaxamento. Depois, frequentar grupos de ajuda que a própria psicóloga encaminha. O Hospital Osvaldo Cruz possui uma equipe de pósgraduados para a prática da terapia cognitiva comportamental. É uma abordagem indicada para esse transtorno, pois parte do princípio de que não se muda a histeria sem mudar o comportamento. O trabalho ainda é feito de forma personalizada e individual, mas o Hospital estuda a possibilidade de práticas em grupo. Cuidar do cérebro evita a morte psicológica AILTON NETO Existem mortes causadas pelo desgaste ou falha motora do cérebro e a psicologia é a vertente de estudos que examina a origem dessas fatalidades. O cérebro é o grande responsável pelo comando de funcionamento do corpo, por isso é necessário que haja uma manutenção diária nele, da mesma forma como costumamos fazer no nosso trabalho. Sem esse cuidado, em alguns casos, pode ocorrer o que a psicologia chama de morte psicológica. A degradação cerebral pode causar a morte de seu portador. A falta de vontade em se manter vivo é um grande indício de que a degradação cerebral comece a acontecer. O professor da AESO e psicólogo especializado em Programação Neuro Linguística (PNL) César Campanha, afirma que o emocional é responsável por grande parte do comportamento do nosso sistema imunológico. Quando há a psicossomatização desequilíbrio na mente que se soma a um problema corporal, nosso corpo tende a reduzir sua imunidade. Com as defesas do corpo em baixa, a influência negativa do meio externo pode provocar doenças, seja uma gripe de pouco risco ou uma depressão profunda. A depressão é um das consequências mais graves para quem sofre esse tipo de abalo psicológico. É uma doença que degrada o sistema imunológico e deixa a pessoa sem vontade de fazer qualquer atividade. Quando a depressão entra em estágio mais avançado, afeta o doente de forma agressiva e pode levá-lo à prática do suicídio. Mesmo que o indivíduo esteja em plena saúde física, problemas psicológicos como a depressão podem levar à morte se não for cuidada com atenção. A estudante de engenharia Barbara Ferraz já presenciou um caso de morte psicológica na família. Tudo começou quando o irmão do meu avô morreu, ele teve problemas de saúde que nem os médicos sabiam identificar, afirmou a estudante. Ele teve momentos de normalidade, mas a gente sabia que o psicológico estava muito abalado. Meu avô começou a se sentir estranho, chorava e entrava em momentos de depressão profunda. Nós o levamos para o hospital e os médicos o examinaram, mas deram alta no dia seguinte, alegando que sua saúde estava plena. Um dia depois, já em alta do hospital, meu avô veio a falecer, conta Barbara. ACOMPANHAMENTO Já foi comprovado cientificamente que a saúde mental é essencial para a melhoria da qualidade de vida. É comum as pessoas não levarem esse tipo de problema a sério, infelizmente, muitos têm o costume de achar que acompanhamento psicológico e psiquiátrico é Foto: Ailton Neto S E R V I Ç O S Hospital Osvaldo Cruz R Ambrósio Marques, 310 Santo Amaro - Recife-PE Fone: SUICÍDIO Para alguns, a morte é o único caminho para sanar a dor coisa de doido, e isso não é é indicado que ele faça um verdade, argumenta o psicólogo acompanhamento psiquiátrico César Campanha. É necessário ter autoconhecimento para evitar problemas psicológicos e doenças. Caso alguém esteja precisando de ajuda profissional, e psicológico para achar mais rapidamente a origem do problema, antes que isso seja visto como algo natural e acabe causando a morte.

11 O BERRO Recife, março de Em algum lugar entre lá e cá RENATA MACIEL O assunto morte é, em geral, evitado entre as conversas informais, afinal quem gosta de tratar de um tema tão assustador? Entretanto, mesmo a contragosto, algumas pessoas já estiveram cara a cara com a indesejada. Experiências de quase morte acontecem com certa frequência. É quando uma pessoa deixa brevemente de viver. Os batimentos cardíacos chegam a cessar, mas não há tempo suficiente para causar grandes sequelas físicas. As pessoas que passaram por esse tipo de situação, por vezes afirmam ter visto algum tipo de luz, que indicaria o fim da vida e um possível caminho para o pós-morte. Nunca se saberá se tal afirmação se confirma, afinal ninguém jamais realmente voltou de lá para contar. O analista de sistema Flávio Azevedo não vai esquecer tão cedo o carnaval de 2005, quando viu a vida ficar por Foto: Renata Maciel MEDO Encontro com morte assusta, mas ensina (Foto ilustrada) um fio após ter sido eletrocutado convidados, que sofreram por W de um cabo queimaduras leves, enquan- de alta tensão. Estava em to ele próprio entrava em uma casa no primeiro andar, fui acenar para uma amiga e bati o braço no cabo elétrico próximo a varanda. O último momento que Flávio lembra é o de ter sido jogado para trás e a camisa explodir em pedacinhos queimados. A confusão em meio às marchinhas de carnaval foi grande. Os pedaços da camisa de Flávio atingiram os sérias convulsões. Do ocorrido, ele só sabe o que os amigos contaram. Um deles se aproximou e viu que meus batimentos cardíacos estavam parando e começou a fazer a massagem cardíaca. Ele voltou à consciência apenas quando já era noite. Sabia que estava em perigo de vida e só era possível rezar, comenta. As memórias dele são turvas e confusas As pessoas me perguntam se eu vi algo; lembro-me apenas de estar concentrado em sobreviver. Rapidamente transferido para o hospital, Flávio passou por várias cirurgias para curar os 30% do corpo que foram queimados. Por ser uma pessoa católica, ele encontrou na fé o apoio que precisava para passar pelas dificuldades. Os médicos sempre foram abertos comigo e me explicavam a gravidade da situação, mas eu confiava que iria ficar bom. Apesar das dificuldades, o rapaz conta a experiência com bom humor para alguém que passou nove dias internado na UTI e dois meses no hospital. A pior parte foi não poder receber visitas e ter que passar por tudo sozinho, comenta Flávio relembrando as dolorosas trocas de curativos diárias. Hoje, com 32 anos, o aprendizado que leva para a vida é o de aproveitar sempre cada dia como se fosse o último e enxergar as coisas boas que se pode usufruir, mesmo em meio a dor. O psicólogo Luiz Carlos Pestana explica que, na hora do desespero, o ser humano precisa contar com algum tipo de força sobrenatural para enfrentar a situação, Não importa de qual religião a pessoa seja adepta, afinal, é difícil simplesmente aceitar que a sua hora de morrer chegou e não há nada que possa ser feito. O psicólogo reforça a importância de lidar com a morte e comenta que é durante o sofrimento que as pessoas passam a encarar melhor a vida, Nada como perder, ou no caso, quase perder algo para ver como é importante. Flávio experimentou a sensação, para ele a morte não é mais tão temida. Quando penso que poderia não estar nem aqui, isso me dá força para viver bem cada momento, ressalta sorrindo. Um recomeço para quem vai e para quem fica SIMONE GRAF E o pulso ainda pulsa. As palavras de Arnaldo Antunes traduzem a história de uma jovem que, após morrer, salvou cinco pessoas. Jacqueline Nascimento da Silva tinha apenas 29 anos quando foi pega de surpresa pela tão inesperada e inevitável morte. Triste fim da efêmera vida de Jacqueline. Alegre recomeço e esperança para quem aguardava ansiosamente pela chance de continuar vivo, na fila de transplante de órgãos. Era 7 de junho de Marinalva da Silva do Nascimento, 53, mãe de Jacqueline, lembra que a filha chegou a casa, após um dia de trabalho. Ela resolveu se embelezar. Fez as unhas e aplicou uma tintura no cabelo. Eu estava no portão. Ela me deu um beijoe avisou que iria entrar para lavar o cabelo e retirar a coloração. Marinalva costumava ficar na calçada olhando o movimento da rua. Como já era muito tarde, resolveu entrar. Na sala, deparou-se com a filha desacordada no sofá. Ela estava pálida e com a cabeça caída, disse a mãe desesperada. Não deu tempo nem de Jacqueline retirar a tinta do cabelo. O único colorido que sumiu foi do rosto dela. Jacqueline foi socorrida, mas, em poucos intantes, faleceu. Ela sofreu um aneurisma. Uma veia estourou e interrompeu a sua vida. Unindo a coragem à esperança de manter a filha viva, Marinalva resolveu doar os órgãos de Jacqueline. Foram córneas, rins, coração e fígado. No dia seguinte, o coração de sua filha já batia em um novo peito. E os demais órgãos deram chance de vida para mais quatro pessoas. Sempre observei as pessoas em hospitais que esperavam Foto: Simone Graf VIDA Marinalva acredita que a filha vive após a doação de órgãos por uma chance para viver. Agora eu sinto que Jacqueline está mais viva do que nunca, declarou, orgulhosa e emocionada. RECEBENDO Eu tive a experiência de estar muito próxima da morte. Agora sou uma nova pessoa. Welitânia Lima de Oliveira Portela, 45, escapou de morrer e assim como as cinco pessoas que tiveram a sorte de receber os órgãos de Jacqueline, vive graças a um doador. Em 2004, Welitânia recebeu o diagnóstico de que era portadora da Síndrome de Budd-Chiarri, também conhecida como obstrução das veias hepáticas. Com as veias do fígado entupidas, minha barriga ficou bastante inchada e contraiu meus órgãos. Sofri bastante e perdi o útero. A sua única chance de sobrevivência era receber um novo fígado. Daí uma nova luta, a da fila de espera. Para se submeter ao transplante de fígado, são necessários diversos exames, entre eles um que avalia a gravidade da doença, através do Modelo para Doença Hepática Terminal (escala Meld).O resultado dos exames era desanimador para Welitânia: taxas quase normais. Com isso, seu posicionamento na fila de espera caía para o final. Mesmo assim, Welitânia não desanimou. Aliada ao chefe da equipe de tranplante de fígado do Hopsital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), o médico Cláudio Lacerda, ela venceu uma batalha judicial para receber um novo órgão. Em 2008, ela, enfim, conseguiu o tão sonhado transplante e ganhou um fígado novo. Hoje, Welitânia comemora. Após ter ficado de frente com a morte, agora dou mais valor a minha vida.

12 12 Recife, março de 2013 O BERRO O lado cômico dos funerais POLYANNA VIEIRA Em primeiro plano, uma sequência de ataúdes dos mais variados estilos. Em segundo plano, uma certeza: poucas pessoas optariam em conviver nesse local, por achá-lo mórbido e agourento. Mas se a morte é considerada um assunto sombrio e desagradável, isso pouco importa para Lindnalva Gomes, uma senhora de estatura pequena - aproximadamente 1m50 - e ar descontraído. Proprietária há mais de 20 anos de uma casa funerária, para ela, o que mais importa são os momentos cômicos que presencia diariamente envolvendo a tão temida morte. Lindinalva tem muitas histórias engraçadas para contar. Afinal, sempre há um engraçadinho, diz rindo. Poucas pessoas conseguem ver esse lado bemhumorado quando o assunto é velório e cemitério. Já para Lindinalva isso é o que mais lhe chama a atenção. Para quem estiver só assistindo, há sempre motivos para gargalhadas, completa. Vivenciar e testemunhar essas cenas já faz parte da sua função de arrumar o morto. Parentes escrevendo coisas no solado dos pés dos defuntos e até bilhetinhos colocado na boca do morto, são fatos corriqueiros para Lindinalva. Já vi de tudo, afirma. Muitos parentes dos cadáveres perguntam para mim se podem fazer esse tipo de coisa, sempre respondo: fique à vontade. Acho muito engraçado, mas tenho que deixar meus clientes à vontade, completa. Ainda há os que acham que os mortos estão vivos. Isso já é normal para mim. Todos os dias existem uns que estarão vivos, mas vivos para os respectivos parentes, porque, para ela, todos estão mortos. Ela nunca erra. Possivelmente pelo fato de conviver com isso há muitos anos. Nem ligo mais, fico calma e assisto ao espetáculo com teor de comédia, conta. Não vendo qualquer problema em lidar com a morte e com essas histórias, Lindinalva leva as situações com bastante serenidade e se empolga ao contar outro caso que ocorreu com ela própria. Certo dia, arrumando um cadáver que ainda estava muito congelado, no momento em que eu colocava as flores por cima do corpo, o braço direito dele escorregou e bateu no meu rosto. Sai gritando na mesma hora, achando que ele estava vivo. Mas foi só um susto, respirei profundo e voltei, conta. Outro caso que ela gosta de contar é de um homem que tinha fama de brincalhão e que, no dia de seu enterro, no momento do translado até a sepultura, o caixão tombou no chão. Não foi por falta de gente para segurar o caixão, pois havia três pessoas fazendo isso, o problema é que as alças quebraram, diz Lindinalva. Mas o que poderia ser algo constrangedor acabou sendo motivo para o defunto aprontar mais uma e divertir amigos e parentes presentes. Fiquei desesperada neste momento, achando que tinha vendido um caixão não tão seguro, recorda Lindinalva. Mas, no final, tudo acabou bem. O incidente foi motivo de muitas gargalhadas. A esposa do defunto chegou próximo a mim e disse: não se preocupe. Ele ainda vai fazer mais uma gracinha até chegar ao mausoléu. Olhei para ela e fiquei mais tranquila, todos estavam rindo, relembra. Lindinalva continua sossegada lidando com os mortos. O cadáver para mim é só uma ferramenta de trabalho. O cenário é triste, mas isto não impede que coisas divertidas aconteçam, finaliza. Morbidez midiática banaliza a dor da perda JULIANO MENDES DA HORA Lidar com a morte é algo que a maioria das pessoas prefere evitar. Outras acabam aprendendo a conviver com ela, por força do ofício. Com a evolução tecnológica dos meios de comunicação, os jornalistas entram para este time, enfrentando um conflito ético e emocional na apuração de casos com vítimas fatais. O advento dos programas policiais, com suas lentes de aumento nas feridas alheias, reforça a dúvida acerca da postura adotada na feitura das matérias. Afinal, de quem é a culpa pela banalização da morte? RAÍZES SOCIAIS A mestranda em sociologia Márcia Moraes aponta a banalização da morte como algo que está presente na trajetória humana há muitos anos. Conflitos bélicos e o combate de ações criminosas expõem certos indivíduos à Foto: Polyanna Vieira IRONIA Lindinalva encara a morte com irreverência uma brutalidade que os força a vestir uma casca, a fim de preservar a sanidade necessária para seguir em frente. Talvez este fenômeno esteja sendo mais discutido pelo fato da tecnologia ter trazido a morte até o sofá de quem não tinha o hábito de receber tal visita. Se você for à uma favela e conversar com as gerações mais velhas, verá que isso não é novidade para nenhum deles, afirma. O pedagogo Lúcio Rodrigues sempre lidou com a presença da morte em sala de aula, durante os anos em que lecionou na periferia de João Pessoa, na Paraíba. Era comum encontrar alunos que se envolviam em conflitos de grupos rivais e outros que, embora não lidassem de forma direta com tais situações, não escapavam ilesos da falta generalizada de segurança em suas comunidades. Como consequência, Rodrigues experimentou um sentimento geral de conformismo e adequação ao cenário violento. A partir do momento em que o respeito à vida esbarra no desrespeito aos direitos do cidadão, certos valores propagados pela convivência em sociedade são corrompidos, perdem sua razão, diz o professor. LENTE DE AUMENTO Na opinião da jornalista e ex-produtora do programa Ronda Geral da TV Tribuna, Isabella Andrade, a mídia jornalística não deveria ser classificada como responsável por este fenômeno, porque ela cumpre a função de relatar algo que já ocorre pelas ruas. A morte perdeu a sua aura de algo distante e misterioso há muito tempo. A sua banalização foi algo que naturalmente aumentou pelo avanço na tecnologia empregada no registro de tais fatos, que estão entre os valores-notícia tão perseguidos no meio jornalístico. A profissional crê que as pessoas que consomem este tipo de informação não se atêm somente à gravidade de determinado crime. Acima disso está o sentimento de cobrança por solução de tais casos. É uma forma das pessoas saberem o que está acontecendo e terem no que se apoiar na hora de cobrar mais atitude das autoridades, acredita Isabella. Para a psicóloga Viviane Miranda, alguns setores da mídia se aproveitam da sensação de vigilância que causam nos espectadores. A metáfora do jornalismo enquanto quarto poder de um país é algo real e perigoso de ser aplicado na exposição da morte: pela falha do poder público em garantir a segurança das pessoas, a mídia assume para si o manto do vigilante que cobra das autoridades, que vai atrás, que aponta o dedo. Em resumo, certos programas na TV e no rádio fazem o que a maioria da população gostaria de fazer. É uma catarse coletiva que se compara à comoção causada pela surra que a vilã da novela leva da mocinha. Sendo que, por trás da exploração de um corpo sem vida em frente a uma câmera, não há nenhuma intenção benéfica, a não ser aumentar os índices de audiência da emissora, explica. Embora o tratamento sarcástico da morte ainda não dê sinais de que vá retirar-se da sala dos espectadores, os profissionais envolvidos têm a consciência de que lidam com algo sério, embora precisem corresponder às demandas do mercado. Acho que o maior trabalho de um jornalista é tentar abstrair essas imagens no momento em que estamos desenvolvendo nossa função, sem cair na vala de conformismo a respeito deste cenário em que vivemos. Não somos tão insensíveis quanto pensam, conclui Isabella Andrade.

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