UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Marcella Vasconcellos Bacellar A FIGURA DO ADMINISTRADOR JUDICIAL NOS FEITOS FALIMENTARES

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Marcella Vasconcellos Bacellar A FIGURA DO ADMINISTRADOR JUDICIAL NOS FEITOS FALIMENTARES CURITIBA 2012

2 A FIGURA DO ADMINISTRADOR JUDICIAL NOS FEITOS FALIMENTARES CURITIBA 2012

3 Marcella Vasconcellos Bacellar A FIGURA DO ADMINISTRADOR JUDICIAL NOS FEITOS FALIMENTARES Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Direito. Orientador: Prof. Dr. António Claudio de Figueiredo Demeterco. CURITIBA 2012

4 TERMO DE APROVAÇÃO Marcella Vasconcellos Bacellar A FIGURA DO ADMINISTRADOR JUDICIAL NOS FEITOS FALIMENTARES Esta monografia foi julgada e aprovada para obtenção do título de Bacharel em Direito no Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Prof. Dr. Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografia Orientador Prof. Dr. António Cláudio de Figueiredo Demeterco Universidade Tuiuti do Paraná Prof. Dr. Universidade Tuiuti do Paraná Prof. Dr. Universidade Tuiuti do Paraná

5 Dedico ao meu pai, mestre na minha vida e profissão.

6 Se hoje estou aqui, devo agradecer a várias pessoas que sempre me ajudaram, sem as quais a vida seria muito ruim, mais difícil, ou mesmo mais sem graça. À minha mãe, por tantas razões, mas principalmente porque sem ela eu não estaria onde estou. Ao meu pai, meu mestre, sem o qual nada seria, nem sequer saberia a respeito do que eu escreverei, meu grande exemplo como profissional e ser humano que é. À minha avó Gema, pelo grande exemplo que sempre foi para mim. Ao meu orientador, Antônio Cláudio de Figueiredo Demeterco, pela orientação do presente trabalho, bem como pela amizade e apoio no momento em que precisei. À minha grande amiga Valdirene Oliveira, por sempre acreditar em mim mesmo quando nem eu mesma acredito. E por sempre saber fazer as coisas melhorarem quando estão ruins. À Sabrina de Mara Pereira da Costa (in memorian), que tanto me ensinou sobre a vida, me ajudando sempre que eu precisava, e que com certeza continua fazendo o mesmo aonde estiver. Ao meu amigo André Maximino de Moraes, pelo grande apoio que me deu este ano, e pelo incentivo que ainda vem me dando nesta etapa da faculdade. Aos grandes professores que e colegas que passaram pela minha vida universitária, por terem dividido seu conhecimento. Enfim, agradeço a Deus pela minha vida e por tudo que tenho, e ao Espírito Santo, sempre iluminando minha mente.

7 RESUMO O presente estudo tem como objeto o administrador judicial na falência das empresas, já que esta hoje é regulamentada por uma nova Lei (Lei nº /2005). Discorre sobre o administrador judicial, arrolando seu conceito, requisitos para nomeação, funções, responsabilidade pessoal. A responsabilidade de tal figura deve ser estudada em razão da aplicação errônea por alguns operadores do direiro, os quais têm responsabilizado o administrador judicial por atos praticados anteriormente à data da falência da empresa. Porém o estudo é principalmente voltado para as formas de extinção do munus ao administrador judicial atribuído. Através de um estudo aprofundado em doutrina e jurisprudência específicos sobre o Direito Falimentar, verificar-se-ão as hipóteses e os efeitos da renúncia, substituição e destituição do administrador judicial. A substituição ocorrerá em determinadas hipóteses previstas em Lei, em cuja aplicação somente produzirá efeitos no processo em que foi aplicada. Já nos casos previstos em Lei que podem acarretar a destituição, se esta for aplicada, caracteriza a perda da idoneidade do administrador, requisito para sua nomeação, provocando a perda do munus em todos os processos em que atua como tal. Trata-se de estudo de grande relevância atualmente já que no momento da aplicação de tais institutos nos casos práticos. Palavras-chave: Direito falimentar; administrador judicial; responsabilidade; idoneidade; renúncia; substituição; destituição

8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO CONSIDERAÇÕES ACERCA DA FALÊNCIA DO EMPRESÁRIO OU DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA DECRETO-LEI Nº DE 21 DE JUNHO DE LEI Nº DE 9 DE FEVEREIDO DE O ADMINISTRADOR JUDICIAL NA FALÊNCIA DA EMPRESA CONCEITO REQUISITOS PARA A NOMEAÇÃO IDONEIDADE ADVOGADO, ECONOMISTA, ADMINISTRADOR DE EMPRESAS, CONTADOR OU PESSOA JURÍDICA ESPECIALIZADA NOMEAÇÃO DE ADVOGADO DIREITOS E DEVERES DO ADMINISTRADOR JUDICIAL NA FALÊNCIA DA EMPRESA RESPONSABILIDADE PESSOAL DO ADMINISTRADOR JUDICIAL RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA RESPONSABILIDADE CIVIL RESPONSABILIDADE TRABALHISTA DA POSSE E DA EXTINÇÃO NO MUNUS POSSE RENÚNCIA SUBSTITUIÇÃO DESTITUIÇÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 39

9 9 1 INTRODUÇÃO O presente estudo possui como tema a figura do administrador judicial nos feitos falimentares enquanto inovação presente na Lei nº de 9 de fevereiro de 2005 (Nova Lei de Falências e Recuperação de Empresas). O diploma legal a regulamentar a matéria anteriormente ao da legislação atual era o Decreto-Lei nº de 21 de junho de 1945 (Lei de Falências e Concordatas). Em tal legislação não era possível encontrar a figura do administrador judicial, mas sim do comissário em caso de concordata, e do síndico nos casos de falência das empresas. Com toda a mudança na economia do País desde 1945, a percepção de que a Lei não surtia o resultado desejado, bem como a idealização de uma legislação cujo foco principal fosse a recuperação das empresas em crise, assim cumprindo a função social da empresa, houve a necessidade da criação de um novo diploma legal regulamentando a matéria. Com o advento da Lei nº de 9 de fevereiro de 2005, tanto na recuperação judicial quanto na falência, deverá ser nomeado um administrador judicial a fim de zelar pela administração da empresa ou pelo patrimônio da massa, tendo em vista sua recuperação total ou pagamento dos credores. A Nova Lei trouxe, ainda, alterações no processamento da recuperação judicial e da falência, a possibilidade de uma recuperação extrajudicial da empresa, bem como diversas alterações sobre direitos e deveres do administrador judicial, antigo síndico no processo falimentar, e comissário, na concordata.

10 10 Sobre as principais alterações na Legislação Falimentar no que se refere ao administrador judicial, anteriormente denominado síndico, pontua 1 Fábio Ulhoa Coelho em seu livro Comentários à Nova Lei de Falências e de Recuperação de Empresas (Lei n , de ) : O síndico passa a chamar-se administrador judicial. Alteram-se os critérios de sua remuneração e define-se que ela é extraconcursal (será paga antes dos credores). A autonomia do administrador judicial é menor que a do síndico. A definição da forma pela qual será feita a realização do ativo (que, na lei anterior, cabia ao síndico) passa a ser atribuição do juiz. Cria-se novo órgão na falência (Comitê) e amplia-se a função da Assembléia dos Credores. Porém, o objeto do presente estudo não é apenas tratar das inovações trazidas pela nova Legislação, mas principalmente discorrer sobre institutos de ambos os diplomas legais, e, portanto, devendo ser exaustivamente estudados. Cumpre salientar ainda, que o presente trabalho pretende desenvolver o estudo da figura administrador judicial tão somente na falência da empresa, excluindo-se o que se refere à Recuperação da empresa. Na legislação de 1945, era atribuído ao maior credor o direito à nomeação como administrador judicial, aos principais credores da massa falida. E então, se os 3 (três) maiores credores não aceitassem o múnus, era escolhido um síndico, da confiança do juízo, preferencialmente comerciante. Entretanto, com o advento da nova Lei, tanto na recuperação da empresa quando na falência, deve ser nomeado um administrador judicial, exclusivamente da confiança do juízo, o qual deverá ser, preferencialmente, advogado, economista, administrador de empresas, ou pessoa jurídica especializada, cuja principal característica será a idoneidade, conforme preceitua a Nova Lei de Falências. 1 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Nova Lei de Falências e de Recuperação de Empresas (Lei n , de ). 6 Edição. Saraiva, P. XL

11 11 Preenchidos os requisitos supramencionados, a pessoa, seja ela física ou jurídica, estará apta a ser nomeada administradora judicial na recuperação ou falência da empresa, devendo exercer sua função nos moldes da legislação em vigência, sob pena de substituição ou destituição, cujas diferenças serão exaustivamente descritas no presente estudo. 2 CONSIDERAÇÕES ACERCA DA FALÊNCIA DO EMPRESÁRIO OU DA SOCIEDADE EMPRESÁRIA Cuida-se o Direito Falimentar do ramo do Direito Empresarial que regulamente a quebra, dos empresários e das sociedades empresárias insolventes, ou seja, incapazes de adimplir com suas obrigações perante credores. Segundo Gladston Mamede (2008), em razão da dimensão e especificidades da atividade empresarial, bem como a geração de amplo conjunto de relações jurídicas pelo exercício da empresa, fez-se necessária a criação de regime jurídico próprio que tratasse da insolvência empresária. Anteriormente esta ramificação abrangia a falência, bem como a concordata da empresa, seja ela preventiva ou suspensiva. Atualmente, a Lei nº de 9 de fevereiro de 2005 estatuiu a Falência e a Recuperação da empresa, seja esta judicial ou extrajudicial. A Falência, por si só, segundo o Dicionário Aurélio, pode ser: falência. S. f. 1. Ato ou efeito de falir; quebra. 2. V. falecimento (2). 3. falha 1 (3). 4. Jur. Execução coletiva do devedor comerciante, à qual concorrem todos os credores, e que tem por fim arrecadar o patrimônio disponível, verificar os créditos, solver o passivo e liquidar o ativo, mediante rateio, observadas as preferências legais. (grifo do autor)

12 12 Trata-se a falência, portanto, do regime jurídico para a insolvência do empresário ou sociedade empresária, quando da total inviabilidade de adimplemento de suas obrigações para com credores, observados os requisitos previstos na legislação falimentar, os quais serão estudados a seguir. 2.1 DECRETO-LEI N DE 21 DE JUNHO DE 1945 A Lei de Falências e Concordatas considerava sujeitos à mesma os comerciantes que não pagavam suas obrigações liquidas no vencimento, fundadas em títulos executivos, ou como obrigações provadas por contas extraídas dos livros comerciais, seguindo algumas condições. A falência da empresa, de acordo com a mesma lei, poderia ser decretada a requerimento dos credores, mesmo que um a um, pelo próprio comerciante, pelo rol previsto no artigo 9ª do mesmo diploma legal 2, ou através da conversão da concordata em falência. Declarada a falência da empresa, segundo o artigo 60 da mesma lei, o juiz deve nomear um síndico responsável pela administração, o qual deveria estar entre os maiores credores da massa falida residentes ou domiciliados no foro da falência, de reconhecida idoneidade moral e financeira, ressalvados as pessoas constantes no rol previsto no parágrafo 3º do mesmo artigo 3. 2 Art. 9º A falência pode também ser requerida: I - pelo cônjuge sobrevivente, pelos herdeiros do devedor ou pelo inventariante, nos casos dos arts. 1º e 2º, nº I; II - pelo sócio, ainda que comanditário, exibindo o contrato social, e pelo acionista da sociedade por ações, apresentando as suas ações; III pelo credor, exibindo título do seu crédito, ainda que não vencido, observadas, conforme o caso, as seguintes condições: (...) 3 3 Não pode servir de síndico:

13 13 Em não sendo aceito tal encargo pelos maiores credores, após a terceira recusa, o juiz poderia nomear pessoa de sua confiança, idônea e de boa fama, preferencialmente comerciante, salvo aqueles que se enquadram no rol supramencionado. Tal diploma ainda não considerava a remuneração do síndico como extraconcursal, tendo este que entrar no rateio junto com os demais credores. Cumpre salientar que muitos juízes, em razão da complexidade do procedimento falimentar, bem como do benefício da comunidade de credores, já vinham aplicando tal preceito, sendo o síndico o primeiro a receber, e anteriormente ao rateio. A lei permitia, ainda, em seu artigo 64 4, que, o síndico da massa falida definisse a forma da realização do ativo, autonomia esta que, muito embora concedida por lei, muitos magistrados do juízo universal da falência já não respeitavam. O rol de deveres e atribuições do síndico, na referida Lei, encontra-se disposto em seu artigo 63, que são as seguintes: Art. 63. Cumpre ao síndico, além de outros deveres que a presente lei lhe impõe: a) dar a maior publicidade à sentença declaratória da falência e avisar, imediatamente, pelo órgão oficial, o lugar e hora em que, diàriamente, os credores terão à sua disposição os livros e papéis do falido e em que os interessados serão atendidos; b) receber a correspondência dirigida ao falido, abri-la em presença deste ou de pessoa por ele designada, fazendo I - o que tiver parentesco ou afinidade até o terceiro grau com o falido ou com os representantes da sociedade falida, ou deles for amigo, inimigo ou dependente; II - o cessionário de créditos, que o for desde três meses antes de requerida a falência; III - o que, tenha exercido cargo de síndico em outra falência, ou de comissário em concordata preventiva, foi destituído, ou deixar de prestar contas dentro dos prazos legais, ou havendo-as prestado, as teve julgadas más; IV - o que já houver sido nomeado pelo mesmo juiz síndico de outra falência há menos de um ano, sendo, em ambos os casos, pessoa estranha à falência; V - o que, há menos de seis meses, recusou igual cargo em falência de que era credor; 4 Art. 64. Iniciada a liquidação (art. 114 e seu parágrafo único), o síndico fica investido de plenos poderes para todos os atos e operações necessárias à realização do ativo e ao pagamento do passivo da falência, conforme o disposto no título VIII.

14 14 entrega daquela que se não referir a assunto de interesse da massa; c) arrecadar os bens e livros do falido e tê-los sob a sua guarda, conforme se dispõe no título IV, fazendo as necessárias averiguações, inclusive quanto aos contratos de locação do falido, para os efeitos do art. 44, n VII, e dos parágrafos do art. 116; d) recolher, em vinte e quatro horas, ao estabelecimento que for designado nos termos do art. 209, as quantias pertencentes à massa, e movimentá-las na forma do parágrafo único do mesmo artigo; e) designar, comunicando ao juiz, perito contador, para proceder ao exame da escrituração do falido, e ao qual caberá fornecer os extratos necessários à verificação dos créditos, bem como apresentar, em duas vias, o laudo do exame procedido na contabilidade; f) chamar avaliadores, oficiais onde houver, para avaliação dos bens, quando desta o síndico não possa desempenhar-se; g) escolher para os serviços de administração os auxiliares necessários, cujos salários serão prèviamente ajustados, mediante aprovação do juiz, atendendo-se aos trabalhos e à importância da massa; h) fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos interessados sobre a falência e administração da massa, e dar extratos dos livros do falido, para prova, nas verificações ou impugnações de crédito; os extratos merecerão fé, ficando salvo à parte prejudicada provar-lhes a inexatidão; i) exigir dos credores, e dos prepostos que serviram com o falido, quaisquer informações verbais ou por escrito; em caso de recusa, o juiz, a requerimento do síndico, mandará vir à sua presença essas pessoas, sob pena de desobediência, e as interrogará, tomando-se os depoimentos por escrito; j) preparar a verificação e classificação dos créditos, pela forma regulada no título VI; k) comunicar ao juiz, para os fins do art. 200, por petição levada a despacho nas vinte e quatro horas seguintes ao vencimento do prazo do artigo 14, parágrafo único, n V, o montante total dos créditos declarados; l) apresentar em cartório, no prazo marcado no art. 103, a exposição ali referida; m) representar ao juiz sobre a necessidade da venda de bens sujeitos a fácil deterioração ou de guarda dispendiosa; n) praticar todos os atos conservatórios de direitos e ações, diligenciar a cobrança de dívidas ativas e passar a respectiva quitação; o) remir penhores e objetos legalmente retidos, com autorização do juiz e em benefício da massa; p) representar a massa em juízo como autora, mesmo em processos penais, como ré ou como assistente, contratando, se necessário, advogado cujos honorários serão prèviamente ajustados e submetidos à aprovação do juiz; q) requerer todas as medidas e diligências que forem necessárias para completar e indenizar a massa ou em benefício da sua administração, dos interesses dos credores e do cumprimento das disposições desta lei; r) transigir sobre dívidas e negócios da massa, ouvindo o falido, se presente, e com licença do juiz; s) apresentar, depois da publicação do quadro geral de credores (art. 96, 2 ) e do despacho que decidir o inquérito judicial (art. 109 e 2 ), e no prazo de cinco dias contados da ocorrência que entre aquelas se verificar por último, relatório em que: s1) exporá os atos da administração da massa, justificando as medidas postas em prática; s2) dará o valor do passivo e o do ativo, analisando a natureza deste; s3) informará sobre as ações em que a massa seja interessada, inclusive pedidos de restituição e embargos de terceiro; s4) especificará os atos suscetíveis de revogação, indicando os fundamentos legais respectivos; t) promover a efetivação da garantia oferecida, no caso do parágrafo único do art. 181; u) apresentar, até o dia dez de cada mês seguinte ao vencido, sempre que haja recebimento ou pagamento, conta demonstrativa da administração que especifique com clareza a receita e a despesa; a conta, rubricada pelo juiz, será junta aos autos; v) entregar ao seu substituto, ou ao devedor concordatário, todos os bens da massa em seu poder, livros e assentos da sua administração, sob pena de prisão até sessenta dias. 5 5 Texto extraído do artigo 63, do Decreto-Lei nº de 21 de junho de 1945.

15 15 Além do rol acima transcrito, o síndico deveria, ainda, executar quaisquer outras atividades fundamentais inerentes ao exercício da sindicância. 2.2 LEI N DE 9 DE FEVEREIRO DE 2005 Sobre as principais mudanças trazidas pela nova legislação (Lei nº /2005) considera Fábio Ulhoa Coelho 6 : O síndico passa a chamar-se administrador judicial. Alteram-se os critérios de sua remuneração e define-se que ela é extraconcursal (será paga antes dos credores). A autonomia do administrador judicial é menor que a do síndico. A definição da forma pela qual será feita a realização do ativo (que, na lei anterior, cabia ao síndico) passa a ser atribuição do juiz. Cria-se novo órgão na falência (Comitê) e amplia-se a função da Assembléia dos Credores. No entanto, não é qualquer empresário ou sociedade empresária que estão sujeitos à Lei das Quebras. De acordo com o artigo 2º, incisos I e II da Nova Legislação falimentar, esta é inaplicável a empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como a instituições financeiras, sejam elas públicas ou privadas, cooperativas de crédito, consórcio, entidades de previdência complementar, operadoras de plano de saúde, seguradoras, sociedades de capitalização, dentre outras equiparadas às entidades anteriores. 7 3 O ADMINISTRADOR JUDICIAL NA FALÊNCIA DA EMPRESA Conforme acima exposto, novas figuras são criadas pela Lei nº de 9 de fevereiro de 2005, dentre elas o administrador judicial, anteriormente denominado 6 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Nova Lei de Falências e de Recuperação de Empresas (Lei n , de ). 6 Edição. Saraiva, P. XL 7 Art. 2º Esta Lei não se aplica a: I empresa pública e sociedade de economia mista; II instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.

16 16 síndico na falência, e comissário na concordata, doravante com a mesma denominação na falência, recuperação judicial e extrajudicial. Além desta mudança, o referido diploma legal altera ainda direitos e deveres, diminuindo ainda a autonomia de tal figura, conforme ensinamento do Ilustríssimo Jurista Fábio Ulhoa Coelho acima transcrito. Contudo o objeto do presente trabalho não é apenas o estudo de tais alterações legais, mas uma melhor compreensão de todos os direitos e deveres, das sanções em razão do não cumprimento destes, bem como da responsabilidade, ambos atribuídos ao administrador judicial a partir da decretação da falência da empresa pelo juiz. 3.1 CONCEITO Muito embora não haja revisão legal, em análise dos requisitos para sua nomeação, bem como da descrição suas funções, pode-se determinar o conceito de administrador judicial. Para Fábio Ulhoa Coelho 8, (...) administrador judicial (que pode ser pessoa física ou jurídica) é o agente auxiliar do juiz que, em nome próprio (portanto, com responsabilidade), deve cumprir com as funções cometidas pela lei. Além de auxiliar do juiz na administração da falência, o administrador judicial é também o representante da comunhão de interesses dos credores (massa falida subjetiva), na falência. (grifo do autor). O autor salienta ainda, que, apenas para fins penais, é considerado funcionário público. Para outros efeitos legais, trata-se de agente externo, de confiança pessoal e direta do juiz, e, portanto, colaborador da justiça. 8 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Nova Lei de Falências e de Recuperação de Empresas (Lei n , de ). 6 Edição. Saraiva, P. 57

17 17 Em contrapartida, 9 Frederico A. Monte Simionato, volta seu conceito para a recuperação da empresa, senão vejamos: O administrador não será apenas mais um síndico no processo, com finalidade liquidatária, atuando no interesse dos credores. Muito pelo contrário, o administrador é uma pessoa física ou jurídica (neste caso com propósito específico) que atuará na recuperação da empresa, com várias funções e deveres. E ainda, 10 Mamede pontua: A condução da falência e da recuperação judicial pressupõe a prática de trabalhosos atos de fiscalização, acompanhamento e gestão, cujo volume e complexidade, de per se, inviabilizam sua realização pelo próprio juiz. Para auxiliar o magistrado nesses atos, instituiu-se a figura do administrador judicial, (...). Para concluir, adotando conceito mais complexo descrito por Trajano de Miranda Valverde, trata-se do agente, também considerado órgão, auxiliar da justiça, agindo em nome e direito próprios, criado para proteger o interesse público, com a finalidade de executar os deveres impostos pela lei nos feitos falimentares. 3.2 REQUISITOS PARA A NOMEAÇÃO Considerando que o administrador judicial é o auxiliar do juízo responsável pela condução do processo falimentar ou de recuperação judicial, a fim de proteger o interesse público, a Lei, obviamente determina que o profissional preencha determinados requisitos. O Decreto Lei nº de 21 de junho de 1945, atribuía o direito a nomeação do encargo de síndico (na falência) ou de comissário (na concordata) aos maiores credores da massa falida ou concordatária. 9 SIMIONATO, Frederico Augusto Monte. Tratado de Direito Falimentar. 1. ed. Rio de Janeiro: Forense, p MAMEDE, Gladston. Direito Empresarial Brasileiro: falência e recuperação de empresas. 2 ed. São Paulo: Atlas, vol. 4, p. 66.

18 18 comenta que: Porém tal critério, segundo 11 Toledo, não gerou bons resultados. O autor o fato de ser titular de um crédito, mesmo de montante expressivo, não faz, por si só, que o credor esteja apto ao exercício de uma função com muitos encargos e responsabilidades, e nem tantas recompensas, como a do síndico, do comissário ou, hoje, do administrador judicial. Bem por isso, muitos dos credores, no sistema anterior, nomeados para essas funções, não as aceitavam. Desta forma, o administrador judicial deverá ser obrigatoriamente nomeado pelo juízo, e cuja característica principal seja a idoneidade, conforme prescreve o artigo 21 da Lei de Falências e Recuperação de Empresas 12. Tal artigo prescreve, ainda, que aquele deve ser preferencialmente advogado, economista, administrador de empresa, contador ou pessoa jurídica especializada, porém, nada impede que seja qualquer outra pessoa que se encaixe na qualificação exigida pela Lei IDONEIDADE Trata-se do principal requisito para a nomeação do administrador judicial. De acordo com o Dicionário Aurélio: idoneidade. S. f. Qualidade de idôneo (2); aptidão, capacidade, competência. idôneo. Adj. 1. Próprio para alguma coisa; conveniente, adequado. 2. Que tem condições para desempenhar certos cargos ou realizar certas obras. (grifo do autor). 11 TOLEDO, Paulo F.C. Salles de; ABRÃO, Carlos H. (coords.). Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e Falência. São Paulo:Editora Saraiva, 2005, p Art. 21. O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. Parágrafo único. Se o administrador judicial nomeado for pessoa jurídica, declarar-se-á, no termo de que trata o art. 33 desta Lei, o nome de profissional responsável pela condução do processo de falência ou de recuperação judicial, que não poderá ser substituído sem autorização do juiz.

19 19 Desta forma, o administrador judicial deve ter aptidão, capacidade, competência, ou seja, condições técnicas e experiência para o exercício de suas funções. A idoneidade, ainda, deve ser moral. O profissional deve ser digno da confiança do juiz, com histórico de respeito à ética, pois esta é fundamental para o exercício de suas funções. A Lei de Falências e Concordata, em seu artigo 60, trazia os termos idoneidade moral e financeira como requisito para a nomeação do síndico ou do comissário. Porém a nova legislação se refere apenas ao binômio profissional idôneo, não mais citando a idoneidade financeira. Segundo 13 Mamede, a idoneidade à que se refere o artigo 21 da nova Lei, é apenas a idoneidade profissional, excluindo-se a financeira. Após analisar o significado do referido termo, o autor ainda considera: (...) Portanto, idoneidade profissional, como posa pela norma estudada, é capacidade e adequação profissional, conveniência e suficiência para o seu desempenho, apropriação e merecimento. Essa constatação leva, de imediato, à exclusão da idoneidade financeira, outrora listada no artigo 60 do Decreto-lei 7.661/45, já que tal qualificação não torna a pessoa mais capaz, adequada ou merecedora para o desempenho da administração judicial;(...) Ao contrário considera 14 Toledo o qual considera que a idoneidade deve ser moral e financeira, argumentando da seguinte maneira: (...) Trata-se de função de confiança, em que se administram valores e bens muitas vezes de grande vulto, e são múltiplos os interesses envolvidos. O respeito à ética é, pois, fundamental. Além disso, pode o administrador ser chamado a responder por seus atos, o que torna exigível também o requisito da idoneidade financeira. (...) 13 MAMEDE, Gladston. Direito Empresarial Brasileiro: falência e recuperação de empresas. 2 ed. São Paulo: Atlas, vol. 4, p TOLEDO, Paulo F.C. Salles de; ABRÃO, Carlos H. (coords.). Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e Falência. São Paulo:Editora Saraiva, 2009, p.55

20 20 Com grande respeito à fundamentação de Mamede, esta não deve prosperar. A responsabilidade do administrador judicial é tamanha perante o patrimônio da massa, que, em determinados casos em especial, poderá responder com seu patrimônio pessoal. Não havendo aptidão, capacidade, conveniência, suficiência financeira, não mais poderá se falar em responsabilização pessoal do administrador judicial quando da falta de zelo acarretar em prejuízo para a massa, e, conseqüentemente para seus credores ADVOGADO, ECONOMISTA, ADMINISTRADOR DE EMPRESAS, CONTADOR OU PESSOA JURÍDICA ESPECIALIZADA Vencido o requisito da idoneidade para a nomeação do administrador judicial, o artigo 21 da Lei de Recuperação de Empresas e Falência prescreve ainda, que este deve ser preferencialmente de determinadas classes profissionais. Segundo Mamede (2008), o Decreto-Lei nº de 1945 deu preferência por comerciantes, os quais estariam entre os maiores credores da massa falida. Porém, a nova legislação excluiu aqueles para a obtenção do múnus de administrador judicial, restando apenas os profissionais nomeados pelo juízo, deste modo, da confiança do mesmo. Mamede (2008) considera ainda, que a nomeação dos profissionais daquelas áreas específicas não é obrigatória, porém deve ser consideradas com mais rigor pelo magistrado em razão da economia processual.

21 NOMEAÇÃO DE ADVOGADO Trata-se de uma das classes das quais a Lei determina a preferência para a nomeação do administrador judicial. Coelho (2009) considera que o advogado não seria da categoria profissional mais indicada para o exercício da administração judicial, 15 visto que muitas das atribuições do administrador judicial dependem, para seu bom desempenho, mais de conhecimentos ou experiência na administração de empresas do que jurídicos. Já 16 Mamede defende a nomeação de advogado, exemplificando o caso das empresas de pequeno porte, senão vejamos: Na falência de empresa de pequeno porte, a nomeação de um advogado para desempenhar a função de síndico oferece a grande vantagem de permitir a cumulação da representação civil da massa falida com a sua representação processual (em situação análoga à advocacia em causa própria), dispensando a contratação de advogado para auxiliar o administrador, o que pode elevar as despesas da massa, créditos extraconcursais que são, segundo previsão do artigo 84, I, da Lei /05. Trata-se de uma vantagem que não pode ser desconsiderada pelo Judiciário, a quem cumpre a preservação de todos os direitos e interesses que se enfeixam no juízo universal. (2008, p. 71). Já Simionato (2008) considera que o administrador judicial deva entender de balanços, situação macroeconômica da empresa, atuando dentro do mundo empresarial, a fim de que a recuperação seja realmente viável. Para concluir, seja advogado, administrador de empresas, economista, ou contador, ambos deverão ser especialistas no direito falimentar, como a legislação dispõe expressamente nos casos de pessoa jurídica. 15 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Nova Lei de Falências e de Recuperação de Empresas (Lei n , de ). 6 Edição. Saraiva, p MAMEDE, Gladston. Direito Empresarial Brasileiro: falência e recuperação de empresas. 2 ed. São Paulo: Atlas, vol. 4, p. 71.

22 DIREITOS E DEVERES DO ADMINISTRADOR JUDICIAL NA FALÊNCIA DA EMPRESA A Nova Lei de Recuperação de Empresas e Falência, em seu artigo 22, determina um rol de deveres do administrador judicial, bem como atos a ele vedados ou condicionados, além de outros impostos pela mesma, ou para o melhor desempenho de suas funções, senão vejamos: I na recuperação judicial e na falência: a) enviar correspondência aos credores constantes na relação de que trata o inciso III do caput do art. 51, o inciso III do caput do art. 99 ou o inciso II do caput do art. 105 desta Lei, comunicando a data do pedido de recuperação judicial ou da decretação da falência, a natureza, o valor e a classificação dada ao crédito; b) fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos credores interessados; c) dar extratos dos livros do devedor, que merecerão fé de ofício, a fim de servirem de fundamento nas habilitações e impugnações de créditos; d) exigir dos credores, do devedor ou seus administradores quaisquer informações; e) elaborar a relação de credores de que trata o 2 o do art. 7 o desta Lei; f) consolidar o quadro-geral de credores nos termos do art. 18 desta Lei; g) requerer ao juiz convocação da assembléia-geral de credores nos casos previstos nesta Lei ou quando entender necessária sua ouvida para a tomada de decisões; h) contratar, mediante autorização judicial, profissionais ou empresas especializadas para, quando necessário, auxiliá-lo no exercício de suas funções; i) manifestar-se nos casos previstos nesta Lei; 17 III na falência a) avisar, pelo órgão oficial, o lugar e hora em que, diariamente, os credores terão à sua disposição os livros e documentos do falido; b) examinar a escrituração do devedor; c) relacionar os processos e assumir a representação judicial da massa falida; d) receber e abrir a correspondência dirigida ao devedor, entregando a ele o que não for assunto de interesse da massa; e) apresentar, no prazo de 40 (quarenta) dias, contado da assinatura do termo de compromisso, prorrogável por igual período, relatório sobre as causas e circunstâncias que conduziram à situação de falência, no qual apontará a responsabilidade civil e penal dos envolvidos, observado o disposto no art. 186 desta Lei; f) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de arrecadação, nos termos dos arts. 108 e 110 desta Lei; g) avaliar os bens arrecadados; h) contratar avaliadores, de preferência oficiais, mediante autorização judicial, para a avaliação dos bens caso entenda não ter condições técnicas para a tarefa; i) praticar os atos necessários à realização do ativo e ao pagamento dos credores; j) requerer ao juiz a venda antecipada de bens perecíveis, deterioráveis ou sujeitos a considerável desvalorização ou de conservação arriscada ou dispendiosa, nos termos do art. 113 desta Lei; l) praticar todos os atos conservatórios de direitos e ações, diligenciar a cobrança de dívidas e dar a respectiva quitação; m) remir, em benefício da massa e mediante autorização judicial, bens apenhados, penhorados ou legalmente retidos; n) representar a massa falida em juízo, contratando, se necessário, advogado, cujos honorários serão previamente ajustados e aprovados pelo Comitê de Credores; o) requerer todas as medidas e diligências que forem necessárias para o 17 Texto extraído do artigo 22, inciso I, da Lei nº de 9 de fevereiro de 2005.

23 23 cumprimento desta Lei, a proteção da massa ou a eficiência da administração; p) apresentar ao juiz para juntada aos autos, até o 10 o (décimo) dia do mês seguinte ao vencido, conta demonstrativa da administração, que especifique com clareza a receita e a despesa; q) entregar ao seu substituto todos os bens e documentos da massa em seu poder, sob pena de responsabilidade; r) prestar contas ao final do processo, quando for substituído, destituído ou renunciar ao cargo. 18 Um dos principais deveres, acima arrolados, é a prestação de contas, a qual, não sendo apresentada, poderá dar causa à responsabilização civil, bem como a destituição do administrador judicial, assunto este que será exaustivamente estudado a frente. Cumpre salientar ainda, que, além das atribuições acima transcritas, durante o processo falimentar costumam surgir outros deveres fundamentais para o bom cumprimento da administração judicial. Ao se tratar de direitos e deveres do administrador judicial, deve-se dar ênfase ao Artigo 84 da Lei de 2005, o qual, em seu primeiro inciso, considera as remunerações devidas ao administrador judicial como créditos extraconcursais, ou seja, segundo 19 Toledo (2009) crédito não sujeito à regra do concurso, dotado de superprivilégio na ordem de recebimento, por ter hierarquia primacial na categoria dos credores. Tal remuneração se encontra no artigo 24 da referida Lei, sendo que o juiz determinará o valor, observando determinados requisitos, incluindo-se a forma de pagamento, o qual não deverá ultrapassar 5% (cinco por cento) do valor da venda do patrimônio da massa, conforme preceitua o 1º da Nova Lei. 18 Texto extraído do artigo 22, inciso III, da Lei nº de 9 de fevereiro de TOLEDO, Paulo F.C. Salles de; ABRÃO, Carlos H. (coords.). Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e Falência. São Paulo: Editora Saraiva, 2009, p.259 TOLEDO, Paulo F.C. Salles de; ABRÃO, Carlos H. (coords.). Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e Falência. São Paulo: Editora Saraiva, 2009, p.71

24 24 Ainda que o valor seja parcelado, será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao administrador judicial, o qual será pago somente após atendimento ao previsto nos artigos 154 e 155 desta Lei, que são, a prestação de contas e o relatório final, respectivamente, conforme preceitua o 2º do mesmo diploma legal. Pelo que, vale transcrever o teor deste artigo no que se refere ao assunto acima estudado: Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. 1 o Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não excederá 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial ou do valor de venda dos bens na falência. 2 o Será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao administrador judicial para pagamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155 desta Lei. Sobre o tema, no Decreto-Lei nº de 1945, em seus artigos 67 e 170, que previa remuneração entre 2% (dois por cento) a 6% (seis por cento), calculada sobre o produto dos bens da massa, vendidos ou liquidados pelo síndico. Resta importante ressaltar considerações Araújo (2009), que considera: O valor arbitrado pelo sistema do art. 67 e pelo art. 170 da LF/45 não permitia o parcelamento no pagamento. Cumprida a concordata ou a falência, após a prestação de contas e a apresentação do relatório, o comissário ou o síndico recebiam num único pagamento. O administrador judicial da falência da nova lei também tem direito a uma remuneração por seu trabalho, observando-se a diligência demonstrada por ele no desempenho das funções, o grau de complexidade do trabalho e a importância da massa. Entenda-se por importância da massa o valor do passivo, isto é, o montante dos créditos habilitados. Releva salientar, também, que na falência do direito anterior o máximo que o síndico percebia como remuneração era 6%, quando o passivo era baixo. O art. 24, 1º, desta lei estipulou o máximo de 5% do passivo, sem adotar o percentual do art. 67 da LF/45 (2008, p. 71). Desta forma. Conclui-se que além do percentual a ser recebido, a remuneração não obedecerá ao concurso de credores previsto no artigo 83 da Lei

25 /2005, bem como poderá tal valor vir a ser parcelado, e não pago em uma única oportunidade, qual seja, após a prestação de contas e do relatório final, como era feito na vigência do Decreto-Lei 7.661/ RESPONSABILIDADE PESSOAL DO ADMINISTRADOR JUDICIAL 4.1 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA A responsabilidade tributária do administrador judicial está prevista no artigo 134, inciso V, 135, inciso I, e 137, inciso III, alínea a do Código Tributário Nacional. O artigo 134 refere-se à responsabilidade solidária do síndico e do comissário devidos pela massa falida ou pelo concordatário. Entende-se que, apesar do referido artigo prescrever a antiga denominação do Decreto-Lei 7.661/1945, estende-se a interpretação também para o administrador judicial, na falência e na recuperação judicial. Porém, para que haja a responsabilização é necessário que este intervenha ou seja omisso pelas obrigações principais de que sejam responsáveis, senão vejamos: Art Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: (...) V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. O Código Tributário Nacional considera também, em seu artigo 135, inciso I, que o administrador judicial é pessoalmente responsável por créditos e obrigações

26 26 tributárias quando decorrentes de atos praticados com excesso de poderes ou infração legal. Art São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; Ainda, no mesmo diploma legal, no artigo 137, inciso III, alínea a, considera-se pessoal a responsabilidade do administrador judicial, quanto à infrações decorridas direta e exclusivamente de dolo específico, abaixo transcrito: Art A responsabilidade é pessoal ao agente: (...) III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem; Desta forma, conclui-se que o administrador judicial somente será responsabilizado pessoalmente no que concerte a obrigações tributárias, em casos peculiares, a serem analisados pelo juízo competente. 4.2 RESPONSABILIDADE CIVIL Conforme acima mencionado, um dos principais deveres do administrador judicial é a prestação de contas, a qual está prevista no artigo 22, inciso III da Lei de Falências e Recuperação de empresas. Tal figura deverá apresentar conta demonstrativa da administração, especificando, com clareza, as receitas e despesas da massa até o 10º (décimo) dia do mês seguinte ao vencido, abaixo transcrito: Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe: III na falência: p) apresentar ao juiz para juntada aos autos, até o 10 o (décimo) dia do mês seguinte ao vencido, conta demonstrativa da administração, que especifique com clareza a receita e a despesa;

27 27 Já o artigo seguinte da mesma Lei, prevê a penalidades previstas para a não apresentação da prestação de contas no prazo estabelecido. O administrador judicial será intimado pessoalmente para, no prazo de 5 (cinco) dias, apresenta-las, sob pena de desobediência, que acarretará na sua destituição. Assim que esta for procedida, o juiz nomeará substituto, o qual deverá explicitar as responsabilidades do seu antecessor, cujo teor do artigo abaixo transcreve-se: Art. 23. O administrador judicial que não apresentar, no prazo estabelecido, suas contas ou qualquer dos relatórios previstos nesta Lei será intimado pessoalmente a fazê-lo no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de desobediência. Parágrafo único. Decorrido o prazo do caput deste artigo, o juiz destituirá o administrador judicial e nomeará substituto para elaborar relatórios ou organizar as contas, explicitando as responsabilidades de seu antecessor. (sem grifo no original) Ao se referir à desobediência, a Lei estabelece um crime previsto no Código Penal, porém a doutrina considera um exagero, Toledo 20 considera: Seria essa a sanção adequada? O administrador não estaria, ao permanecer omisso, propriamente descumprindo uma ordem judicial, e sim um dever funcional. Lembre-se que desobediência é crime, tipificado no Código Penal, de modo que o reconhecimento do caráter delituoso da conduta deve preencher os estritos cânones jurídico-penais. Observa, a propósito, Magalhães Noronha que, para configurar-se o crime, é preciso que a ordem recebida não se refira a funções do sujeito ativo, pois em tal hipótese o delito será o do art. 319 do Código Penal (prevaricação). Para que este ocorra, cabe acrescentar, impõe-se que o agente tenha pretendido satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Assim, a omissão do administrador judicial, do ponto de vista penal, seria mais bem qualificada, evidentemente, se presentes todos os elementos do tipo, como prevaricação, e não obediência. (2009, p. 70/71) Considera, ainda, o autor, no que se refere à destituição, que esta será esta a sanção cabível para a não prestação de contas. 20 TOLEDO, Paulo F.C. Salles de; ABRÃO, Carlos H. (coords.). Comentários à Lei de Recuperação de Empresas e Falência. São Paulo: Editora Saraiva, 2009, p.71

28 28 A respeito, ainda, da prestação de contas, cumpre salientar o artigo 154 da legislação falimentar atual, a qual possui a seguinte redação: Art Concluída a realização de todo o ativo, e distribuído o produto entre os credores, o administrador judicial apresentará suas contas ao juiz no prazo de 30 (trinta) dias. 5 o A sentença que rejeitar as contas do administrador judicial fixará suas responsabilidades, poderá determinar a indisponibilidade ou o seqüestro de bens e servirá como título executivo para indenização da massa. Desta forma, rejeitadas as contas do administrador judicial, o juiz deverá fixar suas responsabilidades, podendo determinar até a indisponibilidade ou o sequestro de bens, que servirá como título executivo para a indenização da massa falida. O administrador responderá, ainda, pelos prejuízos causados à massa, ao devedor, ou aos credores quando agir por dolo ou culpa, salvo se na deliberação do comitê, conforme preceitua o artigo 32 da Lei de Falências e Recuperação de Empresas, o dissidente consignar sua concordância em ata, para eximir-se da responsabilidade, senão vejamos: Art. 32. O administrador judicial e os membros do Comitê responderão pelos prejuízos causados à massa falida, ao devedor ou aos credores por dolo ou culpa, devendo o dissidente em deliberação do Comitê consignar sua discordância em ata para eximir-se da responsabilidade. Sobre o tema, considera 21 Coelho que O administrador judicial e o membro do comitê respondem civilmente por má administração ou infração à Lei. Portanto, grande é a responsabilidade civil do administrador judicial por danos causados à massa, motivo pelo qual defendeu-se, no presente estudo, a idoneidade financeira da figura analisada, pois, na falta de patrimônio do mesmo, não seria possível a reparação de danos causados à massa falida. 21 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Nova Lei de Falências e de Recuperação de Empresas (Lei n , de ). 6 Edição. Saraiva, p. 81.

29 RESPONSABILIDADE TRABALHISTA O administrador judicial, somente será responsabilizado pelos créditos trabalhistas da massa falida quanto esta estiver em continuidade de negócios, nas hipóteses referidas no tópico 4.2 deste trabalho, que trata da responsabilidade civil do mesmo. Cumpre salientar que só será responsabilizado em tais hipóteses se o ativo da massa não bastar para o pagamento dos créditos de natureza trabalhista. 5 DA POSSE E DA EXTINÇÃO DO MUNUS 5.1 POSSE A Posse do administrador judicial é regulamentada no artigo 33 da Nova Lei de Falências e Recuperação de Empresas. Tal artigo prescreve que o administrador judicial, bem como o Comitê de Credores, assim que intimados pessoalmente, possuem o prazo de 48 (quarenta e oito) horas para assinar o termo de compromisso de bem e fielmente desempenhar as funções do cargo, assumindo todas as responsabilidades a ele inerentes, na sede do juízo. Trata-se, para 22 Coelho (2009) da formalidade para a investidura do administrador judicial, considerando, ainda, que o nomeado, ao assinar o termo de compromisso, manifesta sua concordância em assumir as obrigações e responsabilidades ligadas à função em que está sendo investido. Não sendo assinado o termo de compromisso no referido prazo, o juiz designará outro administrador judicial. Sobre o tema, Coelho: 22 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Nova Lei de Falências e de Recuperação de Empresas (Lei n , de ). 6 Edição. Saraiva, p. 84.

30 30 A Lei estabelece o prazo de 48 horas (contadas da juntada aos autos do mandado de intimação pessoal cumprido) para que o nomeado ou eleito manifeste sua concordância em assumir a função mediante a assinatura do compromisso em juízo. O descumprimento do prazo implica a ineficácia da nomeação ou da eleição. Desse modo, não cumprido o prazo pelo administrador judicial, o juiz nomeia outro para substituí-lo. (2009, p. 84) E ainda considera: Na aplicação desse preceito, deve o juiz ser tolerante. Se a inobservância do prazo deu-se por motivos justificáveis, inclusive desconhecimento dos efeitos da omissão, é o caso de se relevar a falta. É melhor para todos e para o bom andamento do processo a assinatura extemporânea em vez de outra omissão. (2009, p. 84) Portanto, a Nova Lei aumentou o prazo para a prestação de compromisso. Na Lei de Falências e Concordatas o síndico possuía 24 (vinte e quatro) horas para tanto, sob pena de substituição, conforme prescrevia o 23 artigo 65 do mesmo diploma legal. 5.2 RENÚNCIA A renúncia do administrador no decorrer do processo de falência ocorre quando este, por algum motivo, renuncia as funções que lhe foram atribuídas, ou seja, por algum motivo, seja pessoal, ou que não desejasse mais administrar a falência que lhe foi incumbida. Em caso de renúncia do síndico, no Decreto-Lei 7.661/1945, expressava a possibilidade da renúncia em seu artigo 65, supramencionado, porém, ao síndico 23 Art. 65. Se o síndico não assinar o termo de compromisso dentro de 24 (vinte e quatro) horas após a sua intimação, não aceitar o cargo, renunciar, falecer, for declarado interdito, incorrer em falência ou pedir concordata preventiva, o juiz designará substituto.

31 31 renunciante, não caberia remuneração, nos termos do parágrafo 4º do artigo 67 do mesmo diploma legal 24. Já a nova Lei, prevê remuneração proporcional ao trabalho realizado do administrador judicial em caso de renúncia motivada, no 3º do artigo 24 da mesma, salvo se não apresentar relevante razão para tanto ou for destituído, senão vejamos: Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. 3 o O administrador judicial substituído será remunerado proporcionalmente ao trabalho realizado, salvo se renunciar sem relevante razão ou for destituído de suas funções por desídia, culpa, dolo ou descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei, hipóteses em que não terá direito à remuneração. Porém, a Lei prevê que o mesmo deverá prestar contas ao renunciar ao múnus, conforme artigo 22 deste diploma legal, o qual transcreve-se abaixo: Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe: III na falência: r) prestar contas ao final do processo, quando for substituído, destituído ou renunciar ao cargo. Porém, como já mencionado, o administrador judicial, na Nova Lei, pode vir a receber remuneração parcelada ou não e ao renunciar justificadamente, tem direito à remuneração proporcional ao tempo que administrou a massa falida, ou que já tenha recebido o valor devido até sua renúncia. Coelho 25 considera que Um administrador judicial substituído em razão de renúncia justificada, por exemplo, tem direito à remuneração proporcional ao trabalho despendido e pode voltar a ser nomeado para a função em outra falência; 24 Art. 67. (...) 4 o Não cabe remuneração alguma ao síndico nomeado contra as disposições desta Lei, ou que haja renunciado ou sido destituído, ou cujas contas não tenham sido julgadas boas. 25 COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários à Nova Lei de Falências e de Recuperação de Empresas (Lei n , de ). 6 Edição. Saraiva, p. 84.

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