Projecto Delfos: Escola de Matemática Para Jovens 1 Teoria dos Números 09/09/2011

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Projecto Delfos: Escola de Matemática Para Jovens 1 Teoria dos Números 09/09/2011"

Transcrição

1 Projecto Delfos: Escola e Matemática Para Jovens 1 Teoria os Números 09/09/2011 Funções aritméticas Este texto e apoio baseia-se no seguno capítulo e Tom M. Apostol, Introuction to Analytic Number Theory. Eventuais gralhas, imprecisões ou erros são a responsabiliae e Alfreo Costa. Convenções que aoptamos neste texto: 0 / N Se n é um inteiro positivo, então significa que é um ivisor positivo e n. Em geral, assumimos implicitamente que os ivisores consieraos são positivos. Finalmente, p n significa que p é um ivisor primo (positivo e n. 1. Funções aritméticas: efinição e alguns exemplos relevantes Uma função aritmética é uma função f : N C. Ou seja, é uma função efinia no conjunto os números inteiros e que assume valores complexos. Vamos concentrar-nos em casos em que assume valores reais. Recoremos alguns exemplos com que já nos eparámos em anteriores sessões: Inicaor e Euler: Se n é um inteiro positivo, então ϕ(n é o número e inteiros positivos menores ou iguais a n que são primos com n. A função ϕ é o inicaor e Euler ou função e Euler. Função sigma: É a função aritmética com a seguinte efinição: σ(n =. Textualmente: σ(n é a soma os ivisores e n. Número e ivisores: O nome iz tuo! Frequentemente enota-se por τ. Esta função poe ser efinia a seguinte forma, aparentemente mais peante, mas na verae conceptualmente conveniente: τ(n = A função e Möbius A função e Möbius efine-se o seguinte moo: se n > 1 e se n = p a 1 1 p a k k a i > 0 para too o i, então µ(1 = 1; for a factorização e n em números primos (seno portanto µ(n = ( 1 k se a 1 = = a k = 1, µ(n = 0 caso contrário. Portanto µ(n = 0 se e só se n tem algum factor maior o que 1 que é um quarao perfeito.

2 Projecto Delfos: Escola e Matemática Para Jovens 2 Teoria os Números 09/09/11 Teorema 1. Para qualquer inteiro positivo n temos { 1 se n = 1 (1 µ( = 0 se n > 1. Denotano por [x] o maior inteiro menor ou igual ao número real x, poemos escrever a fórmula (1 a seguinte forma mais compacta: [ 1 µ( =. n] Demonstração o teorema 1. Suponhamos que n 1. Seja n = p a 1 1 p a k k a factorização e n em números primos. Na soma µ(, as únicas parcelas não nulas são aquelas em que nenhum quarao e um primo ivie. Então, agrupano para caa i os ivisores e n que são proutos e precisamente i primos istintos, e como há ( k i tais ivisores, temos: µ( = µ(1 + µ(p 1 + µ(p k + µ(p 1 p 2 + µ(p 1 p 3 + µ(p k 1 p k µ(p 1 p 2 p k ( ( k k = 1 + ( 1 + ( k ( k = ( 1 i = (1 1 k = 0. i i=1 ( k ( 1 k k 3. O prouto e Dirichlet Sejam f e g uas funções aritméticas. O prouto e Dirichlet (ou convolução e Dirichlet é a função aritmética f g efinia o seguinte moo: (2 (f g(n = ( n f( g. Os pares a forma (, n, one é um ivisor e n, são precisamente os pares a forma (a, b, one a e b são inteiros positivos tais que n = ab. Logo, a fórmula (2 tem o seguinte aspecto mais simétrico: (3 (f g(n = f(a g(b. a b=n É assim claro que as funções f g e g f são iguais. Dizemos por isso que o prouto e Dirichlet é comutativo. Proposição 2. O prouto e Dirichlet é associativo, ou seja, (f g h = f (g h para quaisquer funções aritméticas f, g e h. Projecto Delfos

3 Projecto Delfos: Escola e Matemática Para Jovens 3 Teoria os Números 09/09/11 Demonstração. Temos ((f g h(n = x c=n = x c=n = (f g(x h(c ( f(a g(b h(c a b=x x c=n a b=x = a b c=n f(a g(b h(c f(a g(b h(c De forma inteiramente análoga, temos (f (g h(n = a b c=n f(a g(b h(c. Denotemos por I a função aritmética [ 1 I(n = = n] a qual surge no Teorema 1. { 1 se n = 1 0 se n > 1., Proposição 3. A operação tem I como elemento neutro, ou seja, I f = f I = f. Demonstração. Temos (f I(n = ( n f(i = [ f( = f(n n] [ uma vez que n ] = 0 se < n. 4. A inversa e Dirichlet e a fórmula e inversão e Möbius Teorema 4. Se f é uma função aritmética tal que f(1 0, então a função aritmética f 1 efinia recursivamente por f 1 (1 = 1 f(1, satisfaz f f 1 = f 1 f = I. f 1 (n = 1 f(1 < n A emonstração o Teorema 4 é um exercício instrutivo. f ( n f 1 ( se n > 1, Se f e g são funções aritméticas tais que f(1 0 e g(1 0, então (f g(1 0. Notemos também que I(1 0. Logo o conjunto G as funções aritméticas f tais que f(1 0 forma um submonóie o monóie as funções aritméticas, consierano o prouto e Dirichlet como a operação o monóie. O Teorema 4 iz-nos em particular que o monóie G é e facto um grupo Abeliano, seno a inversa e uma função f pertencente a G precisamente a função f 1. Justifica-se assim a notação f 1 introuzia no Teorema 4. A função f 1 esigna-se inversa e Dirichlet e f ou inversa convolutiva e f. Escola e Matemática Para Jovens

4 Projecto Delfos: Escola e Matemática Para Jovens 4 Teoria os Números 09/09/11 Exemplo 5. Vimos no teorema 1 que µ( = I(n. A função constante u(n = 1 é uma função aritmética. A igualae µ( = I(n. poe ser então escrita o seguinte moo: µ u = I Portanto u e µ são inversas e Dirichlet uma a outra: u = µ 1 e µ = u 1. Teorema 6 (Fórmula e inversão e Möbius. As igualaes (4 f(n = g( e (5 g(n = ( n f(µ. são equivalentes. Demonstração. A igualae (4 iz-nos que f = g u. Logo f µ = (g u µ = g (u µ = g I = g, ou seja, obtemos (5. Reciprocamente, se f µ = g então f = f (µ u = (f µ u = g u, e portanto (5 implica (4. Teorema 7. Se n 1 então 5. De volta à função ϕ ϕ( = n. Vamos usar a notação N para a função ientiae no conjunto os inteiros positivos, (ou seja, N(n = n para qualquer n N. Corolário 8. Se n 1 então (6 ϕ(n = ( n µ. Demonstração. O Teorema 7 iz-nos que ϕ u = N. Logo ϕ = N u 1 = N µ. Algumas as proprieaes listaas no seguinte teorema já tinham sio iscutias na sessão anterior e Teoria os Números. Teorema 9. A função e Euler satisfaz as seguintes proprieaes: (1 ϕ(n = n p n (1 1 para qualquer n. p (2 ϕ(p a = p a p a 1 para qualquer primo p e para qualquer a 1. (3 ϕ(mn = ϕ(mϕ(n, one = m..c.(m, n. ϕ( (4 ϕ(mn = ϕ(mϕ(n se m..c.(m, n = 1. (5 a b implica ϕ(a ϕ(b. (6 Se n tem r factores primos ímpares istintos então 2 r ϕ(n. Projecto Delfos

5 Projecto Delfos: Escola e Matemática Para Jovens 5 Teoria os Números 09/09/11 6. Funções multiplicativas Um função aritmética f iz-se multiplicativa se não for ienticamente nula (i.e., se existir n tal que f(n 0 e se f(mn = f(mf(n, sempre que m..c.(m, n = 1. Um função aritmética f iz-se completamente multiplicativa se f(mn = f(mf(n, para quaisquer m, n. Exemplo 10. Consieremos a função aritmética f α (n = n α, one α é um número real qualquer. Então f α é completamente multiplicativa. Note-se que f α = N α. Exemplo 11. A função I(n = [1/n] é completamente multiplicativa. Exemplo 12. A função e Möbius é multiplicativa, mas não completamente multiplicativa. Observação 13. Sejam f e g funções aritméticas. Consieremos a função f g efinia por (fg(n = f(ng(n. Se f e g são multiplicativas, então fg é multiplicativa. Se f e g são completamente multiplicativas, então f g é completamente multiplicativa. Supono que g(n 0 para qualquer inteiro positivo n, consieremos agora a função aritmética f efinia por f f(n (n =. g g g(n Se f e g são multiplicativas, então f é multiplicativa. g Se f e g são completamente multiplicativas, então f é completamente multiplicativa. g Exercício 14. Mostra que se f é multiplicativa então f(1 = 1. Teorema 15. Seja f uma função aritmética tal que f(1 = 1. Então: (1 A função f é multiplicativa se e só se f(p a 1 1 p ar r = f(p a 1 1 f(p ar r para quaisquer primos istintos p 1,..., p r e inteiros positivos a 1,..., a r, qualquer que seja r 1. (2 Se f é multiplicativa, então f é completamente multiplicativa se e só se f(p a = f(p a para qualquer primo p e para qualquer inteiro positivo a. A emonstração o Teorema 15 é um exercício simples, que ecorre facilmente as efinições. Teorema 16. O conjunto as funções aritméticas multiplicativas é, para o prouto e Dirichlet, um subgrupo o grupo as funções aritméticas f tais que f(1 0. Escola e Matemática Para Jovens

6 Projecto Delfos: Escola e Matemática Para Jovens 6 Teoria os Números 09/09/11 Teorema 17. Seja f uma função aritmética multiplicativa. Então f é completamente multiplicativa se e só se f 1 (n = µ(nf(n para qualquer n 1. Exercício 18. A inversa e Dirichlet e ϕ é aa por ϕ 1 (n = µ(. Exercício 19. Se f é multiplicativa então µ(f( = p n (1 f(p. Em particular, ϕ 1 (n = p n (1 p. Exercício 20. A função e Liouville é a função aritmética λ efinia o seguinte moo: λ(1 = 1; λ(n = ( 1 a 1+ +a k se a factorização e n em números primos for n = p a 1 1 p a k k. (1 Verifica que λ é completamente multiplicativa. (2 Determina a inversa convolutiva e λ. (3 Mostra que { λ( = 1 se n é um quarao 0 caso contrário. (4 Conclui que o prouto e Dirichlet e uas funções completamente multiplicativas poe não ser uma função completamente multiplicativa. Exercícios: Mais exercícios e problemas (1 Mostra que σ(n = ϕ(τ( n. (2 Para caa número real α, consiera a função σ α (n = α (repara que σ 0 = τ e que σ 1 = σ. Mostra que se α 0 então σ α (n = p n enota um primo. n (3 Mostra que = µ 2 ( ϕ(n. ϕ( Problemas: p α(a+1 1, one a letra p p α 1 (4 Mostra que se n é composto então ϕ(n n n. (5 Mostra que ϕ(n n para qualquer inteiro positivo n tal que n 2 e n 6. (6 Se n é um número composto então σ(n n + n + 1. (7 Para qualquer n 1, temos σ(n τ(n n. Projecto Delfos

Funções aritméticas. Camila Lopes Montrezor

Funções aritméticas. Camila Lopes Montrezor Funções aritméticas Camila Lopes Montrezor SERVIÇO DE PÓS-GRADUAÇÃO DO ICMC-USP Data e Depósito: Assinatura: Camila Lopes Montrezor Funções aritméticas Dissertação apresentaa ao Instituto e Ciências Matemáticas

Leia mais

Demonstração. Sabemosqueϕémultiplicativa. Poroutrolado,sen = p α pαm m é a fatoração canônica de n em primos então temos uma fórmula explícita

Demonstração. Sabemosqueϕémultiplicativa. Poroutrolado,sen = p α pαm m é a fatoração canônica de n em primos então temos uma fórmula explícita Polos Olímpicos de Treinamento Curso de Teoria dos Números - Nível 3 Carlos Gustavo Moreira Aula 15 Funções multiplicativas e a função de Möbius 1 Funções Multiplicativas Umafunçãof definidasobren >0 éditamultiplicativa

Leia mais

Equações Diofantinas Lineares

Equações Diofantinas Lineares Equações Diofantinas Lineares Equações, com uma ou mais incógnitas, e que se procuram soluções inteiras esignam-se habitualmente por Equações iofantinas. Vamos apenas consierar as equações iofantinas lineares,

Leia mais

Transformadas aritméticas relacionadas com a função zeta de Riemann

Transformadas aritméticas relacionadas com a função zeta de Riemann Transformadas aritméticas relacionadas com a função zeta de Riemann Hélder Lima Orientado por: Semyon Yakubovich Programa Novos Talentos em Matemática Transformadas aritméticas relacionadas com a função

Leia mais

Elementos de Matemática Finita

Elementos de Matemática Finita Elementos de Matemática Finita Exercícios Resolvidos 1 - Algoritmo de Euclides; Indução Matemática; Teorema Fundamental da Aritmética 1. Considere os inteiros a 406 e b 654. (a) Encontre d mdc(a,b), o

Leia mais

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I LMAC, MEBIOM, MEFT 1 o SEM. 2010/11 3 a FICHA DE EXERCÍCIOS

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I LMAC, MEBIOM, MEFT 1 o SEM. 2010/11 3 a FICHA DE EXERCÍCIOS Instituto Superior Técnico Departamento e Matemática Secção e Álgebra e Análise CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I LMAC, MEBIOM, MEFT o SEM. / 3 a FICHA DE EXERCÍCIOS Primitivação é a operação inversa a

Leia mais

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a

Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a Exemplo (U(n)) Dado um inteiro positivo n, definimos U(n) como sendo o conjunto dos inteiros positivos menores que n e primos com n. Não é difícil ver que a multiplicação módulo n é uma operação binária

Leia mais

26 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos

26 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos 26 a Aula 2004..5 AMIV LEAN, LEC Apontamentos (Ricaro.Coutinho@math.ist.utl.pt) 26. Sistemas e equações iferenciais 26.. Definição Consiere-se f : D R R n R n,contínuanoconjuntoabertod Vamos consierar

Leia mais

1 n s = s s s p s. ζ(s) = p

1 n s = s s s p s. ζ(s) = p Introdução A chamada série harmónica, n= n = + 2 + 3 + +... desde cedo suscitou interesse entre os 4 matemáticos. Infelizmente esta série diverge, o que se verifica por os termos termo n, apesar de tenderem

Leia mais

MATEMÁTICA DISCRETA ARITMÉTICA RACIONAL (6/6) Carlos Luz. EST Setúbal / IPS Maio 2012

MATEMÁTICA DISCRETA ARITMÉTICA RACIONAL (6/6) Carlos Luz. EST Setúbal / IPS Maio 2012 MATEMÁTICA DISCRETA ARITMÉTICA RACIONAL (6/6) Carlos Luz EST Setúbal / IPS 21 27 Maio 2012 Carlos Luz (EST Setúbal / IPS) Aritmética Racional (6/6) 21 27 Maio 2012 1 / 15 Congruências Lineares De nição

Leia mais

Transformadas aritméticas relacionadas com a função zeta de Riemann e fórmulas do tipo de Müntz e de Poisson Hélder Alexandre Sá da Costa Lima

Transformadas aritméticas relacionadas com a função zeta de Riemann e fórmulas do tipo de Müntz e de Poisson Hélder Alexandre Sá da Costa Lima Transformadas aritméticas relacionadas com a função zeta de Riemann e fórmulas do tipo de Müntz e de Poisson Hélder Alexandre Sá da Costa Lima Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Ciências

Leia mais

Curso Satélite de. Matemática. Sessão n.º 1. Universidade Portucalense

Curso Satélite de. Matemática. Sessão n.º 1. Universidade Portucalense Curso Satélite de Matemática Sessão n.º 1 Universidade Portucalense Conceitos Algébricos Propriedades das operações de números reais Considerem-se três números reais quaisquer, a, b e c. 1. A adição de

Leia mais

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003

Provas de Análise Real - Noturno - 3MAT003 Provas de 2006 - Análise Real - Noturno - 3MAT003 Matemática - Prof. Ulysses Sodré - Londrina-PR - provas2006.tex 1. Definir a operação ϕ entre os conjuntos A e B por ϕ(a, B) = (A B) (A B). (a) Demonstrar

Leia mais

, com k 1, p 1, p 2,..., p k números primos e α i, β i 0 inteiros, as factorizações de dois números inteiros a, b maiores do que 1.

, com k 1, p 1, p 2,..., p k números primos e α i, β i 0 inteiros, as factorizações de dois números inteiros a, b maiores do que 1. Como seria de esperar, o Teorema Fundamental da Aritmética tem imensas consequências importantes. Por exemplo, dadas factorizações em potências primas de dois inteiros, é imediato reconhecer se um deles

Leia mais

Note-se que pelo Teorema de Euler. a φ(n) 1 (mod n) logo existe k nas condições da definição acima e. Raízes Primitivas. Ordem de um elemento

Note-se que pelo Teorema de Euler. a φ(n) 1 (mod n) logo existe k nas condições da definição acima e. Raízes Primitivas. Ordem de um elemento Ordem de um elemento Definição Sejam a e n inteiros tais que m.d.c.(a, n) = 1. O menor inteiro positivo k tal que tal que a k 1 (mod n) diz-se a ordem de a módulo n e representa-se por ord n (a). Note-se

Leia mais

f(xnyn) = f(xyn) = f(xy) = f(x)f(y) = f(xn)f(yn).

f(xnyn) = f(xyn) = f(xy) = f(x)f(y) = f(xn)f(yn). Teoremas de isomorfismo. Teorema (Teorema de Isomorfismo). Seja f : A B um homomorfismo de grupos. Então A/ ker(f) = Im(f). Demonstração. Seja N := ker(f) e seja f : A/N Im(f), f(xn) := f(x). Mostramos

Leia mais

A Regra da Cadeia. 14 de novembro de u(x) = sen x. v(x) = cos x. w(x) = x 5

A Regra da Cadeia. 14 de novembro de u(x) = sen x. v(x) = cos x. w(x) = x 5 A Regra a Caeia 4 e novembro e 0. As operações algébricas entre funções (soma, prouto, etc) fornecem uma grane iversiae e novas funções para os iferentes casos que vimos até agora. Porém, existe uma outra

Leia mais

Parte 1. Conjuntos finitos, enumeráveis e

Parte 1. Conjuntos finitos, enumeráveis e Parte 1 Conjuntos finitos, enumeráveis e não-enumeráveis Georg Ferdinand Ludwig Philipp Cantor (1845-1818) Rússia. A descoberta de que há diversos tipos de infinito deve-se a Georg Cantor. Mas, para os

Leia mais

Inversão de Matrizes

Inversão de Matrizes Inversão de Matrizes Prof. Márcio Nascimento Universidade Estadual Vale do Acaraú Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina: Álgebra Matricial - 2015.2 21 de

Leia mais

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida CÁLCULO I Prof. Eilson Neri Júnior Prof. Anré Almeia Aula n o 08: Regra a Caeia. Derivação Implícita. Derivaa a Função Inversa. Objetivos a Aula Conhecer e aplicar a regra a caeia; Utilizar a notação e

Leia mais

Regras do Produto e do Quociente. Regras do Produto e do Quociente

Regras do Produto e do Quociente. Regras do Produto e do Quociente UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Regras o Prouto e

Leia mais

3 Cálculo Diferencial. Diferenciabilidade

3 Cálculo Diferencial. Diferenciabilidade 3 Cálculo Diferencial Diferenciabiliae EXERCÍCIOS RESOLVIDOS. Para caa uma as seguintes funções etermine o omínio e iferenciabiliae e calcule as respectivas erivaas: a, b e, c ln, e. a f ( = é iferenciável

Leia mais

Ordens e raízes primitivas

Ordens e raízes primitivas Polos Olímpicos de Treinamento Curso de Teoria dos Números - Nível 3 Carlos Gustavo Moreira Aula 7 Ordens e raízes primitivas 1 Polinômios Dado um anel comutativo K, definimos o anel comutativo K[x] como

Leia mais

MA14 - Aritmética Unidade 1 Resumo. Divisibilidade

MA14 - Aritmética Unidade 1 Resumo. Divisibilidade MA14 - Aritmética Unidade 1 Resumo Divisibilidade Abramo Hefez PROFMAT - SBM Julho 2013 Aviso Este material é apenas um resumo de parte do conteúdo da disciplina e o seu estudo não garante o domínio do

Leia mais

Primeiro Desao Mestre Kame

Primeiro Desao Mestre Kame Primeiro Desao Mestre Kame Alan Anderson 8 de julho de 2017 O propósito dessa lista é gerar uma intuição numérica das demonstrações abstratas do teoremas famosos de Teoria dos números, de modo que alguns

Leia mais

Grupos: Resumo. Definição 1.1 Um grupo é um conjunto G juntamente com uma operação binária. G G G (a, b) a b. (a b) c = a (b c) a e = e a = a

Grupos: Resumo. Definição 1.1 Um grupo é um conjunto G juntamente com uma operação binária. G G G (a, b) a b. (a b) c = a (b c) a e = e a = a 1 Grupos: Resumo 1 Definições básicas Definição 1.1 Um grupo é um conjunto G juntamente com uma operação binária que satisfaz os seguintes três axiomas: 1. (Associatividade) Para quaisquer a, b, c G, G

Leia mais

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO Topologia de Zariski Jairo Menezes e Souza 25 de maio de 2013 Notas incompletas e não revisadas 1 Resumo Queremos abordar a Topologia de Zariski para o espectro primo de um anel. Antes vamos definir os

Leia mais

Lista permanente de exercícios - parte de Grupos. As resoluções se encontram nas notas de aula A1, A2, A3.

Lista permanente de exercícios - parte de Grupos. As resoluções se encontram nas notas de aula A1, A2, A3. Lista permanente de exercícios - parte de Grupos. As resoluções se encontram nas notas de aula A1, A2, A3. 1. Seja x um elemento de ordem 24. Calcule a ordem de x 22, x 201, x 402, x 611 e x 1000. 2. Faça

Leia mais

Aritmética Racional MATEMÁTICA DISCRETA. Patrícia Ribeiro. Departamento de Matemática, ESTSetúbal 2018/ / 42

Aritmética Racional MATEMÁTICA DISCRETA. Patrícia Ribeiro. Departamento de Matemática, ESTSetúbal 2018/ / 42 1 / 42 MATEMÁTICA DISCRETA Patrícia Ribeiro Departamento de Matemática, ESTSetúbal 2018/2019 2 / 42 1 Combinatória 2 3 Grafos 3 / 42 Capítulo 2 4 / 42 Axiomática dos Inteiros Sejam a e b inteiros. Designaremos

Leia mais

Introdução à Teoria de Grupos Grupos cíclicos Grupos de permutações Isomorfismos

Introdução à Teoria de Grupos Grupos cíclicos Grupos de permutações Isomorfismos Observação Como para k > 1 se tem (a 1, a 2,..., a k ) = (a 1, a k )(a 1, a k 1 ) (a 1, a 2 ), um ciclo de comprimento par é uma permutação ímpar e um ciclo de comprimento ímpar é uma permutação par. Proposição

Leia mais

OPERAÇÕES - LEIS DE COMPOSIÇÃO INTERNA

OPERAÇÕES - LEIS DE COMPOSIÇÃO INTERNA Professora: Elisandra Figueiredo OPERAÇÕES - LEIS DE COMPOSIÇÃO INTERNA DEFINIÇÃO 1 Sendo E um conjunto não vazio, toda aplicação f : E E E recebe o nome de operação sobre E (ou em E) ou lei de composição

Leia mais

Transformadas aritméticas relacionadas com a função zeta de Riemann e fórmulas do tipo de Müntz e de Poisson

Transformadas aritméticas relacionadas com a função zeta de Riemann e fórmulas do tipo de Müntz e de Poisson Transformadas aritméticas relacionadas com a função zeta de Riemann e fórmulas do tipo de Müntz e de Poisson Hélder Alexandre Sá da Costa Lima Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Ciências

Leia mais

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida

CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida CÁLCULO I Prof. Eilson Neri Júnior Prof. Anré Almeia Aula n o 0: Derivaas e Orem Superior e Regra a Caeia Objetivos a Aula Definir e eterminar as erivaas e orem superior; Conhecer e aplicar a regra a caeia;

Leia mais

MAT5728 Álgebra Lista 1

MAT5728 Álgebra Lista 1 MAT5728 Álgebra Lista 1 2009 1. (a) Se G é um grupo no qual (ab) i = a i b i, para três inteiros consecutivos i e para quaisquer a, b G, demonstre que G é abeliano. (b) Vale o mesmo resultado se (ab) i

Leia mais

Regras de Derivação Notas de aula relativas ao mês 11/2003 Versão de 13 de Novembro de 2003

Regras de Derivação Notas de aula relativas ao mês 11/2003 Versão de 13 de Novembro de 2003 Regras e Derivação Notas e aula relativas ao mês 11/2003 Versão e 13 e Novembro e 2003 Já sabemos a efinição formal e erivaa, a partir o limite e suas interpretações como: f f a + h) f a) a) = lim, 1)

Leia mais

MAT0313 Álgebra III Lista 5

MAT0313 Álgebra III Lista 5 MAT0313 Álgebra III Lista 5 2008 1. (a) Se G é um grupo no qual (ab) i = a i b i, para três inteiros consecutivos i e para quaisquer a, b G, demonstre que G é abeliano. (b) Vale o mesmo resultado se (ab)

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Funções Exponenciais Gerais. Objetivos da Aula. Aula n o 25: Funções Logarítmicas e Exponenciais Gerais. Denir f(x) = log x

CÁLCULO I. 1 Funções Exponenciais Gerais. Objetivos da Aula. Aula n o 25: Funções Logarítmicas e Exponenciais Gerais. Denir f(x) = log x CÁLCULO I Prof. Eilson Neri Júnior Prof. Anré Almeia Aula n o 25: Funções Logarítmicas e Eponenciais Gerais Objetivos a Aula Denir f() = log Denir f() = a Funções Eponenciais Gerais Denição. Se a > 0 e

Leia mais

CIC 111 Análise e Projeto de Algoritmos II

CIC 111 Análise e Projeto de Algoritmos II CIC 111 Análise e Projeto de Algoritmos II Prof. Roberto Affonso da Costa Junior Universidade Federal de Itajubá AULA 21 Number theory Primes and factors Modular arithmetic Solving equations Other results

Leia mais

LISTA CLASSES LATERAIS, TEOREMA DE LAGRANGE 17. Seja G um grupo e sejam H e K subgrupos de G cujas ordens sejam relativamente primas.

LISTA CLASSES LATERAIS, TEOREMA DE LAGRANGE 17. Seja G um grupo e sejam H e K subgrupos de G cujas ordens sejam relativamente primas. MAT5728 - Álgebra 2o. semestre/2008 LISTA 1 1. GRUPOS 1. Seja G um grupo. Mostre que se ab 2 = a 2 b 2, para quaisquer a, b G, então G é abeliano. 2. a Se G é um grupo no qual ab i = a i b i, para três

Leia mais

Tópicos de Matemática Elementar

Tópicos de Matemática Elementar Tópicos de Matemática Elementar 2 a série de exercícios 2004/05. A seguinte prova por indução parece correcta, mas para n = 6 o lado esquerdo é igual a 2 + 6 + 2 + 20 + 30 = 5 6, enquanto o direito é igual

Leia mais

MA14 - Aritmética Unidade 20 Resumo. Teoremas de Euler e de Wilson

MA14 - Aritmética Unidade 20 Resumo. Teoremas de Euler e de Wilson MA14 - Aritmética Unidade 20 Resumo Teoremas de Euler e de Wilson Abramo Hefez PROFMAT - SBM Aviso Este material é apenas um resumo de parte do conteúdo da disciplina e o seu estudo não garante o domínio

Leia mais

NÚMEROS ESPECIAIS. Luciana Santos da Silva Martino. lulismartino.wordpress.com PROFMAT - Colégio Pedro II

NÚMEROS ESPECIAIS. Luciana Santos da Silva Martino. lulismartino.wordpress.com PROFMAT - Colégio Pedro II Sumário NÚMEROS ESPECIAIS Luciana Santos da Silva Martino lulismartino.wordpress.com lulismartino@gmail.com PROFMAT - Colégio Pedro II 27 de outubro de 2017 Sumário 1 Primos de Fermat, de Mersenne e em

Leia mais

) a sucessão definida por y n

) a sucessão definida por y n aula 05 Sucessões 5.1 Sucessões Uma sucessão de números reais é simplesmente uma função x N R. É conveniente visualizar uma sucessão como uma sequência infinita: (x(), x(), x(), ). Neste contexto é usual

Leia mais

GRUPOS Maria L ucia Torres Villela Instituto de Matem atica Universidade Federal Fluminense Revisto em dezembro de 2008

GRUPOS Maria L ucia Torres Villela Instituto de Matem atica Universidade Federal Fluminense Revisto em dezembro de 2008 GRUPOS Maria Lúcia Torres Villela Instituto de Matemática Universidade Federal Fluminense Revisto em dezembro de 2008 Sumário Introdução... 3 Parte 1 - Conceitos fundamentais... 5 Seção 1 - O conceito

Leia mais

é uma proposição verdadeira. tal que: 2 n N k, Φ(n) = Φ(n + 1) é uma proposição verdadeira. com n N k, tal que:

é uma proposição verdadeira. tal que: 2 n N k, Φ(n) = Φ(n + 1) é uma proposição verdadeira. com n N k, tal que: Matemática Discreta 2008/09 Vítor Hugo Fernandes Departamento de Matemática FCT/UNL Axioma (Princípio da Boa Ordenação dos Números Naturais) O conjunto parcialmente (totalmente) ordenado (N, ), em que

Leia mais

Acadêmico(a) Turma: Capítulo 4: Derivada. A derivada por ser entendida como taxa de variação instantânea de uma função e expressa como:

Acadêmico(a) Turma: Capítulo 4: Derivada. A derivada por ser entendida como taxa de variação instantânea de uma função e expressa como: 1 Acaêmico(a) Turma: Capítulo 4: Derivaa 4.1 Definição A erivaa por ser entenia como taxa e variação instantânea e uma função e expressa como: f (x) = y = y x Eq. 1 Assim f (x) é chamao e erivaa a função

Leia mais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais

Matemática I. 1 Propriedades dos números reais Matemática I 1 Propriedades dos números reais O conjunto R dos números reais satisfaz algumas propriedades fundamentais: dados quaisquer x, y R, estão definidos a soma x + y e produto xy e tem-se 1 x +

Leia mais

1. Num grupo G, sejam a e b dois elementos diferentes da identidade e tais que a 3 = b 2 = e e ba = a 2 b.

1. Num grupo G, sejam a e b dois elementos diferentes da identidade e tais que a 3 = b 2 = e e ba = a 2 b. Problema 1 1. Num grupo G, sejam a e b dois elementos diferentes da identidade e tais que a 3 b 2 e e ba a 2 b. (a) Indique, justificando, se: i. a é sempre igual a b; ii. a nunca é igual a b; iii. a pode

Leia mais

A Regra da Cadeia Continuação das notas de aula do mês 11/03 Versão de 20 de Novembro de 2003

A Regra da Cadeia Continuação das notas de aula do mês 11/03 Versão de 20 de Novembro de 2003 A Regra a Caeia Continuação as notas e aula o mês /03 Versão e 20 e Novembro e 2003 Agora queremos entener o que acontece com a erivaa e uma composição e funções. Antes e mais naa, lembremos a notação

Leia mais

TEORIA DOS NÚMEROS ****************************** Departamento de Matemática. Universidade de Aveiro

TEORIA DOS NÚMEROS ****************************** Departamento de Matemática. Universidade de Aveiro INTRODUÇÃO À TEORIA DOS NÚMEROS Vítor Neves ****************************** Departamento de Matemática Universidade de Aveiro 2001 Introdução O presente texto resulta da evolução de um conjunto de notas

Leia mais

Definição 1. Um ideal de um anel A é um subgrupo aditivo I de A tal que ax I para todo a A, x I. Se I é um ideal de A escrevemos I A.

Definição 1. Um ideal de um anel A é um subgrupo aditivo I de A tal que ax I para todo a A, x I. Se I é um ideal de A escrevemos I A. 1. Ideais, quocientes, teorema de isomorfismo Seja A um anel comutativo unitário. Em particular A é um grupo abeliano com +; seja I um subgrupo aditivo de A. Como visto no primeiro modulo, sabemos fazer

Leia mais

Fundamentos de Matemática Curso: Informática Biomédica

Fundamentos de Matemática Curso: Informática Biomédica Fundamentos de Matemática Curso: Informática Biomédica Profa. Vanessa Rolnik Artioli Assunto: sequências e matrizes 05 e 06/06/14 Sequências Def.: chama-se sequência finita ou n-upla toda aplicação f do

Leia mais

Reticulados e Álgebras de Boole

Reticulados e Álgebras de Boole Capítulo 3 Reticulados e Álgebras de Boole 3.1 Reticulados Recorde-se que uma relação de ordem parcial num conjunto X é uma relação reflexiva, anti-simétrica e transitiva em X. Um conjunto parcialmente

Leia mais

30 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos

30 a Aula AMIV LEAN, LEC Apontamentos 30 a Aula 20041124 AMIV LEAN, LEC Apontamentos (RicaroCoutinho@mathistutlpt) 301 Equações iferenciais e orem n Comecemos com consierações gerais sobre equações e orem n; nomeaamente sobre a sua relação

Leia mais

3.8 O Teorema da divergência ou Teorema de Gauss

3.8 O Teorema da divergência ou Teorema de Gauss 144 CAPÍTULO 3. INTEGRAI DE UPERFÍCIE 3.8 O Teorema a ivergência ou Teorema e Gauss O Teorema e tokes relaciona uma integral e superfície com uma e linha ao longo o boro a superfície. O Teorema e Gauss

Leia mais

1 Primos em uma PA? 2 Pequeno teorema de Dirichlet

1 Primos em uma PA? 2 Pequeno teorema de Dirichlet Pequeno teorema de Dirichlet Primos em uma PA? O famoso teorema de Dirichlet, também conhecido como PCP princípio das casas dos primos), diz: Teorema. Dirichlet) Sejam a e n dois inteiros com a, n). Então

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo Diferencial e Integral I Texto de apoio às aulas. Amélia Bastos, António Bravo Dezembro 2010 Capítulo 1 Números reais As propriedades do conjunto dos números reais têm por base um conjunto restrito

Leia mais

Inversão de Matrizes

Inversão de Matrizes Inversão de Matrizes Prof. Márcio Nascimento Universidade Estadual Vale do Acaraú Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina: Álgebra Matricial - 2017.1 18 de

Leia mais

Teorema. Existe alguma raiz primitiva módulo n se, e só se, n = 2, n = 4, n = p k ou n = 2p k onde p é primo ímpar.

Teorema. Existe alguma raiz primitiva módulo n se, e só se, n = 2, n = 4, n = p k ou n = 2p k onde p é primo ímpar. raízes primitivas Uma raiz primitiva módulo n é um inteiro b tal que {1, b, b 2,... ( mod n)} = U(n). Teorema. Existe alguma raiz primitiva módulo n se, e só se, n = 2, n = 4, n = p k ou n = 2p k onde

Leia mais

= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 )

= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 ) 6 a aula, 26-04-2007 Formas Quadráticas Suponhamos que 0 é um ponto crítico duma função suave f : U R definida sobre um aberto U R n. O desenvolvimento de Taylor de segunda ordem da função f em 0 permite-nos

Leia mais

Álgebra Linear e Geometria Anaĺıtica

Álgebra Linear e Geometria Anaĺıtica Álgebra Linear e Geometria Anaĺıtica 2016/17 MIEI+MIEB+MIEMN Slides da 1 a Semana de aulas Cláudio Fernandes (FCT/UNL) Departamento de Matemática 1 / 47 Cláudio Fernandes (FCT/UNL) Departamento de Matemática

Leia mais

Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas

Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas Clotilzio Moreira dos Santos Resumo O objetivo deste trabalho é introduzir formas quadráticas sobre reticulados. Demonstramos que a definição

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 17. Assunto: Funções Implícitas, Teorema das Funções Implícitas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 17. Assunto: Funções Implícitas, Teorema das Funções Implícitas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CÁLCULO II - PROJETO NEWTON AULA 17 Assunto: Funções Implícitas, Teorema as Funções Implícitas Palavras-chaves: funções, funções implícitas, erivação implícita Funções implícitas

Leia mais

Geradores e relações

Geradores e relações Geradores e relações Recordamos a tabela de Cayley de D 4 (simetrias do quadrado): ρ 0 ρ 90 ρ 180 ρ 270 h v d 1 d 2 ρ 0 ρ 0 ρ 90 ρ 180 ρ 270 h v d 1 d 2 ρ 90 ρ 90 ρ 180 ρ 270 ρ 0 d 2 d 1 h v ρ 180 ρ 180

Leia mais

GRUPOS ALGUNS GRUPOS IMPORTANTES. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

GRUPOS ALGUNS GRUPOS IMPORTANTES. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo GRUPOS DEFINIÇÃO 1 Sejam G um conjunto não vazio e (x, y) x y uma lei de composição interna em G. Dizemos que G é um grupo em relação a essa lei se (a) a operação

Leia mais

Anéis de polinómios a várias indeterminadas

Anéis de polinómios a várias indeterminadas Capítulo 2 Anéis de polinómios a várias indeterminadas Todos os resultados, e respectivas demonstrações, deste capítulo são transcritos do livro Polinómios, Textos de Matemática, Vol. 20, Universidade

Leia mais

Exemplos (i) A adição + e a multiplicação são operações associativas e comutativas

Exemplos (i) A adição + e a multiplicação são operações associativas e comutativas Capítulo 1 Grupos 1.1 Grupóides, semigrupos e monóides Definição 1.1.1. Seja X um conjunto. Uma operação binária (interna) em X é uma função : X X X, (x, y) x y. Uma operação binária em X diz-se associativa

Leia mais

Leis de Newton. 1.1 Sistemas de inércia

Leis de Newton. 1.1 Sistemas de inércia Capítulo Leis e Newton. Sistemas e inércia Supomos a existência e sistemas e referência, os sistemas e inércia, nos quais as leis e Newton são válias. Um sistema e inércia é um sistema em relação ao qual

Leia mais

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG

Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos. Ana Cristina Vieira. Departamento de Matemática - ICEx - UFMG 1 Conceitos Básicos sobre Representações e Caracteres de Grupos Finitos Ana Cristina Vieira Departamento de Matemática - ICEx - UFMG - 2011 1. Representações de Grupos Finitos 1.1. Fatos iniciais Consideremos

Leia mais

O espaço das Ordens de um Corpo

O espaço das Ordens de um Corpo O espaço das Ordens de um Corpo Clotilzio Moreira dos Santos Resumo O objetivo deste trabalho é exibir corpos com infinitas ordens e exibir uma estrutura topológica ao conjunto das ordens de um corpo.

Leia mais

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função UMA INTRODUÇÃO A ÁLGEBRAS TIAGO MACEDO Resumo. Neste seminário vamos introduzir uma nova estrutura algébrica, álgebras. Começaremos recapitulando estruturas definidas em seminários anteriores. Em seguida,

Leia mais

ANÉIS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

ANÉIS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo ANÉIS DEFINIÇÃO 1 Um sistema matemático (A,, ) constituído de um conjunto não vazio A e duas leis de composição interna sobre A, uma adição: (x, y) x y e uma multiplicação

Leia mais

Notas de Aula. Gustavo Henrique Silva Sarturi. i Z (1 i m) a j1 a j2

Notas de Aula. Gustavo Henrique Silva Sarturi. i Z (1 i m) a j1 a j2 Notas de Aula Gustavo Henrique Silva Sarturi Matemática B - Em Ação gustavo.sarturi@ufpr.br 1 Matrizes Definição 1.1. Uma matriz A m n é um arranjo retangular de m n números reais (ou complexos) organizados

Leia mais

Mais derivadas. g(x)f (x) f(x)g (x) g(x) 2 cf(x), com c R cf (x) x r, com r R. rx r 1

Mais derivadas. g(x)f (x) f(x)g (x) g(x) 2 cf(x), com c R cf (x) x r, com r R. rx r 1 Universiae e Brasília Departamento e Matemática Cálculo 1 Mais erivaas Neste teto vamos apresentar mais alguns eemplos importantes e funções eriváveis. Até o momento, temos a seguinte tabela e erivaas:

Leia mais

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero.

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. Lista 1 - Teoria de Anéis - 2013 Professor: Marcelo M.S. Alves Data: 03/09/2013 obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. 1. Os conjuntos

Leia mais

Maria do Rosário Grossinho, João Paulo Janela Universidade Técnica de Lisboa

Maria do Rosário Grossinho, João Paulo Janela Universidade Técnica de Lisboa Lições de Matemática Maria do Rosário Grossinho, João Paulo Janela Universidade Técnica de Lisboa Versão provisória vp Capítulo Matrizes e Determinantes Versão provisória () Generalidades Definição Dados

Leia mais

a = bq + r e 0 r < b.

a = bq + r e 0 r < b. 1 Aritmética dos Inteiros 1.1 Lema da Divisão e o Algoritmo de Euclides Recorde-se que a, o módulo ou valor absoluto de a, designa a se a N a = a se a / N Dados a, b, c Z denotamos por a b : a divide b

Leia mais

Polos Olímpicos de Treinamento. Aula 9. Curso de Teoria dos Números - Nível 2. O Teorema de Euler. Prof. Samuel Feitosa

Polos Olímpicos de Treinamento. Aula 9. Curso de Teoria dos Números - Nível 2. O Teorema de Euler. Prof. Samuel Feitosa Polos Olímpicos de Treinamento Curso de Teoria dos Números - Nível 2 Prof. Samuel Feitosa Aula 9 O Teorema de Euler Nesta aula, obteremos uma generalização do teorema de Fermat. Definição 1. Dado n N,

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Regras de Derivação. Objetivos da Aula. Aula n o 12: Regras de Derivação. Apresentar e aplicar as regras operacionais de derivação;

CÁLCULO I. 1 Regras de Derivação. Objetivos da Aula. Aula n o 12: Regras de Derivação. Apresentar e aplicar as regras operacionais de derivação; CÁLCULO I Prof. Marcos Diniz Prof. Anré Almeia Prof. Eilson Neri Júnior Aula n o 2: Regras e Derivação Objetivos a Aula Apresentar e aplicar as regras operacionais e erivação; Derivar funções utilizano

Leia mais

1 Álgebra linear matricial

1 Álgebra linear matricial MTM510019 Métodos Computacionais de Otimização 2018.2 1 Álgebra linear matricial Revisão Um vetor x R n será representado por um vetor coluna x 1 x 2 x =., x n enquanto o transposto de x corresponde a

Leia mais

Matrizes e sistemas de equações algébricas lineares

Matrizes e sistemas de equações algébricas lineares Capítulo 1 Matrizes e sistemas de equações algébricas lineares ALGA 2007/2008 Mest Int Eng Biomédica Matrizes e sistemas de equações algébricas lineares 1 / 37 Definições Equação linear Uma equação (algébrica)

Leia mais

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Matemática Análise I 0- Solução da ª Lista de Eercícios. ATENÇÃO: O enunciado

Leia mais

MATEMÁTICA MÓDULO 12 COORDENADAS NO PLANO E DISTÂNCIA ENTRE PONTOS INTRODUÇÃO 1. O PONTO NO PLANO 1.1. COORDENADAS CARTESIANAS

MATEMÁTICA MÓDULO 12 COORDENADAS NO PLANO E DISTÂNCIA ENTRE PONTOS INTRODUÇÃO 1. O PONTO NO PLANO 1.1. COORDENADAS CARTESIANAS PROF. HAROLDO FILHO COORDENADAS NO PLANO E DISTÂNCIA ENTRE PONTOS INTRODUÇÃO Algumas as utiliaes são: atribuir um significao geométrico a fatos e natureza numérica, como o comportamento e uma função real

Leia mais

Elementos de Matemática Finita

Elementos de Matemática Finita Elementos de Matemática Finita Exercícios Resolvidos - Princípio de Indução; Algoritmo de Euclides 1. Seja ( n) k n! k!(n k)! o coeficiente binomial, para n k 0. Por convenção, assumimos que, para outros

Leia mais

Mais uma aplicação do teorema de isomorfismo. Sejam G um grupo, H um subgrupo de G e N um subgrupo normal de

Mais uma aplicação do teorema de isomorfismo. Sejam G um grupo, H um subgrupo de G e N um subgrupo normal de Obs: tem exercícios na página 6. Mais uma aplicação do teorema de isomorfismo. Sejam G um grupo, H um subgrupo de G e N um subgrupo normal de G. Seja HN = {hn : h H, n N}. Então HN G, H N H e H/H N = HN/N.

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Regras de Derivação. Objetivos da Aula. Aula n o 12: Regras de Derivação. Apresentar e aplicar as regras operacionais de derivação;

CÁLCULO I. 1 Regras de Derivação. Objetivos da Aula. Aula n o 12: Regras de Derivação. Apresentar e aplicar as regras operacionais de derivação; CÁLCULO I Prof. Marcos Diniz Prof. Anré Almeia Prof. Eilson Neri Júnior Prof. Emerson Veiga Prof. Tiago Coelho Aula n o : Regras e Derivação Objetivos a Aula Apresentar e aplicar as regras operacionais

Leia mais

1 Introdução à Combinatória Enumerativa: O Princípio de Inclusão-Exclusão

1 Introdução à Combinatória Enumerativa: O Princípio de Inclusão-Exclusão 1 Introdução à Combinatória Enumerativa: O Princípio de Inclusão-Exclusão Dados conuntos finitos X, Y tem-se X Y = X + Y X Y Do mesmo modo X Y Z = X + Y + Z X Y X Z Y Z + X Y Z uma vez que os elementos

Leia mais

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R.

Lista 4. Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam sobre séries, funções contínuas e funções diferenciáveis em R. UFPR - Universidade Federal do Paraná Departamento de Matemática CM095 - Análise I Prof José Carlos Eidam Lista 4 INSTRUÇÕES Esta lista, de entrega facultativa, tem três partes e seus exercícios versam

Leia mais

Cálculo II Sucessões de números reais revisões

Cálculo II Sucessões de números reais revisões Cálculo II Sucessões de números reais revisões Mestrado Integrado em Engenharia Aeronáutica António Bento bento@ubi.pt Departamento de Matemática Universidade da Beira Interior 2012/2013 António Bento

Leia mais

Material Teórico - Módulo Progressões Aritméticas. PAs Inteiras e Soma dos Termos de uma PA. Primeiro Ano

Material Teórico - Módulo Progressões Aritméticas. PAs Inteiras e Soma dos Termos de uma PA. Primeiro Ano Material Teórico - Módulo Progressões Aritméticas PAs Inteiras e Soma dos Termos de uma PA Primeiro Ano Autor: Prof. Ulisses Lima Parente Autor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 A soma dos termos de uma

Leia mais

Concluímos esta secção apresentando alguns exemplos que constituirão importantes limites de referência. tan θ. sin θ

Concluímos esta secção apresentando alguns exemplos que constituirão importantes limites de referência. tan θ. sin θ aula 08 Funções reais de variável real Limites e continuidade (Continuação) A definição de limite segundo Heine permite, como já vimos anteriormente no caso da álgebra de limites, transpor quase imediatamente

Leia mais

1 Grupos (23/04) Sim(R 2 ) T T

1 Grupos (23/04) Sim(R 2 ) T T 1 Grupos (23/04) Definição 1.1. Um grupo é um conjunto G não-vazio com uma operação binária : G G G que satisfaz as seguintes condições: 1. (associatividade) g (h k) = (g h) k para todos g, h, k G; 2.

Leia mais

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 2016/2017

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 2016/2017 Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 016/017 ō Teste Versão A (Cursos: MEBiol, MEQ 17 de Dezembro de 016, 10h [,0 val 1 Considere a equação diferencial e t + y e t + ( 1 + ye t dy dt 0

Leia mais

Jo ao Filipe Queir o TEORIA DOS N UMEROS Departamento de Matem atica - Universidade de Coimbra 2008

Jo ao Filipe Queir o TEORIA DOS N UMEROS Departamento de Matem atica - Universidade de Coimbra 2008 João Filipe Queiró TEORIA DOS NÚMEROS Departamento de Matemática - Universidade de Coimbra 2008 As folhas que se seguem contêm um resumo das matérias estudadas na disciplina de Teoria dos Números. Esta

Leia mais

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação Álgebra (Ciência de Computadores) 2005/2006 Números inteiros 1. Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação (a) {inteiros positivos impares}; (b) {inteiros negativos pares};

Leia mais

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS AULA TEÓRICA DE ABRIL DE 2017

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS AULA TEÓRICA DE ABRIL DE 2017 ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS AULA TEÓRICA 21 17 DE ABRIL DE 2017 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Equações iferenciais são equações (algébricas) one figuram funções e erivaas e várias orens e funções.

Leia mais

Recorrências Lineares de Primeira Ordem

Recorrências Lineares de Primeira Ordem 7 Recorrências Lineares de Primeira Ordem Sumário 7.1 Introdução....................... 2 7.2 Sequências Denidas Recursivamente........ 3 7.3 Exercícios Recomendados............... 4 7.4 Exercícios Suplementares...............

Leia mais

LIMITES. Para iniciarmos o estudo de limites, analisemos os seguintes exemplos de sucessões numéricas:

LIMITES. Para iniciarmos o estudo de limites, analisemos os seguintes exemplos de sucessões numéricas: LIMITES O esenvolvimento o cálculo foi estimulao por ois problemas geométricos: achar as áreas e regiões planas e as retas tangentes à curva. Esses problemas requerem um processo e limite para sua solução.

Leia mais

Funções Definidas Implicitamente - Parte I

Funções Definidas Implicitamente - Parte I Polos Olímpicos de Treinamento Curso de Álgebra - Nível 2 Prof. Marcelo Mendes Aula 11 Funções Definidas Implicitamente - Parte I Talvez a experiência de alguns de vocês diga que as soluções de uma equação

Leia mais

Teoria da Medida e Integração (MAT505)

Teoria da Medida e Integração (MAT505) Modos de convergência Teoria da Medida e Integração (MAT505) Modos de convergência. V. Araújo Instituto de Matemática, Universidade Federal da Bahia Mestrado em Matemática, UFBA, 2014 Modos de convergência

Leia mais