Curso Direito Tributário - Teoria e Exercícios AFRF (ESAF) Professor Alberto Macedo

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1 Conteúdo 1. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL E ACESSÓRIA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA NÃO DEMANDA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL FATO GERADOR SITUAÇÃO DE FATO E SITUAÇÃO JURÍDICA DESCONSIDERAÇÃO DE ATOS OU NEGÓCIOS JURÍDICOS INTERPRETAÇÃO DA DEFINIÇÃO LEGAL DO FATO GERADOR SUJEIÇÃO ATIVA DESMEMBRAMENTO TERRITORIAL SUJEIÇÃO PASSIVA CONTRIBUINTE E RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO SUJEITO PASSIVO DA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA CONVENÇÕES PARTICULARES SOLIDARIEDADE CAPACIDADE TRIBUTÁRIA PASSIVA DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

2 1. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PRINCIPAL E ACESSÓRIA Art A obrigação tributária é principal ou acessória. 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. Art Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. A lei prevê o fato gerador abstrato (= hipótese de incidência tributária). Por exemplo, prestar serviço, no caso do ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza). É a esse fato gerador abstrato que o art.114, CTN, se refere quando diz fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Se ocorrer de, no caso concreto, a empresa INFO Ltda (INFO) ter prestado serviço de consultoria em informática, ela realizou o fato gerador concreto (FATO DA VIDA) correspondente àquela hipótese de incidência. É a esse fato gerador concreto que o art.113, 1º, CTN, se refere quando diz A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador. Ocorrendo o fato gerador concreto, nasce, então, uma relação jurídica tributária entre INFO (sujeito passivo) e o Município (sujeito ativo), uma 2

3 obrigação tributária, em que para INFO surge o dever de pagar o ISS, e para o Município o direito de exigir o mesmo ISS. Sujeitos da obrigação tributária (relativa ao ISS): Sujeito Ativo é a pessoa credora da relação jurídica, que tem direito de exigir o pagamento da prestação pecuniária: o Município. Sujeito Passivo é a pessoa obrigada ao pagamento da prestação pecuniária: INFO (prestadora de serviço). Objeto da obrigação tributária principal: prestação pecuniária de pagar o ISS. Se houver multa, ela também é objeto da obrigação principal. Pelo Direito Civil, as obrigações se classificam em: (i) obrigação de dar; (ii) obrigação de fazer; e (iii) obrigação de não fazer. No Direito Tributário: PAGAMENTO DE TRIBUTO OU MULTA: A obrigação de dar é sempre a de dar dinheiro (pecuniária), em que o sujeito passivo é obrigado a entregar dinheiro ao Estado a título de tributo e/ou multa. PRESTAÇÃO POSITIVA: A obrigação de fazer, no Direito Tributário, pode ser, por exemplo, a de o sujeito passivo ser obrigado a escriturar livros fiscais, bem como a de entregar declarações tributárias ao Fisco. PRESTAÇÃO NEGATIVA: A obrigação de não fazer, no Direito Tributário, pode ser aquela imposta ao contribuinte de não vedar o acesso da fiscalização aos seus livros fiscais, por exemplo. OBRIGAÇÃO PRINCIPAL Pagamento do Tributo ou da Penalidade Pecuniária OBRIGAÇÃO DE DAR OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA Prestação Positiva ou Negativa OBRIGAÇÃO DE FAZER OU DE NÃO FAZER 3

4 LEI: se prestar serviço, deverá pagar ISS OBRIGAÇÃO PRINCIPAL FATO GERADOR CONCRETO DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL: INFO prestou serviço de consultoria em informática INFO deve pagar o ISS ao Município INFO deve pagar multa de R$100 ao Município Inobservância da obrigação acessória FATO GERADOR CONCRETO DA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA: INFO é prestadora de serviço OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA: INFO deve entregar a declaração mensal ao Fisco LEGISLAÇÃO: prestador de serviço deve entregar declaração mensal ao Fisco, senão, multa de R$100 4

5 1.1. OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA NÃO DEMANDA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL No direito civil, a existência do acessório supõe a existência do principal. Por exemplo, se alguém constrói em terreno alheio, perde, em proveito do proprietário, a construção. No direito tributário, não se aplica essa regra. Por exemplo, uma pessoa que goze da imunidade tributária prevista no art.150, VI, c, CF88, não está dispensada de cumprir a obrigação acessória de manter escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão, conforme preceitua o art.14, III, CTN. Também pode uma pessoa imune ser responsável pela retenção na fonte de tributos devidos por outras pessoas que com ela mantenham relação econômica, e com isso ter de prestar declarações sobre esses tributos ao Fisco. 5

6 OUTRO DIAGRAMA, QUE VAI ATÉ A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ESSA CONSTITUIÇÃO SERÁ VISTA NA AULA 10. Lei prevê a hipótese de incidência João realiza o fato gerador Surge a obrig. tributária = tributo Lei prevê que contribuinte tem que constituir e pagar o crédito tributário João não constitui e nem paga no prazo o crédito tributário Surge a obrig. tributária = multa por atraso Legislação prevê que contribuinte tem que entregar declaração João não entrega a declaração Surge a obrig. tributária = multa por não entrega da declaração Fiscal descobre, e faz o lançamento do tributo e das multas Nasce o crédito tributário = tributo + multas 6

7 01- (FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS SEFA PA 2002 ESAF) De acordo com o Código Tributário Nacional, a obrigação que surge com a ocorrência do fato gerador e tem por objeto o pagamento de penalidade pecuniária é denominada: (A) indireta (B) secundária (C) punitiva (D) acessória (E) principal Art.113, 1º, CTN. GABARITO: E 02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Sobre a obrigação tributária principal e acessória e sobre o fato gerador do tributo, assinale a opção correta. (A) Segundo o Código Tributário Nacional, a obrigação de pagar multas e juros tributários constitui-se como obrigação acessória. (B) A obrigação acessória, quando não observada, converte-se em obrigação principal somente em relação à penalidade pecuniária. (C) A existência de uma obrigação tributária acessória pressupõe a existência de uma obrigação tributária principal. (D) A instituição de obrigação acessória, com a finalidade de dar cumprimento à obrigação principal, deve atenção ao princípio da estrita legalidade. (E) No Sistema Tributário Nacional, admite-se que a obrigação de fazer, em situações específicas, seja considerada obrigação tributária principal. (A) ERRADA. Segundo o Código Tributário Nacional, qualquer prestação pecuniária é obrigação principal (art.113, 3º, CTN). (B) CORRETA. (art.113, 3º, CTN). (C) ERRADA. No direito tributário, A existência de uma obrigação tributária acessória NÃO pressupõe a existência de uma obrigação tributária principal. 7

8 (D) ERRADA. A instituição de obrigação acessória NÃO deve atenção ao princípio da estrita legalidade. A obrigação acessória decorre da legislação tributária (art.113, 2º, CTN). (E) ERRADA. No Sistema Tributário Nacional, a obrigação de fazer não é considerada obrigação tributária principal. GABARITO: B 03- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1998 ESAF) A multa por descumprimento de obrigação acessória relativa ao imposto de renda (A) tem a natureza de tributo, por converter-se em obrigação tributária principal o descumprimento de obrigação acessória (B) tem a natureza de imposto, porque sua natureza específica é dada pelo respectivo fato gerador (C) não tem a natureza de tributo, mas a de uma obrigação tributária acessória (D) não tem a natureza de tributo por constituir sanção de ato ilícito (E) não tem natureza tributária porque a penalidade por descumprimento de obrigação acessória é de caráter administrativo (A) ERRADA. A multa mantém a natureza de sanção (e não de tributo), apesar o descumprimento de obrigação acessória convertê-la em obrigação tributária principal (Art.3º, CTN). (B) ERRADA. tem a natureza de imposto, porque sua natureza específica é dada pelo respectivo fato gerador (C) ERRADA. não tem a natureza de tributo (art.3º, CTN), mas a de uma obrigação tributária acessória PRINCIPAL (art.113, 3º, CTN). (D) CORRETA. (Art.3º, CTN). (E) ERRADA. não tem natureza tributária porque É SANÇÃO DE ATO ILÍCITO (art.3º, CTN). GABARITO: D 04- (TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 2006 ESAF) Sobre a obrigação tributária acessória, é incorreto afirmar-se que 8

9 (A) tal como a obrigação principal, supõe, para o seu surgimento, a ocorrência de fato gerador. (B) tem por objeto prestações positivas previstas na legislação tributária. (C) objetiva dar meios à fiscalização tributária para a investigação e o controle do recolhimento de tributos. (D) sua inobservância converte-se em obrigação principal, relativamente a penalidade pecuniária. (E) realizar matrícula no cadastro de contribuintes, emitir nota fiscal e apresentar declarações ao Fisco constituem, entre outros, alguns exemplos. (A) CORRETO. Sempre tem de haver um fato para gerar a obrigação, qualquer que seja ela. (B) INCORRETO. Tem por objeto prestações positivas E NEGATIVAS previstas na legislação tributária. (C) CORRETO. A instituição de obrigações acessórias é fundamental para a fiscalização do cumprimento das obrigações principais. (D) CORRETO. Art.113, 3º, CTN. (E) CORRETO. Todas essas contribuem para a atividade de fiscalização do Fisco. GABARITO: B 05- (AUDITOR DE TRIBUTOS MUNICIPAIS FORTALEZA CE 1998 ESAF) Em matéria de impostos não é preciso lei para estabelecer (A) as hipóteses de compensação e transação (B) a cominação de penalidades (C) as obrigações tributárias acessórias (D) a dispensa de penalidades (E) a fixação da base de cálculo (A) QUALQUER HIPÓTESE DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO TEM QUE SER ESTABELECIDA POR LEI (art.97, VI, CTN). (B) Cominação de penalidades, SÓ POR LEI (art.97, V, CTN). 9

10 (C) As obrigações tributárias acessórias DECORREM DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA (art.113, 2º, CTN). (D) Dispensa de penalidades, SÓ POR LEI (art.97, VI, CTN). (E) Fixação da base de cálculo, SÓ POR LEI (art.97, IV, CTN) GABARITO: C 10

11 2. FATO GERADOR Fato Gerador Art Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Art Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO PRINCIPAL LEI Situação NECESSÁRIA E SUFICIENTE à sua ocorrência FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA LEGISLAÇÃO Situação que impõe PRÁTICA ou ABSTENÇÃO de ato QUE NÃO CONFIGURE OBRIGAÇÃO PRINCIPAL 06- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2012 ESAF ADAPTADA) Sobre as obrigações tributárias acessórias, assinale a opção incorreta. (A) As multas aplicadas pela Receita Federal do Brasil, decorrentes do descumprimento de obrigação acessória, detêm caráter tributário e são incluídas nos programas de parcelamentos de débitos fiscais. (B) O gozo de imunidade ou de benefício fiscal não dispensa o seu titular de cumprir as obrigações tributárias acessórias a que estão obrigados quaisquer contribuintes. (C) Parte da doutrina entende faltar às obrigações acessórias o conteúdo dimensível em valores patrimoniais, pelo que as entende como deveres instrumentais ou formais. (D) O cumprimento, por determinado sujeito, de obrigação acessória, não o condiciona à obrigação tributária principal. (E) A criação de obrigação acessória sem a específica e expressa autorização legal importa em usurpação da competência legislativa do Poder Legislativo. 11

12 (A) CORRETO. CONFORME ART.113, 3º, CTN: 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. ASSIM, O CRÉDITO TRIBUTÁRIO CORRESPONDENTE ABRANGE AS PENALIDADES PECUNIÁRIAS. (B) CORRETO. CONFORME, POR EXEMPLO, O ART.175, PARÁGRAFO ÚNICO, CTN, SOBRE A ISENÇÃO: A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente. (C) CORRETO. REPRESENTANTE DESSA DOUTRINA É O PROF. PAULO DE BARROS CARVALHO. DE FATO, HÁ OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS QUE NÃO SE CONSUBSTANCIAM EM PECÚNIA, POR EXEMPLO, O DEVER DE ENTREGAR UMA DECLARAÇÃO, AINDA QUE NÃO DEVA O SUJEITO PAGAR QUALQUER TRIBUTO. (D) CORRETO. UM EXEMPLO DESSA AFIRMAÇÃO É O DEVER DE ENTREGAR A DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SEM TER QUALQUER VALOR RELATIVO A OBRIGAÇÃO PRINCIPAL DESSE IMPOSTO A SER PAGO. (E) INCORRETO. FATO GERADOR DA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA DECORRE DA LEGISLAÇÃO E NÃO SOMENTE DA LEI (ART.115, CTN). GABARITO: E 07- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002 ESAF) Avalie as afirmações abaixo e marque a opção que corresponda, na devida ordem, ao acerto ou erro de cada uma (V ou F, respectivamente). 1- Multa decorrente de obrigação acessória constitui obrigação principal. 2- Se a lei impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está a impor-lhes uma obrigação tributária acessória e a simples situação de fato que a lei considera relevante para impor a abstenção já é considerada fato gerador dessa obrigação. 3- Quando um sujeito passivo não está sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informações ao fisco sobre matéria de interesse da fiscalização, esta é sua obrigação tributária principal. (A) V, V, V (B) V, V, F (C) V, F, F (D) F, F, F (E) F, F, V 12

13 1- VERDADEIRA. (art.113, 3º, CTN). 2- VERDADEIRA. Se a lei impõe a determinados sujeitos que não façam alguma coisa, está a impor-lhes uma obrigação tributária acessória (art.113, 2º, CTN) e a simples situação de fato que a lei considera relevante para impor a abstenção já é considerada fato gerador dessa obrigação (art.115, CTN). 3- FALSA. Quando um sujeito passivo não está sujeito ao imposto, mas apenas a prestar informações ao fisco sobre matéria de interesse da fiscalização, esta é sua obrigação tributária principal ACESSÓRIA. É UMA PRESTAÇÃO POSITIVA, NOS TERMOS DO ART.113, 2º, CTN. GABARITO: B 08- (AGENTE-AUXILIAR-ARRECADADOR TRIBUTÁRIO SEFAZ PI 2001 ESAF) O principal efeito produzido pelo fato gerador é o de: (A) propor a aplicação da penalidade cabível. (B) identificar o momento em que nasce a obrigação tributária. (C) quantificar o montante do tributo devido. (D) determinar a matéria tributável. (E) identificar o sujeito passivo da obrigação tributária. AS ALTERNATIVAS A, C, D E E SÃO ELEMENTOS DO PROCEDIMENTO DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO, EFETUADO PELA AUTORIDADE COMPETENTE, NOS TERMOS DO ART.142, CTN, COMO VEREMOS NA AULA 10: Art Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 13

14 O FATO GERADOR IDENTIFICA O MOMENTO DO SURGIMENTO DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (art.113, 1º, CTN). GABARITO: B 2.1. SITUAÇÃO DE FATO E SITUAÇÃO JURÍDICA Art Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios; II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. [...] O Fato Gerador como Situação de Fato Situação de Fato = é uma situação originada de algum ato ou negócio jurídico, mas não importando esse ato ou negócio jurídico, e sim a realização dessa situação, para fins jurídico-tributários, no caso, para fins de ocorrência do fato gerador. Por exemplo: Imposto de Importação (II) - a situação de fato relevante eleita pela lei tributária, normalmente, é a entrada do produto ou mercadoria estrangeira no território nacional. ICMS e IPI a situação de fato relevante eleita pela lei tributária, normalmente, é a saída do produto ou mercadoria do estabelecimento. ISS a situação de fato relevante eleita pela lei tributária, normalmente, é a prestação do serviço. Essas situações de fato, embora sempre decorram de negócios jurídicos (contratos de compra e venda, no caso do produto ou mercadoria; ou contratos de prestação de serviço), não se confundem com eles. 14

15 Então, nessas hipóteses, têm que se verificar as circunstâncias materiais dessas situações de fato para que se considerem ocorridos os respectivos fatos geradores. Ou seja, não basta a assinatura do contrato de compra e venda do produto ou mercadoria para ocorrer o fato gerador do II, do ICMS ou do IPI; ou do contrato de prestação de serviço para ocorrer o fato gerador do ISS. São necessárias as respectivas situações de fato: entrada no território nacional (II), saída do estabelecimento (ICMS ou IPI) e prestação de serviço (ISS) O Fato Gerador como Situação Jurídica Situação Jurídica = é uma situação inerente a algum ato ou negócio jurídico regulado por outro ramo do direito. Por exemplo: ITBI a situação jurídica eleita pelo legislador foi a transmissão do imóvel, desde que definitivamente constituída nos termos do direito civil. Assim, ela se inicia com a escritura pública de compra e venda do imóvel (art.108, CC), e se constitui definitivamente, nos termos do direito civil, com o registro dessa escritura pública (título translativo) no Registro de Imóveis (arts.1227 e 1245, CC). Repare que o CTN ainda deixou certa margem de discricionariedade para o legislador atuar na definição do momento da ocorrência do fato gerador do tributo ao prever um salvo disposição de lei em contrário. É por isso que é comum se ver lei municipal prevendo a ocorrência do fato gerador do ITBI na escritura pública de compra e venda, e não no registro dessa escritura no Registro de Imóveis Atos ou Negócios Jurídicos Condicionais Art Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: 15

16 I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. Definição de CONDIÇÃO no Código Civil: Art Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto. CONDIÇÃO TERMO Evento FUTURO e INCERTO Evento FUTURO e CERTO Exemplo de condição: se você for aprovado no vestibular, dar-te-ei um carro. Exemplo de termo: no seu próximo aniversário, dar-te-ei um carro. 16

17 CONDIÇÃO SUSPENSIVA Ato ou negócio jurídico é perfeito e acabado......desde o momento do implemento da sua condição RESOLUTÓRIA ou RESOLUTIVA...desde o momento da prática do ato ou celebração do negócio Exemplo de condição SUSPENSIVA: Pai diz para o filho: Prometo doar-te um carro se você for aprovado no vestibular, e faz um contrato de doação inserindo essa cláusula no contrato. O ITCMD só vai incidir se houver o implemento dessa condição: aprovação no vestibular. Exemplo de condição RESOLUTÓRIA: Ao ver o filho aprovado no vestibular, o pai resolve fazer um contrato de doação de um carro a ele, mas com uma condição resolutória: se o filho desistir no meio do curso de graduação, extingue-se a doação. Do ponto de vista do direito tributário, essa condição resolutória é irrelevante, porque, aqui, a doação reputa-se perfeita e acabada desde o momento da sua celebração, para fins de incidência do ITCMD. 09- (AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS TERESINA PI 2001 ESAF) O fato gerador da obrigação tributária é determinante para o estabelecimento da natureza jurídica do(da) (A) crédito tributário (B) lançamento (C) sujeito passivo (D) tributo (E) dívida ativa 17

18 Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. GABARITO: D 10- (AGENTE DE FAZENDA DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 2010 ESAF) Em relação ao fato gerador da obrigação tributária, é incorreto afirmar que: (A) fato gerador instantâneo é aquele que se realiza em um único ato ou contrato ou operação realizada que, uma vez realizada no mundo real, implica a realização de um fato gerador. Repete-se tantas vezes quantas essas situações materiais se repetirem no tempo. (B) no fato gerador continuado, sua realização se dá de forma duradoura, podendo manter-se estável ao longo do tempo; nele, a matéria tributável tende a permanecer, existindo hoje e amanhã. (C) fato gerador periódico é aquele cuja realização se põe ao longo de um espaço de tempo; não ocorre hoje ou amanhã, mas sim durante um longo período de tempo, ao término do qual se valorizam diversos fatos isolados que, somados, aperfeiçoam o fato gerador do tributo. (D) fato gerador é qualquer manifestação positiva e concreta da capacidade econômica das pessoas, observada pelo legislador tributário, que a ele atribui qualidade bastante para provocar o nascimento da obrigação tributária principal, quando se verificar, na prática, a sua ocorrência. (E) no plano de uma classificação dos fatos jurídicos, o fato gerador, após a incidência, pode ser classificado como sendo um negócio jurídico. (A) CORRETO. fato gerador INSTANTÂNEO é aquele que se realiza em um único ato ou contrato ou operação realizada que, uma vez realizada no mundo real, implica a realização de um fato gerador. Repete-se tantas vezes quantas essas situações materiais se repetirem no tempo. EXEMPLO: II, IE, ICMS, IPI, ISS. (B) CORRETO. no fato gerador CONTINUADO, sua realização se dá de forma duradoura, podendo manter-se estável ao longo do tempo; nele, 18

19 a matéria tributável tende a permanecer, existindo hoje e amanhã. EXEMPLO: IPTU, ITR. (C) CORRETO. fato gerador PERIÓDICO é aquele cuja realização se põe ao longo de um espaço de tempo; não ocorre hoje ou amanhã, mas sim durante um longo período de tempo, ao término do qual se valorizam diversos fatos isolados que, somados, aperfeiçoam o fato gerador do tributo. EXEMPLO: IMPOSTO DE RENDA. (D) CORRETO. fato gerador é qualquer manifestação positiva e concreta da capacidade econômica das pessoas, observada pelo legislador tributário, que a ele atribui qualidade bastante para provocar o nascimento da obrigação tributária principal, quando se verificar, na prática, a sua ocorrência. O FATO GERADOR DO IMPOSTO FOI ELENCADO PELO LEGISLADOR PARA ESTAR NA LEI (FATO GERADOR ABSTRATO) PORQUE PRESSUPÕE A EXISTÊNCIA DE RIQUEZA POR PARTE DAQUELE QUE REALIZA O FATO. REALIZADO O FATO (FATO GERADOR CONCRETO), SURGE A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. (E) INCORRETO. no plano de uma classificação dos fatos jurídicos, o fato gerador, após a incidência, pode ser classificado como sendo um negócio jurídico DEIXA DE SER UM ATO JURÍDICO OU NEGÓCIO JURÍDICO, PASSANDO A SER UM FATO JURÍDICO TRIBUTÁRIO. GABARITO: E 2.2. DESCONSIDERAÇÃO DE ATOS OU NEGÓCIOS JURÍDICOS Antes de tratar desse dispositivo, apresentemos três conceitos a respeito do tema: (i) ELISÃO FISCAL É uma forma lícita de que o contribuinte se vale para reduzir sua carga tributária, fazendo-se enquadrar numa legislação mais benéfica. Exemplos: (i.1) Pessoa jurídica, empresa de pequeno porte, que, fazendo as contas, percebe que é mais vantajoso, em termos de carga tributária, aderir ao regime Simples Nacional (LC 123/2006). (i.2) Pessoa jurídica que possuindo receita total, no ano-calendário anterior, de até R$ ,00 resolve aderir ao sistema do lucro presumido 19

20 (cumprindo os demais requisitos), em que a base de cálculo do Imposto de Renda será um percentual definido em lei sobre a receita total da pessoa jurídica. Em troca, ela fica desobrigada de diversas obrigações acessórias relativas à apuração do lucro real, que dá muito mais trabalho para ser calculado. Se fizer as contas adequadamente, o lucro contábil dela, para fins empresariais (e não tributários) poderá até ser superior que o lucro presumido, tendo assim um ganho tributário lícito. (ii) ELUSÃO FISCAL É uma maneira de o contribuinte estruturar sua atividade negocial de forma pouco comum, pouco usual, com o único propósito de economizar tributos; apesar de, observando os atos em si, considerados isoladamente, não haver qualquer ilicitude neles. Exemplos: (ii.1) Determinado técnico de futebol famoso era contratado por um clube de futebol, como profissional autônomo, pessoa física, para prestar seus serviços profissionais. O problema é que ele pagava 27,5% de imposto de renda (alíquota progressiva). Resolve, então, para reduzir a tributação do IR, abrir uma sociedade civil com sua esposa em que o objeto social da empresa é a prestação de serviços profissionais de técnico de futebol, havendo cláusula no contrato social dizendo que as atividades serão prestadas somente por este técnico. A Receita Federal desconsiderou a pessoa jurídica e o autuou como pessoa física alegando que a estrutura do negócio não tinha substância, sendo única e exclusivamente para economizar tributo. (ii.2) José quer comprar o imóvel de André, por R$ ,00. Mas, para não ter que pagar o ITBI, eles se valem da imunidade do ITBI na integralização do capital social de pessoa jurídica com imóveis (art.156, 2º, I, CF88) e constituem uma sociedade em que a participação de cada um no capital social é de R$ ,00. José vai integralizar a sua parte em dinheiro (R$ ,00), e André vai integralizar a sua parte com o imóvel (imunidade) que vale R$ ,00. Dias depois, eles resolvem extinguir a sociedade, estipulando, no distrato social, que José ficará com o imóvel, e André com o dinheiro. 20

21 No final das contas, o que houve foi que, antes, José tinha o dinheiro e André o imóvel; depois, José ficou com o imóvel e André com o dinheiro, resultado equivalente ao de uma compra e venda. O Fisco municipal desconsiderou a operação e autuou José (adquirente do imóvel) para pagar o ITBI devido, alegando abuso de forma. (iii) EVASÃO FISCAL É a redução de carga tributária de forma ilícita, por parte do contribuinte. Exemplo: (iii.1) Contribuinte pessoa jurídica vende mercadorias mas em vez de emitir notas fiscais, só emite recibos, e não registra na escrituração contábil. Ninguém tem dúvida de que a elisão fiscal é lícita e a evasão fiscal é ilícita. O problema é a elusão fiscal, que fica numa zona cinzenta entre a primeira e a última. É por causa dela que veio, introduzido no CTN pela LC 104/2001, o parágrafo único do art.116, CTN: Art.116, Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Esta norma é o que a doutrina denomina NORMA GERAL ANTI-ELISIVA, apesar de o nome mais correto ser norma geral anti-elusiva, pelo fato de a elisão fiscal ser, em princípio, lícita. Mas como a doutrina já consagrou o primeiro nome, é ele que adotaremos. Com ela, quis o legislador que situações aparentemente lícitas, mas que tinham somente o objetivo de reduzir carga tributária, pudessem ser desconsideradas para fins tributários. 21

22 Há muita discussão sobre sua aplicabilidade, já que seu trecho final dá a entender que, para ser aplicada, ela necessitaria ser regulamentada por lei ordinária, mas o tema não está pacificado Desconsideração e não Desconstituição Repare que o dispositivo fala em DESCONSIDERAR e não desconstituir. Isso quer dizer que a estrutura negocial engendrada pelo contribuinte se mantém para os efeitos do direito privado, sendo que a autoridade administrativa vai desconsiderá-la somente para fins tributários, tributando a operação como se na forma normal tivesse sido constituída. Nesse sentido, foi o RMS BA: ADMINISTRATIVO. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. LICITAÇÃO. SANÇÃO DE INIDONEIDADE PARA LICITAR. EXTENSÃO DE EFEITOS À SOCIEDADE COM O MESMO OBJETO SOCIAL, MESMOS SÓCIOS E MESMO ENDEREÇO. FRAUDE À LEI E ABUSO DE FORMA. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA NA ESFERA ADMINISTRATIVA. POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA E DA INDISPONIBILIDADE DOS INTERESSES PÚBLICOS. - A constituição de nova sociedade, com o mesmo objeto social, com os mesmos sócios e com o mesmo endereço, em substituição a outra declarada inidônea para licitar com a Administração Pública Estadual, com o objetivo de burlar à aplicação da sanção administrativa, constitui abuso de forma e fraude à Lei de Licitações Lei n.º 8.666/93, de modo a possibilitar a aplicação da teoria da desconsideração da personalidade jurídica para estenderem-se os efeitos da sanção administrativa à nova sociedade constituída. - A Administração Pública pode, em observância ao princípio da moralidade administrativa e da indisponibilidade dos interesses públicos tutelados, desconsiderar a personalidade jurídica de sociedade constituída com abuso de forma e fraude à lei, desde que facultado ao administrado o contraditório e a ampla defesa em processo administrativo regular. - Recurso a que se nega provimento. 22

23 11- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2012 ESAF) Sobre a elisão fiscal, assinale a opção incorreta. (A) Distingue-se da elusão fiscal por ser esta expressão utilizada para designar a prática de atos ou negócios como base em um planejamento tributário lícito. (B) Tem como sinônimo a simulação, que consiste em uma discrepância entre a vontade real e a vontade declarada pelas partes. (C) A elisão abusiva deve ser coibida, por ofender a um sistema tributário criado sob as bases constitucionais da capacidade contributiva e da isonomia tributária. (D) Para fins de sua configuração, tem grande utilidade a análise do business purpose test do direito tributário norte-americano, que aceita como lícita a economia fiscal que, além da economia de imposto, tenha um objetivo negocial explícito. (E) Não se confunde com a dissimulação. (A) INCORRETA. Distingue-se da elusão fiscal por ser esta AQUELA expressão utilizada para designar a prática de atos ou negócios como base em um planejamento tributário lícito. A BANCA ENTENDEU ESTA AFIRMATIVA COMO CORRETA, COM O QUE NÃO CONCORDO. ENQUANTO A ELISÃO FISCAL APRESENTA-SE COMO UM PLANEJAMENTO FISCAL LÍCITO, A ELUSÃO SE VALE DE ARRANJOS NEGOCIAIS INCOMUNS, COM O ÚNICO INTUITO DE ECONOMIZAR TRIBUTOS. ESSES ARRANJOS NORMALMENTE SE CARACTERIZAM COM A FALTA DE PROPÓSITO NEGOCIAL (NÃO PASSAM NO TESTE DE PROPÓSITO NEGOCIAL) E O ABUSO DE FORMAS JURÍDICAS. (B) INCORRETA. NÃO Tem como sinônimo a simulação, que consiste em uma discrepância entre a vontade real e a vontade declarada pelas partes. (C) CORRETA. A elisão abusiva deve ser coibida, por ofender a um sistema tributário criado sob as bases constitucionais da capacidade contributiva e da isonomia tributária. ELUSÃO TAMBÉM É DENOMINADA DE ELISÃO ABUSIVA. (D) CORRETA. Para fins de sua configuração, tem grande utilidade a análise do business purpose test do direito tributário norte-americano, que aceita como lícita a economia fiscal que, além da economia de imposto, tenha um objetivo negocial explícito. (E) CORRETA. Não se confunde com a dissimulação. A DISSIMULAÇÃO ESTÁ NO CAMPO DA EVASÃO FISCAL. 23

24 GABARITO OFICIAL: B ENTENDO QUE A QUESTÃO DEVERIA TER SIDO ANULADA, POIS APRESENTA DUAS ALTERNATIVAS INCORRETAS. 12- (ANALISTA-TRIBUTÁRIO DA RECEITA FEDERAL 2012 ESAF) Avalie as três proposições abaixo, à luz do Código Tributário Nacional, e responda à questão correspondente, assinalando a opção correta. I. Em regra, a definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser estabelecida em lei, mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida em decretos e normas complementares. II. A obrigação acessória tem por objeto a prestação positiva de pagamento do tributo ou penalidade pecuniária e outras prestações previstas no interesse da arrecadação. III. Poderão ser desconsiderados pela autoridade os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo. Contém ou contêm erro: (A) apenas as duas primeiras proposições. (B) apenas a primeira. (C) apenas a segunda. (D) apenas a terceira. (E) nenhuma, pois as três estão certas. I. ERRADA. Em regra, a definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser estabelecida em lei, mas E ASSIM TAMBÉM a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida em decretos e normas complementares. II. ERRADA. A obrigação acessória tem por objeto AS PRESTAÇÕES, POSITIVAS OU NEGATIVAS, NELA PREVISTAS NO INTERESSE DA ARRECADAÇÃO OU DA FISCALIZAÇÃO DOS TRIBUTOS a prestação positiva de pagamento do tributo ou penalidade pecuniária e outras prestações previstas no interesse da arrecadação. (ART.113, 2º, CTN). III. CORRETA. Poderão ser desconsiderados pela autoridade os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo. (ART.116, PARÁGRAFO ÚNICO, CTN). GABARITO: A 24

25 13- (ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO SEFAZ-CE 2006 ESAF) Quando o Código Tributário Nacional, em seu art. 116, parágrafo único, prevê a possibilidade de que a autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária, podemos afirmar que estamos diante de (A) norma geral anti-elisão. (B) norma geral anti-evasão. (C) desconsideração da pessoa jurídica, nos termos do Código Civil. (D) princípio da tipicidade tributária. (E) aspectos procedimentais do lançamento tributário. (A) CORRETA. norma geral anti-elisão. (B) ERRADA. Para evasão fiscal não é necessário norma geral, porque o CTN já prevê o regramento para os casos de simulação, dolo ou fraude. (C) ERRADA. na norma geral anti-elisão até pode haver uma desconsideração da pessoa jurídica, mas não nos termos do Código Civil, pois ela será apenas para fins tributários. (D) ERRADA. princípio da tipicidade tributária tem a ver com legalidade, estando o fato típico tributário previsto em lei. (E) ERRADA. aspectos procedimentais do lançamento tributário estão dispostos no art.142, CTN. GABARITO: A 14- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL Tributação e Aduana 2005 ESAF) Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência. ( ) A situação definida em lei, desde que necessária para o nascimento da obrigação tributária principal é o seu fato gerador. 25

26 ( ) Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária acessória. ( ) Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que legítimos perante a legislação civil, não podem ser desconsiderados pela autoridade tributária. (A) V V V (B) F V V (C) F F F (D) F F V (E) V F V (F) A situação definida em lei, desde que necessária E SUFICIENTE para o nascimento da obrigação tributária principal é o seu fato gerador (art.114, CTN). (F) Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é FATO GERADOR DA obrigação tributária acessória (art.115, CTN). (F) Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que legítimos perante a legislação civil, não podem ser desconsiderados pela autoridade tributária (art.116, parágrafo único, CTN). GABARITO: C 15- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) Analisar as seguintes proposições: I - O "fato gerador" de uma multa tributária pode ser um fato lícito. II - Os rendimentos advindos do jogo do bicho e da exploração do lenocínio não são tributáveis, pois trata-se de prática de atividade ilícita. III - Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são tributáveis, conforme reza o princípio do non olet. (A) Os três enunciados são falsos (B) Os três enunciados são verdadeiros 26

27 (C) O I e o II, são verdadeiros e III é falso (D) Tão só o III e' verdadeiro (E) O I e o II, são falsos e o II é verdadeiro. I FALSO. Uma multa tributária é uma sanção por ato ilícito. II - FALSO. O jogo do bicho e da exploração do lenocínio tratam-se de prática de atividade ilícita, mas os rendimentos advindos dessas atividades são tributáveis, pois independem dos efeitos ilícitos dessas atividades (art.118, II, CTN). III - FALSO. Rendimentos decorrentes de ato ilícito não são tributáveis, conforme reza o princípio do non olet (art.118, II, CTN). GABARITO: A 2.3. INTERPRETAÇÃO DA DEFINIÇÃO LEGAL DO FATO GERADOR Art A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindose: [PECUNIA NON OLET] I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. Não importa se o ato praticado pelo contribuinte, responsável ou terceiro era lícito ou não. Se ele acarreta uma riqueza tributável por algum imposto, essa riqueza será tributada. HC RS EMENTA: Sonegação fiscal de lucro advindo de atividade criminosa: "non olet". Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades comerciais organizadas, com lucros vultosos subtraídos à contabilização regular das empresas e subtraídos à declaração de rendimentos: caracterização, em tese, de crime de sonegação fiscal, a acarretar a competência da Justiça Federal e atrair pela conexão, o 27

28 tráfico de entorpecentes: irrelevância da origem ilícita, mesmo quando criminal, da renda subtraída à tributação. [...]. 16- (GESTOR FAZENDÁRIO GEFAZ MG 2005 ESAF) (A) A obrigação tributária nasce com o lançamento. (B) A aplicação de multa pelo atraso no pagamento do tributo é a única forma de obrigação tributária acessória que a lei pode prever. (C) Segundo o Código Tributário Nacional, a renda obtida com a prática do crime de contrabando não pode ser tributada. (D) O fato gerador é a situação definida em lei como necessária e suficiente para que se considere surgida a obrigação tributária. (E) A hipótese de incidência é o fato da vida que gera, diante do que dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo. (A) ERRADA. A obrigação tributária nasce com o lançamento A OCCORRÊNCIA DO FATO GERADOR. (B) ERRADA. Obrigação tributária acessória É QUALQUER PRESTAÇÃO POSITIVA OU NEGATIVA QUE A LEGISLAÇÃO PREVÊ NO INTERESSE DA ARRECADAÇÃO OU DA FISCALIZAÇÃO DOS TRIBUTOS. A aplicação de multa pelo atraso no pagamento do tributo, NA VERDADE, DECORRE DO DESCUMPRIMENTO DESSA OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA (art.113, 2º, e 3º, CTN). (C) ERRADA. Segundo o Código Tributário Nacional, a renda obtida com a prática do crime de contrabando não pode ser tributada, PORQUE A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos (art.118, I, CTN). (D) CORRETA. (art.114, CTN). (E) ERRADA. A hipótese de incidência é o fato gerador abstrato, enquanto fato da vida que gera, diante do que dispõe a lei tributária, o dever de pagar o tributo, é o fato gerador concreto. GABARITO: D 28

29 17- (PROCURADOR MUNICÍPIO DE FORTALEZA CE 2002 ESAF) Em relação ao fato gerador de obrigações tributárias, principal e acessória, é incorreto afirmar que: (A) constitui fato gerador da obrigação acessória qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. (B) salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável. (C) salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes seus efeitos, tratando-se de situação de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que se produzam os efeitos que normalmente lhe são próprios. (D) na interpretação da definição legal do fato gerador, devem ser considerados os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. (E) fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. (A) CORRETO. (art.115, CTN). (B) CORRETO. (art.116, II, CTN). (C) CORRETO. (art.116, I, CTN). (D) INCORRETO. na interpretação da definição legal do fato gerador, devem NÃO ser considerados os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos (art.118, II, CTN). (E) CORRETO. (art.114, CTN). GABARITO: D 18- (AUDITOR DO TESOURO MUNICIPAL DE FORTALEZA CE 2003 ESAF) Com base em disposições expressas do Código Tributário Nacional, avalie as formulações seguintes, relativas aos temas obrigação tributária e fato gerador, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta: I. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei, que impõe a prática ou a abstenção de ato não caracterizador de obrigação tributária acessória. 29

30 II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador. III. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. IV. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (A) Apenas a formulação IV é correta. (B) Apenas as formulações II e IV são corretas. (C) Apenas as formulações III e IV são corretas. (D) Apenas as formulações I, II e III são corretas. (E) Apenas as formulações II e III são corretas. I. ERRADA. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei COMO NECESSÁRIA E SUFICIENTE À SUA OCORRÊNCIA, que impõe a prática ou a abstenção de ato não caracterizador de obrigação tributária acessória (art.114 e 115, CTN). II. ERRADA. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos NÃO devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador (art.118, II, CTN). III. ERRADA. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica DE FATO, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios (art.116, I, CTN). IV. CORRETA. (art.116, parágrafo único, CTN). GABARITO: A 19- (ADVOGADO IRB 2004 ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, assinale a opção de resposta correta. 30

31 ( ) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação. ( ) A denominação e as demais características formais adotadas pela lei são relevantes para qualificar natureza jurídica específica do tributo. ( ) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo é um dos elementos que devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador. (A) V, V, V (B) V, F, F (C) F, F, F (D) F, F, V (E) F, V, V (V) (art.4º, CTN). (F) A denominação e as demais características formais adotadas pela lei NÃO são relevantes para qualificar natureza jurídica específica do tributo (art.4º, I, CTN). (F) A validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelo sujeito passivo NÃO DEVE SER CONSIDERADA NA INTERPRETAÇÃO DA DEFINIÇÃO LEGAL DO FATO GERADOR (art.118, I, CTN). GABARITO: B 3. SUJEIÇÃO ATIVA Sujeito Ativo Art Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento. Sujeito Ativo é a pessoa credora da relação jurídica, que tem direito de exigir o pagamento da prestação pecuniária. É a que detém a capacidade tributária ativa. Nem sempre é a pessoa que detém a competência tributária. Basta lembrar o disposto no art.7º, CTN: 31

32 Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, [...]. Note que a capacidade tributária ativa pode ser conferida para outra pessoa jurídica de direito público, e não para uma pessoa jurídica de direito privado. Exemplo muito citado na jurisprudência é o da sujeição ativa do INSS, e não da União, na contribuição social salário-educação: REsp PR: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. SALÁRIO-EDUCAÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA UNIÃO FEDERAL. MATÉRIA DECIDIDA SOB O PRISMA CONSTITUCIONAL. [...] 2. Em se tratando de contribuição para o salário-educação, compete ao INSS, agente arrecadador e, portanto, sujeito ativo da obrigação tributária nos termos do art. 119 do CTN, integrar o pólo passivo da ação. [...] Na verdade, o INSS (agente arrecadador e fiscalizador da contribuição ao salário-educação) divide a sujeição ativa com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, autarquia federal com patrimônio, recursos e representação judicial próprios. Também, sujeição ativa do INSS quanto às contribuições para SESC/SEN- AC: EMENTA PROCESSUAL CIVIL. CONTRIBUIÇÃO PARA O SESC/SENAC. LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO. INTERESSE PROCESSUAL DO INSS. Nas ações em que se discute o recolhimento da contribuição para o SESC/SENAC, o INSS é parte legítima para a causa, porque é órgão arrecadador e fiscalizador da contribuição (art. 94, da Lei nº 8.212/91), devendo atuar na demanda, como litisconsortes necessários, o SESC e o SENAC, porque a eles é destinada a aludida contribuição. Recursos especiais improvidos. 32

33 3.1. DESMEMBRAMENTO TERRITORIAL Art Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria. Como vimos na Aula 07, esse dispositivo traz uma regra de extraterritorialidade da legislação de um ente tributante que foi desmembrado, vigendo esta no território do outro ente tributante recém criado, enquanto este não criar sua própria legislação. A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO RECÉM CRIADA SUBROGASE NOS DIREITOS DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO DESMEMBRADA - Se um Município é criado por desmembramento territorial de outro Município, os proprietários de imóveis localizados agora no novo Município que deviam IPTU para o Município original, passam a dever o IPTU para o novo Município. 20- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 1996 ESAF) União, Estado, Municípios e Distrito Federal: (A) Podem delegar capacidade para instituir, arrecadar e fiscalizar um tributo (B) Podem delegar capacidade para arrecadar e fiscalizar um tributo (C) Podem delegar capacidade para instituir e arrecadar um tributo (D) Podem delegar capacidade para instituir e fiscalizar um tributo (E) Não podem delegar capacidade tributária ativa A competência tributária dos entes políticos é indelegável. Mas a capacidade tributária ativa é delegável, a qual compreende as funções de arrecadar e fiscalizar um tributo (arts.7º e 119, CTN). GABARITO: B 33

34 21- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA ESTADUAL MG 2005 ESAF) Assinale a opção correta. Quando a lei atribui a capacidade tributária ativa a ente diverso daquele que detém a competência tributária, estar-se-á diante do fenômeno da (A) solidariedade ativa. (B) parafiscalidade. (C) extrafiscalidade. (D) sujeição ativa. (E) inconstitucionalidade da lei tributária. (A) ERRADA. solidariedade ativa, EM PRINCÍPIO, NÃO OCORRE NO DIREITO TRIBUTÁRIO. (B) CORRETA. (C) ERRADA. extrafiscalidade É CARACTERÍSTICA DO TRIBUTO E NÃO DE SUJEIÇÃO ATIVA. (D) ERRADA. sujeição ativa NÃO TEM A VER COM ATRIBUIÇÃO DE CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA A ENTE DIVERSO. (E) ERRADA. ATRIBUIÇÃO DE CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA NÃO É INCONSTITUCIONAL. GABARITO: B 4. SUJEIÇÃO PASSIVA 4.1. CONTRIBUINTE E RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO Sujeito Passivo Art Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. 34

35 35

36 CONTRIBUINTE RELAÇÃO PESSOAL E DIRETA com o fato gerador SUJEITO PASSIVO RESPONSÁVEL DECORRE DE LEI CONTRIBUINTE TER RELAÇÃO PESSOAL E DIRETA = REALIZA O FATO GERADOR. Por exemplo: quem importa (II) ou exporta (IE) mercadoria; quem é proprietário, possuidor ou titular de domínio útil de bem imóvel rural (ITR) ou de bem imóvel urbano (IPTU); quem presta serviço de qualquer natureza (ISS), quem aufere renda e proventos de qualquer natureza (IR) etc. Apesar de o inciso I do art.121, CTN, não ser expresso, obviamente a instituição de contribuinte também tem que ser por lei. ESPÉCIES DE CONTRIBUINTE: (i) Contribuinte de Direito é aquele que, pelo seu patrimônio, rendimento ou atividade econômica, revela uma capacidade contributiva, tendo sido eleito pela Constituição para ser tributado por um dos tributos nela previstos. (ii) Contribuinte de Fato nos tributos indiretos, é aquele que suporta de forma definitiva, como consumidor final, o encargo financeiro do imposto incluído no preço da mercadoria ou serviço objeto de circulação econômica. A jurisprudência do STF é bem pacífica em relação à dicotomia contribuinte de direito contribuinte de fato. No RE-AgRg RJ (julg ), por exemplo, a Associação São Vicente de Paulo pleiteava a aplicação da imunidade do art.150, VI, c, CF88, sobre o ICMS das mercadorias e serviços por ela adquiridos como 36

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