Tema: Interpretação semiótica: Caso das fotos do jornal hoje e o Jornal Savana
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1 Tema: Interpretação semiótica: Caso das fotos do jornal hoje e o Jornal Savana Autor: Rogério Marques Benedito Júnior * 2015 * Estudante de licenciatura em Jornalismo na Escola de Comunicão e Artes da Universidade Eduardo Mondlane
2 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 2 IMAGEM O TÍTULO VS A IMAGEM... 5 IMAGEM Bibliografia... 7 Anexo... 7
3 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objectivo analisar duas fotos: uma foto tirada do jornal Hoje e outra tirada do Jornal Savana. A metodologia usada fundamenta-se na teoria semiótica, que estuda o percurso gerativo do sentido, por meio da análise das estruturas modais; da estrutura discursiva, dado que, todo o texto fotográfico passa pelo olhar de um sujeito. Como sabemos, normalmente a classificação de um signo assenta na sua composição por significante e significado através da relação que estes dois têm, isto é, um significante e um significado podem apresentar relação de contiguidade, ou seja, uma relação causal; relação de semelhança; relação convencional e, esta última, tem de ser aprendida pelo utilizador. De acordo com um tipo de relação gera-se: Índice, Ícone e Símbolo. Ciente de que ainda sou um eterno aprendiz no domínio da vida académica e outros, estou aberto a todo o tipo de crítica. Para já desejo óptima leitura. Rogério Marques Bendito Júnior
4 IMAGEM 1 Índice partindo do princípio de que um índice, só é índice quando o signo apresenta uma relação de contiguidade, ou seja, uma relação causal, entre significante e significado, é certo que esta fotografia remetenos a um indício de um campo/machamba de produção de maçaroca. Portanto, machamba é o índice da foto. Ícone - Os ícones operam por uma relação de semelhança entre significante e significado. Esta imagem representa o ícone do camponês identificado, no texto da notícia, por Miguel Paulo Kumaio. Símbolo - Nos símbolos, a relação entre significante e significado é convencionada ou não, precisando por isso de ser aprendida pelo utilizador. Assim, esta imagem considerando sem o título atribuído pode significar para o intérprete como um símbolo polissémico ou conotativo, dado que, pode remeter-lhe à riqueza produtiva em chókwè, segurança alimentar, colheita, entrega abnegada no trabalho e uma infinidade de simbologias definidas em função dos paradigmas culturais, sociais, políticos e económicos em que o sujeito está inserido. Hoje, Fevereiro, 2015 Veja em anexo o texto na íntegra
5 O TÍTULO VS A IMAGEM Tentando fazer uma ponte entre o assunto do título e a foto, percebemos que ambos são, totalmente, paradoxais em termos semânticos. A imagem que nos vem a cabeça quando vemos um título como Camponeses não querem milhos modificados em chókwè é, efectivamente, de um grupo de camponeses visto que título está no plural - a rebelarem-se. Embora esteja denotada, o sentido da foto aqui estudada mostra o contrário: Um camponês com um semblante tranquilo e demonstrando uma aceitação e não negação como o titulo nos sugere. Há, ainda, um problema com o título: O que o jornalista/repórter quer, realmente, informar quando escreve: Camponeses não querem milhos modificados em chókwè? Cabendo a seguinte pergunta: querem milhos modificados aonde? Maputo? Nampula? Mais uma vez, o título, apresenta-se polissémico e ambíguo. Talvez quisesse dizer que os camponeses de Chókwè não querem milho modificado. Este cenário adjudica-se à sintaxe, parte da semiótica, que estuda relações entre os signos. Por exemplo, estuda por que é que os signos dispostos na frase aqui está quente geram uma frase compreensível, continuando compreensível se mudarmos a ordem dos signos para está quente aqui. Porém, a Semântica, uma outra parte da semiótica, ensina-nos que quando mudados a ordem das palavras dentro de uma frase, esta altera, radicalmente, o seu conteúdo e sentido. Por isso é necessária atenção neste aspecto. SOUSA, Jorge, Elementos e Teoria de Pesquisa de comunicação e média, Pp. 105
6 IMAGEM 2 ** Índice; Dado que notase uma cor vermelha ao redor da imagem, então esta dá indícios de tratar-se de sangue e em consequência que houve alguém que sangrou ou até morreu naquele espaço. Ícone; Aqui observa-se a relação de semelhança entre o significante e significado. Neste caso, a imagem representa uma metáfora do assassinato do Professor Gil Cistac ocorrido no passado dia 03 de Março do ano em Curso (2015), que tem uma repercussão nacional dado o mapa. Símbolo; Aqui a relação entre significante e significado é convencionada e, portanto, tem de ser aprendida pelo utilizador. Logo, podemos dizer que a foto representa dois símbolos os convencionados nomeadamente: Moçambique e Morte do Constitucionalista Gil Cistac. Além disto, a imagem é símbolo de mágoa, ** Savana, 13 de Março de 2015, número 1105 Embora esteja convencionado que a cor vermelha representa Paixão e Sexo, esta imagem remete-nos a ensanguentamento, visto que num passado breve rolou nas redes sociais uma foto do Malogrado Gil Cistac com características ambientais iguais, então o indicio é tácito.
7 dor, luto e pesar dos moçambicanos, podendo ainda, de acordo com o contexto representar vários símbolos aos sujeitos. Bibliografia Hoje, 7ª edição, Quarta-feira, 19 Fevereiro, SOUSA, Jorge, Elementos e Teoria de Pesquisa de comunicação e média, Pp Savana, 13 de Março de 2015, número Anexo
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