Rua Dr. Rui Ferraz de Carvalho, 4322, Zona I - Umuarama/PR - CEP: Fone/Fax: (0xx44) mpf-umuarama@prpr.mpf.gov.

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1 EXMO. SR. DR. JUIZ FEDERAL DA ª VARA DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UMUARAMA, SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ AÇÃO CIVIL PÚBLICA AUTOR: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL RÉ: COMPANHIA MELHORAMENTOS NORTE DO PARANÁ - CMNP Referência: Peças de Informação n.º / O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, pelo Procurador da República infra-assinado, no exercício das funções institucionais previstas Constituição Federal, artigos 127, caput e 129, II e III, e na Lei Complementar nº 75/93, artigos 5 o, II, alínea d, III, alínea d e IV, 6, inciso VII, alíneas b e d, com base nas informações constantes nas Peças de Informação n.º / , da Procuradoria da República no Município de Umuarama, comparece à presença de Vossa Excelência para, nos termos da Lei n.º 7.347/85, propor a presente AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA, para a defesa de direito difuso ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, sobretudo no que se refere à proteção e preservação da RESERVA BIOLÓGICA DAS PEROBAS Rebio das Perobas, criada pelo Decreto de 20 de março de 2006, atualmente protegida pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade - ICMBio, contra a 1

2 COMPANHIA MELHORAMENTOS NORTE DO PARANÁ - CMNP, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o n.º / , com sede na Rua São Bento, 329, Centro, em São Paulo/SP, CEP , podendo ser citada na pessoa de seu gerente administrativo, Sr. Maurício de Souza, com escritório comercial na Estrada Jussara/Destilaria Ivaí, s/nº, em Jussara/PR, CEP , pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: 1. DO OBJETO DA AÇÃO A presente ação civil pública tem por escopo a desobstrução da passagem localizada à margem da BR 487 (também denominada estrada boiadeira), nas coordenadas geográficas 23,908º S; 52,759º O ( porteira ao lado do mato ), inserta no imóvel de propriedade da empresa ré (Fazenda Água do Índio), em razão da necessidade de celeridade na movimentação de veículos oficiais do ICMBio à porção leste da Reserva Biológica das Perobas e, consequentemente, permitir a efetiva fiscalização e proteção contra incêndio e invasores na unidade. 2. DOS FATOS Em foi protocolada nesta Procuradoria da República de Umuarama cópia do ofício n.º 042/2011 RBP-ICMBio/PR, elaborado pelo Chefe da Reserva Biológica das Perobas, Sr. Carlos Alberto Ferraresi De Giovanni, o qual havia sido encaminhado ao Sr. Maurício de Souza, Gerente da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná CMNP. Referido ofício solicitava ao destinatário a desobstrução da passagem localizada à margem da BR-487, nas coordenadas geográficas 23,908º S; 52,759º O ( porteira ao lado do mato ), tendo em vista a necessidade de acesso mais rápido ao lado leste da unidade de conservação, pois o acesso atualmente está sendo feito pela estrada de acesso ao distrito de 2

3 São Lourenço, aumentando o percurso em mais de 20 (vinte) km e mais de 40 (quarenta) minutos. Expedido ofício à CMNP, esta informou que por questões de segurança do patrimônio da empresa e de seus colaboradores, a porteira não existe mais, sendo construída no local dela uma cerca fixa. Na sequência, foram requisitadas informações ao Chefe da Reserva Biológica das Perobas, Sr. Carlos Alberto Ferraresi de Giovanni. Em resposta, esclareceu sobre a importância e necessidade para a Rebio das Perobas quanto ao acesso pela estrada ao lado da Reserva, onde existia uma porteira, atualmente retirada pela CMNP. Afirmou que o acesso pelo referido local se justifica pela celeridade de movimentação até a porção leste da unidade, em área onde já se identificou a presença de invasores suspeitos de praticar caça de animais silvestres, bem como pela necessidade de atendimento mais rápido a eventuais emergências ambientais. Informou que a desobstrução pretendida pelo ICMBio se refere somente ao acesso de veículos oficiais, não implicando em quaisquer prejuízos à segurança dos funcionários e do patrimônio da empresa, uma vez que a porteira será mantida fechada, bloqueando o acesso de veículos de terceiros à sede da Fazenda. Diante dessas informações, este Parquet expediu a Recomendação n.º 10/2011 para que a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná procedesse à desobstrução da passagem solicitada pelo ICMBio. No entanto, a CMNP manifestou discordância quanto ao cumprimento da referida Recomendação, alegando não concordar com as afirmações do Chefe da Rebio das Perobas. Na oportunidade, mencionou que a Fazenda Água do Índio, em toda sua extensão territorial, possuía inúmeros pontos de acesso, construídos especialmente para facilitar o deslocamento dos funcionários que trabalham na Companhia. Todavia, em razão de delitos sofridos, a empresa 3

4 adotou algumas medidas, objetivando dificultar a entrada de criminosos na fazenda. Dentre as medidas, houve o fechamento de grande parte das porteiras que existiam na propriedade, no justo propósito de coibir a entrada de terceiros. Ainda, esclareceu que atualmente existem duas entradas de acesso na Fazenda Água do Índio, sendo que uma delas os agentes ambientais do ICMBio constantemente utilizam. Aduziu que o fechamento da passagem ( porteira ao lado do mato ) em nada prejudica o trabalho dos agentes ambientais. Considerando o exposto, não resta outra alternativa senão a resolução da lide pelo Judiciário. 3. DA RESERVA BIOLÓGICA DAS PEROBAS A Constituição da República, em seu art. 225, 1º, III: Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações. 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: (...) III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; - sem o destaque no original O dispositivo Constitucional foi regulamentado pela Lei nº 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza SNUC. Vejam-se alguns artigos: 4

5 Art. 7 o As unidades de conservação integrantes do SNUC dividemse em dois grupos, com características específicas: I - Unidades de Proteção Integral; II - Unidades de Uso Sustentável. 1 o O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei. (...) Art. 8 o O grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de unidade de conservação: (...) II - Reserva Biológica; (...) Art. 10. A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. 1 o A Reserva Biológica é de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a lei. 2 o É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional, de acordo com regulamento específico. 3 o A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições por este estabelecidas, bem como àquelas previstas em regulamento. Criada pelo Decreto de 20 de março de 2006, a Reserva Biológica das Perobas representa importante avanço na preservação ambiental e tem por objetivo... preservar os ecossistemas naturais existentes, com destaque para os remanescentes de Floresta Estacional Semidecidual e sua fauna associada, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades controladas de educação ambiental (art. 1 o ). Localizada no Noroeste do Estado do Paraná, nos Municípios de Tuneiras do Oeste e Cianorte, a Rebio das Perobas tem seus 5

6 limites estabelecidos no art. 2 º do mencionado Decreto,... perfazendo uma área aproximada de hectares. Ainda tem como Zona de Amortecimento o limite externo de 500 metros em projeção horizontal, a partir do perímetro da Reserva (art. 4 º ): Figura 1 Reserva Biológica das Perobas A Rebio das Perobas, de acordo com o biólogo Maurício Savi, do Ministério do Meio Ambiente, trata-se do... último refúgio de flora e fauna com características naturais na região 1. Conforme já constatado por pesquisadores, trata-se de um refúgio riquíssimo da vida selvagem, um dos poucos que ainda restam no Paraná. Tal Reserva é considerada como... o último grande refúgio da biodiversidade no noroeste do Paraná, Por isso mesmo, a Rebio das Perobas abriga diversas espécies de fauna e flora. 1 Notícia Criada a Reserva Biológica das Perobas no Paraná (em anexo). 2 Notícia Pesquisas confirmam alto grau de biodiversidade em Rebio no Paraná (em anexo). 6

7 Para se ter ideia da riqueza de espécies presentes na Rebio das Perobas, o puma (onça-parda) já teve sua presença registrada nela. Tal espécie está ameaçada, segundo o Livro Vermelho das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente 3. Também há notícia de espécie de morcego classificada como vulnerável na lista de espécies brasileiras ameaçadas de extinção 4. É preciso salientar que ainda não são conhecidos todos os animais que habitam a Rebio das Perobas. Ainda estão sendo feitos estudos para conhecer tais espécies. É notório que uma das principais causas da ameaça sofridas por espécies da flora e fauna se dá em razão da perda de habitat. Foi justamente para preservar a biodiversidade de uma determinada área considerada importante que foi criada a Reserva (... com o objetivo de preservar os ecossistemas naturais existentes,... Art. 1 º do Decreto de 20 de março de 2006). Nesse sentido, a Rebio das Perobas representa importantíssimo papel na preservação de várias espécies, pois é uma área especialmente protegida, servindo de refúgio para diversas espécies da região. 4. DO ICMBIO No escopo de preservar precipuamente os patrimônios naturais inseridos nas unidades de conservação, o Instituto Chico Mendes de 3 Assim, espécies com ampla distribuição ou que ocorrem em vários biomas, mesmo na Amazônia, dificilmente se qualificaram, segundo os atuais critérios da IUCN, para inclusão em uma das categorias de ameaça. Há, porém, duas exceções que merecem destaque: a onça-parda (Puma concolor) e a jaguatirica (Leopardus pardalis). Como espécies, esses táxons não estão ameaçados, já que ocorrem em praticamente todo o território nacional, inclusive na Amazônia. Entretanto, duas subespécies extra-amazônicas de onçaparda (Puma concolor capricornensis e P. concolor greeni) e uma subespécie de jaguatirica (Leopardus pardalis mitis) foram incluídas na lista nacional. Isso se explica porque a distribuição geográfica dessas subespécies está restrita a regiões intensamente degradadas ou com alto grau de perturbação antrópica. Livro Vermelho das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do Meio Ambiente, f Notícia Cianorte: Pesquisa Analisa o Efeito do Desmatamento sobre os Morcegos (em anexo). 7

8 Conservação da Biodiversidade ICMBio, autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, foi criado pela Lei n.º /2007. Sua missão é proteger o patrimônio natural brasileiro e promover o desenvolvimento socioambiental. Isso se dá por meio da gestão de Unidades de Conservação Federais, da promoção do desenvolvimento socioambiental das comunidades tradicionais naquelas consideradas de uso sustentável, da pesquisa e gestão do conhecimento, da educação ambiental e do fomento ao manejo ecológico 5. Dentre suas finalidades, cabe ao ICMBio executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, fiscalização e monitoramento, bem como exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União (artigo 1º, incisos I e IV, ambos da Lei n.º /2007). Das estratégias de proteção, destaca-se a fiscalização ambiental. Para tanto, o ICMBio se utiliza principalmente do aumento da presença institucional, fortalecendo as equipes locais e apoiando ações rotineiras, a fim de fazer uma proteção adequada da unidade, tendo como parâmetro as áreas protegidas e conservação das unidades, coibindo-se infrações ambientais 6. Há, outrossim, o controle das emergências ambientais. Nessa área de atuação, a principal preocupação do órgão ambiental é a prevenção e controle de incêndios florestais. As atividades de prevenção incluem a confecção de aceiros, faixas de terreno desprovida de vegetação que impedem a propagação do fogo; ações de monitoramento e atividades de educação ambiental 7. Nessa perspectiva, conforme preceitua Édis Milaré 8, como bem difuso e de uso coletivo, o meio ambiente não pode gerir-se por si MILARÉ, Édis. Direito do ambiente: doutrina, jurisprudência, glossário. 4 ed. ver., atual. e ampl. São Paulo: RT, pp. 748,

9 mesmo: ele carece de proteção. A salvaguarda lhe vem do Poder Público, seu tutor, já que se trata de patrimônio público. E continua: a defesa do meio ambiente desenvolve-se simultaneamente a partir de ações de índole preventiva, reparatória e repressiva. Certamente, A investigação de supostas infrações e a aplicação de sanções administrativas figuram entre as mais importantes expressões do poder de polícia conferido à Administração Pública. Tais atribuições são de insofismável importância, considerando que o meio ambiente tutelado é uma Reserva Biológica, unidade de proteção integral. Essa área é especialmente protegida, sendo que nela só são admitidas ações voltadas à preservação e recuperação ambiental, segundo dispõe o art. 10 da Lei nº 9.985/2000: Art. 10. A Reserva Biológica tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. De fato, para que os ecossistemas existentes na Reserva Biológica das Perobas sejam efetivamente protegidos, não basta o mero status legal de unidade de conservação. A proteção desse espaço reservado se concretiza a partir da intensa e efetiva atuação do ICMBio, que se utiliza de ações projetadas na prevenção e repressão de eventuais danos ambientais. 5. DO ACESSO À PORÇÃO LESTE DA REBIO DAS PEROBAS O acesso à Rebio das Perobas é feito pelo Município de Tuneiras do Oeste, onde, inclusive, situa-se a sede do ICMBio. De Tuneiras do Oeste, utiliza-se a BR-487 (estrada boiadeira): 9

10 Figura 2 Região da Rebio das Perobas: Acesso Contígua à porção leste da unidade, conforme se denota da figura acima, encontra-se a Fazenda Água do Índio, de propriedade da empresa ré. Anteriormente, o acesso à porção leste pelos veículos oficiais do ICMBio, realizava-se pela entrada localizada à margem da BR- 487, onde antes havia uma porteira ( porteira ao lado do mato ), nas coordenadas geográficas 23,908ºS / 52,759ºO: 10

11 Figura 3 Acesso pela porteira ao lado do mato antes da retirada pela CMNP Note-se que essa entrada dá acesso imediato à porção leste da unidade, possibilitando o rápido deslocamento dos veículos oficiais a áreas onde já foi identificada a presença de invasores suspeitos de praticar caça de animais silvestres, bem como o atendimento efetivo a eventuais emergências ambientais. No entanto, a porteira foi retirada pela CMNP. Segundo o informado pela empresa (fls ), a medida foi adotada na tentativa de dificultar o acesso e a atuação de criminosos em sua propriedade. De outro vértice, em acordo com o explicitado pelo ICMBio (f ), atualmente as ações de fiscalização na porção leste da unidade de conservação estão sendo desempenhadas ineficazmente, tendo em vista que o acesso hoje utilizado pelos veículos oficiais do órgão ambiental, localizado na estrada de acesso ao distrito de São Lourenço (23,923ºS / 52,655ºO), também na propriedade da CMNP, aumenta o deslocamento em 17 Km, aproximadamente. A título ilustrativo, colocando-se as coordenadas geográficas de ambos os acessos no sítio do google maps é possível verificar a nítida diferença entre suas distâncias em relação à Reserva Biológica das Perobas: 9 Peças de Informação n.º / Peças de Informação n.º /

12 Figura 4 Acessos Deveras, a obstrução desse acesso contíguo à Rebio pela CMNP repercute diretamente no tempo de deslocamento dos agentes ambientais do ICMBio até o local do dano, aumentando-o em cerca de 40 minutos (f ). Nessa esteira, o desempenho das atribuições do órgão ambiental, mormente nas situações emergenciais, apresenta-se consideravelmente prejudicado. Consequentemente, a ocorrência de eventuais danos irreparáveis ao meio ambiente é, senão certa, muito provável. Vê-se, por exemplo, os casos de incêndio e queimadas florestais, os quais, infelizmente, têm atingido não raramente as unidades de conservação federais, conforme se depreende da notícia publicada no site do ICMBio em Cumpre registrar que em maio de 2011 iniciou-se os trabalhos da primeira brigada contra incêndios na Rebio das Perobas. Voltada principalmente para as ações de prevenção, a brigada, composta por um esquadrão de sete brigadistas, atua na vigilância durante o período crítico de 11 Peças de Informação n.º /

13 risco de incêndios florestais por meio de rondas e observação em pontos estratégicos 13. Nesse diapasão, o tempo de deslocamento dos veículos oficiais do ICMBio é, sem dúvidas, fator importante para minimizar ou até mesmo evitar possíveis danos advindos dos incêndios e das queimadas florestais, bem como de outras situações emergenciais na Reserva Biológica das Perobas. 6. DA SERVIDÃO ADMINISTRATIVA A utilização da estrada dos veículos oficiais do ICMBio ao longo do entorno leste da Rebio das Perobas, no imóvel da empresa ré (Fazenda Água do Índio), configura uma modalidade de intervenção do Estado na propriedade privada denominada de servidão administrativa. Tal instituto, desenvolvido a partir do direito privado, define-se como um direito real em favor do Poder Público sobre a propriedade alheia. Conquanto haja previsão da servidão administrativa no art. 40 do Decreto-Lei n.º 3.365/41, verifica-se que a norma é antiga e pouco esclarecedora, cabendo à doutrina e jurisprudência o preenchimento do seu conteúdo. Pietro: Nessa esteira, nas lições de Maria Sylvia Zanella Di A servidão administrativa implica a instituição de direito real de natureza pública, impondo ao proprietário a obrigação de suportar um ônus parcial sobre o imóvel de sua propriedade, em benefício de um serviço público ou de um bem afetado a um serviço público; afeta a exclusividade do direito de propriedade, porque transfere a outrem faculdades de uso e gozo; excepcionalmente afeta apenas o caráter absoluto, quando implica

14 obrigação de não fazer; acarreta gravame maior do que a ocupação temporária, porque tem o caráter perpétuo. (...) Considerando, pois, a servidão administrativa dentro do regime jurídico de direito público a que se submete, conclui-se que ela constitui uma prerrogativa da Administração Pública agindo com o poder de império que lhe permite onerar a propriedade privada com um direito real de natureza pública, sem obter previamente o consentimento do particular ou título expedido pelo Judiciário. O seu fundamento é o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. No exercício dessa prerrogativa, deve a Administração respeitar as restrições decorrentes da lei ou dos princípios publicísticos que informam a sua atividade, não devendo ultrapassar aquilo que seja necessário e suficiente para os fins públicos que se pretende atingir com a instituição da servidão 14. Carvalho Filho ressalta que a noção clássica deste instituto envolve a conhecida servidão de trânsito, ou seja, aquela que provoca a utilização do solo, reduzindo, portanto, a área útil do imóvel do proprietário. Seja como for, em todos esses casos, como bem se pode observar, o Poder Público limita-se ao uso da parte da propriedade necessária à execução dos serviços públicos 15. Os fundamentos da servidão administrativa são a supremacia do interesse público sobre o privado e a função social da propriedade (arts. 5º, XXIII, e 170, III, ambos da CF). Seguindo essa linha de raciocínio, sabe-se que o direito de propriedade/posse não é absoluto, sendo passível de sofrer limitações, especialmente se ponderado com o interesse público. Celso Antônio Bandeira de Mello (in Curso de Direito Administrativo, 21ª ed., Malheiros Editores, 2006, pág. 66) enfatiza a supremacia do interesse público sobre o privado: 14 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22. ed. São Paulo: Atlas, 2009, pp. 124 e CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 23. ed. rev., ampl. e atualizada até Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p

15 Trata-se de verdadeiro axioma reconhecível no moderno Direito Público. Proclama a superioridade do interesse da coletividade, firmando a prevalência dele sobre o particular, como condição, até mesmo, da sobrevivência e asseguramento deste último. É pressuposto de uma ordem social estável, em que todos e cada um possam sentir-se garantidos e resguardados. Note-se, de outro vértice, que o exercício da propriedade é condicionado ao bem-estar social, ou seja, a propriedade deve ser exercida em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas (art , 1º, do CC). Nessa senda, Carvalho Filho leciona que (...) o conteúdo do direito de propriedade sofre inúmeras limitações no direito positivo, tudo para permitir que o interesse privado não se sobreponha aos interesses maiores da coletividade 16. In casu, verifica-se que, de acordo com o explicitado pela empresa ré à f , a Companhia nunca se negou, tampouco dificultou e/ou restringiu a entrada e saída deste agentes ambientais. Ou seja, a passagem dos veículos oficiais do ICMBio pela propriedade sempre foi de conhecimento da empresa. Em que pese a Administração não ter celebrado acordo expresso com o proprietário e nem observou as formalidades necessárias à implementação da servidão administrativa, fato este que, segundo ensinamentos de José dos Santos Carvalho Filho (In Manual de Direito Administrativo. 23. ed. rev., ampl. e atualizada até Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 851.), configura uma utilização da propriedade manu militari, há o consentimento do trânsito dos veículos do ICMBio pela empresa ré. 16 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 23. ed. rev., ampl. e atualizada até Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p Peças de Informação n.º /

16 Ora, a servidão administrativa de fato ou indireta se concretiza, no caso em apreço, a partir da utilização pelos veículos do ICMBio da passagem contígua à Rebio das Perobas, no entorno leste da unidade, com o intuito de propiciar sua efetiva proteção. Embora inexistente qualquer formalização de servidão, resta inequívoca a necessidade do trânsito dos veículos do órgão ambiental naquela região, seja pela própria natureza da unidade de proteção integral, impedindo a movimentação dos veículos dentro dos limites da unidade, seja pela grande extensão da aludida unidade, inviabilizando qualquer ação fiscalizatória dos agentes ambientais sem a utilização de meios de locomoção. Nesse ínterim, conforme visto anteriormente, a obstrução do acesso pela empresa ré, de fato, prejudica as ações de fiscalização do órgão ambiental e, consequentemente, põe em risco a proteção da Rebio das Perobas. Certamente, não há que se falar em comodidade, mas em necessidade do referido acesso para a efetiva realização do serviço público pelo órgão ambiental. A preservação e proteção da Rebio das Perobas exige um rápido deslocamento dos agentes ambientais, seja nas ações preventivas, seja nas repressivas. Deveras, não se trata de atos de mera tolerância ou permissão da empresa ré. Se assim fosse, deixar-se-ia o órgão ambiental ao livre arbítrio da empresa ré em tolerar a utilização do acesso que bem entender. Ora, poderia a CMNP obstruir a passagem atualmente utilizada pelo ICMBio e permitir a utilização de outro acesso mais distante ou, ainda, não mais tolerar qualquer passagem. Cuida-se, sim, da necessidade e utilidade da passagem em comento considerando o interesse público, no caso, a proteção da Rebio das Perobas. Sobre o assunto, já se pronunciou a jurisprudência: 16

17 DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. FECHAMENTO DE VIAS DE ACESSO A CONDOMÍNIO PRIVADO. IMPOSSIBILIDADE. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA. EXECUÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS DE INTERESSE COLETIVO. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1. Trata-se de Apelação Cível interposta em face de sentença proferida no Mandado de Segurança nº 001., a qual denegou a segurança pleiteada para impedir o fechamento das vias de acesso ao condomínio impetrante, sob o fundamento de que houve desapropriação indireta daquelas vias por parte do Município, há mais de trinta anos. 2. O cerne da questão consiste em definir se as ruas de acesso ao Condomínio apelante continuam sendo de propriedade privada ou se tornaram de domínio público. 3. De um lado, o Condomínio apelante é propriedade privada constituída desde a década de 60 do século passado, estando subdividido em 112 casas cortadas por ruas internas e de acesso, as quais permaneceram abertas e acessíveis à população em geral até o ano de De outro, as referidas vias foram urbanizadas, calçadas pela municipalidade, ganharam meio-fio, valas para corrimento de água, rede de esgoto, postes de iluminação e orelhões, são realizados serviços de conservação e limpeza, varrição e recolhimento de lixo, tudo a cargo do Poder Público. Acontece que, por motivo de segurança, a fim de coibir a violência urbana dentro dos limites de sua propriedade privada, o condomínio apelante promoveu o fechamento das ruas de acesso descritas nos autos, vindo a ser impedido pela Coordenadoria Regional da DIRCON/SEPLAN. 4. É cediço que, apesar do direito de propriedade ser alçado como garantia constitucional (art. 5º, XII), a própria Constituição subordina a fruição desse direito à condição de atender sua função social (art. 5º, XXIII), dessa forma, é lícito ao Estado intervir na propriedade toda vez que o uso da mesma não esteja cumprindo o seu papel na sociedade. Essa intervenção pode ser classificada como restritiva ou supressiva. A primeira é aquela em que o Poder Público impõe restrições e condicionamentos ao uso da propriedade, sem, no entanto, retirá-la de seu dono. A intervenção supressiva, a seu turno, gera a transferência coercitiva da propriedade de terceiro para o Estado, em virtude de alguma utilidade pública prevista na lei. É o caso da desapropriação. 5. No caso dos autos, trata-se de intervenção restritiva, mais especificamente na modalidade de servidão administrativa. "Servidão administrativa é o direito real público que autoriza o Poder Público a usar a propriedade imóvel para permitir a execução 17

18 de obras e serviços públicos de interesse coletivo" (CARVALHO FILHO, José dos Santos, Manual de Direito Administrativo, 14ª edição, p. 615). Ainda segundo a doutrina de José dos Santos Carvalho Filho, a noção clássica deste instituto envolve a conhecida servidão de trânsito, ou seja, aquela que provoca a utilização do solo, reduzindo, portanto, a área útil do imóvel do proprietário (op. cit. p. 616). 6. A servidão administrativa encerra apenas o uso da propriedade alheia para a execução de serviços públicos, não enseja a perda da propriedade, como é o caso da desapropriação. O Município do Recife, ao promover a urbanização das vias internas e de acesso ao condomínio apelante, consolidou uma situação fática incontestável nos autos: o direito de locomoção entre os imóveis adjacentes ao Conjunto Residencial Casa Forte, bem como permitiu a execução de obras e serviços públicos de interesse coletivo, como saneamento básico, iluminação e limpeza pública, sem mencionar a consequente valorização imobiliária de propriedade privada. 7. Permitir o fechamento das vias de acesso indicadas nos autos seria o mesmo que legitimar o enriquecimento ilícito do condomínio, haja vista a valorização imobiliária efetivada às expensas do erário, além de interromper a execução de serviço público essencial à coletividade, sem mencionar que estaria restringindo o direito de ir e vir da população em geral. 8. No tocante aos honorários advocatícios, assiste razão ao apelante, devendo a mesma ser afastada em conformidade com as Súmulas 512, do Supremo Tribunal Federal, e 105, do Superior Tribunal de Justiça. 9. Recurso de Apelação parcialmente provido à unanimidade de votos. (TJPE, AC , 8ª Câmara Cível, Rel. José Ivo de Paula Guimarães, DJ em ) Grifamos AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. ALEGAÇÃO DE ESBULHO PERPETRADO POR CONCESSIONÁRA DE ENERGIA ELÉTRICA. COLOCAÇÃO DE POSTES PARA IMPLANTAÇÃO DE REDE DE ELETRIFICAÇÃO RURAL. SERVIDÃO ADMINISTRATIVA. AUSÊNCIA DE INSTITUIÇÃO REGULAR. FATO CONSUMADO. CARÁTER PERMANENTE. PREVALÊNCIA DO INTERESSE PÚBLICO. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. EVENTUAL REPARAÇÃO A SER PLEITEADA NAS VIAS ORDINÁRIAS. Por inadequada se tem a pretensão de reintegração da área, porquanto a servidão administrativa aparente, como a do caso em exame, a exemplo da servidão constituída regularmente, possui caráter permanente e perpétuo. No que toca à ausência de registro do acordo particular 18

19 firmado com o antigo proprietário, tal rigor procedimental vem sendo flexibilizado, devendo o proprietário buscar eventual ressarcimento pelas vias ordinárias. Decisão que integralmente se mantém. IMPROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, AC , 1ª Câmara Cível, Rel. Des. Maldonado de Carvalho, j. em ) Grifamos Aliás, impende destacar que a inexistência de título acerca da servidão de trânsito aparente não impede o seu reconhecimento e, tampouco, a sua proteção jurídica. Sobre o tema, foi editada a Súmula n.º 415 pelo STF, verbis: Servidão de trânsito não titulada, mas tomada permanente, sobretudo pela natureza das obras realizadas, considera-se aparente, conferindo direito à proteção possessória. Acrescente-se ainda o fato de que referida passagem está inserida na zona de amortecimento da Reserva Biológica (limite externo de 500 metros em projeção horizontal Figura 1). Apesar de o plano de manejo 18 da Reserva Biológica das Perobas encontrar-se em fase de elaboração, é cediço que na zona de amortecimento é possível impor certas restrições na propriedade privada, com o intento de minimizar impactos negativos sobre a unidade de conservação (art. 2º, inciso XVIII, da Lei n.º 9.985/00). Embora não faça parte da unidade de conservação, a zona de amortecimento representa importante função na proteção e preservação da unidade de conservação. Tanto é que a competência do poder de polícia do ICMBio abrange, inclusive, as áreas correspondentes à zona de amortecimento, nos termos de recente decisão proferida pelo TRF4: 18 Lei n.º 9.985/00: Art. 2º, inciso XVII zona de amortecimento: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade. Art. 27. As unidades de conservação devem dispor de um Plano de Manejo. (Regulamento) 1o O Plano de Manejo deve abranger a área da unidade de conservação, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos, incluindo medidas com o fim de promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas. 19

20 AGRAVO DE INSTRUMENTO. AMBIENTAL. MULTA ADMINISTRATIVA. COMPETÊNCIA. ICMBIO. ENTORNO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO. 1. Cabe ao ICMBio exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação instituídas pela União, incluindo-se nessa competência as áreas correspondentes à zona de amortecimento, na qual "as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade" (art. 2º, XVIII, da Lei nº 9.985/2000). 2. A declaração da área como integrante do perímetro urbano não afasta a legislação que assegura a preservação ambiental no entorno de unidades de conservação. (TRF4, AG n.º , Quarta Turma, Rel. Marga Inge Barth Tessler, D.E. em ) Frise-se, por oportuno, que o uso do solo limita-se à necessária execução do serviço, ou seja, consubstancia-se na passagem dos veículos oficiais do ICMBio em estrada já existente (conforme se verifica na Figura 3), não acarretando quaisquer prejuízos à propriedade da empresa ré. Importante observar também que a retirada da cerca e colocação de uma porteira, como antes havia, mantida fechada (com acesso restrito), em nada afetará a proteção do imóvel Fazenda Água do Índio. Destarte, por todo o exposto, resta imprescindível a desobstrução do acesso denominado de porteira ao lado do mato, no escopo de permitir a utilização pelos veículos oficiais ambientais da estrada ao longo do entorno leste da Rebio das Perobas, inserta na zona de amortecimento da unidade, no imóvel da empresa ré (Fazenda Água do Índio) e, consequentemente, possibilitar a efetiva proteção pelo órgão ambiental da aludida unidade de conservação. 7. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA A antecipação dos efeitos da tutela é medida diferenciada que atende direitos subjetivos peculiares de forma mais adequada. A mera 20

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