O RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO NOS CONTRATOS DE ESTÁGIO: ANÁLISE JURISPRUDENCIAL

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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA O RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO NOS CONTRATOS DE ESTÁGIO: ANÁLISE JURISPRUDENCIAL ALEXANDRE DA SILVA São José (SC), novembro de 2007.

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA O RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO NOS CONTRATOS DE ESTÁGIO: ANÁLISE JURISPRUDENCIAL Monografia apresentada como requisito para obtenção do grau em Direito na Universidade do Vale do Itajaí. ALEXANDRE DA SILVA Orientadora: Professora MSc. Solange Lúcia Heck Kool São José (SC), novembro de 2007.

3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por iluminar o meu caminho e me fazer acreditar que as coisas sempre podem melhorar... A minha esposa Denise Assahina da Silva, pelo amor, companheirismo e fé dedicados a mim... Ao meu pai Bernardino João da Silva e à minha mãe Maria de Lurdes Bernardo, pelo apoio e compreensão... Aos professores que contribuíram para a minha formação... E, em especial à professora Solange Lúcia Heck Kool, que me orientou na pesquisa desse trabalho...

4 DEDICATÓRIA É com muito carinho, que dedico este trabalho à minha família e em especial à minha esposa, que sempre esteve do meu lado dando apoio e incentivos para que pudesse vencer mais esta etapa da minha vida.

5 Se você pensa que pode, ou se pensa que não pode, de qualquer jeito você está certo. (Henry Ford)

6 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. São José (SC), novembro de Alexandre da Silva Graduando

7 ROL DE ABREVIATURAS OU DE SIGLAS ART. Artigo C.C. Código Civil Brasileiro de 2002 CLT CRFB DEC. INC. MP PORT TRT TST Consolidação das Leis do Trabalho Constituição da República Federativa do Brasil Decreto Inciso Medida Provisória Portaria Tribunal Regional do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho

8 SUMÁRIO RESUMO INTRODUÇÃO VÍNCULO EMPREGATÍCIO RELAÇÃO DE TRABALHO X RELAÇÃO DE EMPREGO Diferença entre trabalhador e empregado Conceito de empregador CARACTERISTICAS DA RELAÇÃO DE EMPREGO Pessoa física Pessoalidade Subordinação Não-eventualidade Onerosidade Exclusividade Alteridade Profissionalização NATUREZA JURÍDICA DA RELAÇÃO DE EMPREGO Teoria contratualista Teoria anticontratualista COMENTÁRIOS SOBRE DIREITOS TRABALHISTAS PREVISTOS NA CRFB DE O CONTRATO DE ESTÁGIO BREVE HISTÓRICO CONCEITO DE ESTÁGIO PRESSUPOSTOS (REQUISITOS) Requisitos formais As partes na relação de estágio O estudante Órgão concedente no requisito formal A instituição de ensino O agente de integração Termo de compromisso... 38

9 Seguro contra acidentes pessoais Bolsa-auxílio Requisitos materiais Unidade concedente no requisito material Harmonia e compatibilização entre as funções Acompanhamento e supervisão Finalidade do estágio OS DIREITOS E VANTAGENS DOS ESTAGIÁRIOS OS DEVERES E DESVANTAGENS DOS ESTAGIÁRIOS DESCONSIDERAÇÃO DO CONTRATO DE ESTÁGIO APLICADO PELOS TRT S BRASILEIROS E PELO TST PRINCÍPIOS PERTINENTES À RELAÇÃO DE ESTÁGIO Princípio da isonomia Princípio da primazia da realidade IRREGULARIDADE NOS REQUISITOS DO CONTRATO DE ESTÁGIO Irregularidade nos requisitos formais do contrato de estágio Irregularidade nas partes O estudante O órgão concedente no requisito formal A instituição de ensino O agente de integração Irregularidades no termo de compromisso Falta de seguro contra acidentes pessoais Bolsa-auxílio IRREGULARIDADES NOS REQUISITOS MATERIAIS DO CONTRATO DE ESTÁGIO Unidade concedente Harmonia e compatibilização entre as funções Acompanhamento e supervisão Finalidade do estágio desvirtuada ESTÁGIOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OUTRA CONSEQÜÊNCIA DOS FALSOS ESTÁGIOS CONSIDERAÇÕES FINAIS... 66

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO... 75

11 RESUMO O estágio curricular tem como finalidade o procedimento didático-pedagógico proporcionado aos alunos por meio de experiências práticas, que serão oferecidas por pessoas jurídicas de direito privado, órgãos da administração pública ou instituições de ensino. Podem participar dos programas de estágio somente os alunos que freqüentem e estejam regularmente matriculados nos cursos de nível médio, superior, profissionalizante de 2º grau ou escolas de educação especial. O judiciário tem se posicionado em relação às fraudes que vêm ocorrendo em relação aos estágios e, em muitos casos, tem caracterizado o vínculo empregatício. Através de uma grande análise feita pelos tribunais brasileiros e pelo Tribunal Superior do Trabalho, tem-se observado que grande parte dos órgãos concedentes têm demonstrado o interesse pela contratação destes estagiários com a finalidade de adquirir uma mão-de-obra de baixo custo e isenta de encargos. Palavras-chave: estágio, fraude, caracterização de vínculo empregatício.

12 11 INTRODUÇÃO A presente Monografia tem como objeto o reconhecimento do vínculo empregatício nos contratos de estágio: análise jurisprudencial. O seu objetivo é demonstrar as irregularidades que vêm ocorrendo nos contratos de estágio através de análises jurisprudenciais dos Tribunais Regionais do Trabalho do Brasil e do Tribunal Superior do Trabalho. Para tanto, principiar-se-á, no Capítulo 1, tratando do contrato individual de emprego, a relação de trabalho, a relação de emprego, as características da relação de emprego, a natureza jurídica da relação de emprego e os direitos trabalhistas previstos na Constituição da República Federativa do Brasil. No Capítulo 2, tratar-se-á do contrato de estágio com um breve histórico, o conceito de estágio, os pressupostos (requisitos), os direitos, vantagens e desvantagens dos estagiários. No Capítulo 3, abordar-se-á, a partir de análise jurisprudencial, da desconsideração do contrato de estágio em face do reconhecimento do vínculo empregatício através dos princípios pertinentes à relação de estágio, irregularidades nos requisitos formais do contrato de estágio, irregularidades nos requisitos materiais do contrato de estágio, casos especiais e conseqüências do falso estágio. O presente Relatório de Pesquisa encerrará com as Considerações Finais, nas quais se pretende mostrar pontos conclusivos, bem como reflexões sobre as fraudes ocorridas nos contratos de estágio. Para a presente monografia, foi levantada a hipótese de que alguns estágios não cumprem o que está previsto em lei e, em conseqüência disto, tais fatos podem chegar ao judiciário, visto a caracterização do vínculo empregatício que é atribuído em determinados casos a esta atividade. Com base nessa hipótese, foram analisadas várias decisões judiciais com o propósito de demonstrar apenas os casos em que se caracteriza fraude nos contratos de estágio. Quanto à metodologia empregada no desenvolvimento deste trabalho, foi utilizado o método indutivo.

13 12 1 VÍNCULO EMPREGATÍCIO Neste primeiro capítulo, discorrer-se-á brevemente sobre a relação de trabalho e a relação de emprego, bem como as características da relação de emprego. Igualmente, apresentar-se-á a natureza jurídica da relação de emprego, bem como os direitos trabalhistas previstos na Constituição da República Federativa do Brasil RELAÇÃO DE TRABALHO X RELAÇÃO DE EMPREGO Menciona Sergio Pinto Martins que Todo contrato de trabalho é uma relação de trabalho, mas nem sempre a relação de trabalho é um contrato de trabalho, pois pode envolver o trabalho autônomo, eventual etc. 2 As medidas de proteção legal não tutelam igualmente todos os que trabalham, dando preferência àqueles que prestam serviço sob um contrato de trabalho. Porém, o trabalho humano pode ser objeto de outros contratos, em que não se atribui a condição jurídica de empregado, como ocorre no caso da empreitada, da sociedade, da parceria ou da comissão mercantil, dentre outros, que se diferenciam pela natureza do vínculo obrigacional que originam. 3 Quanto ao contrato de trabalho, segundo Bento Herculano Duarte, Partindose da Classificação Geral dos contratos tem-se, inicialmente, que o contrato individual de trabalho, quanto à formação, é bilateral, já que resultante do acordo de duas vontades, pelo menos. 4 Normalmente, a obrigação de trabalho deriva de contrato de trabalho e, por esse motivo, não podem ser considerados empregados aqueles coativamente obrigados a prestar serviços, como: os presidiários, os prisioneiros de guerra, os 1 Constituição da República Federativa do Brasil, a partir deste momento adotar-se-á a abreviatura CRFB. 2 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p. 160.

14 13 militares, os que trabalham com fins de caridade, assistência, solidariedade ou cortesia. 5 Segundo Amauri Mascaro Nascimento: Tanto o contrato como a relação de emprego podem dar origem ao vínculo entre empregado e empregador, distinguindo-se ambos porque quando a origem é o contrato o vínculo nasceu em decorrência do acordo de vontades entre os sujeitos, mas quando a origem é simplesmente a relação o vínculo não nasceu por força de um acordo de vontade entre os sujeitos, mas por obra de um fato, a prestação de serviços, geradora dos mesmos efeitos. 6 Quanto ao contrato de trabalho, cabe destacar o que dispõe o artigo da Consolidação das Leis do Trabalho 8 : Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. 9 Preleciona Eduardo Gabriel Saad que: Ainda que o contrato seja tácito, com contornos imprecisos, é imprescindível o consentimento do empregado. 10 Quanto às formas do contrato de trabalho, podem ser divididas em três partes. A primeira trata do ajuste expresso escrito, que não é obrigatório, porém é aconselhável para que não haja dúvidas quanto a sua duração, no caso dos contratos por tempo determinado. A segunda é o ajuste expresso verbal, que ocorre com a simples palavra do empregado e do empregador sobre alguns aspectos e que, por se tratar de acordo de vontades, gera efeitos jurídicos. A terceira é o ajuste tácito, que se caracteriza pela ausência de forma escrita ou verbal. Ela se realiza por um comportamento que será a prestação de serviço a alguém, sem a oposição deste para quem o trabalho é dirigido, em que se conclui que há um vínculo de emprego. 11 A relação de trabalho tem caráter genérico e absorve qualquer vínculo jurídico que tenha por objeto uma obrigação de fazer em relação ao trabalho humano. A relação de trabalho em gênero engloba várias espécies como: a relação de emprego, o trabalho autônomo, a empreitada, a locação de serviços, o trabalho 5 GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, pp NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p Artigo, a partir deste momento adotar-se-á a abreviatura art. 8 Consolidação das Leis do Trabalho, a partir deste momento adotar-se-á a abreviatura CLT. 9 BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p SAAD, Eduardo Gabriel. Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2000, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p. 180.

15 14 eventual, o trabalho avulso, o prestado por profissional liberal, o artífice, o representante comercial, a relação de trabalho temporário etc. 12 Assim a relação de emprego é uma espécie de relação de trabalho que corresponde à prestação de trabalho de forma subordinada por uma pessoa física a um destinatário pessoa física ou jurídica. Logo, toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego Diferença entre trabalhador e empregado Para que se possa entender melhor a relação jurídica com o empregador, cabe definir o conceito de trabalhador e empregado. Segundo José Augusto Rodrigues Pinto e Rodolfo Pamplona Filho, Trabalhador é a pessoa física que utiliza sua energia pessoal, em proveito próprio ou alheio, visando um resultado determinado, econômico ou não. 14 E ainda, José Augusto Rodrigues Pinto e Rodolfo Pamplona Filho conceituam empregado como: Empregado é a pessoa física que coloca sua energia pessoal à disposição de empregador para utilização por este, em caráter permanente, mediante subordinação jurídica, em troca de retribuição material (essencialmente pecuniária). 15 Não obstante, o mesmo conceito de empregado citado acima confere com o direito positivo, através do art. 3º da CLT: Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord). Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, p AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord). Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, p PINTO, José Augusto Rodrigues e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Repertório de conceitos trabalhistas. v. 1: direito individual. São Paulo: LTr, 2000, p PINTO, José Augusto Rodrigues e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Repertório de conceitos trabalhistas. v. 1: direito individual. São Paulo: LTr, 2000, p BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 50.

16 15 Cabe dizer que o primeiro traço essencial do conceito de empregado está na natureza intuitu personae 17 do contrato, por afastar a possibilidade de ser empregado uma pessoa jurídica. 18 Exige-se que a prestação do serviço, através do contrato de emprego, seja feita pessoalmente, por uma pessoa certa e determinada submetida ao empregador, como menciona o art. 2º da CLT. 19 Conclui-se, portanto, que o trabalhador é a pessoa física que utiliza sua energia pessoal em proveito próprio ou alheio, visando a um resultado determinado, econômico ou não, enquanto o empregado presta serviços de natureza não eventual a um empregador, sob a dependência deste e mediante salário Conceito de empregador Para melhor entendimento, faz-se necessário definir o conceito de empregador. Segundo o art. 2.º, Caput e 1º da CLT: Art. 2.º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 1.º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 20 O empregador pode ser uma pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, ou, ainda, uma universalidade de bens (espólio). Quanto à pessoa jurídica de direito privado, esta pode ter fins lucrativos, como uma sociedade comercial, ou não, como associações beneficentes ou desportivas, ou uma sociedade de fato pela sua formação e responsabilidade. 21 Como explicitado na doutrina de José Augusto Rodrigues Pinto e Rodolfo Pamplona Filho: 17 Intuitu personae (Loc. lat.) Em consideração à pessoa. Motivo que determina a vontade ou o consentimento de certa pessoa para com outra, a quem quer favorecer ou com quem contrata, pelo apreço que ela lhe merece. CF. SIQUEIRA, Luiz Eduardo Alves de (Org). In: ANGHER, Anne Joyce (Coord). Dicionário jurídico. 6ª. ed. atual. São Paulo: Rideel, p DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p MACHADO JÚNIOR, César Pereira da Silva. Direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1999, p BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p. 221.

17 CLT. 23 A existência do vínculo de emprego se dá essencialmente através da prova 16 Contrato Individual de Emprego é o ajuste tácito ou expresso de vontades pelo qual uma pessoa física põe à disposição de pessoa física ou jurídica sua energia pessoal para utilização, em caráter permanente, mediante subordinação e retribuição, a fim de realizar os fins da empresa. 22 Conclui-se, então, que o Direito Individual de Trabalho tem como base a relação entre duas partes, o empregado e o empregador, e que esta relação está ligada ao contrato, ou seja, estabelecida entre o empregado e o empregador. 1.2 CARACTERÍSTICAS DA RELAÇÃO DE EMPREGO A base do direito do trabalho positivo brasileiro é a existência do contrato de trabalho como fonte geradora da relação de emprego, por força do art. 442 da de seus elementos definidores, pela simples prestação de serviços, através da presunção relativa da existência do vínculo empregatício, eis que o princípio da proteção é um dos princípios norteadores do direito do trabalho. 24 A relação de emprego, como fenômeno sociojurídico, resulta de um diversificado conjunto de fatores reunidos em um dado contexto social ou interpessoal. Então, o fenômeno sociojurídico da relação de emprego deriva da conjunção de certos elementos fático-jurídicos inarredáveis, sem os quais não se configura a mencionada relação. 25 Orlando Gomes e Elson Gottschalk lecionam que É preciso, pois, encontrar elemento que seja específico do contrato de trabalho, permitindo que se identifiquem, sem dificuldade, as qualidades jurídicas de empregador e empregado. 26 Para se falar em relação de emprego, deve-se observar se estão presentes os elementos caracterizadores. 22 PINTO, José Augusto Rodrigues e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Repertório de conceitos trabalhistas. v. 1: direito individual. São Paulo: LTr, 2000, p DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p MACHADO JÚNIOR, César Pereira da Silva. Direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1999, p DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, pp GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 118.

18 17 Filho: No entendimento de José Augusto Rodrigues Pinto e Rodolfo Pamplona Estão presentes no conceito do contrato individual os elementos essenciais de caracterização da relação de emprego e da prestação do empregado, como: pessoalidade, onerosidade, permanência (não eventualidade) e subordinação (dependência). Presentes, também, nos pólos subjetivos do ajuste, as figuras do empregado (exclusivamente pessoa física) e do empregador (pessoa física ou jurídica). 27 Caso falte algum desses requisitos legais, não há falar em relação de emprego; conseqüentemente não haverá uma relação entre empregado e empregador Pessoa física Só poderá ser empregado pessoa física, pois todos os institutos do direito do trabalho visam à proteção do ser humano, garantindo-lhe proteções que só terá sentido por este ponto de vista. 28 Preleciona Bento Herculano Duarte, no tocante à pessoa física na relação de emprego, que O primeiro traço essencial do conceito legal está na natureza intuitu personae do contrato, que afasta a possibilidade de ser empregado uma pessoa jurídica. 29 Conforme conceitua Amauri Mascaro Nascimento: Empregado é a pessoa física ou natural. Não é possível empregado pessoa jurídica. A proteção da lei é destinada ao ser humano que trabalha, à sua vida, saúde, integridade física, lazer. Esses valores existem em função da pessoa natural e não são bens jurídicos tuteláveis nas pessoas jurídicas. 30 A prestação de serviços tutelada pelo Direito do Trabalho é aquela pactuada por pessoa física (natural) e os bens jurídicos, como: a vida, saúde, integridade moral, bem-estar, lazer etc, que importam somente à pessoa física, não podendo ser usufruídos por pessoa jurídica. Logo, a figura do trabalhador será sempre a de uma pessoa, ou seja, uma pessoa física PINTO, José Augusto Rodrigues e PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Repertório de conceitos trabalhistas. v. 1: direito individual. São Paulo: LTr, 2000, p MACHADO JÚNIOR, César Pereira da Silva. Direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1999, p DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, pp DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, p. 291.

19 Pessoalidade O empregado é um trabalhador que presta pessoalmente os serviços. O contrato de trabalho é ajustado em função de determinada pessoa, ou seja, intuitu personae. O empregado não pode, por sua iniciativa, fazer-se substituir por outra pessoa, sem o consentimento do empregador. Não havendo pessoalidade, descaracteriza-se a relação de emprego, conforme já mencionado anteriormente. 32 Mas existem situações que merecem ser citadas. Foi criado o trabalho em domicílio para possibilitar a prestação do serviço por pessoas que, por algum motivo, como estado de saúde ou razões de ordem familiar, não possam trabalhar senão em sua própria residência, possibilitando, assim, garantir o sustento de sua família 33. Em relação ao trabalho em domicílio, é válido mencionar o art. 6º da CLT: Art. 6.º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego. 34 Há situações em que podem ocorrer substituições do empregado através de normas autorizadas, como nos casos de férias, licença-gestante, afastamento para cumprimento de mandato sindical etc. Nesses casos, o contrato do trabalhador afastado apenas se suspende ou interrompe, sem qualquer descaracterização da pessoalidade na relação de emprego Subordinação César Pereira da Silva Machado Júnior menciona que A subordinação é outro elemento típico e característico da noção de empregado, sendo a outra face do poder diretivo do empregador NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, pp AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord). Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, p BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, p MACHADO JÚNIOR, César Pereira da Silva. Direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1999, p. 118.

20 19 Quanto à subordinação do empregado, Sergio Pinto Martins discorre que: O obreiro exerce sua atividade com dependência ao empregador, por quem é dirigido. O empregado é, por conseguinte, um trabalhador subordinado, dirigido pelo empregador. O trabalhador autônomo não é empregado justamente por não ser subordinado a ninguém, exercendo com autonomia suas atividades e assumindo os riscos de seu negócio. 37 Empregado é um trabalhador cuja atividade é exercida sob dependência de outrem a quem ela é dirigida. Se o trabalhador não é subordinado, será considerado trabalhador autônomo e não empregado, e as leis trabalhistas estão voltadas para protegê-lo. 38 Menciona Bento Herculano Duarte que: A legislação e a doutrina brasileira preferem a expressão empregado, que equivale a trabalhador subordinado. O adjetivo subordinado indica melhor o tipo a que se está referindo, embora já se esteja reconhecendo a insuficiência, no atual contexto trabalhista, da subordinação como critério de identificação da relação de emprego. 39 A subordinação diz respeito à dependência hierárquica ou subordinação jurídica do empregado em relação ao empregador, confirmando a expressão dependência utilizada no art. 3º da CLT. 40 Analisada sob vários ângulos, afirmou-se que a subordinação pode ser dividida em três espécies, como: econômica, técnica e jurídica. 41 a) Subordinação econômica: essa teoria explica que o empregado é economicamente mais fraco que o empregador e dele depende economicamente. Porém, é frágil, pois, se o empregado possuir outra renda que o torne independente economicamente do empregador, tal fato não desnatura a relação de emprego nem a sua subordinação em relação ao empregador; 42 b) Subordinação técnica: ocorre quando o empresário monopoliza o conhecimento necessário para o processo de produção onde se 37 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, pp AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord). Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, p MACHADO JÚNIOR, César Pereira da Silva. Direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1999, p AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord). Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, p. 66.

21 20 encontra o empregado, assegurando um certo poder sobre o trabalhador; 43 c) Subordinação jurídica: esta se origina exclusivamente do contrato de trabalho, em que o empregado coloca sua atividade à disposição do empregador. 44 Cabe dizer que a subordinação jurídica diz respeito à execução do trabalho contratado e não à pessoa do trabalhador. O cumprimento das ordens e determinações do empregador devem se limitar ao contrato de trabalho, respeitando a liberdade individual e a dignidade do trabalhador. 45 Como menciona Orlando Gomes e Élson Gottschalk, Para haver contrato de trabalho basta que aquele que presta o serviço seja um trabalhador juridicamente subordinado, que seu trabalho seja dirigido. 46 Logo conclui-se que a subordinação esta diretamente ligada à noção de empregado e que este exerce a sua atividade sob a dependência do empregador que tem o poder diretivo Não-eventualidade Amauri Mascaro Nascimento conceitua que Empregado é um trabalhador não-eventual 47, como é citado na CLT, ou seja, é aquele que exerce uma atividade de modo permanente. Rege esse ramo jurídico o princípio da continuidade da relação de emprego, pelo qual se incentiva, normativamente, a permanência indefinida do vínculo de emprego, emergindo como exceções as hipóteses de pactuações temporalmente delimitadas dos contratos de trabalho DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, p MACHADO JÚNIOR, César Pereira da Silva. Direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1999, p AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord). Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, pp GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, p. 293.

22 21 São as palavras de Bento Herculano Duarte: A característica da nãoeventualidade do trabalho, por sua vez, é encarada sob dois aspectos: a continuidade da prestação de serviço no tempo e sua integração à atividade-fim da empresa. 49 César Pereira da Silva Machado Júnior, menciona que: A relação de emprego procura prolongar-se no tempo, como decorrência do princípio da continuidade. Sendo assim, nada mais natural do que exigir da prestação de serviços pelo empregado como sendo de natureza nãoeventual, ou seja, como trabalho contínuo. 50 Desta feita, conclui-se que a não-eventualidade ocorre quando o trabalho se caracteriza pela prestação do serviço de forma permanente, ou seja, quando não houver previsão final do vínculo de emprego Onerosidade Para Amauri Mascaro Nascimento, Empregado é um trabalhador assalariado, portanto, alguém que, pelo serviço que presta, recebe uma retribuição 51. Só haverá relação de emprego se o contrato for oneroso. Então, caso os serviços sejam executados gratuitamente pela sua própria natureza, não se configurará a relação de emprego. 52 O trabalho voluntário prestado por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza ou à instituição sem fins lucrativos não gera vínculo de emprego (Lei nº /98), desde que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social 53. Segundo Mauricio Godinho Delgado: (...) ao valor econômico da força de trabalho colocada à disposição do empregador deve corresponder uma contrapartida econômica em benefício obreiro, consubstanciada no conjunto salarial, isto é, o complexo de verbas 49 DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p MACHADO JÚNIOR, César Pereira da Silva. Direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1999, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p. 199.

23 22 contraprestativas pagas pelo empregador ao empregado em virtude da relação empregatícia pactuada. 54 A onerosidade concede às partes vantagens e desvantagens. O empregado coloca à disposição do empregador a sua força de trabalho; por outro lado, este será credor da obrigação do empregador pagar-lhe os salários fixados. Nessas duas prestações básicas, a faixa de onerosidade é mais ampla que a prestação de serviço por esta abranger condições fixadas complementarmente, como: salário in natura 55, gratificações, prêmios, cesta básica e participação nos lucros, dentre outros 56. O salário pode ser pago em valor fixo, comissões, uma parte em utilidades e, ainda, por dia, hora, semana, mês, tarefa ou unidade de obra. O salário possui natureza jurídica alimentícia e é objeto de proteção constitucional, que prevê salário mínimo fixo em lei, irredutibilidade salarial, salvo convenção ou acordo coletivo, e sua retenção dolosa constitui crime (art. 7º, IV, VI e X da CRFB), além da proteção infraconstitucional, como intangibilidade salarial (art. 462 da CLT), impenhorabilidade (art. 649, IV, do CPC), ou como crédito preferencial (art. 100 da CF, art. 449, 1º da CLT e art. 186 do CTN). 57 Para Jackson Chaves de Azevedo, estando configurados os elementos pessoalidade, não-eventualidade e subordinação jurídica, na ausência do pagamento dos salários, independente de boa-fé ou não, o empregador não desnaturará a caracterização do vínculo empregatício, tendo em vista que o empregado tem direito a eles. 58 Os requisitos subseqüentes não são propriamente uma condição para a existência do contrato de trabalho, tendo em vista que, na maioria das vezes, eles não são utilizados, ou são utilizados facultativamente, assim mencionados como requisitos controvertidos. 54 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, p In natura (Loc. lat.) A coisa em si. CF. DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico. 2.v. São Paulo: Saraiva, p DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord). Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, p AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord). Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, p. 71.

24 Exclusividade A exclusividade da prestação de trabalho não chega a ser uma condição obrigatória da existência do contrato de trabalho, mas uma decorrência da subordinação que o contrato cria para o empregado. O empregado que se encontra na circunstância de trabalhar para mais de um empregador não desnatura os contratos que celebrou, mas admite a pluralidade simultânea de contratos de trabalho. 59 Quanto à exclusividade, César Pereira da Silva Machado Júnior diz que: A exclusividade na prestação de serviços para um empregador não é requisito da definição de empregado. Ou seja, salvo cláusula contratual expressa, o empregado pode pactuar vários contratos de emprego simultaneamente, não sendo a exclusividade, portanto, requisito de seu conceito. 60 Observa-se que, na prática, os operários geralmente não trabalham para vários empregadores, porém, entre os empregados em serviços terciários, grande número trabalha nessas condições, tais como os contadores, viajantes etc. 61 Preleciona Sergio Pinto Martins que: O obreiro pode ter mais de um emprego, visando o aumento de sua renda mensal. Em cada um dos locais de trabalho, será considerado empregado. (...) O fato de o contrato de trabalho prever a exclusividade na prestação de serviços pelo empregado não o desnatura. Caso o trabalhador não cumpra tal disposição contratual, dará apenas justo motivo para o empregador rescindir o pacto laboral. 62 A exclusividade ocorre do pacto que define uma jornada de trabalho extensa, em que se torna impossível, física e materialmente, o trabalhador manter mais de uma relação de emprego. 63 Assim como, em algumas situações, o empregado não pode laborar em outro emprego, conforme o art. 138 da CLT, exceto se já laborava em outro que o horário permitisse. Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p MACHADO JÚNIOR, César Pereira da Silva. Direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1999, p GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord). Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, p. 72.

25 24 Ao interpretar o dispositivo acima citado, conclui-se que o empregado poderá trabalhar nas férias, desde que mantenha contrato de trabalho com outro empregador. Logo, a exclusividade não é requisito essencial no que diz respeito ao contrato de trabalho, mas sim uma decorrência da subordinação, considerando a possibilidade de o empregador assim o exigir no referido contrato Alteridade O empregado presta serviços por conta alheia (Alteridade) 65. É um trabalho sem assunção de qualquer risco pelo trabalhador. O empregado pode participar dos lucros da empresa, mas não dos prejuízos. Quando está prestando um serviço para si ou por conta própria, não será empregado, podendo ocorrer apenas a realização de um trabalho, ou a configuração do trabalho autônomo. É requisito do contrato de trabalho o empregado prestar serviços por conta alheia e não por conta própria. 66 Mauricio Godinho Delgado, ao falar sobre o tema, menciona que: A característica da assunção dos riscos do empreendimento ou do trabalho consiste na circunstância de impor a ordem justrabalhista à exclusiva responsabilidade do empregador, em contraponto aos interesses obreiros oriundos do contrato pactuado, os ônus decorrentes de sua atividade empresarial ou até mesmo do contrato empregatício celebrado. Por Tal característica, em suma, o empregador assume os riscos da empresa, do estabelecimento e do próprio contrato de trabalho e sua execução. 67 Para esclarecimentos sobre assunção, cabe lembrar o citado no art. 2º da CLT, o qual menciona que as empresas assumem os riscos da atividade econômica, admitindo, assalariando e dirigindo a prestação pessoal de serviço. 68 O art. 2º da CLT limita a alteridade apenas aos riscos empresariais, esquecendo os riscos decorrentes do contrato de trabalho e de seu cumprimento. Porém ao empregador também se atribuem os riscos do trabalho prestado, ainda que este não tenha intuito econômico para seu tomador, como nos casos dos empregados domésticos BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p Alteridade (Loc. lat.) Na linguagem comum indica estado ou qualidade do que é outro, diferente, distinto. CF. DINIZ, Maria Helena. Dicionário jurídico. 1.v. São Paulo: Saraiva, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, p BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, p. 393.

26 25 Porém a letra do enunciado (riscos da atividade econômica) do art. 2º da CLT não corresponde à intenção da norma, nem à noção jurídica dos riscos que se permitem ao empregador na relação de emprego. O princípio da assunção dos riscos aplica-se também aos empregadores que não exercem atividade de natureza econômica Profissionalização O fato de o trabalhador não ser um profissional ou não ter um grau de escolaridade não influencia na existência do contrato de trabalho. No Brasil, é comum que o trabalhador não tenha qualquer grau de escolaridade ou profissionalização. Se essa orientação fosse necessariamente aplicada, muitos contratos de trabalho não poderiam ser celebrados pela simples falta de qualificação. Inclusive, o empregado pode exercer na empresa atividade que não aquela de sua especialidade. Porém, pode-se exigir uma escolaridade para o exercício de uma profissão nos casos de médicos, advogados ou engenheiros NATUREZA JURÍDICA DA RELAÇÃO DE EMPREGO O contrato de trabalho e a relação de emprego criam vínculo entre as partes, mesmo que não seja empregatício, mas mesmo assim, o vínculo ocorre. Quando as partes firmam um contrato, há um ajuste de vontades. Mas, quando o vínculo decorre da prestação de serviço apenas como um fato, mesmo não havendo ajuste de vontade, haverá a relação de emprego. 72 Assim, Amauri Mascaro Nascimento conclui que: Desse modo, em conclusão, o vínculo entre empregado e empregador é de natureza contratual, ainda que no ato que lhe deu origem nada tenha sido 70 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 119.

27 26 literalmente ajustado, mas desde que a prestação de serviços se tenha iniciado sem oposição do tomador dos serviços. 73 Sérgio Pinto Martins menciona que há duas teorias mais modernas que pretendem explicar a natureza jurídica do contrato de trabalho, que são as teorias contratualista e a anticontratualista 74. Em suma, conclui-se que, quando o vínculo decorre da prestação de serviço apenas como um fato, mesmo não havendo ajuste de vontade, estará caracterizada a relação de emprego Teoria contratualista A teoria do contratualismo, como o nome indica, é aquela em que a relação entre empregado e empregador é considerada um contrato. Essa teoria tem como tese a vontade das partes, que é insubstituível, e a única que pode criar o vínculo jurídico. 75 Leciona Sérgio Pinto Martins que: mesmo se uma pessoa começa a trabalhar para a outra sem que expressamente nada tenha sido combinado entre ambas, isso só seria possível pela vontade ou pelo interesse das duas. 76 Jackson Chaves de Azevedo diz que: Pacificou-se o entendimento entre os doutrinadores, no sentido de que a relação de trabalho possui natureza jurídica contratual, sendo a presença da vontade elemento essencial à sua configuração. 77 A relação de trabalho corresponde a uma situação de fato, que decorre da efetiva prestação de serviço, conhecida como relação de trabalho fática. Por ser mais coerente com a teoria geral do direito, a teoria do contrato é considerada preponderante NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p AZEVEDO, Jackson Chaves de (Coord), Curso de direito do trabalho. São Paulo: LTr, 2001, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 122.

28 27 As fases do contratualismo são a moderna e a clássica. A clássica caracteriza-se por tentar explicar o contrato de trabalho com base nos mesmos contratos previstos no direito civil, como os do arrendamento, da compra e venda, da sociedade e do mandato. Porém estas teorias não serão abordadas profundamente neste trabalho, tendo em vista que estão rejeitadas pela doutrina moderna, que prefere ver na relação de emprego contratos com características próprias e regidas pelo direito do trabalho Teoria anticontratualista A teoria anticontratualista, também conhecida como acontratualista, diz que não existe uma relação contratual entre empregado e empregador. 80 Essa teoria nasceu na Alemanha com a teoria da relação de trabalho, negando a natureza contratual do vínculo entre empregado e empregador, expandindo-se para a Itália e França com a teoria do institucionalismo. 81 a) Teoria da relação de trabalho: Essa teoria sustenta que a empresa é uma comunidade de trabalho, em que o trabalhador incorpora-se para cumprir objetivado pela produção nacional. Nessa comunidade, não existem, entre os interessados, relações contratuais, apenas uma relação de trabalho em essência unitário, sem autonomia de vontade, sendo constituída pela simples ocupação do trabalho humano pelo empregador. 82 b) Teoria do institucionalismo: Essa teoria defende que a empresa é uma instituição, na qual há uma situação estatutária e não contratual, em que o estatuto define as condições de trabalho, que são prestadas sob a autoridade do empregador, detentor do poder disciplinar. O vínculo 79 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, pp

29 28 jurídico decorre pelo engajamento do trabalhador na empresa, não advindo de uma simples discussão de cláusulas contratuais. 83 Como se pode observar, as teorias mencionadas acima são fiéis à inspiração autoritária presente na sua formulação e desenvolvimento, demonstram claramente o seu intento antidemocrático e apreendem a liberdade e vontade obreira. Porém esses dois elementos não são relevantes à configuração da relação empregatícia COMENTÁRIOS SOBRE DIREITOS TRABALHISTAS PREVISTOS NA CRFB DE A relação do Direito do Trabalho com o Direto Constitucional é muito próxima, pois a CRFB estabelece uma série de direitos mínimos aos trabalhadores. 85 Para Orlando Gomes, A Constituição é a mais importante fonte formal de produção estatal do Direito do Trabalho. 86 A CRFB estabelece vários direitos aos trabalhadores de um modo geral, principalmente aqueles previstos nos arts. 7º a 11, em especial aqueles inseridos nos incisos 87 do art. 7º, que visam garantir os direitos mínimos aos trabalhadores urbanos e rurais, totalizando 34 incisos. 88 O referido artigo prevê direitos reconhecidos para algumas espécies de trabalhadores em seus incisos, como o trabalhador doméstico, no parágrafo único, e o trabalhador avulso, no inciso XXXIV, que prevê igualdade com os direitos dos trabalhadores com vínculo empregatício permanente. 89 O art. 8º da CRFB prevê direitos decorrentes da organização sindical, e o art. 9º da CRFB trata sobre o direito de greve NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, p DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p Inciso, a partir deste momento adotar-se-á a abreviatura inc. 88 MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 61.

30 29 Quanto aos outros artigos não mencionados, Bento Herculano Duarte leciona que o art. 6º enumera os direitos sociais; o art. 10 dispõe sobre a participação dos trabalhadores nos colegiados de órgão públicos em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação; e o art. 11, que assegura que, nas empresas de mais de 200 funcionários, seja eleito um representante para promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. 91 Quanto aos direitos do trabalho previstos na CRFB, vale mencionar Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena: (...) pela ordem em que se encontram, as leis constitucionais brasileiras distinguem-se em normas orgânicas, que instituem em sua forma básica os órgãos da Justiça do Trabalho, integrados no Poder Judiciário Federal (arts. 92, IV e 111 a 113), normas competenciais, que retêm os princípios fundamentais da competência dos Tribunais do Trabalho, enunciando-a ou excluindo-a (arts. 108, II, 109, I e 114); normas principiológicas (arts. 5º e 6º); normas entre programáticas e auto-aplicáveis (art. 7º, incs. I a XXXIV e parágrafo único, art. 8º, I a VIII e parágrafo único, art. 9º) assim como normas auto-aplicáveis, enquanto imperativas e proibitivas (ADCT, art. 10). 92 E ainda, conforme Orlando Gomes: Muitos preceitos contidos na Constituição de 1988 já estavam acolhidos na legislação ordinária. Alguns contidos nas Constituições anteriores sofreram alterações (férias, aviso prévio, composição do salário mínimo, jornada, horas extras etc.), outros foram totalmente inovados (despedida arbitrária, piso salarial, atividade penosa, igualdade de direitos entre avulsos e empregados permanentes, organização sindical, representação nas empresas de mais de duzentos empregados, etc.). 93 A CRFB de 1988 surgiu como a Carta de Direitos mais significativa na história jurídico-política do país. Esta CRFB abriu um grande espaço aos direitos individuais, ganhou coerência, criou direitos sociotrabalhistas, ampliando garantias que já existiam na ordem jurídica, a par de criar novas no aspecto normativo dominante. 94 Quanto ao salário mínimo, a atual CRFB estabeleceu o princípio de que este deve ser fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às necessidades vitais básicas e às da família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, capaz de preservar o poder aquisitivo, sendo vedada a sua vinculação para qualquer fim DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p VILHENA, Paulo Emílio Ribeiro de. Relação de emprego: estrutura legal e supostos. 2. ed. ver. atual. e aum. São Paulo: LTr. 1999, p GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 5. ed. São Paulo: LTr, 2006, pp GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 34.

31 30 No entanto, o salário mínimo é uma contradição, eis que permanece com o mínimo de compromisso no que diz respeito à flexibilização econômica, quanto à segurança da manutenção do ser humano e seus familiares, além de ser uma irrisão quando confrontado com o que efetivamente é pago. 96 Portanto, como se pode observar, a CRFB tem um papel muito importante no Direito do Trabalho, pois, além de outros preceitos que visam à melhoria da condição dos trabalhadores, estabeleceu vários princípios, como aqueles inseridos nos arts. 7º até o 11 da CRFB DUARTE, Bento Herculano (Coord). Manual do direito do trabalho. São Paulo: LTr, 1998, p GOMES, Orlando e GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2000, p. 34.

32 31 2 O CONTRATO DE ESTÁGIO O segundo capítulo do presente trabalho pretende demonstrar um breve histórico sobre as leis, decretos 98, portaria 99 e medida provisória 100 que regulamentam o estágio curricular no Brasil. Posteriormente, demonstrar-se-ão o conceito, os requisitos formais e materiais, desenvolvendo cada um conforme a sua pertinência, bem como os direitos e vantagens do estágio e os deveres e desvantagens destes. 2.1 BREVE HISTÓRICO Apesar de muito criticada por pessoas que sustentavam que uma portaria não teria competência para criar direitos e obrigações, mas sim uma Lei, nada havia a respeito sobre estagiário até a Port de 29 de setembro de 1967, que, no seu art. 3º, dispunha que: 101 Os estagiários contratados por meio de Bolsas de Complementação Educacional não terão, para quaisquer efeitos, vínculo empregatício com as empresas, cabendo a estas apenas o pagamento da Bolsa, durante o período do estágio. 102 Em seguida, o Dec. nº , de 11 de maio de 1970, teve a finalidade de permitir a implantação de programas de estágios, destinados a proporcionar aos estudantes do sistema de ensino superior de áreas prioritárias, especialmente as de engenharia, tecnologia, economia e administração, a oportunidade de praticar, em órgãos e entidades públicas e privadas, o exercício das atividades conforme as suas respectivas especialidades 103. Surge, em 11 de agosto de 1971, a Lei nº , estabelecendo regras sobre diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, objetivando a integração do 98 Decreto, a partir deste momento adotar-se-á a abreviatura Dec. 99 Portaria, a partir deste momento adotar-se-á a abreviatura Port. 100 Medida Provisória, a partir deste momento adotar-se-á a abreviatura MP. 101 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 31. ed. São Paulo: LTr, 2005, p MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2005, p. 196.

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