II SEMINÁRIO DE MATRIZ ENERGÉTICA Perspectivas e desafios à produção e exportação de Biocombustíveis
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- Cecília Marroquim Carneiro
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1 II SEMINÁRIO DE MATRIZ ENERGÉTICA Perspectivas e desafios à produção e exportação de Biocombustíveis Ricardo de Gusmão Dornelles Diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis 29 de Maio de 2012
2 Bioenergia Marco Regulatório e Políticas Públicas para o Etanol e Biodiesel (Zoneamento Agro-ecológico e Selo Combustível Social) Necessidades recentes de importação de etanol pelo Brasil A expansão prevista para o mercado de biocombustíveis no Brasil Cooperação internacional em bioenergia Novos usos em outros setores (P&D)
3 Política e Marco Regulatório A Política Energética nacional elenca como um dos seus objetivos: aumentar a participação dos biocombustíveis na matriz energética. Os principais pontos do marco regulatório vigente incluem: Mistura obrigatória: etanol (E18-25) e biodiesel (B5). Diferenciação tributária para os tributos federais incidentes. Linha de crédito específica para financiamento a estocagem (concebido para equilibrar as condições de oferta na entressafra) Leilões públicos para abastecimento nacional de biodiesel. Fundos de pesquisa específicos (CT-Petro, criado em 1999 e CT-Energ, criado em 2000). Zoneamento agro-ecológico que orienta e garante que a produção de matérias primas se dará apenas em áreas consideradas aptas do ponto de vista ambiental. O Governo Federal concluiu o zoneamento para a cana-de-açúcar (2009) e palma (2010).
4 Recentes Alterações para os Biocombustíveis Os biocombustíveis passaram a ser tratados como combustíveis e não apenas como um produto agrícola inserido na matriz energética. Esse entendimento é reforçado pela crescente utilização do etanol e do biodiesel, no Brasil e no mundo, o que demonstra o extraordinário papel dos biocombustíveis. Os biocombustíveis passaram a ter tratamento uniforme no âmbito da Política Energética Nacional. Isso inclui o etanol e o biodiesel, assim como qualquer outro biocombustível que, porventura, venha a ser produzido comercialmente no futuro. O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) possui, agora, atribuição para estabelecer diretrizes para a importação e exportação biocombustíveis, assim como já possui para os combustíveis derivados de petróleo, a exemplo da gasolina, do diesel e do querosene de aviação.
5 m³ Número de Famílias Ministério de Resultados do Selo Combustível Social US$ / Família Ano Níveis mais altos de renda auferida a partir da vigência do mandato de mistura confirmam a política. Produção Total de Biodiesel Fonte: MDA, MME (2011) Renda total das famílias por conta da produção de matérias primas para Biodiesel
6 milhões de ton milhões de ton Ministério de Necessidade de Importação de Etanol pelo Brasil Produção de Cana % milhões de m Produção de Etanol % N/NE C-SUL Brasil N/NE C-SUL Brasil Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/ Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/ Produção de Açúcar % N/NE C-SUL Brasil Redução da produção de cana-de-açúcar e seus derivados em decorrência de quebra de safra por razões climáticas e de redução de produtividade por diminuição da taxa de renovação dos canaviais pela agroindústria Safra 2008/2009 Safra 2009/2010 Safra 2010/2011 Safra 2011/2012
7 Necessidade de Importação de Etanol pelo Brasil Histórico de Importações de Etanol (milhões de litros) fev/ Histórico do Saldo: Exportações Importações Importação de etanol verificada em 2011 já ocorreu em níveis semelhantes no passado e evidencia caráter conjuntural da necessidade; Embora o Brasil tenha importado volumes expressivos de etanol em 2011, o saldo de exportações foi positivo para o ano; Espera-se saldo positivo para o ano de 2012; Mesmo com restrições na oferta, o Brasil não restringiu as exportações de etanol em 2011.
8 milhões de m³ Expansão Prevista para o Mercado de Biocombustíveis (Brasil) 20,6 Números fechados para ,0 63 bilhões de litros em Mercado Interno segue sendo o principal vetor de expansão 2. PDE 2021 apresentará correções no curto prazo 3. Governo espera, com as medidas adotadas, a retomada dos investimentos no setor que atendam aos níveis de mercado anteriormente projetados para o final do período decenal
9 Área para Cana-de-Açúcar: Projeção 12 milhões de hectares em 2020
10 Infraestrutura de Escoamento: Etanol TRECHO LICENCIADO SISTEMA LOGÍSTICO DE ETANOL GO - MG - SP Início de Obra: novembro/2010 Início de Operação: Ribeirão Preto/REPLAN: Mar/13; Uberaba/Ribeirão Preto: Out/13; Itumbiara/Uberaba: dez/14; REPLAN/REVAP: abr/15; Jataí/Quirinópolis/Itumbiara: out/16; REVAP/Caraguatatuba: out/16. Conclusão de Obra: out/16 TRECHO AINDA NÃO LICENCIADO TRECHO EXISTENTE HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ TERMINAIS, DUTO E EMBARCAÇÕES Início de Obra: Comboios out/2012 e Centros Coletores e Duto Anhembí-Paulínea: out/2012 Início de Operação: Primeiro comboio out/2013; Duto, Centro Coletores Anhembí e Araçatuba: out/2013; Centros Coletores Pres. Epitácio e Aparecida do Taboado: out/14 Conclusão de Obra: Último comboio out/2015 e Centros Coletores Pres. Epitácio Pessoa e Aparecida do Taboado out/2014
11 Novos Usos em Outros Setores (P&D) O BNDES lançou o PAISS (Programa Conjunto de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico), Foram selecionadas de 25 empresas, que submeteram 35 planos de negócios, os quais poderão gerar investimentos de cerca de R$ 3 bilhões. O PAISS fomenta a pesquisa e o desenvolvimento do etanol celulósico. Se viabilizado economicamente, o etanol celulósico poderá aumentar a produtividade do setor em mais de 40%. Dentre as entidades que estudam os processos de produção de etanol a partir de lignocelulose no país, destacam-se: CENPES-Petrobras; CTBE; Centro de Tecnologia Canavieira CTC; Embrapa Agroenergia; Dedini S/A Indústrias de Base.
12 Bioplásticos no Horizonte Decenal Em 2011, a demanda por etanol não-carburante foi de 1,1 bilhões de litros. Estima-se que esta demanda de etanol não-carburante alcançará 3,5 bilhões de litros em 2020 (PDE 2020). Taxa de crescimento de 14%. Este crescimento se dará em função da expansão da alcoolquímica.
13 Política para o Biodiesel A política de mistura obrigatória de B5 é o incentivo mais importante e é garantido por meio de leilões públicos trimestrais para abastecimento nacional A política tributária diferencia a região do país na qual o biodiesel é produzido e também o tipo de agricultura que fornece a matéria prima. Para as regiões Norte e Nordeste o desconto é de 15%; Selo Combustível Social é o mecanismo que tem por objetivo estimular o desenvolvimento da agricultura familiar para incluir a sua produção na cadeia produtiva do biodiesel. O Selo proporciona redução da tributação nas hipóteses: 1) Agricultura Familiar: desconto de 61%; 2) Agricultura Familiar no Norte ou Nordeste: desconto de 100%. O produtor de biodiesel que tem o Selo pode participar no leilão de biodiesel competindo nos lotes que compõem 80% do volume total. Os 20% remanescentes são abertos a todos os produtores com ou sem Selo; O Governo Federal está estudando uma revisão do Programa de Biodiesel para induzir a diversificação das matérias primas (palma, jatrofa etc.).
14 Projeção da Demanda de Biodiesel 12 milhões de hectares em 2020
15 Disponibilidade de Soja no Brasil Cenário B5 até 2020 Fonte: Elaboração MME com base me dados oficiais do MAPA, MME/PDE 2020 e MDIC.
16 E com B20? Cenário B20 até 2020 Fonte: Elaboração MME com base me dados oficiais do MAPA, MME/PDE 2020 e MDIC.
17 Considerações Finais As alterações no marco regulatório para os biocombustíveis no Brasil foram implementadas para privilegiar o caráter energético dos biocombustíveis, ampliando competências da Agência Reguladora que passa a atuar em toda a cadeia de produção e comercialização. Mesmo com a recente restrição na oferta de etanol, o Brasil não restringiu as exportações do produto. O Brasil defende a comoditização do etanol. Existem oportunidades de investimento no Brasil para a expansão da produção de bioenergia, tanto em novas unidades quanto em infraestrutura. A cooperação internacional reveste-se de grande importância para o Brasil porque o país defende os biocombustíveis como vetor para o desenvolvimento em países com baixo acesso à energia.
18 OBRIGADO Departamento de Combustíveis Renováveis - DCR Ministério de dcr@mme.gov.br
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