Coleta de Amostras Biológicas. Prof. Fernando Ananias
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- Pedro Lucas Gorjão Castro
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1 Coleta de Amostras Biológicas Prof. Fernando Ananias
2 Material Biológico (Amostras): Líquidos Secreções Excreções Fragmentos de tecido Mais utilizados: sangue e urina
3 INTRUÇÕES GERAIS O jejum recomendado é de 8 a 12 horas. É livre a ingestão de água. As amostras para análise devem ser coletadas na primeira parte da manhã. Convém que o paciente ao chegar ao laboratório seja acalmado e que descanse por alguns minutos. Exercícios físicos devem ser evitados antes da coleta.
4 FORMAS DE COLETA: Agulha e seringa estéreis e descartáveis. Lanceta estéril e descartável. Coleta a vácuo.
5 O PROBLEMA DA HEMÓLISE ruptura = hemoglobina = altera os resultados de alguns exames. (peq qtidade inevitável) Amostras hemolisadas = mais coradas. Alguns cuidados: Após a anti-sepsia do local de coleta, deixar evaporar totalmente o anti-séptico. Usar o garrote o menor tempo possível. Não mover a agulha durante a coleta.
6 Obtenção de sangue: Punção Venosa Punção Arterial Punção de Pele
7 PUNÇÃO VENOSA Coleta = agulhas e seringas estéreis e descartáveis ou por meio de tubos com vácuo adaptados a agulhas estéreis. Preferência pelas veias intermediárias cefálica e basílica em adultos e crianças maiores.
8 PROCEDIMENTO PUNÇÃO VENOSA Veias da Dobra do Cotovelo 1. Retirar a agulha da embalagem estéril e acoplar à seringa estéril, deixando na própria embalagem estéril pronta para ser usada. 2. Colocar um garrote ao redor do braço do paciente, acima da dobra do cotovelo. Verificar o pulso para garantir que a circulação arterial não foi interrompida. 3. O paciente deve abrir e fechar a mão várias vezes para aumentar a circulação venosa. 4. Pela inspeção e palpação determinar a veia a ser puncionada, que deve ser calibrosa e firme. 5. Desinfetar a pele sobre a veia selecionada, com álcool a 70% e deixar secar. 6. Não tocar o local a ser puncionado, nem deixar que o paciente dobre o braço. 7. O paciente, agora, deve permanecer com a mão fechada.
9 PROCEDIMENTO PUNÇÃO VENOSA Veias da Dobra do Cotovelo 8. Pegar a seringa colocar o dedo sobre o mandril da agulha, para guiá-la durante a introdução na veia. 9. Esticar a pele do cotovelo, com a outra mão, uns 5 cm abaixo do local da punção, mas sem tocá-lo. 10. Introduzir a agulha na pele ao lado da veia que vai ser puncionada, paralelamente a ela, e, lentamente, penetrar em seu interior. 11. O sangue deverá fluir espontaneamente para dentro da agulha ou, então, deve-se puxar lentamente o êmbolo, para verificar se a agulha está na veia e, em seguida, retirar o sangue necessário. 12. Soltar o garrote, retirar a agulha e colocar um pedaço de algodão seco no local. 13. Retirar a agulha e transferir o sangue coletada para os tubos com ou sem anticoagulantes, de acordo com o exame solicitado, escorrendo lentamente o sangue, sem formar espuma. 14. Tubos com anticoagulantes devem ser invertidos, várias vezes, lentamente.
10 PUNÇÃO VENOSA Veias do Dorso da Mão pacientes obesos São extremamente móveis em relação aos tecidos circunjacentes, o que dificulta a penetração da agulha em seu interior. perfuração mais dolorosa e a hemostasia mais demorada, geralmente formando hematomas.
11 OUTRAS VEIAS PARA PUNÇÃO VENOSA Veia Jugular Veia Femoral Cordão Umbilical Gases sanguíneos ph do tecido fetal Nível respiratório Hemograma completo Bilirrubina Glicose Hemocultura (suspeita de infecç Armazenamento de células-tron
12 PUNÇÃO ARTERIAL Sangue arterial = sangue oxigenado pelos pulmões e bombeado do coração para todos os tecidos. São utilizadas a artéria femoral, a artéria radial ou a artéria braquial. Estudo da gasometria sanguínea. Pode-se determinar: 1- concentrações de oxigênio 2- concentração de dióxido de carbono 3- acidez do sangue O exame é utilizado para avaliação de doenças respiratórias e de outras condições que afetem os pulmões.
13 PUNÇÃO ARTERIAL Obter seringa para gasometria, heparinizada. O paciente deve repousar por 30 minutos. O local da punção pode ser anestesiado com Xilocaína 1-2%. Realizar anti-sepsia com iodopovidona e álcool a 70%. Deixar secar. Palpar a artéria com luvas e puncioná-la em ângulo de 30º a 90º. Coletar cerca de 2 ml de sangue. Remover agulha e seringa. Aplicar pressão ao local puncionado com gaze estéril de 5-15minutos. Retirar o ar da seringa e vedá-la com borracha. Agitar a amostra. Imediatamente colocar a amostra imersa em gelo. COLETA DE SANGUE ARTERIAL
14 PUNÇÃO ARTERIAL ph - Avaliar o ph para determinar se está presente uma acidose ou uma alcalose. O desequilíbrio ácido-básico é atribuído a distúrbios ou do sistema respiratório (PaCO 2 ) ou metabólico. Normal de 7,35 a 7,45 PaO 2 - A PaO 2 exprime a eficácia das trocas de oxigênio entre os alvéolos e os capilares pulmonares. Normal de 80 a 100mmHg. PaCO 2 - A pressão parcial de CO 2 do sangue arterial exprime a eficácia da ventilação alveolar. Se a PaCO 2 estiver menor que 35 mmhg, o paciente está hiperventilando, e se o ph estiver maior que 7,45, ele está em Alcalose Respiratória. Se a PCO 2 estiver maior que 45 mmhg, o paciente está hipoventilando, e se o ph estiver menor que 7,35, ele está em Acidose Respiratória. HCO 3 - As alterações na concentração de bicarbonato no plasma podem desencadear desequilíbrios ácido-básicos por distúrbios metabólicos. Se o HCO 3- estiver maior que 28 meq/l com desvio do ph > 7,45, o paciente está em Alcalose Metabólica. Se o HCO 3 - estiver menor que 22 meq/l com desvio do ph < 7,35, o paciente está em Acidose Metabólica.
15 PUNÇÃO CAPILAR Utilizado na hematologia, em pesquisa de hemoparasitos, na coleta de amostras para execução de microtécnicas e em provas de coagulação. É uma mistura de sangue venoso e arterial, mas o sangramento é principalmente arterial. O sangue capilar é obtido através da pele. Especialmente em pacientes pediátricos. Punção da pele: Superfície póstero-lateral do calcanhar, em crianças até 1 ano de idade. Na polpa do 3º ou 4º dedo da mão. Lóbulo da orelha.
16 PUNÇÃO CAPILAR Nunca: Em local edematoso. Massagear antes. Espremer. Pode: Aquecer previamente com compressas quentes. Sempre: Limpar com álcool a 70%. Desprezar a primeira gota.
17 ANTICOAGULANTES Quando necessita-se de sangue total ou plasma para algumas análises usam-se anticoagulantes. Em geral, interferem no mecanismo de coagulação in vitro, inibindo a formação da protrombina ou da trombina. Os mais usados são: EDTA (ácido etileno-diamino-tetra-acético) determinações bioquímicas e hematológicas Heparina provas bioquímicas Oxalatos provas de coagulação Citratos provas de coagulação Polianetol-sulfonato de sódio hemoculturas
18 Ação dos Anticoagulantes OXALATO DE POTÁSSIO E OXALATO DE AMÔNIO maioria das determinações hematológicas = Permitem pequena perda de água pela célula com discretas modificações da morfologia. CITRATO DE SÓDIO É utilizado para os estudos da coagulação sangüínea. ÁCIDO ETILENODIAMINOTETRACÉTICO (EDTA) impede a agregação de plaquetas = utilizado para contagens de células sangüíneas. HEPARINA Impede formação da rede de fibrina = não afeta o volume corpuscular nem o hematócrito.
19 Tubos com vácuo: VERMELHO Sem anticoagulante. Obtenção de soro para bioquímica e sorologia. Exemplo de testes: Creatinina Glicose Uréia Colesterol Pesquisa e identificação de anticorpos e ou antígenos no soro.
20 Tubos com vácuo: LAVANDA Com anticoagulante EDTA sódico ou potássico EDTA liga-se aos íons cálcio, bloqueando assim a cascata de coagulação Obtém-se assim o sangue total para hematologia Testes: Eritrograma Leucograma Plaquetas
21 Tubos com vácuo: VERDE Paredes internas revestidas com heparina. Produção de uma amostra de sangue total. Estabilização por até 48 horas. Testes bioquímicos.
22 Tubos com vácuo: AZUL Contém citrato de sódio Anticoagulante utilizado para a obtenção de plasma para provas de coagulação: Tempo de Coagulação Retração de Coágulo Tempo Parcial de Tromboplastina Tempo de Protrombina
23 Tubos com vácuo: PRETO Os tubos para VHS Contêm solução tamponada de citrato trissódico Utilizados para coleta e transporte de sangue venoso para o teste de sedimentação.
24 Tubos com vácuo: AMARELO Tubos para tipagem sangüínea Com solução de ACD (ácido citrato dextrose) Utilizados para teste de tipagem sangüínea ou preservação celular
25 Tubos com vácuo: CINZA Tubos para glicemia Contêm um anticoagulante e um estabilizador, em diferentes versões: EDTA e fluoreto de sódio oxalato de potássio e fluoreto de sódio heparina sódica e fluoreto de sódio heparina lítica e iodoacetato Ocorre inibição da glicólise para determinação da taxa de glicose sanguínea
26 HEMOCULTURA
27 COLETA DE URINA EXAME DE URINA
28 COLETA DE URINA COLETA COM CATETER Cateter é inserido na bexiga através da uretra com o uso de técnica estéril para obtenção da urina. COLETA COM ASPIRAÇÃO SUPRAPÚBICA Aspira-se a bexiga distendida com um seringa e agulha acima da sínfise pubiana através da parede abdominal adentrando a bexiga cheia. Complicações são raras. Método usado para culturas anaeróbicas, culturas problemáticas (onde a contaminação não pode ser eliminada) e em crianças.
29 EXAME DE URINA / E.Q.U. Realizam-se três etapas do exame: 1. Exame físico; 2. Exame químico; 3. Exame microscópico.
30 COLETA DE URINA UROCULTURAS
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