1.2. Situação da Cultura do Trigo no Brasil e no Mundo
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- Ronaldo Affonso Bacelar
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1 1.2. Situação da Cultura do Trigo no Brasil e no Mundo
2 TRIGO BALANÇO MUNDIAL Ano Área Produção Consumo Consumo Estoque final (mil ha) (mil t) (mil t) per capta (mil t) (kg/hab/ano) 2007/ , / , / , / , / , / , / , / , , Fonte: AGRIANUAL Previsão feita em agosto de 2015
3 TRIGO Oferta e Demanda Brasileira Mil toneladas Ano Produção Importação Consumo Per capta* Estoque 2007/ , / , / , , , , , , Fonte: AGRIANUAL (2016) * previsão feita em agosto/ 2015
4 Regiões TRIGO Área Cultivada Mil hectares 2011/ / / * Sudeste 70,0 53,5 88,1 130,5 156,4 MG 23,0 21,5 36,2 68,0 82,2 SP 47,0 32,0 51,9 62,5 74,2 Sul 2.050, , , , ,2 PR 1.042,5 773,8 992, , ,9 SC 76,0 67,1 72,6 75,7 65,0 RS 932,4 976, , ,0 861,3 C. Oeste 45,3 24,8 17,6 23,3 26,2 MS 32,0 15,0 8,5 12,0 15,0 GO 12,2 9,0 7,3 9,9 9,6 DF 1,1 0,8 1,8 1,4 1,6 Brasil 2.166, , , , ,8 Fonte: CONAB (2016) Levantamento Março de 2016.
5 Regiões TRIGO Produção Brasileira Mil toneladas 2011/ / / * Sudeste 200,8 162,4 210,6 354,6 507,8 MG 90,1 80,7 119,8 204,3 245,1 SP 11,7 81,7 90,8 150,3 262,7 Sul 5.478, , , , ,0 PR 2.501, , , , ,8 SC 235,6 141,6 236,7 222,5 117,0 RS 2.742, , , , ,2 C. Oeste 109,0 68,2 59,6 85,8 88,1 MS 42,9 24,0 7,7 24,0 30,0 GO 60,4 39,6 39,3 53,4 48,5 DF 5,7 4,6 12,6 8,4 9,6 Brasil 5.788, , , , ,9 Fonte: CONAB (2016) Levantamento Março de 2016.
6 TRIGO Produtividade kg/ha Regiões 2011/ / / * Sudeste MG SP Sul PR SC RS C. Oeste MS GO DF Brasil Fonte: CONAB (2016) Levantamento Março de 2016.
7 TRITICALE - Área, Produção e Produtividade Região Área (mil ha) Produção (mil t) Produtividade (kg/ha) SUDESTE 20,0 4,3 48,0 13, SP 20,0 4,3 48,0 13, SUL 19,1 17,2 47,8 43, PR 12,8 10,9 34,7 30, SC 0,6 0,6 1,6 1, RS 5,7 5,7 11,5 11, BRASIL 39,1 21,5 95,8 55, Fonte: CONAB (2016) -Levantamento de Março/2016
8 ÁREA, PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE DO TRIGO DE 1970 a Ano Área (mil ha) Produção (mil t) Produtividade (kg/ha) Fonte: Adaptado por Arf (2013)
9 ÁREA, PRODUÇÃO E PRODUTIVIDADE DO TRIGO DE 1980 A Ano Área (mil ha) Produção (mil t) Produtividade (kg/ha) Fonte: Adaptado por Arf (2013).
10 Tabela: Área, produção e produtividade da cultura do trigo no Brasil no período 1993/94 a 2007/08. Safra Área (mil ha) Produção (mil t) Produtividade (kg/ha) 1993/ , , / , , /96 994, , / , , / , , / , , / , , / , , / , , / , , / , , / , , / , , / , , / , , Fonte: Adaptado de Fornasieri Filho (2008).
11 TRIGO Custo de Produção (R$) 2015 kg/ha Descrição Custo total/ha 1.821, , ,96 Custo total/t 608,00 628,00 604,00 Receita/ha 2.250, , ,00 Resultado/ha 425,00 121, ,00 Região PR RS SP Fonte: AGRIANUAL São Paulo - Paranapanema
12 QUEM NÃO É FAVORÁVEL AO TRIGO NACIONAL NÃO É MERECEDOR DO PÃO NOSSO DE CADA DIA Solenidade de abertura da VII Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale Londrina-PR, 27 a 30 de agosto de 2013.
13 Políticas para o Trigo Brasileiro a) Medidas no âmbito da cadeia produtiva - Cultivares x demanda; -Processo de produção e segregação; -Redução das incertezas de opções; -Maior articulação da cadeia do trigo: harmonizar interesses; Pesquisa x indústria x agricultor x consumidor -Melhor infra-estrutura de armazenagem. Fonte: Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de trigo e Triticale 2013.
14 Políticas para o Trigo Brasileiro b) Medidas no âmbito do governo - Vontade política; -Definir relação dentro do Mercosul; -Políticas públicas claras; -- -Fixação do preço mínimo (preço que cubra o custo operacional) e cumprimento do preço ; -- -Seguro rural (Fundo de catástrofe) -Melhorar a Infra-estrutura e logística. Fonte: Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de trigo e Triticale 2013.
15 2. DESCRIÇÃO DA PLANTA Triticum aestivum L 10 de novembro é comemorado o dia do trigo
16 PLANTA
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20 Figura: Posição da folha bandeira no espigamento
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22 Glumelas
23 Figura: Posição da espiga na maturação
24 Figura: Característica da espiga quanto à presença de arista
25 Espigamento Tipos de espiga
26 Fruto: Cariopse
27 TRITICALE Cereal artificialmente criado pelo homem resultado do cruzamento entre Trigo (gênero Triticum) e Centeio (gênero Secale)
28 VANTAGENS DO TRITICALE - Planta mais rústica e resistente à doenças; -A farinha pode substituir a do trigo na panificação; -Pode ser usado na alimentação animal, o teor de proteínas éde 11%, maior que do milho; -Opção interessante para o período de inverno; -Possui potencial para atingir até 7 toneladas/ha. Fonte: Pesquisa Agropecuária Catarinense, v.9, n.1, 1996.
29 TRIGO DURUM (Triticum durum) Trigo comum: glúten elástico e expansivo importante para o crescimento do pão. Trigo durum principais características: -As espigas são mais compactas, aristas mais longas e possibilidade de germinação na própria espiga; -Extração de sêmola destinada à fabricação de macarrão ou massas em geral, podendo ser misturadas na fabricação de pães, bolachas, etc; -A tecnologia empregada é similar ao do trigo comum e normalmente vale em torno de 20% a mais que o trigo comum;
30 Trigo durum principais características: - A maioria dos cultivares são sensíveis ao alumínio tóxico do solo superior a 5%; -Em relação às doenças apresentam boa resistência às ferrugens e oídio, entretanto mais suscetíveis às manchas foliares e doenças da espiga; -A produção mundial é de 8 a 10% em relação ao do trigo comum; - Quase 100% do trigo durum é importado da Argentina e do Canadá; -Para o Paraná éindicado o cultivar IPR 90 e em São Paulo o IAC 1003.
31 CONCEITOS DE QUALIDADE DO TRIGO TRITICULTOR -Resistência à pragas e doenças; -Alta produtividade de grãos; -Alto peso ou massa hectolítrico (PH)
32 MOAGEIRO - Forma e tamanho uniforme dos grãos; -Alto rendimento em farinha; -Boa coloração do produto final; -Baixo consumo de energia para moagem.
33 PANIFICADOR - Alta capacidade de absorção de água pela farinha; -Tolerância ao amassamento; -Glúten de força média a forte; -Pães com boas características.
34 PROTEINAS DO TRIGO Existem 02 grupos: - Não formadoras de glúten albuminas e globulinas - Formadoras de glúten gliadinas e gluteninas
35 GLÚTEN Nome genérico do conjunto de proteínas com capacidade de formar MASSA, ou seja, na mistura de farinha e água observa-se a formação de uma massa constituída da rede protéica do glúten ligada aos grânulos de amido. O glúten em panificação retém gás carbônico produzido no processo e faz com que o pão aumente de volume. FARINHA FORTE ALTA RETENÇÃO DE CO 2
36 CONSUMIDOR - Alto valor nutritivo (exemplo alta % em proteínas); -Pães com grande volume; -Textura interna e externa adequada; -Boa coloração do produto final.
37 Figura: Componentes da semente de trigo
38 TABELA: Composição química do trigo Componente Grão Germe Farinha Proteína 13,3 26,6 11,8 Gordura 2,0 10,9 1,2 Minerais 1,7 4,3 0,46 Fibra 2,3 2,3 0,40 Carboidratos 68,7 44,2 74,1 Água 12,0 11,5 12,0 Fonte: Reitz (1967)
39 TABELA: Valor nutritivo do trigo e alguns derivados por 100g do produto Alimento Calorias kcal/kg Proteína g Cálcio mg Fósforo mg Ferro mg Vitamina B1 (mg) Vitamina B2 (mg) Grão , ,6 0,35 0,12 Pão integral 286 9, ,6 0,19 0,13 Pão francês 268 9, ,2 0,08 0,06 Macarrão* 111 3, ,4 0,01 0,01 * Macarrão cozido Fonte: Franco (1992)
40 PESO HECTOLÍTRICO E MASSA DE 1000 GRÃOS DE TRIGO Cultivar PH 1000 Grãos BR 18 81,94 42,7 IAC 24 80,26 34,8 IAC ,58 35,4 IAC ,25 38,6 IAC ,70 42,2 IAC364 81,90 44,1 IAC ,10 42,5 Fonte: EMBRAPA
41 TIPOS DE TRIGO Tipos PH kg/100l Mínimo Matéria estranha e impurezas Grãos danificados Insetos Mofados e ardidos Chochos e quebrados % Máxima ,0 0,5 0,5 1, ,5 1,0 1,0 2, ,0 2,0 2,0 5,0 Fonte: Informações Técnicas para Trigo e triticale Safra 2012
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