EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
|
|
- Rafaela Covalski Caminha
- 7 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS Autor Paulo Augusto Seifert
2 IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. S459 Seifert, Paulo Augusto. / Filosofia das Ciências Sociais. / Paulo Augusto Seifert. Curitiba : IESDE Brasil S.A., p. ISBN: Ciências Filosofia. 2. Teoria do conhecimento. 3. Epistemologia Ciências. I. Título. CDD 121 Capa: IESDE Brasil S.A. Imagem da capa: IESDE Brasil S.A. Todos os direitos reservados. IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, Batel Curitiba PR
3 Sumário Conhecimento, crença e fé 7 Sabemos o que julgamos saber? 7 O que é epistemologia? 8 Noções básicas em epistemologia: conhecimento, crença e fé 10 Conclusão 13 Conhecimento e ceticismo 15 Anatomia do ceticismo 15 A dúvida cartesiana 16 Como responder ao cético? 20 Condições para o conhecimento 20 Teorias epistemológicas 25 Fundacionalismo 25 Coerentismo 30 Antifundacionalismo 31 A epistemologia e as ciências sociais 32 Relação entre ciências sociais e ciências naturais 37 Quantos tipos de ciência há? 37 Diferença de grau e de tipo 41 Naturalismo 42 Antinaturalismo 43 Natureza humana e liberdade 47 É possível uma ciência da natureza humana e da sociedade? 47 Possibilidade e necessidade 48 Tipos de liberdade 51
4 Determinismo, indeterminismo e ciência 57 O problema 57 Determinismo 58 Indeterminismo 63 Explanação científica 67 Explanação e leis 67 Indutivismo 68 Esclarecimentos conceituais 71 Dedutivismo 72 Holismo e individualismo 77 Totalidades e partes 77 Entes sociais e indivíduos 77 Holismo metodológico 78 Individualismo metodológico 80 Causalidade e realidade 85 O que significa dizer que A causou B? 85 Critérios de causação 87 Condições necessárias e suficientes 88 Ciência e realidade 89 O sujeito e o objeto 95 Objetividade e subjetividade 95 Sobre o que é e o que deve ser 96 A origem dos valores 98 Os valores e os estudos sociais 102 O comportamento significativo 107 Peter Winch e a idéia de uma ciência social 107 A organização da sociedade 108 Motivos, razões e propósitos 111 Estudo de caso: a Teoria da Ciência de Lakatos 115 Falsificacionismo dogmático 116 Falsificacionismo metodológico 117 Falsificacionismo sofisticado 118 Referências 123 Anotações 127
5 Apresentação Ciência é hoje sinônimo de conhecimento, não só etimológica, mas também descritivamente. As pessoas se acostumaram a considerar que as explicações que provêm da Ciência são melhores e mais verdadeiras do que aquelas explicações que provêm do senso comum. Ou, por outro lado, que a Ciência comprova aquilo que já se sabia de forma empírica ou intuitiva, e, assim fazendo, atesta o conhecimento popular. Como na sentença, por vezes utilizada em meios de comunicação, a Ciência provou aquilo que nossas avós sabiam. Embora isto seja também um elogio ao conhecimento das avós, a força da sentença se encontra no sujeito e no verbo. Ora, o termo ciência, nesses contextos, designa uma atividade organizada, metódica, experimental, executada por pessoas treinadas em determinadas áreas e metodologias. Esta confiança na Ciência e nos cientistas é relativamente recente na história da humanidade, data de aproximadamente 500 anos, e vem crescendo desde o surgimento do que se chama ciência moderna. Parte significativa da confiança está relacionada com os efeitos práticos, com os sucessos obtidos por diversas ciências em melhorar a vida das pessoas. Não se pode duvidar, sensatamente, que a vida é em geral melhor hoje do que era há mil anos ou mais. Por outro lado, problemas gerados pelo desenvolvimento científico, como poluição, aquecimento global, novas doenças, serão resolvidos, pensam muitos, com mais Ciência. Desde o século XIX, costuma-se dividir as diversas ciências em naturais e sociais. Se ciência, então, é sinônimo de conhecimento, ciências sociais são aquelas que nos possibilitam um conhecimento mais preciso, científico, da sociedade, isto é, das instituições e fenômenos sociais. Vivemos, e precisamos
6 viver, em sociedade; para tanto, saber como agir e interagir com outros é fundamental, e todos temos, em maior ou menor grau, saberes sociais. Neste livro, consideramos o saber social organizado nas ciências sociais de uma perspectiva filosófica. Nosso assunto é justamente se e em que medida as ciências sociais fornecem conhecimento confiável sobre a sociedade. Os textos têm caráter introdutório, e foram pensados para estudantes universitários que pretendem se dedicar às ciências sociais. A estrutura aqui observada é a seguinte: inicialmente, considerações gerais sobre teoria do conhecimento, que ocupa os capítulos 1 a 3; a partir do capítulo 4, a especificidade das ciências sociais é levada em conta. Nesse capítulo, apresentam-se as duas concepções gerais acerca da relação entre ciências sociais e ciências naturais. Os capítulos 5 e 6 tratam de questões filosóficas e metafísicas que dizem respeito aos seres humanos, a saber, se somos livres em nossas ações. Dos capítulos 7 a 10, tópicos importantes para as ciências sociais são considerados: como explicações científicas são produzidas (cap. 7); a relação entre indivíduos e sociedade (cap. 8); a relação entre Ciência e realidade (cap. 9); a relação entre quem conhece e aquilo que é conhecido (cap. 10). Para finalizar, nos dois últimos capítulos, discutem-se duas visões contrastantes de como fazer ciência social: a de que o conhecimento da realidade social exige uma epistemologia e metodologias exclusivas, diferentes das aplicadas nas ciências naturais (cap. 11); e a de que a epistemologia e o método científico é basicamente o mesmo, independente do objeto estudado (cap. 12). Espera-se que o futuro cientista social tenha, por meio destes textos, contato inicial com um conjunto de questões, algumas simples outras extremamente complexas, mas todas interessantes, acerca da possibilidade e necessidade de um conhecimento científico da realidade humana e social. Paulo Seifert
7 Conhecimento, crença e fé Paulo Augusto Seifert * Sabemos o que julgamos saber? O famoso filósofo grego Platão conta, em um de seus livros, intitulado A República, uma estória conhecida como o Mito da Caverna. De acordo com esta alegoria, um grupo de pessoas vive preso dentro de uma caverna e, em razão de certas circunstâncias, tudo que eram capazes de ver se restringia às sombras projetadas no fundo da caverna. Essas sombras eram de seus próprios corpos, bem como de objetos e dos corpos de outras pessoas que viviam fora da caverna. As imagens desses objetos e corpos eram projetadas no fundo da caverna em razão de uma fogueira que se encontrava na entrada da caverna. Como as pessoas dentro da caverna só viam tais sombras elas julgavam que as sombras correspondiam ao real, e aquilo lhes parecia verdadeiro. Quando uma delas consegue se libertar e sair da caverna, fica inicialmente aturdida pela luz do sol e pela visão dos objetos reais. À medida que se acostuma, percebe então serem as coisas que ela vê fora da caverna o verdadeiramente real, e aquilo que via quando estava dentro da caverna eram apenas sombras. Esta alegoria sugere que nem sempre aquilo que acreditamos ser verdadeiro realmente o é, e podemos estar enganados naquilo que nos parece óbvio. Todos nós julgamos que sabemos certas coisas, especialmente aquelas que nos são familiares, aquelas das quais temos experiências constantes, repetidas, cotidianas. Tais experiências nos parecem confiáveis. Mas será que elas realmente são confiáveis? Um exemplo simples pode nos mostrar que talvez não, ou que, pelo menos em algumas situações, tal confiabilidade pode ser posta em dúvida. Aprendemos que há boas razões científicas para dizer que, contrário às aparências, o Sol não se move em torno da Terra, mas o inverso é verdadeiro. A Terra descreve um movimento elíptico ao redor do Sol. Mas não é isto que percebemos. Percebemos que o Sol ora está em um lugar, ora em outro. Quanto à Terra, não vemos e nem sentimos que ela se move. Contudo, como a ciência nos ensina, aquilo que vemos é falso, e aquilo que nem vemos e nem sentimos é, neste caso, verdadeiro. Como isto pode ser? Não deveríamos nos fixar em nossas próprias percepções, e nelas acreditar? Acreditar somente naquilo que podemos ver ou sentir? * Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Bacharel em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor de Filosofia na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), em Canoas/RS.
8 8 Epistemologia das Ciências Sociais Acontece que nós temos, também, experiência de que nossos sentidos nos enganam, e que, por vezes, vemos coisas que não estão realmente ali, ou nos enganamos sobre as características dos objetos que percebemos. Quem já não passou pela experiência de, no entardecer, julgar que certo objeto visto era um pequeno animal (um cachorro, digamos), e ao se aproximar, perceber que era um arbusto. Cada um de nós pode pensar e lembrar de diferentes momentos em que nos enganamos quanto a sensações que tivemos; pode-se lembrar ainda a experiência de sonhos ou pesadelos intensos, de cujo caráter ilusório só nos damos conta ao despertarmos. E, se a situação é assim no que diz respeito a sensações comuns, fica ainda mais complicado quando se tratam de teorias científicas, seja em ciências naturais ou em ciências sociais. Por exemplo, se tomarmos uma ciência social como a história, podemos estender esta dúvida da qual estávamos falando, e perguntar: como saber o que aconteceu em um passado distante (antiga Roma, por exemplo) se dependemos dos testemunhos de outras pessoas, e de seu testemunho escrito já que não mais estão vivas, e testemunhas não são muito confiáveis, e textos podem ter sido adulterados, e assim por diante? O que é epistemologia? Epistemologia geral Questões como as do parágrafo anterior são tratadas pela epistemologia. Quando são questões gerais que se referem a qualquer área da ciência, da moral, da religião, da filosofia, constitui o que se pode chamar de epistemologia geral. Por exemplo, a questão acerca da natureza e dos limites de nosso conhecimento (o que podemos saber?; o que podemos provar?) é desse tipo. Os filósofos costumeiramente distinguem três tipos básicos de conhecimento, relacionados à forma como usamos o termo conhecer ou saber : a) conhecimento proposicional ou conhecimento de que algo é assim ou assado. Quando alguém diz: eu sei que Jesus Cristo era judeu, ela está usando o verbo saber em seu sentido proposicional 1 ; b) conhecimento direto ou por familiaridade, conhecimento este ligado geralmente à observação de algo. Se alguém diz: Eu conheço Salvador, ele está nos dizendo, mesmo que indiretamente, que lá esteve, visitou a cidade, e assim por diante. Aqui, o termo conhecer é usado em sentido não-proposicional; c) conhecimento como habilidade, aquele relacionado com a capacidade de fazer algo. Se eu digo sei nadar, estou afirmando possuir uma certa habilidade. Essas são formas diferentes de conhecimento. Como se relacionam? Um desses tipos é mais fundamental, dele dependendo os outros? 1 Proposição é o termo usado pelos filósofos para distinguir uma certa espécie de sentença de outras, a saber, proposição é aquela sentença passível de atribuição de um valor-de-verdade. Pode-se dizer de uma proposição que ela é verdadeira ou falsa; aplica-se a ela o princípio do terceiro excluído. Assim, uma sentença como Está chovendo agora pode ser verdadeira ou falsa; é, portanto, uma proposição. Já a sentença Feche a janela não pode ser verdadeira nem falsa, pois é uma ordem, não afirma nem nega algo; é, portanto, uma sentença não-proposicional. Da mesma forma, quando expressamos sentimentos, estamos usando a linguagem de modo não-proposicional. Por exemplo, quando o enamorado diz à amada, você partiu-me o coração em pedaços, essa sentença não é verdadeira nem falsa.
9 Conhecimento, crença e fé 9 Mesmo que não se assuma explicitamente que o chamado conhecimento proposicional é o mais fundamental, geralmente as discussões epistemológicas giram em torno deste tipo. E se faz especialmente uma distinção em dois subtipos: conhecimento proposicional a priori e conhecimento proposicional a posteriori. O conhecimento a posteriori é o conhecimento empírico, aquele dependente da experiência perceptual. Embora não se possa simplesmente equiparar percepção com sensação (pense na alegação de que há percepção extra-sensorial ou de que há intuição), a experiência sensorial é tida, neste contexto, como o modelo privilegiado de experiência e fundamento do conhecimento empírico. Assim, por exemplo, quando se pede pelas evidências de que algo é verdadeiro, a pessoa frequentemente está solicitando que se apresentem elementos ligados às sensações, como algo que se viu, ou ouviu, ou se tocou, assim por diante. O conhecimento a priori é o conhecimento racional independente da percepção, aquele conhecimento cuja comprovação não precisa fazer referência alguma a uma experiência sensorial ou de outro tipo, se houver. Aquilo que nós sabemos antes (no sentido lógico) de qualquer experiência, ou, como alguns preferem dizer, o conhecimento inato em nós. Um dos mais importantes debates na epistemologia ocorre em referência a esta distinção entre o a priori e o a posteriori, ou, como também é chamado, as verdades de razão e as verdades de fato. Um exemplo de verdade de razão é algo é igual a si mesmo ; um exemplo de verdade de fato é Machado de Assis escreveu Dom Casmurro. Esse debate opõe os empiristas aos racionalistas. Segundo o empirismo, todo e qualquer conhecimento depende, em última análise, da experiência sensorial. Se não for possível, em relação a qualquer fato ou objeto que se diz conhecer, apontar para alguma experiência a ele relacionado, tal suposto conhecimento é ilusório ou fantasioso. As verdades de razão não são inatas, mas adquiridas, e consistem em relações de idéias, não em um saber acerca da realidade. Já para o racionalismo, nem todo conhecimento depende da experiência sensorial; pelo contrário, as verdades mais fundamentais sobre a realidade são não-sensoriais, e as percepções devem ser julgadas por meio dessas verdades, ou desses conhecimentos fundamentais. Assim, em oposição aos empiristas, os racionalistas concebem as verdades de razão como inatas, e elas se referem à realidade tal como é e não apenas às nossas idéias. O que significa que podemos obter algum conhecimento sobre o mundo também raciocinando, sem necessidade de ter experiências ou fazer experimentos. A mesma distinção é expressa em outros pares de opostos, como verdades necessárias/verdades contingentes, juízo analítico/juízo sintético. Epistemologia aplicada Quando questões como as mencionadas acima são tratadas em relação a alguma área específica das ciências, ou a um tópico específico de uma ciência determinada, constitui o que podemos chamar de epistemologia aplicada. Por exemplo, a questão acerca do papel da memória no conhecimento histórico, ou o assunto deste livro, epistemologia das ciências sociais. A epistemologia aplicada não difere essencialmente, portanto, da epistemologia geral, nem aplicada aqui significa algo técnico. Apenas que há problemas epistemológicos que afetam qualquer área de conhecimento e outros que dizem respeito a determinadas áreas, mas não a outras. Há uma diferença, por exemplo, no que se refere à epistemologia da matemática e no que se refere à epistemologia da religião. Uma importante questão diz respeito a se existe alguma diferença epistemológica, e qual é, no que se refere às ciências naturais (como a Física, a Química, a Biologia) e às ciências sociais (como a Sociologia, a História, a Antropologia).
10 10 Epistemologia das Ciências Sociais Episteme e doxa Epistemologia é um termo que provém do grego, e pode ser traduzido por discurso sobre o conhecimento ou teoria do conhecimento 2. A palavra grega episteme significa conhecimento, mas em um sentido forte (como era usual para os gregos, mas não o é para nós), o que hoje chamaríamos de conhecimento absoluto, aquele do qual somente um tolo duvidaria. Os gregos usavam esse termo para diferenciá-lo de um outro tipo de saber, aquele que chamavam de doxa, termo cuja tradução apropriada é opinião. E justamente, desde lá, consiste a tarefa fundamental da epistemologia, seja geral ou aplicada, em determinar a diferença entre conhecimento (episteme) e opinião (doxa), especialmente opinião verdadeira. Os gregos perceberam que ter uma opinião que corresponde aos fatos não é necessariamente conhecer os fatos. Como assim? Noções básicas em epistemologia: conhecimento, crença e fé Para um melhor entendimento do que se discute em epistemologia, convém diferenciar inicialmente as noções ligadas aos termos conhecimento, crença e fé. As distinções e relações que seguem não são exaustivas, e não pretendem cobrir todo o espectro do uso e significado de tais termos, mas somente esclarecer alguns pontos importantes e fundamentais para que possamos adequadamente diferenciar ciência e opinião. Crença e conhecimento O termo crença pode ser usado em um sentido lato (amplo) e/ou em um sentido estrito. No sentido lato, inclui o conhecimento; no estrito, freqüentemente é usado em contraposição a conhecimento. Quando digo que conheço algo (por exemplo, que sei que 3. 3 = 9), então é também verdade que acredito nisto. Não faz sentido dizer que sei que 3. 3 = 9, mas ao mesmo tempo dizer que não acredito que 3. 3 = 9. Por outro lado, faz sentido dizer que acredito que Maria tem menos de 30 anos, mas não o sei, ou, como algumas pessoas também se expressam, que não tenho certeza. Qual a diferença? Segundo muitos filósofos, quando digo que sei que uma certa sentença é verdadeira, três elementos pelo menos devem estar presentes: primeiro, que eu penso ser ela verdadeira; segundo, que ela é de fato verdadeira; e terceiro, que há evidência suficiente para produzir o assentimento de qualquer pessoa racional (a quem as mesmas evidências estejam disponíveis). Por exemplo, se digo que sei que Maria tem menos de 30 anos, e apresento como evidências sua certidão de nascimento, o testemunho de seu pai, sua carteira de identidade e outras provas similares, então qualquer pessoa racional deveria concordar comigo. Isso, entretanto, não exclui a possibilidade de que eu esteja errado. Se restringirmos a aplicação do termo conhecimento tão somente àquelas sentenças em relação às quais é impossível logicamente que estejamos errados, de pouca coisa poderíamos dizer que as conhecemos. Por exemplo, consideremos a sentença: se penso, existo ; ou, na sua formulação clássica: penso, logo existo. Para qualquer um que afirma uma tal sentença, é impossível, sob qualquer circunstância imaginável ou concebível, que ele esteja errado; pois não há como alguém dizer penso, mas não existo. Ao dizer isto, a pessoa se contradiz, isto é, diz 2 Composto por duas outras palavras: episteme + logos
11 Conhecimento, crença e fé 11 algo e logo após diz o contrário do que disse. Isso não faz sentido. É como se nada dissesse. Contudo, tal peculiaridade não ocorre com a maioria das coisas que dissemos ou nas quais acreditamos. Quando digo Maria tem menos de 30 anos, isto pode ser falso, ou poderia ser diferente, ou pode ter sido verdadeiro no passado, mas agora não é mais. Em suma, posso estar enganado. Assim, se evidências posteriores alterarem a situação, eu não poderia continuar dizendo que sei, ou sabia, que Maria tem menos de 30 anos, mas deveria então dizer que, dadas as evidências disponíveis naquele momento, eu estava justificado em dizer que sabia. Por exemplo, se alguém mostrar que a certidão de nascimento de Maria é falsificada, e que o testemunho do pai dela depende do testemunho da mãe, já falecida (pois ele só veio a conhecer a menina quando já crescida, digamos, com um ano e meio), então teria eu agora evidências que excluem as evidências anteriores nas quais baseava minha crença, mesmo que seja efetivamente verdadeiro, objetivamente considerado, que Maria tem menos de 30 anos. Esse importante ponto mostra como o segundo elemento, mencionado antes (a saber, que quando dizemos saber algo, que este algo seja realmente verdadeiro) é problemático. A diferença fundamental, portanto, entre conhecimento e crença (no sentido estrito) está no grau de evidência disponível. Uma crença não é necessariamente algo em que acredito sem ter nenhuma razão para tal, mas algo em que acredito sem possuir evidências suficientes (e estou disto ciente) para compelir ao assentimento qualquer pessoa racional. Daí ser adequado falar em graus de crença. Esses graus de crença seriam estabelecidos de acordo com sua relação às evidências, o que se chama de princípio de proporcionalidade. Repetindo, o grau de uma crença, isto é, a força probatória que a sustenta, está em proporção direta com as evidências, com as razões que são apresentadas em seu favor, e inversamente proporcional às contra-evidências, as razões apresentadas contra ela. Quanto maior a evidência a favor, mais forte (objetivamente) a crença. Agora, nem todas as crenças podem ou devem ser provadas; nem todas as crenças exigem evidências. Porque, se fosse necessário provar cada uma de nossas crenças, esta seria uma tarefa infinita: seria necessário apresentar a prova de uma crença, a prova da prova, a prova da prova da prova, e assim por diante, sem fim. Estaríamos na situação daquele personagem mítico, cuja tarefa era rolar uma pedra até o topo de uma montanha, mas, pouco antes de conseguir, a pedra rolava montanha abaixo, e ele tinha de recomeçar tudo de novo, sem fim. O que fazer então? Parece haver três alternativas possíveis. Primeiro, manter que há crenças autoevidentes, isto é, cuja verdade é conhecida por si mesma e não necessita, portanto, de prova alguma. Já mencionamos um exemplo: penso, logo existo. Alguns filósofos argumentaram que somente quando nossas crenças se baseiam em tais verdades auto-evidentes podem elas ser consideradas conhecimento, no sentido próprio do termo. Ou, como preferem alguns, na esteira da concepção grega, conhecimento absoluto. Somente nesses casos especiais não haveria diferença entre crer e conhecer. A segunda alternativa consiste em, numa certa altura do processo de prova, simplesmente nos darmos por satisfeitos com as evidências apresentadas, e aceitar a crença mesmo não tendo certeza absoluta de que é verdadeira. Essa aceitação pode se dar de dois modos: ou se aceita a crença plenamente, ou se aceita a crença provisoriamente 3. Se a crença for aceita plenamente, julga-se que ela é verdadeira e confiável, e somente se volta a considerá-la se alguém apresentar uma contra-evidência forte. Muitas das crenças que as pessoas têm são deste tipo: crenças acerca das propriedades dos objetos (de que cor são, que cheiro têm, qual seu tamanho etc.), crenças baseadas na memória (o que ocorreu ontem, o que 3 Conforme a classificação proposta por Mikael Stenmark, no texto Racionalidade e compromisso religioso, publicado na revista Numen, v. 2, n. 2, jul. dez
12 12 Epistemologia das Ciências Sociais os outros disseram etc.), crenças baseadas no costume (que o Sol aparecerá novamente, que o leite alimenta, que o fogo queima etc.). Se a crença for aceita provisoriamente, não se recusa a crença, mas se julga que há necessidade de investigá-la mais, mesmo se ela própria é tomada como ponto de partida da investigação. Nesse caso, é possível proceder de duas maneiras: a) buscar ativamente contra-evidências, isto é, provas de que a crença está errada; b) buscar ativamente novas evidências a favor da crença. As teorias científicas são normalmente, ou pelo menos inicialmente, desse tipo. Por exemplo, quando os astrônomos no século XVI passaram a aceitar a teoria copernicana (o heliocentrismo), a crença em tal teoria era inicialmente provisória. Usando elementos da própria teoria no processo de investigação, os cientistas encontrarão poucas contra-evidências e muitas evidências novas a favor da teoria; assim, a crença em tal teoria passou a ser plena. Isso é o que os filósofos chamam de conhecimento provável ou conhecimento probabilístico. A terceira alternativa possível diante da questão acerca dos fundamentos de nossa crença consiste em simplesmente reconhecer que algumas crenças não têm fundamento e nem são auto-evidentes: ou as consideramos verdadeiras ou as consideramos falsas. Alguns as chamam de crenças fundamentais, e se justificam somente por fé. Um exemplo desse tipo de crença é a de que existem objetos físicos reais, independentes da forma como os percebemos, e com características realmente similares àquelas que as nossas sensações desses objetos nos fazem crer. Isso se chama crença na existência do mundo exterior. Há filósofos que, ao considerar o valor epistemológico desta crença, argumentaram que ela não pode ser provada e nem é auto-evidente. Logo, concluíram que aceitamos tal crença porque temos fé na sua verdade. Crença e fé Conforme o argumento do parágrafo anterior, fé seria um tipo de crença. Mas precisamos estar atentos aqui, especialmente tendo em vista as associações usuais com o termo fé. Neste contexto pode levar a ambigüidades epistemologicamente indesejáveis; mas, mesmo assim, ele é apropriado, bastando que tenhamos certos cuidados. Por fé muitas vezes se entende aquela crença que envolve intensidade no assentimento 4, e liga-se emocionalmente à pessoa, de forma que, se estiver errada ou se for atacada, provocará sério desapontamento. Geralmente, o termo está ligado a crenças religiosas, mas não é exclusivo delas. Levando em consideração o que foi dito até aqui, sendo a fé uma forma de crença, embora mais intensa, não se deve julgar de imediato que fé é algo irracional. Este tópico, sobre a racionalidade ou irracionalidade da fé (e quando é discutido, geralmente os filósofos estão se referindo à fé religiosa), é complexo, pois o termo fé é normalmente aplicado a um conjunto bastante amplo de sentenças (por exemplo, quando se fala na fé cristã), e pode ser o caso de serem algumas destas sentenças racionais e outras irracionais. Se considerarmos o conceito fé de um ponto de vista estritamente epistemológico, e no contexto da discussão feita aqui, a fé não é racional nem irracional. No limite, uma crença seria irracional se a pessoa que a mantém não é capaz de produzir evidência alguma em seu favor, e há diversas contraevidências disponíveis. Mas uma crença pode ser racional sem que seja aceita por todas as pessoas racionais que a discutem. Ela não constituiria assim um conhecimento, a não ser em um sentido derivado. 4 Veja o texto de John Locke na seção Texto complementar.
13 Conhecimento, crença e fé 13 Conclusão Podemos, então, concluir que uma das tarefas principais da epistemologia consiste em esclarecer o uso da idéia de conhecimento, quais os critérios que precisamos utilizar para não confundi-lo com crença em sentido estrito ou com fé, quais os seus componentes, como obtemos conhecimento e qual o seu alcance. Não devemos supor, no entanto, que as respostas a essas questões serão exatamente correspondentes em qualquer área de conhecimento. Por essa razão, quando procuramos compreender epistemologicamente as ciências sociais, sem dúvida temos de considerar questões epistemológicas gerais, mas não precisamos supor previamente que não há diferenças importantes entre esta e outras áreas de conhecimento. Texto complementar (LOCKE, 1990, p ) Fé nada mais é que um forte assentimento da mente, o qual, se bem conduzido, conforme nosso dever, não pode ser dado a qualquer coisa a não ser tendo-se boas razões [...] Aquele que crê, sem ter qualquer razão para crer, pode estar enamorado de suas próprias fantasias. Mas não procura a verdade como deve nem presta a devida obediência a seu Criador, que deseja faça ele uso das faculdades de discernimento que recebeu para evitar o erro e o prejuízo. Quem não faz isso usando o melhor possível suas faculdades, se às vezes atinge a verdade é antes por acaso do que por estar certo; e eu não sei se a sorte do acaso (acidente) excusará a irregularidade do procedimento. John Locke, Um Ensaio sobre o Entendimento Humano, livro IV, capítulo XVII, parágrafo 24. Locke ( ), um dos mais importantes filósofos ingleses e considerado um dos principais criadores da epistemologia contemporânea. A tradução é feita do original inglês. Atividades 1. Considerando o que você viu até o momento sobre epistemologia, explique que uso ou aplicação pode ter tal estudo na área das ciências sociais.
14 14 Epistemologia das Ciências Sociais 2. Faça uma lista de 20 crenças que você aceita, das quais dez você julga ter conhecimento e dez você aceita por fé. Compare com as listas de outros dois colegas e procure determinar as semelhanças e diferenças. 3. Por que é importante ter uma definição de conhecimento?
RESUMO. Filosofia. Psicologia, JB
RESUMO Filosofia Psicologia, JB - 2010 Jorge Barbosa, 2010 1 Saber se o mundo exterior é real e qual a consciência e o conhecimento que temos dele é um dos problemas fundamentais acerca do processo de
Leia maisA EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 RESUMO
A EPISTEMOLOGIA E SUA NATURALIZAÇÃO 1 SILVA, Kariane Marques da 1 Trabalho de Pesquisa FIPE-UFSM Curso de Bacharelado Filosofia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil E-mail:
Leia maisOrigem do conhecimento
1.2.1. Origem do conhecimento ORIGEM DO CONHECIMENTO RACIONALISMO (Racionalismo do século XVII) EMPIRISMO (Empirismo inglês do século XVIII) Filósofos: René Descartes (1596-1650) Gottfried Leibniz (1646-1716)
Leia maisTEORIA DO CONHECIMENTO. Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura
TEORIA DO CONHECIMENTO Aulas 2, 3, 4,5 - Avaliação 1 Joyce Shimura - O que é conhecer? - Como o indivíduo da imagem se relaciona com o mundo ou com o conhecimento? Janusz Kapusta, Homem do conhecimento
Leia maisConhecimento, crença e fé
Conhecimento, crença e fé Paulo Augusto Seifert * Sabemos o que julgamos saber? O famoso filósofo grego Platão conta, em um de seus livros, intitulado A República, uma estória conhecida como o Mito da
Leia maisPROFESSOR: MAC DOWELL DISCIPLINA: FILOSOFIA CONTEÚDO: TEORIA DO CONHECIMENTO aula - 02
PROFESSOR: MAC DOWELL DISCIPLINA: FILOSOFIA CONTEÚDO: TEORIA DO CONHECIMENTO aula - 02 2 A EPISTEMOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO Ramo da filosofia que estuda a natureza do conhecimento. Como podemos conhecer
Leia maisVocabulário Filosófico Dr. Greg L. Bahnsen
1 Vocabulário Filosófico Dr. Greg L. Bahnsen Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto / felipe@monergismo.com GERAL Razão: capacidade intelectual ou mental do homem. Pressuposição: uma suposição elementar,
Leia maisUnidade 04. Prof.ª Fernanda Mendizabal Instituto de Educação Superior de Brasília
Unidade 04 Prof.ª Fernanda Mendizabal Instituto de Educação Superior de Brasília Apresentar o período moderno da filosofia que contribuiu como base pré-científica para o desenvolvimento da Psicologia.
Leia maisFILOSOFIA 11º ano O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
FILOSOFIA 11º ano O CONHECIMENTO E A RACIONALIDADE CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA Governo da República Portuguesa Descrição e interpretação da atividade cognoscitiva 1.1 Estrutura do ato de conhecer 1.2 Análise
Leia maisTeorias do conhecimento. Profª Karina Oliveira Bezerra
Teorias do conhecimento Profª Karina Oliveira Bezerra Teoria do conhecimento ou epistemologia Entre os principais problemas filosóficos está o do conhecimento. Para que investigar o conhecimento? Para
Leia maisDescobrindo a Verdade
Descobrindo a Verdade Capítulo 1 Descobrindo a Verdade que é a verdade e o que sabemos sobre ela? Será O que ela é absoluta ou toda verdade é relativa? Como descobrimos a verdade sobre aquilo que não podemos
Leia maisFILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS
FILOSOFIA - ENADE 2005 PADRÃO DE RESPOSTAS QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO - 36 Esperava-se que o estudante estabelecesse a distinção entre verdade e validade e descrevesse suas respectivas aplicações. Item
Leia maisA construção do objeto nas Ciências Sociais: formulando problemas e hipóteses de pesquisa. - Ruptura e construção => inerentes à produção científica;
A construção do objeto nas Ciências Sociais: formulando problemas e hipóteses de pesquisa Como transformar um interesse vago e confuso por um tópico de pesquisa em operações científicas práticas? 1. Construção
Leia maisA LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO. Resumo
A LÓGICA EPISTÊMICA DE HINTIKKA E A DEFINIÇÃO CLÁSSICA DE CONHECIMENTO Autor: Stanley Kreiter Bezerra Medeiros Departamento de Filosofia UFRN Resumo Em 1962, Jaako Hintikka publicou Knowledge and Belief:
Leia maisPensamento e Linguagem: observações a partir de Donald Davidson. No nosso dia a dia nos comunicamos uns com os outros com sucesso na
Pensamento e Linguagem: observações a partir de Donald Davidson Marcelo Fischborn 1 No nosso dia a dia nos comunicamos uns com os outros com sucesso na maior parte das vezes. Pergunto a alguém que horas
Leia mais26/08/2013. Gnosiologia e Epistemologia. Prof. Msc Ayala Liberato Braga GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO GNOSIOLOGIA: TEORIA DO CONHECIMENTO
Gnosiologia e Epistemologia Prof. Msc Ayala Liberato Braga Conhecimento filosófico investigar a coerência lógica das ideias com o que o homem interpreta o mundo e constrói sua própria realidade. Para a
Leia maisTEMA: tipos de conhecimento. Professor: Elson Junior
Ciências Humanas e suas Tecnologias. TEMA: tipos de conhecimento. Professor: Elson Junior Plano de Aula Conhecimento O que é? Como adquirir Características Tipos Recordar é Viver... Processo de pesquisa
Leia maisFILOSOFIA. Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo
FILOSOFIA Professor Ivan Moraes, filósofo e teólogo Finalidade da vida política para Platão: Os seres humanos e a pólis têm a mesma estrutura: alma concupiscente ou desejante; alma irascível ou colérica;
Leia maisCORRENTES DE PENSAMENTO DA FILOSOFIA MODERNA
CORRENTES DE PENSAMENTO DA FILOSOFIA MODERNA O GRANDE RACIONALISMO O termo RACIONALISMO, no sentido geral, é empregado para designar a concepção de nada existe sem que haja uma razão para isso. Uma pessoa
Leia maisFILOSOFIA. 1º ano: Módulo 07. Professor Carlos Eduardo Foganholo
FILOSOFIA 1º ano: Módulo 07 Professor Carlos Eduardo Foganholo Como podemos ter certeza de que estamos acordados e que tudo o que vivemos não é um sonho? Qual é a fonte de nossos conhecimentos? É possível
Leia maisI g o r H e r o s o M a t h e u s P i c u s s a
Filosofia da Ciência Realidade Axioma Empirismo Realismo cientifico Instrumentalismo I g o r H e r o s o M a t h e u s P i c u s s a Definição Filosofia da ciência é a área que estuda os fundamentos e
Leia maisTeoria do conhecimento de David Hume
Hume e o empirismo radical Premissas gerais empiristas de David Hume ( que partilha com os outros empiristas ) Convicções pessoais de David Hume: Negação das ideias inatas A mente é uma tábua rasa/folha
Leia maisA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. Prof Bruno Tamancoldi
A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO Prof Bruno Tamancoldi META DA AULA Apresentar conceitos sobre o Conhecimento, partindo da Filosofia, distinguindo Ciência e senso comum. OBJETIVOS conceituar lógica e raciocínio;
Leia maisTEORIA DO CONHECIMENTO Immanuel Kant ( )
TEORIA DO CONHECIMENTO Immanuel Kant (1724-1804) Obras de destaque da Filosofia Kantiana Epistemologia - Crítica da Razão Pura (1781) Prolegômenos e a toda a Metafísica Futura (1783) Ética - Crítica da
Leia maisTrabalho sobre: René Descartes Apresentado dia 03/03/2015, na A;R;B;L;S : Pitágoras nº 28 Or:.Londrina PR., para Aumento de Sal:.
ARBLS PITAGORAS Nº 28 Fundação : 21 de Abril de 1965 Rua Júlio Cesar Ribeiro, 490 CEP 86001-970 LONDRINA PR JOSE MARIO TOMAL TRABALHO PARA O PERÍODO DE INSTRUÇÃO RENE DESCARTES LONDRINA 2015 JOSE MARIO
Leia maisATIVIDADE: AV. PARCIAL 3ª ETAPA DISCIPLINA: FILOSOFIA 2º ANO
ATIVIDADE: AV. PARCIAL 3ª ETAPA DISCIPLINA: FILOSOFIA 2º ANO QUESTÃO 0 Kant mostrou que a estrutura do pensamento se dá sob a forma de juízos. A partir dessa hipótese, elaborou as doze formas de juízos
Leia maisProfessor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio FILOSOFIA MODERNA
Professor Ricardo da Cruz Assis Filosofia - Ensino Médio FILOSOFIA MODERNA 1 Filosofia moderna é toda a filosofia que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII, XIX; começando pelo Renascimento
Leia maisResolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2
Resolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2 Resolução de Questões Específicas de Filosofia e Sociologia Aula 2 (UFPR 2007) As questões 1, 2 e 3 referem-se ao texto a seguir. bem
Leia maisHERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO
HERMENÊUTICA E INTERPRETAÇÃO Hermenêutica e Interpretação não são sinônimos: HERMENÊUTICA: teoria geral da interpretação (métodos, estratégias, instrumentos) INTERPRETAÇÃO: aplicação da teoria geral para
Leia maisPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
EMENTAS DO CURSO DE FILOSOFIA Currículo Novo (a partir de 2010/1) NÍVEL I HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA Reflexão acerca da transição do pensamento mítico ao filosófico. Estudo de problemas, conceitos e
Leia maisTeoria do Conhecimento:
Teoria do Conhecimento: Investigando o Saber O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer,
Leia maisRacionalismo. René Descartes Prof. Deivid
Racionalismo René Descartes Prof. Deivid Índice O que é o racionalismo? René Descartes Racionalismo de Descartes Nada satisfaz Descartes? Descartes e o saber tradicional Objetivo de Descartes A importância
Leia maisEste livro é um volume bastante conciso do falecido Ronald Nash que traz bom conteúdo em quantidade considerável. É uma apologética para o cristianismo por meio da comparação com outras cosmovisões: naturalismo
Leia maisConstruindo uma tese científica: pesquisa e argumentação
1 1. Artigo Tema: Ensino de argumentação filosófica Construindo uma tese científica: pesquisa e argumentação Gabriel Goldmeier Conhecimento: crença verdadeira corretamente justificada A Teoria do Conhecimento
Leia maisGrupo I Para cada uma das questões que se seguem assinala a opção correta
Grupo I Para cada uma das questões que se seguem assinala a opção correta 1. A filosofia é: a) Um conjunto de opiniões importantes. b) Um estudo da mente humana. c) Uma atividade que se baseia no uso crítico
Leia maisA origem do conhecimento
A origem do conhecimento O Empirismo Empirismo experiência A única fonte de conhecimento humano é a experiência. (HESSEN, 1925, pg 68) O espírito humano está por natureza, vazio. (HESSEN, 1925, pg 68)
Leia maisDisjuntivismo epistemológico
Disjuntivismo epistemológico O problema da distinguibilidade Disjuntivismo epistemológico e o ceticismo radical (3) Problema da distinguibilidade (DP1) Em um caso bom+, S perceptivamente sabe(i) que p
Leia maisCorpo: a fronteira com o mundo VOLUME 1 - CAPÍTULO 2
Corpo: a fronteira com o mundo VOLUME 1 - CAPÍTULO 2 1 1. O Corpo para os Antigos 1.1. Os mistérios do Orfismo A religião Órfica, também chamada de Orfismo. Uma das concepções mais clássicas do corpo humano,
Leia maisPROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO
PROBLEMA DA ORIGEM DO CONHECIMENTO Questão Problema: O conhecimento alcança-se através da razão ou da experiência? (ver página 50) Tipos de conhecimento acordo a sua origem Tipos de juízo de acordo com
Leia maisO CONHECIMENTO NA TERRA SÃO SOMBRAS PLATÃO (C A.C.)
O CONHECIMENTO NA TERRA SÃO SOMBRAS PLATÃO (C.427-347 A.C.) Em 399 a.c., o mentor de Platão, Sócrates, foi condenado à morte como Sócrates não havia deixado nada escrito, Platão assumiu a responsabilidade
Leia maisPESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA: DEFINIÇÕES E CONCEITOS
PESQUISA QUALITATIVA E QUANTITATIVA: DEFINIÇÕES E CONCEITOS Prof. Dr. Alexandre Mantovani mantovani@eerp.usp.br EPISTEMOLOGIA Epistemologia: ramo da filosofia que se dedica ao estudo do conhecimento. Mais
Leia maisFilosofia. IV Conhecimento e Racionalidade Científica e Tecnológica 1. DESCRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ACTIVIDADE COGNOSCITIVA JOÃO GABRIEL DA FONSECA
Filosofia IV Conhecimento e Racionalidade Científica e Tecnológica 1. DESCRIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ACTIVIDADE COGNOSCITIVA JOÃO GABRIEL DA FONSECA 1.2 Teorias Explicativas do Conhecimento René Descartes
Leia maisMetafísica: Noções Gerais (por Abraão Carvalho in:
: Noções Gerais (por Abraão Carvalho in: www.criticaecriacaoembits.blogspot.com) é uma palavra de origem grega. É o resultado da reunião de duas expressões, a saber, "meta" e "physis". Meta significa além
Leia maisO que é o conhecimento?
Disciplina: Filosofia Ano: 11º Ano letivo: 2012/2013 O que é o conhecimento? Texto de Apoio 1. Tipos de Conhecimento No quotidiano falamos de conhecimento, de crenças que estão fortemente apoiadas por
Leia maisAVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que
AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos RUBENS temas RAMIRO expostos. JUNIOR Todo exemplo (TODOS citado
Leia maisDisciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I
Disciplina: Filosofia Série: 10 Unidade: Primeira Content Area: Philosophy Grade 10 Quarter I 1.1 1.2 1.3 Conhecimento filosófico, religioso, científico e senso comum. Filosofia e lógica. Milagre Grego.
Leia maisFILOSOFIA MODERNA (XIV)
FILOSOFIA MODERNA (XIV) CORRENTES EPSTEMOLÓGICAS (I) Racionalismo Inatismo: existem ideias inatas, ou fundadoras, de onde se origina todo o conhecimento. Ideias que não dependem de um objeto. Idealismo:
Leia maisINTRODUÇÃO À NATUREZA DA CIÊNCIA. O conhecimento científico é uma forma específica de conhecer e perceber o mundo!!! 2. A PRINCIPAL QUESTÃO: Modelos
INTRODUÇÃO À NATUREZA DA CIÊNCIA 2. A PRINCIPAL QUESTÃO: 1. INTRODUZINDO A QUESTÃO: O QUE É CIÊNCIA, AFINAL????? Modelos Leis Por que estudar natureza da ciência???? Qual a importância desses conhecimentos
Leia maisCurso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média:
EXERCÍCIOS ON LINE 3º BIMESTRE DISCIPLINA: Filosofia PROFESSOR(A): Julio Guedes Curso TURMA: 2101 e 2102 DATA: Teste: Prova: Trabalho: Formativo: Média: NOME: Nº.: Exercício On Line (1) A filosofia atingiu
Leia maisDISCIPLINA. Requisitos do pesquisador
DISCIPLINA Requisitos do pesquisador PAPEL DA UNIVERSIDADE Extensão Serviço à comunidade local Ensino Transmissão do conhecimento científico UNIVERSIDADE Pesquisa Revisão e produção do conhecimento dito
Leia maisA AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA
A AUTORIDADE DE PRIMEIRA PESSOA, NO TEMPO PRESENTE: A ESCUTA E A INTERPRETAÇÃO DA ESCUTA Mariluze Ferreira de Andrade e Silva Laboratório de Lógica e Epistemologia DFIME - UFSJ Resumo: Propomos investigar
Leia maisLógica. Abílio Rodrigues. FILOSOFIAS: O PRAZER DO PENSAR Coleção dirigida por Marilena Chaui e Juvenal Savian Filho.
Lógica Abílio Rodrigues FILOSOFIAS: O PRAZER DO PENSAR Coleção dirigida por Marilena Chaui e Juvenal Savian Filho São Paulo 2011 09 Lógica 01-08.indd 3 4/29/11 2:15 PM 1. Verdade, validade e forma lógica
Leia maisCIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE. O que é Ciência?
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E SOCIEDADE O que é Ciência? O QUE É CIÊNCIA? 1 Conhecimento sistematizado como campo de estudo. 2 Observação e classificação dos fatos inerentes a um determinado grupo de fenômenos
Leia maisIntrodução à Epistemologia
Introdução à Epistemologia Programa de Pós-Graduação em Educação Disciplina: Fundamentos Epistemológicos da pesquisa em educação Professora: Dra. Gisele Masson CIÊNCIA E FILOSOFIA A ciência e a filosofia
Leia maisIII. RACIONALIDADE ARGUMEN NTATIVA E FILOSOFIA
III. RACIONALIDADE ARGUMEN NTATIVA E FILOSOFIA 1. Argumentação e Lóg gica Formal 1.1. Distinção validade - verdade 1.2. Formas de Inferên ncia Válida. 1.3. Principais Falácias A Lógica: objecto de estudo
Leia maisDESCARTES E A FILOSOFIA DO. Programa de Pós-graduação em Educação UEPG Professora Gisele Masson
DESCARTES E A FILOSOFIA DO COGITO Programa de Pós-graduação em Educação UEPG Professora Gisele Masson René Descartes (1596 1650) 1650) Ponto de partida - Constatação da crise das ciências e do saber em
Leia maisJohn Locke ( ) Inatismo e Empirismo: Inatismo: Empirismo:
John Locke (1632 1704) John Locke é o iniciador da teoria do conhecimento propriamente dita por que se propõe a analisar cada uma das formas de conhecimento que possuímos a origem de nossas idéias e nossos
Leia maisMTA Aula 02. Evolução dos conhecimentos Tipos de conhecimentos
MTA Aula 02 Evolução dos conhecimentos Tipos de conhecimentos TIPOS DE CONHECIMENTO 1. Filosófico 2.Teológico 3. Empírico 4.Científico 1.1.1 Conhecimento filosófico A filosofia teve seu início na Jônia,
Leia maisTEMA DA SESSÃO. Patriarcado de Lisboa JUAN AMBROSIO PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO CRER/ACREDITAR 2.
TEMA DA SESSÃO 1. CRER/ACREDITAR 2. CRER NOS OUTROS 3. O ACREDITAR COMO ATITUDE HUMANA 4. ANTROPOLOGIA DO CRER 5. TPC www.teologiafundamental.weebly.com JUAN AMBROSIO PAULO PAIVA 2º SEMESTRE ANO LETIVO
Leia maisApresentação da noção de argumento válido como aquele em que a conclusão é uma consequência lógica das premissas tomadas em conjunto.
FILOSOFIA Ano Letivo 2017/2018 PLANIFICAÇÃO ANUAL - 11.º Ano COMPETÊNCIAS/OBJETIVOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS RECURSOS TEMPO AVALIAÇÃO Problematização, conceptualização e argumentação. Análise metódica de
Leia maisFilosofia Moderna. Antecedentes e pensamento cartesiano (epistemologia racionalista)
Filosofia Moderna Antecedentes e pensamento cartesiano (epistemologia racionalista) O projeto moderno se define, em linhas gerais, pela busca da fundamentação da possibilidade de conhecimento e das teorias
Leia maisLISTA DE CONTEÚDOS PARA RECUPERAÇÃO FINAL Professor: Airton José Müller Componente Curricular: Filosofia
LISTA DE CONTEÚDOS PARA RECUPERAÇÃO FINAL - 2015 Professor: Airton José Müller Componente Curricular: Filosofia 7º Ano Filósofos Clássicos. A filosofia clássica. Sócrates de Atenas: o poder das perguntas
Leia maisTeoria do conhecimento: Filosofia moderna. Sujeito e objeto: elementos do processo de conhecer
Teoria do conhecimento: Filosofia moderna. Sujeito e objeto: elementos do processo de conhecer Sujeito e Objeto O que é, afinal, conhecer? Para que exista o ato de conhecer é indispensável dois elementos
Leia maisTEMA-PROBLEMA Da multiplicidade dos saberes à Ciência como construção racional do real
TEMA-PROBLEMA 8.2. Da multiplicidade dos saberes à Ciência como construção racional do real CONHECER Conhecer é um ato em que se cruzam o indivíduo e o objeto de conhecimento. ATO que exprime uma relação
Leia maisEntre a razão e os sentidos
PHOTO SCALA, FLORENCE/GLOWIMAGES - GALERIA DA ACADEMIA, VENEZA - CORTESIA DO MINISTÉRIO PARA OS BENS E AS ATIVIDADES CULTURAIS Entre a razão e os sentidos Homem vitruviano, desenho de Leonardo da Vinci,
Leia mais"A verdade jamais é pura e raramente é simples." (Oscar Wilde)
"A verdade jamais é pura e raramente é simples." (Oscar Wilde) Qual é a verdade? São possíveis várias realidades? É possível que haja mais verdades na realidade do que podemos perceber? As sensações podem
Leia maisThomas Hobbes e os Empiristas
Thomas Hobbes e os Empiristas Thomas Hobbes 1588-1679 O Homem é o Lobo do Homem Thomas Hobbes Hobbes foi o Primeiro filósofo moderno a desenvolver uma ideia detalhada sobre o contrato social. Esse pensamento
Leia maisA RACIONALIDADE DA CRENÇA EM DEUS NA EPISTEMOLOGIA RELIGIOSA DE ALVIN PLANTINGA
A RACIONALIDADE DA CRENÇA EM DEUS NA EPISTEMOLOGIA RELIGIOSA DE ALVIN PLANTINGA Ana Paula da Silva Mendes; Fatrine Leire Guimarães Borges; Hellen Viola Dondossola. Resumo: Este artigo apresenta a defesa
Leia maisCONHECIMENTO, REALIDADE E VERDADE
CONHECIMENTO, REALIDADE E VERDADE SERÁ QUE TUDO QUE VEJO É REAL e VERDADEIRO? Realidade Realismo A primeira opção, chamada provisoriamente de realismo : supõe que a realidade é uma dimensão objetiva,
Leia maisDesde o início da Epístola, o apóstolo vem preparando seus leitores para a mensagem apresentada no capítulo 14.
A mensagem central é que não devemos julgar aqueles que não concordam conosco em algumas questões que não fazem parte da essência da mensagem cristã. Desde o início da Epístola, o apóstolo vem preparando
Leia maisIMMANUEL KANT ( ) E O CRITICISMO
AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se RUBENS aos pensamentos RAMIRO JR (TODOS emitidos DIREITOS pelos próprios RESERVADOS) autores que foram interpretados por estudiosos dos temas expostos.
Leia maisNo. Try not. Do... or do not. There is no try. - Master Yoda, The Empire Strikes Back (1980)
Cálculo Infinitesimal I V01.2016 - Marco Cabral Graduação em Matemática Aplicada - UFRJ Monitor: Lucas Porto de Almeida Lista A - Introdução à matemática No. Try not. Do... or do not. There is no try.
Leia maisOUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO CÂMPUS DE ILHA SOLTEIRA SOCIOLOGIA E ÉTICA OUTROS TIPOS DE CONHECIMENTOS ANTONIO LÁZARO SANT ANA MARÇO 2018 Existem outras tipos de conhecimento que
Leia maisAS CREDENCIAIS DA CIÊNCIA
FACULDADE DE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO DISCIPLINA: METODOLOGIA CIENTÍFICA AS CREDENCIAIS DA CIÊNCIA RODRIGO MARINA MARCOS PAULO JUCIVAL O CIENTISTA E A CIÊNCIA Os cientistas sonhavam que não mais
Leia maisA REVOLUÇÃO CARTESIANA. Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV.
A REVOLUÇÃO CARTESIANA Apresentação baseada principalmente em Friedrick Copleston: History of Philosophy, vol. IV. Descartes (1596-1650) foi educado por jesuítas. Ele iniciou a filosofia moderna com um
Leia maisIMMANUEL KANT ( ) E O CRITICISMO
AVISO: O conteúdo e o contexto das aulas referem-se aos pensamentos emitidos pelos próprios autores que foram interpretados por estudiosos dos temas RUBENS expostos. RAMIRO Todo JR exemplo (TODOS citado
Leia maisSócrates: após destruir o saber meramente opinativo, em diálogo com seu interlocutor, dava início ã procura da definição do conceito, de modo que, o
A busca da verdade Os filósofos pré-socráticos investigavam a natureza, sua origem de maneira racional. Para eles, o princípio é teórico, fundamento de todas as coisas. Destaca-se Heráclito e Parmênides.
Leia maisResumo sobre a concepção de ensino em Agostinho de Hipona (do livro De Magistro )*
Resumo sobre a concepção de ensino em Agostinho de Hipona (do livro De Magistro )* Afresco entre 1464 e 1465 intitulado St Augustine Teaching in Rome ( Santo Agostinho ensinando em Roma ), de Benozzo Gozzoli
Leia maisAula Véspera UFU Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015
Aula Véspera UFU 2015 Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Professor Uilson Fernandes Uberaba 16 Abril de 2015 NORTE DA AVALIAÇÃO O papel da Filosofia é estimular o espírito crítico, portanto, ela não pode
Leia maisTEORIA DO CONHECIMENTO O QUE É O CONHECIMENTO? COMO NÓS O ALCANÇAMOS?
TEORIA DO CONHECIMENTO O QUE É O CONHECIMENTO? COMO NÓS O ALCANÇAMOS? Tem como objetivo investigar a origem, a natureza, o valor e os limites do conhecimento Vários filósofos se preocuparam em achar uma
Leia maisAula 17. OI xuxuzinhos! Filosofia Moderna Descartes
Aula 17 OI xuxuzinhos! Filosofia Moderna Descartes O que é, afinal, conhecer? Conhecer é representar, cuidadosamente, o que é exterior à mente. No processo de conhecimento, dois elementos são indispensáveis:
Leia maisUma Introdução à Filosofia da Ciência.
Uma Introdução à Filosofia da Ciência. Álvaro Leonardi Ayala Filho Instrumentação para o Ensino da Física I Roteiro Introdução I: Epistemologia? Introdução II: A Filosofia e o Ensino de Ciências. Explicação
Leia maisA Computação e as Classificações da Ciência
A Computação e as Classificações da Ciência Ricardo de Almeida Falbo Metodologia de Pesquisa Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo Agenda Classificações da Ciência A Computação
Leia maisA teoria do conhecimento
conhecimento 1 A filosofia se divide em três grandes campos de investigação. A teoria da ciência, a teoria dos valores e a concepção de universo. Esta última é na verdade a metafísica; a teoria dos valores
Leia maisFaculdade de ciências jurídicas. e sociais aplicadas do Araguaia Carolina e Maria Rosa
Faculdade de ciências jurídicas e sociais aplicadas do Araguaia Carolina e Maria Rosa TEORIA GERAL DO CONHECIMENTO 06/47 20/03 Formas do Conhecimento SENSAÇÃO PERCEPÇÃO IMAGINAÇÃO MEMÓRIA LINGUAGEM RACIOCÍNIO
Leia maisCONHECIMENTO, CETICISMO E CIÊNCIA. Organizadores: Artur Bezzi Günther, Eduardo Antonielo de Avila e Maria Eugênia Zanchet Bordignon.
CONHECIMENTO, CETICISMO E CIÊNCIA Artur Bezzi Gunther Organizadores: Artur Bezzi Günther, Eduardo Antonielo de Avila e Maria Eugênia Zanchet Bordignon. 1. Duração: 02 horas e 15 minutos. 2. Recursos didáticos:
Leia maisINSTITUTO ÀGORA DE EDUCAÇÃO
INSTITUTO ÀGORA DE EDUCAÇÃO Curso de filosofia RESENHA SOBRE: BLACKBUM, Simon. Para que serve filosofia?. Disponível em: http: www.criticanarede.com/fa_10exceto.html; SHAND, John. O que é filosofia?. Disponível
Leia maisHume e o empirismo radical
Hume e o empirismo radical Premissas empiristas de David Hume (que partilha com os outros empiristas) Não há ideias inatas A mente é uma tábula rasa/folha em branco Todo o conhecimento deriva da experiência
Leia maisLógica Proposicional. 1- O que é o Modus Ponens?
1- O que é o Modus Ponens? Lógica Proposicional R: é uma forma de inferência válida a partir de duas premissas, na qual se se afirma o antecedente do condicional da 1ª premissa, pode-se concluir o seu
Leia maisSERGIO LEVI FERNANDES DE SOUZA. Principais mudanças da revolução copernicana e as antinomias da razão pura.
SERGIO LEVI FERNANDES DE SOUZA Principais mudanças da revolução copernicana e as antinomias da razão pura. Santo André 2014 INTRODUÇÃO Nunca um sistema de pensamento dominou tanto uma época como a filosofia
Leia maisCOLÉGIO MAGNUM BURITIS
COLÉGIO MAGNUM BURITIS PROGRAMAÇÃO DE 1ª ETAPA 2ª SÉRIE PROFESSOR (A): Alair Matilde Naves DISCIPLINA: Filosofia TEMA TRANSVERSAL: A ESCOLA E AS HABILIDADES PARA A VIDA NO SÉCULO XXI DIMENSÕES E DESENVOLVIMENTO
Leia maisFaculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicada do Araguaia. Temas, Disciplinas e Campos Filosóficos
Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicada do Araguaia Temas, Disciplinas e Campos Filosóficos Temas, Disciplinas e Campos Filosóficos Ontologia ou Metafísica Epistemologia Lógica Teoria do Conhecimento
Leia maisA criação da filosofia está ligada ao pensamento racional. Discutir, pensar e refletir para descobrir respostas relacionadas à vida.
A criação da filosofia está ligada ao pensamento racional. Discutir, pensar e refletir para descobrir respostas relacionadas à vida. Os filósofos gregos deixaram de lado os deuses e os mitos e tentaram
Leia maisFILOSOFIA COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA
COMENTÁRIO DA PROVA DE FILOSOFIA Mais uma vez a UFPR oferece aos alunos uma prova exigente e bem elaborada, com perguntas formuladas com esmero e citações muito pertinentes. A prova de filosofia da UFPR
Leia maisCurso de extensão em Teoria do Conhecimento Moderna
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO Curso de extensão em Teoria do Conhecimento Moderna (Curso de extensão)
Leia maisO conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo
O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo IF UFRJ Mariano G. David Mônica F. Corrêa 1 O conhecimento e a incerteza do ponto de vista do ceticismo Aula 1: O conhecimento é possível? O
Leia maisJohn Locke. Trabalho apresentado pela aluna Luciana Cidrim. Recife, 08 de Setembro de 2015
Universidade Católica de Pernambuco Programa de Pós- Graduação em Ciências da Linguagem Disciplina: Filosofia da Linguagem Prof. Dr. Karl Heinz EGen John Locke Trabalho apresentado pela aluna Luciana Cidrim
Leia maisUniversidade Federal de Goiás Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Ecologia
Universidade Federal de Goiás Instituto de Ciências Biológicas Departamento de Ecologia Filosofia da Ciência Epistemologia da Ciência www.ecoevol.ufg.br/adrimelo/filo Uma Breve História do Método II Prof.
Leia maisO corpo físico é mau e inferior à alma?
O corpo físico é mau e inferior à alma? Compreendendo a natureza humana por Paulo Sérgio de Araújo INTRODUÇÃO Conforme a teoria das idéias (ou teoria das formas ) do filósofo grego Platão (428-347 a.c.),
Leia mais