A Doença do Pastor. Pequena dissertação sobre os poemas do Pastor Amoroso de Alberto Caeiro. Guilherme Mira Godinho, Estudos Pessoanos EPL 07/08

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1 A Doença do Pastor Pequena dissertação sobre os poemas do Pastor Amoroso de Alberto Caeiro Guilherme Mira Godinho, Estudos Pessoanos EPL 07/08

2 You can t be wise and in love at the same time. Bob Dylan

3 1. Pensar é estar doente dos olhos Pode não ser o verso mais importante de Alberto Caeiro, até aparece entre parêntesis no segundo poema do Guardador de Rebanhos. Mas para mim é sem dúvida um dos mais bonitos e simples do mestre, e quero neste caso usá-lo como rastilho que acenda em mim toda a verdade que eu queira dizer sobre este poeta-pastor e a sua fulminante doença passional. Não é minha intenção fazer uma análise meramente sintomática da doença a que me refiro, nem tanto rastrear as diferenças do poeta de antes para o de depois do contágio. Pretendo nesta aproximação aos poemas do Pastor Amoroso, compreender e discorrer sobre a evolução deste sentimento magno que invadiu impetuosamente a sua alma, desde o primeiro até ao oitavo poema escrito sob esta influência, não sem antes me referir aos poemas que servem de apresentação de A.C., sendo que me vou centrar nos dois primeiros do Guardador de Rebanhos, que a meu ver, introduzem magistralmente a obra do mestre. Não quero deixar de referir que, apesar da parca importância dada pelos estudiosos a este conjunto de poemas, e da tristeza sentida por Ricardo Reis pela sua existência, é a meu ver um conjunto de poemas essencial para o estudo da obra de Caeiro no cômputo geral. Por vezes é através dos defeitos de uma pessoa que compreendemos a essência do seu ser, não que os poemas seguintes sejam defeituosos, são perfeitos na sua tragicidade, mas considerando as rígidas convicções do mestre e segundo as palavras do discípulo do paganismo: «A viciação mental produzida por esse episódio amoroso, que, sobre ter sido estéril, foi perturbador, e cujos detalhes desconheço e desejo não conhecer, prosseguiu no espírito do poeta. Ficou o rasto viciado.» É mais que notável nestes poemas o enorme desvio do perene guardador de rebanhos. No primeiro poema do Guardador de Rebanhos, podemos destacar alguns versos que parecem iniciar uma definição muito precisa daquilo que será a verdade poética e inspiradora de Alberto Caeiro: «Minha alma é como um pastor», um pastor é um homem que anda pelo mundo sozinho, a sua única companhia é a natureza representada pelas ovelhas e pelos campos, é também alguém que guia, que desbrava e deixa atrás de si trilhos de descobertas para outros seguirem, sem se preocupar se o seguem ou não. «Toda a paz da Natureza sem gente/ vem sentar-se a meu lado.»; «Não tenho ambições nem desejos. / Ser poeta não é uma ambição minha. / É a minha maneira de estar sozinho.» Todos estes versos que transcrevi transparecem uma grande placidez e tranquilidade bucólica concentrada num presente eterno e ao mesmo tempo algo frágil. «Sinto um cajado nas mãos/ E vejo um recorte de mim/ No cimo dum outeiro, / Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias/ Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,» o cajado é o utensílio que permite ao pastor caminhar sem tombar, é o apoio para a sua vida, todas as suas convicções, e de resto está bem presente nestes últimos versos que o rebanho que guarda são todas as suas ideias.

4 No segundo poema é apresentada ao mundo a doença de pensar: «Porque pensar é não compreender / O mundo não se fez para pensarmos nele/ (Pensar é estar doente dos olhos) / Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.» De facto se pensamos em algo é porque não o compreendemos ou duvidamos, e segundo Caeiro não há que duvidar do mundo, há que olhar o mundo e aceitá-lo sem o questionar, quem pensa sobre o mundo é quem olha para ele e não o vê, logo deve ter alguma doença nos olhos. «Eu não tenho filosofia: tenho sentidos», se não ligarmos à contradição de que esta é a sua filosofia, podemos chegar ao sensacionismo autêntico de Caeiro, autêntico porque simples, leve e justo na sua plenitude. Aproveitando a ideia do professor Fernando Cabral Martins, no seu estudo A Ciência de Ver, é importante perceber que este acto tem uma importância decisiva na definição que Caeiro dá de si, da poesia e da vida: a visão é uma sinédoque dos cinco sentidos, e como tal a imagem do mundo que o rodeia deve ser apreendida com o olhar, sendo o acto de pensar o mesmo que ver o mundo turvo e incerto. «Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, / Mas porque a amo, e amo-a por isso, / Porque quem ama nunca sabe o que ama/ Nem sabe porque ama, nem o que é amar / Amar é a eterna inocência, / E a única inocência é não pensar» a Natureza é então o objecto de amor permanente do guardador e aparentemente o único, e o pensamento é, segundo este remate, o maior inimigo desse amor, pois diminui a eterna inocência que é amar. Nos quarenta e nove poemas do livro-primo de Caeiro, a Natureza é o único foco da sua atenção, explicada com e pelos olhos de um homem, que a eleva a personagem principal da sua poética, aqui reside o paganismo que o guardador é, nesta plácida devoção a tudo o que se avista do cimo de um outeiro. Mas se alguma outra coisa lhe desviasse o olhar? 2. Quem ama é diferente de quem é. Lanço-me agora sobre os poemas do Pastor Amoroso, e faço incidir a luz sobre esta frase que uso como título. Algo dogmática e bastante explícita, sem segundos sentidos ou leituras profundas, bastante simples no entendimento: aquele que ama, ao amar, modifica-se, torna-se numa outra pessoa, encanta-se. Se já for outra pessoa, como é o caso de Caeiro (outro Pessoa), torna-se ainda noutro. Antes do amor o Homem está sozinho, um pouco como a imagem de Adão no Paraíso, antes da criação de Eva, está entregue a si mesmo e ao meio que o envolve, no caso do guardador, o meio que o envolve é tão simplesmente a Natureza e as suas manifestações, logo, antes do amor ele só bebe dela e como é clara, é muito fácil estar de acordo com ela. Mesmo a nossa presença no seu seio é despojada de sentimentos e problematizações, até mesmo o ver o reflexo na água de um rio, é meramente uma questão imagética, nada a não ser a figura é reflectida. Mas se vem o amor tudo muda, porque o ser nas suas fundações muda, e a sua maneira de olhar o mundo e viver a vida tem que forçosamente mudar também.

5 I Quando eu não te tinha Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo... Agora amo a Natureza Como um monge calmo à Virgem Maria, Religiosamente, a meu modo, como dantes, Mas de outra maneira mais comovida e próxima... Vejo melhor os rios quando vou contigo Pelos campos até à beira dos rios; Sentado a teu lado reparando nas nuvens Reparo nelas melhor Tu não me tiraste a Natureza... Tu não me mudaste a Natureza... Trouxeste-me a Natureza para ao pé de mim, Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma, Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais, Por tu me escolheres para te ter e te amar, Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente Sobre todas as cousas. Não me arrependo do que fui outrora Porque ainda o sou. Só me arrependo de outrora te não ter amado. Chegámos então ao primeiro poema do pastor enamorado, poema que inicia com uma breve analogia explicativa do seu estado, usando o cristianismo mundano para caracterizar o seu particular paganismo. Antes do amor, o guardador amava a natureza como um monge calmo a Cristo, agora ama-a como um monge calmo à Virgem Maria, duma maneira mais próxima e comovida. Depois do amor ele acha-se mais próximo da Natureza, já não olha de baixo para uma cruz erguida sobre um monte, mas encontra-se lado a lado com ela, numa comunhão quase maternal. É isso que representa Maria, e é por isso que é invocada para este poema, o cristão sente uma grande proximidade para com ela, pois ambos olham para Jesus da mesma maneira e são ambos impotentes para o salvar, e é das coisas mais comoventes da vida ver uma mãe a chorar a morte de um filho, muito mais do que ver um homem independentemente, a perecer. Neste poema começa-se a notar uma ligeira mudança na forma de cantar a Natureza por parte do poeta, ele afirma mesmo ver melhor os rios e reparar melhor nas nuvens, a companhia do amor trouxe-a para mais perto de si, é uma visão algo eufórica apesar da

6 compassividade rítmica se manter, de alguém que acabou de descobrir um amor novo, diferente de tudo, e que embriagado dele, se sente admitido num campo superior das sensações, ainda mais elevado do que era, sem que o seu objecto se converta todavia em algo diverso. Quanto à denegação final do poema, é claro que nesta primeira fase da paixão ainda não é perceptível para si próprio que se possa processar uma tão grande mudança interior, daí afirmar que ainda é o que foi outrora, embora se perceba já que os ventos estão para mudar pelos campos ribatejanos. II Está alta no céu a lua e é primavera. Penso em ti e dentro de mim estou completo. Corre pelos vagos campos até mim uma brisa ligeira. Penso em ti, murmuro o teu nome; não sou eu: sou feliz. Amanhã virás, andarás comigo a colher flores pelos campos, E eu andarei contigo pelos campos a ver-te colher flores. Eu já te vejo amanhã a colher flores comigo pelos campos, Mas quando vieres amanhã e andares comigo realmente a colher flores, Isso será uma alegria e uma novidade para mim. No segundo poema do Pastor Amoroso aparece pela primeira vez a palavra «Penso», a tal doença dos olhos do guardador de rebanhos. Não é no entanto o único elemento estranho para a habitual lucidez sentimental da poesia do guardador, ele vê também agora para dentro de si mesmo, diria mesmo numa introspecção espontânea, quase sem querer, e detecta a primeira grande mudança no seu ser: «não sou eu: sou feliz.», podemos reparar então numa súbita e radical mudança desde o primeiro poema já tratado e o presente, se no anterior ele rematava clamando ser ainda o mesmo que fora outrora, agora afirma categoricamente não ser o mesmo, por ser mais feliz. Também se pode falar de uma nítida mudança no plano temporal, ao verificar que o pastor neste poema prevê o dia de amanhã, escrevendo no futuro: «Amanhã virás, andarás comigo a colher flores pelos campos, /E eu andarei contigo ( )»; «Eu já te vejo amanhã a colher flores comigo pelos campos/mas quando vieres amanhã ( ) / Isso será uma alegria e

7 uma novidade para mim.». Esta repetição que tantas vezes é sinónimo de serenidade e clareza na sua obra, aqui ganha tons de ansiedade e desejo, como uma criança que não dorme na noite antes da festa, permanecendo de olhos abertos na escuridão da noite a projectar os mínimos acontecimentos do dia que virá, acabando por adormecer ao raiar da manhã. III Agora que sinto amor Tenho interesse nos perfumes. Nunca antes me interessou que uma flor tivesse cheiro. Agora sinto o perfume das flores como se visse uma coisa nova. Sei bem que elas cheiravam, como sei que existia. São coisas que se sabem por fora. Mas agora sei com a respiração da parte de trás da cabeça. Hoje as flores sabem-me bem num paladar que se cheira. Hoje às vezes acordo e cheiro antes de ver. Neste poema temos a confirmação de todas as suspeitas, agora o pastor sente o amor, a primeira coisa que sente sem ver, e para além de se confessar apaixonado, ganhou interesse nos perfumes das coisas, o olhar deixa de ser a tal sinédoque dos cinco sentidos, tornando-se cada vez mais desnecessário, e os restantes sentidos começam a apurar-se, dando azo a um discurso sobre os cheiros, os sabores e a respiração da parte de trás da cabeça, talvez uma alusão ao sítio oposto daquele onde ficam os olhos, se é a primeira vez que sente algo para além da visão, pressupõe que esse sentimento seja sentido do lado contrário ao dos olhos. Para concluir, o poema termina com uma revelação algo perturbadora (começa-se a aperceber o porquê da tristeza de Ricardo Reis ao lembrar-se desta fase de seu mestre), ele já por vezes ao acordar, cheira antes de ver. Como diz o discípulo pagão numa das suas prosas: «O temperamento metafísico de Caeiro menos apto estava a receber emoções amorosas, que, sobre serem já de si perturbadoras, mais o eram para um temperamento em que eram estranhas. De aí a momentânea abdicação dos seus princípios e da sua objectividade nativa nos ( ) poemas de O Pastor Amoroso.». IV Todos os dias agora acordo com alegria e pena. Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.

8 Tenho alegria e pena porque perco o que sonho E posso estar na realidade onde está o que sonho. Não sei o que hei-de fazer das minhas sensações. Não sei o que hei-de ser comigo. Quero que ela me diga qualquer coisa para eu acordar de novo. Quem ama é diferente de quem é. É a mesma pessoa sem ninguém. Neste quarto poema continua-se a registar uma acentuação do sentimento amoroso em detrimento de todos os outros. Entra também em acção o plano onírico, até aqui o pastor acordava todos os dias sem sensação nenhuma, agora acorda sempre com alegria e pena, e isto por culpa do sonho, da confusão entre a vida vivida e a vida sonhada, do medo de o sonho ser a vida, e ao acordar perdê-la: «Tenho alegria e pena porque perco o que sonho/ E posso estar na realidade onde está o que sonho.». O pastor amoroso começa a perder o fio condutor da sua existência, a mistura de sensações que tem vindo a receber desde que conheceu o amor confunde-o, dispersa-o, fá-lo procurar respostas dentro de si, sem saber o que há-de fazer das sensações e o que há-de ser consigo, como diz Ricardo Reis: «Como não há-de um amoroso olhar para dentro de si?». Para terminar um dos dísticos mais significantes da poesia do mestre Caeiro, como que uma aceitação de uma mudança profunda no âmago do seu ser, «quem ama é diferente de quem é.», ao amar ele transformou-se noutro, «É a mesma pessoa sem ninguém.», nesta dupla negação pode ler-se à primeira vista que é o mesmo que estivesse «com alguém», mas não é por acaso que é feito na negativa, é por o amor ser ainda mais forte e doloroso quando o objecto deste se manifesta ausente, «sem ninguém» dói mais que «com alguém». V O amor é uma companhia. Já não sei andar só pelos caminhos, Porque já não posso andar só. Um pensamento visível faz-me andar mais depressa E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo. Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo. E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar. Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas. Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. Todo eu sou qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

9 Segundo Eduardo Lourenço, este poema é aquele que configura a mais solar das suas ficções eróticas, isto porque é aqui que se dá o clímax do seu amor (sempre de um modo implicitamente platónico), o momento de plena aceitação de um outro na sua vida e nos rituais que a preenchem, a partir deste ponto poder-se-ia dar a sublimação do amor ou então o declínio do desamor, mas por algum motivo não se adivinha um futuro risonho para o pastor amoroso. Regressemos por breves instantes ao primeiro poema do Guardador de Rebanhos: «Ser poeta ( ) é a minha maneira de estar sozinho», e pensemos nos primeiros dois versos deste poema: «O amor é uma companhia. / Já não sei andar só pelos caminhos,» ele afirma que não pode andar só pelos caminhos, pois tem um pensamento visível sempre com ele o seu amor, ora presente, ora ausente, mas sempre visível. O apogeu da paixão presentifica-se definitivamente nos últimos versos deste poema: «não sei o que é feito do que sinto na ausência dela. / Todo eu sou qualquer força que me abandona.», o pastor perde as suas forças aquando a ausência da sua amada, sente-se abandonado e finaliza reconhecendo toda a realidade como um girassol, com a cabeça dela no meio. A infecção torna-se assim febril, o guardador de rebanhos desvia-se tragicamente do seu caminho, está perdidamente amoroso, amorosamente perdido. VI Passei toda a noite, sem saber dormir, vendo sem espaço a figura dela E vendo-a sempre de maneiras diferentes do que a encontro a ela. Faço pensamentos com a recordação do que ela é quando me fala, E em cada pensamento ela varia de acordo com a sua semelhança. Amar é pensar. E eu quase que me esqueço de sentir só de pensar nela. Não sei bem o que quero, mesmo dela, e eu não penso senão nela. Tenho uma grande distracção animada. Quando desejo encontrá-la, Quase que prefiro não a encontrar, Para não ter que a deixar depois. E prefiro pensar dela, porque dela como é tenho qualquer medo. Não sei bem o que quero, nem quero saber o que quero. Quero só pensar ela. Não peço nada a ninguém, nem a ela, senão pensar. Depois de atingir o cume de uma montanha, não há mais que subir, neste sexto poema do Pastor Amoroso, começa o caminho descendente da paixão do mestre enfermo. Já passa a

10 noite sem saber dormir, pensando na figura dela e nas recordações dela. Chega à conclusão de que «Amar é pensar», o que voltando ao segundo poema do Guardador de Rebanhos onde «pensar é estar doente dos olhos», leva-nos a crer que pela primeira vez reflecte sobre o seu amor como a causa da sua doença, do seu esquecimento de sentir e da sua incerteza quanto às suas vontades. No final do poema demonstra que a vontade de pensar nela é já quase uma dependência do pastor. VII Talvez quem vê bem não sirva para sentir E não agrade por estar muito antes das maneiras. É preciso ter modos para todas as cousas, E cada cousa tem o seu modo,e o amor também. Quem tem o modo de ver os campos pelas ervas Não deve ter a cegueira que faz fazer sentir. Amei, e não fui amado, o que só vi no fim, Porque não se é amado como se nasce mas como acontece. Ela continua tão bonita de cabelo e boca como dantes, E eu continuo como era dantes, sozinho no campo. Como se tivesse estado de cabeça baixa, Penso isto, e fico de cabeça alta E o dourado do sol seca as lágrimas pequenas que não posso deixar de ter. Como o campo é grande e o amor pequeno! Olho, e esqueço, como o mundo enterra e as árvores se despem. Eu não sei falar porque estou a sentir. Estou a escutar a minha voz como se fosse de outra pessoa, E a minha voz fala dela como se ela é que falasse. Tem o cabelo de um louro amarelo de trigo ao sol claro, E a boca quando fala diz cousas que não há nas palavras. Sorri, e os dentes são limpos como pedras do rio. Sem dúvida alguma o poema mais triste do Pastor Amoroso, muito devido à sua temática específica de entre os outros, o reconhecimento do não-amor, mas também devido à beleza das palavras e ao ritmo leve que elas tomam, como uma brisa fresca no calor da tarde. Os seis primeiros versos do poema são lançados como se uma justificação prévia da informação que há-de seguir, algo que o poeta acha necessário apresentar logo a abrir o seu discurso. Indaga que se calhar quem vê muito bem como ele não foi talhado para sentir, que

11 cada coisa tem o seu modo, tal como o amor também o tem, e quem tem modo de ver os campos não deve ter a cegueira de sentir demais. Depois de justificar é que relata o que se passou: «Amei, e não fui amado, o que só vi no fim,» e volta a justificar o amor não correspondido com a imprevisibilidade deste sentimento: «porque não se é amado como se nasce mas como acontece». Agora o pastor volta ao que era dantes: um homem a sós com a Natureza, mas já não é o mesmo, o sol agora seca-lhe as lágrimas fugitivas, ela continua bonita no seu pensamento, conhece agora a fugacidade do amor: «Como o campo é grande e o amor pequeno!» e tudo o que vê e observa pelos caminhos faz agora com que se lembre sempre dela. VIII O pastor amoroso perdeu o cajado, E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta, E, de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe para tocar. Ninguém lhe apareceu ou desapareceu Nunca mais encontrou o cajado. Outros, praguejando contra ele, recolheram-lhe as ovelhas. Ninguém o tinha amado, afinal. Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo: Os grandes vales cheios dos mesmos vários verdes de sempre, As grandes montanhas longe, mais reais que qualquer sentimento, A realidade toda, com o céu e o ar e os campos que existem, E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor, uma liberdade no peito. O derradeiro poema do Pastor Amoroso, curiosamente escrito na terceira pessoa, talvez a confirmar sem sombras de dúvida a sua transformação total ainda noutro, depois da passagem de um guardador de rebanhos para um pastor apaixonado, este ter-se-á transformado num pastor desenganado. «O pastor amoroso perdeu o cajado», perder o cajado é algo que abala a sua identidade pastoril, sem cajado não tem apoio, a sua ligação com a terra não será plena, decerto que andará aos tombos pelos montes, perdido sem conseguir reunir o seu rebanho: «E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,», segundo o primeiro poema do guardador, ele olha para o rebanho e vê as suas ideias e vice-versa, admitindo as ovelhas como ideias, podemos dizer que as ideias se tresmalharam pela encosta, o poeta perde o controlo sobre as suas ideias, como o pastor sem cajado sobre o seu rebanho. É um poema em que a realidade é violenta, talvez mais uma razão para estar escrito na terceira pessoa, como se o poeta outrasse assim a sua aguda dor. «Nunca mais encontrou o cajado. / Outros ( ) recolheram-lhe as ovelhas. / Ninguém o tinha amado, afinal.» Lamentos feitos na

12 terceira pessoa, como se de repente fosse uma nova personagem a sofrer por ele, como quem se tivesse sentido amado fosse outro, como quem se erguesse da verdade falsa e visse tudo fosse outro, e não ele. Tudo o que o pastor viu, foi tudo o que se tinha esquecido que havia para ver: os grandes vales cheios de verdes, as grandes montanhas, mais reais que qualquer sentimento, o céu, o ar e os campos, que são toda a realidade, enfim, tudo o que a vista alcança e nada mais, apenas o que capta a parte da frente da cabeça. «E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor, uma liberdade no peito.», atinge uma nova liberdade ao reparar nestas coisas, nova pois é impossível voltar a ser o mesmo uma vez que se amou, quem ama não regressa nunca ao sítio donde partiu, e quem não é amado reúne em si uma dor e uma mágoa que permanecem eternamente nas pulsões do ser, este pastor nunca voltará a ser o plácido guardador de rebanhos que, lúcido como o céu e claro como a água, guardou o seu rebanho como quem guarda o maior tesouro que há, a partir de agora a natureza não lhe basta. Para nos lembrar que o amor é uma doença Quando nele julgamos ver a nossa cura. Manuel Cruz BIBLIOGRAFIA CAEIRO, Alberto; Poesia edição de Fernando Cabral Martins e Richard Zenith; Lisboa, Assírio & Alvim, 2001, 2ª ed PESSOA, Fernando; Prosa de Ricardo Reis edição de Manuela Parreira da Silva; Lisboa, Assírio & Alvim, 2003 LOURENÇO, Eduardo; «Fernando Pessoa ou o Não-amor» in Fernando Rei da nossa Baviera; Lisboa, INCM, s.d. GIL, José; O Espaço Interior; Lisboa, Editorial Presença, 1994

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