Papel da crítica no século XXI

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1 ISSN Revista de Crítica Jurídica vol. 1 maio-agosto/2009 Sumário: Papel da crítica no século XXI Adriano de Assis Ferreira... 2 A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos Lea Cíntia Thomaz de Assis Ferreira... 4 As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social Marcus Paulo Queiroz Macêdo O Paradoxo do Discurso Ressocializador Renata Jardim da Cunha Rieger e Rafael Camparra Pinheiro O Direito Penal do Inimigo e sua Incompatibilidade com o Estado Democrático de Direito Ronny Aparecido Alves Almeida Editor: Prof. Adriano de Assis Ferreira prof.adriano@gmail.com

2 Papel da crítica no século XXI - Autor: Adriano de Assis Ferreira Papel da crítica no século XXI Autor: Adriano de Assis Ferreira Mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie) Mestre em Letras-Teoria Literária e Literatura Comparada (USP) Doutorando em Ciências Sociais (PUC-SP) Doutorando em Letras-Literatura Brasileira (USP) Professor da Universidade São Judas Tadeu Nos últimos séculos, sobretudo com o advento do capitalismo, a forma mercadoria universaliza-se como efetivo padrão de sociabilidade do mundo contemporâneo. Em outras palavras, as pessoas relacionam-se, obrigatoriamente, umas com as outras, por meio da mercadoria. Desde o acordar até o fim do dia, as pessoas são postas em sociedade por meio da mercadoria. Ao acender a luz do quarto, ao abrir a torneira da pia, ao consumir o café da manhã, ao tomar o transporte público, participa-se de relações mercantis. Durante, pelo menos, oito horas, é a própria pessoa, ou seu tempo, que se converte em mercadoria, sendo vendida nas relações de trabalho. Em termos sociais, durante a fase da circulação de riquezas, seja de bens ou de serviços, há a onipresente figura da mercadoria. Assim, também, durante todos os momentos da produção, seja de compra de matérias-primas, seja de compra de trabalho humano. A sociedade é uma grande soma de relações de trocas mercantis, permeadas pela moeda e por carregadores de mercadorias. Desde o Renascimento, pelo menos, a cultura crítica volta-se contra os obstáculos sociais que impediram tal onipresença mercantil. Padrões de sociabilidade típicos da Idade Média são vistos como atrasados e irracionais. A produção feudal, os privilégios estamentais, o domínio religioso, são questionados e denunciados como inimigos do progresso sócio-cultural. Por um lado, formam-se críticas Iluministas e Liberais, capazes de propugnar a libertação da sociabilidade promovida pela mercadoria em sua vertente produto ou serviço, desembocando no Estado Moderno e no Direito Positivo. Por outro lado, acentuando tais tendências, as críticas sociais, sobretudo a partir de meados do século XIX, reforçam e libertam a sociabilidade promovida pela mercadoria trabalho, polarizando a sociedade e permitindo a consolidação do capitalismo em âmbito global. Graças a essa dupla vertente crítica e às novas condições econômicas que as acompanham, com a concorrência entre produtores e a concorrência entre produtores e trabalhadores, há um incremento tecnológico na produção de mercadorias que faz germinar seu próprio colapso. A tecnologia abole, gradativamente, a necessidade da mercadoria trabalho humano durante a fase da produção, tornando tal sociabilidade completamente obsoleta em termos de 2

3 Papel da crítica no século XXI - Autor: Adriano de Assis Ferreira produtividade. Além disso, ainda permite um aumento quantitativo na produção de bens e serviços em proporções inimagináveis, aproximando-se dos limites naturais do planeta e chegando muito além daquilo o que se pode transformar em mercadorias. Vivemos uma situação alarmante: durante séculos as pessoas apenas se sociabilizam por intermédio da mercadoria. Hoje, neste início de século XXI, isso já não mais é possível. Nem todos os seres humanos podem participar da vida social como força de trabalho assalariada. E tampouco há a necessidade de que participem, pois ainda assim, a sociedade produz uma quantidade de produtos e serviços muito acima de suas capacidades de consumo. Todos já podem possuir tudo o que desejam, respeitados os recursos naturais, com apenas poucos, bem poucos, trabalhando. É o momento de a crítica mudar seu foco: de consagradora da sociabilidade mercantil, deve questioná-la como superável historicamente. Seu papel no século atual é o de propor novos padrões de sociabilidade que substituam a ideia do pleno emprego e da sociedade de consumo. Sua grande questão é: como a sociedade se manteria coesa sem o trabalho humano e sem o consumo? Ainda não sabemos respondê-la. Papel da crítica no século XXI 3

4 A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos - Autora: Lea Cíntia Thomaz de Assis Ferreira A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos Autora: Lea Cíntia Thomaz de Assis Ferreira Especialista em Direito das Relações de Consumo (PUC-SP) Técnica de Proteção e Defesa do Consumidor da Fundação PROCON-SP Analisamos, neste artigo, os pontos favoráveis e desfavoráveis da Resolução CONTRAN nº 245/2007, que dispõe sobre a instalação de equipamento obrigatório, denominado antifurto, nos veículos novos saídos de fábrica, nacionais e estrangeiros, e da Lei Complementar nº 121/2006, que cria o Sistema Nacional de Prevenção, Fiscalização e Repressão ao Furto e Roubo de Veículos e Cargas e dá outras providências. Em 27 de julho de 2007, o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) editou a Resolução 245/2007, estabelecendo que, a partir de vinte e quatro meses da publicação da resolução, todos os veículos novos, saídos de fábrica, produzidos no País ou importados, somente poderão ser comercializados quando equipados com dispositivo antifurto, equipamento este que deverá ser dotado de sistema que possibilite o bloqueio e rastreamento do veículo (artigos 1º e 2º). No artigo 4º, o Conselho deixou a cargo do proprietário do veículo a decisão sobre a habilitação ou não do equipamento junto aos prestadores de serviço de rastreamento e localização. As especificações sobre o dispositivo seriam definidas pelo órgão competente em noventa dias, a contar da data da publicação da norma. O CONTRAN justifica tal obrigatoriedade na Lei Complementar 121, de 09 de fevereiro de 2006, que cria um sistema nacional que visa à prevenção, fiscalização e repressão ao furto e roubo de veículos e cargas. O artigo 7º da Lei Complementar 121/2006 determina que caberá ao CONTRAN estabelecer os dispositivos antifurto obrigatórios nos veículos novos, saídos de fábrica, produzidos no País ou no exterior 1'. A medida tem causado indignação aos proprietários de veículos. Os fabricantes já informaram que os valores despendidos com a instalação do item obrigatório serão repassados ao consumidor. Como ponto favorável da medida, destacamos a busca na solução de um grave problema de segurança pública relacionado a furto e roubo de veículos. Comenta-se que a nova 1 Art. 7o O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN estabelecerá: I - os dispositivos antifurto obrigatórios nos veículos novos, saídos de fábrica, produzidos no País ou no exterior; II - os sinais obrigatórios de identificação dos veículos, suas características técnicas e o local exato em que devem ser colocados nos veículos; III - os requisitos técnicos e atributos de segurança obrigatórios nos documentos de propriedade e transferência de propriedade de veículo. 4

5 A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos - Autora: Lea Cíntia Thomaz de Assis Ferreira tecnologia poderia aumentar o percentual de veículos recuperados pela polícia. Todavia, coloca-se em dúvida a questão da segurança da vida do condutor. Os pontos desfavoráveis são muitos. Destacamos a inconstitucionalidade da Lei Complementar e inconstitucionalidade e ilegalidade da Resolução do CONTRAN. Apresentaremos, a seguir, nossas considerações a respeito. 1. A LEI COMPLEMENTAR 121/2006 A Lei Complementar nº 121/2006 é norma jurídica gerada em razão da aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 187, de 1997, do Deputado Federal Mário Negromonte. Trata, basicamente, de questões de segurança pública. Em justificativa ao Projeto da Lei Complementar, o nobre deputado deixa claro o escopo da propositura, ao declarar que o projeto visa criar um instrumento capaz de coibir a atuação de quadrilhas especializadas em furtar ou roubar cargas e veículos nas cidades e estradas em todo País e que causam prejuízos enormes, inclusive de vidas humanas, disseminando, ainda, a insegurança e o medo. Ao final da justificação, conclui: Já era tempo do Poder Público preocupar-se e dar um passo decisivo nesse sentido, porque a atuação contra esse tipo de crime, feita por empresas privadas, mostrou-se inviável. Além do artigo 7º que incumbiu o CONTRAN de designar os dispositivos antifurto obrigatórios nos veículos novos, saídos de fábrica, produzidos no País ou no exterior, a referida lei determinou que as alterações necessárias nos veículos deverão ser providenciadas no prazo de 24 (vinte e quatro) meses a contar da publicação da Resolução do CONTRAN. Findo esse prazo, nenhum veículo poderá ser mantido ou entrar em circulação se não forem atendidas as condições fixadas pelo conselho. O artigo 9º da lei determinou o que segue: Art. 9º Para veículos dotados de dispositivo opcional de prevenção contra furto e roubo, as companhias seguradoras reduzirão o valor do prêmio do seguro contratado. Parágrafo único. O CONTRAN regulamentará a utilização dos dispositivos mencionados no caput deste artigo de forma a resguardar as normas de segurança do veículo e das pessoas envolvidas no transporte de terceiros. 1.1 DA INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL DA LEI COMPLEMENTAR 121/2006 A Lei Complementar 121/2006 fere o princípio da proporcionalidade constitucional e direitos e garantias fundamentais da Constituição Federal. Assim como existem na esfera administrativa os elementos do ato administrativo, que serão tratados neste trabalho em momento oportuno, a doutrina apresenta três elementos, ou subprincípos que governam o conteúdo do princípio da proporcionalidade no Direito 5

6 A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos - Autora: Lea Cíntia Thomaz de Assis Ferreira Constitucional: I) o princípio da pertinência, que corresponde à apropriação do meio ao fim perseguido; II) o princípio da necessidade, pelo qual o cidadão tem direito à menor desvantagem possível para a obtenção de determinado fim; III) princípio da proporcionalidade estrito, através do qual a medida adotada não deve ser de uma severidade excessiva. 1 Obrigar o particular a obter um dispositivo antifurto, sendo que é dever do Estado garantir a todos a segurança e a ordem pública, contraria o princípio em comento, bem como seus subprincípios da pertinência e da necessidade. O Estado intervém em questões de ordem privada para proteger o patrimônio do particular que, de acordo com o art. 5º, caput, da CF, tem a liberdade de decidir sobre seus bens patrimoniais. Com isso, ignora um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, disposto no artigo 3º, I da CF, o de construir uma sociedade livre, justa e solidária. Viola o princípio da liberdade também expresso na CF, especificamente no artigo 5º, caput, bem como cria incompatibilidades entre os bens jurídicos garantidos constitucionalmente: vida e patrimônio, já que a norma objetiva de forma primordial a proteção do patrimônio, e não da vida do proprietário. No Estado de Direito, a atividade legislativa deve se pautar pelos valores e pelos princípios consagrados na Constituição, estando o legislador vinculado jurídicomaterialmente às normas constitucionais, e, por conseguinte, sujeito ao controle jurisdicional SEGURANÇA PÚBLICA A segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. A CF estabeleceu quais órgãos a exercerão: I polícia federal; II polícia rodoviária federal; III polícia ferroviária federal; IV policiais civis; V policiais militares e corpos de bombeiros militares. Não pode o Estado delegar seu dever de garantir a segurança, de forma direta e indireta, aos cidadãos e às empresas privadas, respectivamente. O cidadão já paga pela segurança pública, que é sustentada pelos impostos. Por isso, é o Estado quem deve efetivar segurança ao particular, e se não o faz, não deve interferir, delegando ao cidadão, através de lei, o ônus da contratação de um serviço de segurança privado. Nesse passo, interessante decisão que declarou inconstitucional o artigo 117, incisos I, II, III e IV, da Lei Orgânica do Distrito Federal que além dos órgãos incumbidos para o exercício de segurança pública previstos no artigo 144 da Constituição, previu o Departamento de 1 FIGUEIREDO, Sylvia Marlene de Castro. A interpretação constitucional e o princípio da proporcionalidade.são Paulo, RCS Editora, 2005, p FIGUEIREDO, Sylvia Marlene de Castro. op.cit., p

7 A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos - Autora: Lea Cíntia Thomaz de Assis Ferreira Trânsito: Os Estados-membros, assim como o Distrito Federal, devem seguir o modelo federal. O artigo 144 da Constituição aponta os órgãos incumbidos do exercício da segurança pública. Entre eles não está o Departamento de Trânsito. Resta, pois, vedada aos Estados-Membros a possibilidade de estender o rol, que esta Corte já firmou ser numerus clausus, para alcançar o Departamento de Trânsito. (ADI 1.182, voto do Min. Eros Grau, julgamento em , DJ de ) do serviço de segurança pública. Se essa prática se efetivar, acabaremos por permitir a terceirização indireta 2. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 245, DE 27 DE JULHO DE DA INCONSTITUCIONALIDADE DO ATO NORMATIVO Caso não se conclua pela inconstitucionalidade da Lei Complementar 121/2006, é possível defender a inconstitucionalidade material da norma editada pelo CONTRAN Resolução 245/2007, em razão da violação ao princípio constitucional da proporcionalidade. Ressalta-se que esse importante princípio do Direito Constitucional moderno possibilita a análise da congruência do mérito dos atos normativos com a pauta de valores consagrada na Lei Fundamental, operando como limitação à discricionariedade legislativa, impedindo a prática de arbitrariedades. de Mello 1: A esse propósito, oportuna a lição do Douto Professor Celso Antônio Bandeira As competências administrativas só podem ser validamente exercidas na extensão e intensidade proporcionais ao que seja realmente demandado para cumprimento da finalidade de interesse público a que estão atreladas. Segue-se que os atos cujos conteúdos ultrapassem o necessário para alcançar o objetivo que justifica o uso de competência ficam maculados de ilegitimidade, porquanto desbordam do âmbito da competência; ou seja, superam os limites que naquele caso lhe corresponderiam. Sobremodo quando a Administração restringe situação jurídica dos administrados além do que caberia, por imprimir às medidas tomadas uma intensidade ou extensão supérfluas, prescindendas, ressalta a ilegalidade de sua conduta. O ilustre Professor preleciona que ninguém deve estar obrigado a suportar constrições em sua liberdade ou propriedade que não sejam indispensáveis à satisfação do interesse público. É notório que a simples instalação de um rastreador nos veículos além de não atingir à finalidade da lei, pois há inadequação do ato ao escopo legal, não irá satisfazer o interesse público, objeto da lei. Isso porque, apesar de obrigatória a instalação do equipamento antifurto que possibilite o bloqueio e o rastreamento do veículo (Artigo 1º, 1ºda resolução 245), caberá ao proprietário decidir sobre a habilitação do equipamento junto aos prestadores de serviço de 1 MELLO, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. 23ª edição revista e atualizada. São Paulo: Ed. Malheiros, 2006, p

8 A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos - Autora: Lea Cíntia Thomaz de Assis Ferreira rastreamento e localização (artigo 4º). Importante ressaltar que na justificativa ao projeto de lei complementar que deu origem à LC 121/2006, o legislador constatou que a atuação contra os crimes de furto ou roubo feita por empresas privadas, mostrou-se inviável. Ora, se inviável, por que o CONTRAN optou por um sistema antifurto que somente terá eficácia após a contratação do particular justamente com uma empresa privada? Se a finalidade da lei é reprimir ou prevenir o crime, longe está de ser atendida. Com tal medida, vislumbra-se apenas um encarecimento do bem, em prejuízo da coletividade de consumidores, além da lesão a diversos direitos fundamentais, como discorremos. Sabe-se que a inadequação à finalidade da lei é inadequação à própria lei. Assim, como o ato desproporcional é inconstitucional, poderá ser invalidado pelo Poder Judiciário. O Ministro Gilmar Mendes observa que: (...) um juízo definitivo sobre a proporcionalidade da medida há de resultar da rigorosa ponderação entre o significado da intervenção para o fim atingido e os objetivos perseguidos pelo legislador (proporcionalidade ou razoabilidade em sentido estrito). O pressuposto de adequação (Geeignetheit) exige que as medidas interventivas adotadas mostrem-se aptas a atingir os objetivos pretendidos. O requisito da necessidade ou da exigibilidade (Notwendigkeit oder Enforichkelt) significa que nenhum meio menos gravoso para o indivíduo revelar-se-ia igualmente eficaz na consecução dos objetivos pretendidos. Assim, apenas o que é adequado pode ser necessário, mas o que é necessário não pode ser inadequado 1. Há julgado do STJ no mesmo sentido: A ordem jurídica veda ao Estado, instrumento de realização de bem comum, a imposição irrefletida de exigências desviadas dessa finalidade (RESP RS(2003/ ). Portanto, a imposição da medida viola o princípio da proporcionalidade, razão pela qual não pode fundamentar a imposição de sanções contra aqueles que a desatenderem. A medida não é adequada aos fins subjacentes a que visa concretizar, além de não atender ao interesse público. Da mesma forma, viola preceitos também constitucionais ligados à liberdade e à vida, conforme já argüido quando tratada a inconstitucionalidade da lei complementar. 2.2 DA ILEGALIDADE DO ATO NORMATIVO DESVIO DE FINALIDADE Caso se conclua pela constitucionalidade da Lei Complementar, podemos argumentar a ilegalidade do ato administrativo por ferir os requisitos do ato administrativo. Para a garantia de sua validade e eficácia, o ato administrativo deverá observar 1 MENDES, Gilmar Ferreira. A proporcionalidade da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Repertório IOB de jurisprudência, nº 23, 1994, p.473, apud Alexandre de Moraes. Direito Constitucional Administrativo, 2º ed. São Paulo. Editora Atlas, 2005, p

9 A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos - Autora: Lea Cíntia Thomaz de Assis Ferreira os elementos necessários a sua formação, quais sejam: agente competente, ou competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Dentre esses elementos destaca-se a finalidade, ligada aos resultados pretendidos pela Administração Pública, determinada pela lei. De modo geral, todo ato administrativo tem por finalidade o interesse público, e de modo específico, o que a lei determinar implícita ou explicitamente. Não pode, o administrador, fugir dessa finalidade. Ao especificar um dispositivo de segurança que não necessariamente será habilitado pelo proprietário, desvia da finalidade da Lei Complementar (reforçamos, se considerada constitucional), que é de prevenir, fiscalizar e reprimir o furto e roubo de veículos e cargas, e acaba por onerar o proprietário de veículo, que terá de arcar com os custos da instalação do dispositivo, já que não há dúvidas de que serão repassados pelo fabricante. Daí, conclui-se pela invalidade do ato por desvio de poder LIBERDADE DE ESCOLHA NAS CONTRATAÇÕES A Resolução 245/2007 é ilegal, pois contrária à liberdade de escolha nas contratações, disposta no artigo 6º, II do Código de Defesa do Consumidor: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; XXXII, 170, V e 48 ADCT). Lembrando que a defesa do consumidor tem alicerce constitucional (art. 5º, Por fim, algumas considerações genéricas: A resolução previu a sanção ao proprietário de veículo sem equipamento antifurto. Entretanto o consumidor não poderá intervir na fabricação do veículo que irá adquirir. Se o fabricante do veículo escolhido não respeitar a determinação da lei, será o proprietário quem responderá, pagando a multa prevista no Código de Trânsito, correndo o risco de ter o veículo apreendido. Ou seja, o verdadeiro responsável continuará incólume perante o Estado. Há que se considerar, ainda, que o CONTRAN não fez qualquer consulta pública para analisar qual dispositivo atenderia a exigência da Lei Complementar. Em pesquisa, encontramos apenas uma ata de reunião, da qual participaram representantes do Ministério da Justiça, Ministério das Comunicações, e Ministério da Ciência e Tecnologia, que, segundo consta da ata, esclareceram sobre os aspectos de segurança e de comunicação do equipamento antifurto. Pelo que se sabe, nenhuma entidade representante do consumidor foi consultada. Também importante informar que algumas seguradoras já fornecem esse tipo de equipamento para rastreamento e localização, bem como o serviço. 9

10 A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos - Autora: Lea Cíntia Thomaz de Assis Ferreira Vale destacar que empresas desse ramo apresentam reclamações nos cadastros da Fundação Procon-SP. Para exemplificar, temos a Car System que teve registradas vinte e quatro reclamações em 2006 e um auto de infração, de número 529/2005, por violação ao artigo 51 e 20 do Código de Defesa do Consumidor. Por fim, questões mais importantes que envolvem a segurança da vida do cidadão são deixadas de lado. Esquece-se das rodovias deterioradas a que milhares de motoristas são obrigados a enfrentar, arriscando suas próprias vidas. A inconstitucionalidade da instalação obrigatória de equipamento antifurto em veículos novos 10

11 As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social - Autor: Marcus Paulo Queiroz Macêdo As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social Autor: Marcus Paulo Queiroz Macêdo Mestrando em Direito Processual Coletivo pela UNAERP Universidade de Ribeirão Preto Promotor de Justiça em Araxá/MG 1. INTRODUÇÃO Num contexto de mundialização, as diferenças sociais se acentuam, já que a informação corre livre, sem fronteiras, assim como os capitais e os recursos humanos, o que impõe intervenções regulatórias, a fim de as dirimir. Tais intervenções poder-se-ão dar nos campos público ou privado, na comunidade internacional ou em ações restritas aos países, no que lhes sobrou de sua soberania, na forma entendida classicamente. Neste particular, o direito interno ainda tem o que contribuir para a emancipação social, principalmente se operacionalizado em consonância com as modernas doutrinas constitucional (a corrente conhecida como nova hermenêutica constitucional ) e processual (atento aos movimentos de acesso à Justiça e de instrumentalidade do processo). Em face disto, no direito brasileiro pode ser identificada e ressaltada a condição das ações coletivas como um dos principais instrumentos, no país, de consecução e concreção dos direitos difusos e coletivos, conforme se verá a seguir. 2. O FASCISMO SOCIAL E A NECESSIDADE DE O DIREITO BUSCAR A JUSTIÇA CONCRETA E MATERIAL A sociedade contemporânea passa por uma grave crise de valores, decorrente sobretudo das promessas e expectativas não cumpridas pela Modernidade que, se por um lado trouxe desenvolvimentos tecnológicos nunca dantes vistos em tão curto espaço de tempo, por outro foi incapaz de eliminar a desigualdade e a injustiça social, que vitimam milhões de seres diariamente. Tanta tecnologia não serviu sequer para eliminar a fome do planeta, o que é um disparate. No dizer do jusfilósofo português Boaventura de Souza Santos, umas das características deste momento histórico é a emergência de um fascismo social, que trivializa e instrumentaliza a democracia para a defesa de poucos interesses, em detrimento do bem comum da maioria 1. Ele assim o define 2 : (...) Em verdade, penso que estes podem ser resumidos a um só: a emergência de um fascismo social. Não quero dizer com isto um regresso ao fascismo das décadas de 1930 e 1 Poderá ser o direito emancipatório? Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, n. 65, pp. 3/76, maio/ Ob. Cit., pp. 20/21. 11

12 As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social - Autor: Marcus Paulo Queiroz Macêdo Ao contrário daquele que o precedeu, o fascismo de hoje não é um regime político, mas antes um regime social e civilizacional. Em vez de sacrificar a democracia às exigências do capitalismo, ele trivializa a democracia a ponto de se tornar desnecessário, ou sequer vantajoso, sacrificá-la para promover o capitalismo. É um tipo de fascismo pluralista, produzido pela sociedade e não pelo Estado. Este comporta-se, aqui, como mera testemunha complacente, se não mesmo como culpado activo. Estamos a entrar num período em que os Estados democráticos coexistem com sociedades fascizantes. Trata-se, por conseguinte, de uma forma inaudita de fascismo. (itálicos no original) Neste contexto, o Direito passa a tomar novo significado, em virtude de sua força emancipatória e de transformação social, a partir da retomada da sua vinculação com a Justiça, já que, durante muito tempo, ele dela esteve afastado, de uma perspectiva teórica e de aplicação prática, inclusive a ponto de ter sido negada qualquer relação entre ambos, como o fez Hans Kelsen, um dos grandes doutrinadores da corrente positivista pura do Direito, para quem a validade de uma ordem jurídica positiva é independente da sua concordância ou discordância com qualquer sistema de Moral [ou de Justiça, já que, para ele, esta integra aquela] 1. Para Kelsen, como esclarece Karl Larenz, o conteúdo das normas jurídicas não está para ela, por qualquer modo, pré determinado pela razão, pela lei moral ou por qualquer teologia imanente, mas pode ser aquele que se queira 2. Em decorrência, qualquer conteúdo normativo, ainda que flagrantemente injusto, deveria ser obrigatoriamente aplicado ao caso concreto, quando se tratar de uma norma jurídica formalmente válida. Esta corrente foi durante criticada, principalmente a partir da segunda metade do século passado, por várias razões, mas sobretudo pela neutralidade do Direito que ela apregoava, que, além de um mito, poderia justificar a legalidade de qualquer conteúdo normativo, até mesmo o Direito Nazi-fascista. Neste aspecto, em paralelo de raciocínio, já que a problematização se refere ao fascismo histórico da década de 30, pode ser lembrada a tese 8 do famoso ensaio do filósofo alemão Walter Benjamin Sobre o conceito de história, escrito há quase cinquenta anos mas de uma atualidade pungente 3 : A tradição dos oprimidos nos ensina que o estado de exceção em que vivemos é na verdade a regra geral. Precisamos construir um conceito de história que corresponda a essa verdade. Nesse momento, perceberemos que nossa tarefa é originar um verdadeiro estado de exceção; com isso, nossa posição ficará mais forte na luta contra o fascismo. Este se beneficia da circunstância de que seus adversários o enfrentam em nome do progresso, considerado como uma norma histórica. O assombro com o fato de que os episódios que vivemos no século XX ainda sejam possíveis, não é um assombro filosófico. Ele não gera nenhum conhecimento, a não ser o conhecimento de que a concepção de história da qual emana semelhante assombro é insustentável. (aspas no original) positivistas puros, nestes termos 4 : Por estas e outras razões, Eros Roberto Grau fez uma incisiva crítica aos Ao construir uma teoria pura, esvaziada de toda a ideologia política e de todos os elementos científicos naturais, Kelsen construiu uma teoria apartada do jurídico, na medida em que, como observa Adomeite (1984/46-47), uma ordem jurídica sem o político resulta carente 1 Teoria Pura do Direito. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, p Medotodologia da Ciência do Direito. 3. ed. Lisboa, Fundação Caloste Gulbenkian, p Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, p O direito posto e o direito pressuposto. 2. ed. São Paulo: Malheiros, p

13 As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social - Autor: Marcus Paulo Queiroz Macêdo de impulso, morta; uma ciência do direito permanece fragmentária se reproduz um corpo sem coração. Daí por que os kelsenianos hão de se preocupar única e exclusivamente com a estrutura lógica das normas jurídicas, sem cogitar de sua interpretação/aplicação tais cogitações estão para além da teoria pura. Para que tomem conhecimento do mundo no qual se vive o direito são obrigados a descer do altiplano teórico, para se porem de braços com a Dogmática. (itálicos no original) Em contraponto a esta forma de enxergar e aplicar o Direito, a contemporaneidade jurídica é caracterizada pela retomada de ensinamentos como o de Aristóteles, para quem a justiça é a base da sociedade. Chama-se julgamento a aplicação do que é justo 1. Norberto Bobbio assim delineia a posição do Estagirita: Uma das mais tradicionais definições filosóficas é a que define o direito em função da justiça (isto é, como ordenamento que serve para a realização da justiça). Esta definição já é encontrada em Aristóteles. Neste autor, a propósito, a identificação de direito e justiça atinge até o plano linguístico, visto que para indicar o direito Aristóteles usa o termo díkaion, que significa propriamente justo (de dikê = justiça; cf. 1). Esta mesma definição pode ser encontrada num filósofo contemporâneo, Radbruch [...] 2 O resgate da busca do ideal de Justiça é a tônica da hodierna concepção do direito constitucional, encontrada principalmente no movimento conhecido como nova hermenêutica constitucional, assim contextualizado por Luis Roberto Barroso e Ana Paula de Barcellos 3 : A superação histórica do jusnaturalismo e o fracasso político do positivismo abriram caminho para um conjunto amplo e ainda inacabado de reflexões acerca do Direito, sua função social e sua interpretação. O pós-positivismo é a designação provisória e genérica de um ideário difuso, no qual se incluem a definição das relações entre valores, princípios e regras, aspectos da chamada nova hermenêutica constitucional, e a teoria dos direitos fundamentais, edificada sobre o fundamento da dignidade da pessoa humana. A valorização dos princípios, sua incorporação, explícita ou implícita, pelos textos constitucionais e o reconhecimento pela ordem jurídica de sua normatividade fazem parte desse ambiente de reaproximação entre Direito e Ética. (itálicos no original) Luiz Antônio Rizzato Nunes também sintetiza precisamente a questão, ao asseverar que a justiça soma-se ao princípio da intangibilidade da dignidade humana, como fundamento de todas as normas jurídicas, na medida em que qualquer pretensão jurídica deve ter como base uma ordem justa. 4 Neste sentido, reaproximando Direito e Ética e Direito e Justiça, os seus operadores haverão de entender que a violação de um direito é uma questão muito séria, pois, como adverte Ronald Dworkin, significa tratar um homem como menos que um homem ou como se fosse menos digno de consideração que outros homens. 5 Alguns dos instrumentos da concreção da Justiça pelo Direito são os princípios constitucionais e os Direitos Fundamentais, já que, conforme mencionado por Konrad Hesse, 1 A política. Rio de Janeiro: Ediouro, [1995?]. p O Positivismo Jurídico: Lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, O começo da história: a nova interpretação constitucional e o papel dos princípios no direito brasileiro. In: SAMPAIO, José Adércio Leite (Coord.). Crise e desafios da Constituição: perspectivas críticas da teoria e das práticas constitucionais brasileiras. Belo Horizonte: Del Rey, p Curso de Direito do Consumidor: com exercícios. 2. ed. rev. atual. São Paulo: Saraiva, p Levando os direitos a sério. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, p

14 As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social - Autor: Marcus Paulo Queiroz Macêdo embora a Constituição não possa, por si só, realizar nada, ela pode impor tarefas 1, cabendo aos operadores do Direito concretizarem os mandamentos constitucionais, uma vez que a Constituição só se transforma em força ativa se essas tarefas forem efetivamente realizadas, se existir a disposição de orientar a própria conduta segundo a ordem nela estabelecida 2. É o que ele chama de vontade da Constituição. Na mesma linha de pensamento, lembra Robert Alexy que se os direitos fundamentais vinculam todos os três poderes e também são princípios, então eles vinculam também todos os três poderes como princípios 3. Nesta exata medida, os legisladores, aos formularem as leis, deverão respeitar os princípios constitucionais e os direitos fundamentais; os membros do Poder Executivo deverão concretizá-los; e, por fim, ao Poder Judiciário restará a bela missão de corrigir as distorções porventura constatadas na concreção destes princípios e direitos, ainda que tais desvios ocorram por omissão. afirmar que: No caso Brasileiro, lamentavelmente assiste razão a Lenio Luiz Streck ao [...] É importante observar, nesse contexto, que em nosso país, há até mesmo uma crise de legalidade, uma vez que nem sequer esta é cumprida, bastando, para tanto, ver a inefetividade dos dispositivos da Constituição. Com efeito, passados doze anos desde a promulgação da Constituição, parcela expressiva das regras e princípios nela previstos continuam ineficazes. Essa inefetividade põe em xeque, já de início, o próprio art. 1º da Constituição, que prevê a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos da República brasileira [...] 4 (itálicos e negritos no original) Neste contexto, a práxis tem mostrado que as ações coletivas, especialmente a ação civil pública, são um dos principais instrumentos, no país, para a implementação de políticas públicas e de concretização dos direitos difusos e coletivos garantidos constitucionalmente, a fim de que os mesmos não se tornem letra morta e completamente ineficazes, conforme adverte Lenio Streck. Ações Coletivas são, no dizer de Gregório Assagra de Almeida 5 : [...] o instrumento processual colocado à disposição de determinados entes públicos ou sociais, arrolados na Constituição ou na legislação infraconstitucional na forma mais restrita, o cidadão -, para a defesa via jurisdicional dos direitos coletivos em sentido amplo. (itálicos no original) Aluisio Gonçalves de Castro Mendes conceitua tal instituto de forma bastante 1 A força normativa da Constituição. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, p Konrad Hesse, op. cit., p Constitucionalismo discursivo. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p Constituição ou barbárie? A lei como possibilidade emancipatória a partir do Estado Democrático de Direito. p. 5. Disponível em Acesso em 07 de abril de Direito processual coletivo brasileiro: um novo ramo do direito processual (princípios, regras interpretativas e a problemática da sua interpretação e aplicação). São Paulo: Saraiva, 2003, p

15 semelhante 1 : Revista de Crítica Jurídica As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social - Autor: Marcus Paulo Queiroz Macêdo A ação coletiva pode, portanto, ser definida, sob o prisma do direito brasileiro, como o direito apto a ser legítima e autonomamente exercido por pessoas naturais, jurídicas ou formais, conforme previsão legal, de modo extraordinário, a fim de exigir a prestação jurisdicional, com o objetivo de tutelar interesses coletivos, assim entendidos os difusos, os coletivos em sentido estrito e os individuais homogêneos. Assim, além das ações previstas no Código de Defesa do Consumidor e na Lei da Ação Civil Pública, outras existem no direito pátrio passíveis de veicular pretensões de natureza coletiva (por isto, devem também ser tomadas por ações coletivas ), a exemplo da ação popular, da ação popular ambiental, do mandado de segurança coletivo, da ação de improbidade administrativa, da ação declaratória de inconstitucionalidade e da arguição de descumprimento de preceito fundamental, conforme assevera Luiz Manoel Gomes Júnior 2. Quanto a este aspecto fundamental das relações jurídicas do país, em que hodiernamente as ações coletivas ganham mais e mais relevância social, especialmente a ação civil pública, expõe Ronaldo Porto Macedo Júnior 3 : [...] A ação civil pública, enquanto mecanismo privilegiado da tutela de interesses coletivos, não é apenas uma forma mais racional ou adequada à sociedade de massa, mas também um instrumento pelo qual os seus agentes, em especial ONGs e o Ministério Público, estão ampliando os foros do debate público sobre Justiça Social, em particular nas políticas públicas, o meio por excelência para a sua realização. Isto significa que a ação civil pública se tornou um instrumento de política e de influência na gestão das políticas públicas e que, em grande medida, o meio de sua operacionalização se realiza e vivifica por meio de regras de julgamento fundadas em princípios gerais de direito. Significa também que ela se torna um instrumento de luta política, informada e formadora da opinião pública, e não apenas da implementação de direitos patrimoniais. Em tal medida, as ações civis públicas são instrumentos extremamente salutares para dar efetividade aos direitos e garantias previstos na Constituição da República e como forma de se combater o fascismo social descrito por Boaventura de Souza Santos, não devendo o Poder Judiciário se olvidar de sua enorme importância para isto, quando conclamando a intervir para sanar comissões ou omissões do Poder Público ou da iniciativa privada, a fim de concretar os comandos constitucionais. O processo jamais pode se tornar um fim em si mesmo, mas deve ser sempre um instrumento para garantir direitos e, por isso mesmo, não deve se perder em discussões vazias e inúteis, vítimas de um formalismo exacerbado, devendo ter por premissas o acesso à justiça e a sua instrumentalidade que, em demandas de natureza difusa ou coletiva, deverá ser ainda mais realçada, como forma de se garantir a efetiva tutela de tais direitos, dada a extrema relevância social dos mesmos. 1 Ações coletivas no direito comparado e nacional. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002, p Curso de Direito Processual Civil Coletivo. 2. ed. São Paulo: SRS, 2008, p. 16 e ss. 3 Ação civil pública, o direito social e os princípios. In MILARÉ, Édis (Org.). A ação civil pública após 20 anos: efetividade e desafios. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p

16 As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social - Autor: Marcus Paulo Queiroz Macêdo 3. CONCLUSÕES Em decorrência destas considerações, pode-se concluir que um dos grandes problemas da modernidade, ou da pós-modernidade, como alguns preferem, é o que o jusfilósofo português Boaventura de Souza Santos chama de fascismo social, que ganha dimensões ainda mais severas e exasperantes num contexto de mundialização, sendo que, no ordenamento jurídico brasileiro, um dos instrumentos mais importantes de combate ao mesmo são as ações coletivas, especialmente a ação civil pública, que visam concretizar os direitos difusos e coletivos e fomentar políticas públicas, de modo a garantir a igualdade social. Para tanto, é necessário que o Poder Judiciário também se coloque na importante posição que deve constitucionalmente ocupar, como fomentador de políticas públicas, ainda que isto signifique intervir no domínio econômico estatal ou privado, como forma de concretizar a vontade da Constituição, consubstanciada principalmente em seus princípios e nos direitos e garantias por ela protegidos, fazendo do processo um instrumento eficaz para o acesso à ordem jurídica justa 1. Assim agindo, exercendo plenamente a jurisdição nos moldes constitucionalmente postos, este Poder dará contribuição fundamental para o fomento da ainda incipiente democracia brasileira. Referências Bibliográficas ALEXY, Robert. Constitucionalismo discursivo. Porto Alegre: Livraria do Advogado, ALMEIDA, Gregório Assagra de. Direito processual coletivo brasileiro: um novo ramo do direito processual (princípios, regras interpretativas e a problemática da sua interpretação e aplicação). São Paulo: Saraiva, ARISTÓTELES. A política. Rio de Janeiro: Ediouro, [1995?]. BARCELLOS, Ana Paula de; BARROSO, Luís Roberto. O começo da história: a nova interpretação constitucional e o papel dos princípios no direito brasileiro. In SAMPAIO, José Adércio Leite (Coord.). Crise e desafios da Constituição: perspectivas críticas da teoria e das práticas constitucionais brasileiras. Belo Horizonte: Del Rey, BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. 7. Ed. São Paulo: Brasiliense, BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico: Lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à justiça. Porto Alegre: Sergio Antônio Fabris Editor, DINAMARCO, Cândido Rangel. A instrumentalidade do processo. 13. Ed. Rev. Atual. São Paulo: Malheiros, DWORKIN, Ronald. Levando os direitos a sério. 2. Ed. São Paulo: Martins Fontes, GOMES JÚNIOR, Luiz Manoel. Curso de Direito Processual Civil Coletivo. 2. Ed. São Paulo: SRS, GRAU, Eros Roberto. O direito posto e o direito pressuposto. 2. Ed. São Paulo: Malheiros, HESSE, Konrad. A força normativa da Constituição. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 1 Cândido Rangel Dinamarco, A instrumentalidade do processo. 13. ed. rev. atual. São Paulo: Malheiros, p

17 As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social - Autor: Marcus Paulo Queiroz Macêdo KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 4. Ed. São Paulo: Martins Fontes, LAREZ, Karl. Medotodologia da Ciência do Direito. 3. Ed. Lisboa, Fundação Caloste Gulbenkian, MACEDO JÚNIOR. Ronaldo Porto. Ação civil pública, o direito social e os princípios. In MILARÉ, Édis (Org.). A ação civil pública após 20 anos: efetividade e desafios. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, MENDES, Aluisio Gonçalves de Castro. Ações coletivas no direito comparado e nacional. São Paulo: Revista dos Tribunais, MEZZAROBA, Orides; MONTEIRO, Cláudia Servilha Monteiro. Manual de Metodologia da Pesquisa do Direito. 3.ed.rev. São Paulo: Saraiva, NUNES, Luiz Antônio Rizzatto. Curso de Direito do Consumidor: com exercícios. 2. Ed. Rev. Atual. São Paulo: Saraiva, SANTOS, Boaventura. Poderá ser o direito emancipatório? Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, n. 65, maio/2003 STRECK, Lenio Luiz. Constituição ou barbárie? A lei como possibilidade emancipatória a partir do Estado Democrático de Direito. Disponível em Acesso em 07 de abril de As ações coletivas como instrumento de fomentação da igualdade social 17

18 O Paradoxo do Discurso Ressocializador - Autores: Renata Jardim da Cunha Rieger e Rafael Camparra Pinheiro O Paradoxo do Discurso Ressocializador Autores: Renata Jardim da Cunha Rieger e Rafael Camparra Pinheiro Renata Jardim da Cunha Rieger Especialista em Direito Penal e Processual Penal pela Faculdade IDC Mestranda em Ciências Criminais pela PUC-RS Advogada Rafael Camparra Pinheiro Especialista em Direito Público pela Faculdade IDC Especializando em Direito Penal e Processual Penal pela Faculdade IDC Assessor Jurídico do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul Muito se tem discutido, atualmente, sobre o alcance da noção de liberdade. O que traz explícita ou implicitamente esta expressão? Liberdade de pensamento, liberdade de crença, liberdade de ação, liberdade de recuperação, liberdade de mudança, liberdade, liberdade, liberdade... Expressões constitucionalmente consagradas, mas muito mal incorporadas socialmente. Tomando-se de empréstimo a liberdade de mudança : qualquer cidadão tem o direito de mudança. Qualquer indivíduo servindo-se de uma expressão tecnicamente mais abrangente tem assegurado o respeito pela mudança nos rumos de sua vida. A grande questão é: até que ponto esta mudança é bem aceita pelos demais. Se o próprio agente da mudança a teme, o que esperar dos demais? Não estão eles os outros escorados no seu meio de vida? Transpassando o acima descrito para um contexto macro, o debate ganha em importância. O direito penal assume a cena. Um dos pilares da aplicação da pena (utópica, mas discursiva) é a ressocialização do apenado. É ela a mais forte razão do discurso punitivista. Ressocialização é mudança; então, além de ser o esperado em uma sanção criminal, é também um direito do egresso, conforme acima argumentado. Ocorre que a própria sociedade (principal beneficiária dessa mudança), no íntimo do intelecto de cada indivíduo que a compõe, espera a não ressocialização dos criminosos (selecionados pelo sistema, diga-se). E isso ocorre por uma sutil razão: no momento em que cada ser humano identifica no indivíduo mau a possibilidade deste tornar-se um indivíduo bom (mudança), inevitavelmente reconhece-se como eventual (possível) praticante da maldade (é lógico, pois se há possibilidade de mudança positiva, há também possibilidade de mudança negativa). Em outras palavras, rompendo-se a estanque divisão bem/mal: reconhecer que o mal possa tornar-se o bem acarreta o reconhecimento de que o bem, eventualmente, possa tornar-se o mal. Eis o paradoxo do discurso ressocializador. No pensamento de Luiz Eduardo Soares 1, o custo da generosidade compassiva e fraterna ( reconhecer a existência da mudança positiva ) é a perda da autoconfiança ( eu também posso vir a ser o mal! ). 1 ATHAYDE, Celso; Mv Bill; SOARES, Luiz Eduardo. Cabeça de porco. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005, p

19 O Paradoxo do Discurso Ressocializador - Autores: Renata Jardim da Cunha Rieger e Rafael Camparra Pinheiro Dessa forma, em realidade, os egressos do sistema penitenciário, ao reincidirem, cumprem o seu papel social de espelhos invertidos da sociedade. Aqueles poucos rebeldes que se ressocializam, porém, carregam a marca da contramão social não cumpriram seu dever!! não se deixando esquecer do que outrora fizeram (aliás, qualquer semelhança com recente episódio ocorrido no Estado do Rio Grande do Sul, mais especificamente na Capital, mais especificamente no Governo 1, não é mera coincidência, servindo claramente como confirmação da teoria 2 ). A própria noção de ressocialização, é bom frisar, traz implícita uma constatação: em algum momento as instituições falharam com o individuo a ressocializar (invisível social), amplificando sua visibilidade criminal. Primeiro a família, depois a comunidade e, por último, o Estado deixaram-no à margem. Também é possível inverter essa ordem: inicialmente, o Estado desamparou as pequenas comunidades que desampararam as famílias de seu seio que, por sua vez, se omitiram frente a seus membros, jogando-os no ostracismo social (leia-se: à margem da sociedade pósmoderna). Admitir a impossibilidade de ressocialização representa, pois, uma dupla falta: o não-reconhecimento da falha inicial e a manutenção da ilusória concepção de engrenagem perfeita, mas com algumas peças imperfeitas. Ou seja, é mais cômodo que o mal siga sendo o mal e o bem, o exemplo de retidão, mesmo que isso redunde em uma ausência de Estado Social e onipresença de Estado Criminal 3. Aliás, o Estado escolhido e construído por todos!!! Eis, mais uma vez, o paradoxo da ressocialização: é o principal discurso jurídico de aplicação da pena e, ao mesmo tempo, o instituto político que, por excelência, inclui o Estado no rol de culpados 4. 1 Conforme noticia o jornal Zero Hora, de 13/06/2008, n , o Palácio Piratini (sede do governo estadual) afastou ex-apenado que ocupava cargo em comissão após denúncia de um membro do Poder Legislativo estadual. Frisa-se: o ex-servidor já havia cumprido integralmente sua pena. 2 Michel Foucault muito bem analisa questões deste tipo, mas em um contexto abstrato: até que ponto o exercício político do Estado interfere na aplicação das Ciências Criminais? Sobre o tema: FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir. História da violência nas prisões. Tradução de Raquel Ramalhete. 29.ed. Petrópolis: Vozes, 2004, passim. 3 Vera Regina Pereira de Andrade faz muito bem a ligação do contexto social atual e a política econômica neo-liberal. A pesquisadora analisa o senso comum do capitalismo globalizado sob a ideologia neoliberal, por ela denominado de CGN, e conclui:.. o controle penal do CGN está às voltas, simultaneamente, com os problemas de estabilização da ordem e de controle da criminalidade (de limites confusos e superpostos) gerados-agravados, por um lado, por um quadro crescente de desemprego, de aumento da pobreza e da exclusão social, de individualismo e intolerância para com o Outro, traduzido no regime de excesso (Alessandro De Giorgi), excesso de pessoas tratadas como verdadeiro lixo humano, o excedente da economia de mercado globalizada. Este é o campo de maior visibilidade social, construído como o campo da marginalidade, desordeira-criminal, que requer limpeza, varredura, esconderijo, eliminação. ANDRADE, Vera Regina Pereira de. Movimentos contemporâneos do controle do crime. Boletim IBCCRIM, São Paulo, ano 15, n. 184, p. 7-8, mar Interessante lembrar que alguns julgados têm reconhecido a falha do Estado no que tange à ressocialização do cidadão condenado. Consideram, por exemplo, inconstitucional o instituto da reincidência, referindo o fracasso teleológico da pena. Neste contexto, abordam que a sanção deveria, por exemplo, resultar em preparação profissional, 19

20 O Paradoxo do Discurso Ressocializador - Autores: Renata Jardim da Cunha Rieger e Rafael Camparra Pinheiro O Paradoxo do Discurso Ressocializador ensinar a fazer uso do ócio de uma forma construtiva, educar, melhorar as relações pessoais e despertar a consciência sócio-axiológico, o que não se verifica na prática: TJRS, Apelação Crime nº , 5 Câmara Criminal, rel.: Aramis Nassif, j. em 29/8/01. Consideram, também, inválida a submissão de apenado a exames psicológicos/psiquiátricos para obtenção de algum direito previsto em lei, já que, durante o tempo em que está no cárcere, ele não recebe qualquer espécie de tratamento ou orientação restaurativa: TJRS, Agravo em execução nº , 6 Câmara Criminal, rel.: Nereu José Giacomolli, j. em 12/6/08; TJRS, Agravo em execução nº , 6 Câmara Criminal, rel Nereu José Giacomolli, j. em 10/4/08. 20

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