Movimento Ficha Verde Movimento Ficha Verde Oficio n 03/2015. Manaus, 30 de abril de 2015.

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1 Movimento Ficha Verde Oficio n 03/2015 Manaus, 30 de abril de A Sua Excelência o Senhor Rafael da Silva Rocha Procurador da República Ref.: PA nº / Cumprimentando-o cordialmente, e em atenção ao oficio N 06/2015/2ºOFCIV/PR/AM em que Vossa Excelência informa sobre o Procedimento de Acompanhamento em epígrafe, autuado para fiscalizar a execução dos compromissos da Agenda Socioambiental para o Desenvolvimento Sustentável do Amazonas e solicita manifestação sobre a resposta do Governador do Estado do Amazonas, cumpre-nos prestar os seguintes esclarecimentos. De início, reafirmamos nossa postura independente, autônoma e apartidária e nosso compromisso em colaborar para o fortalecimento da agenda socioambiental no Amazonas. A resposta dada pelo Governador sobre o planejamento das ações que serão desenvolvidas para adimplir os compromissos assumidos é por nós considerada insuficiente e superficial. A manutenção desta postura ocorre em omissão constitucional em relação ao artigo 225 da constituição federal. O reordenamento e corte de gastos proposto pela reforma administrativa, instituída pela Lei n de 9 de março de 2015, não pode servir de justificativa para o desmantelamento e o enfraquecimento do sistema de proteção ambiental do Amazonas, dado sua pequena participação no orçamento anual do Governo do Estado. No montante total, o corte de gastos sofrido na gestão ambiental representa menos de 0,1% do orçamento do Estado. Não é portanto, necessário e muito menos indispensável para fins de enfrentamento do novo cenário políticoeconômico como afirma a carta do atual governador. Vale lembrar que o sistema de Gestão de Unidades de Conservação do Amazonas foi reconhecido nacional e 1

2 internacionalmente como um ícone de pioneirismo e inovação, e estruturado ao longo de anos de lutas e diálogo entre comunidades tradicionais, a sociedade civil organizada do Amazonas, pesquisadores, estudiosos e atores políticos. Afirmamos ainda que é com o propósito de conservação da Natureza que este Estado possui modelo diferenciado de desenvolvimento, através de um Polo Industrial com privilegiadas isenções fiscais. Promover a conservação da Natureza é, portanto, mas que uma obrigação constitucional, é um investimento estratégico, uma vez que é também a partir de condicionantes ambientais, e de conservação da biodiversidade, que este Estado capta recursos para infraestruturas públicas junto a organismos financeiros internacionais. É inegável que tamanho corte de pessoal e orçamento representam um retrocesso e uma ameaça a conservação, uma vez que o quadro anterior já era insuficiente para dar agilidade à processos de licenciamento, gestão das Áreas Protegidas e execução das políticas públicas junto às comunidades tradicionais residentes em Unidades de Conservação. Essa situação já havia sido denunciada em relatório produzido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em Ao recorrer a convênios e outras formas de terceirização, como regra e não como exceção, para executar programas de governo (que já deveriam ser políticas de Estado) o Governador se exime de sua responsabilidade de zelar pela gestão do patrimônio público. Ainda assim, o governo não esclarece com que estrutura de gestão institucional iria fiscalizar e acompanhar tais convênios e cooperações. A extinta Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDS), mesmo antes à reforma instituída, já apresentava fracos indicadores de sua gestão institucional. O Tribunal de Contas do Estado, órgão da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado, em análise de 2012 sobre a governança das Unidades de Conservação (UC) estaduais já evidenciava a alta dependência de recursos externos e a falta de autonomia do Estado na gestão das áreas públicas como uma grande fragilidade. Ainda nesta mesma análise o TCE, apontou a falta de recursos humanos do Centro Estadual de Unidades de Conservação (CEUC), extinto órgão gestor da UCs do Estado, como uma das principais fragilidades na governança ambiental do Estado. Atualmente, o Departamento Estadual de Mudanças Climáticas e Conservação possui aproximadamente 1 funcionário para fazer a gestão de (1 milhão) de hectares de unidades de conservação. 1 Disponível em 2

3 Não existe um consenso sobre qual o número ideal de funcionários por UC, já que cada UC possui demandas de gestão diferenciadas, de acordo, com o tamanho, localização, acesso, categoria, entre outros. No entanto, é evidente que a média de 1 funcionário por 1 milhão de hectares (ou 10 mil km² ) é insuficiente. Segundo o Ministério do Meio Ambiente 2, o satisfatório seria algo em torno de ha, número ainda bastante superior a países como Costa Rica (2.678 ha/funcionário), EUA (2.125 ha/funcionário) e África do Sul (1.176 ha/funcionário). Cabe destacar ainda que a extinção do Centro Estadual de Mudanças Climáticas (CECLIMA) compromete fundamentalmente a implementação da Política Estadual de Mudanças Climáticas PEMC (Lei 3135/2007). A execução da PEMC já estava comprometida desde sua criação em 2007, conforme Estudo 3 publicado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável (IDESAM, Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Instituto Socioambiental (ISA), Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Com a atual estrutura, entendemos que a situação só tende a piorar. O relatório do TCE foi claro de que antes com a SDS a gestão das UC já era precária, e enumera também outros fragilidades, das quais podemos destacar: A incompatibilidade de recursos financeiros disponibilizados ao CEUC com as necessidades de gestão das UCs; Baixa efetivação para a regularização fundiária das UCs; Deficiência no controle e proteção das UCs no Amazonas; Deficiência dos mecanismos para monitoramento da biodiversidade oriundos do programa de proteção ambiental do Estado; Baixa utilização das UCs do Amazonas como uso público; Baixo acesso das UCs estaduais às políticas públicas. No entanto, nenhum dos problemas evidenciados, bem como as recomendações dadas, foram seguidas pelo governo do Estado desde Com a reforma administrativa instituída, o governo agora promove ações na contramão das indicações feitas. 2 Disponível em 3 Disponível em 3

4 Vale ressaltar que um dos 29 compromissos assumidos publicamente pelo Governador foi o zelar pela integridade das UCs do Estado, sem redução de área e elaborando e implementando os Planos de Gestão até contemplar todo o sistema estadual de UCs. Quanto as UCs citadas pelo Governador em sua reposta ao MPF, a meta de realizar planos de gestão e consolidar conselhos, enfatiza a importância das áreas protegidas, que representam mais de 50% da área do Estado, mas não elucida como se dará a gestão das mesmas com a precária estrutura a que foi reduzida a SEMA. A carta também não define qual será o órgão responsável pela gestão da UCs do Amazonas a partir da extinção do CEUC, como previsto pela Lei Complementar n 53 que criou o Sistema Estadual de UC. Neste intuito, para nós, um dos pontos apresentados pelo Governador e de grande preocupação é a proposta de recategorização das UC estaduais, uma agenda elencada como prioritária para a nova Secretaria de Meio Ambiente (SEMA). A recategorização é apresentada pelo Governador com o argumento de que isso seria feito para atender as necessidades das comunidades, mas a flexibilização do status de proteção de UC podem vir atreladas à uma maior condescendência a atividades de relevante impacto ambiental e social. O MOFV faz parte de uma extensa rede de instituições, que atuam em diversas UCs do Amazonas e, no presente momento, a Sociedade Civil Organizada no Amazonas e as comunidades Tradicionais, através dos diversos Fóruns que tratam do tema, apresentam demanda de reconfiguração de apenas duas Unidades de Conservação. A saber: O Parque Estadual do Rio Negro Setor Norte, que reconfigura seus limites e cria uma RDS adjacente com propostas já amplamente discutidas, estudos realizados e apresentados publicamente através de Grupo de Trabalho do qual fez parte a própria SDS no âmbito dos estudos de licenciamento da construção da Cidade Universitária no Baixo Rio Negro; O Parque Estadual da Serra do Aracá, como proposta de desafetação da Terra Indígena Yanomami e ampliação da UC para o Sul, afim de proteger áreas de relevante interesse para Conservação. Esta demanda também possui estudo técnico consolidado pelo Instituto Socioambiental no âmbito da Rede Rio Negro, comparticipação de organizações governamentais e não governamentais Indígenas e Socioambientais e da Própria SDS através de GT instituído pelo Governo do Amazonas em reunião de conciliação 4

5 acompanhada por este Ministério Público Federal. Além destas demandas de reconfiguração, o que existem de fato são demandas de criação de Unidades de Conservação. Processos parados há mais de cinco anos, como é o caso da Reserva de Desenvolvimento Saracá-Piranga e da Reserva Extrativista do Lago do Mamiá. Outro compromisso assumido pelo Governador foi o de implementar a Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei n 3.167/07) destacando como instrumentos chave a elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos e de Planos de Bacias Hidrográficas, até Esta agenda está sendo destinada à nova Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEPLANCT) órgão que apesar de sua importância, não possui acumulo técnico ou institucional para essa discussão. Vale também ressaltar que devido à iniciativa do MPF, a Justiça Federal do Estado ordenou em março deste ano que a Agência Nacional de Águas (ANA) se abstenha de emitir Declarações de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRDH) para qualquer empreendimento que esteja sendo licenciado na bacia dos rios Solimões e Amazonas enquanto não for instituído o seu Comitê de Bacia e aprovado o Plano de Recursos Hídricos, uma exigência imposta pela Lei das Águas (9.433/97) e que não vem sendo cumprida em nenhuma das bacias hidrográficas do Estado. É importante lembrar que outro compromisso assumido na época da campanha eleitoral pelo Governador foi o de proteger e viabilizar a proteção dos ambientes aquáticos do Estado dos impactos de degradação e poluição de obras de infraestruturas. Quanto ao licenciamento ambiental o Governador se comprometeu a promover a modernização do licenciamento ambiental por meio da implantação de tecnologias informatizadas, com transparência pública dos dados (documentos, relatórios de vistorias dos planos de manejo sustentáveis e imagens de satélite de monitoramento) e agilidade no atendimento às demandas, disponibilizando os processos de forma digital e acessível à sociedade em portal na Internet, reduzindo o período médio de tramite do licenciamento em pelo menos 50% das médias atuais. Este compromisso foi reiterado pela proposta de implementação do SIEAM, um sistema informatizado de tramitação de processo, mas ainda falta clareza sobre a estratégia e prazos para implementação do SIEAM. 5

6 Já em relação a regularização fundiária o Governador assumiu 3 compromissos com o MOFV: Atuar preventivamente na regularização fundiária e no reconhecimento dos direitos à terra, bem como na desapropriação e na conversão em Cotas de Reserva Ambiental (CRA), onde for o caso, prioritariamente nas UCs estaduais, em consonância com as diretrizes de ordenamento fundiário previstas na lei complementar n 53/07 do Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), em pelo menos 10 UCs por ano, até contemplar todo o sistema estadual de UCs; Promover a unificação das bases fundiárias dos órgãos responsáveis até 2016; Acelerar a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) atrelada a incentivos para produtores regularizados ambientalmente, com a meta de 50% das propriedades rurais do estado cadastradas no ao Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) até Em sua reposta o Governador cita apenas a adesão ao SiCAR e a extinção do Instituto de Terras do Amazonas (ITEAM). Cabe destacar que a adesão ao SiCAR já havia sido realizada em 2014, portanto antes da reforma administrativa, atendendo a Lei Federal /2012 e Decreto Federal 7.830/2012. Quanto a extinção do ITEAM, a estrutura para a regularização de terras estaduais no Amazonas está absolutamente incerta e indefinida. Cabe lembrar que diversos processos fundamentais para a gestão de UCs, e licenciamento de atividades pelo IPAAM como agroextrativismo e manejo florestal, projetos de reflorestamento e produção sustentável, entre outros, dependem de pareceres e documentos do ITEAM. Quanto ao setor florestal, o Governador assumiu importantes compromissos: Fortalecer os programas de extensão florestal, com a abertura de no mínimo 04 editais estaduais de extensão florestal até 2018, para complementar a extensão florestal promovida pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM); Implementar a concessão florestal em pelo menos 2 Florestas Estaduais (FLOREST) do Estado; Ampliar em 100% dos créditos da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (AFEAM) para atividades produtivas sustentáveis (florestais, pesqueiras, extrativistas e agroecológicas) até 2016; Ampliar os incentivos tributários para atividades de produção florestal que gerem benefícios sociais, ambientais e econômicos, como a isenção de tributos 6

7 estaduais, incluindo o ICMS; Implementar o Programa de Reposição Florestal do Estado, e para tanto alterar o Decreto Estadual n /12, que permita a abertura de edital de reflorestamento e silvicultura para instituições aptas. Abrir pelo menos um edital por ano. Em sua carta de resposta, o Governador cita em seu planejamento apenas a parte relativa à assistência técnica, com a continuidade do projeto de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Conservação da Floresta Tropical no Estado do Amazonas (PROFLORAM), com atividades de assistência técnica rural e florestal, registro do CAR, distribuição de mudas, implementação de Sistemas Agro Florestais e estudos para fortalecimento dos sistemas estaduais e municipal de meio ambiente. O projeto beneficia mil produtores rurais em 12 municípios do Estado, através da cooperação financeira com Governo da Alemanha. Cita também as atividades do IDAM e da Agencia de Desenvolvimento Sustentável (ADS), ambos na Secretaria de Produção Rural (SEPROR). No entanto, a dissociação da agenda ambiental da de produção sustentável, além de gerar desafios e ineficiências gerencias e administrativas, pode ser considerada uma enorme ameaça à integridade socioambiental. As políticas de produção agrícola como vem sendo conduzidas no Amazonas não são sinônimo de sustentável e, pelo contrário, têm se mostrado pouco eficientes em promover a agricultura, o extrativismo e o manejo florestal em prol do desenvolvimento socioeconômico do Estado. As atividades de assistência técnica e extensão florestal através do IDAM, e das ações de desenvolvimento sustentável, por meio da ADS para a SEPROR são extremamente deficientes e insuficientes. A produção florestal, agroflorestal e extrativista contribuem de forma quase insignificante para a economia do Estado. O Amazonas é o estado que detém a maior cobertura florestal do Brasil e aproveita muito pouco suas riquezas. O Amazonas é apenas o 5 o colocado no ranking de produção florestal entre os 9 estados da Amazônia Legal. Os produtos e serviços ambientais do Amazonas deveriam estar sendo usados para conservar nossas florestas e gerar renda e qualidade de vida para a população. Deve-se observar com atenção a agenda de fomento aos arranjos produtivos e da sociobiodiversidade. Atualmente o trabalho do IDAM de fomento ao uso de defensivos e adubos químicos e sementes modificadas têm gerado grande e irrecuperável perda à agrobiodiversidade deste Estado. Em relação ao manejo florestal, o cenário real está longe do mundo ideal 7

8 apresentado na carta resposta. Em 2011 o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) realizou o Diagnóstico Florestal do Estado 4, e evidenciou alguns pontos críticos em relação ao manejo florestal, como o longo período para o licenciamento e para renovação de licença e o alto número de processos com pendências durante o licenciamento. A burocracia exagerada gera um alto custo e acaba incentivando a produção de madeira ilegal. Entre as sugestões de aprimoramento estavam atividades como ajustar os processos de licenciamento florestal, aumentar equipe de licenciamento, instrumentalizar o órgão e integrar o licenciamento à política do Amazonas para promoção e ordenamento do potencial florestal local. Bem como ter uma maior atuação da assistência técnica florestal através de convênios com instituições melhor qualificadas. Outro compromisso assumido pelo Governador, e que em parte é abrangido pelas atividades do Profloram, é o fortalecimento das Secretarias Municipais de Meio Ambiente de pelo menos 50% dos municípios do Estado, para que sejam capazes de assumir a gestão ambiental, incluindo o licenciamento de empreendimentos locais. Em nosso conhecimento, a execução do projeto encontra-se com cronograma extremamente defasado e nenhuma atividade está sendo realizada para a descentralização e fortalecimento da gestão ambiental nas Secretarias Municipais abrangidas pelo projeto. Quanto aos resíduos sólidos, a resposta apresenta pelo governador é de que estão analisando viabilidade de estabelecer um plano de apoio para construção de aterros sanitários. Vale ressaltar que a Politica Estadual de Resíduos Sólidos, (12.305/10), definiu que o prazo máximo para extinção dos lixões a céu para o ano de Dos 64 municípios do Estado apenas Manaus conta com um aterro sanitário. Esta é uma responsabilidade compartilhada entre Estado e municípios, e a proposta apresentada pelo Governador é insuficiente e superficial. Somado a isto, o Governador assumiu o compromisso publico de Garantir a construção, operação e manutenção de pelo menos 1 Centro de Compostagem e ou usinas de biogás na área urbana e 1 na área rural do Estado, para a coleta e aproveitamento de resíduos orgânicos dos açougues, frigoríficos, peixarias, matadouros, feiras, dentre outros, com parcerias da sociedade civil e empresas. Nenhuma proposta foi feita neste sentido. 4 Disponível em 8

9 Um último ponto de destaque vale ser dado às populações tradicionais do Estado. Em sua resposta o Governador argumenta que a Manutenção, resgate e valorização do conhecimento tradicional estão assegurados na atuação da secretaria especifica, sendo esta a Secretaria de Justiça e Diretos Humanos (SEJUS). Antes, este setor importante setor da sociedade amazonense estava representado, através de seu Conselho, dentro da SDS. Com a reforma o Conselho foi transferido para a SEJUS, perdendo dessa forma o seu caráter inovador, de produção sustentável, de valorização do conhecimento tradicional destas populações e de sua relação com a floresta, para um caráter de mero assistencialismo. É necessária uma atenção especial à esta agenda dos movimentos sociais ligada ao extrativismo. Essa população tem peculiaridades que requer uma interlocução no governo com elevada sensibilidade e capacidade institucional para o diálogo. A ida dessa agenda para a SEJUS dificultará a agenda de inclusão produtiva das populações tradicionais do Amazonas. Outros dois compromisso assumidos foram a adoção de boas práticas socioambientais em todas as obras de infraestrutura do Governo, considerando os aspectos de responsabilidade socioambiental e o planejamento contido nos planos diretores e criar um programa de compras governamentais focado em produtos da floresta (madeira, castanha, óleos, frutos, etc.), bem como garantir a utilização de madeira oriunda de planos de manejo florestal em todas as obras do governo estadual. Destes, as boas práticas na construção de infraestrutura é uma das metas propostas pela Agenda Ambiental da Administração Pública - A3P. Sentimos uma extrema ausência de envolvimento da sociedade civil e de organizações e movimentos sociais na construção desse processo, que deve ser mais participativo e transparente. Nos falta detalhes de como será implementada essa agenda A3P. 12 compromissos assumidos pelo Governador não se encontram, de forma alguma, referenciados na resposta, são eles: 1. Realizar concurso público com o objetivo de aumentar em pelo menos 50% o quadro técnico permanente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) 2. Implementar o uso de tecnologias avançadas e apropriadas para facilitar o monitoramento do uso da terra e das florestas. 9

10 3. Criar o Fundo Estadual de Compensação Ambiental até o final de Definir, com a participação da sociedade, os mecanismos para viabilizar o pagamento de pelo menos 50% dos valores previstos para as Compensações Ambientais, anualmente, nas UCs. 4. Construir uma rede estruturada e integrada de transporte coletivo e nãomotorizado em Manaus, com a implementação de pelo menos 10 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorotas por ano na cidade e estacionamentos de bicicletas (conhecidos como bicicletários), próximos aos terminais de ônibus existentes em Manaus. 5. Apoiar a consolidação dos Planos Diretores Municipais que incluam planos setoriais com previsão orçamentária em todos os municípios e que privilegiem os seguintes temas: recuperação dos igarapés urbanos, ampliação e manutenção dos corredores ecológicos, arborização urbana, mobilidade, macrodrenagem, acessibilidade, saneamento básico e alinhamento de passeio. 6. Apoiar a arborização, a criação e a manutenção de áreas verdes, com comprovada influência sobre o clima, na cidade de Manaus e em pelo menos 25 dos municípios do interior. 7. Promover o aumento da conectividade dos fragmentos florestais urbanos dos complexos de remanescentes florestais denominados "Bacia do Mindú", "Tarumã-Ponta Negra" e "Distrito Industrial", até 2016 como forma de garantir a qualidade de vida e a proteção de espécies ameaçadas, entre elas o macaco sauim-de-coleira. 8. Criar programas de educação adaptados à realidade local e desenvolver um programa educacional de conteúdo regionalizado em seus aspectos ecológicos, culturais, históricos, geográficos e sociais em Manaus e em pelo menos 10 munícipios do interior. 9. Incentivar a implementação da geração de energia em bases renováveis em pelo menos 2 municípios do Estado por ano, visando à diversificação da matriz energética. 10. Realizar a regulamentação da lei estadual n 3.803, de 29 de agosto de 2012 (lei dos agrotóxicos) em E estabelecer uma Política Estadual para redução do uso de agrotóxicos até

11 11. Incentivar a produção orgânica e a valorização da diversidade regional e ampliar a divulgação e o número das feiras de produtos orgânicos nos municípios da região metropolitana de Manaus em 100%. 12. Apoiar a criação, de instrumentos jurídicos, administrativos e financeiros para a implementação dos municípios verdes, incluindo a regulamentação do ICMS ecológico no Amazonas até Por fim vale terminar este documento com a transcrição da fala do Governador em entrevista 5 dada para o Movimento Ficha Verde na época da campanha eleitoral. "Nosso governo tem uma proposta filosófica que é a sustentabilidade. No nosso governo nenhum projeto será aprovado sem ter a sustentabilidade como filosofia. E para isso nós precisamos fortalecer aqueles que nos ajudam a manter a pratica dessa filosofia. Portanto precisamos fortalecer institucionalmente o IPAAM e a SDS, de um lado a SDS formulando as políticas corretas, e de outro lado o IPAAM aplicando na pratica essas políticas. (...) No meu governo iremos fazer um trabalho muito próximo muito e harmônico com as aquelas instituições não governamentais que pensam que o desenvolvimento tem de ser sustentável. As políticas públicas formuladas pelo nosso governo não serão feitas em gabinetes acarpetados, nem pelo nosso próprio pessoal, mas sim em reuniões de entendimento de conhecimento a partir da sociedade civil organizada". Sendo assim, reiteramos nossa disposição, desde sempre estabelecida, de contribuir com o Governo do Estado para a construção de uma forte e duradoura agenda socioambiental para o Amazonas. No entanto, esse diálogo deve ser aberto e conduzido com seriedade e participação da sociedade, aspectos que nunca estiverem presentes neste mandato assumido pelo Governador José Melo. 5 Também disponível no link 11

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