CURSO DE DIREITO LUIS ANDRÉ OLIVEIRA PLUTARCO FONTES OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS DO DIREITO DO ESPAÇO EXTERIOR

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1 CURSO DE DIREITO LUIS ANDRÉ OLIVEIRA PLUTARCO FONTES OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS DO DIREITO DO ESPAÇO EXTERIOR Fortaleza 2013

2 LUIS ANDRÉ OLIVEIRA PLUTARCO FONTES OS DESAFIOS E AS PERSPECTIVAS DO DIREITO DO ESPAÇO EXTERIOR Monografia apresentada ao Curso de Direito do Centro Universitário Christus Unichristus como requisito parcial necessário à obtenção do grau de bacharel em Direito. Orientador: Professor Mestre em Direito Paulo Henrique Gonçalves Portela Fortaleza 2013

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4 Dedico este trabalho a todos que se interessam pelo novo, como também àqueles que são apaixonados pela mistura entre Direito e Astronomia.

5 AGRADECIMENTOS Agradeço à minha família, pelo amor sempre presente e compreensão dedicada. Agradeço ao meu orientador, pelas conduções indispensáveis para a realização do trabalho. Agradeço aos meus amigos que, mesmo distantes em certos momentos, nos dão a força necessária.

6 "Uma das grandes revelações da exploração espacial é a imagem da Terra, finita e solitária acomodando toda a espécie humana através dos oceanos do tempo e do espaço." Carl Sagan

7 RESUMO O Direito do Espaço Exterior tutela interesses da sociedade internacional. Como sua interpretação e aplicação trazem consequências a qualquer Estado do globo terrestre, é de extrema importância para todos os países. Por ser um Direito recente, nascido com o lançamento do primeiro satélite na órbita da Terra em outubro de 1957, e relacionado a um assunto científico e que exige altos recursos, não atrai a atenção suficiente e adequada dos chefes de Estado e da comunidade em geral. O presente trabalho tem como objetivo a investigação da adequação das normas de Direito do Espaço Exterior ao atual contexto social, apontando perspectivas de aplicação para o futuro. Para isso, fontes bibliográficas, oficiais e noticiosas servirão de fundamento. Analisará também a relação desse ramo do Direito com os Direitos Humanos e a responsabilidade, além de discorrer sobre a atuação do Brasil nessa área. Para uma melhor compreensão e abordagem, imprescindível que assuntos históricos e dados científicos façam parte do estudo. Importante a pesquisa para que sejam mensurados os rumos que a sociedade internacional está trilhando nessa área, que será cada vez mais importante para o ser humano. Partindo dessa análise, é possível perceber que muito ainda deve ser feito, utilizando a cooperação entre os povos, já que o Direito Espacial regula atividades cada vez mais comuns e que devem servir de norte para a sociedade ao passar dos anos. Palavras-chave: Direito do Espaço Exterior, Direito Internacional, Exploração Espacial.

8 RESUMEN El Derecho del Espacio Ultraterrestre tutela intereses de la sociedad internacional. Como su interpretación y aplicación traen consecuencias a cualquier estado del globo terrestre, es de extrema importancia para todos los países. Por ser un derecho reciente, nacido con el lanzamiento del primer satélite en la órbita de la tierra en Octubre de 1957, y relacionado a un asunto científico y todavía caro en la práctica, no atrae la atención suficiente y adecuada de los jefes de estado y de la comunidad en general. El presente trabajo tiene como objetivo la investigación de la adecuación de las normas de Derecho del Espacio Ultraterrestre al actual contexto social, apuntando perspectivas de aplicación para el futuro. Para esto, se puede utilizar como una base fuentes bibliográficas, oficial y noticias. Analizará también la relación de esta rama del derecho con los Derechos Humanos y la responsabilidad, además de discurrir sobre la actuación de Brasil en esta área. Para una mejor comprensión y abordaje, es imprescindible que los asuntos históricos y datos científicos sean parte del estudio. Es importante la investigación para que sean medidos los rumbos que la sociedad internacional está intentando en esta área, que será cada vez más importante para el ser humano. Partiendo de este análisis, es posible percibir que todavía mucho debe ser realizado, utilizando la cooperación entre los pueblos, ya que el Derecho Espacial regula actividades cada vez más comunes y que deben servir de norte para la sociedad con el pasar de los años. Palabras clave: Derecho del Espacio Ultraterrestre; Derecho Internacional; Exploración Espacial.

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO BREVE HISTÓRICO DA EXPLORAÇÃO HUMANA DE NOVOS ESPAÇOS DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL As zonas polares Os mares e os rios internacionais O espaço aéreo O DIREITO DO ESPAÇO EXTERIOR Nomenclatura Definição e objetivo O surgimento do Direito do Espaço Exterior Princípios e regras na exploração espacial A Declaração dos Princípios Jurídicos Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico O Tratado Sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico, Inclusive a Lua e Demais Corpos Celestes A relação com os Direitos Humanos Atividades no espaço e nos corpos celestes O Acordo que Regula as Atividades dos Estados na Lua e em Outros Corpos Celestes Princípios Relativos ao Uso de Fontes de Energia Nuclear no Espaço Exterior Armas no espaço...48

10 5 BRASIL E A EXPLORAÇÃO ESPACIAL A exploração espacial na Constituição Federal Brasil vítima de espionagem O princípio da não intervenção O Centro de Lançamento de Alcântara RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL NO DIREITO DO ESPAÇO EXTERIOR A responsabilidade na exploração e uso do espaço A Convenção sobre Responsabilidade Internacional por Danos Causados por Objetos Espaciais O lixo espacial CONCLUSÃO...77 REFERÊNCIAS...80 APÊNDICES...85 ANEXOS ANEXO A ANEXO B ANEXO C ANEXO D ANEXO E...126

11 10 1 INTRODUÇÃO O tema abordado no presente trabalho, referente ao ramo do Direito que visa a regular o manejo do espaço extra-atmosférico, é ainda estranho à maioria dos profissionais e estudantes das ciências jurídicas, que normalmente não têm a oportunidade de estudar, de maneira mais detida, os institutos jurídicos alusivos à atuação humana no chamado espaço. Entretanto, num mundo que valoriza o desenvolvimento científico e que tem a Tecnologia da Informação e das Comunicações como um dos fundamentos de seu desenvolvimento, o Direito do Espaço Exterior deve despertar interesse do estudioso das Ciências Jurídicas, em vista de sua importância para a vida moderna. O Direito do Espaço Exterior, também conhecido por Direito Espacial ou Direito do Espaço, dentre outras nomenclaturas, é um tema importante pata toda a humanidade e, por isso, se reveste de interesse internacional, sendo objeto de estudos e discussões no âmbito das relações internacionais, razão pela qual está inserido no âmbito do Direito Internacional. Dessa forma, esta monografia recorrerá de forma direta e constante aos institutos do Direito Internacional Público, do qual o Direito do Espaço Exterior pode ser considerado um ramo. Os motivos da escolha do tema são vários. Principalmente para os amantes das ciências direito e astronomia, é um trabalho prazeroso pesquisar dentro desse assunto, mesmo com toda a dificuldade de encontrar bibliografia especializada acerca do tema em nosso país. Quem olha para o céu com curiosidade e admiração e vê no direito um campo de entendimento não só necessário, mas também cativante, certamente apreciará o Direito Espacial. Justificativas para o tratamento do tema também são diversas. Apesar de ser um direito novo, que tem apenas pouco mais de meio século de existência como ramo do Direito especializado, o Direito do Espaço Exterior vem ganhando cada vez mais notoriedade e importância. Como sabemos, a evolução tecnológica ocorre de

12 11 forma cada vez mais veloz, e as atividades espaciais acompanham os passos da tecnologia. Com isso, como não podia deixar de ser, o Direito do Espaço Exterior, que visa a regular tais atividades, vem acompanhando detidamente essa evolução. Comunicações, soberania, informações, estratégias, defesa, clima. São muitos os exemplos de áreas que têm alguma referência com as atividades espaciais. Os satélites são responsáveis por manter algumas das atividades acima citadas, além de serem equipamentos indispensáveis nos dias de hoje para o funcionamento do mundo da maneira que conhecemos. Logicamente, não se pode e nem se deve lançá-los em órbita a bel prazer. É preciso de algo que tente buscar sua correta utilização, até porque estarão sobrevoando acima de nossa existência. O Direito Espacial é o caminho para isso. A segurança global também passa pelo espaço. Uma arma em órbita espacial pode ter a capacidade de atingir qualquer ponto do planeta e trazer consequências desastrosas para qualquer tipo de vida aqui existente. Como o bem que deve obter a maior proteção no direito é a vida, deve-se ter muito cuidado, bem como compreensão entre os povos, para que não corramos o risco de que as atividades espaciais impliquem riscos para a própria existência da humanidade. Algumas garantias trazidas em nossa própria Constituição estão estritamente relacionadas ao Direito do Espaço. A intimidade, a vida privada e as comunicações, por exemplo, podem ser feridas utilizando-se atividades relacionados à exploração espacial. Entra aí também a questão da soberania, já que dados secretos que dizem respeito a políticas nacionais podem ser acessados de forma indevida. Nesse sentido, a espionagem sofrida pelo Brasil em 2013 será comentada. O Governo Brasileiro pretende investir na aquisição de um satélite, já que dados importantes passam através deles. Hoje, todos os satélites utilizados pelo nosso país são de propriedade estrangeira. A pesquisa terá um ponto de vista crítico e buscará fixar a relação do Direito do Espaço Exterior com outras áreas do direito, já que essa ciência é única, apesar de suas diversas ramificações. Direitos Humanos, responsabilidade internacional e Direito Constitucional são algumas das ramificações do Direito que têm relações com o Direito do Espaço Exterior.

13 12 Como a matéria é nova e, por isso, ainda não foi muito examinada pelos tribunais brasileiros e internacionais, praticamente não haverá recurso à jurisprudência, privilegiando-se, portanto, as fontes bibliográficas e os tratados internacionais pertinentes. Algumas obras foram essenciais para que fosse possível a elaboração do trabalho, principalmente pela tentativa de uma visão do ponto de vista brasileiro acerca do Direito Espacial. O livro de José Monserrat Filho, com o título de Direito e Política na Era Espacial, traz um verdadeiro e importantíssimo embasamento para quem deseja não só conhecer o assunto, mas também especializar-se na área. Outra obra bastante rica no assunto é o trabalho de Olavo de Oliveira Bittencourt Neto, intitulada de Direito Espacial Contemporâneo, que foca na responsabilidade internacional dentro do Direito do Espaço, mas abrange também outras questões de conhecimento necessárias ao interessado em aprofundar-se no estudo desse ramo do direito. Os tratados mais utilizados como fonte foram a declaração dos princípios jurídicos reguladores das atividades na exploração e uso do espaço cósmico, o tratado sobre princípios reguladores das atividades dos estados na exploração e uso do espaço cósmico, inclusive a Lua e demais corpos celestes, o acordo que regula as atividades dos estados na Lua e em outros corpos celestes, os princípios relativos ao uso de fontes de energia nuclear no espaço exterior e a convenção sobre responsabilidade internacional por danos causados por objetos espaciais. Como a bibliografia disponível ainda é parca, serão consideradas na pesquisa fontes oficiais e noticiosas da internet, mas sempre relacionadas ao Direito do Espaço Exterior. O capítulo de título Breve Histórico da Exploração Humana de Novos Espaços trará uma ideia resumida de como o ser humano se comporta ao ter a possibilidade de explorar novos territórios, sendo mensurada uma relação em como a humanidade está tratando a exploração espacial.

14 13 O domínio público internacional, em capítulo seguinte e de mesmo nome, descriminará as áreas do planeta e fora dele que são acessíveis à atividades humanas e são objeto de interesse de todos os povos. Tais territórios devem ser explorados de forma que atenda ao bem comum.. Em seguida, entra-se no capítulo O Direito do Espaço Exterior, trazendo sua definição, seus objetivos e seu nascimento. Os princípios também são tratados, fazendo referência aos tratados e uma relação com os Direitos Humanos. A partir daí, são mencionadas as atividades espaciais, incluindo nesse assunto a exploração do espaço e seus corpos celestes, bem como a colocação de armas no espaço. A atuação do Brasil é abordada no capítulo de título Brasil e a Exploração Espacial, sendo mostrada a importância de investimentos na área e como o país paga por não atuar como poderia nas atividades espaciais. Por fim, o tema da responsabilidade internacional é comentado juntamente com a questão do lixo espacial no capítulo Responsabilidade Internacional do Direito do Espaço Exterior, mostrando quem são e como respondem os responsáveis por danos causados a terceiros, assim como pontos importantes para a compreensão das medidas a serem tomadas por quem deseja explorar o espaço e os cuidados que essa atividade exige. Ao final, pretendemos contribuir para o aumento do conhecimento do tema, dando ao leitor a oportunidade de.melhor se familiarizar com importantes institutos do Direito do Espaço Exterior e de perceber sua relevância para a manutenção e incremento da atual dinâmica da vida mundial.

15 14 2 BREVE HISTÓRICO DA EXPLORAÇÃO HUMANA DE NOVOS ESPAÇOS A história do ser humano é marcada por descobertas, conflitos e conquistas. Os primeiros registros da passagem humana em nosso planeta já trazem nossa característica conquistadora e expansionista, o que se mantêm até hoje, mesmo que de maneiras distintas em algumas oportunidades. Desde cedo temos esse atributo curioso e descobridor, que pode ser exemplificado na figura de um dos viajantes ocidentais e escritor Marco Polo, que fascinou e influenciou por meio de suas obras a curiosidade da descoberta: O Livro das Maravilhas foi obra de cabeceira de Colombo e de vários navegadores interessados em chegar ao Oriente, mas não cativou apenas exploradores: sua descrição do palácio do imperador chinês inspirou Samuel Coleridge a escrever o poema Kublai Khan e, no século Influência duradoura passado, Italo Calvino fez em As Cidades Invisíveis uma releitura dos relatos das cidades, reais e imaginárias, que Marco Polo descreveu para Kublai. O estilo da narrativa, conciso e rico em imaginação, é até hoje um modelo para a literatura de viagem. 1 Esse tipo de literatura apenas acenderia a curiosidade já pertinente ao ser humano. O novo é algo que buscamos quando temos a oportunidade. Entender o desconhecido fez parte da evolução humana em todas as ciências, certamente nos trazendo onde estamos hoje. No quesito expansão territorial, embora o termo imperialismo tenha sido adotado com base na Revolução Industrial 2, para caracterizar o domínio de uma economia sobre outra entre os séculos XIX e XX, alguns autores acreditam que a história da humanidade é marcada pela tendência imperialista. Por vezes, o domínio 1 MARCO Polo, o caçador de maravilhas. Revista Planeta. jun Disponível em: < Acesso em: 03 nov HISTÓRIA - Imperialismo. Guia do Estudante. Disponível em: < Acesso em: 27 nov

16 15 é sobre territórios. Por outras, tem-se o domínio cultural, além de outros tipos de submissão. O célebre antropólogo Darcy Ribeiro, em uma de suas obras, atenta que: A história do homem nos últimos séculos é, principalmente, a história da expansão da Europa Ocidental, que, ao constituir-se em núcleo de um novo processo civilizatório, se lança sobre todos os povos em ondas sucessivas de violência, de cobiça e de opressão. Nesse movimento, o mundo inteiro foi revolvido e reordenado segundo os desígnios europeus e na conformidade de seus interesses. Cada povo, e até mesmo cada pessoa humana, onde quer que houvesse nascido e vivido, acabou por ser atingido e engajado no sistema econômico europeu ou nos ideais de riqueza, de poder, de justiça ou de santidade nela inspirados. 3 Resta claro que essa direção expansionista seria basicamente a política do mais forte. Um Estado submete-se a outro por receio de represálias de qualquer forma, seja militar, econômica ou política. As consequências atingem a todos, mesmo que despercebidas por alguns. Por esse pensamento, partes importantes das características de nossa sociedade atual teriam sido adquiridas por conta de fatos históricos ligados à expansão dos povos. O certo é que a chegada dos colonizadores às Américas por meio das grandes navegações deu início a um processo marcante, que difundiu culturas e religiões a outras partes do mundo. Os livros de História retratam esse cenário, dentro do qual ocorreram encontros entre europeus e civilizações muito diferentes, mas ricas culturalmente, como os Astecas, Maias e Incas, bem como tribos indígenas não menos importantes. Territórios mudaram de dono e os reflexos desse movimento são sentidos até os dias de hoje. Sobre o assunto, Rodolfo Espínola afirmou: 3 RIBEIRO, Darcy. As Américas e a civilização. Processo de formação e causas do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 47.

17 16 O descobrimento da América é lembrado com frequência como o acontecimento mais importante do século XV. A historiografia contemporânea, aliás, aponta esse fato como marco definitivo que estabeleceu o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna, a partir de No ano de 1500 d.c. foram descobertos 22% da superfície da Terra. Na realidade, foi só no começo do século XVI que a verdadeira importância dos descobrimento transatlânticos se tornou patente de um modo generalizado, enterrando-se, em definitivo, a ideia de que a Terra não era um disco, mas uma esfera. 4 Demonstra Espínola a importância de um acontecimento histórico, servindo também para avanços científicos, como foi a descoberta de que a Terra era uma esfera, não um disco. O sentido não muda nos tempos atuais. Novos acontecimentos marcantes devem trazer benefícios para a sociedade humana. Com efeito, as formas de conquista e expansão não são as mesmas, logicamente. Não há novos continentes, ilhas ou áreas a serem descobertas. O avanço tecnológico permitiu o mapeamento de todo o globo terrestre. Claro que ainda existem pedaços de terra considerados virgens, que são aqueles que não tenham sofrido interferência humana, mas as fronteiras já estão praticamente delimitadas. As disputas, quando existem, são diferentes das sucedidas anteriormente. Na Terra, não se briga mais por áreas novas, mas sim por já conhecidas. Houve um tempo em que o ser humano acreditava ser o céu uma espécie de teto longínquo e gigantesco, com pontos brilhantes espalhados em sua disposição. Tal pensamento parece absurdo nos dias de hoje, mas já chegamos a pensar que a existência, pelo menos em vida, era resumida ao chão em que pisamos. Durante as grandes navegações europeias, mesmo que o conhecimento básico sobre Astronomia já existisse, necessário para a própria navegação, muito do entendimento acerca da realidade do nosso mundo foi alterado. A respeito, o jornalista Rodolfo Espínola escreveu: Ampliam-se as informações sobre os regimes de marés, das correntes marítimas e dos ventos, da mesma forma que crescem as histórias sobre os 4 ESPÍNOLA, Rodolfo. Vicente Pizón e a descoberta do Brasil. Rio de Janeiro: Coelce Topbooks, 2001, p

18 17 fantásticos monstros que habitavam o fundo do mar. O mundo começa a se abrir, navegar. Estabelecem-se novos mercados. As descobertas vão se multiplicando. O mundo até então era apenas um trecho da Europa, uma banda da Ásia, outra da África e uma parte do seu litoral. 5 O avanço das ciências tornou possível um melhor entendimento acerca do ambiente que nos rodeia. Começamos a entender melhor sobre Astronomia e outros ramos interligados a ela, como a Física. Embora acreditássemos que a Terra era o centro do Universo, já sabíamos que existia algo além, mesmo que esse além parecesse inicialmente impossível de ser alcançado e explorado. Hoje, o espaço além da Terra vem sendo explorado aos poucos, e desde logo vem sendo estritamente necessária a intervenção do Direito, guiando o desenvolvimento da exploração espacial de forma a que esta possa beneficiar toda a humanidade, independente de nacionalidade ou crença, já que, no final das contas, somos todos um só e dividimos um mesmo minúsculo lugar no universo. Sobre isso, Darcy Ribeiro versou: [...] as sociedades contemporâneas não são entidades isoladas, mas sim componentes ricos e pobres de um sistema econômico de âmbito mundial, em que cada um deles exerce papéis prescritos, mutuamente complementares e tendentes à perpetuação das posições e relações recíprocas. Procuraremos demonstrar que as situações de atraso ou de progresso dos diferentes povos inseridos nesse sistema interativo são resultantes dos impactos de sucessivas revoluções tecnológicas que vêm transformando as sociedades humanas. Estas revoluções, atingindo-as diferencialmente e alterando de modos distintos cada uma de suas partes constituintes, tanto geram defasagens entre sociedades quanto descompassos regionais e setoriais. Como cada um desses processos teve início em certo momento histórico e continuou atuante mesmo depois de desencadeados outros, impõe-se a observação adicional de que nos defrontamos tanto com uma continuidade histórica de efeitos sucessivamente detonados quando com uma simultaneidade de contrastes interativos de caráter funcional. 6 Confirma o respeitado antropólogo que devemos nos portar como uma sociedade global, tendo consciência de que nossas afirmações e atitudes trazem 5 ESPÍNOLA, Rodolfo. Vicente Pizón e a descoberta do Brasil. Rio de Janeiro: Coelce Topbooks, 2001, p RIBEIRO, Darcy. As Américas e a civilização. Processo de formação e causas do desenvolvimento desigual dos povos americanos. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 24.

19 18 consequências para todos, muitas vezes passíveis de conserto, mas outras vezes são decisões sem volta. Se pensarmos no nosso mundo como algo que compõe um imenso espaço que é o universo, talvez possamos ter um pouco dessa visão coletiva, sabendo que o que é feito de um lado do mundo, pode certamente nos importar, mesmo estando do outro lado do planeta.

20 19 3 O DOMÍNIO PÚBLICO INTERNACIONAL Considerando toda a área de nosso planeta, deparamo-nos com algumas regiões que se revestem de amplo interesse internacional e cujo manejo interessa, portanto, a toda ou a boa parte da humanidade, que pode auferir benefícios a partir de sua utilização ou que pode ser afetada pelo mau emprego dos recursos existentes. Parte dessas áreas encontra-se sob a soberania de um ou de mais Estados, o que, cabe ressaltar, não impede que sua utilização se revista de interesse para outros Estados. Entretanto, outra parte dessas áreas não se encontra sob a soberania de nenhum Estado, o que, aliás, causa muitos e pertinentes questionamentos referentes à forma de sua administração. Como afirmamos anteriormente, alguns territórios de interesse internacional, como a própria Amazônia, aqui mesmo no Brasil, que a compartilha com outros oito países, são relevantes para toda a humanidade, pois os efeitos de sua exploração, seus bens naturais e possíveis benefícios que estes podem trazer, além de traços históricos e culturais ali existentes, podem interessar a qualquer outro Estado. Um bioma como o da Amazônia pode, por exemplo, conter substâncias capazes de produzir remédios que combatam uma doença que assola o povo de um país do outro lado do mundo. Por outro lado, a sua má exploração poderá trazer consequências ambientais desastrosas ao nosso planeta, podendo refletir em outros locais distantes, trazendo reações em cadeia e prejudicando diversos povos pelo globo. Ruínas, fósseis e descobertas ali realizadas talvez nos façam entender melhor nossa existência. Mas tal área é protegida pela soberania de alguns países, pelo menos em tese, devendo estes zelarem e serem os principais responsáveis pela sua manutenção, pensando não apenas em si, mas em toda a coletividade humana. Mas e quando determinado território não está sob a proteção direta da soberania de algum Estado? Se por motivos específicos, seja por características próprias do lugar, seja por acordos firmados ou outras circunstâncias históricas,

21 20 aquela extensão de terra a ninguém pertence? Ou melhor, pertence a todos. Talvez aí esteja o conceito de um domínio público, mais precisamente o domínio público internacional. Mas apenas estas áreas que não se encontram sob a soberania de nenhum Estado devem fazer parte desse domínio? A resposta é precisamente negativa, porque aquelas áreas que estão sob o controle soberano de um ou mais Estados, mas que se revestem de interesse internacional, também devem. Ou seja, considera-se, ademais as características do lugar e seus benefícios, o interesse público internacional, não importando a falta ou não de um Estado Soberano que possua tal território, o que parece ser bastante lógico. Claro que a situação não é das mais simples. Não se pode simplesmente quebrar a soberania de um país alegando discricionariamente o interesse de todos os povos. O professor Francisco Rezek expôs: É da tradição doutrinária que a expressão domínio público internacional designe aqueles espaços cuja utilização suscita o interesse de mais de um Estado soberano - às vezes de toda a comunidade internacional -, ainda quando sujeitos à incidência de determinada soberania. 7 Conceito simples, afirmando a tradição doutrinária, mas totalmente válido e de importante e fácil compreensão. O interesse de utilização do espaço territorial, quando é de mais de um Estado ou de toda a comunidade internacional, como citou o professor Rezek, pode ser denominado como área de domínio público internacional. Paulo Henrique Gonçalves Portela reforça essa ideia ao comentar o seguinte sobre as áreas de domínio público internacional: [...] existem espaços geográficos dentro e fora da Terra que, pelo menos em parcelas importantes de sua extensão, não pertencem a nenhum Estado, como o lado mar, o espaço aéreo internacional ou o espaço extraatmosférico. Há também áreas que se encontram sob a soberania de um ente estatal, mas que se revestem de grande importância para toda a humanidade, como o mar territorial e o espaço aéreo dos Estados, relevantes para o bom desenvolvimento da navegação aérea e marítima, 7 REZEK, Francisco. Direito Internacional Público. 10 ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 299.

22 21 para o desenvolvimento do comércio internacional, para o fluxo de pessoas etc. 8 Assim, seguindo o pensamento do referido autor, fazem parte do domínio público internacional não apenas aqueles territórios que não pertencem a nenhum Estado, mas sim os que são de interesse de toda a humanidade. Os principais espaços do domínio público internacional são: o mar, os rios internacionais, as zonas polares, o espaço aéreo e o espaço exterior. O professor Portela versou que "pelo menos por enquanto, tais áreas são somente o mar, o espaço aéreo, as zonas polares e o espaço extra-atmosférico" 9. Isso significa que, futuramente, também poderemos ter outros áreas assim definidas, como florestas e desertos, por exemplo. 3.1 As zonas polares Deve ser conferida atenção de forma bastante cuidadosa à maneira de exploração das áreas do domínio público internacional. A respeito, as intenções da exploração podem tornar-se distintas ao passar do tempo, o que aconteceu com as zonas polares, como afirmou a professora Gilda Maciel Corrêa Meyer Russomano, citada pelo autor Valério de Oliveira Mazzuoli: É curioso observar que, no início, as regiões polares ofereciam interesse puramente científico. Os maiores interessados nessas regiões eram notadamente navegadores e geógrafos, cujas preocupações estavam sempre ligadas a questões específicas e de ordem técnica, como a com a exata delimitação matemática do círculo polar ártico e do círculo polar antártico, entre outras, tendo sido várias as expedições organizadas aos polos com essa finalidade. Modernamente, entretanto, o interesse da sociedade internacional relativamente às regiões polares mudou 8 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. 5. ed. Salvador: Podivm, 2013, p Ibid., p. 578.

23 22 drasticamente de foco, tendo o problema passado a girar em torno de questões exclusivamente econômicas, sobretudo no que tange à navegação marítima e aérea, à caça e à pesca em geral (e, em particular, a das baleias) e aos recursos minerais dessa região do planeta, afastando-se por completo do caráter científico que até então presidia o centro das discussões internacionais relativamente ao tema. A sociedade internacional passou a dirigir os seus interesses aos círculos ártico e antártico com a finalidade de aproveitamento futuro dessas regiões desérticas e geladas da Terra, tendo em vista, inclusive, o seu aspecto estratégico nas questões relacionadas à defesa e à segurança do Estado. 10 Percebe-se que, no caso das zonas polares, o interesse primário foi bastante justo, tendo as questões principais sido emanadas por cientistas e navegadores, preocupados com questões científicas, ambientais e de navegação. Tais estudos são importantes para toda a sociedade, pois nos fazem compreender melhor nosso planeta, buscar soluções para possíveis problemas, bem como para proporcionar navegações seguras por essas áreas ainda não compreendidas em sua totalidade. Como é de praxe na história humana, os interesses mudaram. Foi notado que as zonas polares poderiam ser usadas para benefício próprio por um ou outro Estado. Seja economicamente ou com intenções militares, o polo ártico e o antártico ficaram diferentes aos olhos das nações. Atitudes precisavam ser tomadas, pelo menos para tentar controlar a ânsia de controle dessas zonas por alguns Estados. Nesse sentido, o Tratado da Antártica, que data de 1959 e do qual o Brasil é signatário, determinou que esse continente gelado pode ser usado apenas para fins pacíficos, como em pesquisas científicas. Promove a não utilização de qualquer equipamento militar, a não ser para garantir tais interesses científicos ou outra finalidade pacífica. Bases científicas são instaladas por muitos países, como o nosso, mas sempre comprometidas com os termos do tratado. Atualmente, a exploração do Ártico tem se mostrado cada vez forte. O Portal Terra apresentou reportagem na qual traz alerta de ambientalistas e nativos sobre sua exploração: 10 RUSSOMANO apud MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 7 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013, p. 797.

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