Vertigem. Vertigem, Síncope e Convulsão. Causas. Causas. Episódios 2/6/2010
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- Lorenzo Lemos Valgueiro
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1 Vertigem Vertigem, Síncope e Convulsão Vertigem é um sintoma no qual a pessoa tem a sensação de uma tontura rotatória, podendo causar náuseas, vômitos, ilusão de movimento, etc. Existem dois tipos de vertigem, a Central e Periférica. Prof. Altair Pereira Júnior O corpo detecta a postura e controla o equilíbrio através de órgãos do equilíbrio localizados no ouvido interno. Esses órgãos possuem conexões nervosas com áreas específicas do cérebro. A vertigem pode ser causada por distúrbios do ouvido, dos nervos que conectam o ouvido ao cérebro ou do próprio cérebro. A vertigem pode estar relacionada a problemas visuais ou a alterações súbitas da pressão arterial. Muitas condições podem afetar o ouvido interno e causar vertigem. Essas condições incluem infecções bacterianas ou virais, tumores, pressão anormal, inflamação de nervos ou substâncias tóxicas. A causa mais comum de vertigem é a doença do movimento, que pode ocorrer em qualquer indivíduo cujo ouvido interno é sensível a determinados movimentos, como o balanço (oscilação) ou as freadas e arrancadas abruptas. Esses indivíduos podem sentir-se particularmente tontos durante viagens de carro ou de barco. Episódios A duração dos episódios varia de alguns minutos até algumas horas e, freqüentemente, eles são acompanhados por náusea e vômito intensos. A sua causa é desconhecida. As infecções virais que afetam o ouvido interno (labirintite) podem causar uma vertigem que normalmente manifestase subitamente e piora ao longo de algumas horas. Após alguns dias, a condição desaparece sem tratamento. O ouvido interno comunica-se com o cérebro através de nervos. Uma área situada na porção posterior do cérebro controla o equilíbrio. Quando a circulação sangüínea dessa área do cérebro é comprometida (distúrbio denominado insuficiência vertebrobasilar), o indivíduo pode apresentar vários sintomas neurológicos, inclusive a vertigem. 1
2 Procedimentos Os indivíduos idosos ou aqueles que utilizam medicamentos para doenças cardíacas ou para a hipertensão arterial podem apresentar tontura ou desmaiar quando ficam em pé abruptamente. Esse tipo de tontura é decorrente de uma queda breve da pressão arterial (hipotensão ortostática), comumente dura apenas alguns segundos e, algumas vezes, pode ser evitado com o indivíduo levantando-se lentamentoou com a utilização de meias compressivas. Colocar a vítima de decúbito dorsal, mantendo a cabeça em um travesseiro ou apoio. Impedir que a vítima faça movimento brusco Afrouxar a roupa para favorecer a circulação Orientar a vítima a procurar atendimento médico. Síncope Síncope ou Desmaios acometem 3% da população em algum ponto da sua vida. Síncope é um problema frequente, sendo responsável por aproximadamente 1 a 6% de todas as admissões hospitalares. Cerca de 30% das pessoas têm pelo menos uma síncope nas suas vidas e em mais de 40% existe recidiva, sobretudo nos primeiros 12 meses após o primeiro episódio. A idade avançada está relacionada como fator de risco para síncope devido aumento das doenças do miocárdio, arritmias, instabilidade vasomotora, polineuropatias e fármacos. Síncope Síncopeou desmaioé a perda súbita e transitória (breve) da consciência e consequentementeda postura, devido a isquemia cerebral transitória generalizada (redução na irrigação de sangue para o cérebro). Existe sempre recuperação espontânea da consciência na síncope. Fisiopatologia A maioria dos episódios de síncope resulta na redução brusca e global do fluxo sanguíneo cerebral por queda temporária súbita na pressão arterial. Uma queda súbita da pressão arterial sistólica maior que 70 mmhgou da pressão arterial média maior que 40 mmhgresulta em hipofluxocerebral e síncope. Apenas 10s de hipoperfusãocerebral são necessários necessários para causar síncope. Em situações em que o fluxo sanguíneo é normal uma redução de oxigênio ou glicose pode causar alteração da consciência. A síncope pode ser secundária a fatores cardíacos seja por (arritmia cardíaca ou cardiopatia obstrutiva) ou mais frequentementedevido a uma alteração reflexa ou resposta neuromediada do sistema nervoso autônomoque controla a pressão arterial e a frequênciacardíaca. No caso de síncope neuromediadaou reflexa (Síncope Vasovagal), o indivíduo geralmente têm sintomas prodrômicos(que antecedem a perda de consciência), podendo apresentar: palidez, tontura, fraqueza, sudorese aumentada, visão turva e mais raramente, convulsões. 2
3 Recuperação Habitualmente, o doente recupera rapidamente a consciência após a queda, pois existe de novo retorno de sangue ao coração que estava sequestradonos membros inferiores. Este tipo de síncope apesar de frequente, é geralmente benigno e com bom prognóstico, inversamente do que se observa na síncope de etiologia cardíaca. Atendimento Seguir o ABC: Vias aéreas (A), Ventilação (B), Circulação (C), Estado neurológico (D). Deitar a vítima de costas, com a cabeça mais baixa em relação ao resto do corpo, exceto nos casos de traumatismos na cabeça; Colocar a cabeça virada de lado (exceto nas suspeitas de trauma de cabeça e pescoço) para facilitar a respiração; Verificar se o desmaio não foi provocado por corpos estranhos nas vias respiratórias; Arejar o ambiente e afastar os curiosos; Afrouxar as roupas, se necessário. Conversar com a vítima, orientando que respire profunda e lentamente. Atendimento Enquanto a vítima estiver inconsciente e respirando normalmente, pode-se mudá-la para posição lateral. Nunca deixe a pessoa que acabou de se recuperar de um desmaio levantar ou andar de súbito. Também não tente acordar uma pessoa que está inconsciente jogando água fria, sacudindo, dando tapas no rosto ou oferecendo substâncias para cheirar. Convulsão A convulsão é um distúrbio transitório da função cerebral, caracterizados por movimentos rítmicos, involuntários e anormais do corpo, acompanhados de alterações do tônus muscular, esfíncteres, e comportamento. Cessa espontaneamente e pode ser decorrente de uma anormalidade genética, traumática, metabólica, infecciosa, maligna, febril ou farmacológica. Conceitos Crise convulsiva: termo isolado para designar um episódio de convulsão. Epilepsia: é à síndromemédica na qual existem convulsões recorrentes e involuntárias. Sintomas O individuo, nas crises, pode apresentar perda de memória, sensações anormais espasmos musculares intensos, grandes contrações musculares, dentes cerrando e provoca grande produção de saliva (ou seja a pessoa começa a "babar" involuntariamente). Em geral os sintomas duram de 2 a 4 minutos. Depois disso os movimentos enfraquecem e a vítima vai se recuperando lentamente. 3
4 Tipos de Convulsão A crise convulsiva é generalizada quando há movimentos de braços e pernas, desvio dos olhos e liberação dos esfíncteres associada à perda da consciência. É denominada focal simples, quando as contrações acontecem em um membro do corpo (braço, perna) e não fazem com que a pessoa perca a consciência. Se houver perda da consciência associada à contração de apenas um membro damos o nome de focal complexa. As crises podem se apresentar ainda como uma "moleza" generalizada no corpo da pessoa; estas são as crises atônicas. A crise de ausência se caracteriza pela perda da consciência, em geral sem quedas e sem atividade motora. A pessoa fica com o olhar perdido por alguns momentos. Acidentes de carro, quedas e outros traumas na cabeça; Meningite Desidratação grave; Intoxicações ou reações a medicamentos Hipoxemiaperinatal(falta de oxigênio aos recém nascidos em partos complicados); Hipoglicemia Epilepsias (crises convulsivas repetitivas não relacionadas à febre nem a outras causas acima relacionadas; têm forte herança familiar); Convulsão Febril (causada por febre). Convulsão febril A convulsão febril é o distúrbio convulsivo mais comum na infância. Acomete de 2 a 5% das crianças até 5 anos de idade. Ela é definida como uma crise que ocorre na infância, geralmente entre três meses e cinco anos de idade, associada a febre, mas sem evidência de infecção intracraniana (como meningite) ou de doença neurológica aguda (trauma, tumor). Normalmente não deixa sequelas, raramente ocorre mais de três vezes e desaparece após os 5 anos de idade. A crise febril normalmente é generalizada e ocorre durante a rápida elevação da febre. Procedimentos durante a crise A crise convulsiva costuma ser um momento muito estressante. A primeira coisa que deve se ter em mente é que a maioria das crises dura menos que 5 minutos e que a mortalidade durante a crise é baixa. Assim, deve-se manter a calma para que se possa, efetivamente, ajudar a pessoa. Procedimentos durante a crise Deitar a pessoa (caso ela esteja de pé ou sentada), evitando quedas e traumas; Remover objetos (tanto da pessoa quanto do chão), para evitar traumas; Afrouxar roupas apertadas; Proteger a cabeça da pessoa com a mão, roupa, travesseiro; Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra (evitando aspiração); Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração; Observar se a pessoa consegue respirar; Afastar os curiosos, dando espaço para a pessoa; Reduzir estimulação sensorial (diminuir luz, evitar barulho); Permitir que a pessoa descanse ou até mesmo durma após a crise; Procurar assistência médica. Outros cuidados NÃO se deve imobilizar os membros (braços e pernas), deve-se deixá-los livres; NÃO tentar balançar a pessoa Isso evita a falta de ar. NÃO coloque os dedos dentro da boca da pessoa, involuntariamente ela pode feri-lo. NÃO dar banhos nem usar compressas com álcool caso haja febre pois há risco de afogamento ou lesão ocular pelo álcool; NÃO medique, mesmo que tenha os medicamentos, na hora da crise, pela boca. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e pode-se afogar ao engolir o comprimido e a água; NÃO jogar água no rosto, ou bater na vítima; NÃO realizar manobra de reanimação, como respiração boca a boca ou massagem cardíaca; Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire a pessoa do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico. 4
5 Pós-crise A pessoa pode apresentar: Sono Dificuldade para falar, palavras sem nexo. Amnésia Desorientação Sair caminhando sem direção Deve-se orientar a vítima conforme ela adquira a consciência e transportá-la com segurança. 5
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