Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil. CIV 640 Saneamento Urbano
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- Cássio Duarte Aquino
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1 Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil CIV 640 Saneamento Urbano
2 Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil Objetivos da aula 12 Ao final desta aula as (o) alunas (o) deverão conhecer elementos de projeto de sistemas de esgotamento sanitário
3 Tipos de Esgotamento Sanitário
4 Tipo de sistema Sistema Combinado; Águas pluviais; Águas residuárias.
5 Tipo de sistema Sistema Separador (Brasil) Águas residuárias
6 Tipos de Esgotamento Sanitário Inconvenientes do sistema combinado custos iniciais elevados; grandes dimensões das canalizações; Riscos de refluxo de esgoto por ocasião de cheias; A ETE não pode ser dimensionada para toda a vazão (Extravasamento sem tratamento) Possível ocorrência de mau cheiro nas bocas de lobo e pontos do sistema tubulações com grandes diâmetros com capacidade ociosa no período seco.
7 Tipos de Esgotamento Sanitário Vantagens do sistema separador Afastamento das águas pluviais facilitado; menores dimensões das canalizações; possibilidade do emprego de diversos materiais para as tubulações de esgotos; planejamento de execução das obras por partes; melhoria das condições de tratamento de esgotos sanitários; não ocorrência de extravasamento dos esgotos nos períodos de chuva intensa.
8 Tipos de Esgotamento Sanitário
9 Caracterização Quantitativa Fontes de esgotos que contribuem a uma ETE Esgotos domésticos (residências, instituições e comércio) Águas de infiltração Despejos Industriais (diversas origens e tipos de indústrias) Para a caracterização, tanto quantitativa, quanto qualitativa, dos esgotos afluentes à ETE, é necessário uma análise de cada um destes itens.
10 Caracterização Quantitativa Vazão Doméstica: Calculada com base na vazão de água da localidade Vazão de água (Quota Per Capita QPC)
11 Caracterização Quantitativa Fatores de influência no consumo de água
12 Caracterização Quantitativa Vazão Média de Esgotos Q dméd = Pop.QPC.R/1000 (m 3 /d) Ou Q dméd = Pop.QPC.R/86400 (l/s) Q dméd = Vazão doméstica média de esgotos (m 3 /d ou l/s) QPC = quota per capita de água R = coeficiente de retorno esgoto/água OBS.: variam de 60% a 100%. Usualmente adotado 80%.
13 Caracterização Quantitativa Variações da vazão. Vazões máxima e mínima No projeto de uma ETE, não basta considerar apenas a vazão média. É necessária também a quantificação dos valores mínimos e máximos. K1 = 1.2 (coeficiente do dia de maior consumo) K2 = 1.5 (coeficiente da hora de maior consumo) K3 = 0.5 (coeficiente da hora de menor consumo) Q dmáx = Q méd. K1.K2 = 1.8 Q méd Q dmin = Q méd.k3 = 0.5 Q dméd Valores super ou subdimensionados afetam diretamente o desempenho técnico e econômico da ETE em Projeto
14 Caracterização Quantitativa Vazão de Infiltração Ocorre através de tubos defeituosos, conexões, juntas ou paredes de poços de visita. Fatores que influenciam: extensão da rede coletora Unidade: l/s.km Valores médios utilizados = 0.3 a 0.5 l/s.km Área servida Tipo de solo Profundidade do lençol freático Topografia Densidade populacional (número de conexões por área)
15 Caracterização Quantitativa Vazão Industrial É função do tipo e porte da indústria, processo, grau de reciclagem, existência de pré-tratamento etc. Levantamento de informações: Consumo de água Volume consumido total (por dia ou mês) Volume consumido nas diversas etapas do processamento Recirculações internas Origem da água (abastecimento público, poços etc) Eventuais sistemas de tratamento da água internos
16 Caracterização Quantitativa Vazão Industrial Levantamento de informações: Produção de despejos vazão total número de pontos de lançamento regime de lançamento (regime, duração e frequência) ponto(s) de lançamento (rede coletora, curso d`água) eventual mistura dos despejos com esgotos domésticos e água pluviais
17 Caracterização Qualitativa A característica dos esgotos é função dos usos à qual a água foi submetida. Projeto de uma ETE: Não há interesse em determinar os diversos compostos dos quais a água residuária é constituída Utilizar parâmetros indiretos que traduzam o caráter e o potencial poluidor do despejo Parâmetros físicos, químicos e biológicos
18 Caracterização Qualitativa
19 Caracterização Qualitativa Principais características físicas dos esgotos domésticos
20 Caracterização Qualitativa Principais características químicas dos esgotos domésticos
21 Caracterização Qualitativa Principais características químicas dos esgotos domésticos
22 Equivalente Populacional Parâmetro caracterizador dos despejos industriais E.P (equivalente populacional) = carga de DBO da indústria (kg/d)/contribuição per capita de DBO (kg/hab.d)
23 CARACTERÍSTICAS TÍPICAS DOS ESGOTOS Fonte: Von Sperling, 2006
24 Sistemas de esgotos sanitários (SES) Conceito É o conjunto de elementos que tem por objetivo a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final,tanto do esgoto doméstico, quanto do lodo resultante
25 Rede Coletora Partes de um Sistema de Esgotos Sanitários Conjunto de canalizações destinadas a receber e conduzir os esgotos dos edifícios (composta por coletores secundários e por coletores tronco) Interceptor Canalização que recebe coletores ao longo de seu comprimento, não recebendo ligações prediais diretas Emissário Canalização destinada a conduzir os esgotos a um destino conveniente (estação de tratamento de esgotos ou lançamento).
26 Rede Coletora Predial Principal ou tronco Interceptor Emissário Partes de um Sistema de Esgotos Sanitários
27 Algumas normas para projetos de esgotamento sanitário NBR 9648 Estudo de concepção de Sistemas de Esgotos Sanitários NBR 9649 Projeto de redes coletoras de esgotos sanitários NBR Tanques Sépticos Projeto, construção e operação NBR Projeto de instalações elevatórias de esgotos
28 Concepção de Sistemas de Esgotamento Sanitário Atividades desenvolvidas: Análise do sistema de esgotamento existente Estudo demográfico e projeção populacional Estimativa das vazões (doméstica, infiltração e industrial) Determinação das variações de vazão Capacidade de autodepuração do corpo receptor Planta planialtimétrica da localidade Estimativa da quantidade de serviços e custos
29 Tipos de traçados de redes Concepção do Traçado da Rede de Esgotos
30 Concepção do Traçado da Rede de Tipos de traçados de redes Esgotos
31 Localização dos coletores na via pública Depende: interferências (galerias de águas pluviais, cabos telefônicos e elétricos, adutoras, redes de água, tubulação de gás); profundidade dos coletores; tráfego; largura da rua; soleiras dos prédios, etc.
32 Concepção do Traçado da Rede de Esgotos Localização dos coletores na via pública
33 Concepção do Traçado da Rede de Esgotos Localização dos coletores na via pública
34 ACESSÓRIOS DOS SES Poço de Visita (PV) Terminal de Limpeza (TL): tubo que permite a introdução de equipamentos de limpeza e substitui o PV no início dos coletores Tubo de Inspeção e Limpeza (TIL): dispositivo não visitável, permite a introdução de equipamentos de limpeza Caixa de Passagem (CP): câmara sem acesso usado em curvas e mudanças de declividade
35 ACESSÓRIOS DOS SES
36 POÇOS DE VISITA CHAMINÉ BALÃO
37 TUBO DE INSPEÇÃO E LIMPEZA (TIL)
38 TUBO DE LIMPEZA (TL)
39 CAIXA DE PASSAGEM (CP)
40 TIPOS DE REDES COLETORAS REDE SIMPLES REDE DUPLA
41 PROFUNDIDADE DOS COLETORES Recomendações de Norma: Recobrimento mínimo de 0,9 m no leito e 0,65 m no passeio. Usual > 1,5 m no leito
42 MATERIAIS UTILIZADOS Tubos cerâmicos: ø 100, 150, 200, 250, 300, 350, 375, 400 mm Tubos PVC: ø 100 a 400 mm Tubos de concreto: ø 400 a 2000 mm - (coletores tronco, emissários e interceptores) Tubos de ferro fundido dúctil: ø 150 a 1200 mm (linhas de recalque) Tubos de polietileno: ø 63 a 1200 mm (linhas de recalque, emissários submarinos)
43 REDE COLETORA PVC
44 INTERCEPTORES Recebem coletores ao longo do comprimento Não recebem ligações prediais diretas Localizados próximos de cursos d água ou lagoas.
45 INTERCEPTORES
46 ELEVATÓRIAS São instalações destinadas a transferir os esgotos de um ponto a outro em diversas partes do SES. Utilizadas sempre que não for possível ou viável, por razões técnicas e econômicas, o escoamento dos esgotos por gravidade. Usadas em terrenos planos e extensos, evitando-se que as canalizações atinjam profundidades excessivas e em áreas novas situadas em cotas inferiores às existentes.
47 Tipos de traçados de redes tipo distrital
48 ELEVATÓRIAS
49 DE QUE PRECISAMOS PARA O DIMENSIONAMENTO REDE?
50 DEFINIR O TRAÇADO E OS ELEMENTOS
51 DEFINIR O TRAÇADO E OS ELEMENTOS
52 CONHECER OS PARÂMETROS DE PROJETO Diâmetro (D) m ou mm Lâmina d água (y) m Velocidade inicial e final (vi e vf) m/s Área Molhada (Am) m2 Raio Hidráulico (R H ) = Am/Pm m Declividade (I) - m/m Tensão trativa (σ) Pa Velocidade Crítica (vc) m/s
53 TENSÃO TRATIVA Tensão trativa: tensão tangencial exercida sobre a parede do conduto pelo líquido escoado. σ 1 Pa
54 DECLIVIDADE MÍNIMA Declividade mínima: Declividade mínima para ocorrer para autolimpeza da rede garantindo tensão trativa de pelo menos 1 Pa ao longo do dia. Para o coeficiente de manning de η = 0,013, σ = 1 Pa e y/d = 0,75. * Imin em m/m e Qi em L/s. Derivada da equação de manning Q = I 1/2 AR 2/3 H V = I -1/2 R 2/3 H η η
55 DIÂMETRO DO TUBO Para manter a lâmina máxima igual a 0,75, o diâmetro mínimo necessário pode ser calculado diretamente por: n=0,013; D em m; I em m/m; e Qf em m 3 /s. :
56 VELOCIDADE CRÍTICA Acima da Vf pode promover a introdução de ar nos tubos coletores. Quando a velocidade final Vf é superior a velocidade crítica Vc deve-se reduzir o y/d para 0,5; R Hf.
57 PASSOS PARA DIMENSIONAMENTO Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as vazões inicial e final (Qi e Qf ). Menor valor de vazão, 1,5 L/s em qualquer trecho. Os diâmetros a empregar devem ser previstos nas normas e especificações brasileiras relativas aos diversos materiais, o menor não sendo inferior a DN 100. A declividade de cada trecho da rede coletora não deve ser inferior à mínima admissível calculada e nem superior à econômica.
58 PASSOS PARA DIMENSIONAMENTO Verificar a tensão trativa média de cada trecho para a vazão inicial (Qi) e n=0,013. A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha Vf = 5 m/s. Quando a velocidade final Vf é superior a Vc, o y/d = 0,5. As lâminas d água devem ser sempre calculadas admitindo o escoamento em regime uniforme e permanente, sendo o valor máximo, para a vazão final (Qf), igual ou inferior a 75% do diâmetro do coletor (ou 50% quando Vf >Vc).
59 RESUMO PARA DIMENSIONAMENTO
60 DESOBSTRUÇÃO DE REDES COLETORAS HIDROJATEAMENTO
61 DESOBSTRUÇÃO DE REDES COLETORAS VÁCUO
62 DESOBSTRUÇÃO DE REDES COLETORAS VÁCUO E HIDROJATEAMENTO
63 Universidade Federal de Ouro Preto Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil CIV 640 Saneamento Urbano Tratamento de Esgotos
64 Tratamento de Esgotos Estudos de concepção devem definir: Impacto ambiental do lançamento no corpo receptor Objetivos do tratamento Níveis do tratamento Eficiência de remoção desejada
65 Tratamento de Esgotos Níveis do tratamento de Esgotos: Preliminar Primário Secundário Terciário
66 Tratamento de Esgotos Níveis do tratamento de Esgotos:
67 Tratamento Preliminar Destina-se principalmente a remoção de : Sólidos grosseiros Areia Objetivos: Proteção dos dispositivo de transporte dos esgotos Proteção da unidades de tratamento subsequentes Proteção dos corpos receptores
68 Tratamento Preliminar Unidades componentes: Gradeamento Remoção de sólidos grosseiros Desarenador (caixa de areia) Remoção de areia e partículas sólidas de diâmetro semelhante
69 Tratamento Preliminar Unidades componentes:
70 Tratamento Preliminar Gradeamento: Retenção de Material com dimensões maiores que o espaçamento entre as barras
71 Tratamento Preliminar Desarenação: Finalidades básicas: Evitar abrasão nos equipamentos e tubulações Eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em tubulações, tanques, sifões, etc. Facilitar o transporte do líquido
72 Desarenação: Tratamento Preliminar
73 Medição de Vazão: Tratamento Preliminar
74 Tanque de Equalização: Tratamento Preliminar Homogeneização das vazões afluentes
75 Tanque de Equalização: Tratamento Preliminar
76 Tratamento Primário Destina-se a remoção de: Sólidos em suspensão sedimentáveis Sólidos flutuantes Objetivos: Reduzir a carga de sólidos e DBO dirigida ao tratamento secundário
77 Decantador primário: Tratamento Primário
78 Decantador primário: Tratamento Primário
79 Tratamento Secundário Objetivo: Remoção de matéria orgânica que se apresenta sob as formas: Matéria orgânica solúvel Matéria orgânica em suspensão Inclusão de uma etapa biológica Bactérias + matéria orgânica bactérias + H 2 O + CO 2 e CH 4 (condições anaeróbias)
80 Processos de tratamento: Tratamento Secundário Lagoas de estabilização e variantes Reatores Anaeróbios Lodos Ativados Reatores Aeróbios com biofilmes Processos de disposição sobre o solo
81 Variantes: Lagoas facultativas Lagoas de Estabilização Sistemas de lagoas anaeróbias - lagoas facultativas Lagoas anaeróbias Lagoas aeradas facultativas Lagoas aeradas de mistura completa lagoas de decantação Lagoas de alta taxa Lagoas de maturação Lagoas de polimento Sistemas de lagoas aeradas de mistura completa
82 Lagoas Facultativas: Lagoas de Estabilização Construção é simples (corte e aterro) e preparação de taludes Lagoas primárias (recebe esgoto bruto) Lagoas secundárias (recebe afluente de uma unidade de tratamento precedente) É um processo essencialmente natural, não necessitando de nenhum equipamento
83 Lagoas Facultativas: Lagoas de Estabilização
84 Lagoas de Estabilização Lagoas Facultativas Esquema simplificado de uma lagoa facultativa
85 Lagoas de Estabilização Lagoas Facultativas Entrada e saída contínua do esgoto DBO particulada sedimenta (decomposição anaeróbia) DBO solúvel, DBO particulada (decomposição bactérias facultativas) Perfeito equilíbrio entre produção e consumo de oxigênio e gás carbônico Requer locais com elevada radiação solar e baixa nebulosidade
86 Lagoas Facultativas Lagoas de Estabilização Profundidade: 1,5 a 2,0 m Com o aumento da profundidade predomina o consumo de oxigênio sobre a sua produção Ausência de oxigênio à noite (fotossíntese só durante o dia) A estabilização da matéria orgânica ocorre a taxas mais lentas (usualmente superior a 20 dias) Requer grandes áreas Simplicidade operacional
87 Lagoas Facultativas Lagoas de Estabilização
88 Reatores Anaeróbios Filtro anaeróbio Sistema tanque séptico filtro anaeróbio (sistema fossafiltro) Utilizado no meio rural e em comunidades de pequeno porte Utilizado também em empresas com poucos funcionários
89 Reatores Anaeróbios Tanque séptico de câmara única Esquema de tanque séptico de câmara única
90 Reatores Anaeróbios Sistema tanque séptico filtro anaeróbio Fluxograma típico de um sistema de tanque séptico seguido por filtro anaeróbio
91 Filtro anaeróbio Reatores Anaeróbios Esquema de um filtro anaeróbio de fluxo ascendente (fonte: Chernicharo, 2001)
92 Reatores Anaeróbios Filtro anaeróbio Filtro anaeróbio retangular, de fluxo ascendente (fonte: Chernicharo, 2001)
93 Reatores Anaeróbios Sistema tanque séptico- filtro anaeróbio A eficiência do sistema é usualmente inferior à dos processos aeróbios (suficientes para maior parte das situações) A produção do lodo em sistemas anaeróbios é bem baixa O lodo já sai estabilizado Sempre há risco de geração de maus odores
94 Filtro anaeróbio Reatores Anaeróbios Filtro anaeróbio da ETE de São Bartolomeu
95 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo Reatores Anaeróbios de Fluxo Ascendente e de Manta de Lodo (RAFA) Upflow Anaerobic Sludge Blanket (UASB) Tendência no Brasil como tratamento único ou seguido de alguma forma de pós-tratamento Não há necessidade de tratamento primário
96 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo A biomassa cresce dispersa no meio A concentração de biomassa é elevada (manta de lodo) Volume requerido é bastante reduzido, comparando com todos os outros sistemas de tratamento Retém grande parte da biomassa no sistema (retorno gravitacional) Idade do lodo é elevada e o tempo de detenção hidráulica é reduzido (6 a 10h)
97 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo Fluxograma típico de um sistema com reator anaeróbio de manta de lodo e fluxo ascendente (UASB)
98 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo Representação esquemática do funcionamento de um reator UASB
99 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo Foto e representação esquemática de um reator UASB cilíndrico, de pequeno porte (250 hab). ETE Experimental UFMG/COPASA.
100 Reator anaeróbio de manta de lodo Produção de lodo é baixa Reatores Anaeróbios O lodo já sai digerido e adensado Risco de geração de liberação de maus odores pode ser minimizado: Projeto bem elaborado (cálculos cinéticos e hidráulicos) Completa vedação do reator Operação adequada do reator
101 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo
102 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo Limitação da eficiência de remoção da DBO (70%) Para atingir a eficiência desejada, os reatores UASB devem ser seguidos por alguma forma de pós-tratamento O pós-tratamento pode ser qualquer dos processos secundários (aeróbios e anaeróbios) O sistema de pós-tratamento é bem mais compacto O tamanho (volume) total das unidade no sistema UASB pós-tratamento é também um pouco menor, comparada a alternativa sem reator UASB
103 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo
104 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo
105 Reatores Anaeróbios Reator anaeróbio de manta de lodo
106 Lodos ativados Sistema muito utilizado em nível mundial. Efluente com elevada qualidade e com baixo requisito de área O nível de mecanização, o consumo energético e a complexidade operacional são mais elevados Pode ser utilizado com pós-tratamento de efluentes de reatores anaeróbios
107 Lodos ativados Lodos ativados convencional (fluxo contínuo) Lodos ativados de aeração prolongada (fluxo contínuo) Fluxo intermitente (operação intermitente) Lodos ativados como pós-tratamento de efluentes anaeróbios
108 Lodos ativados Lodos ativados convencional A redução no volume pode ser alcançada por meio da concentração de biomassa no meio líquido Na unidade de decantação do sistema de lagoas aeradas lagoas de decantação, possui bactérias ativas e ávidas Aumentar a concentração de bactérias na unidade de aeração retornando o lodo (princípio básico de lodos ativados)
109 Lodos ativados Lodos ativados convencional Esquema das unidades da etapa biológica do sistema de lodos ativados
110 Lodos ativados Lodos ativados convencional Biomassa é separada no decantador secundário (flocular) A concentração de sólidos em suspensão no tanque de aeração é mais de 10 vezes superior à de uma lagoa aerada de mistura completa TDH do líquido é de 6 a 8 horas, requerendo um volume bem reduzido Idade do lodo: 4 a 10 dias, bem superior ao do líquido Remoção de matéria orgânica sedimentável no decantador primário
111 Lodos ativados Lodos ativados convencional
112 Lodos ativados Lodos ativados convencional Fluxograma típico do sistema de lodos ativados convencional
113 Lodos ativados convencional Tanques são de concreto Lodos ativados As bactérias crescem e se reproduzem continuamente no tanque de aeração devido à entrada contínua de alimento Retirar a mesma quantidade de biomassa que é aumentada por reprodução para manter o sistema em equilíbrio (lodo biológico excedente) O lodo excedente deve sofrer adensamento, digestão e desidratação
114 Lodos ativados Lodos ativados convencional A aeração é responsável pela introdução de oxigênio e manutenção da biomassa em suspensão A aeração pode ser por aeradores mecânicos superficiais ou por ar difuso Ocupa áreas reduzidas e tem elevada eficiência de remoção O fluxograma do sistema é complexo, requerendo uma elevada capacitação para a sua operação Os gastos com energia elétrica são um pouco superiores aos das lagoas aeradas
115 Reatores aeróbios com biofilmes Biomassa cresce aderida a um meio suporte Leito de material grosseiro pedras brita escória de alto-forno ripas material plástico (mais leves e maior área superficial) A função do filtro não é filtrar
116 Reatores aeróbios com biofilmes São sistemas aeróbios A aplicação de esgotos é feita através de distribuidores rotativos (movidos pela própria carga hidráulica) A matéria orgânica é adsorvida pela película microbiana e então é estabilizada Esquema de um filtro biológico percolador
117 Reatores aeróbios com biofilmes (a) Vista de um filtro percolador, com quatro braços distribuidores, leito de brita e aberturas na parede lateral, para saída do efluente e entrada de ar. (b) Detalhe de um braço distribuidor aplicando o afluente sobre o leito de pedras.
118 Reatores aeróbios com biofilmes São normalmente circulares e podem ter vários metros de diâmetro Têm uma menor capacidade de se ajustar a variações do efluente Podem ser usados como pós-tratamento do efluente de reatores anaeróbios os decantadores primários podem ser substituídos pelos reatores anaeróbios se o lodo excedente não estiver estabilizado, ele é retornado ao reator anaeróbio
119 Reatores aeróbios com biofilmes Filtros biológicos percoladores de baixa carga Fluxograma típico de um filtro biológico percolador de baixa carga
120 Reatores aeróbios com biofilmes Filtros biológicos percoladores de alta carga O efluente é recirculado, porque? Uniformizar a vazão Equilibrar a carga afluente Possibilitar novo contato MO efluente da Fluxograma típico de um filtro biológico de alta carga
121 Reatores aeróbios com biofilmes Filtros biológicos percoladores de alta carga Recirculação do efluente Manter vazão uniforme durante todo dia Equilibrar a carga afluente Novo contato matéria orgânica efluente Levar oxigênio dissolvido para o líquido afluente Para melhorar a eficiência, pode-se utilizar dois filtros biológicos em série
122 Reatores aeróbios com biofilmes Filtros biológicos percoladores de alta carga Limitações de filtros biológicos com leito de pedras a área superficial específica é baixa volume de espaços vazios é limitado entupimento de espaços vazios (elevadas cargas) podem ocorrer inundações e falhas do sistema
123 Reatores aeróbios com biofilmes Filtros biológicos percoladores de alta carga Usar outros materiais com maior área superficial (plástico corrugado, tablados de ripas e anéis plásticos) possuem aproximadamente o dobro de área aumentam os espaço vazio para circulação de ar são mais leves (cerca de 30 vezes), diminui o requisito de área
124 Disposição de Efluentes no Solo Conduzem à recarga do lençol subterrâneo e/ou evapotranspiração O esgoto supre as necessidades das plantas, tanto em termos de água, quanto de nutrientes Um poluente no solo tem três possíveis destinos: Retenção na matriz do solo Retenção pelas plantas Aparecimento na água subterrânea
125 Disposição de Efluentes no Solo Infiltração Lenta (irrigação) Sistema de infiltração lenta Objetivo: tratamento de esgotos As taxas de aplicação são controladas pela carga de nitrogênio ou pela permeabilidade do solo São projetados para maximizar a quantidade de esgotos aplicados por unidade de área Aplicação em solo argiloso, com boa drenagem e profundidade de águas subterrâneas superior a 1,5 m
126 Disposição de Efluentes no Solo Infiltração Lenta (irrigação) Sistema de irrigação de culturas (fertirrigação) objetivo: Reuso da água para produção agrícola As taxas de aplicação são baseadas nas necessidades de irrigação da cultura e na eficiência de aplicação do sistema de distribuição Avaliar as características microbiológicas e bioquímicas dos esgotos Requer maior área e é o sistema natural mais eficiente
127 Disposição de Efluentes no Solo Infiltração Lenta (irrigação) Fluxograma típico de um sistema de infiltração lenta por aspersão (ao invés do tratamento primário, podem-se ter reatores anaeróbios.
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