FRAUDE À EXECUÇÃO FISCAL: A INTERPRETAÇÃO SEDIMENTADA NO RESP /PR E A SUA (IN)CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO.

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1 Eh UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE DIREITO CURSO DE DIREITO PABLO GURGEL FERNANDES FRAUDE À EXECUÇÃO FISCAL: A INTERPRETAÇÃO SEDIMENTADA NO RESP /PR E A SUA (IN)CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO. Orientador: Dr. Luiz Alberto Gurgel de Faria NATAL / RN 2014

2 PABLO GURGEL FERNANDES FRAUDE À EXECUÇÃO FISCAL: A INTERPRETAÇÃO SEDIMENTADA NO RESP /PR E A SUA (IN)CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO. Monografia apresentada ao Curso de Direito sob a orientação do Professor Dr. Luiz Alberto Gurgel de Faria como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Direito, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. NATAL / RN 2014

3 4 Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA Fernandes, Pablo Gurgel. Fraude à execução fiscal: a interpretação sedimentada no Resp /PR e a sua (in)conformidade com a constituição / Pablo Gurgel Fernandes. - Natal, RN, f. Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Gurgel de Faria. Monografia (Graduação em Direito) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Departamento de Direito. 1. Direito Monografia. 2. Direito tributário Monografia. 3. Execução fiscal Monografia. 4. Processo tributário Monografia. I. Faria, Luiz Alberto Gurgel de. II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. RN/BS/CCSA CDU 34:336.2

4 5 PABLO GURGEL FERNANDES FRAUDE À EXECUÇÃO FISCAL: A INTERPRETAÇÃO SEDIMENTADA NO RESP /PR E A SUA (IN)CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO. Monografia apresentada ao Curso de Direito, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em Direito. Aprovado em: 14/11/2014. BANCA EXAMINADORA Professor Dr. Luiz Alberto Gurgel de Faria Orientador Universidade Federal do Rio Grande do Norte Professor Dr. Marco Bruno Miranda Clementino Examinador Universidade Federal do Rio Grande do Norte Professora Dra. Flávia Sousa Dantas Pinto Examinadora Escola Superior da Magistratura do Estado do Rio Grande do Norte

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6 7 A Deus, por ter me guiado até aqui e revelado o caminho pelo qual deveria andar; A minha mãe, que mesmo nascendo em uma casa de taipa e tendo que conciliar os estudos com o trabalho, venceu na vida e pôde investir em meus estudos; A Juliane Assunção Paiva, pelo grande apoio e auxílio, sem os quais este trabalho indubitavelmente não seria o mesmo; Ao Juiz Federal Marco Bruno Miranda Clementino e a todos os servidores da 6ª (sexta) Vara Federal, pela confiança, torcida e, sobretudo, lições de vida e de Direito; A Aparecida, pela amizade, disponibilidade e grande atenção despendidas em meus pequenos ensaios jurídicos. A minha querida avó Mary Almeida de Lima; Ao meu orientador, Ministro do Superior Tribunal de Justiça e professor doutor Luiz Alberto Gurgel de Faria, pelo exemplo de responsabilidade e pela disponibilidade, solicitude e confiança projetadas neste trabalho monográfico.

7 8 AGRADECIMENTOS A Deus, por nunca ter se esquecido de mim e sempre ter preparado minha trajetória até aqui. A minha mãe, Vera Lúcia Gurgel da Costa, que nunca mediu esforços em me incentivar e investir nos meus estudos. A Juliane Assunção Paiva, pelo carinho, paciência, amor e apoio incondicionais. Ao professor Doutor Marco Bruno Miranda Clementino pela confiança e apoio durante minha formação acadêmica e profissional, em nome de quem estendo minha gratidão a todos os servidores da secretaria da 6º Vara Federal pela receptividade e votos de sucesso. Ao professor Dr. Iur. Leonardo Martins, pelas preciosas lições sobre direitos fundamentais. A Maria Aparecida Bonfim Fernandes, pela solicitude com a qual se dispôs a corrigir minhas minutas mais elaboradas de estagiário e, recentemente, o presente ensaio monográfico. A Valter Lázaro, Mariana Lustosa, Nádia Cortez e todos os que compuseram o gabinete da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte por terem contribuído na minha eterna jornada de aprendizado jurídico. torcida. A minha avó Mary Almeida de Lima pela motivação, confiança e grande A meu amigo de infância Daniel Maia, pelos incentivos, confiança, torcida e valioso apoio que transcendem a academia jurídica. Verdadeiramente, um amigo mais chegado que irmão!

8 9 Aos meus amigos Túlio Jales e Geailson Soares Pereira, pelos diálogos jurídicos e exemplos de vida. Ao escritório Seabra de Moura Advogados Associados, pelo apoio e disponibilização da infraestrutura e acervo bibliográfico necessários na finalização deste trabalho acadêmico. Aos amigos conquistados durante esse período: colegas de curso, coordenação, administração e demais professores da graduação. Por fim agradeço a todos que ajudaram direta ou indiretamente na elaboração deste trabalho.

9 10 A segurança jurídica é um daqueles objetivos maiores do Direito, que, abstratamente, a todos apela, mas que a todos incomoda, no instante de sua aplicação concreta. De início, incomoda ao legislador, pois a função legislativa contemporânea é fragmentária, apressada e, muitas vezes, atécnica, quando não caótica. Incomoda ao administrador, pois a velocidade do tráfego dos negócios que devem ser regulados exige atuação imediata e, amiúde, com desvios radicais de rota e de ponto de destino. Incomoda ao juiz, já que a complexidade e a diversidade dos conflitos, individuais e coletivos, estão permanentemente conclamando-o a explorar novos territórios na aplicação da lei, o que leva, inexoravelmente, à alteração das decisões e posições jurisprudenciais consolidadas. Finalmente, incomoda à doutrina e aos próprios jurisdicionados que, ora festejam inovações judiciais em temas polêmicos, ora criticam o conservadorismo do magistrado, quando esse se apega aos precedentes e à letra da lei.. (Herman Benjamin).

10 11 RESUMO O presente trabalho tece uma análise geral do processo de execução, a partir de seu conceito, finalidade, evolução histórica, princípios e espécies. Aborda a origem, generalidades e especificidades do processo de execução fiscal. Estuda as fraudes do devedor, notadamente, a fraude contra credores e a fraude à execução. Elucida as diferenças entre a natureza jurídica e reflexos das diferentes espécies dessas fraudes. Expõe as peculiaridades da fraude à execução fiscal, a depender do crédito exequendo, e analisa a evolução de sua interpretação jurisprudencial, tomando como marco o Recurso Especial Representativo de Controvérsia /PR, julgado nos termos do artigo 543-C, do Código de Processo Civil. Explica o efeito vinculante dos precedentes judiciais a partir das evoluções legislativas do direito processual civil. Analisa os limites e conformações de sua aplicação à luz do princípio constitucional da segurança jurídica. Demonstra os problemas e interesses a serem ponderados na interpretação do instituto processual da fraude à execução fiscal de dívidas tributárias. Revela a necessidade de a interpretação da fraude à execução fiscal tributária observar o mesmo regime jurídico aplicável à retroatividade normativa. Defende a manutenção da eficácia dos negócios jurídicos celebrados ao tempo em que a súmula de n.º 375, do Superior Tribunal de Justiça era pacificamente aplicada à fraude à execução fiscal de créditos de natureza tributária, tanto na redação original do artigo 185, do Código Tributário Nacional, quanto em sua atual redação, dada pela Lei Complementar 118/2005. Traça limites temporais para uma adequada interpretação jurídica da fraude à execução fiscal tributária. Conclui que às alterações jurisprudenciais de interpretações jurídicas já consolidadas e que induziram legítima e essencial confiança para a criação, modificação ou extinção de relações jurídicas - como a que se procedeu no Recurso Especial Repetitivo /PR - deve-se aplicar a modulação dos efeitos, atribuindolhes, a priori, efeitos puramente prospectivos. Palavras-chave: Processo de execução fiscal. Fraudes do devedor. Fraude à execução fiscal tributária. Precedentes judiciais. Segurança jurídica. Modulação dos efeitos.

11 12 ABSTRACT The current work consists in a general analysis of the enforcement process, starting from its concept, purpose, historical evolution, principles and kinds. It approaches the origin, generalities and specificities of the tax enforcement process. This paper studies defaulters frauds, specially the one against lenders and fraud of tax enforcement. The differences of the legal character and the reflexes of the different kinds of these frauds are also mentioned. Furthermore, it shows the peculiarities of the fraud enforcement, depending on the enforced credit, and analyses the evolution of its judicial interpretation, taking as starting point the Special Controversy Representative Appeal /PR, judged in terms of the article 543-C, that is in the Code of Civil Procedure. This work also explains the binding effect of the judicial precedents beginning from the legislative evolutions of the civil procedural law. It analyses the limits and conformations in light of the constitutional principle of judicial security. Moreover, the presented paper demonstrates the problems and interests that should be weighted up in the interpretation of the procedural institute of the fraud of tax enforcement in regards to tax debts. It reveals the need of the interpretation of the fraud of tax enforcement in observing the same legal regime applicable to law retroactivity. This paper also defends the maintenance of the legal transactions efficacy that happened in the time when the National Tax Code s docket nº 375 was peacefully applied to fraud of tax enforcement of tax credits, in its original text of the National Tax Code s 185 th article and in its current form, given by the Supplemental Law 118/2005. This dissertation also gives temporal limits for an adequate juridical interpretation of the fraud of tax enforcement. It concludes that to the jurisprudence alterations of juridical interpretations already consolidated and that caused legitimate and essential confidence for its creation, modification or extinction of juridical relations as the one in Repetitive Special Feature /PR should apply the modulation of the effects, giving them, at first, purely prospective effects. Keywords: Tax enforcement process. Defaulter s fraud. Fraud of tax enforcement. Judicial precedents. Legal certainty. Modulation of the effects.

12 13 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO GENERALIDADES SOBRE O PROCESSO DE EXECUÇÃO Conceito e finalidade Origem e evolução histórica Princípios Espécies O processo de execução fiscal Considerações gerais Especificidades AS FRAUDES DO DEVEDOR: FRAUDE CONTRA CREDORES E FRAUDE À EXECUÇÃO Fraude contra credores Fraude à execução A fraude à execução fiscal Fraude à execução fiscal de créditos de natureza não tributária Fraude à execução fiscal de créditos de natureza tributária Antes do REsp /PR Depois do REsp /PR A SEGURANÇA JURÍDICA NA APLICAÇÃO DO RESP /PR O efeito vinculante dos precedentes judiciais Os recursos repetitivos A segurança jurídica e a mudança jurisprudencial A aplicação (ir)retroativa do REsp /PR CONSIDERAÇÕES FINAIS...96 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...99

13 INTRODUÇÃO O Superior Tribunal de Justiça (STJ), através de sua Primeira Seção, ao julgar o Recurso Especial Representativo de Controvérsia n.º /PR 1, firmou o novo entendimento de que a aplicação de sua súmula de n.º 375 deveria ser afastada, pelo critério da especialidade, para se interpretar o artigo 185 do Código Tributário Nacional de modo objetivo, atribuindo presunção iure et iure de fraude à execução quando se tratar de execuções fiscais de dívida tributária. Em suas razões de decidir, ao ponderar que o processo de execução fiscal de créditos tributários é o legítimo meio pelo qual uma pessoa jurídica de direito público busca a satisfação de um crédito destinado ao atendimento das necessidades públicas, o referido Órgão Jurisdicional (re)interpretou o artigo 185 do Código Tributário Nacional, para assentar que a fraude à execução fiscal tributária se opera in re ipsa, sendo constatada de modo objetivo, sem necessidade de se identificar o consilium fraudis. A partir de então, considerando a vinculação decorrente desse entendimento firmado na sistemática dos recursos repetitivos, pelo rito do artigo 543-C do Código de Processo Civil e a partir das (novas) premissas estabelecidas, os juízes e tribunais passaram a declarar a ineficácia dos negócios jurídicos de modo objetivo e absoluto, sem abrir espaço para discussões acerca da boa-fé do adquirente ou dos reflexos na eficácia de negócios jurídicos celebrados antes da alteração jurisprudencial ocorrida. Sucede, todavia, que até o julgamento do paradigmático recurso repetitivo, restava pacífica e inequivocamente assentado que, mesmo para negócios jurídicos celebrados após o início da vigência da nova redação do artigo 185 do Código Tributário Nacional, dada pela Lei Complementar n.º 118/2005, aplicava-se à espécie a súmula nº 375, do Superior Tribunal de Justiça, não bastando a mera constatação da alienação de bens ou rendas capaz de frustrar a satisfação do débito previamente inscrito em Dívida Ativa 2, para que se presumisse, de modo absoluto, a configuração de fraude à execução. 1 BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial Representativo de Controvérsia n.º Primeira Seção. Relator: Ministro Luiz Fux. Brasília, DF, 10 de novembro de Diário de Justiça Eletrônico. Brasília, 19 nov. 2010, v. 907, p Nos termos do art. 39, 2º, da Lei 4.320/1964, Dívida Ativa Tributária é o crédito da Fazenda Pública dessa natureza, proveniente de obrigação legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Dívida Ativa não Tributária são os demais créditos da Fazenda Pública, tais como os provenientes de empréstimos compulsórios, contribuições estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributárias, foros, laudêmios, alugueis ou taxas de ocupação, custas processuais, preços de serviços prestados por estabelecimentos públicos, indenizações, reposições, restituições, alcances dos

14 15 Com efeito, os precedentes do Superior Tribunal de Justiça 3 revelam que sua jurisprudência se consolidou no sentido de decidir pela imprescindibilidade do registro da constrição judicial, ou prova da ciência, por parte do adquirente, do trâmite da execução fiscal, para que se presumisse a má-fé ou se comprovasse o consilium fraudis e, consequentemente, pudesse incidir a moldura legal da fraude à execução em todos os seus efeitos. No entanto, a partir das (novas) premissas estabelecidas pela Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça - de que basta(ria) a constatação da alienação de bens ou rendas capaz de comprometer a satisfação de débito previamente inscrito em dívida ativa ou em fase de execução, a depender da redação vigente à época da celebração do negócio jurídico o Poder Judiciário passou a declarar a ineficácia relativa dos bens ou direitos negociados em momento anterior à própria alteração jurisprudencial, ao passo que os Tribunais de instância ordinária e o Superior Tribunal de Justiça começaram a reformar as decisões ou sentenças em conflito com o novo parâmetro interpretativo. Neste contexto, fazem-se necessários dois questionamentos. Primeiramente, Ao se declarar a ineficácia dos negócios jurídicos havidos em fraude à execução fiscal sem se perquirir acerca da boa-fé do adquirente e das nuances do caso concreto, não se estaria descurando dos efeitos jurídicos deletérios à eficácia dos negócios jurídicos celebrados em conformidade com o entendimento jurisprudencial até então vigente? Em segundo lugar, não se olvidando que o Superior Tribunal de Justiça, quando da vigência da redação anterior do artigo 185 do CTN, sempre decidiu diferentemente, assentando ser indispensável o registro da penhora ou prova da má-fé, e que, inclusive, que dentre os precedentes que ensejaram a edição da súmula n.º 375, alguns tinham por objeto justamente a fraude à execução fiscal tributária, aplicar o novo entendimento do referido Recurso Especial aos negócios jurídicos anteriores à sua vigência não macularia a segurança jurídica? responsáveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigações em moeda estrangeira, de subrogação de hipoteca, fiança, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigações legais. 3 (REsp /RS. Primeira Turma. Relator: Min. Teori Albino Zavascki. DJe ); (REsp /RS. Segunda Turma. Relator: Min. Mauro Campbell Marques. DJe ); (AgRg no REsp MT. Segunda Turma. Relator: Min. Humberto Martins. DJe ); (AgRg no EREsp RS. Segunda Seção. Relator: Min. Fernando Gonçalves. DJ ).

15 16 Diante dessas problematizações atinentes aos limites e conformações da nova interpretação jurídica do paradigma estudado à luz do princípio constitucional da segurança jurídica é que o presente trabalho acadêmico se desenvolverá. Será a partir da evolução legislativa procedida na esfera do processo civil brasileiro, que o aproximou da lógica processual do common law ao conferir crescente importância para os precedentes judiciais, que se analisará o cabimento da modulação dos efeitos à nova interpretação jurisprudencial do artigo 185 do Código Tributário Nacional, de modo a harmonizá-la com o mandamento constitucional da segurança jurídica. Para cumprir a proposta desse trabalho, o primeiro capítulo tratará noções gerais sobre o processo de execução, especialmente a partir de seu conceito e finalidade, origem e evolução histórica, princípios e espécies. O segundo capítulo tecerá considerações acerca das generalidades e especificidades do processo de execução fiscal. O terceiro capítulo se ocupará do estudo das fraudes do devedor, sobretudo da análise do instituto material da fraude contra credores até a fraude à execução fiscal tributária e sua nova tendência interpretativa adotada na jurisprudência. O quarto capítulo esmiuçará a fraude à execução fiscal tributária e não tributária, assentando o regime jurídico aplicável e interpretação jurisprudencial vigente. E o quinto capítulo analisará a evolução legislativa no processo civil para, a partir da eficácia dos precedentes judiciais, observar a segurança jurídica nos efeitos da mudança jurisprudencial nos recursos repetitivos e o seu desdobramento na modulação dos efeitos do Recurso Especial Representativo de Controvérsia /PR. O método utilizado para a obtenção de informações consistiu nas pesquisas legislativa, jurisprudencial e doutrinária, no âmbito do Direito Constitucional, Tributário e Processual Civil.

16 17 2 GENERALIDADES SOBRE O PROCESSO DE EXECUÇÃO O estudo do direito e sua precisa aplicação dependem, para que se atinjam os fins desejados, da adoção de certos pontos de partida, premissas fundamentais e noções propedêuticas. Portanto, para o regular e satisfatório desenvolvimento do presente trabalho acadêmico, fazem-se necessárias algumas digressões iniciais. 2.1 Conceito e finalidade O processo de execução pode ser definido como o conjunto de atos judiciais deflagrados a partir da propositura de uma ação autônoma ou do início de uma nova fase procedimental e através do qual o Estado, sub-rogando-se no interesse do credor e aplicando medidas coativas contra a vontade do executado, busca satisfazer determinada pretensão jurídica do exequente em conformidade com o direito. No ordenamento jurídico pátrio, o processo executivo é o meio legítimo - e via de regra exclusivo 4 - pelo qual o credor deve, dentro das balizas legais e sob o controle do Estado-Juiz, satisfazer suas pretensões relativas ao inadimplemento de obrigações de dar, fazer, não fazer ou pagar quantia certa aquilatadas em títulos executivos judiciais (artigo 475-N, do CPC 5 ) ou extrajudiciais (artigo 585, do CPC 6 ). 4 A despeito de ser taxativo o rol estabelecido pelo artigo 92, da Constituição Federal, de órgãos e organismos autorizados ao imperativo exercício da jurisdição, subsistem, em nosso ordenamento jurídico, como exceção, hipóteses de execuções extrajudiciais, como aquelas instituídas em favor do Banco Nacional da Habitação e das entidades ligadas ao Sistema Financeiro de Habitação;, e a que a Lei dos Condomínios e Incorporações disciplina nas incorporações a preço de custo (DINAMARCO, 2009, p. 65). 5 Art. 475-N. São títulos executivos judiciais: I a sentença proferida no processo civil que reconheça a existência de obrigação de fazer, não fazer, entregar coisa ou pagar quantia; II a sentença penal condenatória transitada em julgado; III a sentença homologatória de conciliação ou de transação, ainda que inclua matéria não posta em juízo; IV a sentença arbitral; V o acordo extrajudicial, de qualquer natureza, homologado judicialmente; VI a sentença estrangeira, homologada pelo Superior Tribunal de Justiça; VII o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal. 6 Art São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o documento particular assinado pelo devedor e por duas testemunhas; o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública ou pelos advogados dos transatores; III - os contratos garantidos por hipoteca, penhor, anticrese e caução, bem como os de seguro de vida; IV - o crédito decorrente de foro e laudêmio; V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio; VI - o crédito de serventuário de justiça, de perito, de intérprete, ou de tradutor, quando as custas, emolumentos ou honorários forem aprovados por decisão judicial; VII - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, correspondente aos créditos

17 18 Ao se analisar o Código de Processo Civil vigente, percebe-se que, ao lado do processo de conhecimento e do processo cautelar, o processo de execução se projeta como uma das espécies autônomas de tutela jurisdicional dotada de regras, princípios e lógica própria, em virtude de seus objetivos e procedimentos específicos, mas que, à similitude das mencionadas espécies, destina-se à pacificação social. Conquanto as mencionadas espécies de tutela jurisdicional tenham âmbitos de abrangência distintos e, por muito tempo, segregados, todas devem ser consideradas como facetas de uma necessária atuação jurisdicional do Estado. Afinal, como se resguardará o direito material sem as medidas acautelatórias pertinentes, quando necessário for? Que serventia haverá em um provimento judicial condenatório ou título extrajudicial a ele equiparado sem posterior execução? Em verdade, não há pacificação social ou prevalência do interesse público se a aplicação do direito objetivo ao caso concreto for despida de utilidade e efetividade. Digno de menção é o posicionamento de Cândido Rangel Dinamarco (2009, p. 55), segundo o qual: É jurisdicional a tutela oferecida mediante a execução forçada e também jurisdicionais as próprias atividades do juiz que a comanda quer se trate de execução realizada em processo autônomo, quer mediante mera fase executiva, quer com preponderância de medidas de sub-rogação, quer de medidas coercitivas. O resultado institucional desse processo (satisfação do credor) constitui um modo de pacificar as pessoas envolvidas em crises de adimplemento, eliminando os conflitos pendentes entre elas o que é inerente à função jurisdicional. Contudo, o monopólio estatal da jurisdição e dos meios coercitivos legais que lhes são inerentes nos moldes atualmente conhecidos não é uma experiência antiga. Ao revés, é fruto de uma longa evolução histórica que substituiu gradativamente a justiça privada e o exercício arbitrário das razões pessoais pela precedência da vontade da lei. Embora o direito e a sociedade nutram uma relação vital de interdependência ( ubi societas ibi ius ), não é certo dizer que este permaneceu imutável ou hermético à realidade social. Antes, o direito é fato social e histórico (REALE, 2002), produto cultural de interesses politicamente eleitos (CLEMENTINO, 2006) e, sob essa ótica, inconstante, mutável e relativo, motivo pelo qual, nesse estudo monográfico, deve-se atentar, inicialmente, à evolução dos meios de satisfação dos créditos em algumas sociedades. inscritos na forma da lei; VIII - todos os demais títulos a que, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva..

18 Origem e evolução No direito romano, a execução de determinado débito deveria ser precedida e lastreada por uma sentença condenatória em face do devedor, com vistas a resguardar os particulares de constrangimentos por dívidas incertas. Afinal, naquela quadra histórica, em princípio a própria pessoa do devedor poderia se tornar meio ou objeto de satisfação de eventuais créditos, sendo apoderada pelo devedor a partir da manus iniecctio. No período arcaico 7, em que vigorou o sistema processual das legis actionis, após o julgado ser proferido, ao devedor era concedido o prazo de 30 (trinta) dias para adimplir a obrigação aquilatada na condenação, em conformidade com a lei das XII Tábuas. Mas, nas ocasiões em que este não satisfizesse seu débito, o credor poderia conduzi-lo a juízo para que pagasse a importância devida ou oferecesse um vindex, espécie de fiador (MENDES, A., 2009). Na hipótese de o devedor não proceder nenhuma dessas duas medidas iniciais, o magistrado autorizava o devedor (...) a lançar-lhe a mão (manus iniectio) e encarceralo, como explica Moacyr Amaral Santos (2011, p. 266). Após esse procedimento, o credor deveria (...) apregoar o prisioneiro em três feiras, de nove em nove dias, visando a obter o seu resgate, pelo valor correspondente à condenação e, quando ninguém se dispusesse, vendê-lo fora da cidade ou mesmo matálo. (SANTOS, 2011, p. 266), sendo certo ainda que, na hipótese de haverem múltiplos credores, o corpo do devedor seria esquartejado e dividido (MENDES, A., 2009). Desse modo, por um longo período de tempo, a manus iniectio perdurou como instrumento de execução, permanecendo a própria pessoa do devedor como garantia para o credor. A pessoa humana era subjugada e coisificada em virtude de uma obrigação econômica inadimplida. Após a Lei das XII Tábuas, com o advento da Lei Poetelia, ampliaram-se os casos abarcados pela manus iniectio, mas, por outro lado, estabeleceu-se que, nos casos em que o devedor não fosse arrematado ou resgatado, seria adjudicado ao credor para que seus débitos fossem pagos com o produto de seu trabalho. De todo modo, esta realidade processual ainda se encontrava distante de um sistema jurídico hoje concebido 7 O processo civil romano vivenciou três sistemas, que foram o das legis actiones, o das formulae e o da cognitio extra ordinem, situados, respectivamente, nos períodos que a história interna designou como préclássico, clássico e pós-clássico (MENDES, A., 2009).

19 20 como racionalmente adequado à valorização constitucional da pessoa humana e embasada na responsabilidade patrimonial (artigo 591, do CPC 8 ). No período clássico, do processo formulário, após o trintídio acima explicado, caso o devedor não satisfizesse voluntariamente o crédito existente, o credor deveria propor a actio iudicati, através da qual requereria a execução pela manus iniectio ou pela pignoris capio, ocasião em que os bens do devedor seriam vendidos em praça pública (bonorum venditio) e o resultado das negociações aprouveria ao credor. Por outro lado, caso o devedor impugnasse a ação executiva, redigia-se a fórmula, que era entregue às partes (litiscontestatio) e inaugurava-se o procedimento in iudicium (SANTOS, 2011). Por fim, no período pós-clássico, sob a égide do regime da cognitio extra ordinem, apenas os bens suficientes para a satisfação da condenação eram constrangidos para a satisfação do débito. E desse modo, progressivamente o direito foi evoluindo, assemelhando-se aos contornos executivos atuais e suplantando o caráter pessoal da execução pela patrimonialidade. Após a queda de Roma, o processo executivo germano-barbárico passou a divergir consideravelmente do romano. Enquanto no sistema romano protegia-se o devedor, que somente podia ser executado quando plenamente convencido da sua obrigação e com fundamento em sentença condenatória, no sistema germânico, considerado o inadimplemento da obrigação como ofensa à pessoa do credor, era este, sem dependência de qualquer autoridade, a quem não precisava dirigir-se, autorizado a penhorar, mesmo usando das próprias forças, os bens do devedor a fim de pagar-se ou constrangê-lo ao pagamento. (SANTOS, 2011, p. 268). Com o passar do tempo, a penhora passou a depender de prévia autorização judicial. Todavia, esta se adstringia ao exame das formalidades do pedido, e não da regularidade e validade da relação obrigacional (MARINONI; ARENHART, 2010). Já na Idade Média, os juristas combinaram o sistema de execução romano com o germânico, criando o procedimento per officium iudicis. Reconheceu-se o requisito da prévia condenação como pressuposto para uma execução legítima, ao passo que se dispensou a actio iudicati, em homenagem à celeridade da execução no sistema germano-barbárico (MARINONI; ARENHART, 2010). Após a sentença, a requerimento do credor se iniciava um novo processo, no 8 Art O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.

20 21 qual se observava uma execução aparelhada (executionem paratam) pelos poderes executórios do juiz, com vistas a realizar a pretensão reconhecida por decisão judicial. Com o desenvolvimento comercial e sua dinâmica, surgiu a necessidade de uma célere satisfação de determinados créditos. Assim, passou-se a estender a eficácia executiva própria das sentenças condenatórias para certos instrumentos de dívida reconhecidos e lavrados perante tabelião (instrumenta guarentegiata) e se criou, ao lado da execução aparelhada, um outro processo executivo, para estes novos títulos executivos extrajudiciais, reservando-se a actio iudicati para situações excepcionais, como a liquidação de sentença (SANTOS, 2011). Em outros termos, Com o passar do tempo e a sofisticação das relações comerciais, novos documentos foram qualificados como títulos executivos extrajudiciais, sempre com o objetivo de facilitar a execução, tornando-a algo que, ao invés de se basear em uma declaração judicial posterior à verificação do direito, fundava-se apenas em um documento que, visto em abstrato (letra de câmbio, nota promissória etc.), era suficiente para fazer crer que existia um direito de crédito (MARINONI; ARENHART, 2010, p. 30). No regime das Ordenações do velho direito português, continuou-se a disciplinar os três mencionados procedimentos, a saber, a actio iudicati para situações nas quais ainda não havia condenação, a execução de sentença e a ação executiva, esta última fundada em créditos do fisco e outros créditos privilegiados (SANTOS, 2011). Já na realidade jurídica brasileira, o Código de Processo Civil de 1939 preservou tão somente a execução de sentença e incluiu a ação executiva, fundada em créditos aos quais a lei atribui eficácia executiva, entre as ações especiais (SANTOS, 2011). Por fim, o Código de Processo Civil vigente, após as reformas introduzidas pelas Leis /2005 e /2006, trouxe uma nova sistemática, segundo a qual a execução de sentença não mais se daria por um processo autônomo, mas por uma nova fase procedimental, criando o que se denominou de processo sincrético. Aos títulos executivos extrajudiciais, reservou-se o processo autônomo de execução. Então, no atual estágio do direito objetivo brasileiro, a partir do descumprimento de uma obrigação certa, líquida e exigível (artigo 580, do CPC 9 ), 9 Art A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível, consubstanciada em título executivo.

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