PROPOSIÇÃO DO SISTEMA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PROPOSIÇÃO DO SISTEMA"

Transcrição

1 CAPÍTULO 3 PROPOSIÇÃO DO SISTEMA Energia Eólica x Energia Solar. As fontes alternativas de energia mais difundidas são a energia eólica e a energia solar. A energia solar só é viável em lugares de grande incidência do sol e a energia eólica requer que a região apresente potencial eólico suficiente. A região nordeste do Brasil, devido à proximidade do equador e às características climáticas, é propícia ao uso da energia solar. A viabilidade do uso da energia eólica depende das características locais do vento, sendo que o potencial eólico deve ser analisado cuidadosamente antes de se optar por este tipo de geração. A grande dificuldade ainda encontrada nos sistemas de aproveitamento da energia solar é o custo ainda elevado das células fotovoltaicas. Até o presente, o custo de um aerogerador é ainda mais baixo que o de um painel solar de potência equivalente. Além disso, o custo por kw de um aerogerador decresce com o aumento da potência enquanto que o custo por kw de um sistema fotovoltaico mantém-se, praticamente, constante com o aumento da potência. Por exemplo, um sistema fotovoltaico de potência variando entre 30 W e 50 W tem custo aproximado entre US$500,00 e US$700,00. Se considerarmos o aumento de custo de um sistema fotovoltaico proporcional à potência, o custo de um sistema de 500 W será de US$3.500,00. O aerogerador comercial MARINER H500, produzido pela Whisper, tem preço anunciado de US$1290,00. Neste caso, o sistema fotovoltaico apresenta custo de aproximadamente 2,7 vezes o custo de um sistema eólico equivalente. Outro fabricante de aerogeradores, a Bergey, afirma que o seu aerogerador BWC 1500-PD utilizado para bombeamento de água é duas ou três vezes mais barato que um sistema à energia solar equivalente. Dessa forma, a experiência desses fabricantes mostra que os pequenos aerogeradores têm potencial de aplicação e são mais baratos, em termos de custo inicial, que os sistemas à energia solar.

2 Proposição do Sistema - 23 Neste trabalho, a opção pela energia eólica foi feita tendo-se em vista a característica de baixo custo. Do ponto de vista da disponibilidade dos ventos, praticamente toda a faixa litorânea do Ceará apresenta bom potencial eólico [5]. Muitas localidades do interior também apresentam potencial eólico apreciável, mas em geral, menor que o da faixa litorânea Esquema Básico do Sistema Proposto. Todo projeto tem como objetivo atender certas especificações pré-definidas. Neste trabalho, desenvolveu-se um sistema de aproveitamento da energia eólica baseado nas seguintes especificações: - atender às necessidades de consumo de uma pequena residência rural; - baixo custo; - baixa manutenção; - propiciar o fornecimento contínuo, ou praticamente contínuo, de energia; Tendo em vista as especificações acima, montou-se o diagrama em blocos do sistema a ser desenvolvido, mostrado na Figura 3.1. VENTO ROTOR GERADOR CARGAS BANCO DE BATERIAS Figura Diagrama em Blocos das Principais Partes do Sistema. A Figura 3.1 mostra apenas as principais partes do sistema; outros blocos serão incluídos à medida que forem sendo abordados no texto. As características de potência gerada, baixo custo e manutenção podem ser obtidas através da escolha apropriada do rotor e gerador. O banco de baterias assegura o fornecimento de energia às cargas nos horários de pouco ou nenhum vento. Dessa forma, o sistema mostrado na Figura 3.1 pode atender as especificações desejadas.

3 Proposição do Sistema Dimensionamento da Potência Contínua. A potência contínua que o sistema deve ser capar de fornecer é função da carga que se quer alimentar. O dimensionamento do sistema será feito com base no consumo estimado de uma pequena residência. A Tabela 3.1 mostra as cargas, potência e consumo estimados para uma residência rural simples. O consumo diário é obtido multiplicando-se a potência pela quantidade e pelo tempo de uso. Tabela Cargas e Consumo Estimado de uma Residência Rural Simples. Carga Potência (W) Quantidade Tempo de uso (horas) Consumo diário (kwh) Lâmpada fluorescente ,53 Geladeira ,40 Televisor ,40 Rádio ,24 Bomba D água ,50 Forrageira ,00 CONSUMO DIÁRIO TOTAL==> 7,07 kwh equação (3.1). A potência média que o sistema deve ser capaz de fornecer continuamente é dada pela Consumo diario total 7,07 kwh Pmed = = = 295 W 300 W [W] (3.1) 24h 24h

4 Proposição do Sistema Dimensionamento do Inversor das Cargas. Já que todas as cargas indicadas na Tabela 3.1 são geralmente projetadas para trabalhar em ca do sistema de distribuição, é necessário que o sistema seja dotado de um conversor cc/ca para converter a energia das baterias. O dimensionamento do inversor deve ser feito de acordo com a potência nominal, fator de demanda e característica de operação das diversas cargas. É importante notar que apesar do consumo da geladeira ser estimado em apenas 100 W, na partida esta pode consumir 20 vezes, ou mais, a potência nominal. Este mesmo problema ocorre com os motores monofásicos da bomba d água e forrageira. Dessa forma, o inversor deve ser especificado de tal modo que possa suportar a partida desses equipamentos. Na verdade, esse é um grande problema que ocorre nos sistemas de pequena potência. Uma solução para esse problema é especificar um inversor de potência elevada, o que não é viável em termos de custo. Outra opção é adaptar às cargas ao inversor, ou seja, utilizar cargas que apresentem melhor característica de partida. Por exemplo, no caso da geladeira, pode-se utilizar uma geladeira resistiva no lugar de uma geladeira com compressor convencional. Também podería-se utilizar uma bomba d água vibratória no lugar de uma convencional que utiliza motor de indução. Considerando-se que a bomba d água e a forrageira nunca trabalham juntas e que o consumo máximo ocorre à noite, quando todas as cargas estão ligadas (com exceção da forrageira), têm-se que a potência nominal do inversor deve ser de pelo menos 715 W. Adicionando-se o inversor das cargas na Figura 3.1, obtém-se a Figura 3.2. VENTO ROTOR GERADOR CARGAS BANCO DE BATERIAS Figura 3.2 -Diagrama em Blocos do Sistema Incluindo Inversor das Cargas.

5 Proposição do Sistema Escolha do Tipo de Gerador. O gerador é a máquina que realiza a conversão de energia mecânica em energia elétrica. Vários tipos de geradores são utilizados em sistemas eólicos, dentre eles pode-se citar: - gerador do tipo de imã permanente; - gerador de indução; - gerador síncrono. Dentre estes vários tipos listados, o gerador de indução trifásico, do tipo gaiola de esquilo, destaca-se por suas características de construção simples, manutenção baixa e robustez [25]. Na prática, pode-se utilizar um motor de indução convencional operando como gerador, obtendo-se também as características de baixo custo e disponibilidade no comércio; estas foram as razões pelas quais se adotou o GIT neste trabalho. O número de pólos é uma característica básica da máquina de indução que define a sua velocidade de operação; 3600 rpm, 1800 rpm, 1200 rpm e 900 rpm são as velocidades síncronas de uma máquina de 2, 4, 6 e 8 pólos, respectivamente. As máquinas de 2 e 4 pólos são mais comumente utilizadas e encontradas no comércio, enquanto que as de 6 e 8 pólos são menos comuns e estão disponíveis somente em lojas mais especializadas. Além disso, verifica-se na prática que quanto maior o número de pólos de uma máquina maior o seu tamanho, maior o custo e menor o rendimento. Na escolha do número de pólos da máquina levou-se em conta as seguinte considerações: 1) deseja-se utilizar uma máquina de custo baixo; 2) a máquina adotada deve ser facilmente encontrada comercialmente; 3) devido à característica de rotação baixa dos rotores eólicos, deve-se escolher uma máquina que possa operar com bom rendimento em velocidades baixas. As máquinas que melhor atendem os itens 1) e 2) são as máquinas de 2 e 4 pólos. A análise do item 3) é mais complexa e exige maior cuidado, pois o rendimento da máquina é função do número de pólos e também da potência nominal. Esta análise será feita com detalhes no capítulo 5. Adotou-se neste trabalho a MIT de 4 pólos, que apresentou as melhores características de custo e rendimento para operação em velocidades baixas.

6 Proposição do Sistema Operação da Máquina de Indução como Gerador. Uma MIT funciona como gerador quando o seu eixo é movido por uma máquina primária à velocidade maior que a velocidade síncrona (escorregamento negativo). Devido as características construtivas e princípio de operação da MIT, a operação como gerador exige um meio para promover a sua excitação. Essa excitação é normalmente provida pelo sistema de distribuição, por um banco de capacitores ou por um inversor. No caso do uso do GIT em sistema isolado, apenas as duas últimas opções podem ser utilizadas. A Figura 3.3 mostra algumas configurações para operação isolada do GIT. GERADOR DE INDUÇÃO CARGA ca GERADOR DE INDUÇÃO RETIFICADOR ELO CC CARGA ca BANCO DE CAPACITORES BANCO DE CAPACITORES (a) (b) GERADOR DE INDUÇÃO C GERADOR DE INDUÇÃO BANCO DE BATERIAS CARGA ca CARGA ca (c) (d) BANCO DE BATERIAS GERADOR DE INDUÇÃO CARGA ca (e) Figura Diversas Configurações para Operação do Gerador de Indução. A configuração mais tradicional e simples é mostrada na Figura 3.3(a), onde um banco de capacitores é utilizado para promover a auto-excitação e a carga ca é conectada diretamente nos terminais do gerador [2, 15, 18, 27]. Neste tipo de configuração, a variação da tensão e freqüência nos terminais do GIT depende da velocidade de rotação, da

7 Proposição do Sistema - 28 capacitância de excitação e também da carga conectada. Além disso, o valor da capacitância aumenta muito quando se diminui a freqüência, tornando esse tipo de configuração impraticável para operação em velocidades baixas [4, 21]. O diagrama mostrado na Figura 3.3(b) sugere a utilização de um elo cc de forma a obter tensão e freqüência estáveis na carga para operação do GIT em velocidade variável [19]. Neste caso, a faixa de velocidade de operação ainda é limitada devido ao uso da excitação por meio de capacitores. O desenvolvimento da eletrônica de potência abriu caminho para utilização dos conversores cc-ca como excitadores estáticos na operação do GIT. As Figuras 3.3(c), 3.3(d) e 3.3(e) apresentam três possíveis configurações. Na Figura 3.3(c), pode-se ver uma configuração em que o banco de capacitores é substituído por um inversor estático com um capacitor acoplado na sua entrada [28]. Neste caso, no início da operação, o capacitor C é carregado com uma tensão inicial. Após ser estabelecido o processo de auto-excitação, a tensão no capacitor aumentará até ser atingido um valor de equilíbrio que dependerá do ponto de operação do GIT e do tipo de controle utilizado no inversor. Este tipo de configuração permite a operação do GIT em uma ampla faixa de velocidades. No entanto, devido à carga estar conectada nos terminais do gerador, a faixa de velocidade de operação estará sujeita à faixa de operação estabelecida pela carga. A Figura 3.3(d) é chamada de configuração de compensação série devido ao fato do gerador estar situado entre a fonte de excitação e a carga, comportando-se como um elemento em série [16]. Neste caso, o banco de baterias serve para fornecer a excitação inicial bem como elemento de armazenamento da energia gerada que não é consumida pela carga. Nesta configuração, a faixa de velocidade de operação também está sujeita aos limites impostos pela carga ca. A Figura 3.3(e) mostra um tipo de configuração que é propicia à operação do GIT em uma ampla faixa de velocidades [16]. Neste caso, devido à inserção de um banco de baterias entre o GIT e a carga, pode-se suprir a carga com freqüência e tensão estáveis sem aplicar nenhuma restrição à velocidade de operação do gerador. O banco de baterias, serve como elemento armazenador de energia e garante o suprimento da carga em horários em que pouca ou nenhuma energia é gerada. Além disso, o controle do ponto de operação do GIT é bastante simples, pois não depende da carga. Esta é a configuração que foi utilizada no desenvolvimento deste trabalho, pois possibilita a operação do GIT em uma ampla faixa de

8 Proposição do Sistema - 29 velocidades, permite armazenar parte da energia gerada e é facilmente controlada. Outras configurações para operação do GIT através do uso de capacitores podem ser encontradas na literatura, mas em todas elas persiste o problema de não ser permitido operar em velocidades baixas, inerente ao uso dos capacitores [1, 26, 29]. Sabendo-se agora o tipo e configuração do gerador, pode-se adicionar ao esquema básico o inversor para excitação do gerador. Assim, obtém-se o diagrama em blocos mostrado na Figura 3.4. VENTO ROTOR GERADOR - EXCITACAO CARGAS - CARGAS BANCO DE BATERIAS Figura 3.4 -Diagrama em Blocos do Sistema Incluindo Inversor da Excitação. A Figura 3.4 mostra o tipo de configuração que é proposta neste trabalho. Nos ensaios de laboratório, o inversor das cargas e as cargas propriamente ditas não foram implementadas, sendo toda a energia gerada armazenada no banco de baterias. É importante notar que esta limitação na implementação não afeta o funcionamento do gerador, pois o banco de baterias funciona como um barramento cc que torna o funcionamento do gerador independente das cargas (considerando-se que a tensão do banco de baterias é praticamente constante e qualquer variação devido às cargas é desprezível) Testes Preliminares do Gerador de Indução A fim de obter empiricamente uma idéia da viabilidade de operação do gerador de indução em velocidades baixas, testes preliminares foram realizados. Estes testes foram feitos utilizando-se uma MIT de laboratório, com características similares às da máquina comercial que se previa inicialmente utilizar. O sistema utilizado nestes testes foi basicamente o mesmo da montagem final, a não ser pela utilização de tensão e potência reduzidas e ausência de controle (malha aberta). Estes ensaios foram importantes para a definição do sistema e os resultados obtidos conseguiram realmente prever o comportamento do sistema final. Nos

9 Proposição do Sistema - 30 experimentos realizados, verificou-se que: 1) o rendimento máximo (o rendimento é função da velocidade e escorregamento) variou entre 45% e 70% nas velocidades variando entre 180 rpm e 400 rpm; 2) o rendimento aumentava com o aumento da velocidade e diminuía rapidamente para velocidades abaixo de 180rpm. O rendimento à 300 rpm ficou em torno de 60%. A partir da característica obtida nestes testes, assumiu-se que a velocidade nominal do gerador deveria estar em torno de 300 rpm; esta é a velocidade mais baixa de operação que apresenta ainda um rendimento razoável, sendo o critério razoável adotado arbitrariamente como equivalente ao rendimento de 60%. Deve ficar bem claro que essa análise foi realizada em uma máquina experimental e teve como objetivo a estimação de uma primeira aproximação do ponto de operação Dimensionamento do Rotor. O dimensionamento do rotor depende essencialmente da potência convertida desejada, do potencial eólico (velocidades do vento) e da velocidade nominal do eixo. O tamanho do rotor é determinado pela potência convertida e potencial eólico enquanto o tipo e perfil do rotor é determinado pela velocidade do vento e pela velocidade do eixo Levantamento do Potencial Eólico. A primeira coisa a ser feita no estudo da viabilidade da utilização de um sistema à energia eólica é verificar o potencial eólico do local de implantação. Deve-se ter informação suficiente e confiável sobre a intensidade e regularidade do vento local; estas informações são necessárias ao correto dimensionamento do sistema. Se o local não apresentar ventos com intensidade e regularidade suficientes, deve-se estudar a implantação de outro tipo de fonte de energia, como a energia solar. Em geral, a velocidade mínima de vento para a qual os sistemas eólicos começam a operar está em torno de 3,5 m/s. A velocidade mínima requeria depende do tipo e escala do sistema eólico, sendo que os sistemas de grande potência requerem velocidades mínimas de 6m/s. Ventos com intensidade de 6m/s ou maior são disponíveis em muitas localidades. O valor médio e o valor médio cúbico da velocidade do vento pode ser calculado através das equações (3.2) e (3.3), respectivamente. _ 1 v = T vdt 1 [m/s] (3.2)

10 Proposição do Sistema - 31 _ 3 v 3 1 T vdt 3 = 1 [m/s] (3.3) As equações discretas equivalentes a (3.2) e (3.3) são dadas por (3.4) e (3.5), respectivamente. _ v 1 = vi ti [m/s] (3.4) T _ 3 v 3 3 = 1 vi ti [m/s] (3.5) T onde: t i é o tempo da i-ésima amostra; T = ti e i=1,2,3...n, sendo n o número de amostras. Na prática, somente as equações (3.4) e (3.5) são utilizadas, pois as medidas da velocidade do vento são tomadas discretamente. Desde que a potência do vento é proporcional ao cubo da velocidade, a potência média do vento deve ser estimada a partir do valor médio cúbico calculado através de (3.3) ou (3.5). É ainda importante notar a inigualdade dada pela equação (3.6). _ v 3 _ v (3.6) Conclui-se que se o valor médio for utilizado na equação (2.8) para calcular a potência média do vento, será obtido um valor menor que ou igual a potência real do vento. Portanto, o uso do valor médio pode levar ao sobre-dimensionamento do sistema. À rigor, para obter-se o valor real da potência média do vento, deve-se utilizar o valor médio cúbico. A partir dos dados à respeito do vento local, pode-se então calcular a velocidade média cúbica do vento que pode ser utilizada na equação (2.8) para determinar a potência média do vento. O dimensionamento do sistema será feito assumindo-se que a potência média do vento é equivalente à velocidade do vento de 6 m/s [5].

11 Proposição do Sistema Dimensionamento do Tamanho do Rotor. O tamanho do rotor é dimensionado a partir dos dados da velocidade do vento e da potência mecânica que deve estar disponível no eixo do gerador. A velocidade do vento, conforme o item 3.5.1, foi considerada igual a 6m/s. O cálculo da potência do vento depende do rendimento total do sistema, pois a potência convertida pelo rotor deve ser suficiente para compensar todas as perdas do sistema e suprir a potência média da carga, determinada no item 3.3. Considerou-se que as perdas mecânicas por atrito estão embutidas no rendimento do rotor ou gerador (devido ao acoplamento direto, as perdas mecânicas são reduzidas). Também assumiu-se que toda a energia gerada é armazenada no banco de baterias (na prática, ocorre que parte da energia gerada alimenta diretamente a carga). Sendo assim, a potência do vento necessária é dada pela equação (3.7). P = v P med C. η. η. η. η p g ig b ic [W] (3.7) A Tabela 3.2 fornece a definição dos parâmetros de rendimento da equação (3.7), os valores estimados e as justificativas da estimação. Tabela Rendimentos do Sistema. Parâmetro Valor Justificativa P med : Potência média da carga C p : Coeficiente de Potência. η g : rendimento do gerador. η ig : rendimento do inversor do gerador. η b : rendimento do banco de baterias. η ic : rendimento do inversor das cargas. 300 W Determinada conforme item 3.3 0,40 O coeficiente máximo dos rotores modernos de 1,2 ou 3 pás varia entre 0,40 e 0,45. Adotou-se o valor de 0,40 de forma a tornar o projeto mais robusto. 0,60 De acordo com os resultados de testes preliminares (ítem 3.4.2) feitos com um gerador de indução, o rendimento estimado foi de 60% para n =300rpm. 0,90 Estimou-se o rendimento do inversor em 90% 0,80 A eficiência das baterias de chumbo-ácido e níquel cádmio está em torno de 80% [23]. 0,90 Estimou-se o rendimento do inversor em 90%

12 Proposição do Sistema - 33 Aplicando-se os valores dados na Tabela 3.2 na equação (3.7), obtém-se (3.8). P = v 300 0,40 0,60 0,90 0,80 0, = 0, [W] (3.8) O fluxo de potência ao longo do sistema pode ser visualizado com clareza na Figura 3.5. VENTO ROTOR (1930 W) C p =0,40 (772 W) GERADOR η g =0,60 (463 W) (463 W) DO GERADOR η ig =0,90 (417 W) BANCO DE BATERIAS η b =0,80 (333 W) (333 W) DAS CARGAS η ic =0,90 (300 W) CARGAS P med=300 W Figura Diagrama do Fluxo de Potência no Sistema Eólico Proposto. Observa-se na equação (3.8) que o rendimento total do sistema está em torno de 15%. Dessa forma, para se obter 300 W disponíveis para a carga, o rotor deve ter uma área de captação que compreenda uma potência eólica de 1930 W para a velocidade de vento média de 6m/s (velocidade de vento nominal do projeto). O raio do rotor pode ser determinado a partir de (2.8). Isolando-se R em (2.8) obtém-se (3.9). R = Pv 1806, v 3 [m] (3.9) Aplicando-se os valores numéricos de P v =1930 W e v = 6 m/s em (3.9), pode-se calcular o raio do rotor como mostrado em (3.10). R = , 6 3 = 222, [m] (3.10)

13 Proposição do Sistema Escolha do Tipo de rotor. Existem dois tipos básicos de rotor: rotor de eixo horizontal e rotor de eixo vertical. Devido às características de construção simples e rendimento superior apresentadas pelo rotor de eixo horizontal, este foi adotado neste trabalho. De fato, os rotores de eixo horizontal são os mais difundidos atualmente. Dentre os vários tipos de rotores de eixo horizontal existentes, os rotores modernos de múltiplas pás têm sido os mais empregados. Devido ao desenho aerodinâmico moderno, estes rotores apresentam os melhores rendimentos. Por este motivo, foi adotado o rotor moderno de eixo horizontal, cujo número de pás é determinado a seguir. Por motivos de custo e obtenção de maior simplicidade no sistema, definiu-se que o sistema seria de acoplamento direto. Neste caso, o rotor é acoplado diretamente ao eixo do gerador, sem a presença de redutores ou multiplicadores de velocidade. Desde que assumiu-se como 300 rpm a velocidade nominal do gerador, o rotor deve ser dimensionado de forma a apresentar essa rotação na condição de vento nominal (6m/s). Utilizando-se a equação (2.20) para R=2,22 e variando-se os valores de λ e v, obtémse a Tabela 3.3. Tabela Velocidade do Eixo do Rotor(rpm) em Função da Velocidade do Vento e de λ; R=2,22 m. Velocidade do vento (m/s) λ= λ= λ= λ= λ= λ= λ= λ= λ=

14 Proposição do Sistema - 35 De acordo com os testes preliminares do gerador de indução, descritos no item 3.4.2, a velocidade de operação do rotor deve estar em torno de 300 rpm. Observando-se na Tabela 3.3 a coluna referente à velocidade do vento de 6m/s (coluna em destaque) conclui-se que, para obter-se a rotação rotórica desejada de 300 rpm, o rotor deve operar com λ entre 11 e 12. O valor exato de λ pode ser calculado à partir de (2.20), sendo igual a 11,62. Desde que assumiu-se C p =0,40 no item 3.5.2, conclui-se que o rotor deverá ser capaz de operar com C p maior ou igual a 0,40 para λ igual a 11,62. De acordo com a Figura 3.6, o rotor que mais se adequa a estes valores de C p e λ é o rotor de 2 pás, pois pode-se ver que para λ=11,62 pode-se obter um valor de C p maior que 0,40 [9]. Figura Característica C p x λ para Rotores Modernos Típicos de 1,2,3 e 4 Pás. Na Figura 3.6 pode-se ainda observar que: - os rotores com maior número de pás apresentam C p máximo maior que os rotores com menor número; - quanto menor o número de pás, maior é o valor de λ para o qual o rotor apresenta C p máximo. Em outras palavras, os rotores com menor número de pás operam em rotação mais elevada.

15 Proposição do Sistema Dimensionamento do Banco de Baterias. A capacidade do banco de baterias será determinada considerando-se que deseja-se armazenar energia suficiente para suprir a carga durante todo um dia, sem que haja nenhuma geração. Considerando-se baterias de 12 Volts, pode-se calcular a capacidade de armazenamento necessária da equação (3.11). Consumo Diario (Wh) 7070 Qbb = = = 589 [A.h] (3.11) 12V 12 Considerando-se baterias de 150 Ah e um fator de carga de 60% (este fator indica que a bateria só será descarregada em até 60% do valor nominal), pode-se determinar o número de baterias através da equação (3.12). N b Qbb = = FQ cb b 589Ah 0,60 150Ah = 6,54 7 baterias (3.12) Já que a amplitude da tensão de saída do inversor de excitação do gerador pode ser ajustada pelo circuito de controle, estas baterias foram associadas em série de forma a obterse uma tensão cc de 84 Volts. Neste capítulo definiu-se a configuração do sistema, o rotor foi dimensionado e adotou-se a MIT como gerador. O modelamento matemático da MIT, apresentado no próximo capítulo, serve como ferramenta para dimensionar esta máquina e possibilita traçar as curvas características do sistema.

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA PROF. RAMÓN SILVA Engenharia de Energia Dourados MS - 2013 GRUPOS MOTOGERADORES PROJETO PRELIMINAR GMG PROJETO PRELIMINAR Para dimensionar um GMG o primeiro passo é a determinação

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA MOTOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA MOTOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1 MOTOR SÍNCRONO Joaquim Eloir Rocha 1 Os motores síncronos são usados para a conversão da energia elétrica em mecânica. A rotação do seu eixo está em sincronismo com a frequência da rede. n = 120 p f f

Leia mais

CONTROLE TRADICIONAL

CONTROLE TRADICIONAL CONTROLE TRADICIONAL Variação da tensão do estator Os acionamentos de frequência e tensão variáveis são os mais eficientes Existem também acionamentos com tensão variável e frequência fixa Para um acionamento

Leia mais

PEA 3420 : Produção de Energia. SISTEMAS HÍBRIDOS (Solar Eólico)

PEA 3420 : Produção de Energia. SISTEMAS HÍBRIDOS (Solar Eólico) PEA 3420 : Produção de Energia SISTEMAS HÍBRIDOS (Solar Eólico) 1 SISTEMAS HÍBRIDOS Definição: Sistema que utiliza mais de uma fonte de energia que, dependendo da disponibilidade dos recursos, deve gerar

Leia mais

ELETRICIDADE INDUSTRIAL. Introdução aos Acionamentos Elétricos

ELETRICIDADE INDUSTRIAL. Introdução aos Acionamentos Elétricos ELETRICIDADE INDUSTRIAL Introdução aos Acionamentos Elétricos Introdução 2 Acionamentos elétricos 3 Acionamento elétricos importância da proteção... Do operador Contra acidentes; Das instalações Contra

Leia mais

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS SEL0423 - LABORATÓRIO DE MÁQUINAS ELÉTRICAS Conexão da máquina de indução como gerador João Victor Barbosa Fernandes NºUSP: 8659329 Josias Blos NºUSP: 8006477 Rafael Taranto Polizel NºUSP: 8551393 Rodolfo

Leia mais

MÁQUINAS ELÉTRICAS. MÁQUINAS ELÉTRICAS Motores Síncronos Professor: Carlos Alberto Ottoboni Pinho MÁQUINAS ELÉTRICAS

MÁQUINAS ELÉTRICAS. MÁQUINAS ELÉTRICAS Motores Síncronos Professor: Carlos Alberto Ottoboni Pinho MÁQUINAS ELÉTRICAS Motores Síncronos Ementa: Máquinas de corrente contínua: características operacionais; acionamento do motor CC; aplicações específicas. Máquinas síncronas trifásicas: características operacionais; partida

Leia mais

Geração de Energia Controle de Velocidade de Usinas Hidrelétricas

Geração de Energia Controle de Velocidade de Usinas Hidrelétricas Geração de Energia Controle de Velocidade de Usinas Hidrelétricas Prof. Dr. Eng. Paulo Cícero Fritzen 1 Objetivo da Aula: Definir conceitos e técnicas relacionadas o controle de velocidade na geração de

Leia mais

MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS. Fonte: logismarket.ind.br

MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS. Fonte: logismarket.ind.br MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS Fonte: logismarket.ind.br OBJETIVO Ao final deste capitulo o aluno estará apto a entender e aplicar conhecimentos relativos a Máquinas Elétricas Rotativas As máquinas elétricas

Leia mais

Introdução às máquinas CA

Introdução às máquinas CA Introdução às máquinas CA Assim como as máquinas CC, o princípio de funcionamento de máquinas CA é advindo, principalmente, do eletromagnetismo: Um fio condutor de corrente, na presença de um campo magnético,

Leia mais

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2 2º semestre de 2016 Prof. Alceu Ferreira Alves www.feb.unesp.br/dee/docentes/alceu Dimensionamento orientações http://www.neosolar.com.br/aprenda/calculadora http://www.sunlab.com.br/dimensionamento_solar_fotovoltaic

Leia mais

Capítulo 1 Introdução aos princípios de máquinas 1. Capítulo 2 Transformadores 65. Capítulo 3 Fundamentos de máquinas CA 152

Capítulo 1 Introdução aos princípios de máquinas 1. Capítulo 2 Transformadores 65. Capítulo 3 Fundamentos de máquinas CA 152 resumido Capítulo 1 Introdução aos princípios de máquinas 1 Capítulo 2 Transformadores 65 Capítulo 3 Fundamentos de máquinas CA 152 Capítulo 4 Geradores síncronos 191 Capítulo 5 Motores síncronos 271 Capítulo

Leia mais

Máquinas elétricas. Máquinas Síncronas

Máquinas elétricas. Máquinas Síncronas Máquinas síncronas Máquinas Síncronas A máquina síncrona é mais utilizada nos sistemas de geração de energia elétrica, onde funciona como gerador ou como compensador de potência reativa. Atualmente, o

Leia mais

PEA : Produção de Energia Elétrica. Geração Hidrelétrica

PEA : Produção de Energia Elétrica. Geração Hidrelétrica PEA -2420 : Produção de Energia Elétrica Geração Hidrelétrica Parte 3 Prof. Dra. Eliane Fadigas Escola Politécnica da Universidade de São Paulo ESCOLHA DO TIPO DE TURBINA Uma turbina é escolhida para atender

Leia mais

Motor elétrico: é uma máquina projetada para transformar energia elétrica em mecânica

Motor elétrico: é uma máquina projetada para transformar energia elétrica em mecânica Motor elétrico: é uma máquina projetada para transformar energia elétrica em mecânica Motores de indução assíncronos: tem normalmente com uma velocidade constante que varia ligeiramente com a carga mecânica

Leia mais

Lista de Exercícios 2 (Fonte: Fitzgerald, 6ª. Edição)

Lista de Exercícios 2 (Fonte: Fitzgerald, 6ª. Edição) Universidade Federal de Minas Gerais Escola de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia Elétrica Disciplina: Conversão da Energia Lista de Exercícios 2 (Fonte: Fitzgerald, 6ª. Edição) 5.3) Cálculos

Leia mais

Eletricista de Instalações

Eletricista de Instalações Eletricista de Instalações UFCD 1183- Variadores de velocidade - instalação e ensaio 2014/ 2015 Aperfeiçoamento nos métodos de produção e sua racionalização, mediante a automação e o controle os processos.

Leia mais

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 7

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 7 Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia II Lista 7 Exercícios extraídos do livro: FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Máquinas Elétricas: com Introdução à Eletrônica De Potência.

Leia mais

Aplicações de conversores

Aplicações de conversores Unidade V Aplicações de conversores 1. Fontes de alimentação CC 2. Correção de FP 3. Condicionadores de energia e UPS 4. Acionamento de motores Eletrônica de Potência 2 Introdução No início do curso, algumas

Leia mais

Acionamento de motores de indução

Acionamento de motores de indução Acionamento de motores de indução Acionamento de motores de indução Vantagens dos motores de indução Baixo custo Robustez construtiva 1 Controle da velocidade de motores de indução Através de conversores

Leia mais

EXP 05 Motores Trifásicos de Indução - MTI

EXP 05 Motores Trifásicos de Indução - MTI EXP 05 Motores Trifásicos de Indução - MTI Funcionamento e Ligações Objetivos: Compreender o funcionamento e as ligações do motor de indução; Analisar os diferentes tipos de construção e as principais

Leia mais

PEA ENERGIA EÓLICA FUNDAMENTOS E VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA. Aula 5: Turbina eólica: Componentes Formas de Conexão

PEA ENERGIA EÓLICA FUNDAMENTOS E VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA. Aula 5: Turbina eólica: Componentes Formas de Conexão PEA 5002- ENERGIA EÓLICA FUNDAMENTOS E VIABILIDADE TÉCNICO-ECONÔMICA Aula 5: Turbina eólica: Componentes Formas de Conexão Componentes de um aerogerador de eixo horizontal Pás + Rotor Transmissão Mecânica

Leia mais

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2

ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 2379EE2 2º semestre de 2016 Prof. Alceu Ferreira Alves www.feb.unesp.br/dee/docentes/alceu Dimensionamento orientações http://www.neosolar.com.br/aprenda/calculadora http://www.sunlab.com.br/dimensionamento_solar_fotovoltaic

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS Sistemas de Potência

PROVA DE CONHECIMENTOS Sistemas de Potência EXAME DE INGRESSO 3º. PERÍODO DE 2019 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Escola Politécnica Universidade de São Paulo PROVA DE CONHECIMENTOS Sistemas de Potência Instruções 1. Preencha seu

Leia mais

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO Joaquim Eloir Rocha 1 As máquinas de corrente alternada podem ser síncronas ou assíncronas. São síncronas quando a velocidade no eixo estiver em sincronismo com a frequência.

Leia mais

Aula 10: etapas do projeto, determinação do consumo de operação da instalação, exercício para determinação do NPSH disponível e verificação do

Aula 10: etapas do projeto, determinação do consumo de operação da instalação, exercício para determinação do NPSH disponível e verificação do Aula 10: etapas do projeto, determinação do consumo de operação da instalação, exercício para determinação do NPSH disponível e verificação do fenômeno de recirculação. Mencionando e refletindo sobre as

Leia mais

Smart Grids e Microrredes: gestão da energia no campo

Smart Grids e Microrredes: gestão da energia no campo Smart Grids e Microrredes: gestão da energia no campo Edson H. Watanabe Professor Programa de Eng. Elétrica Diretor da COPPE / UFRJ watanabe@coe.ufrj.br 27/Setembro/2017-14h30 às 15h O Funcionamento da

Leia mais

EESC-USP LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

EESC-USP LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA LABORATÓRIO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA Professores: Eduardo Nobuhiro Asada Luís Fernando Costa Alberto Colaborador: Elmer Pablo Tito Cari LABORATÓRIO N 11: MAQUINA ASSÍNCRONA: (Parte 2: Características

Leia mais

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA GERADOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ELETROTÉCNICA GERADOR SÍNCRONO. Joaquim Eloir Rocha 1 GERADOR SÍNCRONO Joaquim Eloir Rocha 1 Os geradores síncronos são usados para gerar a energia que é utilizada pela sociedade moderna para a produção e o lazer. Joaquim Eloir Rocha 2 Geradores síncronos

Leia mais

MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA

MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA PEA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ENERGIA E AUTOMAÇÃO ELÉTRICAS PEA-3311 Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA ROTEIRO EXPERIMENTAL 2016 Motor de Corrente Contínua

Leia mais

Processamento da Energia Eólica

Processamento da Energia Eólica Processamento da Energia Eólica Professor: Marcello Mezaroba Dr. Email: marcello.mezaroba@udesc.br Maio de 2016 Sumário I. Componentes de um aerogerador de eixo horizontal II. Funcionamento de um gerador

Leia mais

Felipe Scrideli Stefanoni Lucas Ronco Murilo Atique Claudio Otávio Henrique Gotardo Piton

Felipe Scrideli Stefanoni Lucas Ronco Murilo Atique Claudio Otávio Henrique Gotardo Piton Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação SEL423 - Laboratório de Máquinas Elétricas Felipe Scrideli Stefanoni - 8551563 Lucas Ronco

Leia mais

ESTUDO DA VIABILIDADE ENERGÉTICA DE IMPLANTAÇÃO DE UMA USINA EÓLICA DE 100 KW PARA ABASTECER UMA COMUNIDADE RURAL ISOLADA 1

ESTUDO DA VIABILIDADE ENERGÉTICA DE IMPLANTAÇÃO DE UMA USINA EÓLICA DE 100 KW PARA ABASTECER UMA COMUNIDADE RURAL ISOLADA 1 ESTUDO DA VIABILIDADE ENERGÉTICA DE IMPLANTAÇÃO DE UMA USINA EÓLICA DE 100 KW PARA ABASTECER UMA COMUNIDADE RURAL ISOLADA 1 Felipe Alex Trennepohl 2, Leandro Becker Kehler 3. 1 Estudo realizado para a

Leia mais

Oitava aula de ME5330

Oitava aula de ME5330 Oitava aula de ME5330 Outubro de 2010 Vamos retomar a experiência realizada na bancada móvel e refletirmos sobre a energia necessária para o bombeamento. Eletrobomba Síncrona de Circulação Vamos iniciar

Leia mais

Conversão de Energia II

Conversão de Energia II Departamento de Engenharia Elétrica Aula 6.3 Máquinas Síncronas Prof. João Américo Vilela Máquina Síncrona Representação Fasorial Motor síncrono operando sobre-excitado E af > V t (elevada corrente de

Leia mais

Sistemas fotovoltaicos

Sistemas fotovoltaicos Sistemas fotovoltaicos A composição dos componentes e tipos utilizados depende do tipo de aplicação. Aplicação autônoma Aplicação conectada á rede Configuração básica de um sistema fotovoltaico Principais

Leia mais

Característica de Regulação do Gerador de Corrente Contínua com Excitação Independente

Característica de Regulação do Gerador de Corrente Contínua com Excitação Independente Experiência V Característica de Regulação do Gerador de Corrente Contínua com Excitação Independente 1. Introdução A mesma máquina de corrente contínua de fabricação ANEL utilizada no ensaio precedente

Leia mais

Note os contatos auxiliares NF que fazem com que jamais as contactoras C1 e C2 possam ser energizadas simultaneamente.

Note os contatos auxiliares NF que fazem com que jamais as contactoras C1 e C2 possam ser energizadas simultaneamente. Note os contatos auxiliares NF que fazem com que jamais as contactoras C1 e C2 possam ser energizadas simultaneamente. 4.4. Chave de Partida Série-Paralelo As chaves de partida série-paralelo são utilizadas

Leia mais

Aula 10 Tecnologias de Aerogeradores

Aula 10 Tecnologias de Aerogeradores Aula 10 Tecnologias de Aerogeradores Prof. Heverton Augusto Pereira Universidade Federal de Viçosa - UFV Departamento de Engenharia Elétrica - DEL Gerência de Especialistas em Sistemas Elétricos de Potência

Leia mais

07/08/2017. Força motriz corresponde ao consumo de equipamentos tais como, bombas, ventiladores e compressores. Perfil do consumo de energia elétrica

07/08/2017. Força motriz corresponde ao consumo de equipamentos tais como, bombas, ventiladores e compressores. Perfil do consumo de energia elétrica O setor industrial é o maior consumidor de energia do país. Respondeu por 37,2 % de todo o consumo no ano de 2009 (BEN 2010). Motores de indução Eletricidade e bagaço de cana são as duas principais fontes

Leia mais

Instalações Elétricas Prediais A ENG04482

Instalações Elétricas Prediais A ENG04482 Instalações Elétricas Prediais A ENG04482 Prof. Luiz Fernando Gonçalves AULA 2 Conceitos Fundamentais Porto Alegre - 2012 Tópicos Energia elétrica Fontes de eletricidade Fontes de tensão e corrente Geração

Leia mais

Experiência 03: Acionamento de Motores Assíncronos Trifásicos e Monofásicos

Experiência 03: Acionamento de Motores Assíncronos Trifásicos e Monofásicos ( ) Prova ( ) Prova Semestral ( ) Exercícios ( ) Prova Modular ( ) Segunda Chamada ( ) Exame Final ( ) Prática de Laboratório ( ) Aproveitamento Extraordinário de Estudos Nota: Disciplina: Turma: Aluno

Leia mais

Apostila 8. Máquina de Corrente Contínua

Apostila 8. Máquina de Corrente Contínua Apostila Máquina CC - Prof. Luís Alberto Pereira - PUCRS-DEE 1 Apostila 8 Máquina de Corrente Contínua A máquina CC é um dos 3 tipos básicos de máquinas elétricas (eistem ainda máquinas síncronas e máquinas

Leia mais

Aula 10 de ME5330. Cálculo do custo de operação

Aula 10 de ME5330. Cálculo do custo de operação Aula 10 de ME5330 Cálculo do custo de operação Nesse ponto, vamos ampliar a nossa visão sobre os motores elétricos, abordando: 1. Conceito de motores elétrico.. Suas classificações básicas. 3. Seus conceitos

Leia mais

PÓS-GRADUAÇÃO PRESENCIAL MARINGÁ

PÓS-GRADUAÇÃO PRESENCIAL MARINGÁ 17/09/2016 1 / 26 PRESENCIAL MARINGÁ Professor CURSOS 2016 Introdução aos Sistemas Elétricos de Potência Circuitos Trifásicos e Laboratório MatLab Gerador Síncrono Transformadores TOTAL DE CURSO 10 10

Leia mais

lectra Material Didático COMANDOS ELÉTRICOS Centro de Formação Profissional

lectra Material Didático  COMANDOS ELÉTRICOS Centro de Formação Profissional lectra Centro de Formação Profissional Material Didático COMANDOS ELÉTRICOS WWW.ESCOLAELECTRA.COM.BR COMANDOS ELÉTRICOS ÍNDICE INTRODUÇÃO 1. MOTORES ELÉTRICOS 1.1. Classificação de motores 1.1.1. Motores

Leia mais

CONVERSOR CC-CA NÃO ISOLADO COM ALTO GANHO DE TENSÃO PARA APLICAÇÃO EM SISTEMAS AUTÔNOMOS DE ENERGIA ELÉTRICA

CONVERSOR CC-CA NÃO ISOLADO COM ALTO GANHO DE TENSÃO PARA APLICAÇÃO EM SISTEMAS AUTÔNOMOS DE ENERGIA ELÉTRICA CONVERSOR CC-CA NÃO ISOLADO COM ALTO GANHO DE TENSÃO PARA APLICAÇÃO EM SISTEMAS AUTÔNOMOS DE ENERGIA ELÉTRICA GEORGE CAJAZEIRAS SILVEIRA¹ RENÉ P. TORRICO-BASCOPɲ MANUEL RANGEL BORGES NETO 3 ¹ Professor

Leia mais

3.- PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA

3.- PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA 3.- PRICÍPIO DE FUCIOETO DO OTOR DE CORRETE COTÍU 3.1 - FORÇÃO DO COJUGDO OTOR Conforme já foi visto na introdução desta apostila, quando a máquina de corrente contínua opera como motor, o fluxo de potência

Leia mais

Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas. Guia Prático de Treinamento Técnico Comercial. Motor Elétrico.

Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas. Guia Prático de Treinamento Técnico Comercial. Motor Elétrico. Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas Guia Prático de Treinamento Técnico Comercial Motor Elétrico Módulo I Índice www.weg.net Motor Elétrico... 3 Conceitos Básicos Potência... 4

Leia mais

Motores Elétricos. Conteúdo. 1. Motor Síncrono 2. Motor Assíncrono 3. Motor CC

Motores Elétricos. Conteúdo. 1. Motor Síncrono 2. Motor Assíncrono 3. Motor CC Motores Elétricos Conteúdo 1. Motor Síncrono 2. Motor Assíncrono 3. Motor CC Motores Elétricos 2 1.0 MOTOR SÍNCRONO Os motores síncronos são motores de velocidade constante e proporcional com a frequência

Leia mais

Controle & Automação vol.14 no.1 Mar. 2003

Controle & Automação vol.14 no.1 Mar. 2003 CONVERSORES DE FREQUÊNCIA VSI-PWM SUBMETIDOS A AFUNDAMENTOS TEMPORÁRIOS DE TENSÃO ( VOLTAGE SAGS ) Autores do artigo: Paulo C. A. Leão (Departamento de Engenharia Elétrica Universidade Federal de São João

Leia mais

Eng. Everton Moraes. Método LIDE - Máquinas Elétricas

Eng. Everton Moraes. Método LIDE - Máquinas Elétricas Eng. Everton Moraes Eng. Everton Moraes Método LIDE - Máquinas Elétricas 1 Método LIDE - Máquinas Elétricas Sumário 1. Ligação dos motores de indução trifásico (MIT)... 3 1.1. Ligação de Motores de Indução

Leia mais

ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA

ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA REFERENCIAIS DO CURSO CERTIFICADO DE NÍVEL 4 ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA (75 H) 1 UFCD 6021 Fontes de alimentação Carga horária: 25 horas Explicar a constituição básica de uma fonte de alimentação primária.

Leia mais

Máquina de Indução - Lista Comentada

Máquina de Indução - Lista Comentada Máquina de Indução - Lista Comentada 1) Os motores trifásicos a indução, geralmente, operam em rotações próximas do sincronismo, ou seja, com baixos valores de escorregamento. Considere o caso de alimentação

Leia mais

COMANDO DA AERONÁUTICA DEPARTAMENTO DE ENSINO DA AERONÁUTICA CENTRO DE INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO DA AERONÁUTICA CONCURSO DE ADMISSÃO AO EAOEAR 2002 05 No circuito mostrado na figura abaixo, determine a resistência

Leia mais

Ensaio 6: Característica de Tensão-Carga de Geradores CC: Excitação Independente, Shunt Auto- Excitado e Série

Ensaio 6: Característica de Tensão-Carga de Geradores CC: Excitação Independente, Shunt Auto- Excitado e Série Ensaio 6: Característica de Tensão-Carga de Geradores CC: Excitação Independente, Shunt uto- Excitado e Série 1. Objetivos Os objetivos desse ensaio são: a) Construir a curva característica de tensão-carga

Leia mais

Professor: Cleyton Ap. dos Santos. E mail:

Professor: Cleyton Ap. dos Santos. E mail: Professor: Cleyton Ap. dos Santos E mail: santos.cleyton@yahoo.com.br Tipos de alimentação A energia elétrica para chegar ao consumidor final passa por 3 etapas: geração, transmissão e distribuição. Fig.

Leia mais

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia I Lista de Exercícios: Máquinas Elétricas de Corrente Contínua Prof. Clodomiro Vila.

Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia I Lista de Exercícios: Máquinas Elétricas de Corrente Contínua Prof. Clodomiro Vila. Departamento de Engenharia Elétrica Conversão de Energia I Lista de Exercícios: Máquinas Elétricas de Corrente Contínua Prof. Clodomiro Vila. Ex. 0) Resolver todos os exercícios do Capítulo 7 (Máquinas

Leia mais

2. Análise do Estado Atual da Máquina Assíncrona Trifásica Duplamente Alimentada Sem Escovas

2. Análise do Estado Atual da Máquina Assíncrona Trifásica Duplamente Alimentada Sem Escovas 2. Análise do Estado Atual da Máquina Assíncrona Trifásica Duplamente Alimentada Sem Escovas 2.1. Introdução Quando se fala em motor elétrico, logo surge à mente o motor de gaiola trifásico. Isto se deve

Leia mais

O campo girante no entreferro e o rotor giram na mesma velocidade (síncrona); Usado em situações que demandem velocidade constante com carga variável;

O campo girante no entreferro e o rotor giram na mesma velocidade (síncrona); Usado em situações que demandem velocidade constante com carga variável; Gerador Síncrono 2. MÁQUINAS SÍNCRONAS Tensão induzida Forma de onda senoidal Número de pólos Controle da tensão induzida Fases de um gerador síncrono Fasores das tensões Circuito elétrico equivalente

Leia mais

PEA 2200/3100 ENERGIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE. 2ª Prova

PEA 2200/3100 ENERGIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE. 2ª Prova PEA 2200/3100 ENERGIA, MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE 2ª Prova 16.05.2014 Instruções: Responda as questões nos espaços reservados para as respostas, caso necessário, utilize o verso da folha que contém

Leia mais

Relatório 3 - Montagem do gerador de indução e dos procedimentos de energização.

Relatório 3 - Montagem do gerador de indução e dos procedimentos de energização. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS - EESC Relatório 3 - Montagem do gerador de indução e dos procedimentos de energização. Alunos: Gustavo Henrique Santos Leonardo Nº: 8551591

Leia mais

PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE GERADOR SINCRONO

PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE GERADOR SINCRONO 1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA PRINCIPIO DE FUNCIONAMENTO DE GERADOR SINCRONO UNEMAT Campus de Sinop 2016

Leia mais

Correção do Fator de Potência

Correção do Fator de Potência SEL-0437 Eficiência Energética Correção do Fator de Potência Prof. José Carlos de Melo Vieira Júnior E-mail: jcarlos@sc.usp.br 1 Introdução Fator de potência: É possível quantificar numericamente as discrepâncias

Leia mais

Exame de Ingresso - 1o. Período de 2016 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica

Exame de Ingresso - 1o. Período de 2016 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Exame de Ingresso - 1o. Período de 2016 Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica PROVA DE CONHECIMENTOS Sistemas de Potência Nome: Renan Lima Baima Assinatura: INSTRUÇÕES Preencha seu nome no espaço

Leia mais

EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS MOTORES

EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS MOTORES EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS MOTORES Noções Fundamentais Motores Elétricos Noções Fundamentais Motores Elétricos Noções Fundamentais Motores Elétricos Noções Fundamentais Motores Elétricos Motor elétrico é

Leia mais

Nome do Aluno Assinatura Nome do Aluno Assinatura. Parte Experimental

Nome do Aluno Assinatura Nome do Aluno Assinatura. Parte Experimental Nome do Aluno Assinatura Nome do Aluno Assinatura 1- A Bancada Experimental Parte Experimental Observe a montagem da figura 1. Note que o esquema possui um grau de diversidade de equipamentos bastante

Leia mais

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO (continuação)

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO (continuação) MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO (continuação) Joaquim Eloir Rocha 1 A produção de torque em um motor de indução ocorre devido a busca de alinhamento entre o fluxo do estator e o fluxo do rotor. Joaquim Eloir

Leia mais

Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S. website:

Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S.   website: UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADÊMICA DE GARANHUNS Prof. Ricardo Brauer Vigoderis, D.S. Email: vigoderis@yahoo.com.br website: www.vigoderis.tk Suméria por volta de 4.000 A.C. Egípcios

Leia mais

Em um gerador síncrono, uma corrente contínua é aplicada ao enrolamento do rotor, o qual produz um campo magnético;

Em um gerador síncrono, uma corrente contínua é aplicada ao enrolamento do rotor, o qual produz um campo magnético; Relembrando... Em um gerador síncrono, uma corrente contínua é aplicada ao enrolamento do rotor, o qual produz um campo magnético; Como o rotor é girado por uma força mecânica, se produz um campo magnético

Leia mais

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA

ENERGIA HIDRÁULICA MÁQUINA DE FLUXO ENERGIA MECÂNICA ª EXPERIÊNCIA - ESTUDO DAS BOMBAS APLICAÇÃO DA ANÁLISE DIMENSIONAL E DA TEORIA DA SEMELHANÇA 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS MÁQUINAS DE FLUXO ( BOMBAS, TURBINAS, COMPRESSORES, VENTILADORES) As máquinas que

Leia mais

Motores Síncronos de Ímãs Permanentes com Partida Direta da Rede

Motores Síncronos de Ímãs Permanentes com Partida Direta da Rede Máquinas Elétricas Especiais Motores Síncronos de Ímãs Permanentes com Partida Direta da Rede Line-Start PM Motors Prof. Sebastião Lauro Nau, Dr. Eng. Set 2017 Introdução - Foram inicialmente estudados

Leia mais

MÁQUINAS E ACIONAMENTOS ELÉTRICOS. Prof. Hélio Henrique Cunha Pinheiro Curso: Eletrotécnica (integrado) Série: 4º ano C.H.: 160 aulas (4 por semana)

MÁQUINAS E ACIONAMENTOS ELÉTRICOS. Prof. Hélio Henrique Cunha Pinheiro Curso: Eletrotécnica (integrado) Série: 4º ano C.H.: 160 aulas (4 por semana) MÁQUINAS E ACIONAMENTOS ELÉTRICOS Prof. Hélio Henrique Cunha Pinheiro Curso: Eletrotécnica (integrado) Série: 4º ano C.H.: 160 aulas (4 por semana) OBJETIVOS Compreender os princípios básicos de funcionamento

Leia mais

O MOTOR DE INDUÇÃO - 2 PARTE EXPERIMENTAL

O MOTOR DE INDUÇÃO - 2 PARTE EXPERIMENTAL EA 22 Introdução à Eletromecânica e à Automação Conteúdo: O MOTOR DE INDUÇÃO - 2 ARTE EXERIMENTAL. Verificação do escorregamento do motor de indução Comportamento em carga. 2. Verificação do conjugado

Leia mais

Engenharia Elétrica UMC Eletrônica de Potência I Prof. Jose Roberto Marques

Engenharia Elétrica UMC Eletrônica de Potência I Prof. Jose Roberto Marques Engenharia Elétrica UMC Eletrônica de Potência I Prof. Jose Roberto Marques 1º) O circuito abaixo corresponde a um nó de uma rede elétrica onde admitimos que a tensão de nó é invariável e que as cargas

Leia mais

Principais Tipos de Máquinas Elétricas

Principais Tipos de Máquinas Elétricas Principais Tipos de Máquinas Elétricas Máquina de Corrente Contínua Possibilita grande variação de velocidade, com comando muito simples. Também requer fonte de corrente contínua para alimentação do circuito

Leia mais

MERCADO. Introdução: UNIDADE I - INFRAESTRUTURA ELÉTRICA SIMPLIFICADA DOS AEROGERADORES E CONEXÃO COM A REDE ELÉTRICA

MERCADO. Introdução: UNIDADE I - INFRAESTRUTURA ELÉTRICA SIMPLIFICADA DOS AEROGERADORES E CONEXÃO COM A REDE ELÉTRICA Introdução: 1 Aspectos Tecnológicos e Conexão com a Rede Elétrica; a) Introdução: b) Os 04 Conceitos Tecnológicos Básicos; c) O conceito DFIG; d) Vantagens e Desvantagens da Tecnologia; e) O Processo de

Leia mais

Universidade Paulista Unip

Universidade Paulista Unip As máquinas de corrente contínua podem ser utilizadas tanto como motor quanto como gerador. 1 Uma vez que as fontes retificadoras de potência podem gerar tensão contínua de maneira controlada a partir

Leia mais

do Modelo Teórico do Veículo Elétrico Híbrido.

do Modelo Teórico do Veículo Elétrico Híbrido. 4 Modelamento Teórico do Veículo Elétrico Híbrido A modelagem do Veículo Elétrico Híbrido, surge nesta dissertação como parte dos objetivos que foram propostos ao início. Sabe-se muito bem que a energia

Leia mais

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Características de Desempenho 1ª Parte

Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos. Características de Desempenho 1ª Parte Disciplina: Sistemas Fluidomecânicos Características de Desempenho 1ª Parte Características de Desempenho Para especificar uma máquina de fluxo, o engenheiro deve ter em mãos alguns dados essenciais: altura

Leia mais

Capítulo 2 - Norma EB 2175

Capítulo 2 - Norma EB 2175 Capítulo 2 - Norma EB 2175 2.1 Introdução Para o teste de sistemas de alimentação ininterrupta de potência, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) indica a norma EB 2175 (Sistemas de Alimentação

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. É característica que determina a um transformador operação com regulação máxima:

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. É característica que determina a um transformador operação com regulação máxima: 13 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS QUESTÃO 35 É característica que determina a um transformador operação com regulação máxima: a) A soma do ângulo de fator de potência interno do transformador com o

Leia mais

Capitulo 7 Geradores Elétricos CA e CC

Capitulo 7 Geradores Elétricos CA e CC Capitulo 7 Geradores Elétricos CA e CC 7 Geradores Elétricos CA e CC Figura 7-1 Gerador Elétrico CA A energia elétrica é obtida através da conversão de energia mecânica (movimento) em energia elétrica

Leia mais

Modelagem de Aerogeradores em Estudos Elétricos

Modelagem de Aerogeradores em Estudos Elétricos Encontro Internacional de Energia Eólica 3o. Painel Tecnologia e Integração de Centrais Elétricas à Rede Modelagem de Aerogeradores em Estudos Elétricos Natal, RN 22 de Setembro de 2005 Nelson Martins

Leia mais

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 17

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 17 SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA Aula 17 Aula de Hoje Máquinas CC de Ímã Permanente Estrutura Visão geral: Comutador Ímã Estrutura Detalhe da seção transversal de um motor típico de ímã permanente:

Leia mais

INVERSORES DE FREQÜÊNCIA

INVERSORES DE FREQÜÊNCIA INVERSORES DE FREQÜÊNCIA 1. INTRODUÇÃO A eletrônica de potência, com o passar do tempo, vem tornando mais fácil (e mais barato) o acionamento em velocidade variável de motores elétricos. Com isto, sistemas

Leia mais

Disciplina: Eletrônica de Potência (ENGC48)

Disciplina: Eletrônica de Potência (ENGC48) Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Eletrônica de Potência (ENGC48) Tema: Conversores CA-CC Trifásicos Controlados Prof.: Eduardo Simas eduardo.simas@ufba.br

Leia mais

Estado da arte: Tração

Estado da arte: Tração Estado da arte: Tração Índice Introdução... 3 Motor CC com escovas... 3 Motor com excitação independente... 4 Motor CC em derivação (shunt)... 4 Motor CC série... 4 Motor CC composto... 4 Motor de indução...

Leia mais

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte IV

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte IV Máquinas Elétricas Máquinas CC Parte IV Máquina CC eficiência Máquina CC perdas elétricas (perdas por efeito Joule) Máquina CC perdas nas escovas Máquina CC outras perdas a considerar Máquina CC considerações

Leia mais

AULAS UNIDADE 1 MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS (MAE) Prof. Ademir Nied

AULAS UNIDADE 1 MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS (MAE) Prof. Ademir Nied Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Elétrica Curso de Graduação em Engenharia Elétrica AULAS 03-04 UNIDADE 1 MÁQUINAS ELÉTRICAS ROTATIVAS (MAE) Prof. Ademir Nied ademir.nied@udesc.br

Leia mais

Capítulo 4 Documento Rascunho Eurico Ferreira S.A. 25 de Junho de António Luís Passos de Sousa Vieira

Capítulo 4 Documento Rascunho Eurico Ferreira S.A. 25 de Junho de António Luís Passos de Sousa Vieira Capítulo 4 Documento Rascunho Eurico Ferreira S.A. 25 de Junho de 2012 António Luís Passos de Sousa Vieira 070503362 ee07362@fe.up.pt Capítulo 4 Inversores DC/AC O transporte de energia, em corrente alternada,

Leia mais

Questão 1. Gabarito. Considere P a potência ativa da carga e Q a potência reativa.

Questão 1. Gabarito. Considere P a potência ativa da carga e Q a potência reativa. Questão 1 Uma indústria tem uma carga de 1000 kva com fator de potência indutivo de 95% alimentada em 13800 V de acordo com medições efetuadas. A maneira mais fácil de representar a carga da indústria

Leia mais

AULA 9 ATUADORES ELÉTRICOS

AULA 9 ATUADORES ELÉTRICOS AULA 9 ATUADORES ELÉTRICOS Prof. Fabricia Neres Tipos de Acionamento Os acionadores são dispositivos responsáveis pelo movimento nos atuadores. Podem ser classificados em: Acionamento Elétrico; Acionamento

Leia mais

CONVERSORES DE FREQUÊNCIA

CONVERSORES DE FREQUÊNCIA CONVERSORES DE FREQUÊNCIA Introdução a inversores Convertem tensão c.c. para c.a. simétrica de amplitude e frequência desejadas A forma de onda dos inversores não é senoidal 1 Algumas aplicações dos inversores

Leia mais

4 Bancada Experimental e Aquisição de Dados

4 Bancada Experimental e Aquisição de Dados 4 Bancada Experimental e Aquisição de Dados Com o objetivo de avaliar e complementar a análise das equações matemáticas desenvolvidas no capítulo 2, faz-se necessário realizar práticas experimentais. Com

Leia mais

Plano de Trabalho Docente 2017 Ensino Técnico

Plano de Trabalho Docente 2017 Ensino Técnico Plano de Trabalho Docente 2017 Ensino Técnico Plano de Curso nº 239 aprovado pela portaria Cetec nº 172 de 13/09/2013 Etec Sylvio de Mattos Carvalho Código: 103 Município: Matão Eixo Tecnológico: Controle

Leia mais

PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO - MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS ROTOR GAIOLA DE ESQUILO. Portaria Inmetro nº 488/2010 Código 3287

PROCEDIMENTO DE FISCALIZAÇÃO - MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS ROTOR GAIOLA DE ESQUILO. Portaria Inmetro nº 488/2010 Código 3287 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA- INMETRO Diretoria de Avaliação da Conformidade Dconf Divisão de Fiscalização

Leia mais

MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA

MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA PEA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ENERGIA E AUTOMAÇÃO ELÉTRICAS PEA-3311 Laboratório de Conversão Eletromecânica de Energia MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA RELATÓRIO 2016 Tensão (V) PEA3311 Laboratório de Conversão

Leia mais

Motores de Indução Trifásicos Parte II

Motores de Indução Trifásicos Parte II SEL-0437 Eficiência Energética Motores de Indução Trifásicos Parte II Prof. José Carlos de Melo Vieira Júnior E-mail: jcarlos@sc.usp.br 1 Tópicos da Aula de Hoje Análise da partida dos motores Análise

Leia mais

Conversão de Energia II

Conversão de Energia II Departamento de Engenharia Elétrica Aula 4.1 Motores Monofásicos Prof. João Américo Vilela Bibliografia FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Máquinas Elétricas: com Introdução à Eletrônica

Leia mais