ENTRE MONAS 1 E AMAPÔS 2 : TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO DEBATE FEMINISTA, QUE LUGAR POSSÍVEL?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ENTRE MONAS 1 E AMAPÔS 2 : TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO DEBATE FEMINISTA, QUE LUGAR POSSÍVEL?"

Transcrição

1 ENTRE MONAS 1 E AMAPÔS 2 : TRAVESTIS E TRANSEXUAIS NO DEBATE FEMINISTA, QUE LUGAR POSSÍVEL? THAÍSSA MACHADO VASCONCELOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO UFPE thaissamvasconcelos@hotmail.com Um carão para introduzir Este ensaio nasce de meu interesse aos estudos de gênero e de forma especial às vivencias de mulheres travestis e transexuais. Compreendo o gênero como uma categoria flutuante, como nomeou Judith Butler, e estas mulheres (reconheço e pontuo a existência de homens trans, mas neste momento, me refiro às mulheres) vivenciam à luz do dia e a olho nu as fragilidades, ou inexistência das fronteiras moldadas pela cultura e cristalizadas enquanto naturais. São pessoas que borram tais verdades e que problematizam na materialidade dos seus corpos a emergência de questionar os gêneros ditos binários e opostos. A questão feminista também se coloca em meu interesse. Embora minha aproximação à teoria seja de certa forma recente. Questiono-me desde as primeiras incursões às leituras e debates feministas, sobre produções que contemplassem essas mulheres, que me pareceram de certo modo silenciadas na rica produção feminista. Neste momento então, procuro refletir sobre travestis e transexuais como sujeito político do feminismo. Neste texto, pretendo refletir e lançar questionamentos sobre a temática, ainda com poucas produções no país. Em um primeiro momento, diante da pouca produção sobre essas mulheres nos investimentos feministas, procuro pensar sobre as questões de (in)visibilidade de travestis e transexuais no país, enquanto sujeitos políticos, nos trabalhos científicos, até chegar aos movimentos, LGBT e Feminista. Refletindo sobre possíveis lugares no movimento feminista, trago algumas questões impulsionadas pela categoria gênero no feminismo, que chegam a ampliar e desestabilizar os significados ao significante mulher, permitindo possíveis espaços a outras mulheres que se colocavam invisibilizadas nesse debate. E para não concluir, visto que se trata de um 1 Forma que travestis e transexuais usualmente se referem a outras travestis e transexuais. 2 Forma que travestis e transexuais usualmente se referem a mulheres cisgêneras.

2 2 ensaio que não pretende esgotar a questão, mas abrir pontos de questionamentos, debates e maiores investimentos futuros, trago algumas provocações sobre o tema. O jogo entre a pele e o pelo: (In) visibilidade das travestis e transexuais Tomando como referência levantamento bibliográfico realizado a respeito das vivências de travestis e transexuais no Brasil, encontro os investimentos científicos e políticos aparecendo no país a partir da década de Este interesse foi impulsionado pelas intensas e importantes transformações culturais e políticas vivenciadas no país. Os movimentos sociais ganham novas forças, especialmente a partir das inovadoras críticas sobre às questões de gênero surgidas no feminismo (PISCITELLI, 2004; BENEDETTI, 2005), que possibilitaram estes sujeitos trazerem ao social maiores questionamentos e temas de interesses, além de se colocarem a partir de então como sujeitos políticos, propondo novas visibilidades. A visibilidade dos investimentos científicos, culmina em ambiguidades: de um lado a conquista de uma identidade social, um sujeito político (travesti/ transexual) que possibilita a conquista de garantia de direitos e políticas públicas, mas de outro lado, as conquistas importantes não eximem ainda a situação de preconceito, violência e exclusão vivenciada por essas pessoas, direitos que em alguns momentos são transgredidos, e invisibilizados. Outra questão de debate no que se refere à visibilidade e ambiguidade da participação desse sujeito político é em relação aos movimentos sociais em que elas pretendem se inserir para discutir suas questões de interesse. Primeiro, o movimento LGBT, movimento de muita importância, no seio do qual, travestis e transexuais conseguiram se institucionalizar e se colocar enquanto sujeito político, além de grandes outras conquistas e lutas. De outro lado, aparece também as queixas no que se refere ao lugar que ocupa as questões trans na agenda do movimento LGBT, relegada a um plano menor no que se refere aos gays, (segundo discurso de travestis e transexuais do Nordeste em evento) 3, um exemplo seria a política sobre a criminalização da homofobia, e a circulação aparentemente democrática deste nome: homofobia. Travestis e transexuais alegam que se trata de uma sobreposição de demandas dos gays, uma vez que, apesar de uma mesma raiz, a transfobia tem outra significação, e sendo tratada sob o nome da homofobia, deixa questões específicas silenciadas. 3 X Encontro de Travestis e Transexuais do Nordeste

3 3 O outro espaço que aparece no discurso ambíguo da visibilidade, e onde irei refletir, é o Movimento Feminista. Em relação a este, travestis e transexuais compreendem que suas lutas são a questão feminista no que se refere às situações de opressão, marginalização e violência sofrida por elas, apoiadas em uma situação machista e cisgênera. Jos Truitt (2013) argumenta que o feminismo é uma resposta à opressão de gênero, em uma cultura onde o feminino é desvalorizado. Diante disto, travestis e transexuais estão tentando levantar suas questões dentro desta arena que lhe é própria a suas demandas, muito embora se percebam excluídas, algumas vezes sob o questionamento de esta ser ou não mulher, ou melhor, ser ou não sujeito do feminismo. Importante citar e refletir sobre o evento do 10º Encontro Feminista Latino- Americano e do Caribe, ocorrido em Segundo Karla Adrião e Maria Juracy Toneli (2008), é a partir dos anos 2000, que travestis e transexuais, assim como outros sujeitos (mulheres jovens e homens, por exemplo) começam a reivindicar visibilidade na militância feminista no Brasil. No encontro citado, travestis e transexuais reivindicaram sua participação enquanto sujeito político 4. A participação foi negada sob o argumento de a organização não se colocar no lugar de decidir por todo o grupo, percebendo por outro lado, a urgência de discutir a questão durante o evento. Compreendo que se tratou de uma decisão importante, já que a (não) presença delas ganhou o lugar no debate, da discussão sobre os sujeitos políticos do feminismo, além do retorno a reflexão de o que nos constitui enquanto mulheres, lembrando que, uma concordância ao que se constitui uma mulher é terreno de grande tensionamento (BUTLER, 2003), por sua vez, travestis e transexuais, apoiadas em importantes produções das teorias de gênero, enfatizam nessa discussão, a relevância de o feminismo não se basear e reafirmar normas cisgêneras (TRUIT, 2013). Pensando um pouco sobre o percurso do pensamento feminista, marco nesse caminho, o fato de o gênero ter sido compreendido e trabalhado de maneiras diferentes, em diferentes momentos. O conceito gênero, aparece na discussão na década de 1970, em um momento de grande investimento científico sobre as questões feministas. O feminismo estava às voltas com a discussão sobre a subordinação das mulheres na história do patriarcado, e procurando responder e propor transformações às situações de opressão vivenciadas pela mulher 5. E é neste momento de intenso interesse acadêmico que conceitos importantes para o feminismo até então, como a ideia do patriarcado por 4 A participação de forma individual já acontecia (ADRIÃO; TONELLI, 2008). 5 Uso mulher no singular, a fim de remeter à ideia de uma mulher universal.

4 4 exemplo, passa a se esvaziar de conteúdo (PISCITELLI, 2004). O gênero ganha grande relevância para o debate, visto que procura atravessar alguns problemas nos estudos empreendidos sobre a mulher. Além disso, o conceito gênero fez um convite à novas reflexões sobre as questões do feminismo, e novas possibilidades analíticas, muito embora, traga deslocamentos, dentre eles: desestabilizar a ideia de um sujeito mulher universal e uma ideia rígida de opressão que também se impunha como universal (PISCITELLI, 2004; CONCEIÇÃO, 2009), deslocamentos que não são vivenciados sem tensões. É quando o feminismo pensa, introduz e reformula a questão do gênero, de modo que o debate feminista se afasta de alguma forma (não totalmente), de uma biologização e naturalização do sexo/gênero, que travestis e transexuais podem encontrar um espaço possível. Gayle Rubin, na década de 1970, traz insigths importantes no que se refere ao sistema sexo-gênero, em Tráfico de mulheres: notas sobre a economia política do sexo (1993) 6, pensando a questão do gênero em uma dimensão cultural, com um certo distanciamento do sexo, e que se sobrepõe a dimensão biológica. Muito embora o traz ainda em um par de opostos (sistema sexo/gênero; natureza/cultura), apoiada em um discurso de um gênero construído sobre um sexo naturalmente dado. Abro um parêntese para citar a máxima de Simone de Beauvoir, a gente não nasce mulher, torna-se, concordando ser o gênero uma construção cultural sobre o sexo, muito embora compreendendo o sexo como um fato, imutável, natural (BUTLER,2013). Deste modo, o conceito de gênero sugeria que este se tratava de características culturais construídas sobre o sexo biológico (NARVAZ, 2010), sendo portanto ainda fortemente atrelado a naturalização. Outras contribuições foram feitas com os estudos pós-estruturais e pósmodernos. Não distantes do debate feminista, as contribuições de Judith Butler (muito influenciada por Jacques Derrida e Michel Foucault), que dentre outras colocações, argumenta de um outro ponto de vista, que nem o gênero e nem mesmo o sexo são determinados, nem deterministas naturalmente (BUTLER, 2003). De modo que não só os gêneros sejam construídos ou melhor, materializados, mas também o são os corpos e o sexo, atribuindo a estes uma relevante dimensão histórica e linguística. O gênero para Bulter (2003), de outra maneira, admite uma existência inteligível aos corpos e ao sexo. 6 O artigo marca um momento importante para refletir sobre o sistema sexo-gênero.

5 5 A contribuição de Butler promove uma desnaturalização dos sistemas sexo/gênero/desejo, cristalizados em nossa cultura, e pensados enquanto um encadeamento lógico e natural, ela diz em Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade: O sexo não causa gênero; e o gênero não pode ser entendido como expressão ou reflexo do sexo (p.162). A filósofa chama de gêneros inteligíveis, aqueles que mantém relações de coerência e continuidade entre sexo, gênero, prática sexual e desejo (p.38), aqueles que, o sexo impresso ao corpo ao nascer (pênis ou vagina) mantém comunicação direta a um gênero (masculino ou feminino), orientando deste modo práticas e desejo (neste caso, heterossexuais, onde os pares de opostos são autorizados a se encontrar) 7 em uma heterossexualidade compulsória. Por outro lado, Butler (2000) chama a atenção às incoerências, refletindo sobre os corpos, gênero, práticas que não mantem entre si relações de coincidência, e escapam as normas regulatórias. Esses outros corpos que escapam a essa lógica, são pensados como fora do humano, abjetos. Ao situar as descontinuidades entre sexo e gênero, problematizar a ideia cristalizada de um sexo pré-discursivo, o gênero aparece na obra da autora como um ato performático, um efeito do discurso, uma repetição de normas estabelecidas para os gêneros (BUTLER, 2000). É no lugar dessas repetições que transformações se fazem possíveis, seja na incapacidade de fazer a repetição, ou quando esta subverte as normas do gênero, denunciando seu caráter não permanente e flutuante, reitera Márcio Valente (2011). Deste modo, para Butler (2013) mulher e feminino, podem significar tanto um corpo masculino ou feminino (p.25), repensando os gêneros para além de categorias fixas. Sendo assim, Mulher se coloca como um substantivo que reduz uma experiência de gênero que é variada, e que perpassa outros sujeitos e não somente aqueles que se convencionou chamar de mulheres através de um aparato biológico. Em um breve percurso de como o conceito gênero se colocou na teoria feminista, e mais precisamente refletindo sobre as atuais teorias, que promoveram uma desnaturalização do sexo e gênero, que foco o olhar às travestis e transexuais. É neste sentido e neste debate que entre químicas, plásticas e ressignificações, travestis e transexuais fabricam feminilidades. E em meio as descontinuidades de sexo/gênero e desejo, promovem constantes transformações nos seus corpos. Elas vivenciam a produção do corpo e gênero femininos, através de diversos artifícios, como: hormônios, 7 Em uma linha retilínea: pênis homem masculinidade x vagina mulher feminilidade.

6 6 depilação, maquiagem, cirurgias plásticas, adornos, etc, como uma prática subjetiva estruturante (BENEDETTI, 2005). Travestis e transexuais constroem sua vida em direção de um feminino ou algo assim chamado (BENEDETTI, 2005), um feminino negociado, construído na materialidade e ressignificado. Esses sujeitos desestabilizam a ordem binaria e classificatória que a cultura moldou para cada um dos sexos (PELÚCIO, 2004). Sexos e gêneros, foram colocados em lugares opostos e intransponíveis, onde o sexo que marca nossos corpos desde o nascimento seria garantidor direto do gênero (vagina feminino; pênis masculino), e ordena práticas e desejo (em uma lógica heteronormativa), como lembra Butler (2003). Travestis e transexuais, por sua vez, transgridem tais limites, perturbam e rearticulam fronteiras (BUTLER, 2003), denunciando uma não existência, ou uma existência ilusória de fronteiras rígidas, como lembra Larissa Pelúcio (2004), as fronteiras imaginárias parecem se desfazer, se diluir. Sujeitos que trazem em um mesmo corpo símbolos culturais do feminino, em um corpo marcado pelo sexo de homem ao nascer (inclusive porque, apesar dos procedimentos cirúrgicos, no caso das travestis, não há o desejo de extirpar o pênis), ultrapassando a delimitação de dois sexos e gêneros opostos, fazendo existir um outro, um terceiro, um trânsito livre, um múltiplo que possibilita a um sujeito não mulher a experiência de gênero feminino. Ao se referir a esse contínuo processo de construção de feminilidades nos corpos e performances de mulheres trans, como sinaliza Marcos Benedetti, são feitas algumas reflexões sobre esse feminino. Para Benedetti (2005), não se trata do feminino das mulheres, já que esta não abdica de vantagens e características das masculinidades, frente a isso questiono: é possível falar em um feminino das mulheres? E outro: que tensionamentos possíveis, travestis e transexuais provocam entre feminilidades? Estaríamos diante de um possível mal estar frente a uma mulher que carrega no corpo o significante de dominação dos homens sobre as mulheres (RUBIN, 1993)? Estaríamos às voltas com a importância de um retorno a um gênero tendo em vistas um corpo pensado enquanto natural? As correspondências entre natureza e cultura ainda se fazem marcantes nesse debate? Os dualismos outrora criticados pelas atuais teorias de gênero, faz retornos significantes ao debate feminista, sobretudo na discussão por parte de algumas feministas, da importância de um discurso essencialista, que não feche os olhos para a diferença sexual, importante para ações políticas (HARDING, 1993; ADRIÃO, TONELLI, MALUF, 2013). As relevantes contribuições atuais acerca do gênero, que

7 7 transcende binarismos, não se colocam alheias de grandes nós para a teoria e movimento feminista. Uma das questões lançadas é o apontamento de um suposto esvaziamento das questões feministas em prol de uma teoria queer, fazendo-se importante do ponto de vista político um retorno à categoria mulher (PISCITELLI, 2004; CONCEIÇÃO 2009), agora revestido de outras significações, que não meramente biológicas, embora em minha leitura, não a perca de vista (as questões biológicas). Sobre o retorno à categoria mulher, questiono: quem pode ser essa mulher? O movimento feminista, foi atravessado por debates e produções que o fizeram ser revisto e ganhar novos pontos de vista, como é o caso do uso da citada categoria gênero, por exemplo. Muito embora, salta aos olhos também as alteridades internas ao movimento que dentre outras, possibilitaram transformações epistemológicas do feminismo. Em momento anterior, procurei apontar a emergência do conceito gênero, que em resposta ao patriarcado produz novos discursos, discursos ricos a sujeitos que estão à margem das normas regulatórias de gêneros inteligíveis. Outros eventos marcantes da história do feminismo ecoam no debate das mulheres travestis e transexuais. Cito a reivindicação de mulheres negras, de grande importância para o movimento no sentido de questionar que as pautas postas, não eram demandas de todas, de chamar a atenção para a diferença. Apesar de serem todas mulheres por assim dizer, há especificidades entre elas. E um movimento que se colocava mais ao lado de um feminismo branco, classe média e heterossexual, reivindicam um olhar sobre a diferença, sobre a interseccionalidade do gênero com outros marcadores 8 (classe, raça, sexo, geração), fazendo dela um importante categoria de análise. O convite ao olhar sobre a diferença, marca outras fricções na ideia de um sujeito unitário (BRAH, 2006), chamando atenção para mulheres outrora invisíveis: negras, jovens, deficientes, transsexuais. Avtar Brah (2006), pontua que em uma estrutura de relações sociais e de poder, não existimos apenas como mulheres, mas somos atravessadas por outras questões que nos diferem. Diante agora desse sujeito mulher que não se faz unitário, como pensar em um sujeito político? O desafio aparece então em dar à diferença um lugar político, e o caminho para a construção de um sujeito do feminismo (ADRIÃO, TONELLI, 2010; ADRIÃO, TONELLI, MALUF, 2013). 8 Interseccionalidade neste caso, não pode ser pensada como aglutinando marcadores, mas estes compreendidos enquanto imbrincados entre si.

8 8 O discurso da diferença, que ganha ênfase nos anos 1990, nos estudos Avtar Brah, Gayatri Spivack e Judith Butler (para citar alguns nomes), e de diferentes lugares, questionam a unidade do sujeito mulher. As interseccionalidades de raça, classe, sexualidade, etnia, geração, etc lança um olhar cuidadoso ao sujeito mulher, que não se trata de um sujeito universal e estável (BUTLER, 2003), muito embora este tenha sido importante e questionado enquanto legítimo, enquanto uma estratégia política. Diante disso, ainda questiono, que mulheres cabem na categoria mulher? Qual o sujeito do feminismo? Quais os novos sujeitos do feminismo? É possível que travestis e transexuais, mulheres com o significante de dominação dos homens sobre as mulher no corpo, mulheres que transitam entre os símbolos das feminilidades e masculinidades, produzam novas tensões a um sujeito que já não é estável? O feminismo promoveu importantes alterações na realidade social e relações, e tem como objetivo principal, como lembra Brah (2006) mudar as relações sociais que estão pautadas nas hierarquias de gênero, erradicar desigualdades oriundas da diferença sexual vindas de teorias biologicamente deterministas, que compreendem a posição social da mulher como resposta a uma diferença inata (p.342). Travestis e transexuais, por sua vez estão à margem dos processos sociais, em um movimento de exclusão dos discursos e práticas de ordem sexista. Elas vivenciam situações de opressão e violência impostas pela dominação masculina, compreendendo desta forma, que sua reivindicação é uma luta feminista. Amparadas por uma produção e teorização de gênero que amplia as possibilidades de experiência de gênero para além de aparatos biológicos, travestis e transsexuais, ao menos em tese se colocariam enquanto sujeitos de um feminismo, por outro lado, elas pensam o movimento feminista, por vezes como um movimento cisgênero, onde, por mais que se discuta o caráter flutuante dos gêneros, a questão biológica ressurge sob o espectro de mulher como aquela com órgãos genitais femininos (JESUS; ALVES, 2010). Deste modo, travestis e transexuais questionam um não lugar para a experiência de opressão dessas outras mulheres e se dizem marginalizadas do feminismo. Em produções ainda tímidas, mas crescendo no país, sobretudo no meio virtual, essas mulheres procuram levantar suas bandeiras, fazendo uso e releituras de um referencial teórico feminista (JESUS, ALVES, 2010 ) em busca de um reconhecimento de seu lugar no feminismo e sua inserção no movimento, como forma de empoderamento desses sujeitos. Jaqueline Jesus e Hailey Alves sinalizam no

9 9 fortalecimento do movimento transgênero e sua consequente conscientização política a uma aproximação do movimento com o feminismo, começando hoje a ser adotado um transfeminismo, ou feminismo transgênero, como saída possível para trazer as questões de mulheres trans para a discussão feminista. A saída pelo transfeminismo aparece justamente frente a uma percepção de uma posição cisgênera (algumas chegam a dizer transfóbica) do movimento feminista, buscando fortalecer as contribuições de gênero que atravessam as questões biológicas. O transfeminismo tem seus estudos muito situados nas teorias queer e estudos pós coloniais. Calçar o salto 15 e sair por ai: a guisa de conclusão As conexões ainda existentes entre gênero e genitais parece ser um dos grandes hiatos para a participação política de travestis e transexuais no feminismo. As importantes questões discutidas teoricamente, e neste sentido dou ênfase às contribuições de Judith Butler, muitas vezes se coloca enquanto um abismo nas relações, e no movimento. Será que se estas mulheres produzissem saberes localizados, poderiam encontrar um lugar possível e legítimo no movimento feminista? O transfeminismo, sustentado por teorias queer e estudos pós coloniais, aparece como uma construção de saberes, de um feminismo que se coloca em crítica à uma ordem cisgênera, a um feminismo cisgênero. Quais as repercussões desse sujeito político para o feminismo? Como o feminismo recebe essa demanda, e esta crítica? Concluo em um movimento reticente, interrogativo, e não finalizado, faço apenas questionamentos, para ao invés de fechar, provocar a discussão, diante da importante ação do movimento de mulheres travestis e transexuais em produzir saberes e reivindicar um espaço político e do feminismo produzir e refletir sobre essas questões. Bibliografias ADRIÃO, Karla Galvão; TONELI, Maria Juracy Filgueiras. Por uma política de acesso aos direitos das mulheres: Sujeitos feministas em disputa no contexto brasileiro. Psicologia e Sociedade, ADRIÃO, Karla Galvão; TONELI, Juracy e MALUF, Sônia. Encontros e matizes na constituição do campo feminista brasileiro. In: SOUZA, Mériti; TONELI, Juracy e LAGO, Mara (orgs) Sexualidade, gênero, diversidades. Ed casa do Psicólogo, Ainda no prelo.

10 BENEDETTI, Marcos Renato. Toda feita : O corpo e o gênero das travestis. Rio de Janeiro: Garamond, BUTLER, Judith. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do sexo. In: LOURO, Guacira (Org.). Corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 200. BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, BRAH, Avtar. Diferença, diversidade, diferenciação. Cadernos Pagu (26), p , CONCEIÇÃO, Antônio Carlos Lima da. Teorias feministas: da questão da mulher ao enfoque de gênero, Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, HARDING, Sandra. A instabilidade das categorias analíticas na teoria feminista. In: Revista Estudos Feministas, n.1, CIEC/ECO/UFRJ, primeiro semestre, p. 7 a 31, JESUS, Jaqueline Gomes de; ALVES, Hailey. Feminismo transgênero e movimento de mulheres transexuais. Cronos: Revista do programa de pós-graduação em ciências da UFRN: 2010 NARVAZ, Martha Giudice. Gênero para além da diferença sexual. Revisão da literatura. Aletheia. Disponível em: Acesso em 11 de Dezembro de PISCITELLI, Adriana. Reflexões em torno do gênero e feminismo. In: COSTA, Claudia de Lima; SCHMIDT, Simone Pereira. Poéticas e políticas feministas. Florianópolis: Mulheres, PELÚCIO, Larissa Maués. Travesti, a (re)construção do feminismo: gênero, corpo e sexualidade em um espaço ambíguo. Revista Anthropológicas. Ano 8, volume 15, p , VALENTE, Marcio Bruno Barra. A produção de paternidade em procurando Nemo : Performatividade em redes heterogêneas. Dissertação. Programa de Pós Graduação em Psicologia, UFPE, RUBIN, Gayle. O Tráfico de mulheres: notas sobre a economia política do sexo. Recife: SOS Corpo, TRUIT, Joss. Sobre questões trans dentro do feminismo e o fortalecimento da análise de gênero a partir do movimento. Tradução: Hailey Kaas, disponível em: acesso em 01 de Agosto de

O Senso Comum e os Corpos Generificados

O Senso Comum e os Corpos Generificados O Senso Comum e os Corpos Generificados Vincular o comportamento ao sexo, gênero à genitália, definindo o feminino pela presença da vagina e o masculino pelo pênis, remonta ao século XIX quando o sexo

Leia mais

sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo

sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo Antes de ler o texto que se segue, pense sobre as noções de sexo, sexualidade, gênero, orientação sexual e corpo. Em seguida, escreva nesta página o que você entende por essas noções. Traga o que você

Leia mais

PLANO DE APRENDIZAGEM

PLANO DE APRENDIZAGEM PLANO DE APRENDIZAGEM 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Psicologia Disciplina: Sexualidade Humana Código: PSI32 Professor: Dra. Gilclécia Oliveira Lourenço E-mail: gilclecia.lourenco@fasete.edu.br

Leia mais

Interseccionalidade nas Ciências Sociais

Interseccionalidade nas Ciências Sociais Interseccionalidade nas Ciências Sociais Autora: Ilane Cavalcante Lobato Alves da Silva 2º semestre/ 2017 Texto Teórico A sociedade é composta por diferentes tipos de agrupamentos e organizações. A partir

Leia mais

TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO.

TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO. TÍTULO: ENTRE OS LIMITES E AS POSSIBILIDADES DE UMA PERSPECTIVA PEDAGÓGICA COM A CRIANÇA TRANSGÊNERO. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

NOME SOCIAL NO SISTEMA DE ATENDIMENTO

NOME SOCIAL NO SISTEMA DE ATENDIMENTO NOME SOCIAL NO SISTEMA DE ATENDIMENTO Sumário Apresentação...05 Entendendo a temática de Gênero...08 Valdete Cordeiro Coordenadora do Nudis Thaisson Amaral Assessor do Nudis Priscilla Bezerra Estagiária

Leia mais

GÊNEROS, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO

GÊNEROS, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO GÊNEROS, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO O começo de tudo... Movimentos feministas - PRIMEIRA ONDA: Começo do século XX sufragismo - SEGUNDA ONDA: preocupações sociais e políticas e construções teóricas. - Distinção

Leia mais

LGBT: Público ou Privado. Gênero, Orientação Sexual e Identidade de Gênero

LGBT: Público ou Privado. Gênero, Orientação Sexual e Identidade de Gênero LGBT: Público ou Privado Gênero, Orientação Sexual e Identidade de Gênero 1969 Revolta de Stonewall que marca o Dia Mundial do Orgulho LGBT; 1973 A OMS deixa de classificar a homossexualidade como doença;

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Educação

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA. CAMPUS DE PRESIDENTE PRUDENTE FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA Programa de Pós-Graduação em Educação PROGRAMA DE ENSINO Disciplina Cultura, Diferença e Diversidade: temas, problemas e abordagens em investigações acadêmicas Semestre Ano Letivo Primeiro 2013 Área de Concentração FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA

Leia mais

militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente

militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente Entrevista por Daniela Araújo * Luíza Cristina Silva Silva militante LGBT e faz parte do Grupo Universitário de Diversidade Sexual Primavera nos Dentes. Atualmente é estudante do curso de Geografia na

Leia mais

ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO.

ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO. ENSINO DE HISTÓRIA E TEMAS TRANSVERSAIS: UMA ABORGAGEM PÓS-ESTRUTUTAL A PARTIR DO EIXO NORTEADOR RELAÇÕES DE GÊNERO. Jéssica Salvino Mendes 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e-mail: jessicasalvinom@gmail.com

Leia mais

NOVAS MASCULINIDADES? UM ESTUDO SOBRE RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA UFSCAR

NOVAS MASCULINIDADES? UM ESTUDO SOBRE RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA UFSCAR NOVAS MASCULINIDADES? UM ESTUDO SOBRE RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA UFSCAR Guilherme Saade Floeter 1 O presente texto tem como proposta apresentar uma reflexão inicial e crucial acerca do método

Leia mais

SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva

SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Unidade 1 - Sexualidade: Dimensão conceitual, diversidade e discriminação SEMANA 2 A NOÇAO MODERNA DA SEXUALIDADE Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Objetivo: Promover a reflexão sobre a trajetória

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA Faculdade Anísio Teixeira de Feira de Santana Autorizada pela Portaria Ministerial nº 552 de 22 de março de 2001 e publicada no Diário Oficial da União de 26 de março de 2001. Endereço: Rua Juracy Magalhães,

Leia mais

TRAJETÓRIAS TRANSEXUAIS INTERFACE A CATEGORIA GERAÇÃO Eixo temático 03 Maiara Cristina Pereira 1 Florêncio Mariano Costa Júnior 2

TRAJETÓRIAS TRANSEXUAIS INTERFACE A CATEGORIA GERAÇÃO Eixo temático 03 Maiara Cristina Pereira 1 Florêncio Mariano Costa Júnior 2 Resumo TRAJETÓRIAS TRANSEXUAIS INTERFACE A CATEGORIA GERAÇÃO Eixo temático 03 Maiara Cristina Pereira 1 Florêncio Mariano Costa Júnior 2 As trajetórias transexuais são influenciadas por fatores geracionais,

Leia mais

Agenda 2030 e o nome social na UFMG: o papel das bibliotecas universitárias na promoção da inclusão das minorias sexuais

Agenda 2030 e o nome social na UFMG: o papel das bibliotecas universitárias na promoção da inclusão das minorias sexuais Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) Agenda 2030 e o nome social na UFMG: o papel das bibliotecas universitárias na promoção da inclusão das minorias sexuais Israel José da Silva (UFMG) - ijosil@yahoo.com.br

Leia mais

SEMANA 5 DISCRIMINAÇAO DE GÊNERO NO CONTEXTO DA DESIGUALDADE SOCIAL ÉTNICO-RACIAL

SEMANA 5 DISCRIMINAÇAO DE GÊNERO NO CONTEXTO DA DESIGUALDADE SOCIAL ÉTNICO-RACIAL SEMANA 5 DISCRIMINAÇAO DE GÊNERO NO CONTEXTO DA DESIGUALDADE SOCIAL ÉTNICO-RACIAL Autor (unidade 1 e 2): Prof. Dr. Emerson Izidoro dos Santos Colaboração: Paula Teixeira Araujo, Bernardo Gonzalez Cepeda

Leia mais

GÊNERO E SINDICALISMO DOCENTE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PRODUÇÃO PUBLICADA NA CAPES

GÊNERO E SINDICALISMO DOCENTE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PRODUÇÃO PUBLICADA NA CAPES GÊNERO E SINDICALISMO DOCENTE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PRODUÇÃO PUBLICADA NA CAPES KLUMB, Márcia Cristiane Völz UFPel 1- Caracterização do estudo Neste trabalho pretendo apresentar a investigação que faz

Leia mais

GÊNERO E EMPODERAMENTO DE MULHERES. Marlise Matos - UFMG

GÊNERO E EMPODERAMENTO DE MULHERES. Marlise Matos - UFMG GÊNERO E EMPODERAMENTO DE MULHERES Marlise Matos - UFMG Uma proposta de percurso a ser brevemente desenvolvida aqui a partir de TRES pontos: 1 Uma abordagem FEMINISTA e pautada na luta dos movimentos feministas

Leia mais

O PAPEL DO YOUTUBE NA DESCONSTRUÇÃO DE ESTEREÓTIPOS LGBT. Augusto Rafael Brito Gambôa

O PAPEL DO YOUTUBE NA DESCONSTRUÇÃO DE ESTEREÓTIPOS LGBT. Augusto Rafael Brito Gambôa O PAPEL DO YOUTUBE NA DESCONSTRUÇÃO DE ESTEREÓTIPOS LGBT. Augusto Rafael Brito Gambôa As conexões virtuais na cibercultura expandem o universo das representações modificando a maneira de vê-lo, permitindo

Leia mais

ESPAÇO ESCOLAR E PRECONCEITO HOMOFÓBICO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

ESPAÇO ESCOLAR E PRECONCEITO HOMOFÓBICO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ESPAÇO ESCOLAR E PRECONCEITO HOMOFÓBICO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Andressa Cerqueira Carvalhais (Graduanda -PIBIC Fundação Araucária UEPG a_carvalhais@hotmail.com Tamires Regina Aguiar de Oliveira César (Graduanda

Leia mais

Sandra Unbehaum. Claudia Vianna CONTRIBUIÇÕES DA PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE GÊNERO NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS : ELEMENTOS PARA REPENSAR A AGENDA

Sandra Unbehaum. Claudia Vianna CONTRIBUIÇÕES DA PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE GÊNERO NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS : ELEMENTOS PARA REPENSAR A AGENDA CONTRIBUIÇÕES DA PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE GÊNERO NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS : ELEMENTOS PARA REPENSAR A AGENDA Claudia Vianna cpvianna@usp.br Faculdade de Educação - USP Sandra Unbehaum unbehaum@hotmail.com

Leia mais

CORPOS EXCLUSOS: A ESCOLA E O PROCESSO DE EXCLUSÃO DE INDIVÍDUOS QUE ROMPEM OS PADRÕES SEXUAIS E DE GÊNERO

CORPOS EXCLUSOS: A ESCOLA E O PROCESSO DE EXCLUSÃO DE INDIVÍDUOS QUE ROMPEM OS PADRÕES SEXUAIS E DE GÊNERO CORPOS EXCLUSOS: A ESCOLA E O PROCESSO DE EXCLUSÃO DE INDIVÍDUOS QUE ROMPEM OS PADRÕES SEXUAIS E DE GÊNERO Tainara Guimarães Araújo Universidade Estadual de Santa Cruz- tainaraguimaraes.ciso@gmail.com

Leia mais

Silvani dos Santos Valentim 1 Luna Oliveira 2

Silvani dos Santos Valentim 1 Luna Oliveira 2 RELAÇÕES DE GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL NAS CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS: APROXIMAÇÕES TEÓRICAS E LEVANTAMENTO DE GRUPOS DE PESQUISA NO BANCO DE DADOS DO CNPq Silvani dos Santos Valentim 1 Luna Oliveira

Leia mais

DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: ESTRATÉGICAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA POPULAÇÃO LGBTT NO IFPE RECIFE E NA REDE ESTADUAL DE PERNAMBUCO

DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: ESTRATÉGICAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA POPULAÇÃO LGBTT NO IFPE RECIFE E NA REDE ESTADUAL DE PERNAMBUCO DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: ESTRATÉGICAS DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA POPULAÇÃO LGBTT NO IFPE RECIFE E NA REDE ESTADUAL DE PERNAMBUCO COORDENADORA: DANIELA BARROS COLABORADORES/COLABORADORAS:

Leia mais

DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E MOVIMENTOS SOCIAIS

DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E MOVIMENTOS SOCIAIS DIREITOS HUMANOS, GÊNERO E MOVIMENTOS SOCIAIS Prof. João Gabriel da Fonseca Graduado em História; Filosofia Pós-Graduado em História Cultural Mestre em História das Identidades. LGBT ou ainda, LGBTTTs,

Leia mais

Categorias identitárias

Categorias identitárias Ana Alvaréz, TALLAS, Tienda3 Instalação, fotografia, vídeo (2008) Categorias identitárias Definições e terminologias Profa. Carla de Abreu l Disciplina: Cultura Visual e Construções de Gênero Perspectiva

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM GOIÂNIA: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A PEDAGOGIA DO CORPO

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM GOIÂNIA: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A PEDAGOGIA DO CORPO EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM GOIÂNIA: UM OLHAR ANTROPOLÓGICO SOBRE A PEDAGOGIA DO CORPO Lady Tatiane da Silva Miranda 1 Resumo 2 O objetivo deste projeto de pesquisa é investigar as relações

Leia mais

Existem autores que colocam a transexualidade fora dos marcos patologizantes, considerando-a apenas uma experiência idenitária.

Existem autores que colocam a transexualidade fora dos marcos patologizantes, considerando-a apenas uma experiência idenitária. 1 Introdução A presente dissertação estuda a transexualidade e algumas de suas implicações jurídicas, principalmente no que diz respeito ao livre desenvolvimento da personalidade de seus portadores, considerando

Leia mais

Considerações finais. Primeiro ponto: a ilusão topográfica

Considerações finais. Primeiro ponto: a ilusão topográfica Considerações finais São muitos os aspectos políticos que podem ser discutidos na aliança entre o pensamento da desconstrução e a teoria e a política feminista. Seria exaustiva a lista de autores e autoras

Leia mais

FEMINISMO. Luta das mulheres pela igualdade

FEMINISMO. Luta das mulheres pela igualdade FEMINISMO Luta das mulheres pela igualdade Bases do feminismo moderno (TEORIA FEMINISTA) Concentração na luta com o patriarcado A teoria feminista defende que a dominação masculina e subordinação feminina

Leia mais

GUIA PARA NÃO SER TRANSFÓBICO

GUIA PARA NÃO SER TRANSFÓBICO GUIA PARA NÃO SER TRANSFÓBICO A falta de informação é o combustível da intolerância. Por isso, o Catraca Livre desenvolveu um manual anti-transfobia com dicas práticas para falar sobre questões de gênero

Leia mais

estereótipos e estranhar paradigmas por meio das reflexões oriundas da teoria Queer. Tentando remontar os processos sociais na fabricação do sujeito,

estereótipos e estranhar paradigmas por meio das reflexões oriundas da teoria Queer. Tentando remontar os processos sociais na fabricação do sujeito, 89 5. Conclusão Foi proposto nesse trabalho contemplar os significados da corporalidade na cena noturna gay da cidade do Rio de Janeiro, tendo como objetivo geral observar os usos e significados do corpo

Leia mais

7. Referências bibliográficas

7. Referências bibliográficas 104 7. Referências bibliográficas AUAD, D. Relações de gênero nas práticas escolares e a construção de um projeto de co-educação. In: Anais do 27ª. Reunião da ANPED, Caxambu MG, 2004. BAUER, M. Análise

Leia mais

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TEORIA DE GÊNEROS.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TEORIA DE GÊNEROS. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E TEORIA DE GÊNEROS. Jessica da Silva Miranda 1 Felipe Antonio Moura Miranda 2 Resumo: Meninas não gostam de cálculos e meninos são predispostos

Leia mais

RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE A POSSIBILIDADE DA CRÍTICA NA ATUAÇÃO DO SEXÓLOGO. Psic. Esp. Giovanna Lucchesi CRP 06/92374

RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE A POSSIBILIDADE DA CRÍTICA NA ATUAÇÃO DO SEXÓLOGO. Psic. Esp. Giovanna Lucchesi CRP 06/92374 RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE A POSSIBILIDADE DA CRÍTICA NA ATUAÇÃO DO SEXÓLOGO Psic. Esp. Giovanna Lucchesi CRP 06/92374 FÊMEA SEXO Biológico Distinção com base na categoria biológica MACHO GÊNERO

Leia mais

feminismo espaço e neoliberalismo

feminismo espaço e neoliberalismo artilha InDebate #01 feminismo espaço e neoliberalismo (...) se entendemos o feminismo como toda luta de mulheres que se opõem ao patriarcado, teríamos que construir sua genealogia considerando a história

Leia mais

DIREITOS REPRODUTIVOS E SAÚDE DA MULHER EM TEMPOS DE ZIKA VÍRUS

DIREITOS REPRODUTIVOS E SAÚDE DA MULHER EM TEMPOS DE ZIKA VÍRUS Resumo: DIREITOS REPRODUTIVOS E SAÚDE DA MULHER EM TEMPOS DE ZIKA VÍRUS Autor: Simone Alves da Cruz Centro Universitário Jorge Amado-UNIJORGE O presente artigo tem por objetivo apresentar, discutir e avaliar

Leia mais

FRIDAS: UMA PROPOSTA DE GRUPO DE ESTUDOS SOBRE GÊNERO E DIVERSIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR.

FRIDAS: UMA PROPOSTA DE GRUPO DE ESTUDOS SOBRE GÊNERO E DIVERSIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR. FRIDAS: UMA PROPOSTA DE GRUPO DE ESTUDOS SOBRE GÊNERO E DIVERSIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR. Vanessa Elias, EEB Pref Luiz Carlos Luiz, vafloripageo@hotmail.com 1 Introdução Apesar da necessidade evidente de

Leia mais

GÊNERO E EDUCAÇÃO: A IMPLANTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS

GÊNERO E EDUCAÇÃO: A IMPLANTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS GÊNERO E EDUCAÇÃO: A IMPLANTAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Lucia Aulete Burigo De Sousa Universidade Planalto Catarinense luciabsousa@hotmail.com Mareli Eliane Graupe Universidade Planalto Catarinense mareligraupe@hotmail.com

Leia mais

MARXISMO ORIGINAL E RELAÇÕES SOCIAIS DE SEXO. Palavras-chave: marxismo, relações sociais de sexo, emancipação, formas de consciência.

MARXISMO ORIGINAL E RELAÇÕES SOCIAIS DE SEXO. Palavras-chave: marxismo, relações sociais de sexo, emancipação, formas de consciência. MARXISMO ORIGINAL E RELAÇÕES SOCIAIS DE SEXO Hugo Leonnardo CASSIMIRO Faculdade de Ciências Sociais hugo.leonnardo@ymail.com Bolsista Capes Nildo VIANA Faculdade de Ciências Sociais nildoviana@ymail.com

Leia mais

TRANSIÇÃO DE GÊNERO E DIREITO À SAÚDE GT1 - DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS

TRANSIÇÃO DE GÊNERO E DIREITO À SAÚDE GT1 - DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS TRANSIÇÃO DE GÊNERO E DIREITO À SAÚDE GT1 - DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS Júlia Arruda F. Palmiere 1 (juliapalmiere@hotmail.com) Anita Guazzelli Bernardes 2 (anitabernardes1909@gmail.com) Dayane Eurico

Leia mais

Intolerância e preconceito: Questão feminista e estudos de gênero na obra Olhares Feministas

Intolerância e preconceito: Questão feminista e estudos de gênero na obra Olhares Feministas Intolerância e preconceito: Questão feminista e estudos de gênero na obra Olhares Feministas Resenha de MALUF, Sônia Weidner; MELO, Hildete Pereira de; PISCITELLI, Adriana; PUGA, Vera Lucia (Orgs). Olhares

Leia mais

PERFORMANCES HOMOAFETIVAS NA MÚSICA AVESSO, DE JORGE VERCILO

PERFORMANCES HOMOAFETIVAS NA MÚSICA AVESSO, DE JORGE VERCILO PERFORMANCES HOMOAFETIVAS NA MÚSICA AVESSO, DE JORGE VERCILO Autor: Valdir Ferreira de Paiva Aluno do PPGE/UFPB/NIPAM Pós Graduação em GDE valdirvfp@outlook.com Coator 1 : Francinaldo Freire da Silva Graduando

Leia mais

CIDADÃO TRANS - Existência e Aplicação de Políticas Públicas para o Público Transgênero

CIDADÃO TRANS - Existência e Aplicação de Políticas Públicas para o Público Transgênero CIDADÃO TRANS - Existência e Aplicação de Políticas Públicas para o Público Transgênero Diego Silva Marquez de Araújo 1 Resumo O Brasil tem passado por momentos difíceis, sobretudo na esfera política.

Leia mais

A SUBALTERNIDADE DA AUTONOMIA SEXUAL E REPRODUTIVA DAS MULHERES

A SUBALTERNIDADE DA AUTONOMIA SEXUAL E REPRODUTIVA DAS MULHERES A SUBALTERNIDADE DA AUTONOMIA SEXUAL E REPRODUTIVA DAS MULHERES Hildevânia de Sousa Macêdo Rede de Mulheres em Articulação da Paraíba. e-mail:hildevaniamacedo@yahoo.com.br Maria Rozângela da Silva Rede

Leia mais

5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS. 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG

5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS. 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG 5ª Jornada Científica e Tecnológica e 2º Simpósio de Pós-Graduação do IFSULDEMINAS 06 a 09 de novembro de 2013, Inconfidentes/MG SEXUALIDADE E GÊNERO: o que pensam nossos alunos Douglas MONTANHEIRO 1 ;

Leia mais

Resenha Salih, S. (2012). Judith Butler e a Teoria Queer. Belo Horizonte: Autêntica

Resenha Salih, S. (2012). Judith Butler e a Teoria Queer. Belo Horizonte: Autêntica G. B. F. Pereira 157 Resenha Salih, S. (2012). Judith Butler e a Teoria Queer. Belo Horizonte: Autêntica Guilherme Bessa Ferreira Pereira 1 Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Brasil 1Diante

Leia mais

Gênero em termos reais

Gênero em termos reais Resenha Gênero em termos reais Alexandre Gomes Soares 1 ISSN: 2358-0844 n. 8, v. 1 nov.2017-abr. 2018 p. 429-433. Livro resenhado: CONNEL, Raewyn. Gênero em termos reais. São Paulo: nversos,2016.272p..

Leia mais

Tópicos em Antropologia: ANTROPOLOGIA DO GÊNERO

Tópicos em Antropologia: ANTROPOLOGIA DO GÊNERO Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas Curso: Antropologia/Ciências Sociais Disciplina: Tópicos em Antropologia - Antropologia do Gênero Profa. Érica Renata

Leia mais

Fernanda Pivato Tussi * Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil

Fernanda Pivato Tussi * Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil 323 BENEDETTI, Marcos Renato. Toda feita: o corpo e o gênero das travestis. Rio de Janeiro: Garamond, 2005. 144 p. Fernanda Pivato Tussi * Universidade Federal do Rio Grande do Sul Brasil A travesti e

Leia mais

A REPRESENTAÇÃO DE IDENTIDADES DE GÊNERO E DE DIVERSIDADE SEXUAL NA PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA JOVENS LEITORES

A REPRESENTAÇÃO DE IDENTIDADES DE GÊNERO E DE DIVERSIDADE SEXUAL NA PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA JOVENS LEITORES A REPRESENTAÇÃO DE IDENTIDADES DE GÊNERO E DE DIVERSIDADE SEXUAL NA PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA JOVENS LEITORES Nome do Aluno 1 : Aurílio Soares da Silva Nome do Orientador 2 : Prof. Dr. Flávio Pereira Camargo

Leia mais

Gênero e Saúde: representações e práticas na luta pela saúde da mulher

Gênero e Saúde: representações e práticas na luta pela saúde da mulher Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Gênero e Saúde: representações e práticas na luta pela saúde da mulher Elaine Ferreira Galvão (UEL) Gênero; Saúde

Leia mais

MILITÂNCIA ALÉM DAS CORES: O FUNCIONAMENTO DA MEMÓRIA EM IMAGEM DA PARADA DO ORGULHO LGBT DE SÃO PAULO

MILITÂNCIA ALÉM DAS CORES: O FUNCIONAMENTO DA MEMÓRIA EM IMAGEM DA PARADA DO ORGULHO LGBT DE SÃO PAULO Página 425 de 490 MILITÂNCIA ALÉM DAS CORES: O FUNCIONAMENTO DA MEMÓRIA EM IMAGEM DA PARADA DO ORGULHO LGBT DE SÃO PAULO Amanda Vanele Prates Domingues (UESB/CAPES) Edvania Gomes da Silva (UESB) RESUMO

Leia mais

Sumário. Apresentação...7. O Direito e o combate às discriminações sexuais...28 Eder Fernandes Monica

Sumário. Apresentação...7. O Direito e o combate às discriminações sexuais...28 Eder Fernandes Monica Sumário Apresentação...7 Prefácio... 11 Meninas adolescentes LGBT no contexto familiar: violência e exclusão social... 17 Nivia Valença Barros, Rita de Cássia Santos Freitas, Maria Izabel Barros, Suyane

Leia mais

FEMINISMOS: PLURALIDADE PRESENTE EM UM CAMPO DE DISPUTA DA MARCHA DAS VADIAS DE PORTO ALEGRE. Daniela Dalbosco Dell Aglio¹; Paula Sandrine Machado²

FEMINISMOS: PLURALIDADE PRESENTE EM UM CAMPO DE DISPUTA DA MARCHA DAS VADIAS DE PORTO ALEGRE. Daniela Dalbosco Dell Aglio¹; Paula Sandrine Machado² FEMINISMOS: PLURALIDADE PRESENTE EM UM CAMPO DE DISPUTA DA MARCHA DAS VADIAS DE PORTO ALEGRE Daniela Dalbosco Dell Aglio¹; Paula Sandrine Machado² ¹Mestre e Doutoranda em Psicologia Social e Institucional

Leia mais

DISCUTINDO O CONCEITO DE GÊNERO: O QUE PENSA O EDUCADOR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL?

DISCUTINDO O CONCEITO DE GÊNERO: O QUE PENSA O EDUCADOR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL? DISCUTINDO O CONCEITO DE GÊNERO: O QUE PENSA O EDUCADOR DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL? Introdução Fernanda Cavalcante da Silva Universidade de Pernambuco fernanda_najara@hotmail.com A escola

Leia mais

BRINCADEIRA QUE VIROU VERDADE: O RESGATE DA INFÂNCIA TRANSEXUAL NO CONTEXTO ESCOLAR

BRINCADEIRA QUE VIROU VERDADE: O RESGATE DA INFÂNCIA TRANSEXUAL NO CONTEXTO ESCOLAR BRINCADEIRA QUE VIROU VERDADE: O RESGATE DA INFÂNCIA TRANSEXUAL NO CONTEXTO ESCOLAR INTRODUÇÃO Paulo Ribeiro dos Santos Sobrinho; Anete Abramowicz Universidade Federal de São Carlos paulorsant@yahoo.com.br

Leia mais

MASCULINIDADES CLANDESTINAS: A TRANSMASCULINIDADE

MASCULINIDADES CLANDESTINAS: A TRANSMASCULINIDADE MASCULINIDADES CLANDESTINAS: A TRANSMASCULINIDADE Shay Lenís de Los Santos Rodrguez 1 Masculinidade hegemônica Sabemos que existe uma masculinidade superior das demais outras masculinidades. Uma masculinidade

Leia mais

Unidade 2 - Saúde, sexualidade e reprodução SEMANA 4 SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇAO. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva

Unidade 2 - Saúde, sexualidade e reprodução SEMANA 4 SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇAO. Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Unidade 2 - Saúde, sexualidade e reprodução SEMANA 4 SAÚDE, SEXUALIDADE E REPRODUÇAO Autora: Cristiane Gonçalves da Silva Objetivos: Identificar e analisar como os conceitos sobre sexualidade, gênero

Leia mais

SER MULHER NÃO TEM A VER COM DOIS CROMOSSOMOS X : IMPACTOS DA PERSPECTIVA FEMINISTA DE GÊNERO NO ENSINO DE CIÊNCIAS

SER MULHER NÃO TEM A VER COM DOIS CROMOSSOMOS X : IMPACTOS DA PERSPECTIVA FEMINISTA DE GÊNERO NO ENSINO DE CIÊNCIAS DIVERSIDADE EM DEBATE SER MULHER NÃO TEM A VER COM DOIS CROMOSSOMOS X : IMPACTOS DA PERSPECTIVA FEMINISTA DE GÊNERO NO ENSINO DE CIÊNCIAS Felipe Bastos* Marcelo Andrade** Os conceitos de sexualidade e

Leia mais

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS HOMOPARENTALIDADE EM FOZ DO IGUAÇU PR MARTINS DE FARIAS, Adriana. Estudante do Curso de Antropologia e Diversidade Cultural ILAACH UNILA; E-mail: adriana.farias@aluno.unila.edu.br;

Leia mais

Corpo Ciborgue e identidades trans: narrativas sobre a construção do corpo na experiência de mulheres transexuais.

Corpo Ciborgue e identidades trans: narrativas sobre a construção do corpo na experiência de mulheres transexuais. Corpo Ciborgue e identidades trans: narrativas sobre a construção do corpo na experiência de mulheres transexuais. Ana Carolina de Martini Dutra Universidade Sagrado Coração, Bauru/SP e-mail: karoldemartini@gmail.com

Leia mais

A AÇÃO DAS PRÁTICAS DISCURSIVAS E DA ALTERIDADE NA CONSTRUÇÃO SOCIAL DA IDENTIDADE DE GÊNERO

A AÇÃO DAS PRÁTICAS DISCURSIVAS E DA ALTERIDADE NA CONSTRUÇÃO SOCIAL DA IDENTIDADE DE GÊNERO Simpósio Temático nº 28: Identidade, diferença e gênero: afirmação e crítica como duas formas de resistência A AÇÃO DAS PRÁTICAS DISCURSIVAS E DA ALTERIDADE NA CONSTRUÇÃO SOCIAL DA IDENTIDADE DE GÊNERO

Leia mais

FORMAR PARA A DIVERSIDADE: A QUESTÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO GERAL DE PSICÓLOGOS E PSICÓLOGAS NA CIDADE DE PELOTAS

FORMAR PARA A DIVERSIDADE: A QUESTÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO GERAL DE PSICÓLOGOS E PSICÓLOGAS NA CIDADE DE PELOTAS FORMAR PARA A DIVERSIDADE: A QUESTÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA FORMAÇÃO GERAL DE PSICÓLOGOS E PSICÓLOGAS NA CIDADE DE PELOTAS Ana Carolina Paes anacarolina-paes@hotmail.com Psicóloga e graduanda em Ciências

Leia mais

Andreia LaisCantelli 1

Andreia LaisCantelli 1 TRAVESTILIDADE E TRANSEXUALIDADE NO ENSINO SUPERIOR: DESLOCAMENTOS E TENSÕES PRODUZIDAS PELAS RESOLUÇÕES DO NOME SOCIAL Andreia LaisCantelli 1 RESUMO Este trabalho é uma pesquisa bibliográfica/documental,

Leia mais

PIBID, UM CONHECIMENTO ESSENCIAL DA REALIDADE NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

PIBID, UM CONHECIMENTO ESSENCIAL DA REALIDADE NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA Seminário de Avaliação do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência UFGD/UEMS/PIBID PIBID, UM CONHECIMENTO ESSENCIAL DA REALIDADE NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA Alline Laura de Freitas Ohara alineohara18@gmail.com

Leia mais

ANÁLISE DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE GEOGRAFIA E PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FURG NA BUSCA DAS QUESTÕES DE GÊNERO

ANÁLISE DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE GEOGRAFIA E PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FURG NA BUSCA DAS QUESTÕES DE GÊNERO ANÁLISE DOS CURRÍCULOS DOS CURSOS DE GEOGRAFIA E PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FURG NA BUSCA DAS QUESTÕES DE GÊNERO Évelin Pellegrinotti Rodrigues 1 Luar Fagundes 2 Paula Regina Costa

Leia mais

O FEMINISMO DE CATHRINE MACKINNON DESEJO E PODER

O FEMINISMO DE CATHRINE MACKINNON DESEJO E PODER O FEMINISMO DE CATHRINE MACKINNON DESEJO E PODER FEMINISMO E MARXISMO TRABAHO (valor) MARXISMO SEXUALIDADE (desejo) FEMINISMO Ambos prejudicados nas relações sociais. Feminismo e marxismo como teorias

Leia mais

A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM RAZÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL 1 A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM RAZÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL¹

A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM RAZÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL 1 A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM RAZÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL¹ A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS EM RAZÃO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL 1 Raíssa Schadeck 2, Anna Paula Bagetti Zeifert 3. 1 Projeto de Monografia realizado no Curso de Direito de Unijuí 2 Aluna do curso de Direito

Leia mais

PROGRAMA POLOS DE CIDADANIA 20 ANOS IDENTIDADE DE GÊNERO: TRAVESTILIDADES E TRANSGENERIDADES

PROGRAMA POLOS DE CIDADANIA 20 ANOS IDENTIDADE DE GÊNERO: TRAVESTILIDADES E TRANSGENERIDADES PROGRAMA POLOS DE CIDADANIA 20 ANOS IDENTIDADE DE GÊNERO: TRAVESTILIDADES E TRANSGENERIDADES PROGRAMAÇÃO 1º Dia 10 de abril de 2015 INTRODUÇÃO À DIVERSIDADE DE GÊNERO 14:00 Apresentação de Mini Documentários.

Leia mais

DIVERSIDADE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL

DIVERSIDADE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL DIVERSIDADE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL PME por uma educação que respeite a diversidade O Plano Municipal de Educação foi construído por meio de discussões e conferência abertas a toda a comunidade

Leia mais

RESENHA REVIEW RESEÑA. JESUS, Jaqueline Gomes de (org.). Transfeminismo: teorias & práticas. Rio de Janeiro: Editora Metanoia, pp.

RESENHA REVIEW RESEÑA. JESUS, Jaqueline Gomes de (org.). Transfeminismo: teorias & práticas. Rio de Janeiro: Editora Metanoia, pp. http://dx.doi.org/10.5007/1807-1384.2015v12n1p389 RESENHA REVIEW RESEÑA TRANSFEMINISMO: TEORIA & PRÁTICAS TRANSFEMINISM: THEORY & PRACTICE TRANSFEMINISMO: TEORÍAS Y PRÁCTICAS JESUS, Jaqueline Gomes de

Leia mais

ESCOLAS BRASILEIRAS: HOMOFOBIA E SEXISMO Carla Lisbôa Grespan 1

ESCOLAS BRASILEIRAS: HOMOFOBIA E SEXISMO Carla Lisbôa Grespan 1 ESCOLAS BRASILEIRAS: HOMOFOBIA E SEXISMO Carla Lisbôa Grespan 1 Resumo: O relatório do Projeto de Estudo sobre Ações Discriminatórias no Âmbito Escolar compreendeu um estudo quantitativo aplicado em 500

Leia mais

O CORPO COMO MARCA DE CONSTITUIÇÃO DE IDENTIDADES SEXUAIS E DE GÊNERO EM CONTEXTPO SÓCIO FAMILIAR DE TRAVESTIS DO MUNICÍPIO DE POÇÕES

O CORPO COMO MARCA DE CONSTITUIÇÃO DE IDENTIDADES SEXUAIS E DE GÊNERO EM CONTEXTPO SÓCIO FAMILIAR DE TRAVESTIS DO MUNICÍPIO DE POÇÕES O CORPO COMO MARCA DE CONSTITUIÇÃO DE IDENTIDADES SEXUAIS E DE GÊNERO EM CONTEXTPO SÓCIO FAMILIAR DE TRAVESTIS DO MUNICÍPIO DE POÇÕES RESUMO Danilo Dias 1 A realização deste trabalho pressupõe a um maior

Leia mais

Cadernos Cedes /87. Corpo, educação física e sociedade: diálogos em tempos e espaços. Apresentação

Cadernos Cedes /87. Corpo, educação física e sociedade: diálogos em tempos e espaços. Apresentação Cadernos Cedes /87 Corpo, educação física e sociedade: diálogos em tempos e espaços 145 APRESENTAÇÃO ste número reúne artigos decorrentes de produções acadêmicas em nível de mestrado ou doutorado que,

Leia mais

DIVERSIDADE SEXUAL NOS LIVROS DIDÁTICOS DE SOCIOLOGIA: UMA INTERFACE COM AS ORIENTAÇÕES E PARÂMETROS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA NO ESTADO DA BAHIA

DIVERSIDADE SEXUAL NOS LIVROS DIDÁTICOS DE SOCIOLOGIA: UMA INTERFACE COM AS ORIENTAÇÕES E PARÂMETROS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA NO ESTADO DA BAHIA DIVERSIDADE SEXUAL NOS LIVROS DIDÁTICOS DE SOCIOLOGIA: UMA INTERFACE COM AS ORIENTAÇÕES E PARÂMETROS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA NO ESTADO DA BAHIA José Miranda Oliveira Junior Universidade Estadual do Sudoeste

Leia mais

Proposta de disciplinas NEPP-DH

Proposta de disciplinas NEPP-DH Proposta de disciplinas NEPP-DH 2018.2 Praia Vermelha Disciplina Horário Docente Sala Ementa Teoria dos Direitos SEG-QUA 14:50- ANA CLAUDIA CFCH4 (2º ANDAR O objetivo da disciplina é discutir uma teoria

Leia mais

LABORE Laboratório de Estudos Contemporâneos POLÊM!CA Revista Eletrônica PRÁTICAS BISSEXUAIS: UMA NOVA IDENTIDADE OU UMA NOVA DIFERENÇA?

LABORE Laboratório de Estudos Contemporâneos POLÊM!CA Revista Eletrônica PRÁTICAS BISSEXUAIS: UMA NOVA IDENTIDADE OU UMA NOVA DIFERENÇA? 79 PRÁTICAS BISSEXUAIS: UMA NOVA IDENTIDADE OU UMA NOVA DIFERENÇA? CAMILA DIAS CAVALCANTI Formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Goiás e Mestre em Sociologia pela Universidade Federal

Leia mais

V SIMPÓSIO GÊNERO E POLÍTICAS PÚBLICAS

V SIMPÓSIO GÊNERO E POLÍTICAS PÚBLICAS V SIMPÓSIO GÊNERO E POLÍTICAS PÚBLICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA 13 a 15 de junho de 2018 GT6 GÊNERO, CORPO E SEXUALIDADE Repercussão entre internautas da inserção da primeira atleta transgênera

Leia mais

Aula 26 Raça e Etnia / Gênero e Sexo

Aula 26 Raça e Etnia / Gênero e Sexo Aula 26 Raça e Etnia / Gênero e Sexo RAÇA E ETNIA Raça A raça (do italiano razza) é um conceito que obedece a diversos parâmetros para classificar diferentes populações de uma mesma espécie biológica de

Leia mais

POLÍTICAS DO RESSENTIMENTO, DO MEDO E DA RAIVA AOS CORPOS TRANS NO ESPAÇO ESCOLAR Sandro Prado Santos FACIP/UFU

POLÍTICAS DO RESSENTIMENTO, DO MEDO E DA RAIVA AOS CORPOS TRANS NO ESPAÇO ESCOLAR Sandro Prado Santos FACIP/UFU POLÍTICAS DO RESSENTIMENTO, DO MEDO E DA RAIVA AOS CORPOS TRANS NO ESPAÇO ESCOLAR Sandro Prado Santos FACIP/UFU Introdução Este trabalho propõe reflexões com as relações (im)possíveis e de disputa entre

Leia mais

Gênero e Cultura. 12º. EDUCAids. Cristina Câmara. São Paulo, 11 de junho de

Gênero e Cultura. 12º. EDUCAids. Cristina Câmara. São Paulo, 11 de junho de Gênero e Cultura Cristina Câmara 12º. EDUCAids São Paulo, 11 de junho de 2008 Gênero... o termo gênero parece ter feito sua aparição inicial entre as feministas americanas, que queriam enfatizar o caráter

Leia mais

AS SEMANAS FEMINISTAS PROMOVIDAS PELO NEPGS DO IFRS CAMPUS RIO GRANDE: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA POR UMA CULTURA DE EMPODERAMENTO FEMININO

AS SEMANAS FEMINISTAS PROMOVIDAS PELO NEPGS DO IFRS CAMPUS RIO GRANDE: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA POR UMA CULTURA DE EMPODERAMENTO FEMININO AS SEMANAS FEMINISTAS PROMOVIDAS PELO NEPGS DO IFRS CAMPUS RIO GRANDE: RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA POR UMA CULTURA DE EMPODERAMENTO FEMININO Carolina Lopez Israel 1 Angélica Teixeira da Silva Leitzke 2 Introdução

Leia mais

Conteúdo Programático

Conteúdo Programático Disciplina: TÓPICOS ESPECIAIS EM ARTE E VISUALIDADES: CULTURA VISUAL, GÊNEROS E SEXUALIDADES Ano: 2017-2 CH Semestral: 64 Sala 19 Professora: Carla de Abreu Ementa Objetivos Conteúdo Programático A partir

Leia mais

Código / Área Temática. Código / Nome do Curso. Etapa de ensino a que se destina. Nível do Curso. Objetivo. Ementa.

Código / Área Temática. Código / Nome do Curso. Etapa de ensino a que se destina. Nível do Curso. Objetivo. Ementa. Código / Área Temática Código / Nome do Curso Etapa de ensino a que se destina Nível do Curso Objetivo Direitos Humanos Gênero e Diversidade na Escola Aperfeiçoamento QUALQUER ETAPA DE ENSINO Aperfeiçoamento

Leia mais

HOMOFOBIA E SEXISMO NO SISTEMA PRISIONAL E NO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO TOCANTINENSE: UMA ANÁLISE DO PERFIL CURSISTAS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO

HOMOFOBIA E SEXISMO NO SISTEMA PRISIONAL E NO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO TOCANTINENSE: UMA ANÁLISE DO PERFIL CURSISTAS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO HOMOFOBIA E SEXISMO NO SISTEMA PRISIONAL E NO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO TOCANTINENSE: UMA ANÁLISE DO PERFIL D@S CURSISTAS DE UM PROJETO DE EXTENSÃO Milena Carlos de Lacerda 2 ; Bruna Andrade Irineu 3 1 Acadêmica

Leia mais

Conceito de Gênero e Sexualidade no ensino de sociologia: Relato de experiência no ambiente escolar

Conceito de Gênero e Sexualidade no ensino de sociologia: Relato de experiência no ambiente escolar UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INCIAÇÃO À DOCÊNCIA SUBPROJETO SOCIOLOGIA Elizabeth Cristina - elizcristina@hotmail.com Bolsista

Leia mais

Com a palavra, as mulheres do movimento LGBT

Com a palavra, as mulheres do movimento LGBT Com a palavra, as mulheres do movimento LGBT A sigla LGBT reúne segmentos da sociedade oprimidos por sua orientação sexual, como é o caso das lésbicas, gays e bissexuais, e também pela sua identidade de

Leia mais

Projeto Gênero e educação: fortalecendo uma agenda para as políticas educacionais

Projeto Gênero e educação: fortalecendo uma agenda para as políticas educacionais Projeto Gênero e educação: fortalecendo uma agenda para as políticas educacionais desenvolvido por Ação Educativa Assessoria, Pesquisa e Informação, CLADEM (Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa

Leia mais

NÓS, MULHERES: A IMPORTÂNCIA DA SORORIDADE E DO EMPODERAMENTO FEMININO

NÓS, MULHERES: A IMPORTÂNCIA DA SORORIDADE E DO EMPODERAMENTO FEMININO NÓS, MULHERES: A IMPORTÂNCIA DA SORORIDADE E DO EMPODERAMENTO FEMININO Maria Eduarda Silveira 1 Lucía Silveira Alda 2 O presente relato de experiência tem como objetivo descrever a proposta de oficina

Leia mais

Compreender o conceito de gênero e as questões de poder implícitas no binarismo;

Compreender o conceito de gênero e as questões de poder implícitas no binarismo; Universidade Federal da Paraíba PIBID Sociologia Aluno: Felipe Furini Soares Plano de aula Temática: GÊNERO Introdução: A questão de orientação sexual é um debate presente na área de educação há um certo

Leia mais

Apresentação. Jorge LEITE JÚNIOR *

Apresentação. Jorge LEITE JÚNIOR * Apresentação Jorge LEITE JÚNIOR * O colonialismo acabou? Esta pode parecer uma questão historicamente ultrapassada ou mesmo imprecisa, tanto por ser pouco específica geograficamente quanto por ser politicamente

Leia mais

Planejamento Disciplina NEPP-DH

Planejamento Disciplina NEPP-DH Planejamento Disciplina NEPP-DH 2018.1 Disciplina HORÁRIO PROFESSOR EMENTA SALA Teoria dos Direitos SEG-QUA 14:50-16:30 ANA CLAUDIA O objetivo da disciplina é discutir uma teoria Sala 2 do CFCH Fundamentais

Leia mais

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013

ISSN: X COLÓQUIO DO MUSEU PEDAGÓGICO 28 a 30 de agosto de 2013 BINARISMO SEXUAL NA ESCOLA: CONTROLE SOCIAL DOS CORPOS Ana Franciele de Oliveira Silva * (UESB) João Diógenes Ferreira dos Santos ** (UESB) RESUMO O presente trabalho é fruto das categorias analisadas

Leia mais

Geral: Compreender como se realizam os processos de troca e transmissão de conhecimento na sociedade contemporânea em suas diversas dimensões.

Geral: Compreender como se realizam os processos de troca e transmissão de conhecimento na sociedade contemporânea em suas diversas dimensões. PLANO DE DISCIPLINA IDENTIFICAÇÃO CURSO: Licenciatura em Matemática DISCIPLINA: Sociologia da Educação PRÉ-REQUISITO: Não há UNIDADE CURRICULAR: Obrigatória [X] Optativa [ ] Eletiva [ ] CÓDIGO DA DISCIPLINA:

Leia mais

UM OLHAR SOBRE O GÊNERO: categoria analítica e questões sócio-políticas Arthur Furtado Bogéa 1

UM OLHAR SOBRE O GÊNERO: categoria analítica e questões sócio-políticas Arthur Furtado Bogéa 1 UM OLHAR SOBRE O GÊNERO: categoria analítica e questões sócio-políticas Arthur Furtado Bogéa 1 RESUMO Estudo sobre a categoria analítica gênero e as questões sócio políticas que daí deriva. A partir de

Leia mais

MOVIMENTOS SOCIAIS. Prof. Robson Vieira da Silva Sociologia 1º ano - UP

MOVIMENTOS SOCIAIS. Prof. Robson Vieira da Silva Sociologia 1º ano - UP MOVIMENTOS SOCIAIS Prof. Robson Vieira da Silva Sociologia 1º ano - UP OS MOVIMENTOS SOCIAIS - DEFINIÇÃO São ações sociais coletivas de caráter socio-político e cultural que viabilizam distintas formas

Leia mais

Educação Física e sexualidade: desafios educacionais

Educação Física e sexualidade: desafios educacionais http://dx.doi.org/10.1590/1806-9584-2018v26n354609 Resenhas Educação Física e sexualidade: desafios educacionais Educação física e sexualidade: desafios educacionais. WENETZ, Ileana; SCHWENGBER, Maria

Leia mais

O CURRÍCULO E A TEORIA QUEER 1 NA PERSPECTIVA DE UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES Maria Cecília Castro PROPED-UERJ Agência Financiadora: CAPES

O CURRÍCULO E A TEORIA QUEER 1 NA PERSPECTIVA DE UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES Maria Cecília Castro PROPED-UERJ Agência Financiadora: CAPES O CURRÍCULO E A TEORIA QUEER 1 NA PERSPECTIVA DE UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES Maria Cecília Castro PROPED-UERJ Agência Financiadora: CAPES Louro (2007) afirma que o modo como pesquisamos e, portanto,

Leia mais