RELATÓRIO VISITA TÉCNICA AO ASSENTAMENTO FLORESTA VIVEIROS, PIRAPORA- MG
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- Cíntia Barreto Amaro
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1 RELATÓRIO VISITA TÉCNICA AO ASSENTAMENTO FLORESTA VIVEIROS, PIRAPORA- MG Elaborado pelos alunos: Marceli Barbosa Silva Ricardo Euclides Nazar Viçosa, dezembro 2004
2 1º DIA(27/11/2004) Começamos o nosso trabalho no assentamento Floresta Viveiros com uma dinâmica de apresentação (cara metade), a qual cada membro deveria encontrar a sua carametade, apresenta-la e falar qual a expectativa da nossa visita. Esta dinâmica foi usada com técnicas metodológicas e fez com que os assentados ficassem descontraídos e a vontade para participarem com perguntas, colocações e até falar de seus problemas. Logo depois colocamos para o grupo algumas regras de convivência a serem respeitadas durante a nossa visita como: -Não fumar -Evitar conversa paralela -Respeitar os horários E foi identificada por eles que nas reuniões da associação do assentamento são desrespeitadas todas essas regras, alem de outras que não foram colocadas, não chegar bêbado nas reuniões, levantar o dedo para falar, não sair no meio da reunião. Essas regras foram colocadas para facilitar nossa visita e para mostrar que as organizações têm regras a serem respeitadas. Colocamos em debate palavras para serem discutidas por quatro grupos, olhando o que o significado destas podem afetar uma organização, são elas: -Conflito Em se tratando desta palavra foi colocado por eles, que é o confronto entre pessoas, idéias e que ocorrem nas suas reuniões, fazendo com que algumas vezes não se chega no consenso e não resolvendo nada. -Acomodação Esta palavra não foi muito compreendida pelo grupo, mas foi esclarecida por nós, que fizemos uma ligação com a palavra conflito, pois esses, maus resolvidos podem acarretar em acomodações, depois foram citados exemplos de pessoas acomodadas em uma organização e relatados muitos casos deste fato no assentamento. -Competição É ao contrario da cooperação, e pode existir dentro e fora da organização.
3 -Cooperação Aceitar mais o conselho do outro, ajudar-se unindo sendo um bom caminho paro o sucesso. Após cada grupo ter falado o que pensam a respeito das palavras, falamos um pouco de cada uma colocando exemplos destas dentro de uma organização e foi feito um apanhado do que foi falado. E para ilustrar o que é, e os benefícios que a cooperação pode trazer foi feita a dinâmica dos dedos, que terminou com uma linda salva de palmas. Em seguida fizemos um encaixe da palavra cooperação, começando a falar do que é associativismo, suas vantagens, e os tipos que existem sendo abordados todos. Foram mostrados figuras de ditos populares enfatizando que muito deles acontecem no dia a dia, em reuniões, organizações, grupos etc, e alguns deles ocorreram nas próprias palestras. São alguns exemplos: Descascando o abacaxi Engolindo sapo
4 Chutando o balde E para finalizar a manhã foi colocada uma pergunta para os assentados: -Porque pessoas procuram se juntar para constituir uma cooperativa? Eles falaram e acabou que chegaram em um consenso que é para o bem das pessoas, que a curto prazo é uma alternativa econômica e a longo prazo é para a melhoria de suas vidas. Na parte da tarde fizemos uma visualização da pergunta feita de manhã, dividimos eles em dois grupos, um grupo cada membro tentava quebrar o palito sozinho onde eles tentaram e conseguiram com facilidade e o outro grupo todos uniam os palitos para quebrar e sentiram mais dificuldade em quebrá-los, com isso mostramos para eles que a união faz a forca devido a isso as pessoas se juntam para formarem cooperativas, pois facilita a comercialização, diminui custos, diminui preços de insumos, etc.
5 Na segunda etapa do curso foi falando sobre cooperativismo, abordando como esse surgiu no mundo, no Brasil, o que é, o que significa seu símbolo, os tipos, princípios, direitos e deveres de um associado, a sua estrutura organizacional, e no meio desses assuntos aconteceu uma dinâmica para descontrair e enfatizar a força da união, aonde todas as frutas deveriam se unir para não cair. Para finalizar o dia falamos da diferença entre associativismo, cooperativismo, e empresa mercantil, e logo após dividimos os assentados em três grupos, cada um para discutir sobre um desses temas, podendo assim analisarmos o que foi compreendido nas palestras, e finalizar o dia. 2º dia(28/11/2004) Começamos com a dinâmica como percebo minha realidade mostrando para eles que cada pessoa percebe a sua realidade de varias formas. Em seguida usamos uma das técnicas do DRPE( diagnostico rápido participativo emancipador ) a matriz de realidade/desejo que consiste na elaboração de um matriz onde são cruzadas informações sobre os problemas, suas causas e possíveis soluções apresentadas por eles. O resultado da matriz foi: PROBLEMAS: - Não falar os erros que acham que existe no assentamento principalmente nas reuniões. - Julgar o próximo sem saber o que esta acontecendo - Fazer intrigas (mexericos) uns com os outros - Falta de informações - Cultura individualista - Falta de diálogos - Falta de união - Falta de paciência com o INCRA
6 SOLUÇOES - Sugerir e não criticar - Não julgar os colegas sem saber o que esta acontecendo - Não dar ouvido ao que outros falam (mexericos) - Procurar se informar mais sobre o que esta acontecendo no assentamento - Procurar não ter a cultura individualista - Ter mais dialogo - Ter mais união um com os outros procurando o bem de todos - Ter mais paciência em relação ao INCRA ate que resolva a situação Conclusão Com isso podemos observar que os assentados da floresta viveiros se mostraram interessados em constituírem a cooperativa, sendo que entre eles tem pessoas que se mostram muito interessadas, pessoas que não tem interesse (pelo menos por enquanto) mas que incentiva o ato, e pessoas alienadas (minoria). No entanto, aplicando metodologias participativas percebemos que muitos conflitos se apresentam no assentamento, tanto nas reuniões da associação quanto no dia a dia, mas que muitos desses podem acabar quando a separação dos lotes e liberação do dinheiro ocorrer e começarem a plantar, pois muitos tem tempo muito ociosos o que facilita a gerar alguns desses problemas. Podemos observar que o objetivo deles se iguala na vontade que o INCRA separe os lotes para que possam começar a plantar a mandioca para a possível casa de farinha e plantar outras culturas para subsistência como feijão, arroz, milho,etc. e criação de animais. A participação nos cursos foi boa, contando com a presença de aproximadamente 60% das famílias, e concluímos que se constituir uma cooperativa no assentamento floresta viveiros seria uma boa alternativa, mas precisaria da ajuda de alguns lideres que identificamos como por exemplo o presidente da associação do assentamento, para motivar mais os que estão desmotivados ou os que estão em cima do muro. E vimos que o maior problema que eles têm esta relacionado ao INCRA.
7 Aplicação do curso.
8 Alguns líderes do assentamento, entre eles o presidente da associação existente.
9 Construção da casa de farinha no assentamento.
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